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Microcefalia

Aluna: Stéfani Lemos de Albuquerque


O que é microcefalia?
É uma doença em que o cérebro e a cabeça
da criança são menores do que o esperado
para a idade. O tamanho da caixa
craniana impede que o cérebro cresça
normalmente.

A doença costuma ser perceptível ao nascimento e é definida, quando o parto se dá aos 9 meses
de gestação, pelo perímetro da cabeça de 32 cm ou menos. O perímetro normal é entre 33 e 36
cm no momento do nascimento, apesar de poder ser menor quando o nascimento é
prematuro. Portanto, nestes casos, há adaptações da medida.
Normalmente, bebês nascem com a fontanela, chamada de moleira. É um ponto
mole na cabeça da criança. O crânio é formado por vários ossos que se unem entre
os 9 e 15 meses de idade. Eles são separados para facilitar o parto, permitindo que se
movam, e para criar espaço para o crescimento do cérebro durante a gestação e nos
primeiros meses de vida da criança.

Apesar de não ser a única razão para a doença, a maioria dos casos de microcefalia
acontece quando a fontanela se fecha prematuramente, impedindo que o
crescimento cerebral aconteça de forma adequada, criando pressão interna na caixa
craniana. Quanto mais cedo acontece esse fechamento dos ossos, menos espaço o
cérebro tem para crescer e mais grave é a microcefalia.
Tipos de Microcefalia
A microcefalia pode ser congênita ou adquirida, além de
primária e secundária. Na microcefalia congênita, o bebê
nasce com a circunferência da cabeça diminuída. Na
adquirida, a microcefalia se desenvolve nos primeiros
anos de vida através de crescimento reduzido.De
maneira mais rara, também é possível que a criança
apresente a mutação genética de maneira aleatória, sem
herdar a doença dos pais.
Microcefalia primária
Este tipo de microcefalia é chamada de microcefalia verdadeira. É uma
doença genética, autossômica recessiva. Isso significa que ambos os pais
devem ter o gene da doença e transmiti-lo para que a criança apresente a
microcefalia.
De maneira mais rara, também é possível que a criança apresente a mutação
genética de maneira aleatória, sem herdar a doença dos pais.
Microcefalia secundária
Representando 90% dos casos da doença, a microcefalia secundária é causada por outras
condições diferentes da genética. A mais comum delas é a microcefalia por craniossinostose. É
quando a caixa craniana se fecha antes do tempo, impedindo o crescimento normal do cérebro.
O fechamento pode acontecer em qualquer momento da gravidez, mas é mais comum nos
primeiros três meses, o que torna a doença bastante grave.
Quando a doença é adquirida, doenças que afetam o bebê costumam causar o fechamento da
moleira antes da hora. Quando é congênita, costuma ser causada por condições da mãe que
afetam a gravidez.
CAUSAS
As causas são várias e podem Microcefalia congênita
Infecções Microcefalia adquirida
variar de acordo com o tipo
Abuso de álcool e outras drogas Distúrbios de metabolismo
de microcefalia. No geral, Diabetes Infecções intracranianas
ela é causada por infecções da Hipotiroidismo
Intoxicação por cobre
mãe durante a gestação, além Pré-eclâmpsia
Insuficiência placentária Anemia crônica infantil
de outros comportamentos
Fenilcetonúria materna Acidente vascular cerebral
prejudiciais que a mãe pode
anomalias genéticas (AVC)
adotar. Exposição à radiação
Microcefalia no Brasil
Em 2015, o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi o causador de
uma epidemia de microcefalia no nordeste do Brasil. Houve um grande aumento
no número de casos e tornou-se obrigatório reportar as novas incidências da
doença. No mesmo ano, o Ministério da Saúde confirmou a conexão entre a
microcefalia e a infecção pelo Zika vírus.
O vírus também é capaz de afetar o crescimento ósseo da criança ainda dentro do
útero. O crânio é moldado em um formato e tamanho que não permite que haja
espaço para o desenvolvimento do cérebro.
Fatores de risco

Diversas causas para a microcefalia


significam que não existe um grupos de
risco específico e que qualquer um pode
ser vítima da doença. Entretanto, alguns
fatores podem aumentar as chances de que
a microcefalia afete um bebê.
Sintomas
O principal sintoma é o . Déficit intelectual
· Espasmos musculares
tamanho reduzido da · Convulsões
cabeça, o que dificulta o · Problemas motores
desenvolvimento do · Dificuldades sensoriais
cérebro. Isso pode causar · Problemas de
desenvolvimento
diversos outras
· Problemas de linguagem
consequências como: · Dificuldades de aprendizado
· Hiperatividade
Como é feito o diagnóstico da microcefalia?
A microcefalia pode ser diagnosticada através da medição da circunferência da cabeça
do bebê com uma fita métrica, feita pelo médico neurologista, clínico geral e
pediatra.
Durante os primeiros anos de vida da criança, a medição é feita diversas vezes e
comparada com o padrão para a idade. Além disso, alguns exames podem ser feitos para
a identificação pré-natal e a classificação da gravidade da doença:
· Ultrassom
· Tomografia computadorizada e ressonância magnética
Microcefalia tem cura?

A microcefalia não tem cura e, mesmo quando


descoberta na gravidez, é irreversível.
Entretanto, é possível a realização de
acompanhamento da criança para reduzir os
efeitos negativos da doença.
Qual o tratamento?
Não existe tratamento para a cura da microcefalia, mas algumas atitudes podem ser
tomadas para reduzir os efeitos da doença no desenvolvimento metal.
· Cirurgia
· Medicação
· Fisioterapia
· Terapia ocupacional
· Botox
Medicamentos para microcefalia
A microcefalia não pode ser tratada por
medicamentos, mas alguns de seus sintomas
podem, como os espasmos e as convulsões. O
Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil, fornece
gratuitamente alguns medicamentos para o
tratamento dos sintomas, como Levetiracetam
(Keppra).
Convivendo
Conviver com a microcefalia não é fácil, nem para a criança, nem para os pais.
Logo ao nascer, a criança já precisa de tratamentos especiais, que são mais intensos
quanto mais grave a doença for. Entretanto, a convivência é possível.
A pessoa deve ter:
· Consultas frequentes com
neuropediatra
· Terapia ocupacional, fisioterapias
· Atendimento multidisciplinar
· Tratamento psicológico
Complicações
Os sintomas da microcefalia podem levar a diversas complicações, que variam em
sua intensidade. Tudo depende da gravidade da condição. Quanto menor a
circunferência da cabeça da criança, mais graves as complicações.
· Depressão
· Perdas neurológicas e
intelectuais
· Dependência
· Pouco desenvolvimento físico
· Morte
Como prevenir a microcefalia?
Na maioria das vezes, é possível prevenir a microcefalia ou, ao menos, reduzir
drasticamente as chances de que ela ocorra.
· Faça acompanhamento pré e neonatal
. Aconselhamento genético
· Fique longe do álcool durante a gravidez
· Não use drogas durante a gravidez
· Não use medicamento sem orientação
médica
· Evite infecções
· Evite mosquitos
A microcefalia é uma doença grave e sem cura, que traz
dificuldades grandes tanto para os pais quanto para as
crianças, mas é possível conviver com ela.
Referência:
https://minutosaudavel.com.br/microcefalia/
características visuais da microcefalia

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