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Simbologia

Todos os esquemas de uma instalação utilizarão os símbolos


representativos dos elementos que os compoem.
Portanto, todo elemento de um circuito tem uma
representação simbólica e umas referências normalizadas.
Por exemplo, os simbolos mais utilizados nos circuitos são,
entre outras, os mostrados nos quadros a seguir:
Normas
Segundo a norma EN-UNE os aparelhos utilizados
nos circuitos eléctricos de automatismos são
identificados através de um conjunto de 3
números e letras:
Por exemplo:
Normas
Como exemplo de aplicação, temos:
Normas
De acordo com o exemplo anterior, o contactor
principal nº 2 de um esquema é identificado
como K2M.
Também é muito utilizada a norma IEC-CEI similar
à norma anterior.
Nesta norma, apenas se muda a orden,
colocando-se primeiro as letras que indicam o
tipo de aparelho e a função, seguidas do
número identificativo.
Normas
Por exemplo:
Normas
A seguir, temos a tabela de designação dos tipos
de aparelhos usados em circuitos de automa-
ção.
Normas
Também existe a tabela de designação de fun-
ções dos aparelhos dentro do esquema.
Marcação dos bornes
A Norma diz que:
Marcação dos bornes
De acordo com a última recomendação da CEI-
IEC, a marcação dos bornes são feitas com
orientação vertical.
Ou seja, as escrituras deverão estar alinhadas
com os conductores de alimentação dos
aparatos.
 As referências que se indicam são a que devem
figurar na placa de características ou nos bornes
do aparelho.
De modo que a cada aparelho sejam assinala-
dos por referências numéricas ou alfanuméricas
próprias.
Marcação dos bornes
Por exemplo, a representação tradicional era
feita da seguinte forma:
Marcação dos bornes
A representação segundo a última recomenda-
ção das normas IEC, é:
Marcação dos bornes
Contactos principais de potência
A referência dos seus bornes consta de apenas
um número:
 De 1 a 6 em aparelhos tripolares
 De 1 a 8 em aparelhos tetrapolares
Os números ímpares se situam na parte superior e
a progressão se efectua no sentido descendente
e de esquerda para a direita.
Marcação dos bornes
Contactos auxiliares
 As referências dos bornes de contactos auxiliares constan
de dois números:
a) O primeiro número (número das dezenas) indica el nº
de ordem do contacto no aparelho.
 Este número é independiente da disposição dos
contactos no esquema, onde o número 9 (também o
zero , se for necesario) ficam reservados para os conta-
ctos auxiliares dos relés de protecção contra sobre-
cargas (relés térmicos), seguido da função 5 - 6 ou 7 - 8.
 O segundo número (número das unidades) indica a
função do contacto auxiliar, sendo os números ímpares
os que se correspondem à entrada do contacto e os
pares as de saída
dol mesmo:
Marcação dos bornes
Por exemplo:
Marcação dos bornes
Contactos temporizados
A identificação dos contactos temporizados é
resumida no quadro seguinte.
 O primeiro número (marcado com um ponto)
indica a ordem do contacto dentro do elemen-
to.
Marcação dos bornes
Identificação e marcação dos contactores
Num contactor, os contactos principais e
auxiliares são marcados de acordo com o que
já foi visto anteriormente.
No caso dos contactos auxiliares, vimos que o
primeiro dígito indicava a ordem do contacto no
aparelho e o segundo, a sua função.
Estes contactos auxiliares definem o número
característico do contactor, um número de 2
dígitos em função do número de contactos
normalmente abertos (primero dígito) ou
fechados (segundo dígito) de que disponha.
Marcação dos bornes
Identificação e marcação dos contactores
Por exemplo:
 Nº Contactor 21: 2 contactos NA + 1
contacto NC;
 Nº Contactor 12: 1 contacto NA + 2
contactos NC.
Marcação dos bornes
O dígito marcado por um ponto (.) indica a
ordem que ocupa o contacto no aparelho.
Num apaelho com vários contactos NC e NO, o
segundo dígito nos indica a função e o primeiro
a ordem dentro do elemento
Marcação dos bornes
O número característico de um contactor nos
indica o número de contactos NO ou NC que
tem, da seguinte forma:
 Primeiro dígito: Número de contactos NO;
 Segundo dígito: Número de contactos NC;
Marcação dos bornes
Bobinas de comando electromagnético e
sinalização
A marcação das bobinas, se faz da seguinte
forma:
 Bobina normal: A1, A2;
 Bobina com 3 bornes: A1, A2 e A3
 Bobina com 2 enrolamentos: A1, A2 e B1, B2
Marcação dos bornes
Bobinas de comando electromagnético e
sinalização
 Bobinas de accionamento por corrente de
trabalho: C1, C2;
 Bobinas de accionamento por tensão
mínima: D1, D2;
 Bobina de encravamento: E1, E2.
Marcação dos bornes
Lâmpadas de sinalização ou de iluminação
Se se desejar expressar a color ou o tipo das
lâmpadas de sinalização ou de iluminação nos
esquemas, elas serão representadas com as
siglas da seguinte forma:
Esquemas de automatismo
De acordo com as normas UNE, tanto os
esquemas de comando como os de força, são
representados preferencialmente no papel A4.
Para as espessuras dos traços, se recomenda
0.5mm para o desenho de esquema de
comando e 0.7mm para o da força.
Se ambos os desenhos forem feitos num mesmo
plano, o esquema da força é desenhada à
esquerda e o do comando à direita.
Esquemas de automatismo
Se são desenhados em planos diferentes, no
primeiro plano deverá estar o circuito da força e
no segundo o do comando.
A seguir, é mostrado algumas características
para cada tipo de esquema, a saber:
Esquemas de automatismo
Esquema de força ou de potência
Nos esquemas de força ou de potência são
representados o circuito de alimentação dos
actuadores, com os seguintes elementos:
 Dispositivos de protecção (disjuntores, relés,
etc.);
 Dispositivos de conexão e desconexão
(interruptores, contactores, etc.);
 Actuadores (motores, fios condutores,etc.).
Esquemas de automatismo
Esquema de força ou de potência
Todos os elementos estão identificados:
 Pela sua classe de aparelho;
 Pelo seu número dentro do conjunto;
 E pela sua função.
Também é aconselhável, se o esquema fore
muito complexo, incluir referências às bobinas e
contactos auxiliares.
Esquemas de automatismo
Esquema de comando
Os esquemas de comando é uma representa-
ção lógica dos elementos que compõe o
automatismo.
Nesse esquema, são representados os seguintes
elementos:
 Bobinas dos elementos de comando e
protecção (Contactores, relés, etc.);
Esquemas de automatismo
Esquema de comando
 Contactos auxiliares dos aparelhos;
 Elementos de “diálogo” homem-máquina
(pulsadores, fins-de-curso, etc.);
 Dispositivos de sinalização (lâmpadas,
sirenes, etc.)
Esquemas de automatismo
Esquema de comando
Todos os elementos estão identificados:
 Pela sua classe;
 Pelo seu nº dentro do conjunto;
 Pela sua função (principal, auxiliar ou
outras).
É habitual dividir o plano em quadrículas,
marcada nas bordas do papel do desenho com:
 Letras no sentido vertical;
 Números no sentido horizontal.
Esquemas de automatismo
Esquema de comando
É conselhável incluir a tabela de referência
cruzada em baixo das bobinas de cada
contactor.
Nessa tabela se indica onde se utiliza os possíveis
contactos auxiliares do aparelho, como por
exemplo:
 Em KM1 é utilizado 3 contactos auxiliares, 2
NO (nas colunas 9 e 12) e um NC (na coluna
10);
Esquemas de automatismo
Esquema de comando

 Em KM2 é utilizado 3 contactos auxiliares, 2


NO (nas colunas 11 e 13) e um NC (na
coluna 8).
Esquemas de automatismo
Esquema de conjunto
O esquema de conjunto é assim chamado
porque todos os símbolos dos aparelhos de um
mesmo conjunto estão representados próximos
entre si.
No entanto, a conexões entre os mesmos devem
estar claramente identificados.
A sua utilização em esquemas complexos é
desaconselhável, dada a confusão que pode
gerar em instalações de grandes dimensões ou
com muitos aparelhos.
Esquemas de automatismo
Esquema de conjunto
Na imagem a seguir, poderemos ver o arranque
directo de um motor trifásico com encrava-
mento e protecção térmica.
Esquemas de automatismo
Esquema semi-desenvolvido
Nos esquema semi-desenvolvido, os símbolos de
um mesmo aparelho ou conjunto estão separa-
dos.
Mas suficientemente próximos para aperceber-
mos as conecões mecânicas dos dispositivos.
Os circuitos de comando e de potência apare-
cem claramente diferenciados.
A figura seguinte mostra-nos o esquema anterior
nesta versão, onde aqui se marca claramente os
encramentos mecânicos.
Esquemas de automatismo
Esquema desenvolvido
Neste tipo de esquema, os desenhos dos
esquemas de potência e de comando são feitos
em separados, não incluindo as conexões mecâ-
nicas.
Para que não se confundam com conexões
elétricas, no caso de ser imprescindível o dese-
nho das conexões mecânicas, estas serão feitas
co linhas finas e descontínuas.
Esquemas de automatismo
Esquema desenvolvido
O que se pretende é facilitar a compreensão do
funcionamento do esquema.
Mais que ver como se fará a implantação real
da instalação, propriamente dita.
O esquema de arranque directo de um motor
trifásico utilizado como exemplo até aqui, no
esquema desenvolvido é mostrado na figura
seguinte:
Contactores e relés auxiliares
Introdução
O contactor está enquadrado como um
elemento de controlo de potência, nos sistemas
automáticos elétricos.
Uma propriedade que caracteriza o contactor é
a produção de uma separação galvânica total
entre o circuito que entrega a energia eléctrica
e aquela que a recebe.
Isso o diferencia dos recentes contactores elec-
trónicos onde existe sempre uma pequena cor-
rente.
Contactores e relés auxiliares
Introdução
Com os contactores, podemos manipular potên-
cias com valores muito alto (de 0 a 750KW).
O que esses aparelhos não permitem é a
regulação para obtermos valores intermédios.
Ou seja, a corrente passa ou não passa, pois não
existem zonas intermédias de funcionamento´.
Nas figuras a seguir, é-nos mostrado a sua
simbologia com as referências e alguns modelos
reais de contactores da marca Siemens e
Telemecanique
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
a) Electroíman
O eletroíman é o elemento chave do contactor
e é formado por um circuito magnético (eletro-
íman) e uma bobina.
O circuito magnético possui uma parte fixa e a
outra móvel (armaduras) separadas por um
entre-ferro.
O entre-ferro evita todo o risco de remenência,
sendo feito por corte ou inserindo um material
amagnético
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
a) Electroíman
Uma mola força a armadura móvel a voltar à
sua posição inicial.
O circuito magnético (materiais ferromagnéticos)
para contactores AC, são constituídas por lâmi-
nas magnéticas fortemente comprimidas.
Isto para evitar as perdas por histeresis e corren-
tes de Foucault, devido às variações dos sinais
AC.
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
a) Electroíman
Já os contactores para DC, porque o sinal não
variam, estes são diferentes dos contactores AC.
A bobina produz um fluxo magnético necessário
para a atracção da armadura móvel do electro-
íman.
A armadura é solidária com os pólos principais
móveis do contactor e desta forma são atraídos
e entram em contacto físico com os pólos
principais fixos do contactor.
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
a) Electroíman
Dessa forma, o circuito se fecha e a corrente
passa para o outro lado do contactor.
A bobina é fabricada para resistir a choques
mecânicos produzidos pelo fecho e abertura do
contactor.
A figura a seguir, mostra-nos um esquema simpli-
ficado do núcleo magnético e os contactos
principais de um contactor.
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
b) Pólos do contactor
Os pólos de um contactor são os responsáveis no
estabelecimento ou interrupção da circulação
da corrente num circuito de potência.
Devem ser bem dimensionados para permitir a
passagem da corrente nominal do contactor em
serviço contínuo, sem aquecimento anormal.
Como já se disse, existem os pólos móveis e os
fixos, sendo normalmente feitos de prata, óxido
de cádmio.
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
b) Pólos do contactor
Esses elementos são inoxidáveis para grande
resistência mecânica e ao arco eléctrico.
Podendo estes estarem equipados com um dis-
positivo de extinção do arco eléctrico.
Em certos automatismos, se necessitar de conta-
ctos principais que estejam fechados na posição
de repouso (eletroíman sem alimentação), são
chamados de ruptores.
Contactores e relés auxiliares
Constituição e funcionamento do contactor
c) Contactos auxiliares
Os contactos auxiliares são utilizados para:
 A auto-alimentação do próprio contactor;
 Para a alimentação do circuito de coman-
do;
 Encravamento;
 E sinalização.
Existem vários tipos ou funções realizadas pelos
contactos auxiliares.
Contactores e relés auxiliares
Características dos contactores
As principais características dos contactores são
os seguir mencionados:
a) Abre e fecha correntes de elevado valor
(as dos receptores) a partir de pequenas
corren-tes ( o necessário para activar a
bobina do contactor);
b) Pode funcionar de uma forma contínua ou
intermetente;
Contactores e relés auxiliares
Características dos contactores
c) Dá a opção do comando à distância com
condutores de pequena secção em gran-
des potências, conforme dispomos os ele-
mentos de comando;
d) São robustos e fiáveis;
e) Têm uma duração prolongada se
operarem em condições normais.
 Ou seja, se não forem submetidos a sobrecar-
gas do tipo elétrico e condições atmosféricas
desfavoráveis.
Contactores e relés auxiliares
Características dos contactores
f) Protege o receptor contra quedas de
tensões importantes (Abertura instantânea
quando atingir uma tensão mínima);
 Muitos tipos de receptores podem danificar
quando alimentados por uma tensão inferior
ao valor nominal (subtensão).
 Ao diminuirmos a tensão, temos que aumentar
a corrente, conhecida como sobrecarga.
 Este aumento de corrente implica um
aumento de temperatura e às vezes, provoca
efeitos dinâmicos.
Contactores e relés auxiliares
Características dos contactores
g) De acordo com o contactor, podemos
realizar circuitos simples ou muito comple-
xos.
 Por exemplo, utilizando os contactores auxilia-
res, podemos realizar circuitos e combinações
tão complexos que se desejar.
 No entanto, para circuitos muito complexos, se
recomenda utilizar outros sistemas, como autó-
matos que controlam por sua vez os conta-
ctores de potência.
Contactores e relés auxiliares
Características dos contactores
Nos quadros a seguir, é-nos mostrado as catego-
rias de aplicação dos contactores segundo a
norma IEC 947-4 (UNE-EN 60947-4):
Contactores e relés auxiliares
Critérios de selecção dos contactores
Para seleccionar bem um contactor que mais se
ajusta às nossas necessdades, devemos ter em
conta os seguintes critérios:
a) Tipo de corrente, tensãode alimentação da
bobina e a frequência;
b) Potência nominal da carga;
c) Condições de serviço (ligeira, normal, dura,
extrema.
 Existem manobras que modificam a corrente de
arranque e corte.
Contactores e relés auxiliares
Critérios de selecção dos contactores
d) Se o contactor se destina ao circuito de
potência ou de comando e o número de
contactos que precisa;
e) Para trabalhos silenciosos ou com frequên-
cias de manobra muito alta, recomenda-se
o uso de contactores estáticos ou de esta-
do sólido;
f) Pela categoria de aplicação.
Contactores e relés auxiliares
Critérios de selecção dos contactores
Existem três considerações importantes que
devemos ter em conta quando pretendermos
escolher um contactor:
a) Poder de fecho
 O valor da corrente independentemente da
tensão, que um contactor pode estabelecer de
forma satisfatória e sem perigo que os seus
contactos “colem”.
Contactores e relés auxiliares
Critérios de selecção dos contactores
b) Poder de corte
 O valor da corrente que um contactor pode
cortar, sem riscos de danos dos contactos e da
câmara apaga-faíscas.
 A corrente será menor quanto maior for a tensão
do circuito da potência.
Contactores e relés auxiliares
Critérios de selecção dos contactores
c) Intensidade de serviço
 A intensidade de serviço é o valor da corrente
permanente que circula pelos contactos
principais.
Contactores e relés auxiliares
Critérios de selecção dos contactores
Toda a informação necessária se encontra na
placa de características do contactor.
Normalmente, essa placa está localizada numa
das faces laterais do corpo do contactor.
Em caso das informações contidas nessa placa
suscitar dúvidas, podemos ainda consultar as
especificações técnicas no catálogo do fabri-
cante do contactor.
Contactores e relés auxiliares
Contactores de manobra e relés auxiliares
O princípio de funcionamento destes tipos de
aparelhos é o mesmo que o do contactor.
No entanto, eles utilizam um dimensionamento
menor e nunca é utilizado no circuito de força,
apenas no circuito de comando.
Dependendo das condições de operação,
podem ser do tipo robusto, similares a um conta-
ctor de potência.
Contactores e relés auxiliares
Contactores de manobra e relés auxiliares
Mas os seus contactos suportam uma corrente
menor ou muito mais pequenas se as condiçoes
não forem excessivamente severas.
Uma das suas aplicações mais habituais é na
saída dos autómatos programáveis.
De modo que em caso de defeito no circuito,
afecte apenas o relé, sem provocar danos no
autómato.
A figura a seguir mostra-nos um exemplar deste
aparelho.
Contactores e relés auxiliares
Temporizadores
Em muitos sistemas automáticos, é necessário a
utilização de retardos em acções a realizar.
Existe um elevado número de sistemas de tem-
porização, atendendo ao sistema físico em que
se baseam, como por exemplo:
 Magnético;
 Electrónico;
 Térmico;
 Pneumático;
 Etc.
Contactores e relés auxiliares
Temporizadores
Este tipo de aparelho podem ser colocadas
sobre o contactor (“cabeças” temporizadas) ou
de forma independente.
Existem três tipos principais de temporização:
a) Retardo à conexão
 A passagem dos contactos abertos e fechados
se realiza um tempo depois da conexão do
órgão de comando;
Contactores e relés auxiliares
Temporizadores
b) Retardo à desconexão
 Os contactos passam de fechados a abertos
transcurrido um tempo de retardo;
c) Retardo à conexão-desconexão
 É uma combinação dos dois tipos anteriores num
único aparelho.
As figuras a seguir, mostra-nos alguns exemplares
de temporizadores, símbolos e gráficos de
temporização dos mesmos.
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
As principais causas que perturbam o bom
funcionamento de um sistema elétrico são:
a) Perfuração do isolamento de máquinas e
conductores por envelhecimeto, corrosão
ou aquecimento;
b) Descargas atmosféricas (raios, ionozação,
etc.) e sobretensões interiores;
c) Influência de animais (ratos e insectos
principalmente);
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
d) Perturbações mecânicas (queda de
árvores ou ramos sobre a linha,
esgotamento ou embalamento de
máquinas;
e) Factores humanos (abertura de um
seccionador em carga, manobras
incorrectas com a maquinaria, etc.);
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas

g) Excesso de carga conectada a um linha,


tranformadores e geradores;
h) Ligação acidental à massa (terra) produzi-
das pela humidade do terreno.
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
Todas essas causas se traduz em alguns dos
seguintes efeitos:
a) Curto-circuito
 Se produz quando existir conexão directa entre
dois ou mais condutores de fase diferente.
 O resultado é o aumento extraordinário da
corrente que atravessa o circuito eléctrico.
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
b) Sobrecarga
 Consiste em fazer operar a instalaçã com um
maior valor de corente que aquela que foi
projectado.
c) Retorno de corrente
 Se verifica sobre todo o circuito DC, quando a
corrente diminui até se tornar negativa, o que
provoca a inversão do sentido da corrente.
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
d) Sobretensão
 Consiste num aumento do valor da tensão
acima do valor nominal.
 Pode ser provocado por causas atmosférica
(queda de um raio) ou por manobras incor-
rectas na rede.
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
e) Subtensão
 Aparece quando a tensão atinge valores infe-
riores ao valor nomial.
 Pode ser muito prejudicial já que a carga
conectada ao sistema pode diminuir a sua
potência que absorve.
 E como a tensão é menor que a prevista, esta é
compensada com o aumento da corrente, o
que provoca uma sobreintensidade (sobrecar-
ga).
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
f) Derivação
 Sucede quando através de elementos metálicos
da instalação, umaparte da corrente é
derivada à massa (terra).
 Isso é um defeito muito perigoso para os operá-
rios, porque pode provocar contactos indire-
ctos.
 E para a instalação porque a corrente de fuga
poderia provocar um incêndio (Aquecimento
por efeito de Joule).
Protecção de circuitos
Perturbações nas instalações eléctricas
O quadro seguinte, mostra-nos os diferentes
elementos de protecção mais usados circuitos
de automação elétrica:
Protecção de circuitos
Seccionadores
Os seccionadores são elementos de comando e
manobra que se utilizam para a separação de
circuitos.
Normalmente, esta separação em relação aos
elementos anteriores ao seccionador é realizado
para proteger as pessoas e a instalação quando
se está a fazer manutenção na instalação.
Protecção de circuitos
Seccionadores
Pelas características técnicas deste aparelho, a
velocidade de abertura depende da rapidez
com que se realiza a operação (existem mode-
los accionados a motor).
Não sendo um corte brusco da corrente, como
acontece em muitos casos, o seccionador não é
feito para cortar correntes em funcionamento.
Isto é, os cortes com o seccionador devem
acontecer em vazio, ou seja, em tensão mas
sem a carga conectada.
Protecção de circuitos
Seccionadores
A corrente deve ser cortada por um elemento
capaz de suportar o arco elétrico que se produz
ao abrir o circuito.
Em muitos casos, o seccionador dispõe de con-
tactos auxiliares, onde um deles se conecta em
série com a bobina do contactor.
Ao abrir-se o seccionador acidentalmente, a ali-
mentação do contactor é interrompida.
Protecção de circuitos
Seccionadores
E o contactor se abre antes que o seccionador,
pois os pólos auxiliares do seccionador se abrem
com antecedência em ralação aos pólos
principais.
Os outros pólos do seccionador, podem ser
utlizados para a sinalização ou comando.
A normativa exige que se disponha de um corte
visível, isto é, a abertura totalmente visível dos
pólos do seccionador.
Protecção de circuitos
Seccionadores
Muitos modelos, dependendo do tipo de instala-
ção em que são utilizados, dispõem de mecanis-
mo de encravamento ou bloqueio.
Esse mecanismo evitam que o circuito se feche
intempestivamente ou por acidente do seccio-
nador.
Uma variante de seccionador é o seccionador
porta-fusível, que inclui o porta-fusível para a
proteção da instalação (ver figura a seguir).
Protecção de circuitos
Seccionadores
Este tipo de aparelho é muito utilizado nas insta-
lações de Baixa Tensão (BT).
Pois um único dispositivo permite separar a insta-
lação da rede e atua como protecção da insta-
lação.
Os seccionadores são fabricados normalmente
em blocos tripolares (3 pólos) ou tetrapolares (4
pólos), com um dos contactos auxiliares de pré-
corte.
Protecção de circuitos
Seccionadores
O contacto auxiliar de pré-corte é encarregada
de cortar a alimentação do contactor.
De modo que este abra o circuito antes do
seccionador, evitando a aparição do arco.
A simbologia utilizada para representar um sec-
cionador ou um seccionador porta-fusível tripola-
res é o mostrado na figura seguinte:
Protecção de circuitos
Interruptores
Os interruptores são dispositivos de comando e
manobra mecânico.
Este dispositivo é capaz de estabelecer, suportar
e interromper as correntes de um circuito em fun-
cionamento normal.
Não desempenha nenhuma função de protec-
ção no circuito, apesar de que a normativa
obriga a que sejam capazes de suportar corren-
tes de defeitos durante curto período.
Protecção de circuitos
Interruptores
O comando manual está associado a um
mecanismo do tipo mecânico.
Este mecanismo garante a abertura e o fecho
dos contactos a grande velocidade.
Por essa razão, este tipo de dispositivo está
desenhado para trabalhar em carga e neste
caso o corte visível não é obrigatório.
Protecção de circuitos
Interruptores
a) Interruptor seccionador
 É uma variante mais usual e combina as
características do interruptor (abertura e fecho
em carga) com as do seccionador (corte visível,
distância de abertura dos contactos ou a resis-
tência a uma onda de choque).
 Na imagem a seguir, poderemos ver dois interru-
ptores de comando giratório.
 Observe que este dispositivo apresenta uma
parte transparente de forma que o corte seja
plenamente visível.
Protecção de circuitos
Interruptores
Na imagem a seguir, é mostrado a simbologia
utilizada para representar o interruptor e o
interruptor seccionador tripolares.
Protecção de circuitos
Interruptores
As características de funcionamento dos apare-
lhos de manobra ( interruptores e seccionadores)
estão resumidas na tabela seguinte:
Protecção de circuitos
Interruptores
Página 20 do PDF “Automatismo elétrico com
contactores”

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