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Home » Notícia » PLASTICIDADE CEREBRAL E PODA NEURAL: COMPREENDA A CONEXÃO COM O TEA
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Como funciona o cérebro de uma pessoa no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Essa é Autismo
uma pergunta que vem sendo alvo de inúmeras pesquisas em todo o mundo. Os cientistas Escolha uma opção acima
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têm procurado compreender os mecanismos que possam estar ligados à essa “desordem abaixo:
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Com o tempo, na medida em que o indivíduo recebe estímulos de aprendizagem e
EVENTOS
desenvolvimento, o cérebro passa a reconhecer quais conexões têm sido utilizadas com maior
NOTÍCIA
frequência e reforça esses circuitos na forma de memória. Os recursos que não são utilizados
vão sendo desativados. A essa exclusão, dá-se o nome de “poda neural”, um processo que UNCATEGORIZED
ocorre dentro do cérebro, que resulta na redução do número total de neurônios e sinapses.
Esse “corte” acontece inúmeras vezes ao longo da vida, sendo mais intenso próximo aos 3
P O S TS R E C E N T E S
anos de idade e na adolescência, o que é benéfico para o bom funcionamento do cérebro.
Ao passo que algumas conexões vão sendo desligadas, outros neurônios vão surgindo. Isso PREPARAÇÃO DA EQUIPE
acontece devido a plasticidade cerebral (ou neuroplasticidade), que pode ser definida como a ESCOLAR PARA UM
ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
capacidade adaptativa que o cérebro possui de se regenerar ao longo da vida, estabelecendo
E DIFERENCIADO
novas sinapses. A neuroplasticidade se trata disso. A ideia de que o cérebro está em constante
mutação, adequando-se conforme a aprendizagem, o comportamento, meio ambiente e aos Curso: Como elaborar o
currículo de trabalho no TEA?
processos neurais. Algumas décadas atrás, as pessoas acreditavam que, uma vez que o
cérebro foi formado, era isso. Nada mais acontecia. Hoje já é sabido que esse é um processo Palestras no 2º semestre
Mas, o que isso tem a ver com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)? Acredita-se que
nesse processo de regeneração e poda pode haver alguma falha, responsável pelo surgimento
de distúrbios de aprendizagem e neuronais, como o autismo. Essa dita “conectividade
anormal” pode fornecer uma justificativa para a dificuldade em assimilar novas habilidades,
como falar e andar, por exemplo.
Com base nesse achado, os cientistas relataram que pode ser possível futuramente haver um
tratamento que restaure e normalize a atividade da poda sináptica, podendo controlar ou
reduzir os comportamentos típicos de quem está no espectro.
Novos horizontes
No final de 2017 mais um estudo liderado por brasileiros demonstrou um importante avanço
na busca por expandir conhecimento no universo do TEA. Dessa vez os pesquisadores foram
além da análise da atividade dos neurônios. Eles verificaram que outro importante grupo de
células do cérebro chamadas “astrócitos” possui papel fundamental no funcionamento do
sistema neuronal, sendo peça-chave para compreender o mecanismo do espectro e, assim,
contribuir com o aperfeiçoamento do tratamento para o distúrbio, de maneira personalizada.
“Estas células são responsáveis por sustentar e nutrir os neurônios e estão envolvidos em
diversas atividades cerebrais. Além disso, eles regulam a concentração de diversas
substâncias do sistema neuronal, tendo assim potencial para interferir nas funções cerebrais
de quem tem o espectro autista”, esclarece a autora principal, a neurocientista Fabiele Russo,
que também é a idealizadora do portal NeuroConecta. Com isso percebeu-se que não deve se
focar apenas em testar drogas direcionadas para tratar neurônios, mas também para os
astrócitos.
Referências:
Berger JM, Rohn TT, Oxford JT. Autism as the Early Closure of a Neuroplastic Critical Period
Normally Seen in Adolescence. Biological systems, open access. 2013;1:10.4172/2329-
6577.1000118. doi:10.4172/2329-6577.1000118.Disponível
em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3864123/ Acessado em 21 de janeiro de
2018.
Russo FB et al. Modeling the Interplay Between Neurons and Astrocytes in Autism Using
Human Induced Pluripotent Stem Cells. Biol Psychiatry. 2017 Oct 3. pii: S0006-3223(17)32009-
7. doi: 10.1016/j.biopsych.2017.09.021. Acessado em 21 de janeiro de 2018.
Fonte: http://neuroconecta.com.br/plasticidade-cerebral-poda-neural-e-autismo/
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