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Fonte: O MACARTISTA
Em duas partes: link da primeira e da segunda.
Griffin recebeu o cobiçado Prêmio Telly por excelência em produção para a televisão,
é o criador dos arquivos de áudio Reality Zone, e é presidente da America Media, uma
empresa de editoração e produção de vídeos no sul da Califórnia. Ele também
participou da diretoria da The National Health Federation e da The International
Association of Cancer Victors and Friends, e é fundador e presidente da The Cancer
Cure Association. É o fundador e presidente da Freedom Force International.
Visão Geral
Obrigado, Richard e obrigado a vocês, senhoras e senhores. Que apresentação
tremenda foi esta; mas, com toda a honestidade, preciso dizer que ela exagera
grandemente a importância do meu trabalho. Eu devo saber, afinal eu o escrevi.
Há uma regra bem conhecida de falar em público que aplica-se aos tópicos
complexos. Primeiro, diga-lhes o que você vai dizer. Em seguida, diga o que tem a
dizer; finalmente, diga-lhes o que você lhes disse. Vou seguir essa regra hoje e
começarei fazendo uma afirmação que elaborei com muito cuidado para ser a mais
chocante possível. A razão é que quero que vocês se lembrem dela. Quando eu disser
o que vou lhes dizer, sei que, para muitos, soará absurdo, e vocês pensarão que estou
totalmente insano. Então, para o corpo principal da apresentação, eu lhes direi o que
disse a vocês, apresentando fatos para provar que tudo que eu disse realmente é
verdade. E, finalmente, no fim, eu lhes direi o que eu disse, repetindo minha afirmação
na abertura; e, então, espero, ela não mais parecerá absurda.
O que vou dizer é isto: embora creia-se comumente que a Guerra ao Terrorismo é um
esforço nobre para defender as liberdades, na realidade ela tem pouco a ver com o
terrorismo e menos ainda com a defesa das liberdades. Existem outras agendas em
operação; agendas que são muito menos louváveis; agendas que, na verdade, são
exatamente o oposto do que aquilo que nos dizem. O propósito desta apresentação é
provar que, o que está se desdobrando hoje, não é uma guerra ao terrorismo para
defender as liberdades, mas uma guerra contra as liberdades que requer a defesa do
terrorismo.
Isso é o que vou dizer hoje, e vocês provavelmente estão se perguntando como
alguém em sua mente sã poderia pensar que poderemos provar um argumento como
esse? Assim, vamos direto para ele; e a primeira coisa que precisamos fazer é
confrontar a palavra prova. O que é prova? Não existe prova absoluta. Existe somente
evidência. A prova pode ser definida
É meu intento dizer a vocês aquilo que eu disse a vocês desenvolvendo o caso lenta e
metodicamente; mostrar o motivo e a oportunidade; apresentar testemunhas oculares
e o testemunho de especialistas. Em outras palavras, fornecerei evidências — com
base em evidência — e mais evidências, até que a montanha esteja tão alta que até o
cético mais relutante terá de concluir que o caso foi provado.
Norman Dodd
Agora que estamos em nossa máquina do tempo, fazemos o seletor apontar para o
ano 1954 e, subitamente, encontramo-nos nos luxuosos escritórios da Fundação Ford,
em Nova York. Ali estão dois homens sentados a uma mesa de mogno, conversando
um com o outro. Eles não podem nos ver nem ouvir, mas podemos vê-los muito bem.
Um desses homens é Rowan Gaither, que era presidente da Fundação Ford naquele
tempo. O outro era Norman Dodd, o investigador-chefe para o que foi chamado de
Comitê do Congresso Para Investigar as Fundações Isentas de Impostos. A Fundação
Ford era uma dessas, de modo que Dodd estava ali como parte de sua atribuição no
Congresso.
Rowan Gaither
Preciso dizer a vocês que foi em 1982 que encontrei o Sr. Dodd em seu estado natal
da Virgínia onde, naquele tempo, eu tinha uma equipe de televisão fazendo entrevistas
para um filme documentário. Eu tinha anteriormente lido o testemunho do Sr. Dodd e
percebi o quão importante ele era; assim, quando nossa equipe teve um tempo livre,
telefonei para ele e perguntei se estaria disposto a fazer uma declaração diante de
nossas câmeras e ele disse: "Sim, é claro". Estou contente por termos obtido a
entrevista, porque Dodd já era avançado em idade, e não demorou muito para ele vir a
falecer. Fomos sortudos em captar a história dele em suas próprias palavras. O que
estamos agora testemunhando com nossa máquina do tempo foi confirmado em
detalhes vinte anos depois e preservado em vídeo.
Estamos agora no ano de 1954, e ouvimos Gaither dizer a Dodd: "Você estaria
interessado em saber o que fazemos aqui na Fundação Ford?" E Dodd diz: "Sim! É
precisamente para isso que estou aqui. Estaria muito interessado." Então, sem
absolutamente qualquer provocação, Gaither diz: "Sr. Dodd, operamos em resposta a
algumas diretrizes, a essência das quais é que usaremos nossa capacidade de
conceder bolsas para alterar a vida nos Estados Unidos para que o país possa ser
confortavelmente fundido com a União Soviética.".
Dodd quase cai da cadeira quando ouve isto. Então ele diz a Gaither: "Bem, vocês
podem fazer qualquer coisa que quiserem com sua capacidade de conceder bolsas,
mas não acha que têm a obrigação de revelar isso ao povo americano? Vocês têm
isenção de impostos, o que significa que são subsidiados indiretamente pelo
contribuinte, então, por que não dizem ao Congresso e ao povo americano o que
acaba de me dizer?" E Gaither responde: "Nunca faríamos isso, nem sonhando."
A resposta foi fornecida por outra prestigiosa e famosa fundação isenta de impostos,
a Carnegie Endowment Fund for International Peace. Quando Dodd visitou essa
organização e começou a fazer perguntas sobre suas atividades, o presidente disse:
"Sr. Dodd, o senhor tem muitas perguntas. Seria muito tedioso e demorado para nós
respondermos a todas elas, de modo que tenho uma contraproposta a lhe fazer. Por
que o Sr. não envia um membro de sua equipe para nossas instalações, e abriremos
nossas atas desde a primeira reunião do Fundo Carnegie, e essa pessoa poderá
então examiná-las e copiar tudo o que encontrar ali. Assim, vocês saberão tudo o que
estamos fazendo.".
Novamente, Dodd ficou admirado. Ele observou que o presidente era novo no cargo e
provavelmente nunca tinha lido as atas. Assim, ele aceitou a oferta e enviou um
membro de sua equipe para as instalações do Carnegie Endowment. O nome dessa
pessoa era Catherine Casey, que, a propósito, era hostil à atividade do Comitê do
Congresso. Os adversários políticos do Comitê a tinham colocado na equipe para ser
um cão de guarda e um estorvo na operação. A atitude dela era: "O que pode haver
de errado com as fundações isentas de impostos? Elas fazem tantas coisas boas."
Assim, essa era a visão da Srta. Casey quando foi à sala da diretoria da Fundação
Carnegie. Ela levou seu gravador Dictaphone (naquele tempo eles usavam cintas
magnéticas) e gravou, palavra por palavra, muitas das passagens fundamentais das
atas dessa organização, iniciando com a primeira reunião. O que ela descobriu foi tão
chocante, que Dodd diz que ela quase ficou fora de si. Ela se tornou incapaz de
realizar seu trabalho após isso e teve de receber outra atribuição.
Eles também diziam que havia outras ações necessárias, e estas eram as palavras
exatas: "Precisamos controlar a educação nos Estados Unidos." Eles perceberam que
essa era uma tarefa muito grande, de modo que se uniram com a Fundação
Rockefeller e com a Fundação Guggenheim para aplicarem em conjunto seus
recursos financeiros para controlar a educação no EUA — em particular, para controlar
o ensino da história. Eles atribuíram essas áreas de responsabilidade que envolviam
questões relacionadas com assuntos domésticos à Fundação Rockefeller, as questões
que se relacionavam com as questões internacionais foram assumidas como
responsabilidades pelo Carnegie Endowment.
Assim, eles juntaram uma lista de jovens que estavam buscando obter o doutorado.
Eles os entrevistaram, analisaram suas atitudes, e escolheram os vinte que acharam
que eram os mais adequados para seus propósitos. Eles os enviaram a Londres para
receberem instruções. (Posteriormente, explicarei por que Londres é tão importante.)
Nessa reunião, eles ouviram o que seria esperado deles depois de receberem os
doutorados que estavam buscando. Eles foram instruídos que teriam de ver a história,
escrever a história e ensinar a história da perspectiva que o coletivismo era uma força
positiva no mundo e era a onda do futuro.
Agora, vamos para as próprias palavras do Sr. Dodd, como ele descreveu esse evento
diante de nossas câmeras em 1982. Ele disse:
Agora, precisamos desligar por alguns instantes nossa máquina do tempo e tratar
dessa palavra coletivismo. Você a ouvirá muitas vezes. Especialmente se mergulhar
dos documentos históricos dos indivíduos e grupos que estamos discutindo, você os
encontrará usando essa palavra repetidamente. Embora a maioria das pessoas tenha
somente um vago conceito do que ela significa, os defensores do coletivismo têm uma
compreensão muito clara dele, de modo que vamos lidar com isso agora.
Por exemplo, qual é a definição realista de conservador? Uma resposta comum seria
que um conservador é uma pessoa que quer conservar o status quo e se opõe à
mudança. Mas, a maioria das pessoas que chamam a si mesmas de
conservadoras não está a favor de manter o atual sistema de tributação elevada, os
gastos maiores do que as receitas, a expansão das políticas de bem-estar social, a
leniência com relação aos criminosos, a ajuda externa, o crescimento do governo, e
qualquer uma das outras marcas características da ordem atual. Esses são os
bastiões muito bem guardados daquilo que chamamos de liberalismo. Os liberais de
ontem são os conservadores de hoje, e as pessoas que chamam a si mesmas de
conservadoras são realmente radicais, por que querem uma mudança radical
do status quo. Não é maravilha que a maioria dos debates políticos soe como se
tivesse sido originado na torre de Babel. Todos estão falando uma linguagem
diferente. As palavras podem soar familiares, mas os oradores e os ouvintes têm cada
um suas próprias definições particulares.
Na minha experiência já observei que, uma vez que as definições são comumente
compreendidas, a maioria das discórdias chega ao fim. Para a admiração daqueles
que pensam que eram oponentes ideológicos amargos, eles freqüentemente
descobrem que, na verdade, estão em concordância básica. Assim, para tratar com
essa palavra, coletivismo, nossa primeira ordem do dia é lançar fora o lixo. Para
compreendermos as agendas políticas que dominam nosso mundo atualmente, não
podemos permitir que nosso pensamento seja contaminado pela carga emocional do
antigo vocabulário.
Pode surpreender você saber que a maioria dos grandes debates do nosso tempo —
pelo menos no mundo ocidental — pode ser dividida em apenas dois pontos de vista.
Todo o resto é enchimento. Tipicamente, eles enfocam se uma determinada ação
deve ser seguida; mas o conflito real não é sobre os méritos da ação; é sobre os
princípios, o código ético que justifica ou proíbe essa ação. É uma competição entre a
ética do coletivismo de um lado, e o individualismo do outro. Essas são palavras que
têm significado, e descrevem um abismo filosófico que divide todo o mundo
ocidental! [2].
A única coisa que é comum tanto aos coletivistas quanto aos individualistas é que a
vasta maioria deles é bem intencionada. Eles querem a melhor vida possível para
suas famílias, para seus compatriotas, e para a humanidade. Eles querem
prosperidade e justiça para todos. Eles discordam na forma de produzir esses ideais.
Estudei a literatura coletivista por mais de quarenta anos e, após certo tempo, percebi
que existiam certos temas recorrentes, que considero os seis pilares do coletivismo.
Se eles forem virados de cabeça para baixo, são também os seis pilares do
individualismo. Em outras palavras, existem seis conceitos principais dos
relacionamentos políticos e sociais; e, dentro de cada um deles, os coletivistas e os
individualistas têm pontos de vista opostos.
O primeiro desses tem que ver com a natureza dos direitos humanos. Os coletivistas e
os individualistas concordam que os direitos humanos são importantes, mas diferem
sobre o quão importantes e especialmente sobre o que é presumido como sendo a
origem desses direitos. Existem somente duas possibilidades nesse debate. Ou os
direitos do homem são intrínsecos ao seu ser, ou sãoextrínsecos, o que significa que
ou ele os possui no nascimento ou eles lhe são dados depois. Em outras palavras,
eles são hardware, ou software. Os individualistas acreditam que eles são hardware;
os coletivistas acreditam que eles são software.
Se os direitos são dados ao indivíduo após o nascimento, então quem tem o poder de
fazer isso? Os coletivistas acreditam que essa é uma função do governo. Os
individualistas ficam nervosos com essa concepção, porque, se o Estado tem o poder
de conceder direitos, também tem o poder de retirá-los, e esse conceito é incompatível
com a liberdade individual.
Nada poderia ser mais claro do que isso. "Direitos inalienáveis" significa que eles são
a posse natural de cada um de nós ao nascer e não são concedidos pelo Estado. O
propósito do governo não é conceder direitos, mas garanti-los e protegê-los.
Compare isso com a Carta de Direitos na Constituição dos Estados Unidos. Ela diz
que o Congresso não passará leis que restrinjam os direitos da liberdade de
expressão, de religião, de assembléia pacífica, o direito de portar armas, e assim por
diante — sem exceções "conforme determinadas por lei". A Constituição incorpora a
ética do individualismo. A ONU incorpora a ética do coletivismo, e que diferença isso
faz!
O segundo conceito que separa o coletivismo do individualismo tem que ver com a
origem do poder do estado. Os individualistas acreditam que um governo justo deriva
seu poder, não da conquista e subjugação de seus cidadãos, mas do livre
consentimento dos governados. Isso significa que o estado não pode ter poderes
legítimos a não ser que eles sejam dados a ele por seus cidadãos. Dito de outra
forma, os governos somente podem fazer coisas que seus cidadãos também têm o
direito de fazer. Se os indivíduos não têm o direito de realizar um determinado ato,
então não podem conceder esse direito aos seus representantes eleitos. Eles não
podem delegar aquilo que não têm.
Vamos usar um exemplo extremo. Vamos assumir que um navio afundou em uma
tempestade e três homens exaustos estão lutando para sobreviver no mar.
Subitamente, eles alcançam um bote salva-vidas. O bote foi projetado para manter
uma única pessoa flutuando; mas com cuidadosa cooperação entre elas, consegue
manter duas pessoas flutuando. Entretanto, se uma terceira pessoa se agarrar ao bote
salva-vidas, ele se torna inútil, e todas as três ficarão novamente à mercê do mar. Os
homens tentam se alternar: um bóia na água enquanto os outros dois se agarram ao
bote salva-vidas; mas após algumas horas, nenhum deles tem mais forças para
continuar. A triste verdade gradualmente se torna clara: a não ser que um deles seja
separado do grupo, todos os três morrerão afogados. O que devem, então, esses três
homens fazer?
A maioria das pessoas hoje diria que dois homens estariam justificados em forçar o
terceiro a se afastar. O direito da auto-sobrevivência é de fundamental importância.
Tirar a vida de outra pessoa, embora seja um ato terrível, é moralmente justificável se
for necessário para salvar a própria vida. Essa certeza é verdadeira para a ação
individual, mas e a ação coletiva? Onde dois homens recebem o direito de se unir e
atacar o terceiro homem?
O coletivista responde que os dois homens têm um direito maior à vida porque são
numericamente superiores ao terceiro homem, que está só. É uma questão de
matemática: o maior bem para o maior número de pessoas. Isso torna o grupo mais
importante que o indivíduo e justifica que dois homens forcem o terceiro a se afastar
do bote salva-vidas. Há certa lógica nesse argumento, mas, se simplificarmos ainda
mais o exemplo, veremos que, embora a ação seja correta, ela é justificada pelo
raciocínio errado.
Vamos assumir agora que existam somente dois sobreviventes — de modo que
eliminamos o conceito de grupo — e vamos também assumir que o bote suporte
somente uma pessoa, não duas. Sob essas condições, seria similar a enfrentar um
inimigo em uma batalha. Você precisa matar ou morrer. Somente um poderá
sobreviver. Estamos lidando agora com o direito de competição pela auto-
sobrevivência para cada indivíduo, e não há um grupo mitológico para confundir a
questão. Sob essa condição extrema, é claro que cada pessoa teria o direito de fazer
qualquer coisa que possa para preservar sua própria vida, mesmo se isso levar à
morte de outra pessoa. Alguns podem argumentar que seria melhor sacrificar a própria
vida em favor de um estranho, mas poucos argumentariam que não fazer isso seria
errado. Assim, quando as condições são simplificadas para sua essência mais crua,
vemos que o direito de negar vida aos outros vem do direito do indivíduo de proteger
sua própria vida. Ele não precisa do assim-chamado grupo para ordená-lo.
No caso original dos três sobreviventes, a justificativa para negar a vida a um deles
não vem do voto da maioria, mas de seus direitos individuais e separados de garantir
sua própria sobrevivência. Em outras palavras, qualquer um deles, agindo sozinho,
estaria justificado nessa ação. Eles não são capacitados pelo grupo. Quando
contratamos a polícia para proteger nossa comunidade, estamos simplesmente
pedindo-lhe para fazer aquilo que nós mesmos temos o direito de fazer. Usar a força
física para proteger nossas vidas, nossa liberdade e nossa propriedade é uma função
legítima do governo, porque esse poder é derivado do povo como indivíduos. Ele não
surge a partir do grupo. [3].
Aqui está mais um exemplo — menos extremo, mas muito mais típico do que
realmente acontece todos os dias nos corpos legislativos. Se altos funcionários do
governo decidem um dia que ninguém deve trabalhar aos domingos, e até assumindo
que a comunidade geralmente suporte a decisão deles, onde eles teriam a autoridade
de usar o poder de polícia do Estado para impor esse decreto? Os cidadãos
individuais não têm o direito de compelir seus vizinhos a não trabalhar, de modo que
não podem delegar esse direito aos seus governos. Onde, então, teria o Estado obtido
a autoridade? A resposta é que ela viria de si mesmo; seria autogerada. Seria similar
ao direito divino das antigas monarquias, em que assumia-se que os governos
representavam o poder e a vontade de Deus — conforme interpretado pelos líderes
terreais, é claro. Em tempos mais modernos, a maioria dos governos não pretende ter
Deus como sua autoridade, eles apenas confiam nas tropas de elite e nos exércitos, e
qualquer um que crie objeções é eliminado. Como disse aquele bem-conhecido
coletivista, Mao Tse-Tung, "O poder político cresce a partir do cano de um pistola.".
Quando os governos afirmam derivar sua autoridade de qualquer força que não os
governados, isso sempre leva à destruição da liberdade. Impedir que as pessoas
trabalhassem aos domingos não seria visto como uma grande ameaça à liberdade,
mas uma vez que o princípio é estabelecido, ele abre a porta para mais éditos, e mais,
e mais, até que a liberdade se acabe. Se aceitarmos que o Estado ou qualquer grupo
tenha o direito de fazer coisas que os indivíduos sozinhos não têm o direito de fazer,
então, talvez de forma não intencional, estejamos apoiamos o conceito que os direitos
não são intrínsecos ao indivíduo e que eles, na verdade, originam-se com o Estado.
Uma vez que aceitássemos isso, estaríamos na estrada para a tirania.
Os coletivistas não estão preocupados com essas questiúnculas. Eles acreditam que
os governos têm realmente poderes que são maiores do que o dos cidadãos, e a fonte
desses poderes, eles dizem, está, não nos indivíduos dentro da sociedade, mas na
própria sociedade, o grupo ao qual os indivíduos pertencem.
3. Supremacia do Grupo
Quando alguém argumenta que os indivíduos precisam ser sacrificados para o bem
maior da sociedade, o que está realmente dizendo é que alguns indivíduos devem ser
sacrificados para o bem maior de outros indivíduos. A moralidade do coletivismo está
baseada nos números. Qualquer coisa pode ser feita desde que o número de pessoas
que supostamente se beneficiará seja maior que o número de pessoas que serão
sacrificadas. Digo supostamente porque no mundo real, aqueles que decidem quem
será sacrificado não contam de forma justa. Os ditadores sempre afirmam que
representam o bem maior do maior número, mas, na realidade, eles e suas supostas
organizações constituem menos de 1% da população. A teoria é que alguém tem de
falar pelas massas e representar seus melhores interesses, porque as pessoas são
estúpidas demais para descobrir por si mesmas. Portanto, os líderes coletivistas,
sábios e virtuosos como são, tomam as decisões para elas. É possível explicar
qualquer atrocidade ou injustiça como uma medida necessária para o bem maior da
sociedade. Os totalitários sempre se apresentam como humanitários.
Repúblicas x Democracias
Estamos lidando aqui com uma das razões por que as pessoas fazem distinção entre
repúblicas e democracias. Em anos recentes, fomos ensinados que uma democracia é
a forma ideal de governo. Supostamente, isso é o que foi criado pela Constituição
Americana. Mas, se você ler os documentos e as transcrições dos discursos dos
homens que escreveram a Constituição, descobrirá que eles falaram muito mal da
democracia. Eles disseram em palavras bem simples que uma democracia era uma
das piores formas possíveis de governo. Portanto, eles criaram o que chamaram de
república. É por isso que a palavra democracia não aparece em parte alguma da
Constituição; e, quando os americanos fazem o juramento à bandeira, é para
a república que ela representa, não a democracia. Quando o coronel Davy Crockett
aderiu à Revolução do Texas antes da famosa Batalha do Álamo, recusou-se a
assinar o juramento de fidelidade ao futuro governo do Texas até que a palavra fosse
modificada para o futuro governo republicano do Texas. [4] A razão que é importante é
que a diferença entre uma democracia e uma república é a diferença entre coletivismo
e individualismo.
Em uma pura democracia, a maioria governa; fim da discussão. Você pode dizer, "O
que há de errado nisso?" Bem, pode haver muita coisa errada com isso. Imagine uma
multidão que decida linchar alguém. Há somente uma pessoa com voto contrário, e
essa é a pessoa que será linchada. Isso é pura democracia em ação.
"Ah, espere um minuto", você diz. "A maioria deve governar. Sim, mas não ao ponto
de negar os direitos da minoria", e, é claro, você estaria correto. Isso é exatamente o
que uma república faz. Uma república é um governo baseado no princípio do governo
limitado da maioria para que a minoria — até mesmo a minoria de uma única pessoa
— seja protegida dos desejos e paixões da maioria. As repúblicas são freqüentemente
caracterizadas por constituições escritas que definem as regras para tornar isso
possível. Essa foi a função da Carta dos Direitos, que não é nada mais que uma lista
de coisas que o governo não pode fazer. Ela diz que o Congresso, embora represente
a maioria, não aprovará leis que neguem à minoria seus direitos do livre exercício da
religião, da liberdade de expressão, da assembléia pacífica, o direito de portar armas,
e outros direitos "inalienáveis."
O quarto conceito que divide o coletivismo do individualismo tem que ver com as
responsabilidades e a liberdade de escolha. Falamos sobre a origem dos direitos, mas
há uma questão similar que envolve a origem das responsabilidades. Direitos e
responsabilidades caminham juntos. Se você valoriza o direito de viver sua vida sem
que os outros lhe digam o que fazer, então precisa assumir a responsabilidade de ser
independente, de prover para si mesmo sem esperar que os outros cuidem de você.
Direitos e responsabilidades são meramente lados diferentes da mesma moeda.
Se somente os indivíduos têm direitos, então segue-se que somente os indivíduos têm
responsabilidades. Se grupos têm direitos, então os grupos também precisam ter
responsabilidades; e aí está um dos maiores desafios ideológicos dos tempos
modernos.
O coletivista, por outro lado, declara que os indivíduos não são pessoalmente
responsáveis pela caridade, por educar seus próprios filhos, de prover por seus pais
na velhice, ou até de proverem para si mesmos. Essas são obrigações de grupo do
Estado. Os individualistas esperam fazer tudo isso eles mesmos; o coletivista quer que
o governo faça para ele; forneça emprego e cuidados com a saúde, um salário
mínimo, alimentação, educação e um lugar decente para morar. Os coletivistas estão
enamorados pelo governo. Eles adoram o governo; têm uma fixação pelo governo
como o melhor mecanismo de grupo para solucionar todos os problemas.
Os individualistas não compartilham dessa crença. Eles vêem o governo como criador
de mais problemas do que de soluções. Eles acreditam que a liberdade de escolha
levará à melhor solução dos problemas sociais e econômicos. Milhões de idéias e
esforços, cada um sujeito à tentativa e erro e competição — em que a melhor solução
se torna óbvia comparando seus resultados com todas as outras — esse processo
produzirá resultados que são muito superiores aos que podem ser alcançados por um
grupo de políticos ou por um comitê de assim-chamados homens sábios e notáveis.
Em contraste, os coletivistas não confiam na liberdade. Eles têm medo da liberdade.
Eles estão convencidos que a liberdade pode ser boa nas questões pequenas como a
cor das meias você quer usar, mas com questões importantes como a quantidade de
dinheiro em circulação, atividades dos bancos, investimentos, programas de seguro,
assistência médica, educação, e assim por diante, a liberdade não funciona. Essas
coisas, eles dizem, precisam ser controladas pelo governo, caso contrário haverá o
caos.
Existem duas razões para a popularidade desse conceito. Uma é que a maioria de nós
estudou em escolas públicas e é isso que nos foi ensinado. A outra razão é que o
governo é o único grupo que pode legalmente forçar todos a participarem. Ele tem o
poder de tributar, apoiado pela cadeia e a força das armas para compelir todos a
entrarem na linha, e esse é um conceito que tem um apelo muito forte para os
intelectuais que se vêem como engenheiros sociais.
"No contexto dos crimes de ódio, tenho a lamentar que exista uma proibição
constitucional à punição cruel e fora do comum." [5].
Um dos modos mais rápidos de identificar um coletivista é ver como ele reage diante
dos problemas públicos. Independente do que o incomode em sua rotina do dia-a-dia
— seja jogar lixo nas ruas, fumar em locais públicos, vestir-se de forma indecente,
preconceito, enviar mensagens não-solicitadas de correio eletrônico — seja o que for,
sua resposta imediata é "Vamos criar uma lei!" E, é lógico, os profissionais no governo
que ganham a vida fazendo coerções estão mais do que satisfeitos em cooperar. A
conseqüência é que o governo cresce cada vez mais. É uma rua de mão única. Cada
ano existem mais e mais leis e menos e menos liberdade. Cada lei por si só parece
relativamente benigna, justificada por alguma conveniência ou para o bem maior do
número maior de pessoas, mas o processo continua perpetuamente até que o governo
seja total e a liberdade esteja morta. Pouco a pouco, o próprio povo defende sua
própria escravização.
Um bom exemplo dessa mentalidade coletivista é o uso do governo para realizar atos
de caridade. A maioria das pessoas acredita que todos temos uma responsabilidade
em ajudar aqueles que estão passando por necessidade, se pudermos. Mas e aqueles
que discordam, aqueles que não se preocupam nem um pouco com as necessidades
dos outros? Eles deveriam ter a permissão de serem egoístas enquanto somos tão
generosos? O coletivista vê as pessoas como essas como uma justificativa para o uso
da coerção, pois a causa é tão nobre. Ele vê a si mesmo como um moderno Robin
Hood, que rouba dos ricos para dar aos pobres. Logicamente, nem tudo chega aos
pobres. Afinal, Robin e seus homens têm de comer, beber e se divertir em festas, e
isso custa dinheiro. É necessária uma gigantesca burocracia para administrar uma
obra de caridade pública, e os Robin Hoods nos governos se acostumaram a receber
uma enorme parcela do saque, enquanto os camponeses — bem, eles estarão
contentes com qualquer coisa que receberem. Eles não se preocupam com o quanto
foi consumido no caminho até chegar a eles. Afinal, tudo foi roubado de outra pessoa
mesmo.
Os individualistas recusam-se a brincar com esse jogo. Esperamos que todos sejam
misericordiosos e pratiquem a caridade, mas também acreditamos que uma pessoa
deva ter a liberdade de não praticar a caridade, se não quiser. Se ela preferir dar uma
porção menor que aquilo que pensamos que deva dar, ou se preferir não dar
absolutamente nada, acreditamos que não temos o direito de forçá-la a fazer nossa
vontade. Podemos tentar persuadi-la a fazer isso; podemos apelar para a sua
consciência; e, especialmente, podemos mostrar o caminho por meio de nosso bom
exemplo, mas rejeitamos qualquer tentativa de atacá-la, seja imobilizando fisicamente
enquanto removemos o dinheiro de seus bolsos, ou usando as urnas para aprovar leis
que tirem seu dinheiro por meio da tributação. Em ambos os casos, o princípio é o
mesmo. Chama-se roubo.
Um dos slogans mais comuns do marxismo é: "De cada um de acordo com sua
capacidade, a cada um de acordo com sua necessidade." Essa é a pedra angular do
socialismo teórico, e é um conceito que tem um apelo muito forte. Uma pessoa que
ouça esse slogan pela primeira vez poderia dizer: "O que há de errado com isso? Essa
não é a essência da caridade e da compaixão por aqueles que estão enfrentando
necessidades? O que pode estar errado com dar de acordo com sua capacidade aos
outros e de acordo com as necessidades deles? " E a resposta é, nada está errado
com isso — à primeira vista, mas esse é um conceito incompleto. A questão não
respondida é como isso será realizado? Será em liberdade ou por meio da coerção?
Mencionei anteriormente que os coletivistas e os individualistas normalmente
concordam com os objetivos, mas discordam com relação aos meios e esse é um
exemplo clássico. O coletivista diz: tome pela força da lei O individualista diz: dê por
meio do livre arbítrio. O coletivista diz: não muitas pessoas responderão, a não ser que
sejam forçadas. O individualista diz: um número suficiente de pessoas responderá
para permitir que a tarefa seja realizada. Além disso, a preservação da liberdade
também é importante. O coletivista defende o saque legalizado em nome de uma
causa nobre, acreditando que o fim justifica os meios. O individualista advoga o livre
arbítrio e a verdadeira caridade, acreditando que um objetivo nobre não justifica a
perpetração do roubo e a entrega da liberdade.
O quinto conceito que divide o coletivismo do individualismo tem que ver com o modo
como as pessoas são tratadas sob a lei. Os individualistas acreditam que não existem
duas pessoas iguais, e cada uma é superior ou inferior às outras de muitos modos,
mas, debaixo da lei, todas devem ser tratadas da mesma forma. Os coletivistas
acreditam que a lei deve tratar as pessoas de forma desigual de modo a produzir as
mudanças desejadas na sociedade. Eles vêem o mundo como tragicamente
imperfeito. Eles vêem a pobreza, o sofrimento, a injustiça e concluem que algo precisa
ser feito para alterar as forças que produziram esses efeitos. Eles pensam em si
mesmos como engenheiros sociais que têm a sabedoria para reestruturar a sociedade
em uma ordem mais humana e mais lógica. Para fazer isso, eles precisam intervir na
vida das pessoas em todos os níveis e redirecionar suas atividades de acordo com um
plano-mestre. Isso significa que eles precisam redistribuir a riqueza e usar o poder de
polícia do Estado para impor o comportamento prescrito.
No terreno das relações sociais, existem leis para estabelecer cotas raciais, quotas
para os sexos, iniciativas de ação afirmativa, e para proibir as expressões de opinião
que possam ser questionáveis a algum grupo ou para os planejadores-mestres. Em
todas essas medidas, há uma aplicação desigual da lei com base em que grupo ou
classe você esteja ou que opinião tenha. Eles dizem que isso é necessário para
realizar uma mudança desejada na sociedade. Entretanto, após mais de cem anos de
engenharia social, não há um lugar no mundo em que os coletivistas possam apontar
o dedo com orgulho e mostrar onde o plano-mestre deles funcionou realmente como
eles previam. Existem muitos livros sobre a utopia coletivista, mas eles nunca foram
materializados no mundo real. Em toda a parte que o coletivismo foi aplicado, os
resultados foram maior pobreza do que antes, mais sofrimento do que antes, e
certamente mais injustiça do que antes.
Quando todos esses fatores são considerados em conjunto, chegamos à sexta divisão
ideológica entre o coletivismo e o individualismo. Os coletivistas acreditam que o papel
correto do governo deva ser positivo, que o Estado deve tomar a iniciativa em todos os
aspectos da vida das pessoas, que deve ser agressivo, liderar e prover. Ele deve ser o
grande organizador da sociedade.
O Espectro Político
Hoje, ouvimos muito a respeito de direita versus esquerda, mas o que esses termos
realmente significam? Por exemplo, ouvimos dizer que os comunistas e os socialistas
estão na extrema esquerda, e que os nazistas e os fascistas estão na extrema direita.
Aqui temos a imagem de dois poderosos adversários ideológicos em oposição um ao
outro, e a impressão é que, de alguma forma, eles são opostos. Mas, qual é a
diferença? Eles não são opostos, absolutamente. Eles são os mesmos. As insígnias
podem ser diferentes, mas quando você analisa o comunismo e o nazismo, ambos
incorporam os princípios do socialismo. Os comunistas não escondem o fato de o
socialismo ser o seu ideal, e o movimento nazista na Alemanha era realmente
chamado de Partido Nacional Socialista. Os comunistas acreditam no
socialismo internacional, enquanto que os nazistas defendiam o socialismo nacional.
Os comunistas promovem o ódio entre as classes e o conflito de classes para motivar
a lealdade e a obediência cega de seus seguidores, enquanto que os nazistas usaram
o conflito racial e o ódio entre as raças para alcançar os mesmos objetivos. Tirando
isto, não há diferença entre comunismo e nazismo. Ambos são a epítome do
coletivismo; apesar disso ouvimos dizer que eles estão, supostamente, nos lados
opostos do espectro das opções políticas!
Há somente uma coisa que faz sentido na construção de um espectro político e isso é
colocar zero de governo em um extremo da linha e 100% de governo na outra
extremidade. Agora temos algo que podemos compreender. Aqueles que acreditam
em zero de governo são os anarquistas, e aqueles que acreditam em um governo total
são os totalitários. Com essa definição, descobrimos que o comunismo e o nazismo
estão juntos na mesma ponta. Ambos são totalitários. Por quê? Porque ambos estão
baseados no modelo do coletivismo. O comunismo, o nazismo, o fascismo, e o
socialismo gravitam todos em torno de um governo maior e maior, pois essa é a
extensão lógica de sua ideologia comum. No coletivismo, todos os problemas são de
responsabilidade do Estado e precisam ser solucionados pelo Estado. Quanto mais
problemas existirem, mas poderoso se tornará o Estado. Uma vez que você entra
nessa ladeira escorregadia, não há lugar para parar até que desça até o fim da escala,
que é o governo total. Independente do nome que você dê a isso, independente de
como o rotule para fazê-lo parecer novo ou diferente, coletivismo é totalitarismo.
Na verdade, o conceito da linha reta de um espectro político é um pouco enganoso.
Na verdade, é um círculo. Você pode seguir essa linha reta com 100% de governo em
uma ponta e zero na outra, dobrá-la, e tocar as pontas no alto. Agora é um círculo,
pois, na anarquia, onde não há governo algum, você tem o governo absoluto por
aqueles que têm os punhos mais fortes e as armas mais poderosas. Assim, você salta
de zero governo para o totalitarismo em um segundo. Eles se encontram no alto.
Estamos realmente lidando com um círculo e o único local lógico para estarmos é em
algum ponto no meio dos extremos. Precisamos do governo, é claro, mas ele precisa
ser construído com base no individualismo — uma ideologia com uma afinidade com
aquela parte do espectro com a mínima quantidade de governo possível — em vez de
no coletivismo — com uma afinidade com a outra extremidade do espectro com a
maior quantidade de governo possível. O melhor governo é o menor governo.
Agora, estamos finalmente prontos para reativar nossa máquina do tempo. As últimas
imagens ainda estão diante de nós. Ainda vemos os diretores das grandes fundações
isentas de impostos aplicando seus vastos recursos financeiros para alterar as
atitudes da população para que ela aceite a fusão deste país (os EUA) com os
regimes totalitários; e ainda ouvimos suas palavras proclamando que "o futuro deste
país pertence ao coletivismo, administrado com a característica eficiência americana."
Não é impressionante o quanto está contido nessa pequena palavra, coletivismo?
Notas Finais
[1]. A transcrição completa do testemunho do Sr. Dodd pode ser baixada sem custo do
sítio da Freedom Force International, emhttp://www.freedomforceinternational.org. O
vídeo a partir do qual ela foi tirada intitula-e "The Hidden Agenda" e pode ser obtido no
sítio da Reality Zone, em http://www.realityzone.com.
[2]. No Oriente Médio e em partes da África e da Ásia, existe uma terceira ética
chamada teocracia, uma forma de governo que combina igreja e Estado e força os
cidadãos a aceitarem uma determinada prática religiosa. Isso foi comum antigamente
em toda a cristandade européia e existiu também em algumas colônias nos Estados
Unidos. Ela sobrevive no mundo de hoje na forma do Islã e tem milhões de
defensores. Qualquer visão abrangente da ideologia política precisa incluir a teocracia,
mas o tempo não nos permite essa abrangência nesta apresentação. Para aqueles de
vocês que estiverem mais interessados na visão mais ampla do autor, incluindo a
teocracia, há um resumo intitulado Que Caminho Para a Humanidade? — anexado no
fim deste ensaio.
[3]. A questão relacionada de um direito de usar força mortal para proteger as vidas
dos outros é revista na Parte 4, em conexão com a ordem da Casa Branca para abater
aviões se eles representarem uma ameaça às populações no solo.
[4]. David Crockett: Parliamentarian, de William Reed, National Parliamentarian, vol.
64, Third Quarter, 2003, pág. 30.
[5]. "Hate Criminal Needs Deprogramming", Alan Young, Toronto Star, 28/3/2004, pág.
F-7.
[6]. Sejamos claros nisto. Se nós ou nossas famílias estivessem passando fome, a
maioria de nós roubaria, se esse fosse o único modo de obter comida. O furto seria
motivado pelo nosso direito intrínseco de viver, mas não vamos chamá-lo de caridade
virtuosa. Seria mera sobrevivência.
[7]. Há muito mais a ser dito do que é permitido pelas limitações de tempo desta
apresentação. Uma questão importante é o fato que há uma terceira categoria de ação
humana que não é nem apropriada nem imprópria, nem defensiva nem agressiva; que
existem áreas de atividade que podem ser realizadas pelo Estado por conveniência —
como a construção de estradas e a conservação dos parques recreativos — desde
que eles sejam financiados, não com os impostos gerais, mas totalmente por aqueles
que os utilizam. Caso contrário, alguns se beneficiarão à custa dos outros, e isso seria
uma redistribuição coercitiva da riqueza, um poder que precisa ser negado ao Estado.
Essas atividades seriam permitidas porque têm um impacto desprezível na liberdade.
Estou convencido que elas seriam administradas com maior eficiência e ofereceriam
um serviço público melhor se pertencessem e fossem operadas pela iniciativa privada,
mas não há mérito em ser argumentativo nessa questão quando questões muito mais
calorosas estão em risco. Após a liberdade estar assegurada, poderemos nos dar ao
luxo de debater esses pontos mais refinados. Outro exemplo de uma atividade ótima é
a alocação das freqüências de transmissão de rádio e televisão. Embora isso não
proteja as vidas, a liberdade, ou a propriedade, é uma questão de conveniência para
manter a ordem nas comunicações. Não há ameaça à liberdade pessoal, desde que a
autoridade de conceder as licenças seja administrada de forma imparcial, e não em
favor de uma classe de cidadãos ou de um ponto de vista em detrimento dos outros.
Outro exemplo de uma atividade ótima do governo seria uma lei no Havaí para impedir
a importação de serpentes. A maior parte da população do Havaí quer essa lei por
conveniência. Estritamente falando, essa não é uma função apropriada para o
governo, porque não protege as vidas, a liberdade ou a propriedade dos cidadãos,
mas não é imprópria desde que seja administrada de tal maneira que todos arquem
com o custo de forma equitativa, não somente por alguns, enquanto outros são
excluídos. Pode-se argumentar que essa é uma função apropriada para o governo,
pois as serpentes poderiam ameaçar os animais domésticos que são a propriedade de
seus cidadãos, mas isso seria alargar demais o ponto. É exatamente esse tipo de
alargamento da razão que os demagogos usam quando querem consolidar poder.
Qualquer ação do governo poderia ser explicada como uma proteção indireta da vida,
da liberdade ou da propriedade. A defesa definitiva contra o jogo de palavras desse
tipo é permanecer firme no terreno que proíbe o financiamento de qualquer modo que
cause uma transferência de riqueza de um grupo para outro. Isso remove logo de cara
a vantagem política que motiva a maioria dos esquemas coletivistas. Sem a
possibilidade de saque legalizado, a maioria dos jogos cerebrais cessaria. Finalmente,
quando a questões se tornarem obscuras, e for realmente impossível ver claramente
se uma ação é aceitável para o governo, há sempre uma regra de ouro em que se
pode confiar para mostrar o caminho apropriado: o melhor governo é aquele que
governa menos.
Fim da Parte 1
O Credo da Liberdade
A Natureza Intrínseca dos Direitos
Acredito que somente os indivíduos têm direitos, não o grupo coletivo; que esses
direitos são intrínsecos a cada indivíduo, não concedidos pelo Estado; porque, se o
Estado tiver o poder de concedê-los, também terá o poder de negá-los, e isso é
incompatível com a liberdade pessoal.
Acredito que um governo justo deriva seu poder unicamente dos governados.
Portanto, o Estado não deve se atrever a fazer algo além daquilo que os cidadãos
individuais também têm o direito de fazer. Caso contrário, o Estado é um poder em si
mesmo e torna-se o mestre, em vez de um servo da sociedade.
Supremacia do Indivíduo
Acredito que uma das maiores ameaças à liberdade é permitir que qualquer grupo,
independente de sua superioridade numérica, negue os direitos da minoria; e que uma
das principais funções de um governo justo é proteger cada indivíduo da cobiça e das
paixões da maioria.
Liberdade de Escolha
Acredito que objetivos sociais e econômicos desejáveis são melhor alcançados pela
ação voluntária do que pela coerção da lei. Acredito que a tranqüilidade social e a
irmandade sejam melhor alcançadas pela tolerância, persuasão, e o poder do bom
exemplo do que pela coerção da lei. Acredito que aqueles que estão enfrentando
necessidades são melhor servidos pela caridade, que é dar do seu próprio dinheiro,
em vez de por meio de políticas de bem-estar social, que dão o dinheiro de outra
pessoa por meio da coerção da lei.
Igualdade Debaixo da Lei
Acredito que todos os indivíduos devam ser iguais debaixo da lei, independente de sua
origem nacional, grupo étnico, religião, gênero, educação, status econômico, estilo de
vida ou opinião política. Da mesma forma, nenhuma classe deve receber tratamento
preferencial, independente do mérito ou da popularidade de sua causa. Favorecer uma
classe em detrimento de outra não é igualdade debaixo da lei.
Direitos Individuais
Não sacrificarás os direitos de um indivíduo ou de uma minoria para o suposto direito
do grupo.
Igualdade Debaixo da Lei
Não apoiarás qualquer lei que não se aplique a todos os cidadãos igualmente.
Liberdade de Escolha
Não usarás de coerção para qualquer propósito, exceto para proteger a vida humana,
a liberdade ou a propriedade.
Vamos agora colocar a teoria de lado e voltar um pouco à história real. Das minutas do
Fundo Carnegie, lembramos as curiosas palavras: "Precisamos controlar a educação
na América". Quem é esse "nós" que está implícito aqui? Quem são as pessoas que
estão planejando fazer isso? Para responder a essa pergunta, precisamos ajustar as
coordenadas da nossa máquina do tempo novamente, e agora estamos nos movendo
mais para trás no tempo, para o ano 1870. Subitamente, encontramo-nos na
Inglaterra, em uma elegante sala de aula da Universidade de Oxford, e estamos
assistindo a uma aula de um intelectual brilhante chamado John Ruskin.
Ruskin era professor de História da Arte em Oxford. Ele era um gênio. A princípio, eu
estava preparado para não gostar dele, porque ele era um total coletivista. Mas,
quando peguei seus livros e comecei a ler as notas de suas aulas, tive de reconhecer
seu talento. Primeiro de tudo, ele foi um artista bem-sucedido. Ele era um arquiteto e
um filósofo. O único defeito que pude ver nele era que acreditava no coletivismo. Ele
falava sobre isso com eloqüência e seus alunos, vindos das classes ricas — a elite e
os privilegiados das áreas mais nobres de Londres — eram receptivos à sua
mensagem. Ele ensinava que aqueles que tinham herdado a rica cultura e tradição do
Império Britânico tinham a obrigação de governar o mundo e garantir que os menos
afortunados e as pessoas estúpidas recebessem a direção correta. Essa era
basicamente sua mensagem, mas ela era entregue de uma maneira muito convincente
e apelativa.
Ruskin não foi o originador do coletivismo. Ele estava meramente surfando na crista
de uma onda ideológica que varreu todo o mundo ocidental naquele tempo. Ela estava
fazendo um apelo aos filhos e filhas dos ricos que estavam crescendo com
sentimentos de culpa por desfrutarem de tanto luxo e privilégios, em chocante
contraste com os pobres e famintos do mundo.
A Sociedade Fabiana
Mas havia outro movimento que estava nascendo aproximadamente nesse mesmo
tempo e que eventualmente concorreu com os marxistas da pesada. Alguns dos
membros mais eruditos das classes abastadas e intelectuais da Inglaterra formaram
uma organização para perpetuar o conceito do coletivismo, mas não exatamente de
acordo com Marx. Ela foi chamada de Sociedade Fabiana. O nome é significativo,
porque foi dado em homenagem a Quinto Fábio Máximo, o general romano que, no
segundo século antes de Cristo, manteve Aníbal em apuros, desgastando seu exército
com táticas para provocar atrasos, manobras infindáveis e evitando a confrontação
sempre que possível. Ao contrário dos marxistas, que estavam apressados para
chegar ao poder por meio de uma confrontação direta com os governos estabelecidos,
os fabianos estavam dispostos a esperar sua vez, e chegar ao poder sem
confrontação direta, trabalhando calada e pacientemente dentro dos governos visados.
Para enfatizar essa estratégia, e para se distinguirem dos marxistas, adotaram a
tartaruga como emblema. O escudo oficial deles também retrata a imagem de um lobo
em pele de cordeiro. Essas duas imagens resumem perfeitamente a estratégia deles.
Agora estamos em 1884, em Surrey, no sul da Inglaterra, observando um pequeno
grupo de fabianos que estão sentados em torno de uma mesa na elegante residência
de seus membros mais proeminentes, Sydney e Beatrice Webb. Os Webb seriam mais
tarde conhecidos mundialmente como os fundadores da Escola de Economia de
Londres. A casa deles foi mais tarde doada para a Sociedade Fabiana e tornou-se a
sede oficial. Em torno da mesa estão figuras bem conhecidas, como George Bernard
Shaw, Arnold Toynbee, H. G. Wells, e vários outros de mesmo calibre. A propósito, a
Sociedade Fabiana ainda existe hoje, e muitas pessoas proeminentes são membros
dela, dentre as quais o primeiro-ministro britânico Tony Blair.
H. G. Wells escreveu um livro para servir como um guia mostrando como o coletivismo
poderia ser incorporado na sociedade sem levantar alarme ou séria oposição. O nome
do livro é The Open Conspiracy, e o plano foi descrito em detalhes. O fervor de Wells
era intenso. Ele dizia que as antigas religiões do mundo precisavam dar lugar para a
nova religião do coletivismo. Ele dizia que a nova religião deveria ser o Estado, e o
Estado deveria se responsabilizar por todas as atividades humanas com, é claro, os
elitistas como ele próprio no comando. Bem na primeira página ele diz: "Este livro
define da forma mais clara e simples possível as idéias essenciais da minha vida, a
perspectiva do meu mundo... Esta é a minha religião. Aqui estão meus objetivos de
direção e o critério de tudo o que faço." [1].
Quando ele disse que o coletivismo era sua religião, estava sendo sério. Como muitos
coletivistas, ele achava que a religião tradicional é uma barreira à aceitação do poder
do Estado. Ela é uma competidora pelas lealdades do homem. Os coletivistas vêem a
religião como um instrumento pelo qual os clérigos mantêm a população sofrida
satisfeita oferecendo-lhe uma visão de algo melhor no outro mundo. Se você tem o
objetivo de produzir mudanças, não quererá que as pessoas se sintam satisfeitas e
precisará criar o descontentamento. É por isso que Marx chamou a religião de ópio do
povo. A religião é um obstáculo para a mudança revolucionária. Wells dizia que o
coletivismo deveria se tornar o novo ópio, que ele deveria se tornar a visão para coisas
melhores no outro mundo. A nova ordem precisa ser construída sobre o conceito que
os indivíduos não são nada comparados com a sociedade vista em seu longo prazo, e
que somente servindo à sociedade é que nos tornamos conectados com a eternidade.
Ele era muito sério.
Para compreender o relacionamento de amor e ódio entre esses dois grupos, nunca
devemos perder de vista o fato que o leninismo e o fabianismo são meramente
variantes do coletivismo. As similaridades entre eles são muito maiores que suas
diferenças. É por isto que seus membros freqüentemente mudam de um grupo para o
outro — ou porque alguns deles na verdade são membros dos dois ao mesmo tempo.
Os leninistas e os fabianos geralmente são amigos uns dos outros. Eles podem
discordar intensamente com questões teóricas e de estilo de ação, mas nunca com
relação aos objetivos.
Margaret Cole foi presidente da Sociedade Fabiana de 1955 a 1956. Seu pai, G. D. H.
Cole, foi um dos primeiros líderes da organização, em 1937. Em seu livro The Story of
Fabian Socialism, ela descreve o laço comum que une os coletivistas. Ela escreveu:
"É possível ver claramente que as similaridades básicas eram muito maiores do
que as diferenças, que os objetivos básicos dos fabianos da abolição da pobreza, por
meio da legislação e da administração pública; do controle comunal da produção e da
vida social... eram buscados com energia inabalável pelas pessoas treinadas nas
tradições fabianas, independente se no momento de tempo elas se chamam de
socialistas fabianos ou se repudiavam em alta voz o nome... A similaridade
fundamental é atestada pelo fato que, após as tempestades produzidas primeiro pelo
sindicalismo [2]. e depois pela Revolução Russa em seus primeiros dias tinham
enfraquecido, aqueles "fabianos rebeldes" que não tinham se filiado ao Partido
Comunista (e os muitos que tendo inicialmente se filiado, se desligaram com toda a
pressa), junto com as conexões de G. D. H. Cole no movimento de educação da
classe trabalhadora e seus jovens discípulos de Oxford dos anos 20, não encontraram
dificuldade mental em ingressar na restaurada Sociedade Fabiana de 1939 — nem os
fiéis sobreviventes tiveram qualquer dificuldades em colaborar com eles." [3].
Os fabianos são, de acordo com seu próprio simbolismo, lobos em pele de cordeiro, e
isso explica por que seu estilo é mais eficiente em países com que as tradições
parlamentares são bem estabelecidas e onde as pessoas esperam ter uma voz em
seu próprio destino político. Os leninistas, por outro lado, tendem a ser lobos na pele
de lobo, e o estilo deles é mais eficaz em países em que as tradições parlamentares
são fracas e onde a população já está acostumada com as ditaduras.
Eles podem discordar com relação ao estilo; podem competir para saber qual deles
dominará a vindoura Nova Ordem Internacional, quem ocupará as posições mais
elevadas na pirâmide de poder; eles podem até mesmo enviar exércitos opostos à
batalha para estabelecer proeminência territorial sobre porções do globo, mas nunca
brigam com relação aos objetivos. Em tudo, eles são irmãos de sangue e sempre se
unem contra seu inimigo comum, que é qualquer oposição ao coletivismo. É
impossível compreender o que está se desdobrando na Guerra ao Terror hoje sem
estar ciente dessa realidade.
"Este grupo é, como mostrarei, um dos fatos históricos mais importantes do século
XX." [4].
"Rhodes foi mais do que o fundador de uma dinastia. Ele aspirava ser o criador de
uma daquelas vastas associações semi-religiosas, quase políticas que, como a
Sociedade dos Jesuítas, exerceram uma parte tão importante na história mundial.
Para ser mais rigidamente preciso, ele desejava fundar uma Ordem como o
instrumento da vontade da Dinastia..." [5].
A organização Rhodes foi criada exatamente ao longo dessas linhas. Quigley nos diz o
seguinte:
"Na sociedade secreta, Rhodes seria o líder. Stead, Brett (Lord Esher), e Milner
deveriam formar um comitê executivo [chamado de "Sociedade dos Eleitos"]. Arthur
(Lord) Balfour, (Sir) Harry Johnston, Lord Rothschild, Albert (Lord) Grey, e outros
estavam listados como potenciais membros de um 'Círculo de Iniciados'; enquanto
deveria haver um círculo externo conhecido como 'Associação dos Ajudadores' (mais
tarde organizado por Milner como a organização Mesa Redonda)." [6].
Após a morte de Cecil Rhodes, a organização caiu sob o controle de Lord Alfred
Milner, que era Governador Geral e Alto Comissário da África do Sul, também uma
pessoa muito poderosa no sistema financeiro e na política britânica. [7]. Ele recrutou
jovens da classe alta da sociedade para se tornarem membros da Associação dos
Ajudadores. Não oficialmente, eles eram conhecidos como "Jardim de Infância de
Milner". Eles foram escolhidos por causa de sua origem na classe alta, de sua
inteligência e, especialmente, por causa de sua dedicação ao coletivismo. Eles foram
rapidamente colocados em posições importantes no governo e em outros centros de
poder para promover a agenda oculta da sociedade secreta. Eventualmente, essa
Associação de Ajudadores tornou-se um anel mais interno de grupos maiores, que se
expandiram por todo o Império Britânico e pelos EUA. Isto é o que Quigley diz:
Assim, quem são os membros do Conselho das Relações Exteriores? Vou separar
mais tempo do que realmente gostaria, de modo a apresentar os nomes a vocês, para
que não pensem que essa organização e seus membros não são importantes.
Vamos iniciar com os presidentes dos Estados Unidos. Membros do Conselho das
Relações Exteriores (CFR) incluem: Herbert Hoover, Dwight Eisenhower, Richard
Nixon, Gerald Ford, James Carter, George Bush (pai) e William Clinton. John F.
Kennedy afirmava ser membro, mas seu nome não aparece nas listas dos ex-
membros. Assim, existe certa confusão com esse nome, mas ele dizia ser membro. Eu
acrescentaria que Kennedy foi um graduado na Escola de Economia de Londres, que
foi fundada por Sydney e Beatrice Webb para promover os conceitos coletivistas e de
uma classe dominante dos fabianos.
Secretários da Defesa que eram membros do CFR incluem: James Forrestal, George
Marshall, Charles Wilson, Neil McElroy, Robert McNamara, Melvin Laird, Elliot
Richardson, James Schlesinger, Harold Brown, Caspar Weinberger, Frank Carlucci,
Richard Cheney, Les Aspin, William Perry, William Cohen e Donald Rumsfeld. É
interessante que Rumsfeld solicitou que seu nome fosse removido da lista atual de
membros do CFR. Entretanto, você pode encontrar seu nome nas listas anteriores.
Diretores da CIA que eram membros do CRF incluem: Walter Smith, William Colby,
Richard Helms, Allen Dulles, John McCone, James Schlesinger, George Bush (pai),
Stansfield Turner, William Casey, William Webster, Robert Gates, James Woolsey,
John Deutch, William Studeman e George Tenet.
Algumas das corporações mais conhecidas e que são controladas por atuais e ex-
membros do CFR incluem: The Atlantic Richfield Oil Corp, AT&T, Avon, Bechtel Group
(construção), Boeing, Bristol-Myers Squibb, Chevron, Coca Cola, Pepsi Cola,
Consolidated Edison of New York, EXXON, Dow Chemical, Du Pont Chemical,
Eastman Kodak, Enron, Estee Lauder, Ford Motor, General Electric, General Foods,
Hewlett Packard, Hughes Aircraft, IBM, International Paper, Johnson & Johnson, Levi
Strauss & Co., Lockheed Aerospace, Lucent Technologies, Mobil Oil, Monsanto,
Northrop, Pacific Gas & Electric, Phillips Petroleum, Procter & Gamble, Quater Oats,
Yahoo, Shell Oil, Smith Kline Beecham (indústria farmacêutica), Sprint Corp., Texaco,
Santa Fé Southern-Pacif Railroad, Teledyne, TRW, Southern California Edison,
Unocal, United Technologies, Verizon Communications, Warner-Lambert,
Weyerhauser, e Xerox.
E, finalmente, os sindicatos que são dominados por atuais e ex-membros do CFR
incluem o AFL-CIO, United Steel Works of America(metalúrgicos), United Auto
Workers (indústria automobilística), American Federation of
Teachers (professores), Bricklayers and Allied Craft, Communications Workers of
America, Union of Needletraders, e o Amalgamated Clothing and Textile
Workers (indústria têxtil).
Tenha em mente que esta é apenas uma amostra de uma lista muito maior. O total de
membros é de aproximadamente quatro mil pessoas. Existem muitas igrejas em sua
cidade que têm esse número de membros, ou mais. O que você pensaria se
descobrisse que os membros de apenas uma igreja em sua cidade exercem cargos de
direção e controle em 80% dos centros de poder do país? Você não ficaria curioso?
Primeiro de tudo você teria de descobrir isso, o que não seria fácil se essas mesmas
pessoas controlassem os meios de comunicações, dos quais você depende para
saber isso.
Devo enfatizar que a maioria dessas pessoas não faz parte de uma sociedade secreta.
O CFR chama a si mesmo de organização semi-secreta, o que realmente ele é. Ele
não é a sociedade secreta. Ele está pelo menos dois anéis longe disso. A maioria dos
membros não está ciente que é controlada por um grupo Mesa Redonda mais interno.
Em sua maior parte, eles são meramente oportunistas que vêem essa organização
como uma agência de emprego de alto nível. Eles sabem que, se forem convidados a
aderir, seus nomes aparecerão em uma lista que confere muito prestígio, e os
coletivistas que buscam consolidar o controle global recorrerão a essa lista em busca
de nomes para os cargos importantes. Entretanto, embora eles possam não ser
agentes conscientes de uma sociedade secreta, todos foram cuidadosamente
analisados para verificar sua adequação. Somente os coletivistas são convidados, de
modo que eles têm a mentalidade necessária para serem bons funcionários dentro da
Nova Ordem Internacional.
Sem dúvida você observou na lista de membros do CFR que os dois principais
partidos políticos americanos estão bem representados. O CFR não é uma
organização partidária. Os eleitores são levados a acreditar que, escolhendo entre os
partidos Democrata e Republicano, eles têm uma opção. Eles realmente pensam que
estão participando em seu próprio destino político, mas isso é uma ilusão. Para um
coletivista como o professor Quigley, é uma ilusão necessária para impedir que os
eleitores interfiram com as questões importantes do Estado. Se você já se perguntou
por que os dois partidos americanos parecem tão diferentes no tempo das eleições,
mas não tão diferentes depois, ouça atentamente a visão geral de Quigley sobre a
política americana:
Revisão
Agora é hora para uma revisão. Os centros de poder nos Estados Unidos — incluindo
os dois grandes partidos políticos — são controlados pelos membros do Conselho das
Relações Exteriores (o CFR). Essa organização, por sua vez, é controlada por um
grupo submerso da Mesa Redonda, que está associada com outras Mesas Redondas
em outros países. Essas são extensões de uma sociedade secreta fundada por Cecil
Rhodes e que ainda está em operação hoje. Eu a chamo de Rede Fabiana, não por
que essas pessoas sejam membros da Sociedade Fabiana, pois a maioria delas não
é. No entanto, compartilham a ideologia fabiana do coletivismo global e a estratégia
fabiana do gradualismo paciente.
Isto é realidade? Se eu estivesse em seu lugar, sendo exposto a tudo isto pela
primeira vez, provavelmente pensaria: "Vamos lá. Isto não pode ser verdade! Se fosse,
eu já teria lido nos jornais." Bem, antes de você rejeitar tudo isto como apenas outra
teoria conspiratória, gostaria de citar mais uma vez o professor Quigley. Ele disse o
seguinte:
"Conheço a operação dessa rede, pois a estudei por vinte anos e recebi a
permissão durante dois anos, na década de 60, de examinar seus documentos e
registros secretos. Não tenho aversão a ela ou à maioria de seus objetivos e, por uma
grande parte de minha vida estive perto dela e de muitos de seus instrumentos. Em
geral, minha principal diferença de opinião é que ela deseja permanecer
desconhecida." [12].
Notas Finais
[1]. H. G. Wells, The Open Conspiracy (New York, Doubleday, Doran and Co., 1928)
Pág. vii.
[2]. O sindicalismo é uma variante de coletivismo em que os sindicatos exercem um
papel dominante no governo e nas indústrias.
[3]. Margaret Cole, The Story of the Fabian Socialism (Stanford, California, Stanford
University Press, 1961), Pág. xii.
[4]. Carroll Quigley, The Anglo-American Establishment: From Rhodes to
Cliveden (Nova York, Books in Focus, 1981). Pág. ix. A existência dessa sociedade
secreta também é confirmada pela biógrafa de Rhodes, Sarah Millin, op. cit. Pág. 32,
171, 173, 216.
[5]. Citado por Quigley, Ibidem, Pág. 36.
[6]. Carroll Quigley, Tragedy and Hope: A History of the World in Our Time (Nova York,
Macmillan, 1966), Pág. 131. Referência adicional a "The Society of the Elect" está
em The Anglo-American Establishment, pág. 3, 39.
[7]. Como esta sociedade secreta continua a existir até os dias atuais, freqüentemente
me perguntam quem foram os líderes após Rhodes e Milner. Em circunstâncias
normais, essa seria uma pergunta ridícula; se alguém de fora conhecesse a resposta,
ela não seria mais uma organização secreta. Entretanto, em uma rara virada de
eventos, realmente sabemos quais foram os líderes até tempos bem recentes. Quigley
teve acesso aos registros dessa organização e conhecia os nomes e a ordem de
sucessão. Uma grande porção de seu livro, The Anglo-American Establishment foi
dedicada ao papel dessas pessoas na história.
[8]. Quigley, Tragedy and Hope, pág. 132, 951-952.
[9]. Peter Jennings e Bill Moyers, embora não sejam membros do CFR, são membros
do Grupo Bilderberg, que tem a mesma orientação ideológica que o CFR, mas opera
no nível internacional, como um tipo de comitê diretor para coordenar as atividades de
grupos similares em outros países.
[10]. A ACLU desfruta da reputação de ser uma defensora das liberdades civis. Para
manter essa imagem, ela fala contra a Lei PATRIOT e outras legislações que negam
as liberdades civis em nome da luta contra o terrorismo. Até aqui, tudo bem, mas há
uma diferença entre falar sobre um tópico e na verdade fazer alguma coisa a respeito.
No que se refere a aplicar seus recursos jurídicos e financeiros, a ACLU move-se em
outras direções. Ao tempo em que isto foi escrito, o Diretor Executivo da ACLU é
Anthony Romero, um membro do CFR. Anteriormente, ele era responsável pelo
programa de bolsas da Fundação Ford, onde canalizou aproximadamente 90 milhões
de dólares para organizações que promovem mensagens de "crises" que atemorizam
a população a aceitar um governo maior, o que significa aceitar leis como a Lei
PATRIOT. Por exemplo, a Fundação Ford tem patrocinado estudos e grupos que
promovem o conceito de crise do meio ambiente e crise do crescimento populacional e
então propõe vastos novos poderes governamentais como o único modo de evitar a
catástrofe global. A Fundação Ford tem sido uma fonte importante de financiamento
para MALDEF, LaRaza, e outros grupos hispânicos separatistas, o que significa que
financia aqueles que propõem a ruptura de partes da Califórnia e do Texas e a entrega
delas ao México. Ela também tem patrocinado o Movimento Indígena Americano, que
tem uma agenda separatista similar para partes dos EUA em que a população de
origem indígena é predominante. Não é provável que qualquer um desses movimentos
consiga ser bem sucedido; mas se um número suficiente de revolucionários puderem
ser financiados e mobilizados para ocuparem as ruas com manifestações e agitações
violentas, os cidadãos pacíficos aceitarão agradecidamente a lei marcial e a
internacionalização dessas áreas como alternativas aceitáveis à violência. Em todos
esses casos, o papel exercido pela Fundação Ford é alimentar as chamas do medo,
para nos atemorizar a aceitar um estado policial, fundido confortavelmente com outros
estados policiais na ONU, em um governo mundial baseado no modelo do coletivismo.
A ACLU apóia essas causas fortemente e fala contra suas conseqüências de forma
suave. Esse é um exemplo clássico de controlar a oposição para garantir que ela não
consiga ser bem sucedida. É uma extensão da estratégia descrita para Norman Dodd
em 1954 pelo então presidente da Fundação Ford, Rowan Gaither, quando ele
explicou que a guerra — e o temor da guerra — era o modo mais eficaz de fazer a
população aceitar uma rápida mudança na sociedade em direção ao coletivismo. O
medo da guerra ainda é o motivador mais poderoso, mas os coletivistas descobriram
que o medo do terrorismo, o temor de uma catástrofe ambiental, e o medo da
superpopulação também são úteis para esse propósito. Para essa parte da história,
veja o capítulo 24, "Doomsday Mechanisms", em meu livro The Creature of Jekyll
Island: A Second Look at the Federal Reserve.
[11]. Quigley, Tragedy and Hope, Pág. 1247-48.
[12]. Quigley, Tragedy and Hope, Pág. 326.