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8518 Manual Layout de Armazem PDF
8518 Manual Layout de Armazem PDF
Manual do Formando
Data: 05/2016
Índice
Índice .................................................................................................................. 2
1 Contextualização e conceitos ......................................................................... 4
1.1 Definição de layout .................................................................................... 4
1.1.1 Objetivos do Layout ............................................................................. 4
1.2 Configurações do layout ............................................................................. 4
1.3 Operações a considerar no projeto do Layout: .............................................. 5
1.4 Cuidados a ter na fase do projeto ................................................................ 5
1.5 Tipologias de Layout .................................................................................. 5
1.5.1 Layout por posição fixa ........................................................................ 6
1.5.2 Layout por produto .............................................................................. 7
1.5.3 Layout por processo ............................................................................ 8
1.5.4 Layout celular ..................................................................................... 9
2 Organização de um armazém ..............................................................................10
2.1 Áreas ......................................................................................................11
2.1.1 Área de entrada de materiais ...............................................................12
2.1.2 Área de processamento .......................................................................12
2.1.3 Área de consolidação ..........................................................................12
2.1.4 Área de saída / Expedição ...................................................................13
2.2 Fluxos .....................................................................................................13
2.2.1 Fluxo de materiais - formato em U .......................................................13
2.2.2 Fluxo de materiais - formato em L ou I .................................................14
2.3 Circuito preparação ..................................................................................14
2.4 Alocação de mercadorias ...........................................................................16
2.4.1 Colocação Aleatória ............................................................................16
2.4.2 Colocação dedicada ............................................................................16
3 Equipamentos de Armazenagem ..........................................................................19
3.1 Rack convencional ....................................................................................19
3.2 Drive In ..................................................................................................19
3.3 Mezzanine ...............................................................................................20
3.4 Pendurados .............................................................................................20
3.5 Racks cantilever .......................................................................................20
3.6 Rack móvel .............................................................................................21
3.7 “Carousels”............................................................................................21
3.8 Flow-rack ................................................................................................21
3.9 Solo........................................................................................................22
3.10 Equipamentos de movimentação ................................................................22
3.10.1 Porta Paletes ........................................................................................23
3.10.2 Empilhadores .......................................................................................23
3.10.3 Outros equipamentos de movimentação ..................................................24
4 Sistemas de Identificação Standard .....................................................................25
4.1 Sistemas de identificação por códigos de barras ...............................................25
4.2 Sistemas de identificação por radiofrequência (RFID) ou etiquetas inteligentes 26
4.3 Sistemas data matrix ................................................................................27
Bibliografia/webgrafia ...........................................................................................29
INTRODUÇÃO
O layout ideal é aquele que procura minimizar a distância total percorrida, com
uma movimentação eficiente entre os materiais, com a maior flexibilidade possível e
com custos de armazenagem reduzidos.
As decisões que são associadas aos layouts são muito importantes já que são feitos
investimentos significativos de tempo e dinheiro.
Os compromissos feitos são de longo - prazo, o que dificulta a correção de eventuais erros
cometidos e o impacto significativo no custo e na eficiência das operações.
Características
O arranjo deve possibilitar aos recursos a sua maior contribuição no processo
Melhor prestação de “serviço” possível.
Vantagens:
Alta flexibilidade de mix e de produto
Cliente/ou produto não movido ou perturbado
Alta variedade de tarefas para a mão-de-obra
Desvantagens:
Custos unitários muito elevados
Layout complexo
Muita movimentação de equipamentos e mão-de-obra
Baixa velocidade em atravessar os corredores
1.5.2 Layout por produto
Neste tipo de layout os equipamentos ou processos de trabalhos são distribuídos de acordo
com as fases sucessivas em que o produto é fabricado. Os processos de trabalho são
ordenados e executados de acordo com a sequência de operações. Neste tipo de layout os
processos são contínuos.
O layout por processo garante ao sistema uma flexibilidade para se adaptar a diversos
produtos e requer máquinas de custos menores do que num layout por produto.
Hipermercado, shopping, hospital, loja de cidadão, finanças, fnac, clinica, tribunal e etc.
Características:
Liberdade de escolha;
Flexibilidade para o cliente;
Diversidade versus especialização – artigos/serviços semelhantes são colocados no
mesmo local;
o fluxo não é controlado – os clientes deslocam-se de acordo com as suas
necessidades.
Vantagens:
Potencia a exposição;
Multiplicidade de produtos/serviços.
Desvantagens:
Implica grandes espaços;
Dificulta o planeamento.
EXEMPLOS
Desvantagens
2 Organização de um armazém
O objectivo de armazenar e das funções do armazém é tanto maximizar a utilização de
recursos enquanto se satisfaz os requisitos do cliente como a maximização do nível de
serviço ao cliente para uma procura constante.”
(Tompkins & White , 1984)
Um armazém tem como a função armazenar uma variedade de tipos de produtos (stock)
que pode ser em pequena ou grande quantidade entre o tempo em que o produto é
produzido e entre o tempo que o produto é requisitado pelo cliente.
Nos últimos anos, e numa perspetiva cada vez mais integrada de cadeia de abastecimento,
os armazéns (plataformas, entrepostos, centros de distribuição, centro de processamento,
entre outros) têm vindo cada vez mais a desempenhar outros papéis, tais como:
Consolidação – quando economicamente se justifica recolher/entregar todos os
abastecimentos de várias origens num armazém, consolidar e agregar as várias entregas e
fazer entregas num único carregamento;
Transbordo – sistema usado para desagregar e fracionar grandes quantidades em cargas
menores para entregas a clientes, nomeadamente entregas em cidades, áreas ou ruas de
acesso limitado;
Cross-docking (passagem de cais) – quando o armazém funciona como mera plataforma
de passagem de mercadoria, já preparada para o destino definitivo, permitindo otimizar os
custos de transporte a montante e a jusante.
Atividades de valor acrescentado – quando o armazém é o local onde se processam
atividades de personalização, manipulação, sequenciamento, preparação, pequenas
montagens e desmontagens, retornos e devoluções, entre outros.
Este tipo de atividades coloca uma ênfase crescente na otimização dos fluxos físicos, em
detrimento da lógica de otimização da utilização do espaço. Desta forma, a configuração
base do armazém tem vindo a alterar-se no sentido de requerer: mais espaço de chão para
operar e menos altura, ou seja menos densidade de ocupação de espaço; muito maior
número de portas/docas e atividades na zona exterior; menor área ocupada com stocks de
reserva; maior flexibilidade do layout; maior dificuldade em automatizar as zonas de fluxo;
maior percentagem dos custos associados às atividades e aos recursos humanos; maiores
competências de gestão de otimização de processos; maior apoio à intervenção humana.
2.1 Áreas
Embalar os pedidos Após a selecção de todos os produtos, estes devem ser embalados.
2.2 Fluxos
Todos os armazéns têm fluxos de entrada, fluxos de saída e fluxos entre as diferentes áreas
que constituem um armazém.
Recepção da mercadoria
Armazenamento
Order Picking
Envio das encomendas
Order Pincking
Picking discreto
Cada operador é responsável por um pedido de cada vez recolhendo apenas um produto de
cada vez.
Vantagens
É a mais simples, especialmente quando toda a documentação está em papel.
Risco de erros na actividade é
reduzido, por existir apenas um
documento para cada ordem de
separação de produtos.
Desvantagens
Picking discreto
Vantagens
Procedimento utilizado quando existem
diferenças de produtividade entre os
trabalhadores ou diferentes
equipamentos/tecnologias utilizados na
área de picking
Aumento da produtividade
relativamente ao picking discreto
Desvantagens
Picking por Zona
maior complexidade
Vantagens
Desvantagens
maior complexidade
Picking por lote
necessidade de utilizar severas medidas para minimizar os riscos de erros
O ato de comprar um produto da mesma área pode levar a adquirir um outro, inclusive por
associação de ideias e também, considerando a influência que a colocação de produtos em
prateleiras tem no cliente. Assim o serrote deverá ser arrumado na mesma área onde se
encontram os martelos, pregos, etc.
Por vezes, determinados produtos são rececionados juntamente, provavelmente vindos do
mesmo fornecedor, logo, devem ser armazenados juntamente. Geralmente estes produtos
necessitam de um armazenamento e respetivo método de tratamento similar, e por isso o
seu armazenamento no mesmo local vai resultar numa manipulação e utilização de espaço
mais eficientes.
Como em todas as teorias existem exceções, nesta a exceção tem a ver com a semelhança
e com a funcionalidade. Nesta filosofia de similaridade, um exemplo disso são os
interruptores; um interruptor pode ser semelhante a tantos outros, mas em termos de
funcionalidade pode ser diferente como é o caso dos elétricos de 2, 3 ou 4 vias. São
bastante semelhantes a todos os outros mas funcionam de forma diferente. Caso o seu
armazenamento fosse efetuado perto dos outros, poderia provocar erros na separação e
preparação de pedidos e em todas as operações posteriores.
Os produtos leves podem ser armazenados em zonas mais altas do que os produtos
pesados e volumosos, dependendo apenas da capacidade de carga do piso.
O tamanho de um local de armazenamento deve-se ajustar ao tamanho do material a ser
armazenado, ou seja, nunca armazenar um produto que ocupa 3 metros cúbicos num local
com capacidade para armazenar um produto que ocupa 9 metros cúbicos.
É necessário a existência de uma larga variedade de tamanhos, a nível de armazenamento,
de modo a que produtos diferentes possam ser armazenados de forma diferente. Não se
deve ter em consideração o tamanho físico de um só produto mas sim a quantidade total a
ser armazenada desse mesmo produto, pois os layouts e métodos de armazenamento
variam com a quantidade, e é completamente diferente armazenar 2 paletes de um
determinado produto e armazenar 200 paletes desse mesmo produto.
3.2 Drive In
As racks drive-in são utilizadas, habitualmente, em produtos com baixa rotação, para
maximização do espaço disponível.
Estas racks diferem no acesso à carga, pois as drive-in permitem acesso apenas de um
corredor, enquanto as drive-through permitem o acesso de cada lado da estante.
3.3 Mezzanine
3.4 Pendurados
CARACTERÍSTICAS:
• Ideais para produtos compridos;
• Possibilidade de regulagem da altura sem problemas;
• Regulagem autônoma dos braços.
RECOMENDADO PARA:
• Empresas que trabalham com tubos, barras, perfis, madeira, etc.
3.7 “Carousels”
Sistema mecânico muito em voga
actualmente, nos serviços clínicos e nas
farmácias de oficina e hospitalares
3.8 Flow-rack
CARACTERÍSTICAS:
• Ideal para trabalhar o sistema FIFO
• Comporta o maior número de itens na
parte frontal das estantes;
• Diminui o tempo de operação das
encomendas;
• Maximiza os espaços de operação.
RECOMENDADO PARA:
Empresas que trabalham com produtos
com data de validade restrita;
Ideal para pequenos volumes;
• Mercadorias não paletizadas.
3.9 Solo
Manuais
Eléctricos
3.10.2 Empilhadores
Empilhador c/ garfos
Empilhador Trilateral
Rebocador elétrico
Além disso, os códigos de barras podem ser impressos sobre praticamente qualquer
superfície, e inclusivamente, em alguns casos, são gravados sobre o produto durante o
processo de fabrico.
Códigos de Barras:
– Conjunto de barras pretas e brancas paralelas, representando um determinado código,
que permitem leitura óptica utilizando scanners;
– É uma forma rápida e “isenta” de erros de identificação e digitalização da informação;
– Em termos genéricos, os códigos de barra podem representar produtos individuais,
unidades logísticas e produtos vendidos ao peso.
- O código permite a realização de um processo automático de identificação e captura de
dados mediante uma máquina (scanner).
• EAN/UCC-14: usa-se para identificar, para efeitos logísticos, as unidades logísticas que
incluem produtos idênticos e não que passam pelo ponto de venda. A estrutura é a mesma
que a de EAN/UCC-13, mas com uma variável adicional escolhida pela empresa que indica a
forma de apresentação da mercadoria - Variável Logística
Dígito que define diferentes níveis de embalamento do mesmo produto:
Vantagens do RFID
RFID não requer contato visual: A etiqueta inteligente RFID é diferenciada e não
precisa de uma linha de visão direta entre o produto e o leitor.
Tal como no caso dos códigos de barras existem os standards EAN.UCC, a tecnologia RFID
conta com um standard próprio que permite o seu uso de forma global e generalizada. Este
standard recebe o nome de Código Electrónico de Produto (EPC) e foi desenvolvido pelo
Massachussets Institute of Technology (MIT).
O EPC contém a mesma informação que os códigos de barras, juntamente com uma série
de dados adicionais que permitirão identificar cada unidade de produto de uma forma única.
A etiqueta de radiofrequência contém na sua estrutura a identificação do fabricante, do
produto e, em casos adicionais, o número de série do objecto.
Um dos códigos standard mais atual é o Data Matrix ou 2D trata-se de uma solução
baseada na marcação de um código diretamente sobre a peça, que proporciona uma
marcação rápida e definitiva diretamente sobre a peça, com marcação em espaço reduzido
e com uma quantidade razoavelmente grande de informações em quase todo tipo de
material, desde o aço aos plásticos e madeira.
A figura mostra um modelo do código Data
Matrix marcado com laser numa bomba de óleo produzida na Renault CACIA.
Bibliografia/webgrafia
- Racionalização de Processos Logísticos numa Empresa de Distribuição Tese de mestrado –
universidade do Minho
- The global language of business - 2010Marcos Gaspar Carreira
- Automatização da traçabilidade da Renault Cacia – Fac. Ciências. Tec Coimbra
- Manual sobre as TIC no sector da Logística e do Transporte nas PME e MICROPME
(CYBERSUDOE)
- http://adminlogistica.wordpress.com/conteudo/estrutura-porta-paletes/ e outros