Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DO VEREADOR
EMPREENDEDOR
A confiança que você deposita na pequena empresa,
o eleitor deposita nas urnas.
GUIA DO VEREADOR EMPREENDEDOR
GUIA
DO VEREADOR
EMPREENDEDOR
As idéias estão neste Guia e tornam os caminhos infinitamente mais curtos e mais baratos
para a consolidação do desenvolvimento sustentável. Se transformada em base de consultas
para os candidatos aos legislativos municipais, a publicação poderá criar um olhar diferente
sobre a ação legislativa. O próximo mandato poderá ser um marco na emancipação
político-financeira dos municípios brasileiros.
Sebastião Misiara
Presidente da Uvesp
MENSAGEM AOSfor
Quanto maior CANDIDATOS
a participação dos pequenos
negócios na renda gerada, maior será a
A sociedade globalizada faz com que novas formas de pensar e agir sejam necessárias para o
distribuição
desenvolvimento sustentávelda riqueza
das nações. no transformar
É preciso município.boas idéias em soluções viáveis,
sempre no sentido de atender aos anseios da população, e em sintonia com a modernidade.
Acreditamos que este Guia poderá ser de boa utilidade para inspirar os candidatos
inovadores, que estejam acompanhando os acontecimentos referentes ao crescimento do
país, e que queiram contribuir para que seu município aproveite as janelas de oportunidade
que se abrem.
O VEREADOR EMPREENDEDOR
Nosso objetivo é que este cardápio de informações sirva de apoio para a construção de
modelos de ações que acelerem o crescimento do município, independentemente dos
gestores que estarão à frente delas, para que os projetos implantados por eles tenham
continuidade pelos seus sucessores.
ÍNDICE
POR QUE APOIAR OS PEQUENOS NEGÓCIOS? ...............................................6
1. Vereador como agente de desenvolvimento .....................................................7
2. A razão da inclusão produtiva ..................................................................................8
3. Pequenos negócios promovem a distribuição
de renda e ajudam a fixar a riqueza na região ...................................................10
4. Diferenças entre as pequenas cidades e as de maior porte ............................12
5. Lei Geral Municipal: o novo estatuto da pequena empresa ............................14
POR QUE
APOIAR
OS PEQUENOS
NEGÓCIOS?
Como primeiro agente político do país e mais próximo do cidadão, o Vereador deve
ter presente o seu dever para com a sociedade, qual seja contribuir para a geração de
empregos e bem-estar social da população. Chegou a vez de cada Vereador mostrar a
sua força de forma criativa, sua capacidade de ser um empreendedor político atento às
oportunidades que podem se traduzir em conquistas para o seu município.
Os pequenos negócios são 99% de todas as empresas paulistas, oferecem quase 60% das
oportunidades de emprego e representam cerca de 20% do produto interno bruto (PIB).
De acordo com a Lei Geral, as microempresas são as que faturam até R$ 240 mil por
ano e empresas de pequeno porte são as que obtém de R$240 mil a R$ 2,4 milhões de
faturamento bruto anual.
Número de pessoas
ocupadas nas empresas formais
1996 2002
Em milhões Em milhões
de pessoas Percentual de pessoas Percentual
Micro e Pequenas Empresas 10,9 50,6% 15,8 57,2%
Médias e Grandes Empresas 10,7 49,4% 11,8 42,8%
Fonte: IBGE, Cadastro Central de Empresas - CEMPRE; elaboração SEBRAE – UED.
De 2000 a 2004, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Governo Federal,
foram criadas no país mais de 924 mil novas empresas formais, sendo 910 mil de micro e
pequeno porte. Com isso, a participação total das micro e pequenas empresas chegou a 5
milhões, ou seja, 98,4% do total de empresas em atividade no país. Apesar dos animadores
números, no Estado São Paulo 29% dos novos micro e pequenos negócios são encerrados
antes mesmo de completar um ano de existência. Em cinco anos, 56% deles já foram extintos.
Em resumo, o apoio aos pequenos negócios revela muitas vantagens como estratégia para
promover o desenvolvimento do município:
• As micro e pequenas empresas geram quase a metade do total de empregos formais (com
carteira assinada) criados no país. Cada estabelecimento tem poucos empregados, mas,
juntos, eles se tornam os principais empregadores da cidade.
• Inclusão social e produtiva: os pequenos negócios absorvem pessoas com poucos anos
de escolaridade ou sem acesso a programas de qualificação profissional, dando
oportunidades a parcelas desfavorecidas da população.
Por esses e outros motivos o apoio aos pequenos negócios pode ser visto como uma
estratégia de melhor distribuição de renda. A legalização das empresas – seguida da
formalização da situação de seus funcionários – e a produção de riqueza de forma menos
concentrada mostram como o investimento em pequenos negócios é fundamental para os
municípios que querem se desenvolver de forma mais igualitária e com inclusão social.
Além das grandes diferenças entre a renda de ricos e pobres, também se pode observar
no Estado de São Paulo altos índices de desigualdade regional. Isso significa que, enquanto
algumas cidades têm altas receitas e melhores condições de se desenvolver, outras
enfrentam grandes limitações orçamentárias. Uma das estratégias utilizadas para combater
a desigualdade regional é buscar a fixação das riquezas nos municípios.
Situação semelhante ocorre nos centros urbanos. Muitas cidades não conseguem oferecer
empregos para todos e é comum que trabalhadores se desloquem diariamente para
municípios vizinhos, contribuindo para a produção de riqueza e arrecadação de outro lugar
O ideal é que o dinheiro circule na cidade. Os pequenos negócios são a forma mais
eficiente de se iniciar o processo de fixação da riqueza local em qualquer segmento da
economia. Investidores de fora também são bem-vindos, desde que também ajudem a
fortalecer os pequenos negócios locais. Ficam os investimentos, os empregos, o melhor
atendimento à população, entre outros benefícios.
Municípios vizinhos que vivem problemas semelhantes podem implantar programas comuns
de desenvolvimento. Esta também é uma alternativa para fixar a riqueza na região. Juntos
serão mais fortes e mais capazes de oferecer oportunidades a investidores. Bons exemplos
surgem de Consórcios Intermunicipais, sendo eles das mais diversas finalidades.
Parte da solução para este complexo problema vem da iniciativa privada: empregos
geram renda, que movimentam a economia local, que aumentam a arrecadação de
tributos, que possibilitam mais investimentos públicos. Um ciclo positivo e sustentável.
Mas para que as empresas possam dar sua contribuição ao desenvolvimento precisam
de um ambiente favorável aos negócios, ou seja, menos burocracia, tributação justa e
estímulos à competitividade.
Com base em dados do IBGE, 72% dos municípios do Brasil têm população inferior a 20
mil habitantes. Com algumas exceções, essas 4.002 cidades do país mantêm uma economia
estimulada e sustentada em torno dos pequenos negócios.
Não há uma política “para cidades pequenas” e outra “para cidades grandes”. A criação de
políticas locais de apoio aos pequenos negócios deve ser planejada de acordo com o perfil
Este é o perfil da maioria das cidades brasileiras. Grande parte dos casos observados
mostra que dar prioridade a ações que beneficiem o surgimento e a expansão dos
pequenos negócios é uma estratégia de sucesso para a geração de mais empregos, aumento
da formalidade, atração de investimentos sustentáveis e fortalecimento da economia local.
Com raras exceções, essas são cidades estagnadas, onde a economia local depende da
renda dos aposentados e dos empregos da Prefeitura. Especialmente nesses casos, o apoio
aos pequenos negócios mostra-se como o primeiro passo para reativar a economia, evitar
o êxodo e garantir aumento de arrecadação.
Com estruturas econômicas e produtivas mais complexas, essas cidades representam 28%
das existentes no Brasil. Nesses casos, uma análise mais específica sobre cada situação é
necessária. De qualquer forma, os pequenos negócios são importantes mecanismos de
combate aos altos índices de desemprego observados nesses contextos.
Os tipos principais de municípios listados são uma interpretação do cenário geral, mas
não podem ser o único instrumento de planejamento. Ainda assim fica evidente que o
estímulo aos pequenos negócios mostra-se útil aos gestores públicos dos diferentes
perfis municipais pela promoção da redução dos riscos de dependência, pelo estímulo à
reativação da economia estagnada ou como estratégia de inclusão social e produtiva.
Essa nova Lei deve ser regulamentada por estados e municípios. É essencial que a lei saia
do papel. No Estado de São Paulo mais de 60 municípios já sancionaram uma Lei Geral
Municipal e mais de cem municípios estão elaborando suas leis. Além de facilitar a vida das
empresas, a implantação da Lei Geral no município estimula a formalização dos negócios e
resulta em aumento da arrecadação. No médio prazo, os pequenos negócios se tornarão
os principais propulsores do desenvolvimento municipal, fazendo com que a economia
local aqueça e tenha maior dinâmica. Os primeiros sinais do aumento da arrecadação com
o Simples Nacional foram percebidos a partir de julho de 2007. Além disso, a elevação
da atividade econômica estimulará o aumento da cota de recursos federais destinados
ao Fundo de Participação dos Municípios, o que também beneficiará a capacidade
administrativa local.
Esta arrancada para o desenvolvimento no município pode e deve ser liderada pelo
Vereador. A falta de recursos em grande parte das cidades não impede a realização de
ações que dêem início a este círculo virtuoso do crescimento por meio do estímulo às
micro e pequenas empresas. Neste guia, o candidato empreendedor encontrará alguns
caminhos que poderão auxiliá-lo a incluir os pequenos negócios no seu plano para o
desenvolvimento local.
Até maio de 2008, 362 dos 5.564 municípios do país já haviam aprovado suas respectivas
leis. No mesmo período o Estado de São Paulo contabilizou 62 entre as 645 cidades
paulistas onde a Lei Geral Municipal já é uma realidade. Bons modelos de Leis estão
disponíveis. Bons exemplos são Itararé, o primeiro município paulista a regulamentar a
Lei Geral, e Barretos, que obteve destaque na última edição do Prêmio Sebrae Prefeito
Empreendedor.
Caso seu município ainda não tenha aprovado a Lei Geral Municipal,
indique ao Executivo os passos que devem ser seguidos:
3º Escolher os principais artigos da Lei Geral Municipal que devem ser imediatamente
implementados.
7º Tirar a lei do papel. Articular com instituições estaduais e federais a oferta de serviços
de crédito, tecnologia etc. previstos na legislação municipal.
Para participar das discussões e solucionar dúvidas sobre a Lei Geral, procure o Sebrae
mais próximo ou visite o site http://leigeral.sp.sebrae.com.br/
POLÍTICAS
DE APOIO AOS
PEQUENOS
NEGÓCIOS
1. FACILITAR A ABERTURA E O
FUNCIONAMENTO DE MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS
Os projetos de desenvolvimento local baseados no incentivo à atuação de micro e
pequenas empresas não é responsabilidade apenas do Executivo, mas de todos os atores
políticos municipais.
A pesquisa Doing Business, realizada pelo Banco Mundial, atualizada em 2007, mostra que
entre todos os países da América do Sul apenas Bolívia, Equador e Venezuela têm pior
cenário que o Brasil para a realização de negócios. Dos 178 países pesquisados, o Brasil é o
122o colocado. O mapa do Planeta dos Negócios pode ser visitado em:
http://rru.worldbank.org/businessplanet/
Confira abaixo algumas das medidas que fazem parte da lei e foram desenvolvidas
visando à desburocratização. O apoio dos Vereadores é fundamental para que elas sejam
regulamentadas nos municípios por meio da Lei Geral Municipal.
Desburocratização pioneira
Depois de várias tentativas de atrair grandes empresas, Itararé voltou-se
ao apoio a micro e pequenos negócios em 2006. O município mostrou
habilidade política em investir no setor sendo a primeira cidade do
Estado de São Paulo a promulgar a Lei Geral Municipal. Atualmente, os
alvarás de funcionamento dos estabelecimentos em processo de criação
são expedidos na hora da apresentação dos documentos necessários
para a abertura de uma empresa. Com o caminho traçado, Itararé
investiu em parcerias para a capacitação profissional, além de projetos
de reciclagem, patrulha agrícola e renovação do distrito industrial.
Benefícios esperados:
A Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas já prevê avanços nesse sentido. Por meio
dela, foi criado o regime especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições
no âmbito nacional. O Simples Nacional, ou Supersimples, como é mais conhecido, reduz
a complexidade no pagamento de impostos, incorporando o ISS (municipal) e o ICMS
(estadual) ao conjunto de tributos federais que formam o Simples (IRPJ, IPI, PIS, Cofins,
CSLL e INSS).
A renúncia fiscal também deve ser vista com cautela, uma vez que há riscos de redução
da receita municipal sem a certeza de que a implantação de novos negócios gerará uma
quantidade compensadora de empregos. Em alguns casos, o município pode deixar de
arrecadar, a empresa não gerar empregos e faltar receita para investir no atendimento aos
cidadãos. Mas a redução de tributos diferenciados para os pequenos negócios reverte-se
em formalização de empresas e geração de receita para o município. É importante fazer
estudo com uma equipe técnica para avaliar os impactos antes de aprovar uma legislação
ampla de isenção fiscal.
Benefícios esperados:
Desoneração em consenso
Em Osasco, a revisão tributária envolveu não apenas
o Legislativo e o Executivo, mas contou com a
participação de diferentes setores da sociedade civil
por meio do Fórum Municipal de Desenvolvimento
Econômico Sustentado. A redução da alíquota do ISS
para 81 categorias beneficiou 13.721 microempresas.
Além disso, a revisão tributária fez baixar o IPTU
de mais de 93% dos 7,6 mil estabelecimentos
contribuintes. A desoneração se reverteu em maior
arrecadação para o município que foi investida nas
ações da agenda positiva de desenvolvimento, tais
como: incubadora de empreendimentos solidários, posto
Osasco Legal e muitas outras.
Posto
Osasco Legal
Benefícios esperados:
4. PROMOVER O DESENVOLVIMENTO
DE MERCADOS E O USO DO PODER DE
COMPRAS DO MUNICÍPIO
Desonerar os empresários e desburocratizar o processo de abertura e encerramento
de negócios são fatores importantes para promover o desenvolvimento local, mas o
sucesso de todo o processo depende principalmente da capacidade do empreendedor de
alcançar os mercados. Sem vender seus produtos é impossível se manter, gerar empregos e
movimentar a economia.
Ações políticas devem também buscar mecanismos que priorizem as micro e pequenas
empresas como fornecedoras de bens e serviços. Com isso, o dinheiro circula na própria
cidade, cria mercado para os pequenos e fortalece a economia local.
A promoção das empresas locais pode contar com a ajuda do poder público para ampliar
os espaços de comércio. Nesse sentido, há uma série de medidas que o Vereador pode
adotar para ajudar a conectar empresários e clientes:
Além de verificar se o seu município já incorporou tais medidas, o Vereador pode também
se tornar um promotor de estratégias de exportação e sugerir a realização de parcerias
para a contratação de empresas especializadas em comércio exterior para estudarem o
potencial de exportação dos produtos locais
Uma das estratégias públicas mais eficientes para promover o mercado local é criar
incentivos às micro e pequenas empresas para a participação em licitações públicas. Um dos
capítulos da Lei Geral é inteiramente dedicado a esta questão.Veja abaixo que benefícios
podem ser concedidos ao setor com a regulamentação da Lei Geral Municipal:
Altinópolis
Benefícios esperados:
5. INCENTIVAR PROGRAMAS DE
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Gerar lucros e conservar o meio ambiente. Essa combinação que até recentemente
não parecia possível pode ser implantada em nível municipal e ajudar a promover o
desenvolvimento local. A preservação do planeta depende de ações do dia-a-dia dos
cidadãos e principalmente do poder público. Se isso puder ser feito em conjunto com as
medidas de promoção de crescimento econômico, ainda melhor.
O Vereador pode ser o responsável por levar à agenda pública a questão ambiental.Veja
algumas idéias que podem ser colocadas em prática:
É importante que haja uma integração ao debate com as outras esferas de governo
por meio de do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), órgão que integra
União, estados e municípios em torno do tema. Muitas vezes entender o conjunto de
instrumentos jurídicos não é tarefa simples, e buscar assessoria nesse sentido pode ser
útil para alcançar competência e cooperação. Órgãos como o Instituto Brasileiro de
Administração Municipal (Ibam) oferecem cursos na área de gestão ambiental dirigidos a
técnicos municipais.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA), até 2006 apenas 8% dos
municípios brasileiros possuíam secretarias, fundo, conselho ou legislação ambiental.
Diante disso, foi criado o Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais
(PNC), uma inciativa conjunta do MMA, estados e prefeituras que busca fortalecer o
papel do município neste tema. Representantes das prefeituras têm recebido treinamento
em todo país sobre elementos práticos de licenciamento e gestão ambiental.
Seu município já faz parte deste programa?
Para ampliar a agenda ambiental do Estado de São Paulo, o governo lançou o Programa
Município Verde, que prioriza a transferência de recursos às cidades que cumprirem metas
relacionadas à política de meio ambiente estadual. Para saber como participar e tomar a
dianteira deste projeto em seu município, visite:
http://www.ambiente.sp.gov.br/municipioverde/
Em Birigui, por exemplo, projetos ambientais beneficiam a natureza e o bolso dos cidadãos.
Em 2007, um conjunto habitacional equipado com coletores de energia solar foi entregue
a moradores de baixa renda com a previsão de economizar até 50% nas despesas com
a conta de luz. Birigui tornou-se o primeiro município brasileiro a ser convertido numa
cidade solar, o que foi possível por uma lei municipal que incentiva as construtoras a
adotar a energia solar nos empreendimentos imobiliários. Como se vê, há muito o que um
Vereador pode fazer para transformar sua cidade em exemplo para todo o país.
Benefícios esperados:
Ter acesso a tecnologia significa ter mais informação e mais capacidade de produção. As
melhorias observadas tanto no processo produtivo quanto nas características do produto
geram maior valor agregado, que levam a lucros maiores e representam um diferencial a
favor do empreendedor.
Algumas das principais questões sobre acesso a tecnologia são a utilização da internet e
de outras fontes de informação e comunicação; o conhecimento de modernas técnicas de
produção agrícola; a utilização de ferramentas que aumentem a capacidade produtiva; a
aplicação de procedimentos que melhorem a qualidade de produtos e serviços.
• formular uma política municipal para inovação e acesso a tecnologia em parceria com
universidades e órgãos de assistência e pesquisa rural, como a Embrapa, ITAL e IAC.
• criar fundos e legislações de incentivo que ajudem a melhorar o acesso a tecnologia.
Conforme previsto na Lei Geral, os fundos podem garantir 20% dos recursos para
micro e pequenas empresas.
• estimular o desenvolvimento de incubadoras de empresas e parques tecnológicos. As
incubadoras possibilitam o desenvolvimento de empresas de alta capacidade de inovação
com menor índice de mortalidade.
• buscar assessoria em instituições especializadas na qualificação empresarial.
• criar projetos coletivos de investimento em pesquisa e aquisição de equipamentos e
maquinário modernos.
• desenvolver projetos regionais e municipais de investimento e educação tecnológica em
parceria com o governo do estado.
• buscar apoio em institutos e agências para que os produtos com perfil de exportação se
adaptem às mais diversas normas exigidas pelos mercados externos, sejam elas sanitárias,
metrológicas ou ambientais. Procurar o Instituto de Pesquisas Tecnológicas pode ser o
primeiro passo.Visite o site:
http://www.ipt.br/atendimento/poderPublico/.
Estão previstos na Lei Geral os incentivos para investimentos em inovação com a alocação
Como principal ponte entre o poder público e o cidadão comum, o Vereador precisa estar
atento às possibilidades de captação dos recursos oferecidos. Para isso, é importante que tenha
capacidade de reunir a população em torno de uma agenda de desenvolvimento tecnológico.
Benefícios esperados:
7. FORTALECER O ASSOCIATIVISMO
Com o passar dos anos, a estrutura econômica de uma cidade vai se tornando mais
complexa. Num contexto onde a competição é cada vez mais acirrada, o associativismo
mostra-se como uma boa estratégia de organização de entidades dos mais diversos tipos.
A valorização das atividades de micro e pequenas empresas passa pelo apoio dos
órgãos públicos à construção e à manutenção de associações que ajudarão também na
identificação de necessidades, potencialidades e vocações do município.
Uma outra estratégia prevista na Lei Geral diz respeito à criação de consórcios para a
compra e venda de produtos pelas empresas de pequeno porte. O objetivo principal
desta ação é fazer com que micro e pequenas empresas aumentem sua competitividade
e sua inserção nos novos mercados por meio de ganhos de escala e redução de custos
operacionais.
As chamadas centrais de compra são exemplo vivo do que está na lei. Por meio delas,
pequenos comerciantes do varejo negociam com fornecedores preços melhores já que
a compra pode ser feita em larga escala. Um estudo realizado em 2004 (pela consultoria
Gouvêa de Souza & MD) indicou a existência de 188 centrais de compra no país, que já
naquela época representavam a associação de mais de 11 mil pontos-de-venda.
Benefícios esperados:
Estimulando a união
Como forte estímulo ao associativismo, foi criada
em Embu a Casa do Empreendedor. A instituição
abriga uma série de cooperativas locais e conta
com a parceria da Associação Comercial, Industrial
e de Serviços de Embu, da Faculdade de Taboão da
Serra e do Instituto de Pesquisa, Desenvolvimento e
Fortalecimento das Ações Sociais, entre outros. Com
a Casa do Empreendedor, houve uma expansão de
40% no número de novos negócios no município.
O estímulo ao crédito é um dos pontos tratados pela Lei Geral das Micro e Pequenas
Empresas, que prevê políticas de apoio ao crédito por parte do Executivo, autorização de
linhas de crédito pelos bancos, que poderão se articular com entidades representativas
das empresas para desenvolver programas de treinamento gerencial e tecnológico. A lei
também prevê a utilização de recursos financeiros do Fundo de Amparo ao Trabalhador
(FAT) em cooperativas de crédito destinadas aos pequenos negócios. Uma pesquisa do
Vox Populi para o Sebrae revela que os empresários de pequenos negócios acham que o
estímulo à facilitação do crédito é o segundo ponto mais importante da Lei Geral.
http://www.mte.gov.br/fat/default.asp
Benefícios esperados:
Criando capital
Depois de identificar que um dos entraves
ao desenvolvimento de pequenos negócios
era a falta de acesso ao crédito, a cidade
de Lins criou o Fundo Municipal de
Desenvolvimento Solidário, Econômico
e Tecnológico. Por lei, pelo menos 20%
de suas verbas devem ser destinadas
a iniciativas associativistas. Em 2007, o
fundo tinha R$ 200 mil de reserva. Um
ano depois, este valor havia triplicado,
chegando a R$ 630 mil.
9. DESENVOLVER A EDUCAÇÃO
EMPREENDEDORA E A CAPACITAÇÃO
PROFISSIONAL
O acesso a informação e conhecimento pode ser a chave para o sucesso de muitos
projetos. Num mundo de economias cada vez mais competitivas e integradas, uma boa idéia
é cada vez mais valorizada. A capacitação é, portanto, a melhor forma de dar ferramentas
para estimular boas idéias e transformá-las em realidade.
Para contribuir para a qualificação dos profissionais que já atuam nos negócios da cidade,
é importante que o Vereador conheça a fundo a produção local. Um bom diagnóstico do
município pode mostrar quais setores e profissões mais precisam de gente preparada. Nesse
sentido, um relatório publicado pelo governo de São Paulo é uma grande contribuição
aos projetos de capacitação. Na Caravana do Trabalho foi produzido um novo diagnóstico
http://www.emprego.sp.gov.br/diagnostico/menu.htm.
Benefícios esperados:
Mudanças legislativas realizadas no Brasil nas últimas décadas vêm acarretando importantes
transformações no comportamento das Câmaras Municipais. A Lei de Responsabilidade
Fiscal, por exemplo, fez aumentar em muito o papel do Vereador na administração pública,
uma vez que o município não pode gastar mais do que arrecada e que cabe também ao
Legislativo zelar por este compromisso.
Um agente de mudanças não é apenas aquele que cria leis, mas também o que garante
que as leis já aprovadas sejam seguidas e que gerem frutos de desenvolvimento. Por isso,
é importante que se tenha um bom conhecimento das leis já vigentes no município para
jogar a favor da legislação.
Um bom exemplo nesse sentido vem da Câmara Municipal de São Paulo. Um projeto
de emenda à Lei Orgânica enviado ao Legislativo com a assinatura de mais de 400
organizações participantes do movimento apartidário Nossa São Paulo foi aprovado na
Câmara, obrigando os próximos prefeitos a divulgarem o Plano de Metas de seu governo.
A medida, que mostrou a interação bem-sucedida entre Vereadores e a população, cria
condições práticas para a sociedade acompanhar e cobrar resultados do Executivo.
Para ser capaz de fazer uma avaliação crítica consistente dos projetos que passam pela
Câmara, o Vereador pode contar com a ajuda de uma equipe multidisciplinar capaz de
analisar cuidadosamente a matéria. Especialistas de diversas formações - direito, economia,
urbanismo etc. - emitem pareceres a respeito dos projetos de lei em tramitação. Esses
relatórios ficam disponíveis para toda a casa legislativa, uma vez que a equipe não é
subordinada a nenhum gabinete e serve a todos. Obviamente, manter uma equipe depende
de verba administrativa. Caso não tenha condições de manter uma consultoria permanente,
a Câmara pode contratar serviços esporádicos.
http://www.uvesp.com.br
COMO
ESTRUTURAR
O MUNICÍPIO
PARA APOIAR
OS PEQUENOS
NEGÓCIOS
O diálogo estabelecido de forma organizada poderá gerar mais satisfação e apoio popular,
o que facilitará a elaboração do programa de apoio a micro e pequenas empresas e sua
tramitação.
Buscar apoio do governo do estado poderá ser útil para encontrar estratégias de
financiamento de ações públicas. A realização de consórcios intermunicipais deverá
fortalecer a iniciativa e angariar ainda mais apoio.
Com uma ampla base de apoio, sustentada por atores internos, externos, governamentais e
de mercado, o programa tem maiores chances de ser desenvolvido de maneira mais eficaz
e eficiente. Já contando com ampla adesão, a iniciativa terá apelo político e será tratada
como prioritária.
7. Garantir acompanhamento
Uma vez aprovado, o programa precisa contar com acompanhamento contínuo para
garantir que todos estejam fazendo a sua parte. A força política do Vereador é um dos
principais fatores para o Executivo priorizar suas ações.
Este trabalho baseia-se em um histórico de atuação do Sebrae-SP nos municípios paulistas e foi elaborado
a partir de discussões com a União de Vereadores do Estado de São Paulo (Uvesp) e técnicos do Sebrae-
SP. O conteúdo começou a ser desenvolvido no dia 31 de outubro de 2007 com técnicos, dirigentes e
Vereadores de todas as regiões:
Adelson José Ribeiro/Ass. Parlamentar de Sorocaba; Ademir Cleto/Vereador de Tatuí; Almira Ribas Garms/Vereadora de Paraguaçu;
Amauri do Amaral Campos/Uvesp – Jornal do Interior; André Queiroz Guimarães/Vereador de Louveira; Anésio de Campos/Uvesp;
Antonio Marcos Gava Júnior/Vereador de Barra Bonita; Camila Alcântara Souza/Ass. de Imprensa Câmara Municipal Itararé; Carlos
Peixoto/Vereador de Taubaté; Edgar Nobrega Gomes/Vereador de São Caetano do Sul; Edgar de Souza/Vereador Câmara de
Lins; Élio Donizeti de Lima Jardim/Vereador de Tuiuti; Ercias Muniz de Lima/Vereador de Juquiá; Flávia Guerra Barbieri/consultora
Uvesp; Helio Aparecido de Godoy/Vereador de Sorocaba; Iroá Nogueira Lima Carvalho/Sebrae-SP; José Alberto Andrade Cunha
Neto/Sebrae-SP; José Canedo Jr/Sebrae-SP; José Carlos Cavalcante/Sebrae-SP; José Donisete de Camargo/Presidente da Câmara
Municipal de Itararé; José Edinardo Esguetini/Presidente Câmara Municipal de Matão; José Fernando de Oliveira/Vereador de Bom
Jesus dos Perdões; José Ricardo Dias/Vereador de Santo André; José Sávio J. Henrique/Sebrae-SP; Julio Cesar Durante/Sebrae-SP;
Luiz Antonio de Moraes/Vereador de Porto Ferreira; Luiz Carlos Mota/Vereador de São José dos Campos; Marcelo Mambrini/
Vereador de Franca; Marco Antonio Alves Jorge – KIM/Presidente da Câmara Municipal de Americana; Marco Aurélio Manaf/
Sebrae-SP; Marcos Gomes Godinho/Gabinete do Vereador Edgar – Câmara Municipal de São Caetano do Sul; Maria Eugenia Ruiz
Borba/Sebrae-SP; Mariana Camargo Marques/Sebrae-SP; Marimar Guidorzi de Paula/Sebrae-SP; Maurício Lazari da Silva/Vereador
de Nova Campina; Milton Dallari/Sebrae-SP; Paulo Eduardo Stabile de Arruda/Sebrae-SP; Paulo Eugenio Pereira Junior/Vereador
de Mauá; Paulo Fiorilo/Vereador de São Paulo; Paulo Marcondes/Uvesp; Paulo Roberto Saponga de Oliveira/Secretaria do Meio
Ambiente; Reinaldo Correia/Imprensa Câmara Municipal de Matão; Ricardo E. Covello/Sebrae-SP; Ricardo Tortorella/Sebrae-SP;
Roberto Bergamaschi/Ass. Vereador Paulo Eugênio – Câmara Municipal de Mauá; Roberto Carlos Calez/Vereador de Penápolis;
Rodrigo Antonio Correa/Vereador de Santa Fé do Sul; Sebastião Misiara/Presidente Uvesp; Silvana Resende/Vereadora de Ribeirão
Preto; Silvério Crestana/Sebrae-SP; Silvia Mello/Uvesp; Valdeci Neves/consultor Expansão Delta; Valter Moura Júnior/Associação
Comercial e Industrial de São Bernardo do Campo.
A versão final foi aprovada no dia 28 de maio de 2008 com a participação de um Grupo de Trabalho
constituído por técnicos, dirigentes e Vereadores:
Ali Ahmad Hassan/Sebrae-SP; Anésio Ferreira de Campos/Vereador de Cajamar; Antonio Marcos Gava Júnior/Vereador de Barra
Bonita; Flávia Guerra Barbieri/ Uvesp; José Sávio J. Henrique/Sebrae-SP; Julia Sant’Anna/ jornalista FGB Consult; Luiz Antonio de
Moraes “Maguila”/Vereador de Porto Ferreira; Luiz Carlos Mota/Vereador de São José dos Campos; Paulo Marcondes/Uvesp;
Roberto Carlos Calez/Vereador de Penápolis; Rodrigo Antonio Correa/Vereador de Santa Fé do Sul; Witter Francisco Soffner/
Vereador de Dois Córregos.
Copyrigth 2008, Sebrae-SP Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado de São Paulo
É PERMITIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL MEDIANTE A CITAÇÃO DA FONTE.
SEBRAE-SP
Assessoria de Políticas Públicas
Rua Vergueiro, 1.117 19o andar
Paraíso CEP 01504-001 São Paulo SP
www.sebraesp.com.br
Município