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A doença costuma ser perceptível ao nascimento e é definida, quando o parto se dá aos 9 meses
de gestação, pelo perímetro da cabeça de 32 cm ou menos. O perímetro normal é entre 33 e 36
cm no momento do nascimento, apesar de poder ser menor quando o nascimento é
prematuro. Portanto, nestes casos, há adaptações da medida.
Normalmente, bebês nascem com a fontanela, chamada de moleira. É um ponto
mole na cabeça da criança. O crânio é formado por vários ossos que se unem entre
os 9 e 15 meses de idade. Eles são separados para facilitar o parto, permitindo que se
movam, e para criar espaço para o crescimento do cérebro durante a gestação e nos
primeiros meses de vida da criança.
Apesar de não ser a única razão para a doença, a maioria dos casos de microcefalia
acontece quando a fontanela se fecha prematuramente, impedindo que o
crescimento cerebral aconteça de forma adequada, criando pressão interna na caixa
craniana. Quanto mais cedo acontece esse fechamento dos ossos, menos espaço o
cérebro tem para crescer e mais grave é a microcefalia.
Tipos de Microcefalia
A microcefalia pode ser congênita ou adquirida, além de
primária e secundária. Na microcefalia congênita, o bebê
nasce com a circunferência da cabeça diminuída. Na
adquirida, a microcefalia se desenvolve nos primeiros
anos de vida através de crescimento reduzido.De
maneira mais rara, também é possível que a criança
apresente a mutação genética de maneira aleatória, sem
herdar a doença dos pais.
Microcefalia primária
Este tipo de microcefalia é chamada de microcefalia verdadeira. É uma
doença genética, autossômica recessiva. Isso significa que ambos os pais
devem ter o gene da doença e transmiti-lo para que a criança apresente a
microcefalia.
De maneira mais rara, também é possível que a criança apresente a mutação
genética de maneira aleatória, sem herdar a doença dos pais.
Microcefalia secundária
Representando 90% dos casos da doença, a microcefalia secundária é causada por outras
condições diferentes da genética. A mais comum delas é a microcefalia por craniossinostose. É
quando a caixa craniana se fecha antes do tempo, impedindo o crescimento normal do cérebro.
O fechamento pode acontecer em qualquer momento da gravidez, mas é mais comum nos
primeiros três meses, o que torna a doença bastante grave.
Quando a doença é adquirida, doenças que afetam o bebê costumam causar o fechamento da
moleira antes da hora. Quando é congênita, costuma ser causada por condições da mãe que
afetam a gravidez.
CAUSAS
As causas são várias e podem Microcefalia congênita
Infecções Microcefalia adquirida
variar de acordo com o tipo
Abuso de álcool e outras drogas Distúrbios de metabolismo
de microcefalia. No geral, Diabetes Infecções intracranianas
ela é causada por infecções da Hipotiroidismo
Intoxicação por cobre
mãe durante a gestação, além Pré-eclâmpsia
Insuficiência placentária Anemia crônica infantil
de outros comportamentos
Fenilcetonúria materna Acidente vascular cerebral
prejudiciais que a mãe pode
anomalias genéticas (AVC)
adotar. Exposição à radiação
Microcefalia no Brasil
Em 2015, o Zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, foi o causador de
uma epidemia de microcefalia no nordeste do Brasil. Houve um grande aumento
no número de casos e tornou-se obrigatório reportar as novas incidências da
doença. No mesmo ano, o Ministério da Saúde confirmou a conexão entre a
microcefalia e a infecção pelo Zika vírus.
O vírus também é capaz de afetar o crescimento ósseo da criança ainda dentro do
útero. O crânio é moldado em um formato e tamanho que não permite que haja
espaço para o desenvolvimento do cérebro.
Fatores de risco