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Licenciatura em Música
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Índice
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Introdução
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Contextualização
Contextualização Histórica
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embelezamento a certas paisagens naturais e criou deslumbrantes
monumentos, como por exemplo, o Palácio de Versalhes.
As lutas religiosas que existiram na altura mudaram a forma de conceção
com que as pessoas viam o mundo, passando estas a basearem-se numa
conceção infinitista e estática do mundo. Por consequência, esta mudança de
mentalidade originou uma crise de valores renascentistas e assim, o Homem
Barroco passa a se sentir dividido entre os valores humanistas e os valores
espirituais medievalistas que a Contra-reforma procurava restaurar.
A dualidade entre teocentrismo e medieval, valorizava as ideias de
submissão e pequenez diante de Deus e da Igreja; o antropocentrismo clássico
do Renascimento que valorizava o Homem e os prazes mundanos
desencadeou no homem barroco um conflito interior entre o terreno e o
celestial, o Homem e deus, o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o
paganismo renascentista, o material e o espiritual.
Dado o desenvolvimento que o conhecimento levou ao nível das
ciências, da filosofia e das artes, foi desevolvido assim, um novo panorama a
nível musical. Considerando esta mudança de pensamentos novas técnicas de
composição; da determinação e caracterização da forma de uma obra
musical; do uso dos conceitos de consonância e dissonância; do uso do
diatonismo, do cromatismo, do modalismo, do tonalismo; da conceção e uso
dos diversos sistemas de afinação; das características e possibilidades
técnicas e interpretativas das vozes e dos Instrumentos; da combinatória
instrumental; etc.
No séc. XVII em Itália, berço de numerosas invenções a nível musical,
originaram-se novas formas e géneros musicais, novos estilos marcados pelo
uso da dissonância não preparada, dos solos de natureza vocal ou
instrumental, do cromatismo, da ornamentação e da improvisação.
Existem seis géneros que surgem e se desenvolvem nesta época, tais
como: ópera, oratório, fuga, suíte, sonata e o concerto. Estes desenvolvem-se
por esquemas de natureza: binária, ternária (ária da capo), rondó, variação
(incluindo o baixo ostinato, a Chacona e a Passacaglia), Ritornello e fuga.
Já a música instrumental apresenta formas particulares, como a abertura
italiana, a abertura francesa, a tocata, o prelúdio coral, a suíte de danças, a
sonata de câmara, a sonata de chiesa, o concerto grosso e o concerto solo.
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Contextualização Social e religiosa
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Um exemplo do exagero e exuberância deste período são os palácios
reais que passam a ser construídos em escala monumental, a fim de exibir
visivelmente o poder e a grandeza. Em França, o Palácio de Versalhes é o
maior exemplo dessa tendência, erguido a mando do Rei Luís XIV, como foi
abordado numa das aulas teóricas.
O primeiro compositor a utilizar o termo concerto grosso foi Arcangelo
Corelli (1653-1713), daí ser-lhe atribuído na generalidade esta forma musical.
Corelli escreveu doze concerti grossi (plural de concerto grosso).
O pensamento musical de Corelli, tal como o de todos os compositores
do seu tempo, era essencialmente contrapontístico, do ponto de vista da
estrutura harmónica tonal, claramente definida pelo baixo continuo. Ao longo da
sua obra distinguem-se dois tipos de escrita: contrapontística e homofónica.
Para além destas técnicas de composição existe uma distinção teórica entre a
sonata de igreja e a sonata de câmara que não é inteiramente válida em
Corelli.
Embora o estilo seja alvo de fortes influências por parte das sonatas de
Corelli e de outros compositores italianos, distingue-se permanentemente pelo
mesmo refinamento melódico e pelo mesmo gosto requintado e ornamentado
nas suas peças para cravo o compositor Couperin.
A textura utilizada é a de uma fuga livre em que o baixo participa
executando uma terceira linha contrapontística. Na Sonata Chiesa (sonata de
igreja), o Allegro corresponde ao centro de gravidade musical. Neste
andamento conserva-se de forma mais percetível algumas caraterísticas da
canzona, tais como, o uso do estilo imitativo, o carácter rítmico do tema e a
modificação do tema após a exposição.
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Contextualização das obras
Concerto Grosso
Este termo surgiu em meados de 1670 em Itália e passou a ser associado
a um grande conjunto, como por exemplo uma orquestra, em contrapartida,
temos o concertino que faz parte de um pequeno conjunto de instrumentos
solistas. Tanto nos concertos grossos como nos concertos solistas era utilizado
a designação tutti ou ripieno quando a orquestra tocava ao mesmo tempo.
Neste tipo de concertos existe um contraste solo-tutti em que os grandes
conjuntos de instrumentos respondem em eco aos pequenos grupos
instrumentais (solistas). Evidenciando assim passagens cadências e
reforçando a forma e a textura da obra.
Habitualmente, estes concertos são divididos em quatro andamentos,
lentos e rápidos alternadamente. Alguns compositores em vez de utilizarem a
denominação comum (concerto grosso) substituiram-na pelos termos: sinfonia,
sonata ou apenas concerto.
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Tabula Rasa de Arvo Part
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Análise comparativa acerca das obras:
Concerto grosso op. 6 nº 4 em ré maior de A. Corelli e
Tabula Rasa de Arvo Part
Ludus
Ludus começa com uma única nota, em fortíssimo, nos dois violinos
solistas, cada um num extremo da tessitura do instrumento, duas notas Lá com
quatro oitavas de diferença. Esta nota preenche todo o primeiro compasso. O
segundo não contém nada a não ser a indicação de uma G.P., uma pausa geral
em compasso 8/2.
A composição subdivide-se em nove secções, das quais a nona é uma
Cadenza. As oito secções restantes subdividem-se em pequenas secções
organizadas, listadas da seguinte forma:
1º Compasso de silêncio
Um cânone a três vozes na orquestra de cordas, cada uma
2º
acompanhada por uma voz- T.
3º Primeiro solo
4º Segundo solo
5º Terceiro solo
Um cânone a três vozes na orquestra de cordas, cada uma
6º
acompanhada por uma voz-T.
7º Frase de notas agudas num dos violinos solistas.
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faz pequenas diferênças. Primeiro, usando um processo subtrativo. O
compasso de silêncio, diminui a cada secção. O segundo compasso da obra é
um silêncio em 8/2. Os silêncios existentes posteriormente são, por ordem, em
7/2, 6/2, 5/2, 4/2, 3/2, 2/2, e por último 1/2.
Segundo, por um processo aditivo, semelhante ao processo aditivo que Pärt
usa no segundo andamento. As oito secções de Ludus, não contabilizando a
Cadenza, baseiam-se na adição de notas ao padrão central do início da peça
em volta da nota Lá. Este padrão é ornamentado e acompanhado por vozes
que usam as três notas da tríade de Lá menor. Todas as sub-secções, sem
contabilizar a primeira que é o silêncio, têm a nota Lá no baixo.
A próxima figura mostra como Pärt ornamenta a nota Lá.
Figura 1
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Letra C – Segundo solo, executado pelo primeiro violino solista. Uma oitava
abaixo do primeiro solo. Pärt ornamenta a nota Lá usando a mesma técnica,
tríades de Lá menor, usando um ritmo diferente.
Letra D – Terceiro solo, novamente no segundo violino solista. Pärt usa a
mesma ideia de ornamentação dos solos anteriores.
Letra E – Notas longas e agudas no segundo violino solista, executando
somente a nota Lá , como que se fosse uma desaceleração das ideias
apresentadas anteriormente.
2ª Secção
Figura 2
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Letra A – Assim como na primeira sub-secção, o material é canônico. Nesta
existia apenas um compasso com o “tema”, nesta nova sub-seccção existem
dois. A linha aguda entra primeiro, posteriormente a média, uma oitava a baixo
e com um tempo de desfasamento, por último entra a voz grave, outra oitava
abaixo e outro tempo desfasado, tal e qual como na primeira sub-secção.
Letra B – Primeiro solo, agora são ornamentadas as três notas do primeiro
material temático, dado na letra A
Letra C – O segundo solo possui a mesma ideia da letra B, só que com um
ritmo diferenciado, em tercinas.
Letra D – O terceiro solo recicla a mesma ideia dos outros dois solos, mas com
um ritmo mais rápido, em semicolcheias.
Letra E – Notas longas e agudas no primeiro violino solista. As notas
correspondem às notas dadas na letra A, com durações mais longas, dando
novamente a ideia de desaceleração.
A próxima figura mostra o que ocorre na segunda secção.
Figura 3
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Silentium
Este andamento consiste num ritmo métrico, que se repete durante todo
o andamento. Na próxima figura observamos a parte dos violoncelos (letra A), e
o ciclo de notas que compõem a peça, que andam em torno da nota Ré,
partindo para graus mais afastados da escala por graus conjuntos.
Figura 4
Cada vez que este ciclo de notas aparece, aparece ampliado,
acrescentando-se notas adicionais à escala, no entanto o ponto de partida e de
chegada é o mesmo, a nota Ré. Durante este andamento as frases
movimentam-se de forma ascendente ou descendente, sem saltos. No entanto,
no final de todas as frases, Part contraria o movimento que caracteriza a frase,
se a frase for ascendente, ele finaliza-a de forma descendente, e vice-versa.
Isto acontece para que o movimento melódico se volte a posicionar na nota Ré.
Na figura acima podemos visualizar estes factos.
Os primeiros violinos executam o mesmo ciclo, a mesma linha dos
violoncelos, numa velocidade rítmica duas vezes menor. O violino solista toca
numa velocidade rítmica ainda mais lenta.
Figura 5
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intercalam-se com um movimento lento, conferindo uma sustentação
harmónica. Na letra C, estão os violinos solistas, o primeiro, com o ritmo
melódico mais lento, pairando sobre a orquestra, o segundo, com uma função
de movimentação, dando movimento ao ritmo lento do primeiro solista.
Os contrabaixos e piano preparado executam uma intervenção no início
de cada frase, precedido de uma anacruse harpejada pelo piano, com
intervalos de tempo cada vez mais longos. Cada intervenção demora mais dois
compassos a ser executada novamente.
Figura 6
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“centro”, a nota Ré. O piano não espera que o estes acabem os dois
movimentos melódicos para chegarem ao Ré central. Depois do movimento
ascendente, o violino começa logo o movimento descendente, e com isto passa
pelo Ré, sendo este Ré apenas de passagem e não o final do centro melódico,
e este Ré de passagem é também acompanhado por este desenho do piano.
Cada uma das partes orquestrais caminha para o seu próprio Silentium.
Assim que o movimento descendente alcança notas demasiado graves para os
violinos, estes calam-se, passando a linha para uma viola, que toca a solo
durante alguns compassos, passando por sua vez, a linha para um violoncelo.
Logo de seguida o contrabaixo assume, a solo, o movimento em pianissíssimo
para chegar ao fim da peça. A peça acaba em silêncio, depois do contrabaixo
concluir a linha, e se chegar ao fim dos quatro compassos de pausa.
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Os ritmos canónicos e estruturados de forma quase que mecânica
usados pelos minimalistas também não se encontram em Pärt, e quando algo
parecido é usado por ele, ocorrem diversos momentos de respiração na
estrutura, o que em geral não acontece na música de Reich e Glass.
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compasso, a orquestra conecta-se aos solistas, originando assim um grande
volume sonoro. No tutti, a nível ritmico, dá-se maior destaque ao solista.
Quando surgem seminimas descendentes no tutti ocorre um contraste com as
semicolcheias dos dois violinos do concertino. Para além disso, ao longo deste
tutti existe um motivo composto por: uma pausa de colcheia e uma semínima,
que se repete ao longo do Allegro.
Neste primeiro andamento o compositor recorre ao estilo concertato, que é
uma caracteristica deste tipo de Concerto (Concerto Grosso).
O segundo movimento encontra-se na tonalidade de Si menor e está
escrito no andamento Adagio. Uma das caraterísticas predominantes é o uso
sucessivo de acordes de oito colcheias e conclui com uma cadência à
dominante.
Esta cadência tem uma função transitória para o andamento seguinte, que
retorna à tónica da obra.
O terceiro andamento está em compasso ternário, daí apresentar pontos
comuns com o Minuetto (dança em compasso ternário), tanto a nível de caráter
como de ritmo. Neste andamento, o violoncelo passa a ter um papel de
destaque como solista onde explora novo material melódico, com a utilização
sucessiva de oito colcheias que duram desde a primeira secção até a certa
parte da segunda.
Em contrapartida, os dois violinos solistas executam uma melodia simples em
semínimas, que contrasta com o violoncelo. Na segunda secção surge uma
troca de papéis entre os violinos e o violoncelo, pois estes entram em diálogo
com motivos contrastantes, ou seja, enquanto os violinos executam um motivo
em terceiras e o violoncelo uma melodia mais simples.
O quarto movimento encontra-se dividido em duas partes em que o seu
andamento é Allegro.
Ao contrário do que acontece no primeiro movimento, onde existe a separação
entre a secção Adagio e Allegro, neste último movimento não existe separação
entres as duas secções Allegro. Por isso mesmo, deve ser tocado em attacca1.
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Attacca: Attacca: Locução italiana indicando que se deve continuar sem interrupção, nomeadamente nos
encadeamentos entre andamentos.
No anexo existe uma tabela com as diferenças e semelhanças entre estas duas obras.
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Este andamento é de carácter vivo e está escrito em compasso binário, muito
parecido com uma Gigue, dança das suites do período barroco inserida nos
últimos andamentos de uma peça. O motivo que mais caracteriza este
andamento são as tercinas, pois estão presentes em ambas as partes, tanto
nos solistas como no tutti. Estas tercinas reforçam a associação deste
andamento à Gigue, pois são um motivo ritmico muito recorrente neste tipo de
dança do período barroco. Já no segundo Allegro, surge uma sucessão de
semicolcheias com diferentes padrões que formam diferentes motivos. Estes
são tocados primeiramente pelos instrumentos solistas e posteriormente pelo
tutti, criando assim um grande volume sonoro que se diferencia com todos os
andamentos anteriormente tocados.
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Contextualização
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Uma das divisões com particular destaque e relevancia no Palácio
Nacional de Mafra é a sua biblioteca, pois esta possui uma grandiosa panóplia
de aproximadamente 36 000 livros. A colecção de livros está compreendida
entre os séculos XV e XIX e resulta de um excelente repositório da Europa
nesta época.
Por outro lado, o palácio possui dois carrilhões com um total de 98 sinos
que constituem o maior conjunto de sinos do século XVIII, onde se juntam os
seis grandiosos órgãos instalados na Basílica. Esta para além de ser palco de
cerimónias religiosas, como foi referido anteriormente, é também um local de
grandes momentos musicais.
Comparação
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No palácio existem duas torres que se destacam tanto pela sua altura,
elegância, como pelo seu dinamismo que é exposto através da dicotomia entre
a textura côncava e a convexa. Isto verifica-se também, no concerto grosso,
quando ocorre o diálogo entre o grupo de solistas e o tutti. Tal como as torres
altas, os solistas são alvo de grande destaque perante o resto da orquestra.
Estes dois elementos têm carateristicas bastante semelhantes, tanto ao
nível da repetição destes, como da simetria. Isto é facilmente verificável em
objetos retilíneos, tal como acontece no concerto grosso quando surgem
repetições motívicas através do diálogo entre o grupo de solistas e o tutti.
O Palácio possui dois carrilhões do século XVIII com um total de
noventa e oito sinos. Cada um deles tem uma amplitude com cerca de quatro
oitavas e, por essa razão, são denominados de carrilhões de concerto. Destes
carrilhões fazem parte um conjunto de relógios e de cilindros. Ambas as torres
do palácio possuem quatro cilindros rotativos, em contrapartida o concerto
grosso de Corelli está dividido em quatro movimentos.
Conclusão
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Consideramos que foi um trabalho construtivo para a nossa cultura
geral, embora tenho sido um tema um pouco difícil de abordar e investigar
dada a falta de informação disponível acerca deste tema. Apesar deste
contratempo, este trabalho permitiu-nos expandir os nossos horizontes tanto a
nível pessoal como académico.
Por fim, este trabalho não só nos ajudou a melhorar os nossos
conhecimentos em análise de obras, como também ajudou a melhorar as
nossas capacidades de pesquisa e seleção de conteúdo útil para o trabalho.
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Referências bibliográficas
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Anexo
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Tabula Rasa Concerto Grosso op.6,
nº4
2 andamentos: 4 andamentos:
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