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© SENAI-SP, 1986.
Equipe responsável
Coordenação geral Marcos Antonio Gonçalves
Coordenação do projeto Célia Regina Domingues Talavera
Elaboração Antonio da Conceição Vieira
Antonio Moreno Neto
Francisco de Assis Costa e Silva
Hernani Rossi Contrucci
Jose Carlos de Souza
Revisão técnica Antonio Moreno Neto
Iradi Dutra
Texto final Selma Ziedas
Revisão Luiz Thomazi Filho
Planejamento gráfico Marcos Luesch Reis
Composição Cleide Aparecida da Silva Vanzelli
Produção gráfica Silvia Regina de Oliveira Simões
Ilustração Jose antonio Datti Fernade
Fotografia Regina Maria Galli
Coordenação da impressão Victor atamanov
Ficha catalográfica
S47p SENAI-SP. DMD. Bobinagem de motor trifásico meio imbricado. São Paulo,
1986. (Série Metódica Ocupacional de Eletricista de Manutenção).
CDU: 621.313.1
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Regional de São Paulo
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César
São Paulo – SP
CEP 01311-923
E-mail senai@sp.senai.br
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Sumário
Introdução 7
Motor trifásico assíncrono com rotor gaiola 9
Rotação síncrona 12
Rotação assíncrona 15
Escorregamento 15
Isolantes usados em enrolamentos 17
Papéis e cartolinas 18
Fibras 18
Telas e fitas isolantes 19
Esquemas de bobinados 23
Esquema simplificado 24
Formação de um pólo 25
Polarização 26
Pólos ativos 26
Pólos consequentes 27
Representação do esquema frontal de um motor trifásico de quatro pólos 28
Interpretação do esquema 29
Enrolamento meio imbricado de motor trifásico 31
Distribuição fracionária de bobinas por pólo e fase 39
Desmontar máquina giratória 47
Desfazer bobinados de máquinas com núcleos ranhurados 53
Isolar rotor e estator 57
Enrolar bobinas para motores 61
Enrolar bobinas sobre moldes com pinos 63
Montar bobinas tipo meio imbricado 65
Ligar internamente motor trifásico 71
Arrematar bobinado de estator 77
Testar massa e curto-circuito 81
Montar motor elétrico 83
Conexões de motores elétricos de CA assíncronos 87
Tacômetro 91
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Introdução
Agora você vai saber como é a bobinagem tipo meio imbricado em uma carcaça de
motor trifásico. Esse sistema é muito prático.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Em razão disso e de seu baixo custo, é bastante empregada com força motriz em
aparelhos domésticos e maquinaria industrial. Veja na figura abaixo, as características
de um motor trifásico.
O motor elétrico de C.A .apresenta duas partes: Uma fixa e outra móvel.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
As barras são envoltas por uma pilha de chapas de ferro-silício e encaixadas num eixo.
Veja a figura.
Alguns rotores apresentam as ranhuras inclinadas em relação ao eixo. Isto é feito para
diminuir o ruído causado pelo corte das linhas magnéticas criadas pelo indutor.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
A tensão atinge seu valor máximo na bobina VI, depois na bobina VII e finalmente na
bobina VIII, de modo a gerar um campo magnético rotativo. As bobinas estão
dedasadas entre si em 120º. A corrente trifásica tem igual defasagem.
Rotação síncrona
O campo magnético rotativo gerado no estator pelas bobinas VI, VII e VIII faz girar o
rotor; o fluxo magnético produzido gera, por indução, uma força eletromotriz no rotor.
60 . F N = rpm
N=
PP F = frequência em Hz
PP = pares de pólos
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Observação
Não se esqueça que a rotação síncrona acontece quando o rotor gira na mesma
velocidade que o campo magnético do estator.
Motor de 2 pólos: 1 par de pólos F :60Hz Motor de 4 pólos: 2 pares de pólos F : 60Hz
Para cada ciclo de frequência, o campo magnético completa um caminho que vai de
um pólo norte até outro pólo norte. Veja a figura abaixo.
60 . 60
N= = 3.600rpm
1
Se o motor tiver dois pólos, um norte, outro sul, o campo magnético completará uma
volta para cada ciclo de freqüência.
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Se o motor tiver 4 pólos, dois pólos norte e dois sul, o campo magnético completará
meia volta para cada ciclo de frequência como mostra a figura a seguir.
60 . 60
N= = 1.800rpm
2
8 900 750
10 720 600
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Rotação assíncrona
Quando a rotação do rotor cai, o fluxo magnético aumenta. Isto faz a rotação aumentar
para que se chegue a um equilíbrio.
O rotor pode acompanhar a rotação do campo indutor desde que seja a uma
velocidade inferior para que se processe a geração das correntes induzidas e a reação
motora.
Portanto, motores assíncronos não possuem rotação síncrona com o campo indutor.
Escorregamento
O aumento do valor das correntes induzidas cria maior torção motora, necessária para
equilibrar o efeito freante.
Exemplo
Um motor de 5cv e 2 pólos tem rotação nominal de 3.520rpm para uma frequência de
60Hz. Calcule o escorregamento.
3.600 - 3.520
E= . 100 = 2,2%
3.600
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Isolantes usados em
enrolamento
Isolante elétrico é todo material de condutibilidade tão pequena que a corrente que o
atravessa pode ser desprezada.
Um isolante deve reunir uma série de propriedades que dependem do uso ao qual
esse isolante se destina. As características mais importantes se referem a:
Condições elétricas
A capacidade de isolamento é denominada rigidez dielétrica. Os isolantes devem ter
uma resistência de isolamento proporcional à tensão de trabalho.
Condições mecânicas
O isolamento exige uma resistência mecânica adequada aos esforços centrífugos e
vibrações suportados pelas bobinas de máquinas giratórias.
Condições químicas
O isolamento deve resistir à ação de ácidos, óleos, sais, etc.
Condições térmicas
Os isolantes devem manter suas condições nas distintas temperaturas de trabalho.
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Papéis e cartolinas
Os papéis são flexíveis, não têm muita resistência mecânica nem resistência à abrasão
e ao calor. O papel de cânhamo é o de maior resistência mecânica.
Os papéis são higroscópicos ou porosos; por isso, devem ser impregnados com verniz,
resina ou óleo secante.
Fibras
As fibras podem ser naturais ou sintéticas. A fibra natural é uma chapa isolante
derivada de papel. É obtida pelo tratamento do papel de algodão com cloreto de zinco
e pela sua laminação à espessura desejada.
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O principal defeito da fibra é absorver umidade; isto altera suas dimensões físicas e
também suas propriedades. Para eliminar a umidade da fibra, aumentar sua resistência
isolante e sua resistência ao calor, deve-se impregná-la com verniz ou goma-laca.
O papel de náilon e a fibra de poliester são fabricados com fibras resistentes a altas
temperaturas. Possuem excelentes propriedades mecânicas e dielétricas, já
largamente usadas, por si mesmas, como isolantes de Classe F.
Os materiais usados são tecidos vegetais, como algodão e seda natural ou artificial. A
característica mais importante destes isolantes é a sua flexibilidade.
Às vezes, a fita tem uma face coberta com substância adesiva, para permanecer firme
no lugar onde é colocada.
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A tela Cambric pode ser adquirida por metro ou em rolos de diversas medidas e
espessuras.
As telas de fibra de vidro são constituídas de um tecido formado por fibras de vidro
muito finas.
Estas fibras são originadas ao se fazer passar vidro líquido, sob pressão de vapor,
através de um recipiente especial com orifícios muito pequenos.
As fibras são de diâmetro menor que um fio de cabelo e com elas formam-se telas,
fitas e tubos.
As fibras de vidro não absorvem umidade, resistem aos ataques químicos e podem ser
usadas em altas temperaturas.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Esquemas de bobinados
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Deve-se fazer o esquema com linhas ou traços diferentes, como linhas grossa, fina,
pontilhada, tracejada, etc ou de cores diversas quando queremos representar:
x Bobinados pertencentes a diferentes fases:
caso do motor trifásico;
x Bobinados com diferentes funções:
caso dos motores monofásicos com bobina de arranque e trabalho.
Esquema simplificado
O esquema simplificado representa todo um grupo de bobinas por apenas uma bobina
ou meia bobina.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Formação de um pólo
Um pólo é formado por uma ou mais bobinas ligadas em série, de modo que a corrente
circule sempre no mesmo sentido.
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Polarização
Este par de pólos é formado pela ligação de dois grupos de bobinas. Num dos grupos,
o sentido da corrente é igual ao do movimento dos ponteiros do relógio; este é o pólo
norte.
Pólos ativos
São pólos criados de ligações de grupos de bobinas. Essas ligações são feitas uma ao
contrário da outra. Se houver dois grupos de bobinas, haverá dois pólos ativos.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Pólos consequentes
São pólos criados por consequência, como o próprio nome diz. Metade do número de
pólos é formado por pólos ativos e a outra metade aparece em conseqüência da
primeira. A corrente circula nos grupos em um único sentido.
No exemplo da figura seguinte, temos dois grupos de bobinas cuja ligação apresenta
dois pólos ativos e dois pólos que aparecem por conseqüência.
Neste tipo de bobinado, o número de grupos de bobinas por pólo e fase é igual à
metade do número de pólos magnéticos do motor.
Esses grupos estão ligados de tal forma que a corrente circula no mesmo sentido em
todos os grupos pertencentes à mesma fase.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Nos centros da cada bobina de uma mesma fase formam-se dois pólos chamados
norte e nos espaços existentes entre as bobinas criam-se os pólos opostos, chamados
sul.
As bobinas de todo motor trifásico são ligadas de modo a formar três enrolamentos
separados, chamados fases.
As três fases têm o mesmo número de bobinas. Isto significa que o número de bobinas
por fase será igual a um terço do número total e bobinas existentes no motor.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Interpretação do esquema
Cada fase é representada por linhas de traços diferentes: grossas, finas, pontilhadas
ou coloridas, como você já deve ter visto na aula de Desenho Elétrico. Neste caso, o
passo da bobina é 1 a 6.
Cada pólo é formado por uma só bobina; temos 4 bobinas formando 4 pólos ativos em
cada fase.
A polarização é feita em cada enrolamento ou fase. Cada fase forma quatro pólos; a
corrente circula em cada grupo sempre em sentido contrário ao do grupo anterior.
As conexões de polarização para a fase A são feitas entre os círculos 6 e 12, 7 e 13,
18 e 24; para a fase B, entre os círculos 10 e 16, 11 e 17, 22 e 3; para a fase C, entre
os círculos 14 e 20, 15 e 21, 2 e 8.
As entradas e saídas dos bobinados correspondentes a cada fase são dadas pelos
círculos: 1 e 19, 5 e 23, 9 e 3. As letras U, V, W, X, Y e Z, as últimas do alfabeto, são
utilizadas como norma internacional para motores trifásicos. U, V e W são adotadas
para as entradas. X, Y e Z são adotadas para as saídas.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
O enrolamento meio imbricado é aquele que tem um lado da bobina por ranhura. O
número de bobinas que o enrolamento meio imbricado possui é sempre a metade do
número de ranhuras do estator do qual faz parte.
O enrolamento meio imbricado leva esse nome porque não segue a sucessão exata
das bobinas do enrolamento imbricado. As bobinas do enrolamento meio imbricado
são todas do mesmo tamanho. Observe.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Não se recomenda este tipo de enrolamento para motores grandes porque suas
bobinas se tornam muito grossas e oferecem perigo de curto-circuito nos cruzamentos.
A razão desse perigo é que as curvas nas cabeceiras de cada bobina são feitas
primeiro para baixo, a fim de permitir a colocação das bobinas que ficam por cima.
Depois, as curvas são feitas para cima e cobrem as bobinas de baixo.
Desse modo, as curvas das cabeceiras forçam o isolamento das ranhuras, repuxam as
espiras da bobina e oprimem as espiras das ouras bobinas.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
As bobinas desse enrolamento têm a mesma forma e tamanho. Essas bobinas são
aplicadas em estatores ou rotores de ranhuras abertas ou semi-abertas. Veja a figura a
seguir.
Passo polar
Passo polar é a distância entre dois pólos consecutivos e é a região da influência
magnética do grupo de bobinas. O passo vale sempre 180º elétricos; equivale, em
número de ranhuras, a:
Nr Yp = passo polar
Yp =
p
Nr = número de ranhura do estator
P = número de pólos do motor
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Passo de bobina
Passo de bobina é o número de ranhuras que se pulam para encaixar a bobina.
4
O passo fracionário ou curto é igual a aproximadamente do passo polar:
5
4
Ybf = Yp .
5
6
O passo superior é igual a aproximadamente do passo polar:
5
6
Ybs =
5
Observação
Para determinar o passo das bobinas é preciso observar as possibilidades de
bobinagem determinadas pelo tipo de enrolamento.
Grupo de bobinas
Grupo de bobinas é o resultado da divisão da quantidade de bobinas pelo número de
pólos vezes o número de fases.
Nb q = grupo de bobinas
q=
p.f
Nb = número de bobinas
p = número de pólos
f = número de fases
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
GET = 180ºE . P
Observação
Se o motor tiver dois pólos, os graus elétricos coincidirão com graus geométricos:
GET
GE/r =
Nr
Passo da fase
Passo da fase é a distância entre as fases que deve ser observada para iniciar cada
enrolamento.
120 º E
Yf =
GE / r
Um motor de dois pólos tem 360º elétricos e 360º geométricos e de uma zona a outra
há 2 . 90º, portanto 180º elétricos.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
GET = 180º . p
O motor de 4 pólos tem 360º geométricos; cada pólo tem 180º elétricos, que
correspondem a 90º geométricos portanto, cada pólo corresponde a 1/4 da
circunferência.
Então:
4 pólos = 720º elétricos.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
GET = 20ºE
12 12
Bobinas por pólo e fase = = =2
2.3 6
4
Ybf = . Yp
5
4 48
Ybf = 12 = = 9,6
5 5
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
De acordo com esses dados, este será o esquema da distribuição das bobinas:
Note que o passo do grupo de duas bobinas de cada pólo se aproxima do passo polar.
O passo das bobinas não poderia ser maior porque as ranhuras seguintes são
ocupadas pelas bobinas do outro pólo.
Para completar o esquema com as bobinas de três fases, teremos o diagrama abaixo,
simplificado:
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Nr 36
Nb = = = 18 bobinas ou 6 bobinas por fase
2 2
Nr 36
Yp = = =9
p 4
4 4 36
Yb = Yp . =9 = = 7 dentes ou 1 a 8
5 5 5
Nb 18 18
q= = = = 1,5 bobina por pólo e fase
p.f 4 3 12
Quando o número de bobina por pólo e fase é fracionário, não pode haver meia bobina
porque o enrolamento é de bobinas inteiras. Neste caso, é utilizada a seguinte
distribuição por pólo ou grupo:
3 bobinas no pólo 1
nenhuma no pólo 2
3 bobinas no pólo 3
nenhuma no pólo 4
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Desse modo, você terá as 6 bobinas distribuídas. Observe essas duas distribuições
nos esquemas a seguir.
Esquema de distribuição 3 - 0 - 3 - 0
Esta distribuição obriga a uma ligação de pólos conseqüentes. Neste esquema, os dois
grupos de 3 bobinas são responsáveis pela formação de quatro pólos.
Os dois pólos com bobinas são os pólos ativos. Os dois pólos sem bobinas são os
pólos consequentes.
É por isso que esta distribuição é chamada distribuição para pólos conseqüentes.
Até aqui, você viu a distribuição de bobinas; agora, observe como completar
esquemas, fazer ligações dos grupos entre si em cada fase e como combinar as fases
para as tensões recomendadas para um ou outro enrolamento.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
No esquema abaixo, você verá a ligação de uma fase completa e as indicações das
entradas das duas fases seguintes.
Em primeiro lugar, é preciso criar um pólo sul e um pólo norte, por exemplo, por
convenção.
Para criar o pólo norte (N), é aplicada uma corrente elétrica que entra na primeira
bobina da fase A, pelo lado esquerdo, colocada na ranhura 1.
Essa corrente circula no sentido dos ponteiros do relógio e origina o pólo norte.
Para criar o pólo sul (S), na bobina seguinte, é necessário que a corrente entre pelo
lado direito, na ranhura 12, em sentido contrário ao lado dos ponteiros do relógio.
As outras duas fases serão ligadas com a primeira. É preciso tomar cuidado para que
o pólo criado pela primeira bobina da fase B esteja afastado 120º elétricos do pólo da
primeira bobina da fase A.
A distância entre as entradas das fases chama-se passo de fase (Yf). O passo de fase
Yf vale 2/3 do passo polar Yp. No caso do enrolamento meio imbricado 24 ranhuras, 4
pólos, teremos:
Yf = 2/3 de 6 ou
6
Yf = 2 .
3
12
Yf = =4
3
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O valor do passo da fase Yf também pode ser dado em dobro. Nesse caso, em vez de
começar a ligação pela fase B, começa-se pela fase C.
Nr 36
Nb = = = 18 bobinas
2 2
Nr 36
Yp = = = 9 ou 1 a 10
p 4
Nr 36
Ybi = = = 9 ou 1 a 10
p 4
Nb 18 18 6
q= = = = = 1,5 (1+2+1+2 - 6 bobinas/fase)
p.f 4.3 12 4
GET 720
GE/r = = = 20ºE
Nr 36
120 º E 120
Yf = = = 6 ou 1 a 7
GE / r 20
Yb 10
Bobinas levantadas = -1= -1=4
2 2
Há situações em que os terminais não ficam bem distribuídos; isso acontece quando o
passo de fase escolhido Yp é igual a 6 nos enrolamentos para 4 ou mais pólos.
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Veja o esquema abaixo com Yf = 2 . 6 = 12. Este último passo é utilizado para uma
distribuição de pólos conseqüentes.
Segundo os cálculos, para 36 ranhuras - quatro pólos temos: bobinas por pólo e fase =
1 - 2 - 1 - 2 pólos conseqüentes = 3 - 0 - 3 - 0.
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Nr
Nb =
2
Nr
Yp =
p
Nr
Yb ímpar: 9 dentes ou 1 a 10 = Ybi =
p
Nb
Grupo: q =
p.f
GET = 180ºE . p
GET
GE/r =
Nr
120ºE
Yf =
GE/r
Observação
Você deve sempre fazer os cálculos e o esquema para verificar se é possível executar
o bobinado, ou consultar a tabela a seguir.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
5. Retire a chaveta.
Observação
Guarde todas as peças em recipiente destinado exclusivamente para esse fim.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observações
x Se a máquina tiver mancais de rolamentos, remova os parafusos e solte a tampa
do mancal.
x Remova todas as peças que unem as tampas ao rotor.
x Retire as escovas e solte o porta-escovas.
Soltando o porta-escovas
Precaução
Cuidado para não danificar o flange ou encaixe.
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Observação
Alguns motores dispõem de orifícios rosqueados nas tampas para facilitar a remoção,
como mostra a figura abaixo.
11. Segure o rotor com as duas mãos e retire-o com cuidado, para não roçar o
enrolamento.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observações
x Se os mancais forem de buchas, verifique o lado do encosto.
x Saque o mancal pelo outro lado do encosto, usando um tarugo de bronze e
martelo, como mostra a figura abaixo.
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14. Com o auxílio de um pincel limpo, remova toda a sujeira que recobre as peças,
como mostra a figura abaixo.
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Desfazer bobinados de
máquinas com núcleos
ranhurados
Observação
Anote todos os dados da placa da máquina.
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Observações
x Em caso de bobinas iguais, deixe duas bobinas sem cortar; em caso de bobinas
concêntricas, deixe sem cortar as que formam um grupo concêntrico.
x Evite danificar o núcleo da carcaça ao cortar as cabeceiras de bobinas.
11. Corte a bandagem que amarra as cabeceiras de bobinas do outro lado do núcleo.
12. Retire todas as bobinas usando uma vareta metálica e um martelo. Evite danificar
os condutores do grupo de bobina que será usado para fazer as anotações.
Observe a figura da página seguinte.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Verifique as emendas entre diversas bobinas para saber se no bobinado foi usado um
ou vários condutores em paralelo.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Se o núcleo estiver sujo de graxa ou óleo, lave-o com varsol ou gasolina.
Precauções
x Quando trabalhar com ar comprimido, use óculos de segurança.
x Não trabalhe perto do fogo quando usar produtos inflamáveis.
4. Corte os isolantes.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observações
x Para isolar o rotor:
Corte o papel isolante com comprimento 10mm maior que o comprimento L da
ranhura e com largura igual a três vezes a altura H da ranhura, como mostra a
figura abaixo.
58 SENAI-SP – INTRANET
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
A forma do assentador depende da ranhura que se vai isolar. Seu comprimento deve
ser aproximadamente 10mm maior que o comprimento da ranhura.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
8. Dê duas ou três voltas em torno do eixo com uma tira de papel isolante. Cole-o ou
amarre-o com barbante.
60 SENAI-SP – INTRANET
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
2. Fixe o molde, conforme o tipo da máquina, entre pontos ou por meio de parafusos
ou porcas.
3. Ponha o conta-giros em zero.
4. Passe o condutor pela ranhura da aba e fixe uma das pontas do condutor no
molde.
5. Enrole o fio em camadas, de modo a evitar cruzamentos ou separações.
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Observações
Se usar bobinadeira manual, estique o condutor, segurando-o com um pano seco e
limpo. Trabalhe sempre com a mão muito limpa.
6. Amarre a bobina no espaço vazio do molde, dando duas voltas com o barbante.
62 SENAI-SP – INTRANET
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
1. Prepare o molde com uma tábua e pregos sem cabeça, forrados com espaguete.
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Observação
Se a máquina não tiver conta-giros, preste bastante atenção à contagem das espiras.
64 SENAI-SP – INTRANET
AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Para esta operação, usaremos como exemplo um estator de 24 ranhuras e passo de
bobinas 5 ou 1 a 6.
1. Verifique o lado do motor no qual devem ser feitas as ligações. Coloque este lado
para a direita.
Observação
Se houver hélice de ventilação interna, as pontas de ligação deverão sair do lado
oposto.
2. Posicione a primeira bobina dentro do estator apoiada na ranhura que você vai
utilizar; as pontas devem ficar voltadas para o lado direito, como mostra a figura a
seguir.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Para facilitar o assentamento das espiras, procure sempre arquear para baixo o lado
da bobina que será alojado na ranhura.
Precaução
Cuidado com as pontas dos fios das bobinas. Enrole-os conforme indica a figura
acima.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Precauções
Para proteger a isolação dos fios, coloque um pedaço de papel ou cartão no interior do
núcleo como mostra a figura a seguir.
Quando você introduzir os condutores, procure não danificar o isolamento dos fios nos
bordos da ranhura.
Observação
x Se os grupos de bobinas não forem iguais, coloque sempre um maior e um menor.
x Exemplo: 2+1+2+1+2...
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Os dois lados das duas primeiras bobina que não foram colocados, serão encaixados
somente no final do enrolamento.
Observações
Deixe levantado o lado das primeiras bobinas. Estas bobinas só serão abaixadas no
final. Para saber quantas bobinas ficarão levantadas, use a seguinte fórmula:
YB
Bobinas levantadas = 1
2
Exemplo:
6
1 3 - 1 2 bobinas levantadas.
2
Precaução
Verifique se os isolantes se partiram ao modelar a bobina. Se isto aconteceu,
substitua-os por outros.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
9. Encaixe os dois lados das duas primeiras bobinas que ainda não foram colocadas,
como mostra a figura a seguir.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
3. Ligue em série todas as bobinas que formam os grupos. Depois, junte o começo
com o fim.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observações
A corrente deve circular no mesmo sentido em todas as bobinas do mesmo grupo,
como mostra o esquema a seguir.
5. Sobreponha o espaguete.
Observação
Quando o motor tem apenas uma bobina por pólo, ou quando as bobins forem
enroladas em moldes múltiplos, não há ligações a fazer para se formarem os grupos
de bobinas.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Precaução
Quando ligar ou colocar os grupos, não feche a distância ab.
Observações
As pontas de entrada e saída de um mesmo grupo devem ter a mesma cor ou
marcação.
Se não houver espaguete colorido, faça a marcação por meio de etiquetas com as
letras a, b, e c.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
No exemplo usado, tomou-se por base por base um motor de 24 ranhuras, 4 pólos, 1
bobina por pólo ou grupo, ligação em série.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
10. Emende uma ponta de cabinho flexível no início e no fim da fase e marque com os
números 1 e 4 respectivamente, como mostra a figura a.
13. Interligue todos os grupos de cor b e proceda como nas fases anteriores,
começando, porém, pelo grupo após a ponta 2. Marque a ponta inicial com o
número 3 e a final com o número 6. Observe a figura a seguir.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Os fios terminais deverão ter comprimento suficiente para possibilitar as ligações
externas à rede. Observe a figura abaixo.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Arrematar bobinado de
estator
Observação
Utilize papel isolante de 0,15mm de espessura para isolar as cabeceiras.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Cuide para que as bobinas fiquem separadas a fim de evitar que os fios de uma bobina
se misturem com os da outra.
3. Com uma tesoura, recorte as extremidades das tiras separadas, para que fiquem
aparelhadas.
Precaução
Ao usar a tesoura tenha cuidado para não cortar os fios nem danificar seu isolamento.
6. Rebaixe uma das extremidades das cunhas para poder introduzi-las com facilidade.
7. Alise todas as cunhas com lixa fina.
8. Abaixe a calha isolante com um assentador.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observações
Quando você enlaçar as bobinas, cuide para que não haja deslocamento do
isolamento das cabeceiras. Os cabos de saída e as ligações devem ficar unidos, pelo
cadarço, com as cabeceiras. Os cabos de saída e as ligações devem ficar unidos, pelo
cadarço, com as cabeceiras das bobinas.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
14. Una as extremidades inicial e final do cadarço com nó duplo, firmemente apertado,
e corte as pontas que sobrarem.
15. Repita o passo 14 no outro lado do estator.
16. Pressione ou golpeie as cabeceiras das bobinas suavemente, para dar-lhes
formato arredondado e uniforme.
Observação
O diâmetro interno das cabeceiras das bobinas deve ser um pouco maior que o
diâmetro interno no núcleo do estator.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
1. Verifique se existe alguma bobina com massa, isto é, ligação elétrica entre uma
ponta da bobina e a carcaça, com o auxílio de uma lâmpada em série. Se houver,
refaça a isolação para que a massa desapareça.
Observação
Para perceber como é essa vibração, coloque uma das bobinas em curto-circuito.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
82 SENAI-SP – INTRANET
AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Verifique se esta parte vai receber o rolamento está retificada em toda sua extensão.
Caso não esteja, providencie e retificação.
2. Introduza o rolamento até seu alojamento com pancadas firmes, usando como
calço um tarugo ou tubo de latão, apoiado no anel interno do rolamento.
Observação
Este passo deve ser executado na prensa, sempre que for possível.
Observação
Certifique-se de que a ponta do eixo esteja do lado correto.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
5. Levante o rotor com ambas as mãos e o introduza na carcaça, sem roçar nas
bobinas.
Precaução
Quando trabalhar com rotores pesados, peça auxílio a outra ou faça uso de talha
apropriada.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
7. Coloque uma das tampas batendo levemente com macete de madeira sobre
diversos pontos da borda onde o rolamento está alojado. Observe a figura a seguir.
Observação
Verifique se essa tampa está colocada no lado e na posição corretos, conferindo pela
marcação feita ao desmontar o motor.
Observação
Não aperte os parafusos totalmente.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Conexões de motores
elétricos de CA assíncronos
Os motores elétricos têm uma placa de terminais que recebem as entradas e saídas
dos enrolamentos. A placa de terminais permite ligar as entradas e saídas à rede e
adaptá-las para diferentes tensões.
Nessa figura, você pode observar que os bornes recebem as 6 pontas das fases.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Este tipo de placa permite ligar o motor exteriormente, em estrela ou em triângulo. Veja
as figuras a seguir.
Conexão em estrela para tensão mais Conexão em triângulo para tensão mais
alta, usualmente 380V. baixa, usualmente 220V ou 440V.
A conexão é feita por meio de pontes metálicas. Para inverter o sentido da rotação,
inverte-se a ligação de dois condutores de linha.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Este tipo de placa permite ligar o motor externamente em estrela ou dupla estrela, para
duas tensões diferentes, por exemplo, 440V e 220V, respectivamente. Note que os
terminais 10, 11 e 12 estão fechados internamente, formando uma estrela simples.
Neste tipo de conexão, a tensão superior é sempre o dobro da inferior.
Observação
Quando se perdem as identificações das saídas com condutores, deve-se agir da
seguinte maneira para motores trifásicos assíncronos 6 pontas.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Tacômetro
O tacômetro é um instrumento destinado a medir a rotação por minuto nos eixos das
máquinas. Serve também para medir a velocidade periférica, através de dispositivos
especiais. Veja na figura abaixo um exemplo de tacômetro.
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Os tacômetros podem ter indicador analógico, isto é, com ponteiro, ou digital, isto é,
marcado com dígitos.
Existem várias formas e modelos de tacômetros. Todos eles são feitos para uma
determinada faixa de velocidade, mas existem multiplicadores para suas escalas.
A medição da rotação de um eixo pode ser feita através de dois processos: leitura com
acoplamento cônico e leitura com emissão de luz, sem contato mecânico.
92 SENAI-SP – INTRANET
AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
Cuidado para não inclinar o aparelho.
Precaução
A máquina deve estar desligada.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Observação
A marca refletiva pode ser aplicada no eixo ou na superfície curva.
Observação
Posicione o tacômetro levando em consideração sua segurança e a do aparelho.
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Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
SENAI-SP – INTRANET 95
AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
4. Confeccione as bobinas.
Operação Ferramentas/instrumentos Materiais
Enrolar bobinas para motores x Bobinadeira manual com x Fio magnético
contagiros x Cordonê
x Moldes para bobinas
7. Arremate o bobinado.
Operação Ferramentas/instrumentos Materiais
Arrematar bobinado de estator x Ferro de soldar 120W x Espaguete de linho de 2mm
x Alicate universal e 4mm
x Canivete x Solda
x Cadarço de algodão 2/4’
x Papel isolante de 0,20mm
9. Monte o motor.
Operação Ferramentas/instrumentos Materiais
Montar motor elétrico x Martelo de bola x Graxa para rolamento
x Tarugo de cobre ou latão x Solvente para graxa
x Jogos de chave de boca fixa,
canhão ou allen
96 SENAI-SP – INTRANET
AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Para ensaiar um motor é necessário que ele esteja completamente montado, com o
eixo girando livremente. Sempre que realizar um ensaio, você deve fazer anotações
sobre o bobinado em seu caderno.
Para realizar o ensaio de motor trifásico, você deverá fazer três testes e duas provas.
Os três testes devem ser feitos em todos os motores que você bobinar.
Teste de isolação
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
1e2 M: M:
2e3 M: M:
3e1 M: M:
1, 2, 3 e M: M:
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AA102
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Teste de funcionamento
1. Ligue o motor com a conexão que coincida com a tensão disponível em sua
bancada.
2. Confira as ligações.
3. Energize o motor.
Observação
Se o motor não funcionar ou se solicitar corrente acima da nominal, desligue-o
imediatamente. Reconfira as ligações. Se não obtiver sucesso, peça auxílio ao
instrutor.
Observações
x Mantenha seu local de trabalho limpo e organizado.
x Mantenha o eixo do motor dentro dos limites da bancada e em situação segura
Precauções
x Cuidado com máquinas elétricas energizadas.
x Não deixe avental, estopas e panos parto de máquinas rotativas.
Observação
A conexão do motor deve ser compatível com a rede. Os instrumentos devem ser
compatíveis com a potência do motor a ser testado.
Observação
Se houver deslocamento para esquerda, inverta a parte amperométrica do wattímetro e
mantenha-o com chunte.
6. Energize o motor.
7. Retire os chuntes A1 e W1 e anote os valores de I1, E1 e W1.
8. Desligue o motor.
Esta prova serve para comprovar alguns dados do projeto e para conferir o
levantamento do diagrama circular do motor.
1. Alimente o motor com tensão 3 variando de zero até atingir a corrente nominal.
Observação
Use os circuitos das figuras abaixo, bem como as orientações da prova de
funcionamento sem carga.
Aplicação
Wo = 3 . Wfo
Ef = E1
E1
Ef =
3
3. Se o motor estiver ligado em estrela a corrente de fase em vazio Ifo será igual a
I1.
Ifo = I1
Se o motor estiver ligado em triângulo, a corrente de fase em vazio Ifo será igual a
I1 dividida pela raiz quadrada de 3.
I1
Ifo =
3
Efo
Zfo =
Ifo
5. O fator de potência em vazio cos M o será igual a Wfo dividido por potência
aparente, isto é, volt-ampère (Efo . Ifo).
Wfo
Cos M o =
Efo . Ifo
Wo
Cos M o =
E1. Ifo . 3
p est = 3 Ifo2 . rb
Ifo = corrente de fase;
Rb = resistência do bobinado de uma fase em ohms
p est = perdas de cobre no estator em watts.
p at = Wo - p est
Exemplo
Motor 3 0 - 1HP - 220/380 - 3,2/1,85A
1. Sem carga
Medidas
Com wattímetro trifásico; motor ligado em triângulo
Wo = 60W
IL = 0,8A
EL = 220V
Efo = EL o ' o 220V
IL 0,8
Ifo = = = 0,46A
3 3
Wo 60
Cos M o = = = 0,19
Efo . Ifo . 3 220 . 0,46 . 3
Efo 220
Zfo = = = 478,2:
Ifo 0,46
Medidas
Com wattímetro monofásico; motor ligado em triângulo
Wfo = 20W
Wo = 3 . Wfo = 3 . 20 = 60
IL = 0,8A
EL = 220V
Efo = EL o ' o 220V
IL 0,8
Ifo = = 0,46A
3 3
Wof 20
Cos M o = = = 0,19
Efo . Ifo 220 . 0,46
Efo 220
Zfo = = = 478,2:
Ifo 0,46
Medidas
Com wattímetro trifásico; motor ligado em triângulo
Wcc = 250W
Vcc = 85V
IL = 3,2A
IL 3,2
If = = = 1,84A
3 3
Wcc 250
Cos M cc = = = 0,53
Vcc . If . 3 85 . 1,84 . 3
Medidas
Com wattímetro monofásico; motor ligado em triângulo
Wcc = 85W
Vcc = 85V
EL = 3,2A
IL 3,2
If = = = 1,84A
3 3
Wcc 85
Cos M cc = = = 0,54
Vcc . Ifo 85 . 1,84
Observação
O grau de precisão dos instrumentos pode acarretar diferenças na leitura.
Aparelhos
x Megôhmetro
x Ponto de Wheatstone
x Tacômetro
x Alicate amperimétrico
x Wattímetro monofásico 0 a 250W
x Wattímetro trifásico 0 a 250W
x Amperímetro de 0 a 1A
x Amperímetro de 0 a 5A
x Voltímetro de 0 a 250V
Material
x Cabinhos com pinos-banana nas pontas
Equipamentos
x Circuito trifásico com proteção de curto-circuito
x Dispositivo para travar mecanicamente o eixo do rotor
x Varivolt trifásico
Equipamentos
A B C D
cm cm cm cm
E F G H
cm cm cm cm
1e = M: 1e2= M: 1, 2, 3 e M: a 20ºC
2e = M: 2e3= M: Corrigida a temp. amb. de ºC
3e = M: 123= M: 1,2,3 e M:
a) E = EL o ' o _____
EL
b) E = o Y o _____
3
IL
a) Io = o '
3
b) Io = IL o Y
E
Zo =
Io
Wo Wo
cos Mo = ou cos Mo =
E o . Io EL . Io . 3
Pest = 3 Io2 . rb
Pat = Wo = Pest
WCC
cos Mcc =
VCC . Io . 3
Aprendizagem Industrial
Eletricista de manutenção
Bobinadeira manual
Montagem de ferro de soldar
Preparação e bobinagem de transformador monofásico
Polarização e ensaio de transformador trifásico
Bobinagem de motor trifásico meio imbricado
Bobinagem de motor trifásico imbricado
Bobinagem de motor trifásico com ligação Dahlander
Bobinagem de motor monofásico de fase auxiliar
Bobinagem de rotor com bobinas pré-moldadas
Preparação e bobinagem de rotor universal
Preparação e bobinagem de armaduras de máquinas c.c.