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Sumário

Sinopse ............................................................................................................. 4
Grupos presentes ............................................................................................ 4
Capítulo 1 — Humanos ................................................................................... 5
Capítulo 2 — Lições ....................................................................................... 13
Capítulo 3 — Poderes .................................................................................... 24
Capítulo 4 — Demônios ................................................................................ 35
Capítulo 5 — Basilisco ................................................................................... 50
Capítulo 6 — Sol ............................................................................................ 66
Capítulo 7 — Sonhos ..................................................................................... 81
Capítulo 8 — Escola ....................................................................................... 95
Capítulo 9 — Sede ....................................................................................... 107
Capítulo 10 — Agressão .............................................................................. 119
Capítulo 11 — Harpias ................................................................................. 133
Capítulo 12 — Desentendimento ............................................................... 144
Capítulo 13 — Lobos ................................................................................... 157
Capítulo 14 — Vigiando ............................................................................... 174
Capítulo 15 — Águia .................................................................................... 187
Capítulo 16 — Boate ................................................................................... 200
Capítulo 17 — Sumiço ................................................................................. 212
Capítulo 18 — Transformação .................................................................... 223
Capítulo 19 — Dúvidas ................................................................................ 241
Capítulo 20 — Brigas ................................................................................... 253
Capítulo 21 — Aliados ................................................................................. 264
Capítulo 22 — Fênix .................................................................................... 278
Capítulo 23 — Conde Drácula ..................................................................... 290
Capítulo 24 — Viagem ................................................................................. 306
Capítulo 25 — Portal ................................................................................... 320
Capítulo 26 — Reino das trevas .................................................................. 338
Capítulo 27 — Lago ..................................................................................... 353
Capítulo 28 — Castelo ................................................................................. 367
Capítulo 29 — Solidão ................................................................................. 382
Capítulo 30 — Indecisão ............................................................................. 394
Sinopse
"Egoísmo pensar que estão sozinhos no mundo, humanos tolos, vocês não
sabem de nada"

Grupos presentes
MONSTA X — Hyungwon, Wonho, Jooheon e Changkyun
EXO — Xiumin, Chen, Luhan e Sehun
GOT7 — Mark, Jinyoung, Yugyeom e BamBam
BTS — Jimin, Jungkook, Yoongi e Hoseok
Capítulo 1 — Humanos
Ano: 1950
Data: 02 de janeiro
País: Brasil
— Shin Hoseok —
Depois de despertar por ter me lembrado que eu deveria cuidar de duas
coisinhas, abri meus olhos e pendi a cabeça para o lado. Caminhei até a
espuma no chão e fitei a criatura que derramava água pelos olhos sem
parar, olhei a outra espuma e sem saber o que fazer, me joguei no chão
entre eles.

Uma voz ao longe ecoava em minha mente, “levante e faça alguma coisa”
mas, fazer o quê? Eu estava com duas criaturas que eu nem sei o que são,
sozinho e com raiva de tudo e de todos, soquei minha perna diversas vezes
e comprimi um grito de ódio.

Wonho: MAS QUE INFERNO. — Chutei alguma coisa que não me importei
de ver o que era. — Jeon Jungkook — Resmunguei. — Park Jinyoung... —
Eles me olharam curiosos e com os olhinhos vermelhos, então notei que
eles não tinham culpa de nada.

Levantei e peguei os dois no colo, balancei até que dormissem e quando tal
coisa aconteceu, mais ou menos depois de uma hora, os coloquei deitados
novamente. Me joguei no chão e fiquei fitando o nada durante horas e
horas, minha mente pairava sobre as criaturas.

Quando finalmente olhei as horas, oito da manhã. Acordei os dois e os


arrumei.

Peguei uma mala de rodinhas no canto e comecei a jogar as roupas deles


dentro sem nem me preocupar em arrumar direito, peguei os dois e únicos
brinquedos deles e enfiei no bolso da mala, peguei Jinyoung no colo,
coloquei Jungkook no único carrinho e sai daquele depósito abandonado
ao qual passei a última semana.

Andei empurrando o carrinho com a mão que segurava Jinyoung enquanto


puxava a mala atrás de mim. Caminhei lentamente até achar um meio de ir
até o aeroporto, vi pessoas paradas em um local e me permiti tocar o braço
de uma delas para sugar seu idioma.
Wonho: Com licença, o que estão esperando? — Ele me olhou curioso.

— O ônibus. — Assenti.

Wonho: Isso vai pro aeroporto?

— Sim, você só precisa descer no ponto final dele. — Assenti e esperei.

Wonho: Que país é esse? — Ele me olhou estranho.

— Brasil. — Assenti novamente.

Quando o tal ônibus chegou, o mesmo rapaz me ajudou a subir, como se


eu precisasse de ajuda, mas tudo bem, na hora de pagar, manipulei a
mente do rapaz e fiz com que ele achasse que paguei, me aconcheguei no
ônibus, de pé mesmo, fitei o lado de fora da janela, Jinyoung dormiu com a
cabeça em meu pescoço e eu agradeci mentalmente por não estarem tão
agitados.

Quando chegamos no ponto final, desci com um pouco de dificuldade do


ônibus e comecei a andar novamente, não podia me dar o luxo de usar
meus poderes abertamente. Depois de uma hora de caminhada, cheguei
no aeroporto, e apenas uma questão pairava pela minha mente.

Para onde é que aqueles inúteis devem ter ido?

Sentei em um banco vazio e comecei a pensar por onde eles deveriam


estar. Disfarçadamente balancei meus dedos e a névoa apareceu entre
eles, olhei os dois e um estava na Coréia o outro em um aeroporto, deduzi
que ia para lá também.

Reuni coragem, levantei e segui para comprar a passagem, muitas pessoas


me olhavam estranho, mas neste momento a última coisa que eu me
importo é com o que essas pessoas pensam ou acham de mim. Quando
chegou minha vez, reuni toda minha coragem e entreguei os documentos
para a mulher.

Wonho: Passagem para a Coréia, por favor. — A mulher me estudou por


longos minutos, talvez pelo fato de que eu era uma pessoa estranha
embarcando do Brasil para a Coréia com duas criaturas que eu ainda não
sei o que são. Ela olhou o carrinho do meu lado e depois os documentos.

— De quem são esses bebês? — Então é isso que são? Bebês?

Wonho: São meus irmãos... — Menti, ela assentiu.

— Quantos anos você tem garoto? — Quantos anos eu tenho?

Wonho: 19 anos. — Ela saiu e pude ver ela conversando com um rapaz, ele
veio até mim e começou a fazer diversas perguntas, analisou os papéis,
então assentiu para a mulher. Quando ela olhou em meus olhos, usei meu
poder para manipulá-la e não ter que pagar, ela sorriu e me entregou as
passagens.

Mortais tolos.

[...]

Quando pisei na Coréia, senti a brisa gelada bater em meu rosto, caminhei
pelas ruas geladas e cobertas de neve, quando avistei um depósito
abandonado próximo a uma montanha, entrei no mesmo e despejei
minhas coisas no chão, sentei na pequena escada e murmurei.

Wonho: Apareça logo seu inútil. — Ouvi sua risada nas sombras e um vulto
caiu do teto, ele pousou no chão e seus olhos brilhavam. Suas roupas
negras desapareciam na escuridão.

Xiumin: Pensei que não chegaria... — Ele olhou os bebês e pegou Jinyoung
o analisando. — Eles crescem rápido... Não tem poderes, são estranhos,
pequenos, parecem um monte de pele em volta de uma coisa mole.

Wonho: Para onde você foi? Chegou há quanto tempo?

Xiumin: Parei na Argentina... Há uma semana vim para cá... Eles só tem 1
mês, como podem parecer ter 1 ano?

Wonho: Eu não sei o que essas coisas são, não sei se vão continuar
crescendo tão rápido, não sei se eles têm poderes, o tempo que fiquei com
eles durante essa semana eles não fizeram nada a não ser... Derramar água
e produzir um negócio horrível na bunda.

Sehun: O nome é fezes, parvo. — Ri pra dentro e o olhei, estava sentado do


meu lado.

Wonho: Onde você parou?

Sehun: México... E você?

Wonho: Brasil... O que faremos agora? — Perguntei já sabendo da


resposta.

Xiumin: Proteger essas duas coisas... As ordens foram claras.

Wonho: Estão mortos, não tem ordem. — Alonguei o pescoço. — Estou


com sede. — Estalei a língua.

Xiumin: Não caçou?

Wonho: Como? — Olhei as criaturas.

Sehun: ‘Tá sem caçar a uma semana? Como se controlou para não mata-
los?

Wonho: Eles têm o que queremos, mas... Não serve, é como o nosso...

Sehun: Cale-se, estou ficando com sede Wonho.

Wonho: Não caçou antes de pegar o avião sanguessuga?

Sehun: Não... E você Xiumin?

Xiumin: Cacei... Cervos.

Wonho: Cervos não têm o mesmo sabor do sangue humano.

Sehun: Não matamos humanos.

Xiumin: Fale por você.


Sehun: Não estamos mais no nosso mundo, não podemos matar humanos
aqui seus bebedores de sangue inúteis. — Ele deu um salto e parou
sentado na vala do teto.

Xiumin: Podemos sim... — Ele sorriu sombrio, mas então parou. — Ok,
chega de brincadeiras... — Ele girou a mão e uma pequena fumaça azul
saiu, então a face do nosso mentor apareceu na fumaça. — Estamos no
mundo dos humanos.

— Não temos muito tempo... A tarefa foi dada, protejam essas criaturas a
todo custo, forças sombrias vão atrás de vocês quando os encontrarem, o
portal se fechou, estão presos aí, mas seguros. Hajam como humanos,
ninguém jamais pode descobrir o que vocês são, ou a causa estará perdida
e vão encontrá-los... — A sala atrás dele estava se tornando escura. — O
mundo está nas mãos de... — A névoa negra o tomou e Xiumin fechou a
mão, fazendo a fumaça desaparecer.

Sehun: Ele está morto.

Xiumin: Assim como o restante do nosso mundo...

Sehun: E o que os humanos fazem? — Mexi meus dedos e fiz uma névoa
aparecer.

Wonho: Nos mostre as pessoas. — A névoa mostrou uma rua


movimentada, pessoas andavam por tudo quanto era lado.

Sehun: Isso é inútil, vamos sair e procurar nós mesmos... Aprender o que
humanos fazem.

Wonho: E quanto a essas coisas? — Apontei para os bebês e Xiumin mexeu


as mãos, logo eles pararam de se mexer fechando os olhos.

Saímos do galpão abandonado e paramos na entrada. Coloquei as mãos no


bolso do meu casaco preto que ia até o joelho e fitei o chão.

Xiumin: Como conseguiram viajar?

Wonho: Peguei folhas em branco na mala e entreguei para a mulher,


fazendo ela enxergar o que eu queria.
Sehun: Manipulou a mente dela?

Wonho: Sim... Era isso ou ficar no Brasil, depois manipulei novamente e ela
achou que eu paguei...

Sehun: Devia ter tido essa idéia.

Xiumin: Era meio óbvio... O que você fez para conseguir embarcar?

Sehun: Entrei pelas sombras, ninguém nem me viu no avião.

Wonho: Andar pelas sombras é tentador... "Quem está aí?". — Eles riram.

Sehun: Humanos patéticos... — Sorri e me virei correndo rapidamente até


o topo da montanha.

Xiumin: Melhor saciarem a sede antes de entrarmos em algum lugar com


muitos... — Ele parou.

Sehun: Humanos... — Ele farejou o ar e sorriu.

Wonho: Alpinistas... Há alguns quilômetros a leste... Vamos para o sul. —


Corri em meio às árvores e avistei um cervo, minha garganta queimou só
de imaginar minhas presas em seu pescoço cheio de carne. Preparei-me e
o ataquei.

Após estar satisfeito, levantei-me e limpei o canto da boca, sentia o sangue


passar pelas minhas veias e me senti revigorado, mas eu precisava de mais,
muito mais.

[...]

Xiumin: Acabou? — Sibilei para ele que estava parado em cima de um


galho. Voltei a chupar o sangue do meu jantar e finalmente estava
satisfeito. — Se limpa, por favor, não vamos querer assustar os coelhinhos,
não é? — Ele se referia aos humanos. Girei rapidamente e estava limpo
novamente. Corremos pelas sombras até a cidade, paramos e observamos
algumas pessoas de longe.
Sehun: É meio óbvio o que temos que fazer agora... — Ele agachou no
chão. — Achar um lugar para... Como os humanos chamam?

Wonho: Moradia.

Sehun: Sim, humanos não vivem em depósitos abandonados no meio da


floresta.

Xiumin: E onde eles vivem? Cemitérios?

Sehun: Isso é pra quando morrem.

Wonho: Quer dizer... Casas?

Sehun: Sim, mas não casas comuns... Casas com coisas estranhas, tipo
aquele negocio para dormir... Coisas para fazer o alimento.

Wonho: Quer dizer caixões e armas?

Sehun: Não, isso são coisas comuns do nosso mundo... Aqui é diferente.

Xiumin: Está certo, você arranja um desses lugares e nós vamos pegar as
criaturas... — Sorri e me joguei para trás do prédio em um mortal, sendo
seguido por Xiumin.

Dias depois.

Wonho: O que diabos essas coisas fazem a não ser derramar líquido pelos
olhos, estão furados? — Paramos de frente com eles que agora estavam
um tanto maiores.

Sehun: Hm... Eles comem certo? — Ele passou o polegar pelo queixo.

Xiumin: Comem o quê? — Ele segurou um deles pela calça.

Wonho: Vamos dar nosso alimento e o alimento dos humanos, o que eles
rejeitarem a gente joga fora.

Xiumin: Hm... Tem um pouco de sangue na cozinha, na geladeira.


Sehun: Coloca na mamadeira. — Assenti e fui para a cozinha, voltando com
a mamadeira e o líquido dentro da mesma. A criatura tomou tudo sem
questionar e pareceu gostar. — Agora pega uma daquelas coisas que você
trouxe. — Fui na cozinha e peguei o pacote de bolacha, a criatura comeu
também.

Wonho: Hm... Alimentam-se dos dois... — Analisei. — Melhor assim, não


teremos que caçar para eles.

Xiumin: Ótimo, vamos naquele lugar e trazer mais desses negócio. —


Enquanto discutíamos sobre as criaturas, ouvimos um barulho, olhei para o
lado e ambos estavam andando em direção aos brinquedos.

Sehun: O crescimento deles é acelerado... Muito acelerado... Quantos anos


será que eles vivem?

Nos olhamos... Aí é que está a questão.


Capítulo 2 — Lições
Sehun: Estão vazando de novo.

Wonho: Segura direito, ‘tá segurando ele errado.

Sehun: Coloca ele no chão.

Xiumin: “Segura ele direito” “Coloca ele no chão” — Ele nos imitou e o
bebê continuou derramando água pelos olhos. — Quem é esse? — O
olhamos franzindo o cenho. — O nome dele, tolos.

Sehun: O nome está no colar... — Xiumin virou o colar de costas.

Xiumin: Jeon, esse é o Jeon.

Wonho: Ótimo, descobrir o nome dele ajudou muito... — Ironizei.

Xiumin: Ele ‘tá vazando pela bunda... — Ele levantou o bebê para o alto e
cheirou a fralda. — Nossa, liga a tela mágica. — Peguei o objeto cheio de
botão e liguei. — Acha uma parte de bebês... — Apertei os botões e parei
em um negócio que a mulher estava trocando o bebê.

Sehun: O que ela ‘tá fazendo?

Xiumin: Sei lá... Vamos fazer igual... — Ele deitou o bebê no suporte. —
Ok... Tiramos essa fralda suja... — Ele seguia os movimentos da mulher e
nós o observávamos por cima do ombro dele. — E a gente passa esse
negócio... Depois esse... Depois isso... Um pouco disso... Agora a gente
coloca a fralda nova... Gruda aqui... E aqui... E voilá. — Ele levantou o bebê,
olhamos a tela mágica.

Sehun: Acho que não é assim não... Me dá, deixa eu tentar.

Wonho: Parece que estamos fazendo um experimento.

Sehun: A fralda tem que passar pelas duas pernas dele... — Ele abriu a
fralda. — Então... Deve ser assim.... Agora a gente gruda desse lado... E
desse... E pronto. — Ele levantou o bebê que nos olhava com o dedo na
boca.
Wonho: As pernas dele ficam cruzada assim mesmo? Me dá, deixa eu ver...
— Peguei o bebê e o deitei novamente. — Acho que é assim... — Abri a
fralda e subi ela entre as pernas do bebê. — Agora a gente... Gruda aqui...
— Tentei grudar. — Não ‘tá grudando.

Xiumin: Então ‘tá errado.

Wonho: Só gruda se tiver certo é?

Sehun: Provavelmente.

Wonho: Porque não deixamos ele pelado?

Xiumin: É errado.

Wonho: Mas vocês fizeram errado e grudou. — Tentei grudar de novo,


ficou mais logo saiu.

Xiumin: Toma, use outra fralda. — Fiz todo o processo de novo e enfim
grudou. — Ok, é só pegar prática, da próxima demoramos menos que vinte
minutos. — Assentimos orgulhosos do nosso trabalho.

Sehun: Agora faz com o outro... — Ele girou o colar no pescoço. — Park. —
Ele começou a arrumar a fralda dele, porém, mesmo depois de limpos eles
continuavam a vazar. Coloquei o dedo na bochecha pensativo. Nos
aproximamos dos dois e procuramos algum defeito.

Xiumin: Talvez estejam quebrados? — Levantamos braços e pernas em


busca de defeitos.

Wonho: Vamos refazer nossos passos... — Eles assentiram. — Barriga...?

Xiumin: Cheia.

Wonho: Fraldas?

Sehun: Trocadas.

Wonho: Hm... Não sei.... Muito suspeito. — Os analisei de perto e Jeon


enfiou o dedo no meu olho. — AHHH, seu... — Ele começou a rir.
Xiumin: Talvez eles queiram... Dormir? — Ele segurou Jinyoung pela gola da
blusa.

Sehun: Segure ele direito... E eles dormiram o dia todo...

Wonho: São três da manhã.

Sehun: Se querem dormir, então é só dormir... — Colocamos eles na caixa


com grades e uma espuma, cruzamos os braços e esperamos.

— 15 minutos depois. —

Xiumin: Talvez seja a luz. — Ele estalou os dedos e apagou a luz do quarto.

— 30 minutos depois. —

Sehun: Hm... Talvez esteja muito frio aqui... — Ele mexeu a mão, fechando
a janela e a cortina.

— 1 hora depois. —

Wonho: E se cantarmos alguma coisa? — Eles deram de ombros.

— Sofra, sofra até gritar, que seu sangue vai jorrar... Os zumbis te caçarão
e se achar te esfolarão... Sofra, sofra até gritar, nunca mais vai respirar. —
Quando terminamos, eles dormiram.

Xiumin: É, podíamos ter feito isso há duas horas atrás.

[...]

Sehun: Quê isso? — Ele perguntou após ouvir um barulho ecoar pela casa.

Wonho: Sei lá... É irritante. — O barulho continuou, então ouvi batidas na


porta. — Toma, segura ele. — Dei o Jinyoung e a mamadeira para ele.
Xiumin focou os olhos na parede.

Xiumin: É uma mulher. — Assenti e andei rapidamente até a porta. Abri a


mesma arrancando a dobradiça, droga, essas coisas são sensíveis. Porque
usar porta se podemos pular as janelas?

Wonho: Sim? — Perguntei após abrir a porta e ela olhar surpresa para a
dobradiça.

— Oi, eu me mudei recentemente e gostaria de saber se você pode me


emprestar uma xícara de açúcar.

O que diabos é açúcar?

Xiumin: O que foi? — Ele apareceu atrás de mim com o Jeon.

“Açúcar, o que é açúcar?” — Wonho.

“Açúcar?” — Xiumin.

“Ela ta pedindo uma xícara de açúcar, então deve ser de comer” — Wonho.

“Manda ela entrar e pegar” — Xiumin.

Wonho: Entre...

“E se não tivermos açúcar?” — Wonho.

“Compramos muita coisa, uma delas deve ser isso ai” — Xiumin.

Sai da frente da porta e a moça passou.

— Nossa, é frio aqui né? Porque não compram aquecedores?

O que diabos é aquecedor?

— Oh, vocês não são meio jovens para serem pais? — Ela se abaixou para
os bebês no chão. — Perdoem minha intromissão, então, onde está o
açúcar?

Xiumin: Pode ir lá pegar... Na...


“Onde fica um açúcar?” — Xiumin.

“Eu não faço ideia” — Wonho.

— Cozinha?

Wonho: Isso... Cozinha... Eu te acompanho. — Acompanhamos ela e


ficamos de olho para ver o que era o tal açúcar.

— E onde fica?

Sehun: Nossa mãe que guarda as coisas... Ela saiu sabe. — Ela fez uma
feição carinhosa, ela estava nos achando fofos, de acordo com seus
pensamentos.

— Eu posso... Dar uma olhada? — Assentimos e ela abriu os armários, logo


achou um pacote branco. Colocou em cima do balcão e abriu. — Vocês são
jovens tão organizados, meus filhos têm a idade de vocês e são tão
bagunceiros. — Ela sorriu. — Até parecem que não usam a cozinha, está
brilhando.

Xiumin: Nossa mãe se esforça.

“Nossa mãe se esforça? Isso foi a coisa mais idiota que você já disse” —
Sehun.

Wonho: E... — Ela me olhou enquanto guardava o açúcar. — Você vai fazer
o que com esse açúcar?

— Oh, eu faço bolinhos para os meus filhos... Estão convidados a virem na


minha casa provar alguns.

“Não estamos aptos ainda para ficar tão próximos de humanos” — Wonho.

Xiumin: Talvez depois, temos que cuidar dos nossos irmãos...

— Ah, são irmãos de vocês? — Ela pegou Jeon no colo e o mesmo se


aconchegou nos braços da mulher, então logo vi ele mordendo a blusa
dela.
“Ele vai morder ela... Minseok faça alguma coisa.” — Sehun.

Xiumin: Hmm... Jeon não ‘tá bem esses dias...Talvez não seja seguro você
segurá-lo. — Ele pegou o bebê do colo dela, pude ver que ele estava se
controlando também.

— O que ele tem? — Ela fez uma feição preocupada.

Wonho: O que ele tem? Ah, você não conhece...

“E nem você.” — Xiumin.

— Talvez sim...

Wonho: É uma espécie de secreção... — Nem eu sabia o que estava falando


mais.

— Oh, ele está gripado, mas também, com uma casa fria assim... — Ela
esfregou os braços e Xiumin se distanciou para não ocorrer da mulher
tocar-lhe a pele. — Deixe-me ir garotos, deixei panelas no fogo... — Ela
sorriu. — Muito obrigado pelo açúcar, Annyeong.

— Annyeong. — Ela saiu, quando sentimos que ela finalmente entrou em


sua casa, olhamos diretamente para Jeon.

Sehun: Ia morder ela, Jeon? — Jeon o olhou com o dedo na boca.

Xiumin: Por via das dúvidas, melhor mantê-los longe dos humanos. —
Concordamos.

Wonho: Vamos dar banho neles. — Pegamos os dois e caminhamos para o


segundo andar da casa. — Precisamos nos acostumar a ficar perto de
humanos... Controlar nossa sede.

Sehun: Fato, precisamos parecer com eles o máximo que pudermos, temos
que fazer o que eles fazem, tipo aquilo que vimos na tela mágica, o homem
que disse para a mulher que ia trabalhar e ele saiu de casa e foi para outro
lugar, ou quando ele deixou o filho dele em um lugar com outras pessoas...
E também, o ato de respirar, nossa sorte é que ela não parecia muito
atenta, mas os humanos mexem o peito para cima e para baixo ao respirar,
não respiramos, nosso peito não mexe, se fosse uma pessoa mais atenta
teria percebido.

Xiumin: Nos movemos muito rápido também, isso ela percebeu, mas
apaguei essa parte da mente dela antes dela sair... Temos que aprender a
controlar nossos costumes e aprender mais sobre eles... Talvez ir na casa
dela ajude, mas primeiro, temos que saber controlar a sede, ela tem três
filhos de quinze, dezessete e dezenove anos, um homem e um cachorro...
A casa dela é um bom lugar para aprendermos a nos controlar.

Nos olhamos e assentimos.

[...]

Sehun: Certo, estamos sentados... Acho que se... Movermos os ombros


assim... Lentamente, vai parecer que estamos respirando. — Ele
demonstrou. — Parece?

Xiumin: Parece... Mas temos que lembrar de fazer isso.

Ficamos treinando por longas horas, quando um esquecia, o outro


lembrava.

Wonho: Agora... A velocidade... — Levantei para sentar em outro lugar e


quando pousei, foi tão rápido que o móvel andou um pouco.

Xiumin: Rápido demais. — Tentei de novo. — Um pouco mais devagar. —


Fui novamente. — Agora tente andar pela casa nessa velocidade. — Andei
por longos minutos, mas às vezes acabava aumentando a velocidade. —
Mantenha o ritmo. — Após conseguir manter esse ritmo por uma hora,
eles tentaram também durante as próximas horas.

Sehun: Os olhos... Nossa sorte é que não caçamos a noite passada, então
nossos olhos não estavam tão vermelhos... Mas temos que dar um jeito da
coloração ser normal.

Wonho: O que é normal?

Sehun: Os olhos dela eram... Claros... Acho que marrons.


Xiumin: Deve haver alguma coisa para colocar... Pegue aquele objeto que
abre e fecha. — Peguei o negócio dentro da gaveta e ele abriu, logo o
objeto ligou. — Como usa isso? — Ele começou a apertar vários botões e
algum que ele apertou apareceu uma tela branca.

Sehun: Acho que tem que escrever aqui nesse quadro, como as pessoas na
tela mágica. Use esses botões. — Sentamos do lado dele e ele começou a
apertar, em seguida apertou em buscar.

(Como mudar a cor do olho)

Wonho: Hm... E agora? — Olhamos as diversas letras que apareceram.

Sehun: Esse negócio na tela... Como mexe? — Ele apontou para a seta.

Wonho: Aqui eu acho... Não? — Passei o dedo pela base do aparelho.

Sehun: Aí, mexeu. — Passei de novo.

Wonho: É aqui... — Xiumin mexeu e pousou em cima de uma frase.

Xiumin: Não ta indo...

Sehun: Bate em cima. — Ele tocou o dedo em cima e abriu uma outra
página, lemos atentamente e então murmuramos juntos.

— Lentes de contato?

Wonho: Do que é feita?

Sehun: Coloca lá no quadro... — Ele fechou a tela e voltou para a outra,


então começou a digitar.

(O que é lente de contato?)

Abriu uma frase qualquer e em seguida uma tela apareceu, começamos a


ler novamente.

Xiumin: Talvez funcione...


Sehun: Onde encontramos isso?

Wonho: Aqui diz que vende em óticas.

[...]

— Boa tarde, em que posso ajudar? — Olhei o papel na minha mão.

Wonho: Lentes de contato... Castanhas.

— Com grau?

Wonho: Grau?

— Acho que não. — Ele sorriu e me olhou estranho, então lembrei de fazer
o movimento de respiração, então ele sorriu novamente e saiu.

— Apenas um par, senhor?

Wonho: 15... — Ele me olhou espantado.

— Com licença... — Assenti e ele voltou com 15 potinhos. — Talvez queira


dar uma olhada na nossa nova coleção de óculos escuro.

Wonho: Claro.

O que é óculos escuro?

Ele apareceu com uma bandeja com uns objetos estranhos, olhei as fotos
na parede e imediatamente captei como usa, peguei um deles e coloquei.

Wonho: Isso cobre os olhos, certo?

— Claro...

Wonho: Certo... — Tirei o negócio dos olhos, fitei sua veia pulsando do
pescoço e me adverti mentalmente.

Controle-se, Hoseok
Wonho: Certo, me vê três desse. — Ele embalou tudo.

— Qual a forma de pagamento, senhor? — Enfiei a mão no bolso e tirei de


lá as notas, dei pra ele e o mesmo arregalou os olhos.

Wonho: O que? — Peguei a sacolinha.

— Desculpe, o senhor me deu mais do que o necessário, muito mais...


Espere o seu troco e a notinha.

Assenti.

[...]

Nos alimentamos, então nossos olhos ficaram mais vermelhos.

Sehun: Uh, e como coloca isso? — Ele abriu um dos potinhos.

Xiumin: É no formato de um olho. — Ele pegou uma no dedo. — Talvez


devêssemos colocar na frente do olho... Vem, deixa eu colocar. — Sehun se
aproximou e ele colocou no olho do mesmo. — Certo?

Sehun: Certo, funcionou?

Xiumin: O vermelho sumiu... Deixa eu colocar no outro olho. — Após


colocarmos as tais lentes de contato, passamos para o próximo passo.

Sehun: Os humanos abrem e fecham os olhos toda hora.

Wonho: Como assim? — Ele demonstrou.

Sehun: Acho que devemos fazer isso umas cinco há seis vezes a cada um
minuto. — Treinamos isso durante as horas seguintes, então vi que o
vermelho do olho do Xiumin voltou.

Wonho: O vermelho está voltando... Quantas horas desde que colocamos?

Sehun: Umas cinco... Por aí... O vermelho suga a cor da lente. — Ele tirou a
lente dele. — É bom andarmos com os óculos, caso isso ocorra em um local
público. — Assentimos.

Então continuamos a treinar todas as nossas lições, enumeramos as


mesmas em um papel para ficar mais fácil.

1. Respirar.
2. Movimentar-se devagar.
3. Lentes de contato.
4. Abrir e fechar os olhos.
5. Óculos escuros.
Capítulo 3 — Poderes
— Tic... Tac...

Abri um olho.

— Tic... Tac...

Olhei em volta.

— Tic... Tac... As criaturas dormem.

Mas que... Merda.

Xiumin: Apareça e nós... Prometemos não fazer mal a você. — Ele estava
sentado no sofá da sala.

— Dizem por aí para não confiar na promessa de um vampiro... Mas que


belas criaturas... — Sehun correu rapidamente para o andar de cima e
voltou com os dois bebês. — O que estão escondendo do mundo, meus
amigos?

— Tic... Tac...

São... Dois.

Wonho: Não somos seus amigos...

— Tic... Tac...

— Somos de raças tão parecidas... Claro que somos amigos... — A risada


dele sumiu nas sombras. Alonguei o pescoço. — Hm... Alimentaram-se
recentemente, quem foi a vítima?

Xiumin: Não matamos humanos...

— Hm... Vampiros vegetarianos?


Xiumin: Caçamos animais.

— Tic... Tac. — Virei rapidamente e empurrei o dito cujo na parede,


parando em cima dele e apertando sua garganta.

Wonho: Apareça... E eu não acabo com a vida miserável do seu amigo


aqui...

— Vida? Somos tão desprovidos de vida... — Ele apareceu no topo da


escada, mas sumiu. — Por favor, Shin Hoseok, ele está em treinamento.

Sehun: Acha que somos tolos?

— Eu? Não, jamais. — Ele apareceu pegando Jeon e sumindo novamente.

Xiumin: Mas que merda... — Ele ficou de pé e mexeu as mãos fazendo


todas as luzes acenderem, então avistei a criatura no teto, pulei e empurrei
ela no chão, peguei o bebê e o coloquei no sofá.

Sehun: O que fazem tão longe de seus territórios?

— Longe? Eu diria que estamos perto. — Parei ao lado do Xiumin, assim


como Sehun.

Xiumin: Perto? Acho que o Brasil está bem longe da Coréia... O que faz em
território asiático?

— A pergunta é... O que vocês fazem no mundo dos humanos?

Wonho: Quem faz as perguntas somos nós... Afinal, estão na nossa casa.

Sehun: Quem são vocês?

— Que seja... — Ele balançou a mão em desgasto. — Eu sou Jung Hoseok...


E esse... Im Changkyun.

Wonho: Shin Hoseok, Kim Minseok e Oh Sehun, agora que já nos


conhecemos, dêem o fora.
Hoseok: Não... Não tão rápido... Quem são as criaturas e o que fazem no
mundo dos humanos?

Xiumin: Primeiro fazemos as perguntas, depois vocês. — A criatura pendeu


a cabeça para o lado e seus olhos prateados focaram em Park.

Hoseok: Acho que posso concordar com isso...

Xiumin: O que fazem em território asiático?

Hoseok: As coisas andam difíceis no norte do Brasil.

Xiumin: O que quer dizer?

Hoseok: Fomos atacados... Por... — Ele olhou Jeon. — Formas ocultas...


Perguntaram sobre nossos primos distantes.

Chang: Vocês, é claro.

Wonho: Não somos primos... — Sibilei.

Hoseok: Claro que somos, apesar de... Sermos um tanto diferentes.

Chang: O que estão aprontando, sanguessugas? Alguma coisa terrível


aconteceu para estarem no mundo dos humanos.

Xiumin: Vocês também estão...

Chang: O mundo dos humanos sempre fora o nosso lugar... Ou seja, o que
fazem no nosso mundo?

Xiumin: Tenho certeza que podemos viver no mesmo mundo sem


complicações. — Hoseok o analisou.

Hoseok: Claro... Se disserem o que fazem aqui, já que... Somos inimigos de


longas décadas, vocês sabem, a verdadeira causa de cada um de nós
termos nosso mundo, nossos ancestrais já lutaram tanto, não vamos
precisar seguir o exemplo deles, não é? — Ele me fitou. — Me sinto... Triste
por não nos procurarem quando chegaram, teríamos dado boas vindas...

Wonho: Estamos aqui porque nosso mundo foi destruído...

Chang: Fale mais... — O fitei.

Wonho: Já era previsto para isso acontecer e as ordens para protegermos


os dois foram claras... Tivemos que sair do nosso mundo.

Chang: Podiam nos consultar antes de trazerem duas criaturas sem raça
para nosso mundo.

Sehun: Não tivemos tempo.

Chang: Não é da nossa importância se sua raça está destruída e restaram


apenas vocês.

Hoseok: Chang... — Ele sorriu. — Nossos convidados precisam de um lugar


para ficar... Entretanto... Há regras a serem seguidas.

Xiumin: É só dizer.

Hoseok: Nenhum vampiro pode morder um humano ou o trato está


acabado...

Sehun: Quantos de vocês há?

Chang: Isso é irrelevante.

Wonho: Creio que não.

Chang: Cinco...

Hoseok: Fiquem em seus territórios, e a gente no nosso, se ultrapassarem


esse limite, temos direito de matá-los, se ultrapassarmos seus limites, a
mesma coisa.
Sehun: Qual a próxima?

Hoseok: Apenas essas duas... Por hora... Seus limites serão mandados para
vocês pela névoa. — Ele se preparou para sumir.

Xiumin: Espera... Isso está muito errado, vão simplesmente aceitar nossa
presença aqui?

Chang: Está querendo uma guerra, parvo?

Xiumin: Nossos ancestrais eram inimigos, somos inimigos...

Hoseok: Perdemos muito em meio às guerras que duraram séculos, não há


necessidade... Há não ser que vocês queiram... — Ele olhou os bebês. —
Creio que vocês têm outras criaturas para se preocuparem.

Chang: A única lei de grande valor é: Nada de morder humanos.

Xiumin: Não vamos.

Chang: Ótimo, Ventrues... — Eles sumiram.

[...]

Xiumin: Eles os chamaram de criatura...

Wonho: E o que tem?

Xiumin: Também não sabem o que são... Eu suspeitava que fosse um


deles... Mas não são.

Sehun: Como eles sabem do nosso clã?

Xiumin: Como assim?

Sehun: Um deles disse “Ótimo, Ventrues”... Como ele sabe quem somos? E
antes mesmo de nos apresentarmos, ele falou o nome do Wonho.
Xiumin: Devem ter estudado sobre nós... Outra coisa me deixou intrigado.

Wonho: O quê?

Xiumin: Nunca vi um deles homens, normalmente sempre são mulheres...


Devem ser mais poderosos.

Wonho: Será que dos cinco, só eles dois são homens?

Sehun: Tenho minhas dúvidas... — Mexi os dedos e a névoa apareceu


mostrando nossos limites.

Xiumin: Justo... Será que eles vivem entre os humanos?

Wonho: Não estavam em sua verdadeira forma, não vi as asas.

Sehun: Eles conquistaram muita coisa durante os séculos, vocês viram nas
histórias que nosso mentor contava, eles, ou melhor, elas, já que eram
sempre mulheres, não tinham capacidade de esconder sua verdadeira
forma e as asas, porém, eu acho que a verdadeira forma deles é aquela que
vimos, porém escondem somente as asas.

Wonho: Nas imagens dos antigos livros elas pareciam com demônios,
cabelos desgrenhados, horríveis... Como conseguiram melhorar sua
imagem para viverem no meio dos humanos e como conseguem esconder
as asas? É uma evolução e tanto para qualquer espécie... E porque se
preocupam com os humanos? Elas sugavam o sangue e matavam mais
humanos que a gente quando vivíamos no mesmo mundo.

Xiumin: Muitas dúvidas... Pode nos mostrar a casa deles? — Ele me olhou.

Wonho: Talvez... — Mexi os dedos fazendo a névoa aparecer.

Uma casa no meio da floresta, muito bonita e com muitos vidros apareceu,
não víamos nenhuma criatura, até que uma pousou no telhado, podíamos
ver as enormes asas negras saindo de suas costas. Não era nem Hoseok,
nem Changkyun. Ele pulou no chão e fez um movimento puxando as asas,
elas sumiram.

Então ele entrou.

Sehun: Três homens... Talvez os outros dois sejam mulheres... Pode entrar
na casa?

Wonho: Não... — Mexi a névoa em volta da casa e eles pediram para parar.

Xiumin: Ali... Nas árvores... Dois estão sentados no galho.

Procurei e finalmente os achei, um era loiro, o outro ruivo. Estavam


conversando e então olharam para a casa, saltaram para o chão e
caminharam até a mesma.

Do lado de fora dava para ver os cinco em pé dentro da casa.

Wonho: Vivem no meio dos humanos... Poderíamos observar a rotina


deles. — Assentimos e ficamos horas os observando. Quando amanheceu,
eles saíram e entraram em um veículo.

Xiumin: Como eles sabem usar essas coisas?

Então eles pararam em frente a um lugar, saíram do veículo com mochilas


nas costas e entraram no lugar que tinha mais pessoas, também com
mochilas, entrando.

Sehun: Conseguem ver o nome?

Xiumin: Só um pedaço... Escola, não sei o que. — Fechei a mão fazendo a


névoa desaparecer. — Vamos buscar para ver o que é... — Ele pegou o
aparelho e começou a digitar. — “Lugar com autoridades capazes de
ensinar. Lugar de aprendizado e ensino, capacitante. Lugar de
informatização."

Nos olhamos.
[...]

Wonho: Que horas são?

Xiumin: Uma hora... — Os observamos saírem da escola e entrar no carro


novamente. — Eles ficam 6 horas ai dentro... Não serve pra gente... Não
podemos deixar as criaturas sozinhas, temos que esperar eles atingirem
uma idade boa e assim podemos ir com eles também... Ao que parece,
muitos humanos vão para esse lugar e seria bom irmos, é um lugar de
informação, o que buscamos.

Quando deu mais ou menos duas e meia pra três horas eles voltaram para
o mesmo local e entraram novamente.

— Porque seus olhos são vermelhos? — Olhei pro lado e Jeon estava em pé
do meu lado, levantei e ele estava um pouco maior que antes.

Xiumin: Eles falam nossa língua? — Ele pegou o garoto e o fez sentar na sua
perna. Em seguida falou com ele em coreano, o mesmo respondeu.

Sehun: Falam nossa língua e a língua dos mortais.

— O que são mortais? — Park estava parado do meu lado com as mãos
juntas na frente do corpo.

Wonho: Crescem tão rápido... — Peguei Park pela pequena mão e o puxei
para a parede que tinha uma fita métrica. — 60 centímetros... Vem aqui
Jeon. — Ele desceu da perna do Xiumin e caminhou até mim. — 60
centímetros também. — Ele balançou sorrindo e vi seu reflexo na estante.

Xiumin: Viram isso? — Ele pegou Park pela mão e o colocou na frente do
espelho, ele tinha reflexo, diferente do Xiumin que não apareceu no
espelho.

Sehun: O que mais eles podem fazer? Vem aqui Park. — O garoto foi até
ele rapidamente.
Wonho: Super velocidade também, parecem com a gente, mas não são
como a gente... Eles tem reflexo... Abre a boca Jeon. — Ele abriu e eu
procurei por suas presas, pude ver apenas duas pequenininhas. — Morde
meu dedo. — Ele mordeu, bem afiadas por sinal. — Pode escondê-las?

Jungkook: Como?

Xiumin: Imagine puxá-las para dentro. — Ele fez o que pedimos e suas
presas sumiram, dando lugar a pequenos dentinhos de leite. — Os poderes
estão começando a aparecer... O que será que eles podem fazer, será que
são fortes?

Sehun: Toma, segura isso com uma mão. — Ele entregou uma bolsa que
tinha muitas coisas dentro para Park que segurou sem esforço. — Super
velocidade, presas e força...

Xiumin: Consegue levantar aquela mesinha? — Jeon assentiu sorrindo e foi


até a mesa, levantando a mesma com um braço. — Será que eles
aparecem em fotografias ou só em reflexos?

Wonho: Vamos descobrir agora... — Peguei a câmera e tirei a foto, a


imagem impressa saiu os dois, porém, os olhos estavam com cores
diferentes, estavam brilhando com uma luz branca. — Temos que
descobrir o que são... É óbvio que são vampiros, mas não vampiros
comuns. — Fiquei abaixado e senti a mãozinha de Jeon no meu pescoço,
então senti algo muito mais gelado que minha pele, peguei sua mão e uma
fumaça gelada saia, ele encostou na parede e a mesma congelou. —
Consegue controlar? — Ele negou e a parede continuou congelando por
toda sua extensão. Peguei luvas e coloquei em suas mãos, o gelo parou, em
vez disso ele começou a derreter, olhei pro lado e Park estava com a mão
na parede, a mesma estava em chamas.

Xiumin: Não sabem controlar... — Ele colocou luvas nas mãos dele
também.

Sehun: Ok, já mostraram um poder que eles têm e nós não... Fora o
reflexo, o que prova que são metade humana também... Ao que parece,
Jeon controla a água e Park o fogo... Eles não têm os nossos poderes...
Jinyoung: Querem testar se voamos?

Sehun: Como você sabe disso? Ainda ia falar e nem pensei.

Jinyoung: Vi na minha mente.

Xiumin: Hm... Ele vê o futuro...

Sehun: Não sei... Pode nos dizer como vamos estar daqui... 10 anos?

Jinyoung: Não... — Ele fez um biquinho. — Posso ver quando alguém toma
uma decisão.

Wonho: Hm... Ele pode ver o futuro de uma pessoa que toma uma decisão
e como essa decisão vai afetar...

Sehun: Se lhes jogarmos de um prédio?

Jinyoung: Não voamos... — Assentimos.

Wonho: Jeon pode fazer isso? — Ele negou sonolento.

Xiumin: Nós voamos... E podemos ler mentes, duas coisas que eles não
fazem.

Sehun: Isso ‘ta cada vez mais estranho, parecem com a gente, mas não
tanto... Nunca vi esses poderes em um vampiro antes. — Jeon se
aconchegou em meu colo no sofá e dormiu.

Wonho: O que mais você pode fazer, você sabe?

Jinyoung: Não... — Jeon se mexeu em meus braços e do nada me deu


vontade de abraçá-lo.

Xiumin: O que ‘ta fazendo?

Wonho: Sei lá, deu vontade.


Xiumin: Simplesmente deu vontade? — Assenti. — Parece que ele
manipula os sentimentos.

Sehun: Temos que ficar de olho, se tiver mais poderes, vão aparecer com o
tempo... Só assim para descobrirmos que criatura são... Até agora,
sabemos que são metade humano, metade vampiro. — Park dormiu no
colo dele.

Decidimos escrever os poderes que descobrimos de cada um.

Jeon:
1 Velocidade
2. Força
3. Manipula sentimentos.
4. Controla a água.

Park:
1.Velocidade.
2. Força.
3. Prevê o futuro quando alguém toma uma decisão.
4. Controla o fogo.
Capítulo 4 — Demônios
Data: 05 de dezembro
— Kim Minseok —
Xiumin: O que está fazendo? — Parei na porta do quarto onde Wonho
observava Kook dormindo, ele fez sinal de silêncio com o dedo, dei de
ombros e desci as escadas. Cheguei na cozinha e Sehun estava preparando
algo para Jin comer enquanto seguia a receita, franzi o cenho quando olhei
Wonho em pé tomando sangue no canudinho. — Como chegou aqui tão
rápido? Quer dizer, era pra andarmos como os humanos.

Wonho: Do que está falando, Xiumin? Eu não sai daqui.

Senti a confusão em sua voz e voltei correndo para o quarto, dando de cara
com um demônio com asas em cima do Kook, cabelo comprido enfeitado
com uma coroa de ouro e usava couraças blindadas, ele tinha uma cauda
enorme, bem pontuda e afiada no final, parecia calda de escorpião. Sua
língua enorme saia pra fora e estava se enrolando no pescoço do Kook. O
empurrei para longe e peguei o garoto no colo, o demônio gritou e veio pra
cima de mim, coloquei Kook no chão e me preparei para correr, quando
seu urso caiu no chão, ele fez um biquinho de choro e virou para pegar,
porém o demônio pisou em cima com seus pés monstruosos, o tamanho
dele estava dobrando, Sehun e Wonho chegaram ali. Kook olhou o
brinquedo rasgado no chão e tive que tapar os ouvidos com o grito agudo,
histérico e longo que ele deu, congelando tudo a nossa volta, inclusive o
demônio.

Ele soltou da minha mão e foi até o pé do demônio, puxou o urso, limpou o
mesmo e voltou para segurar na minha mão.

Kook: Pronto... — Sua voz aveludada e de bebê ecoou pelo quarto. —


Agora podemos ir.

Sehun: Tem mais, estão sobrevoando a casa. — Ele segurou na mão do Jin.

Caminhamos para o quarto e abrimos o fundo falso no armário, Wonho


tirou de lá nossos arcos com flechas de prata, as adagas, armas com bala
de prata e eu me preparei, coloquei a adaga no compartimento da minha
calça de couro, a arma no cinto e peguei na mão do Kook.
Wonho: Toma... — Ele me entregou uma estaca de prata e um demônio
entrou pela janela jogando cacos de vidro para tudo quanto era lado,
protegi Kook com meu corpo e Wonho parou embaixo da besta enfiando à
estaca na mesma, ela se dissipou em uma poeira negra.

Sehun: Vamos dar o fora... A floresta para o leste, atraímos para longe da
cidade. — Terminamos de pegar as armas e corremos para fora da casa
com os demônios nos seguindo.

Xiumin: Não se solte de mim por nada... — Paramos no meio da floresta de


costas um para o outro e os dois no meio de nós.

— Nosso mestre vai ficar encantado quando ver a beleza de criatura que
vocês vampiros carregam. — A voz metálica, sonífera e arrastada de uma
besta ecoou pela floresta.

Sehun: Quem são vocês? — Fiquei atento com o arco e flecha em minhas
mãos apontada para o céu.

— Somos os seguidores do anjo do abismo.

Wonho: Gafanhotos de Abaddon.

— O garoto é esperto... — Procurei de onde vinha a voz e quando achei na


escuridão disparei uma flecha direto no peito, fazendo a mesma gritar e se
dissipar.

Xiumin: O que querem?

— As criaturas são poderosas... — Outra voz ecoou.

Wonho: Não vão levá-los...

Já não basta ter que protegê-los das trevas, agora temos que protegê-los
de outros seres.

— Vamos cuidar bem deles...

Sehun: Dispensamos.
— Então, vamos ter que pegá-los.

Wonho: Só por cima das minhas cinzas. — Ele começou a disparar várias
flechas e eu peguei a estaca e a adaga da minha perna, vários vieram para
cima de nós, senti as mãos de Kook na minha cintura e ele me abraçar
escondendo o rosto nas minhas costas. Abati umas três com a adaga e uns
cinco com a estaca. Eles possuíam uma lança e às vezes vinham direto com
a calda.

Sehun: A calda tem veneno... — Ele alertou. Todos que eu abatia viravam
uma espécie de pó negro.

Quando abatemos todos, viramos para olhar os dois que estavam bem por
sinal.

Xiumin: Vamos voltar em casa pegar algumas coisas... E sair. — Eles


assentiram guardando as armas, voltamos rapidamente e peguei uma
mochila para colocar comida enquanto Wonho dava um jeito naquele
demônio congelado no quarto e Sehun pegava roupas para os garotos.

[...]

Wonho: Para onde vamos agora? — Ele jogou a adaga no chão que caiu
fincada na areia, Jin e Kook estavam sentados perto da fogueira.

Xiumin: Eu não sei... — Amolei minha adaga com uma pedra.

Sehun: Temos que morar longe dos humanos, para caso essas coisas
ocorram... — Ele desenhava na areia com a estaca.

Kook: O que são Gafanhotos de Abaddon?

Xiumin: São governados pelo anjo do abismo, cujo nome em hebraico é


Abadom e em grego Apoliom, em hebraico o nome significa “lugar de
destruição”, em grego significa “o destruidor”... Em apocalipse eles são
descritos, um período durante o fim dos tempos, quando os anjos tocarem
as sete trombetas. Cada trombeta sinaliza a vinda de um novo julgamento
sobre o povo da terra. Quando o quinto anjo soprar a sua trombeta, do
Abismo, abrindo um grande buraco.
Jin: Como são realmente?

Sehun: Gafanhotos que se assemelham cavalos com coroado rostos


humanos, cabelos das mulheres, dentes de leão, asas, ferro-placas de
mama, e uma cauda com ferrão de um escorpião que atormenta durante
cinco meses.

Kook: Abaddon é um anjo?

Wonho: Não, Abaddon é o senhor do submundo, um imperador infernal.


— Eles levantaram e Kook sentou no meu colo, Jin no do Sehun, ambos
bocejaram. — Sofra, sofra até gritar, que seu sangue vai jorrar... Os zumbis
te caçarão e se achar te esfolarão... Sofra, sofra até gritar, nunca mais vai
respirar.

Eles adormeceram.

Dias depois.

Estava sentado no sofá observando Jin assistir televisão atentamente,


quando der repente ele mudou de forma, arregalei os olhos e chamei os
outros.

Xiumin: Ele virou um... Coelho. — Então ele voltou para sua forma natural.

Sehun: Como fez isso? — O garoto olhou a televisão.

Jin: Quis ser o coelho do filme.

Wonho: Você só quis ser?

Jin: Sim...

Sehun: São metade Metamorfo? — O olhei.

Xiumin: Impossível...

Wonho: Você pode mudar para outra forma? — Ele mudou para a forma
de uma pantera, depois voltou. — E para forma de pessoas? — Ele olhou
Kook sentado brincando e mudou para a forma dele.
Sehun: Não, não é impossível, descobrimos o que são...

— Metamorfos... — Murmuramos juntos.

Sehun: Metade Metamorfo, metade vampiro.

Wonho: Kook? — O garoto o olhou. — Você pode fazer isso também? —


Ele mudou para a forma do Jin, em seguida voltou para a forma dele,
depois ele olhou a garotinha do filme, em seguida mudou para a forma
dela.

Jin: O que é um Metamorfo?

Xiumin: Humanos, começam como humanos, mais tarde aprendem como


mudar sua forma para se parecer com alguém que eles querem. Quando
um Metamorfo toma a forma da pessoa que optar por mudar, eles
literalmente mudam a sua pele, dentes e unhas. Eles acessam os
pensamentos da pessoa que está imitando, desde que a pessoa esteja
viva... Podem mudar para a forma de uma pessoa viva ou morta, isso inclui
digitais e DNA... Podem imitar feridas, mesmo as muito graves... Eles
também têm o poder de regeneração, podem curar feridas não fatais e até
mesmo substituir partes do corpo... Podem se transformar até mesmo em
vasos ou taças...

Sehun: Tem o poder de fazer qualquer um que olhar nos olhos se tornar a
pessoa ou animal que escolherem... Podem imitar vozes de outras pessoas

Kook: E nós podemos fazer tudo isso?

Wonho: Se não sabem se podem é porque precisam treinar isso, para


aprenderem... — Ele nos olhou.

[...]

Wonho: É uma boa hora para irmos na casa daquela mulher... Temos
treinado como agir como humanos a muitos meses... Podemos começar a
treinar como controlar a sede perto deles.

Xiumin: E quanto a Kook e Jin? Ela vai querer saber porque estão grandes...
Sehun: Falamos que são nossos primos, ela não vai saber que eles são os
bebês. — Assentimos e saímos da casa, pegamos o carro e dirigi até a
antiga rua que morávamos.

Xiumin: Se controlem... — Assentimos e saímos do carro. Toquei a


campainha e logo ela atendeu sorridente ao nos ver.

— Oh, me perguntei nos últimos dias para onde foram... Se mudaram e eu


nem vi. — Sorri. — Entrem, acabei de assar biscoitos. — Entramos na casa
toda decorada, a sala tinha uma estante mediana, com uma televisão no
centro e vários outros aparelhos ao redor, um sofá cumprido, duas
poltronas, mesa de centro e a lareira. Ela nos pediu para sentar e então
notei a presença de três adolescentes, como eles chamam, na sala. —
Esses são meus filhos, Yan, Yin e Quon. — Sorrimos. — Esses são nossos ex
vizinhos a quem eu lhes contei... — Nos apresentamos e os garotos
sorriram voltando a assistir televisão. A mulher voltou com um recipiente
cheio de bolinhos e Kook os olhou faminto. — Ah, eu não tinha os vistos...
Quem são?

Xiumin: Nossos primos. — Ela se abaixou na altura deles e brincou alguns


minutos com eles, depois sentou no sofá.

— Como estão Jeon e...

Sehun: Park...

— Isso... — Ela sorriu e Kook sentou no meu colo olhando os biscoitos. —


Não fique com vergonha, pode pegar.

Wonho: Estão bem, viajaram com nossa mãe...

— Tirem as luvas queridos... — Ela falou com o Kook e Jin.

Xiumin: Ah... Não, eles estão com frio... — Ela sorriu confusa.

— Então, onde estão morando agora?

Sehun: Não muito longe daqui, creio que uns 10 quilômetros...


— Vocês foram embora tão rápido, eu não os vi saindo.

Wonho: Fizemos a mudança de madrugada. — Lembrava-me mentalmente


toda hora, para piscar e mexer os ombros.

Um homem alto desceu as escadas, jovem assim como a Sra.Lee, ele sorriu
para nós e foi para a cozinha, continuamos conversando com ela e logo ele
se juntou a nós, os filhos dela também conversava conosco e quando
percebi eu nem sentia mais o fato de estar com humanos, o cheiro
incomodava um pouco, mas era quase como se pudesse me acostumar
com isso. Tomava cuidado sempre para Kook não tirar as luvas e nem o Jin,
eles não conseguiam controlar seus poderes ainda, andavam rápido
demais, então tinha que ficar com eles no colo, se tirassem as luvas o
poder do fogo e da água estaria completamente desorientado, então todo
cuidado é pouco. Inventamos outro nome para eles quando ela perguntou,
então eles acabaram dormindo, agradeci mentalmente por isso.

Quando percebi já era noite, então decidimos ir para casa com ela nos
convidando para vir mais vezes e a promessa de que iríamos visitar sempre
que pudéssemos.

Dias depois

Xiumin: Espera... Que cheiro é esse? — Ele farejou a porta de entrada da


casa.

Sehun: Alguém esteve aqui... — Ele abriu a porta e entrou. Subiu as


escadas e eu fui olhar o resto da casa.

Wonho: Que cheiro é esse? — Ele entrou pela janela da cozinha.

Xiumin: Alguém entrou aqui...

Sehun: Estavam dormindo, mas viram quando ele saiu... — Ele apareceu
com Jin e Kook. Sai da casa e corri em meio às árvores até não poder
farejar mais, voltei pra casa.

Xiumin: Segui o cheiro há uns 15 quilômetros ao norte, depois sumiu.

Sehun: Seja o que for... Deixou seu rastro e não queria fazer mal aos dois...
Wonho: Vai voltar, vamos ficar em alerta.

[...]

"Estão vendo alguma coisa?" — Xiumin.

"Nada" — Sehun.

Eu estava em cima do telhado, e eles no lado esquerdo e direito da casa.


Ouvi um barulho nas árvores e me concentrei, então ouvi o andar do
indivíduo, pulei sobre as árvores e pude ver o vulto correndo, perdi de vista
e parei costa-costa com Sehun e Wonho.

"Ainda está aqui" — Wonho.

Ficamos ali esperando ouvir ou sentir algo, mas nada veio, me concentrei
no som das árvores e o senti.

Xiumin: A sua esquerda. — Corremos por toda a floresta, atrás da criatura.


— Parem, ele está no território deles. — Paramos e pude ver duas criaturas
com asas negras atrás do indivíduo... Também estavam caçando ele, a
questão é...

Quem é ele?

Usei minha visão até onde podia, as duas criaturas voavam atrás do rapaz
tão rápido que era difícil acompanhar.

Sehun: Voam rápido, antigamente não voavam tão depressa...

Wonho: Pulou de um penhasco e caiu na água. — Olhei a imagem em sua


névoa. As duas criaturas voavam acima da água, um era Hoseok, o outro eu
não sabia. Eles ficaram um tempo ali observando a água, então decidiram ir
embora. — Vamos. — Me virei e voltei a correr de volta para casa.

[...]
Sehun: Conseguiu ver o que era?

Xiumin: Não tenho certeza... Mas era como um humano...

Sehun: Pelo cheiro... Ah, eu não sei, mas parecia ser um Nachzehrer.

Wonho: O que estaria fazendo em território asiático? E eles não matam


para se alimentar... Aquela criatura estava matando para se alimentar.

Sehun: Os dois atraem muitas criaturas... Disso fomos avisados antes de


deixarmos nosso mundo, nosso mentor disse que ao pisarmos no mundo
dos humanos, criaturas sentiriam nossa presença e a presença deles, por
não saberem o que são, vão vir atrás, uns para querer pegá-los, outros para
matá-los, como os gafanhotos, por serem poderosos, são mais fáceis de
matar ainda que são jovens e não desenvolveram suas habilidades.

Sehun: Porque eles estavam atrás dele também?

Wonho: Aí é que está o... X da questão.

Xiumin: Pode nos mostrar onde estão? — Balancei a mão e a névoa


apareceu entre meus dedos.

Eles estavam ao redor da casa deles, os cinco, as asas saiam de suas costas
e estavam atentos nas árvores. Um deles que eu não saberia dizer o nome
estava agachado, então levantou voo e rondou ao redor da casa sobre o
telhado.

Xiumin: Acho que já sei porque estão atrás dele... — Liguei a televisão.

— Outro ataque de urso deixou mais duas vítimas, o incidente ocorreu


dessa vez nas florestas do Sul, ao que tudo indica, o animal está sem
alimento e está buscando refúgio aqui na cidade... — Desliguei a televisão.

Sehun: Não acham que são vampiros, acham?

Wonho: Não, só restou a gente e... Se fossem vampiros, teríamos sentido a


presença deles aqui no mundo dos humanos... É outra coisa... Tem um leve
cheiro de cachorro.
Wonho: Talvez seja mesmo um Nachzehrer.

[...]

Xiumin: Vocês viram as criaturas?

Jin: Vimos...

Wonho: Saberiam nos dizer o que eram? Era um Nachzehrer?

Kook: O que é isso?

Sehun: Ok, uma boa forma de descrevê-los... Mistura de vampiro e uma


espécie de zumbi... Ele é nativo da Alemanha...

Jin: Não, ele era asiático.

Xiumin: Já é meio óbvio, Nachzehrer desapareceram a anos.

Kook: Ele parecia ser vampiro. — O olhei.

Xiumin: Impossível... Não existem mais vampiros, há não ser nós três.

Jin: Ele tinha umas presas assim... — Ele fez com os dedinhos. — Mas ele
não tinha olho vermelho... E ele estava com sangue aqui... — Ele apontou
pro canto da boca.

Wonho: É um híbrido... Resta saber qual a outra metade dele.

Xiumin: Lobo... Isso explica o cheiro de cachorro... E explica porque são tão
rápidos e mais poderosos.

Kook: Não, ele era como um vampiro.

Sehun: Um híbrido metade lobo, metade vampiro, pode apenas se


transformar no lobo quando ele quiser, diferente dos lobisomens que são
obrigados a se transformarem uma vez no mês em uma lua cheia... Um
híbrido são criaturas raras, não se sabe a fraqueza deles porque existem
muitas misturas de raças... Estou surpreso de ainda existir...
Jin: É como um minotauro grandão? — Ele abriu os bracinhos.

Xiumin: Sim... — Sorri com seu jeito fofinho.


Dias depois.

— Estou surpreso de ainda restarem três vampiros. — Sorri e continuei


amolando minha adaga em cima do telhado.

Sehun: Então você é um híbrido?

— É o que dizem.

Wonho: Está causando muitos problemas por aí, meu amigo. — Ouvi a
risada dele na floresta.

— O que são as criaturas? Pensei que vocês, vampiros, estivessem


cansados de invenções... Já bastam os... Nachzehrer e nós, híbridos...
Vampiros gostam de inventar novas raças...

Xiumin: Metade homem, metade metamorfo, metade vampiro.

— Poderoso, muito poderoso... — Ele apareceu do meu lado, fitando a


floresta. — Então vocês, vampiros, não resistiram aos humanos e
decidiram... Cruzar com eles, que patético.

Xiumin: O pai era vampiro...

— A mãe uma humana... E de onde saiu a parte metamorfo?

Sehun: Não sabemos... Se apresente para nós.

— Meu nome é... Chae Hyungwon... E do meu amigo ali é... Kim Jongdae.
— O outro apareceu do lado dele. — E vocês, quem são?

Sehun: Oh Sehun, Kim Minseok e Shin Hoseok.

Chen: Estou curioso para saber o que os sanguessugas fazem no mesmo


mundo que os pássaros do bosque. — Ri. — Ou deixaram a guerra patética
de lado e decidiram se aliar as borboletas?
Xiumin: Isso nunca vai acontecer.

Hyungwon: Foi o que pensei, por um instante achei que... Teríamos que
nos abraçar e jantar juntos nos sábados.

Sehun: Nos conte sua história, e contamos a nossa.

Chen: Justo... Nascemos e agora estamos aqui conversando com três


sanguessugas babás.

Xiumin: Ah, tem mais aí... Sei que tem.

Hyungwon: Porque confiaríamos em vocês? Ao que parece, estão em um


acordo de paz com as borboletas...

Wonho: Até o momento que entrarem em nosso território.

Hyungwon: Hm... Por isso não me seguiram após as fronteiras...


Interessante.

Chen: Há 540 anos...

Wonho: Quantos anos vocês têm?

Chen: 510... Hyungwon tem 511... Há 540 anos, antes mesmo dos pássaros
do bosque existirem, nossa mãe conheceu um... Lobisomem...

Hyungwon: Depois que eu nasci eles foram mortos pelos humanos...


Vivemos os séculos como lobos, devo dizer que nosso tamanho é um
tanto... Maior que um lobo normal, por isso nunca fomos caçados,
humanos patéticos... Sentem medo... Chen? — O garoto saltou para o chão
e entrou na floresta, depois saiu na forma de um lobo enorme. — Chen
tem 1,60 de altura como lobo... Obrigado maninho. — O mesmo voltou
para o meio das árvores e logo retornou como vampiro. — No século
passado decidimos assumir a forma de vampiros... Vivemos muitos anos
em território asiático, vivíamos indo de país em país, acabamos aqui no ano
passado... Nenhuma criatura suspeita que somos vampiros por causa do...
Cheiro do lobo... Por isso nunca ouviram falar de nós.
Xiumin: Sua mãe era Adrasteia e seu pai era Lúpus.

Chen: Olha... Ele leu as histórias. — Ele debochou.

Sehun: Nas histórias não têm vocês...

Chen: Porque ninguém... Sabe que existimos, quando nascemos nossos


pais nos protegeram do mundo, somos raros... Quando digo raro, quero
dizer que... Só existe nós dois de híbridos no mundo.

Wonho: Então está dizendo que vocês dois foram os primeiros híbridos?

Hyungwon: Sim... Claro que teve mais no decorrer dos séculos, todos
tinham uma metade vampiro, mas... Foram mortos, vocês sabem por
quem.

Xiumin: Interessante...

Hyungwon: Podem começar a falar, mas... Pulem toda a baboseira do


mundo de vocês estar destruído, já sabemos tudo isso, só não sabíamos
das criaturas.

Wonho: Tinha um humano no nosso mundo...

Chen: Informação difícil essa, jamais saberíamos disso, visto que sempre
existiu humanos no seu mundo. — Esse garoto gosta de ser irônico né?

Xiumin: Relaxa, pulguento. — Ele me fitou. — Esse humano não era...


Normal.

Hyungwon: Como assim?

Xiumin: Nossos poderes não funcionavam com ela... Diferente dos outros
humanos, que eram malignos... Ela era diferente, era... Boa... Então
poupamos a vida dela quando a pegamos...

Chen: Pegamos?

Sehun: Nós três éramos uma espécie de mensageiros, já que do nosso


mundo... Apenas nós tínhamos poderes... Nós e nosso mentor.
Chen: Que tipo de poderes?

Xiumin: Posso apagar o que eu quiser da mente da pessoa, Sehun pode ver
todas as lembranças da pessoa, Wonho pode controlar a névoa... Podemos
ler mentes, manipular a mente de alguém... E éramos os melhores
guerreiros... Nosso mentor tinha mais poderes que nós.

Sehun: Então, levamos a humana para nosso mentor, aquilo era estranho,
já que todos os humanos do nosso mundo eram malignos... Então ele viu o
futuro quando a viu, ela se apaixonaria por um dos nossos e engravidaria
de gêmeos, esses gêmeos salvariam nosso mundo da criatura que sempre
lutamos... As trevas... Durante a estranha gravidez dela, tivemos que
protegê-la a todo custo para que a gravidez fosse concluída... As trevas nos
atacavam com mais frequência, quando finalmente nasceram, não eram
gêmeos, bom, eram, mas não idênticos, um parecia o pai, o outro parecia
com a mãe... Mas... Não tinham nada, sem poderes, eram apenas... Bebês.

Wonho: Pensamos que a causa estava perdida, um mês se passou e


notamos que estávamos a um mês sem ataque das trevas... O nascimento
deles abalou as mesmas... Porém, nossa paz durou pouco, fomos atacados
com força total, nosso mundo entrou em uma escuridão, estavam se
alastrando por todo o vale, então nosso mentor ordenou que fugíssemos
com as criaturas e protegêssemos as mesmas... Pedimos para a mãe e o pai
vir junto, mas eles negaram, disseram que os encontrariam... Foi aí que
entregaram a vida dos filhos em nossas mãos, fugimos e eles destruíram o
portal.

Hyungwon: Quem era o pai?

Xiumin: Nosso mentor.

Chen: Interessante... E eles têm os poderes do pai?

Xiumin: Sim e não... O poder de ver o futuro veio de forma... Reduzida para
Jin, ao que parece, ele vê o futuro apenas quando alguém toma uma
decisão... O poder de manipular não só a mente, não só os sentimentos,
mas sim todo o corpo e alma de uma pessoa, veio de forma reduzida para
Kook, ele pode manipular apenas os sentimentos... Agora o poder de
controlar a água, fogo, ar e terra, foi dividida entre os dois, Jin controla o
fogo e a terra, Kook a água e o ar... Porém... Não sabemos da onde veio a
parte metamorfo.

Eles nos olharam.


Capítulo 5 — Basilisco
Wonho: Vão nos ajudar a protegê-los. — Eles riram sem humor.

Chen: Porque faríamos isso? Não é problema nosso, cada qual carrega o
seu fardo.

Xiumin: Não há escolha... Visto que as trevas vão atrás de vocês... Sabem
que vão.

Chen: Vivemos tantos anos... Não é agora que vamos nos juntar ao trio feliz
e seus filhotinhos.

Wonho: E o que vão fazer? Continuar fugindo?

Hyungwon: O que ganhamos com isso? Afinal, estaremos nos arriscando


cada dia que passar.

Xiumin: A destruição das trevas.

Chen: Quem garante que os cabritinhos é a nossa salvação?

Xiumin: Tem razão, mas... Não temos outra opção. — O olhei e ele me fitou
por longos minutos, até que Sehun quebrou o silêncio.

Sehun: Eles precisam chegar a fase adulta vivos... Vocês são poderosos,
muito poderosos, vocês têm o lobo e o vampiro... São mais poderosos que
muitas criaturas místicas... Estamos dizendo que... Precisamos de vocês.

Hyungwon: Talvez, se... Pedirem com jeitinho. — Ri e olhei a floresta.

Xiumin: O que querem?

Hyungwon: Primeiro... Tirem as borboletas da nossa cola... Segundo... Não


vamos ser amigos dos humanos.

Sehun: Feito... Wonho? — Ele mexeu os dedos mandando uma mensagem


pela névoa para Hoseok.
[...]

Hoseok: O que querem?

Xiumin: Apareça... Para podermos conversar. — Hoseok e Changkyun


apareceu, suas asas negras e grandes pareciam tão pesadas. Eles sentaram
no telhado. — Os híbridos estão conosco.

Hoseok: E o que temos haver com isso?

Xiumin: Gostaríamos de pedir para... Pararem de caçá-los... Em troca, vão


parar de matar humanos e... Viverão no nosso território.

Hoseok: E... Porque perdoaríamos todas as mortes que causaram?

Xiumin: Vão respeitar suas leis a partir de agora... E... Vão pedir desculpas.

Hoseok: Essa eu... Pago para ver. — Ele me olhou nos olhos.

Chen: É mesmo, fadinha? — Ele apareceu sentado do meu lado, de olhos


fechados.

Hoseok: Jongdae.

Chen: Hoseok...

Hyungwon: Bem que eu senti o cheiro de purpurina. — Ele apareceu em pé


escorado na chaminé.

Hoseok: Bem que eu senti o cheiro de sarna. — Hyungwon riu sem humor.

Hyungwon: Andou praticando as ofensas?

Hoseok: Eu me esforço... Seguirão as leis?

Chen: É o que tem para o momento.


Hoseok: Aceitamos mas... Queremos um pedido de desculpas. — Ele olhou
os dois com a sobrancelha erguida.

Chen: Desculpa.

Hoseok: Não... Um pedido decente. — Bufei irritado e desci do telhado


entrando em casa, fui seguido por Wonho e Sehun.

Dias depois

Wonho: O que é isso?

Chen: Idiota, não pergunta o que é, estamos no meio de humanos... Finge


que sabe o que é. — Revirei os olhos e continuamos a encher o carrinho
com coisas do mercado, coisas que achávamos que era de comer, as vezes
Kook e Jin nos ajudava com algumas coisas, mas normalmente dormiam no
carrinho.

[...]

Cheguei na sala e me deparei com a cena do Chen esparramado no tapete


como lobo, bufei irritado e passei sobre ele, peguei o livro e sentei na
poltrona. O lobo dormia tranquilamente, mas eu sabia que ele tinha ouvido
eu chegar, comecei a ler ignorando sua presença, ele me irrita.

Kook chegou saltitando, com o Jin e o Hyungwon. Passaram para a cozinha


e Kook foi direto para o lobo deitado no chão acariciou sua cabeça
delicadamente e depois foi para a cozinha, sim, Kook e Jin amam os
híbridos, Kook se tornou mais próximo do Chen, já Jin ficou mais próximo
do Hyungwon.

Hyungwon: Onde estão os outros?

Xiumin: Caçando. — Ele saiu e pude ver ele se transformando em lobo


enquanto corria para a floresta, deduzi que foi caçar, já que ontem eu fui
caçar com o pulguento enquanto eles três ficaram cuidando dos meninos.
Chen: Seu cheiro é irritante. — O olhei e ele estava sentado no sofá.

Xiumin: Como é?

Chen: Você fede...

Xiumin: Você não cheira a exatamente como buquê de flores. — Ele


avançou, parando curvado sobre mim na poltrona.

Chen: Hm... Mas... Seu cheiro é pior. — Ele cheirou meu pescoço e senti
seu nariz roçar no mesmo. — Não dá para se acostumar... Eu juro que
tentei.

Xiumin: Do que está falando, você é metade vampiro.

Chen: Mas não tenho esse cheiro... É enjoativo. — Ele continuou me


cheirando.

Xiumin: Que parar? — Empurrei ele, porém ele me fitou e voltou a cheirar
meu pescoço.

Chen: Eu tô sentindo... — Ele sorriu malicioso.

Xiumin: Sentindo o que?

Chen: Que você me quer... Seu corpo te entrega sanguessuga, meus


instintos não falham. — Ele arqueou a sobrancelha.

Xiumin: ‘Ta viajando. — Ele se curvou em direção ao meu ouvido.

Chen: Devido a nossa herança Lobisomem, somos capazes de saber se


alguém está mentindo. — Ele sorriu e subiu as escadas.

De onde ele tirou isso? Eu o quero, que ridículo, eu sou um vampiro, e ele
um cachorro, ‘ta, metade vampiro, mas eu não o quero, exibido, sem
noção... E bonito, mas isso não vem ao caso. Sorri de lado ao pensar em
uma coisa e foi o que eu fiz, comecei a ler sua mente.
“Fique longe da minha mente, sanguessuga, não posso ler mentes, mas sei
que você está tentando ler a minha”

Ri e voltei a ler.

[...]

Kook: Xiumin... — Os olhei e eles estavam paradinhos no chão, olhando


para mim, desci do telhado e me abaixei na altura deles. — Estamos com
sede.

Xiumin: Como assim? — Espero que não seja o que eu esteja pensando.

Jin: Minha garganta está queimando.

Mas que... Droga.

Entrei em casa com eles e pedi para esperarem, chamei os outros e não
demorou muito para aparecerem.

Xiumin: Estão com sede.

Hyungwon: Bebam água.

Xiumin: Não essa sede... Aquela sede.

Chen: Não disseram que são metade humano, metade vampiro e metade
metamorfo?

Wonho: Sim.

Chen: Porque a parte vampiro está sobressaindo então? Metamorfo e


humano não bebem sangue, comem comida... Era para essas duas metade
sobressair a do vampiro.

Wonho: Vamos ter que ensiná-los a caçar... Por hora, eles podem beber o
que tem aí... — Hyungwon apareceu com as mamadeiras cheias de sangue.

Sim, eles ainda mamam mamadeira.

Os dois se aconchegaram no sofá e começaram a tomar.

Hyungwon: Isso é muito estranho... A parte vampiro sobressai as duas


outras partes... Isso não é bom.

Wonho: Por quê?

Hyungwon: É quase que como se fossem vampiros apenas, porém, a sede é


bem maior, seria a mesma coisa se o meu vampiro sobressaísse o lobo, a
sede é maior em criaturas com mistura e é difícil de saciar, justamente por
isso que a outra parte sempre sobressai a do vampiro... Eu prefiro sangue
do que carne, mas se tiver carne e não sangue, não vou questionar... Já
eles... Se tiver um prato de arroz e eles quiserem sangue, eles não vão
aceitar o arroz.

Olhamos os dois que já dormiam com a mamadeira vazia.

Sehun: O vampiro deles é poderoso...

Chen: Não mais que o metamorfo... Sendo um metamorfo eles podem virar
qualquer um de nós e adquirem os nossos poderes enquanto estiverem na
nossa forma.

Sehun: Mas o vampiro continua sendo o de mais influência... Os poderes


estão no vampiro, o metamorfo é apenas o metamorfo, com habilidades
que um metamorfo comum tem... O vampiro tem habilidades únicas...
Resta saber...

— O que tem na parte humana. — Murmuramos os três juntos.

Chen: Como assim?

Wonho: Quando temos um humano que vira um vampiro, pela mordida...


Esse humano pode vir ou não com poderes, normalmente não,
normalmente ele só vira o vampiro... Porém, se caso a mãe deles carregava
algum gene de poder caso se transformasse, eles também carregam esse
gene... O caso é o gatilho, se tiver, está bem escondido... Eu espero que
não tenha, porque se tiver, o vampiro terá que tomar a parte humana
deles para esse poder aparecer. — Nos olhamos. — Aí meus amigos, que a
coisa vai ferrar mesmo.

Hyungwon: É... Porque eles vão matar... E vão matar muito para conseguir
mais e mais sangue, a sede seria interminável, além de difícil de saciar,
seria difícil de controlar... Então torçam para que não tenham gene de
poder na parte humana.

Dias depois

Jin: Tem uma cobra no nosso quarto. — Apenas eu e Chen estava em casa
com eles.

Xiumin: Como é? — Parei de ler.

Kook: Tem uma cobra desse tamanhão no nosso quarto. — Ele abriu os
braços. — Em baixo da cama.

Xiumin: E como uma cobra foi parar no quarto de vocês?

Kook: Ela disse que veio ver a gente.

Chen: Quê? Ela disse?

Kook: Foi.

Xiumin: Ai mas que droga... — Subi rapidamente para o quarto e estava


tudo normal, abaixei no chão e pude ver os olhos da cobra em baixo da
cama de casal deles. Chen apareceu na forma de lobo e se ouriçou todo
quando a cobra saiu. — Um basilisco filhote?

— O vampiro é esperto... O vampiro sabe... O vampiro conhece. — Sua voz


áspera ecoou pelo quarto.
Xiumin: O que quer? — Chen rosnou quando ela circundou Kook e Jin.

— O que o vampiro acha que eu querer? O vampiro não sabe de tudo...

Xiumin: Quem mandou você?

Sehun: Um basilisco? — Ele chegou com os outros.

— Quem mandou o basilisco? O seu senhor mandou o basilisco... O


basilisco é o primeiro instrutor.

Wonho: Instrutor?

— É, instrutor... Os três instrutores vêm em três fases da vida deles, a


infância, a adolescência e a fase adulta... Quando o terceiro instrutor se for,
a fera irá despertar... O basilisco tira dúvidas, o basilisco ensina.

Xiumin: Que senhor mandou você?

— O mentor mandou o basilisco... Quando minha missão acabar, o


segundo instrutor aparece... O basilisco morre, o basilisco cumpriu seu
trabalho.

Xiumin: E o que eles são?

— Não, essas dúvidas é trabalho do segundo instrutor... O basilisco tira


dúvidas do poder, o basilisco ensina o poder.

Xiumin: Então pode ajudar eles a controlar o fogo, ar, água e terra, para
poderem ficar sem as luvas?

— Não, o basilisco não ensina essa parte, não é trabalho do basilisco, é


trabalho dos garotos, eles aprende na hora certa.

Xiumin: Qual exatamente é o seu trabalho?

— O basilisco ensina o poder da transformação, o basilisco ensina tudo,


exceto os quatro poderes principais.

Xiumin: E o poder da parte humana?

— O basilisco não pode dizer, o basilisco não sabe, é trabalho do terceiro


instrutor.

Xiumin: Então eles realmente carregam algum gene de poder?

— Isso apenas o terceiro instrutor pode dizer.

Xiumin: E se não tiver poder na parte humana, o terceiro instrutor não faz
mais nada?

— Ele tira dúvidas.

Wonho: Isso não é trabalho do segundo instrutor?

— As dúvidas nunca acabam, vampiro... As dúvidas sempre existem.

Sehun: E porque você só apareceu agora? Não deveria ter aparecido


quando viemos ao mundo dos humanos?

— O basilisco só podia aparecer quando os híbridos se juntassem aos


vampiros.

Xiumin: Porque?

— Porque eles ajuda o basilisco a ensinar o poder.

Xiumin: Como?

— Assim como os híbridos, os garotos têm metades diferentes, o basilisco


ajuda, mas os híbridos mostra.

Chen: Então se não tivéssemos nos aliado, você nunca apareceria?

— O basilisco sabe que se juntariam, o mestre sabia.


Chen: Como?

— O mestre ver futuro, o mestre sabe, o basilisco sabe.

Chen: Por que nós que temos que ensinar?

— Porque os híbridos são as criaturas mais forte do mundo... Os híbridos só


ficam atrás dos garotos, mas os híbridos têm conhecimento, os híbridos já
viveram muito...

Wonho: Quando começa o treinamento?

— O basilisco precisa esperar.

Xiumin: Esperar o quê?

— O basilisco está fraco, o basilisco ainda não está pronto...

Xiumin: Quer dizer que você ainda precisa amadurecer?

— O vampiro entende.

Suspirei...

[...]

— O que te atormenta, vampiro?

Xiumin: Quê?

— O basilisco sente.

Xiumin: O cachorro me atormenta.

— O basilisco gostar do cachorro.


Xiumin: Por quê?

— O cachorro é esperto.

Xiumin: Pois eu não gosto dele.

— O basilisco sente.

Xiumin: O quê?

— O vampiro gosta do lobo, o lobo sente.

Xiumin: Não gosto não.

— O basilisco sabe.

Xiumin: Aish...

— O vampiro gosta, mas o vampiro não admite. — Ele se enrolou em seu


corpo próximo aos meus pés.

Xiumin: Qual seu trabalho mesmo?

— O basilisco ensina.

Xiumin: Ótimo, então ensine em vez de ficar dando palpites. — Ouvi um


sibilar, era como risada de cobra, li seus pensamentos e de fato ele estava
rindo.

— Isso prova o que o basilisco disse.

Xiumin: Por quê?

— O vampiro ficou na defensiva, o vampiro sabe que é verdade. — Bufei e


ele riu novamente, provando o ar com a língua, não demorou muito para
ele descansar a cabeça no alto do corpo e dormir.

Chen: Alguma novidade? — Me remexi desconfortável e ouvi os


pensamentos da cobra.

“O basilisco avisou”

Quis estrangular essa cobra.

Xiumin: Não...

Chen: Quanto tempo será que dura para ele amadurecer?

Xiumin: Espero que não muito, ele tem umas ideias malucas.

“O basilisco sabe, o basilisco sente que o vampiro não tirou os olhos do


lobo desde a hora que ele entrou, o basilisco não se engana”

Fitei a cobra, minha raiva só aumentou, cobra idiota.

— Shin Hoseok —

Hyungwon: Acho que... Essa cobra aqui vai nos ajudar e muito... Eles
precisam aprender sobre os próprios poderes e como usá-los. — Ele estava
preparando algo para Jin e Kook comerem, ainda bem que não pediram
sangue mais.

Fitei suas costas, ele tinha um corpo semelhante ao meu, eu acho que é
por causa do lobo interior, seus cabelos lisos e castanhos caiam sobre seus
olhos, ele é tão belo, me pergunto como é possível a junção de um
lobisomem com um vampiro gerar algo tão... Bonito.

Hyungwon: Você está me escutando? — Ele balançava a mão diante dos


meus olhos.

Wonho: Hã?

Hyungwon: Estou falando com você, te fiz uma pergunta.

Wonho: Desculpa, pode repetir?


Hyungwon: Eu perguntei se vocês não dormem.

Wonho: Se a gente quiser... Sim... Mas não é uma lei, não é necessário...
Mas é bom para estarmos bem descansados durante uma caçada.

Hyungwon: E vocês dormem como?

Wonho: Como assim?

Hyungwon: Em caixões, fosso, o que?

Wonho: Dormíamos em caixões, era bom para escapar da luz solar, nossa
pele é um tanto sensível, vem cá, você é um vampiro, sabe dessas coisas.

Hyungwon: Não, minha parte lobo sobressai a do vampiro, eu tenho


reflexo, eu durmo porque é uma necessidade, eu como, eu não sei muito
sobre vampiros, não aprendi muito, minha mãe morreu cedo... Tem umas
teorias estranhas sobre vocês, como, é verdade que vocês só podem entrar
numa casa se forem convidados?

Wonho: Sim.

Hyungwon: E vocês podem comer comida humana, não podem?

Wonho: Sim, mas não dá sustento algum...

Hyungwon: Quantos anos vocês têm?

Wonho: Eu tenho 213, Xiumin 235, Sehun 202.

Hyungwon: Bom, todo mundo sabe que um vampiro é muito belo... Mas
essa beleza de vocês tem algum poder?

Wonho: Sim.

Hyungwon: Que tipo?


Wonho: Somos capazes de hipnotizar humanos, fazendo-os agir conforme
nossas vontades.. Podemos também extrair a verdade de um humano ou
fazê-lo esquecer acontecimentos recentes, porém, Xiumin pode fazer a
pessoa esquecer qualquer acontecimento que ele quiser, de qualquer
tempo... Mas... O glamour pode causar danos mentais, é uma habilidade
que deve ser aprendida e praticada para se tornar eficiente...

Hyungwon: Sua voz é encantadora. — O fitei. — Vocês... Ficam excitados?

Wonho: Como é?

Hyungwon: Sabe o que quero dizer... Vocês são um morto-vivo... De acordo


com meus conhecimentos, é impossível.

Wonho: Não é impossível.

Hyungwon: Então vocês ficam?

Wonho: Sim...

Hyungwon: Como é possível?

Wonho: Vampiros foram bestas sexuais por um longo tempo... Sugamos


sangue suficiente para manter nossa bomba de amor em fluxo.

Hyungwon: Hm... Bestas sexuais... Ouviu isso Kook?

Kook: Ouvi mãe. — Sim, eles chamam ele e o Chen de mãe. — O que é
sessual’? — Ri.

Wonho: Nada Kook...

Kook: Ok...

Hyungwon: Então vocês ainda são? Ou foram?

Wonho: Ainda temos muitos desejos... — Ele me olhou com a sobrancelha


erguida.
Hyungwon: Então, se vocês podem... Estar excitados, podem ter filhos, já
que Kook e Jin tinham uma mãe humana...

Wonho: É, mas só podemos ter se for com um humano... Com uma


vampira, não.

Hyungwon: Por quê?

Wonho: Quando uma mulher fica grávida, seu corpo terá que mudar para
que o bebê cresça... Mas um vampiro não muda, ele passa a eternidade do
mesmo jeito, corpo, cabelo, unha, rosto, pele, tudo do mesmo jeito...
Então, mesmo que o óvulo seja fecundado o feto não poderá se
desenvolver, pois o corpo não poderá se modificar para realizar essa
função... Como vampiras não podem ter filhos, antigamente elas
transformavam um bebê e tomavam como filho.

Hyungwon: Então vocês vinham direto no mundo dos humanos para


procriar?

Wonho: Não... Normalmente um vampiro só vai atrás de uma humana


quando ele também era um humano antes.

Hyungwon: Como assim?

Wonho: Quando um homem é transformado em vampiro, a primeira


pessoa que ele iria procurar era sua esposa, resultando em um bebê,
normalmente a vítima nunca tem esposa... Nós vampiros não temos
interesse nos humanos...

Hyungwon: Como um vampiro nasce?

Wonho: Existem várias maneiras diferentes, desde a mais simples a mais


complexa, e que podem ser divididas em três... Primeira, os que admitem a
transmissão com uma única mordida ou ataque... Segunda, um ancião cria
um vampiro... E terceira, se cruzar com um humano e nascer vampiro...
Pera ai... Como a sua mãe deu à luz a vocês?
Hyungwon: Ela se tornou vampira... Depois que engravidou... Foi mordida,
ela era humana... Isso no final da gestação do Chen, mas aí, não sei como,
quando ele nasceu, eu estava na barriga dela também... Porém, eu não
estava formado, mas como o Chen saiu, deu espaço para mim crescer,
então... Quando eu estava prestes a nascer, mataram ela, meu pai me tirou
e então... Ele me entregou para o Chen e... Nunca mais o vimos... Ele foi
morto.

Wonho: Entendi.

Hyungwon: E você, como foi criado?

Wonho: Um ancião.

Hyungwon: Entendi...

O fitei enquanto ele dava comida na boca do Kook, o mesmo estava


concentrado em seu desenho, ele me olhou e ficamos longos minutos nos
olhando, até que o basilisco chegou ali, Kook acariciou a cabeça dele e ele
nos olhou.

— O basilisco está pronto.

Hyungwon: Já? Amadureceu rápido em? — Ri.

— O basilisco é esperto.

Sorri o olhando, agora seu tamanho estava um tanto maior, ele possuía
mais dentes do que antes, e sua pele parecia brilhar.

Kook: Você vai crescer mais?

— Eu vou, o basilisco vai crescer a altura de um cavalo.

Kook: Legal... — Ele sorriu com seus pequenos dentinhos de coelho.


Capítulo 6 — Sol
— Kim Minseok —
— Os vampiros têm um cronômetro? — Assentimos, estávamos do lado de
fora da casa, fui pegar e depois voltei. — Os garotos têm a rapidez do
metamorfo e do vampiro... Ou seja, podem chegar como um raio e
sumirem como fumaça... O basilisco quer ver o que sabem. — Kook deu a
volta na casa em 5 segundos e Jin em 7. — Mais rápido. — Eles foram
novamente, porém no mesmo tempo de antes. — Para liberar sua
velocidade interior, os garotos têm que pensar na velocidade, liberar a
mente, mostra para eles, lobo. — Chen deu a volta na casa em 3 segundos.
— Os garotos vê? Mas podem ir mais rápido que ele... — Ele começou a
rastejar, porém com a cabeça erguida. — Quando o garoto corre, o garoto
sente, para sentir o garoto tem que liberar sua mente, algo rápido?

Jin: Um tigre... — Ele bateu palminhas.

— Mais rápido...

Kook: Um raio...

— Muito mais...

Jin: Não tem...

— Tem, os garotos... Para liberar a energia, os garotos se concentram em


apenas um poder... Mas primeiro, um metamorfo tem o poder de anular
sua parte humana, para anular a parte humana, os garotos têm que
esquecer que ela está ali, só assim os garotos conseguirão atingir o máximo
do poder, o homem está atrapalhando os garotos... Um metamorfo pode
desligar sua parte humana... Desliguem a parte humana e quando quiser,
liguem de novo... É um gatilho, mas cuidado, não devem se concentrar
apenas no metamorfo, estou dizendo para desligarem apenas a parte
humana, não a parte vampira, sintam as duas metades e anulem a
terceira... Os garotos fecha os olhos, os garotos sentem.

[...]

Wonho: Eles não vão conseguir.


— O vampiro precisa dar tempo aos garotos. — Já era noite, bem tarde por
sinal.

Sehun: Correm devagar... Muito devagar... Isso não tem a ver com a altura,
tem?

— Os garotos não sentem, os garotos precisam sentir... As pernas curtas


não são nada.

A cobra se enrolou em seu corpo e pousou a cabeça no alto, então ele


dormiu tranquilamente nos meus pés.

Chen: Vamos ter que... Parar de caçar... Por hora.

Hyungwon: Sentimos a presença de criaturas em território asiático.

Sehun: O que são?

Chen: Não sabemos... Mas suspeito que sejam... — Ele nos olhou. —
Harpias ou... Fúrias. — Era só o que me faltava.

Hyungwon: E não estão aqui para dar boas vindas... Estão aqui para matá-
los... Um lobo não dá conta se ela levantar vôo... — Ele me olhou. —
Vamos... Suspender a caça... Quando souberem o que o basilisco é, vão
querer matá-lo também... — Me concentrei nos pensamentos da cobra,
mas ela realmente estava dormindo.

Sehun: As coisas estão... Ficando difíceis... — O olhamos. — Estamos


atraindo muitas criaturas por causa dos poderes usados frequentemente...
Temos que agir mais como humanos... Mas agora não dá, o basilisco está
ensinando eles, e nisso muitas criaturas vão vir... Temos que estar
preparados para receber qualquer coisa.

Hyungwon: A maioria vão vir para matá-los... São poderosos, são uma
ameaça...

Xiumin: Vamos suspender a caça... — Concordamos e ficamos longos


minutos em silêncio fitando a floresta. — O que sabem sobre o clã do
Hoseok?
Chen: Primeiro, ele não é o líder... Segundo, protegem os humanos a todo
custo... Terceiro... — Ele deu uma pausa. — Odeiam os sanguessuga mais
do que os outros de sua espécie... E... São considerados os... Reis de sua
espécie, por serem mais poderosos e machos... Aqui na Ásia só tem eles,
mas tem mais algumas espalhadas por aí, esbarrei com umas... E devo
dizer... Criaturas horríveis.

Sehun: Hoseok não é o líder?

Hyungwon: Acreditem ou não, mas... Hoseok é irmão de dois deles.

Sehun: Não conhecem os outros 3?

Hyungwon: Não... Os outros três não são muito... Receptivos... Eu os vi de


longe apenas... Conheci Hoseok há 340 anos. — Arregalei os olhos, como
assim são mais velhos que nós? Nunca ouvimos falar deles.

Sehun: Porque protegem os humanos e porque gostam tanto deles?

Chen: Hoseok e seus irmãos são trigêmeos, mas não idênticos, vocês
sabem que nenhuma criatura que nasce gêmeos, é de fato gêmeos, só
nascem no mesmo dia... A mãe de Hoseok era amiga da mãe de
Changkyun, que é gêmeo de outro lá... — Assentimos. — Humanas...

Wonho: Como isso é possível...?

Chen: Calma... Vou chegar lá... Quando ficaram grávidas... Foram


brutalmente assassinadas por... Vampiros... ‘Ta aí a causa por protegerem
os humanos.

Xiumin: E o que diabos eles fazem no mundo se as mães foram mortas na


gravidez?

Chen: Calma... — Ele me olhou sorrindo. — Eu vou chegar lá dentinho. —


Sorri. — Sendo brutalmente assassinadas por vampiros, mas não mataram
elas, mataram para elas voltarem, elas voltaram... Mas voltaram como?

Xiumin: Vampiras.

Chen: Exatamente... O que eles não sabiam... Era que os bebês herdariam o
gene do vampiro... Resultando no que vocês já conhecem... Entretanto,
nasceram machos... Mas não era para nascerem horríveis em vez de belos?
Sim, mas... Desde o início eram humanos, viraram criaturas depois. Tomem
nota de que... A raça deles não é como a nossa, tipo junção de vampiro
com lobisomem, a raça deles é tipo um erro genético, não tem uma lei,
tipo cruza tal raça com um vampiro que vai dar um deles, eles são erro
genético que afeta quem...?

Sehun: Criaturas fêmeas em desenvolvimento no útero.

Chen: Pois bem, nasceram, e as mães viveram lá seus anos como vampiras,
mas de novo... Foram mortas por vampiros... Por quê? Você me pergunta...
Porque os bebês, assim como os cabritinhos, nasceram diferente de sua
espécie... Pra começar nasceram homens, em seguida, mais poderosos, por
serem homens e por não serem erro genético... O que isso significa pra sua
espécie?

Wonho: Uma ameaça.

Hyungwon: Exatamente... Mataram as mães para conseguir os bebês e


matar eles também... Os pais morreram depois, não pelos vampiros, mas
se mataram... Por quê? Isso vocês teriam que perguntar aos filhos... Já deu
pra captar porque virou lei os vampiros não morderem humanos quando
viessem ao mundo deles, né? Se as mães estivessem como humanas, eles
não teriam nascido monstro, a culpa de eles nascerem assim, não é deles,
não é da espécie dos pais, é de vocês... Vocês criaram uma ameaça para
vocês mesmos e depois quiseram matar essa ameaça.

Xiumin: Protegem os humanos porque as mães eram humanas, acham que


os humanos não merecem um destino como a mãe deles...

Hyungwon: Exatamente...

Xiumin: As guerras são de muitos séculos... Estava errado quando disse que
nasceram antes da primeira da espécie deles... A primeira da espécie deles
nasceu a mais de 100 anos D.C.

Hyungwon: Nunca entendi direito o motivo da guerra, e nem quero


entender.
Wonho: Quem foi os pais deles?

Chen: Eu não sei, não me lembro de dois homens se matarem.

Sehun: Se nos odeiam mais que o normal... Porque deixaram ficarmos?

Hyungwon: Hoseok não gosta de guerras, ele evita o máximo, assim como
seus irmãos...

Sehun: Você disse que ele não é o líder, quem é?

Hyungwon: Não sei... Mas ele é belo, muito belo... A beleza dele é tanta
que é usada como arma... Ele é... — Ele deu uma pausa. — Gracioso...
Porém, ele não é líder, tipo “O Líder”, só falam que é ele porque todo clã
tem um líder, normalmente os cinco lideram.

Wonho: Eles falam com freqüência com as outras de sua espécie?

Hyungwon: Não... Mas quando eles chamam, elas vem, vocês sabem que
elas vivem nas sombras... É raro ver uma delas fora.

Wonho: E como vivem?

Hyungwon: Como humanos, estudam, andam com os humanos, falam com


os humanos, agem como humanos na maior parte do tempo, se você os vir
na rua, vai ser difícil dizer que não são humanos.

Dias depois.

Estava sentado na poltrona do meu quarto lendo, ultimamente eu tenho


lido muito para tentar descobrir o que Kook e Jin são, mas até agora não
obtive muito sucesso.As histórias antigas e até mesmo as histórias que
humanos inventam, nada retrata algo semelhante a eles, são únicos.

Xiumin: O que você quer?

“Porque tanta hostilidade?” — Chen.

Xiumin: Porque você é um cachorro pulguento e irritante.


“Já falei para não mentir” — Chen

Xiumin: Sai daqui Jongdae.

“Apesar de realmente querer sair correndo para longe de vocês, vampiros,


por conta do fedor repugnante, eu vou ter que ficar.” — Chen

Xiumin: Fique longe do meu quarto.

“Bem que eu queria” — Chen

Xiumin: O que você quer?

“Hoje é a nossa vez de levar os cabritinhos para caçar” — Chen

Suspirei e levantei.

Kook: Pai, hoje a gente vai caçar... Né? — Ele bateu palminhas.

Jin: Eu quero um veado desse tamanhão. — Ele abriu os bracinhos.

— O basilisco gosta quando vão caçar, o basilisco acha que aprendem mais
sobre os poderes. — Sorri e ele nos acompanhou até a porta.

[...]

Xiumin: Abaixe-se... — Ele abaixou. — Isso... Silêncio... Espere ele estar em


uma posição agradável para ataque... Não se mova... Quando eu disser,
você vai... — Observei o animal comer e quando ele virou de lado eu dei o
sinal a Jin, porém ele não conseguiu, deixou escapar, em vez disso, caiu de
bunda no chão, Kook riu e o irmão acabou rindo também.

Kook: Você caiu de bunda no chão...

Chen: Você fez muito barulho, ele te ouviu antes mesmo de você pensar
em atacar.

Jin: Mãe... Estou cansado.


Chen: Ok, vamos pra casa.

Kook: Caça pra gente...

Chen: Não, se não podem caçar, não podem beber sangue, vamos pra casa.

Jin: Ah não... Só dessa vez... Por favor... — Ele juntou as mãos, acabei rindo.

Chen: Faz alguma coisa de útil e caça para eles. — Ele me deu um
empurrão de leve, sorri e ele sorriu me olhando. — Quem quer ver Xiumin
caçando? — Os dois levantaram a mão. — Ok, vamos subir nessa árvore. —
Eles deram um salto e subiram.

Corri em meio a árvores e vi um pequeno coelho, acho que era suficiente


para eles... Mas então vi uma corça, ela olhou na minha direção e eu
abaixei... Quando estava pronto, ataquei e tratei logo de matar.

Jin: Oba... A gente pode? — Assenti e limpei o canto da boca. Virei-me e


escorei as costas na árvore, os observando.

Chen: Ótimo trabalho, dentinho.

Xiumin: Eu me esforço.

Chen: Não se gabe, uma corça, até eu pegaria.

Xiumin: ‘Ta duvidando das minhas capacidades de caça, pulguento? — Ele


colocou a mão no tronco da árvore e me olhou nos olhos.

Chen: Estou... — Sorri. — Você tem um sorriso tão... Filho da mãe. — Ri e


ele se virou. — Acabaram? — Eles assentiram. — Se livra do corpo,
dentinho. — Ele se transformou e os dois subiram nas costas dele, então
eles foram pra casa.

Xiumin: “Se livra do corpo, dentinho” — O imitei enquanto peguei a corça,


depois de enterrá-la calmamente, voltei para casa caminhando
lentamente.

Quando cheguei, eles já estavam tomados banho e o basilisco estava


ensinando coisas para eles na sala, local onde afastamos os móveis para
eles terem mais espaço, subi para o quarto e tirei a roupa para tomar um
banho, ai você me pergunta “porque não se limpa sozinho?” porque
estamos tentando ser humanos, simples.

Dias depois

— Shin Hoseok —
Estávamos de vigia no telhado, já que nós não precisávamos dormir, na
verdade, nesses dias não temos caçado, nem dormido, nossas energias aos
poucos iam ficando mais fracas, desci do telhado e entrei em casa, subi no
meu quarto para pegar o livro e fitei a porta do quarto do Hyungwon.
Entrei e fiquei o observando dormir, acabei sorrindo, ele não estava
acostumado a dormir como humano. O mesmo acordou, sentou na cama
coçando os olhos e olhando em volta, sorri e ele me olhou.

Hyungwon: Uh, você me assustou. — Ele sorriu.

Wonho: Desculpa... É difícil te olhar dormir quando você tem sentidos


ótimos. — Ele abraçou o travesseiro.

Hyungwon: Está cansado? Posso... Trocar com você.

Wonho: Sou um vampiro, não durmo por necessidade, já falamos sobre...


— Ele sorriu. — Mas confesso que minhas energias estão esgotadas sim...
Se eu estivesse caçando, estava tudo bem.

Hyungwon: Eu sei, estão meio que... Acabadinhos.

Wonho: Acabadinhos?

Hyungwon: Relaxa, vocês ainda são bonitos. — Ri.

Wonho: O que te faz pensar que um vampiro liga para beleza?

Hyungwon: Tudo... Troca comigo, não caçamos há quase um mês e vocês


não dorme nesse tempo também.

Wonho: Não deveria se preocupar com... Um morto-vivo. — Sorri e


levantei, em seguida saí do quarto voltando para o telhado.
Sehun: Hoje... Jin me perguntou se... Vamos estar sempre juntos.

Wonho: E o que você disse? — Ele suspirou.

Sehun: Eu disse que... Não sabia... Disse que se um dia deixarmos de existir,
eles são fortes e se virariam sozinhos... Então ele disse que não... Disse que
ficariam fracos até deixarem de existir também... Ele me disse que... Quer
nossa família unida por toda eternidade. — O fitei. — Disse que se não
estivermos juntos, não há razão para vivermos... — Ele riu. — Ele fala
igualzinho o pai.

Xiumin: Kook me disse que não suportariam perder... Os pais de novo...


Eles se lembram... Ele disse que somos mais fortes juntos.

Wonho: Eles têm algo que nós não temos.

— O quê? — Perguntaram juntos.

Wonho: Esperança.

[...]

Chen: Então... Vamos caçar todo mundo...

Xiumin: Não dá.

Hyungwon: Por quê?

Xiumin: O basilisco não acompanha.

— O basilisco pede desculpa.

Wonho: Tudo bem...

Hyungwon: Vocês estão exaustos, se formos atacados, vocês não dão


conta... Temos que dar um jeito nisso... — Ele suspirou. — Eu vou caçar e
vocês ficam aqui.

Chen: É uma boa... — Concordamos e ele foi.


Cerca de uma hora depois ele voltou com a bolsa, o seguimos para a
cozinha e ele colocou os potes de sangue na geladeira. Você deve estar se
perguntando como colocamos sangue de animal nos potes, simples,
usamos seringas grandes, a gente mata o animal e pega o sangue.

Hyungwon: Toma... — Ele me entregou um copo cheio, outro para Xiumin


e outro para o Sehun. — Eu peguei o suficiente, tive que matar mais, mas...
Já é um estoque para o mês. — Tomei tudo em um gole só. — Mais? —
Assenti e ele encheu o copo. Nós três tomamos uma garrafa inteira, depois
Sehun e Xiumin foram pesquisar coisas na internet.

Kook: Pai eu quero... — Ele sentou no meu colo, Hyungwon me entregou a


mamadeira e eu coloquei o restante do sangue do meu copo na
mamadeira dele. Ele escorou no meu peito e eu dei calmamente para ele,
até que acabou.

Wonho: Deixa o papai ver as presinhas. — Ele abriu a boca. — Hm...


Cresceram um pouquinho.

Kook: Vou ter presas iguais a de vocês?

Wonho: Talvez demore um pouco, mas sim.

Kook: Legal... — Ri e não demorou muito para ele adormecer em meu colo.
Fiquei ali na cozinha com ele, enquanto eu lia, ele dormia tranquilamente.

Hyungwon: O que você tanto lê?

Wonho: Estou vendo se... Descubro o que são por meio desses livros
antigos.

Hyungwon: Um livro de... — Ele pegou o livro da minha mão e fechou


olhando a capa. — Mitologia? Por acaso somos seres mitológicos? — Ri.

Wonho: Para os humanos, sim... — Abri o livro e ele sentou do meu lado.
— Mas o que achei, de mistura com vampiro é o que já sabemos.

Hyungwon: Não vamos achar a resposta em um livro feito por humanos...

Wonho: Não custa nada tentar... Meu cheiro não te incomoda? — Ele
estava bem perto.

Hyungwon: Nada que eu não possa suportar... — Assenti. — E o meu? Te


incomoda?

Wonho: Posso suportar. — Kook abraçou meu pescoço e se aconchegou


mais em meu colo. — Você... — O olhei e ele também me olhou, ele é mais
bonito ainda de perto. — Você... — Desviei o olhar. — Uh... Você acha o
quê?

Hyungwon: É, talvez a gente ache alguma... Coisa.

Wonho: Então... Hã... Aqui não tem muita coisa... Há não ser fatos sobre
vampiros. — Ele assentiu.

Hyungwon: Quer colocá-lo na cama?

Wonho: Não... Daqui a pouco o treino individual do Jin acaba e o dele


começa. — Ele assentiu e eu o fitei.

Hyungwon: Eles gostam de passar tempo com vocês. — Sorri.

Jin: Mãe... Olha, meu dente caiu. — Ele estendeu a mão mostrando o
pequeno dentinho de leite e sorrindo mostrando o local de onde o dente
foi arrancado.

— O basilisco arrancou, o dente já estava mole.

Jin: Kook... Olha. — Kook acordou olhando o dente.

Kook: Legal... Posso arrancar o meu também?

Hyungwon: Pode... Quando estiver mole.

Kook: Pai vê se meu dente ta molinho. — Ele abriu a boca e eu olhei.

Wonho: Não... Ainda não.

Sehun: Que isso? — Ele pegou o dente da mão do Jin. — Oh... Um dentinho
de leite.
Kook: Pai eu quero um dente de leite.

Sehun: Você vai ter um dente de leite quando o seu ficar mole.

Jin: Vou guardar no potinho. — Ele saiu correndo com o dentinho e Kook
logo atrás.

Chen: E o treinamento?

— Os garotos estão começando a aprender.

Wonho: Isso é bom, hm?

— O basilisco acha que é ótimo...

Hyungwon: ‘Ta com fome?

— O basilisco esta bem.

Ele come comida de gente, o mesmo nos disse que ele foi criado para
facilitar não dificultar, então ele come o que tiver.

Chen: Ok, mas se sentir fome, nos avise.

— O basilisco aprecia suas preocupações... O basilisco vai descansar para


ensinar o próximo garoto. — Ele saiu da cozinha.

Xiumin: Bom descanso! — Ouvi seu sibilar de riso.

— O basilisco agradece. — Sua voz ficou distante.

[...]

Hyungwon: Temos que comprar roupas para os dois... Eles estão


precisando de mais.

Xiumin: De manhã a gente vai.

Chen: E... Tem um brinquedo que eles me pediram hoje.


Sehun: Que brinquedo?

Chen: Eu não sei o nome, é um urso, quando aperta ele brilha.

Xiumin: Ah, eu vi o comercial.

Wonho: Compramos amanhã.

Hyungwon: Mas... E o basilisco?

Xiumin: Ficamos de longe enquanto você e Chen compra com eles. — Eles
assentiram.

Chen: Não acho que... Vão nos atacar em público.

Wonho: Por quê?

Chen: Muitas pessoas juntas... Digo, perderiam a gente de vista fácil.

[...]

— Kim Jongdae —
Então ficou assim, Sehun, Xiumin, Wonho e o basilisco ficariam nos
vigiando de longe enquanto comprávamos as roupas dos meninos. Até
agora não aconteceu nada de anormal.

— Bom dia... — Ela sorriu, sorrimos de volta.

Ela estava atrás do balcão enquanto olhávamos as roupas, a mulher não


tirava os olhos da gente, a olhei com o cenho franzido e ela parou. Mas
quando me virava, podia sentir seus olhos sobre mim.

Chen: Você... ‘Ta sentindo algum cheiro estranho? — Murmurei.

Hyungwon: Não... — Ele olhou a mulher por cima do meu ombro.

Chen: Aquela mulher... Esta estranha. — Fingi estar olhando as roupas.

Hyungwon: Também acho... Vamos... Sair. — Enrolamos um pouco e fomos


para sair da loja, porém a porta estava fechada, as luzes apagaram e os
humanos que tinham ali dentro começaram a gritar quando Hyungwon se
transformou. Olhei o balcão e a atendente tinha sumido, olhei do meu lado
ela estava lá com seus olhos estranhos focados nos dois atrás de mim.

— Já vão? Fiquem mais. — Hyungwon rosnou e pulou em cima dela, porém


ela se transformou e levantou vôo fazendo os humanos ali dentro gritarem
e abaixarem, olhei em volta e tinha mais duas dela, eram fúrias.

"Xiumin... É uma boa hora para aparecer" — Chen.

Eles não apareceram, em vez disso Hyungwon ficou entre nós e elas.

Chen: O que vocês querem?

— Entreguem os garotos... — Ri sem humor.

Chen: Isso não vai rolar.

"Xiumin? Sehun? Wonho?" — Chen.

Chen: Onde estão...

— Os vampiros? Demos um jeito neles.

Sem perder tempo, Hyungwon avançou em uma decepando a cabeça


fazendo vários humanos gritarem. Então vi os olhos vermelhos de Wonho
na escuridão atrás das outras duas, ele fez sinal de silêncio com o indicador
e sumiu novamente. As outras levantaram vôo para ficar longe de
Hyungwon, mas como estávamos dentro da loja, ele pulava e alcançava
elas que gritavam chamando o resto do bando.

Olhei para cima e vi os olhos vermelhos de Sehun, ele esperou um tempo e


quando achou que podia, pulou nas costas de uma delas, quebrando
costelas e outros ossos com as mãos, ela se dissipou. Faltava uma, mas eu
sabia que mais chegaria se não fossemos rápidos. Wonho apareceu tão
rápido e matando a outra que eu nem vi tal momento, as luzes acenderam,
Xiumin apareceu e os humanos gritaram quando viram o basilisco.

Xiumin: Vão indo eu vou apagar a memória deles... — Ele foi interrompido
por um grito agudo de uma fúria. — Wonho use a névoa. — Ele mexeu as
mãos.

Chen: Pra quê?

Wonho: Para que os humanos lá fora não vejam as fúrias... Ao invés disse,
verão algum pássaro comum. — Assenti e Xiumin foi nos seis humanos que
tinham ali, apagando a memória em seguida os fazendo dormir. Hyungwon
pegou roupas com a boca e saiu para um canto da loja, logo voltou como
vampiro.

Xiumin: Sehun certifique-se de que ninguém lá fora viu alguma coisa. — Ele
saiu da loja, em minutos ele voltou.

Sehun: 1 boa notícia, 1 má e 1 péssima.

Wonho: Não quero nem saber.

Hyungwon: A boa...

Sehun: Ninguém viu... A má é que tem pelo menos 15 fúrias aqui... A


péssima... O sol está estampado no céu.

Wonho: Eu disse que não queria saber. — Ele continuava controlando a


névoa.

Acho que estamos em maus lençóis.


Capítulo 7 — Sonhos
Sehun: Pode controlar a névoa até que ponto?

Wonho: Que ponto você quer? — A névoa girava nos dedos dele e em cima
da mão mostrava as fúrias do lado de fora, ele estava concentrado.

Sehun: Pode controlar enquanto lutamos?

Wonho: Posso... Só preciso de tempo.

Xiumin: Vamos... Atrair elas para dentro da loja. Em grupos, enquanto ele
controla as do lado de fora...

Wonho: Não posso ser interrompido... Se não a névoa vai se dissipar e os


humanos vão vê-las... — Fumaça saia da boca dele enquanto ele falava, ele
estava em volta de uma névoa branca e seus olhos brilhavam mais do que
o normal.

Xiumin: Pode se mexer agora?

Wonho: Não... Já comecei... Não posso parar.

A maneira que ele fazia era impressionante, ele movia as mãos tão
lentamente.

Xiumin: Ok... Mas precisamos ver elas... Você precisa deixar a gente vê-las.

Franzi o cenho e abri a porta da loja, olhei para cima e vi... Passarinhos?
Entrei novamente.

Wonho: Não saiam da loja... Vou usá-la fora, aqui dentro vou anular. — Ele
continuou os movimentos com uma mão só e com a outra estalou os
dedos, soprou névoa nos mesmos e eu olhei pelo vidro, agora eu podia ver
a fúrias. O olhei, uma mão ele controlava a névoa aqui dentro, a outra a de
fora.

Sehun: Fechem a loja. — Abaixamos a porta de aço e apagamos as luzes.


Chen: Fiquem atrás do Wonho. — Falei com o basilisco e com os garotos.
— Se fúrias vierem para cima dele, nos avisem.

Ficamos longos minutos em silêncio esperando elas entrarem, até que duas
entrou, me transformei e pulei em uma. Mais foram entrando e comecei a
achar que não daríamos conta.

Kook: AQUI... — Eles abaixaram e uma voava em direção a Wonho, pulei na


mesma e decepei a cabeça. — Outra... — Tarde demais, a fúria enfiou suas
garras nas costas do Wonho, ele caiu de joelhos com uma expressão de
dor, mas não parou com a névoa.

Wonho: Andem... Depressa. — O basilisco se enrolou ao redor da fúria que


estava nas costas dele e quebrou os ossos, a fazendo dissipar.

Xiumin: Chen o proteja... — Fiquei na frente dele e matei várias que


vinham para cima.

Jin: ATRÁS DE VOCÊ... — Uma enfiou as garras nas costas do Xiumin. Eu ia


ajudar, mas ele advertiu para ficar, então ele se livrou facilmente dela.

Sehun lutava graciosamente, nem parecia que ele estava lutando, na


maioria das vezes ele pegava o monstro de surpresa e quebrava os ossos
das costelas. As que vinham tentar pegar ele de surpresa, ele simplesmente
dava estrelinhas ou mortais se desviando e caindo em cima do monstro.
Xiumin não era diferente, às vezes ambos se juntavam e Sehun o pegava
pelo braço, o fazendo girar e abater várias ao mesmo tempo.

Quando mataram a última, os três caíram exaustos, Wonho parou com a


névoa e olhou as costas.

Wonho: Chen... — Peguei uma roupa, fui me trocar e voltei, apenas um


filete de sangue escorria das costas dele. — Tira... As unhas.

Chen: Isso vai doer... — Ele assentiu e eu puxei uma unha, ele gritou. Kook
e Jin esconderam o rosto e pedi para o basilisco sair dali com eles, ele os
levou para o fundo da loja. — Posso? — Ele assentiu e eu puxei mais uma.
— Faltam quatro... — Ele assentiu com uma expressão de dor. — Tudo
bem?

Wonho: Sim...

Chen: Essa vai doer mais, está no seu coração... — Ele assentiu e antes que
ele se concentrasse na dor, eu puxei, o fazendo gritar, puxei a outra e
faltava duas, as que eu ia puxando, jogava no chão e elas dissipavam. —
Vou puxar as duas de uma vez, está bem? — Ele assentiu e eu puxei as
duas, em seguida o ajudei a levantar.

[...]

— Shin Hoseok —
Hyungwon: Estou curioso. — Ele suturava minhas costas, mesmo eu
dizendo que não era necessário, mas ele disse que assim se curaria mais
rápido.

Wonho: Com o que?

Hyungwon: Porque vocês sangram? Não estão mortos?

Wonho: Essa foi à pergunta mais tosca que você já fez. — Ele riu. — Como
não sangramos se para transformar um humano, o sangue do vampiro é
necessário?

Hyungwon: Oh... Verdade. — Ri.

Wonho: É mais difícil para nós sangrarmos comparado a um ser humano,


devido a nossa maior resistência e invulnerabilidade. Podemos sangrar
como um ser humano, mas exige muito mais força para nos danificar, eu
quase não sangrei com o ataque da fúria, derrubei apenas um filete de
sangue... E nos curamos rápido, esse curativo é desnecessário.

Hyungwon: Calado... — Sorri. — E a transformação?

Wonho: Para transformar um ser humano, o ser humano tem que ter
sangue de vampiro em seu corpo, então a pessoa tem de ser morta e,
finalmente depois de voltar, precisa beber sangue humano.

Hyungwon: Entendi, pensei que não... Podiam ser feridos.

Jin: Você vai morrer?

Wonho: Não. — Sorri. — Precisa muito mais que fúrias para me matar... —
Jin sorriu.

Hyungwon: Posso perguntar como um vampiro pode ser morto?

Wonho: Talvez um dia eu te conte.

Hyungwon: Pensei que fosse com uma estaca de madeira ou de prata.

Wonho: Isso é mito... Ela apenas impede o coração de bombear sangue, e


com isso impedem qualquer movimento até que a estaca seja retirada.

Hyungwon: Hm... Estou curioso quanto à morte de vocês.

Jin: Com facada no coração?

Wonho: Não... Qualquer coisa que cause dano a um mortal causa pouco
dano ao vampiro.

Hyungwon: Cruz e água benta?

Wonho: Não, isso também é mito... Não nos afeta em nada, alguns
vampiros até gostam de cruzes.

Jin: Decapitação.

Wonho: Mito, alguns vampiros conseguem se regenerar, demora, mas


conseguem.

Hyungwon: Ah, sei lá... Alho?


Wonho: Esse é o mito mais patético, o cheiro do alho apenas nos afasta,
admita, o cheiro de alho é ruim até para um humano, imagina nós que
temos o dobro de sentidos, só nos faz afastar alguns centímetros.

Jin: Luz solar...?

Wonho: Apenas nos enfraquece e queima, mas não mata.

Hyungwon: Ah, já sei... Fogo?

Wonho: Não, mas preferimos ficar um tanto distantes.

Jin: Magia?

Wonho: Não, apenas nos faz recuar.

Jin: Ah, pai, desisto. — Sorri.

Wonho: Querem mesmo saber como um vampiro pode ser morto?

— Sim. — Eles responderam juntos.

Wonho: Por um lobisomem. — Hyungwon parou de mexer nas minhas


costas, levantei e coloquei a camisa.

Hyungwon: É sério? — Assenti. — Como?

Wonho: A mordida de um lobisomem possui um veneno que acaba sendo


irresistível para vampiros, ocasionando a morte. — Jin colocou as
mãozinhas na boca em sinal de surpresa, acabei sorrindo. — Agora, já para
o banho. — Ele saiu correndo, olhei Hyungwon e ele me fitava. — O que
foi?

Hyungwon: Nada... — Ele sorriu.

Wonho: Te contei minhas fraquezas, me conte as suas.

Hyungwon: Do híbrido? — Assenti. — Fragmento de prata no coração


causa nossa morte.

Wonho: ‘Ta me dizendo que vocês só têm isso de fraquezas? — Sorri.

Hyungwon: Somos uma raça quase indestrutível, nos recompomos de


muitas coisas... Fora as fraquezas internas.

Wonho: Como assim?

Hyungwon: Ligação corpórea, um feitiço antigo foi lançado sobre nossa


espécie, a do lobisomem... Com o passar dos anos, a raça descobriu que
possuem alguma relação quando se apaixonam pela pessoa certa. Quando
encontram o verdadeiro amor sofrem um tipo de magia corpórea, como se
fosse a outra parte de sua alma; Quando encontram essa pessoa, a
protegem com a própria vida... Se essa pessoa morre, entra em um terrível
estado de depressão e acaba deixando todos seus poderes, tendo o fim de
suas transformações que os levam a morte por não conseguirem se
alimentar... — O fitei.

Wonho: ‘Ta me dizendo que um ser indestrutível pode ser morto por
amor?

Hyungwon: Sim... — Ele virou de costas e começou a guardar as coisas.

— Kim Minseok —
Xiumin: Vocês têm poderes, não tem?

Chen: Mais do que você imagina.

Xiumin: É verdade que vocês têm poder ilusório?

Chen: Sim, e é bastante útil numa caçada.

Xiumin: Como assim? — Ele estava de costas arrumando as roupas dos


meninos.

Chen: Podemos iludir os olhos da vítima com a imagem petrificada, ou seja,


a vista parecemos pedras dispostamente colocada na natureza.

Xiumin: E isso com qualquer presa?

Chen: Qualquer presa.

Xiumin: Como um lobisomem nasce?

Chen: De muitas maneiras, cruzamento entre uma fêmea e um macho,


mordida, a qual eu não recomendo e nossa espécie não usa muito, ou o
homem da lua transforma.

Xiumin: Por que não usam a mordida?

Chen: O vírus da licantropia é letal, mulheres não suportam o vírus, então


só dá pra transformar homens. Quando mordemos a vitima sem a intenção
de matá-la, mas sim de transformá-la, ela sofre por três noites antes da
transformação total.

Xiumin: Tá, essa eu tenho certeza que é mito... Multiplicidade.

Chen: Fato... Podemos nos multiplicar em duas cópias exatamente reais,


graças a nossa herança lobisomem.

Xiumin: Sério?

Chen: Aham... Mas só no ciclo lunar, ou seja, lua cheia...

Xiumin: Qual mais?

Chen: Sedução... Olhar atrativo, conseguimos invadir os desejos humanos


até atraí-las para nossa presença. Basicamente como uma hipnose...
Detecção de mentira, super força, super velocidade, super agilidade, super
sentidos, super durabilidade, super cura, manipulação dos sonhos, assim
como vocês.

Xiumin: Hm... Não sabia que também podiam manipular sonhos... Podem
prender a pessoa no sonho?
Chen: Sim... Podemos, desligar uma das nossas metades... Hm...
Mostramos nossos olhos de lobos quando exibimos nossas habilidades...
E... Podemos andar no sol numa boa. — Ele me olhou e ficamos longos
minutos assim.

Xiumin: Hã... Então eu vou... Ajudar o Sehun. — Ele assentiu.

Dias depois.

— O basilisco terminou seu trabalho.

Sehun: Já?

— O basilisco chegou faz três meses... Os garotos aprende rápido... Os


garotos mostra para eles o que já sabem. — Eles nos mostraram tudo que
sabiam, depois saímos do lado de fora da casa e eles nos mostraram outras
habilidades. — O trabalho do basilisco chegou ao fim.

Wonho: Isso significa que... Você vai embora?

— É a lei. — A cobra sorriu.

Kook: Vai embora? — Ele estava com beicinho de choro. — Mas temos que
aprender mais, fica...

— Os garotos aprende tudo, os garotos já sabem...

Chen: Isso vai ser difícil... — Não demorou para ambos chorarem, então
eles abraçaram a cobra e pediram colo para Chen e Hyungwon.

— O basilisco agradece, o basilisco vai sentir saudade. — Sorrimos e ele foi


para o meio do pequeno campo.

Ele se enrolou em seu corpo, deitou a cabeça no topo e esperou, ficamos


longos minutos esperando, até que ele se dissipou em pequenas gotículas
de brilho negro e cinza, ouvi um soluço baixinho, olhei e eles estavam
chorando.

Xiumin: Me dá ele aqui... — Peguei Jin do colo do Chen. — Que tal...


Comprarmos uma cobra de estimação? — Ele escondeu o rosto no meu
pescoço.

Hyungwon: Quer uma cobra de estimação? Fala sério que idéia louca é
essa?

Sehun: Não seja rude, se eles quiserem uma cobra, damos uma cobra.

Chen: Sem chance, o basilisco era racional... Quer deixar eles sozinhos com
uma cobra?

Wonho: É bom que aprendem a se defender.

— Não vamos comprar uma cobra. — Eles responderam juntos.

Chen: Um coelho, que tal um coelho?

Kook: Não... — Ele falou com voz de choro de encontro ao pescoço do


Sehun.

Hyungwon: Um gato, gatos são legais.

Xiumin: Um gato numa casa com dois lobos?

Uma idéia mais idiota que a outra.

Chen: Peixes...

Jin: Peixes não fazem nada. — Ele abraçou meu pescoço.

Chen: Claro que fazem, eles fazem muitas coisas.

Wonho: É mesmo? Tipo o quê?

Chen: Eles... Nadam.


Wonho: Não me diga?

Sehun: Um jacaré...

Hyungwon: Fala sério, um jacaré? Quer dar um jacaré para eles? Qual o seu
problema?

Wonho: É primo da cobra, ué.

Chen: Já sei, um passarinho.

Jin: Passarinhos são chatos. — Eles pararam de chorar, mas ainda estavam
com beicinho de choro.

Sehun: ‘Ta vendo? Os que sugerimos são mais legais.

— Não vamos comprar uma cobra.

Caminhamos para dentro de casa.

— Nem um jacaré.

Xiumin: Vocês têm que aprender a deixar as crianças serem felizes.

Chen: O que te faz pensar que ter um jacaré de estimação vai deixá-los
mais felizes? — Paramos na cozinha.

Sehun: O que te faz pensar que não vai deixá-los felizes, fala sério, você
nunca ouviu alguém falar “eu tenho um jacaré de estimação” isso é épico.

Wonho: Imagina só o tanto de nome que da para dar a um jacaré... As


opções são muitas. — Concordamos e eles nos olharam entediados.

Xiumin: Não é todo dia que você vê alguém levando seu jacaré para
passear, seríamos os primeiros, isso seria lendário.

Chen: Não vai ter um jacaré andando pela nossa casa.


Xiumin: Ele nem faria bagunça, um jacaré é um bicho que qualquer um iria
querer.

Hyungwon: Façam alguma coisa de útil e vão colocar eles pra dormir.

Subimos as escadas resmungando após ele nos estapear.

[...]

Sehun: Agora que o treinamento acabou... Podemos nos disfarçar melhor


como humanos, quer dizer, parar de usar tanto os poderes... Claro que eles
vão ter que treinar às vezes. — Deitei minha cabeça em seu ombro.

Wonho: Vai ficar tudo mais fácil... Eu acho.

Xiumin: Eu espero que sim...

Wonho: Estão com sede?

Xiumin: Eu vou buscar, vocês querem? — Eles assentiram e eu desci do


telhado, entrei em casa e fui para a cozinha, mas não achei, então fui até o
quarto do Chen para perguntar, quando entrei ele dormia tranquilamente.

Estava abraçado ao travesseiro, seu rosto estava calmo e sereno, olhei seus
sonhos e ele não estava sonhando com absolutamente nada, na verdade,
estava e era comigo, sorri e ele se mexeu, mas não acordou, sentei na
cama e só assim ele despertou.

Chen: O... Que foi?

Xiumin: Onde está o sangue?

Chen: Na parte debaixo da geladeira, na gaveta. — Assenti e levantei.

Xiumin: Você... Parecia bem enquanto dormia.


Chen: Hã... É? — Olhei pra ele e sorri.

Xiumin: Estava sonhando comigo? — Ele ficou vermelho. Sentei e me


aproximei dele... — Sua pele está vermelha, aqui... — Toquei o rosto dele,
na bochecha — E... Quente... Você está bem? — Perguntei preocupado.

Chen: Estou... — Ele abraçou as pernas.

Xiumin: Porque está vermelho? Está com dor?

Chen: Se chama vergonha, Xiumin...

Xiumin: Do quê? — Ele não respondeu. — De mim? Porque olhei seus


sonhos? Oh, desculpa. — Ele me fitou. — Mas... Por que estava sonhando
comigo? — Ele não respondeu, sorri e me aproximei. — Não olhei tudo,
pode me dizer o que estava sonhando? — Perguntei empolgado, vampiros
não costumam sonhar... Acabei sorrindo que nem bobo.

Chen: Xiumin... — Pendi a cabeça para o lado. — Bom... Eu não lembro


direito, acho que foi um... Beijo.

Xiumin: Beijo? — Ele assentiu. — Então você... Quer me beijar? — Ele ficou
vermelho de novo.

Chen: Xiumin... — Me aproximei mais dele.

Xiumin: Quer? — Juntei nossas testas e ele me olhou nos olhos. — Como...
Foi no sonho?

Chen: Maravilhoso... — Sorri.

Nunca pensei que faria algo tão lentamente, selei nossos lábios, apenas
toquei e meu coração deu pequenas palpitadas, quando me afastei alguns
centímetros me senti tão... Vivo.

Sorri e pude sentir sua respiração acelerada, então ai, só aí eu notei o que
estava fazendo.
Eu sou idiota? Só pode.

Chen: Você... — Ele reformulou a pergunta. — Porque fez isso? — Sorri e


tirei o cabelo de seus olhos, juntei nossos lábios novamente e quando
separei, esperei que ele abrisse os olhos.

Quando ele abriu, olhei em seus olhos e fiz o que tinha que fazer,
apagando sua memória desde a hora que entrei, o fiz dormir e sai do
quarto, então notei que estava sorrindo.

Sehun: Que foi? — Sentei do lado dele.

Xiumin: Que foi o quê? — Tomei o sangue.

Sehun: Seu coração está acelerado, tô ouvindo daqui.

Xiumin: É por causa do sangue... — Ele sorriu.

Wonho: Beijou o pulguento? — Sorri e ele me olhou.

Xiumin: Apaguei a memória dele, nunca devia ter acontecido... E... Foi só
um encostar de bocas.

Sehun: Os humanos chamam de selinho.

Xiumin: Então foi isso... Um selinho.

Wonho: Como foi?

Xiumin: Me senti vivo... O sangue pulsou, meu coração também... Meus


olhos pareceram acender... Foi... Estranho, nunca senti isso antes.

Sehun: E por que apagou a memória dele?

Xiumin: Não era para ter acontecido. — Eles me olharam, sabiam porque
não podíamos.

Só eu me lembraria daquele beijo, na verdade, eu jamais irei esquecer.


Capítulo 8 — Escola
Ano: 2013
Data: 22 de fevereiro.
Local: Seul
— Park Jimin. —
— Levanta...

Jimin: Só mais cinco minutos. — Me cutucou e abriu à janela, a luz invadiu


o quarto e eu rapidamente cobri o rosto com a coberta. — A LUZ, ESTA
ME... ENFRAQUECENDO. — Ouvi sua risada.

— Levanta logo, garoto.

Jimin: Só mais cinco minutos, é sério.

— E eu to brincando por acaso? — Ri. — Anda logo, temos que procurar


emprego.

Jimin: Eu sei...

— E fazer a matricula.

Jimin: Eu sei.

— Temos que ir no mercado também.

Jimin: Eu sei.

— Podiamos comer alguma coisa fora, já que não... Fizemos almoço.

Jimin: Não sei.

— Levanta logo... É sério.

Jimin: Eu tenho 16 anos, me deixa.


— Porque você falou a sua idade?

Jimin: Não sei. — Rimos e eu sentei. — Mark, é sério, não quero sair. — Ele
fitou o nada.

Mark: Ok... Vou ver se arrumo alguma coisa. — Assenti e voltei a deitar,
ouvindo a porta bater.

[...]

No meio de todas aquelas caixas de mudança, sentei no chão, Mark não


havia chegado ainda e nem atendia o celular, na verdade, eu acho que
descarregou, ele sempre esquece de carregar o celular de noite, antes de ir
dormir.

Falando nele, logo ele entrou no apartamento com uma cara nada boa,
sorriu pra mim e foi para a cozinha, levantei e o segui.

Jimin: O que foi? Conseguiu alguma coisa?

Mark: Não... Ninguém quer empregar um garoto de 18 anos, Jimin.

Jimin: Ei... Vamos conseguir alguma coisa, huh?

Mark: Temos que... Achar um jeito de ajudar nossa Omma.

Jimin: Vamos ajudar... Começando por todas essas caixas, ela vai chegar
cansada e não vai ter tempo de arrumar. — Ele assentiu, após tomar água,
fomos arrumar todas as nossas coisas no lugar.

Mark: Quer pedir comida chinesa?

Jimin: Hm... Pode ser... Yakissoba?


Mark: Por mim tudo bem... — Ele ligou e fez o pedido, quando desligou
veio continuar me ajudando a arrumar as coisas no apartamento.
Cerca de 15 minutos depois a comida chegou, sentamos no sofá e
começamos a comer enquanto assistíamos doramas. Eu e o Mark passa
muito tempo assistindo doramas ou séries, muitas vezes perdemos a noção
do tempo e quando damos conta, ja é de madrugada. Quando terminamos
de comer, voltamos a arrumar a casa e nisso as horas voaram, só notei que
ja estava de noite quando minha Omma passou pela porta.

— Olá meus amores. — Ela deu um beijo na nossa cabeça e olhou em


volta. — Adiantaram bastante, huh?

Mark: Aham, a senhora pode ir tomar banho para comermos. — Ela


assentiu e foi para o quarto.

Em cerca de meia hora depois ela voltou, minha Omma é jovem e muito
bonita, ela se divorciou do meu pai a um mês mais ou menos e depois disso
decidiu vir embora para a Coréia, deixando o meu pai nos Estados Unidos.

Minha Omma gosta de clima frio e nublado, a Coréia é um excelente lugar


para isso, ela não gosta muito de calor, eu até gosto um pouquinho, assim
como Mark, mas somos palidos que nem uma folha de sulfite.

"As pessoas dos Estados Unidos não são mais bronzeadas?"

Acontece que eu e o Mark, se ficarmos muito tempo no sol, ficamos


parecendo um camarão recém descascado, ao invés de bronzeados, então
preferimos mais o frio do que o calor, esse é um dos motivos.

Mark: Omma, eu sai para procurar emprego hoje...

— Não precisa filho, se concentre nos seus estudos.

Mark: Você precisa de ajuda... E amanhã vou procurar de novo.


Jimin: Eu tambem.

— Oh, vocês são uns anjos... E a escola, fizeram a matricula?

Mark: Eu fiz... Só precisam que a senhora vá assinar alguns papéis.


— Esta bem, amanhã eu levo vocês e aproveito para assinar... Foram no
mercado?

Mark: Acabei esquecendo, mas amanhã eu vou. — Ela assentiu sorrindo e


começamos a jantar.

— Não precisam trabalhar, a escola vai consumir bastante de vocês.

Jimin: Tudo bem, Omma... Não se preocupe, damos conta. — Ela sorriu.

— Obrigado meninos...

Minha mãe trabalha como veterinaria e o sonho dela é abrir seu próprio
consultorio, ela tem se dedicado muito para conseguir começar seu proprio
negocio e nos dar uma vida melhor, mas eu gosto da vida que temos. Ela é
uma pessoa muito competente e inteligente, não sei porque essa
promoção nunca veio. Balancei a cabeça afastando quaisquer pensamentos
sobre e me concentrei na nossa refeição.

Nosso jantar nunca era silencioso, eu e o Mark sempre estamos fazendo


alguma idiotice que acabava arrancando risadas da minha mãe, quando
terminamos, falamos para ela ir dormir e nós iriamos arrumar a cozinha.
Cerca de uma hora a cozinha estava limpa, olhei algumas caixas na sala que
faltaram desempacotar e então apaguei a luz indo para o quarto. Mark
estava no banheiro, então esperei ele sair para poder tomar banho e me
ajeitar para dormir.

Dia seguinte.
— Queridos, acordem ou vão se atrasar no primeiro dia. — Mark me
empurrou resmungando e eu ri.

Jimin: Cê é idiota?

Mark: Você fica em cima de mim, a gente vai dormir separado e conforme
a noite vai passando, cada vez mais você vai subindo em cima de mim. —
Ele riu e levantou dando um tapa na minha bunda.

Jimin: Eita que você gosta da minha bunda em?


Mark: Fetiche.

Jimin: Fetiche estranho esse seu. — Ele riu.

[...]

Mark: Arruma essa gravata... Ta parecendo que você tirou ela da boca do
boi. Quer ficar mal falado no primeiro dia?

Jimin: Ninguém paga minhas contas, quem dera se pagassem. — Ele


revirou os olhos e puxou a gravata, passou e depois me entregou. Fomos
tomar café e minha mãe ja estava la pronta.

— Eu estava olhando na internet e acabou de passar uma reportagem


sobre um jogo... Baleia azul, vocês não estão nesse jogo não, ne?

Mark: Mãe olha pra mim, foca em mim mãe, tenho preguiça de acordar pra
viver, imagina acordar pra morrer. — Somos iguais, ele reclama da minha
preguiça, mas a dele é pior.

Jimin: Não gosto nem de acordar, quanto mais acordar para fazer desafio...
Fala sério, quem em sã consciência acorda quatro horas da manhã pra
fazer desafio? Quatro horas é a hora do melhor sono, não é? — Mark
concordou. — O sono das quatro é o melhor. — Minha mãe riu.
Mark: Eu sonhei que eu era um pombo. — Comecei a rir que nem um
retardado. Os sonhos do meu irmão não costumam ser normais.

— Um... Pombo?

Mark: É, ai eu estava numa praça e tinha humanos me dando pedacinhos


de pão... Eu tinha até um bonde...

Fiquei bem uns cinco minutos rindo disso, e se mais tarde eu lembrar, vou
rir de novo sozinho.

[...]
— Amo vocês... — Ela deu um beijo na nossa cabeça e nós fomos para a
sala de aula enquanto ela foi para a secretária.

Mark: Ai... Meu... Deus. — Ele olhou o relógio no pulso e então saímos
correndo que nem idiotas pela escola. Chegamos na porta da sala
ofegantes.

Que ótimo jeito de começar as aulas, né?

Jimin: Desculpa o atraso, professora. — Nos curvamos em sinal de respeito


e ela sorriu pedindo para entrar.

— Hm... Estrangeiros?

Mark: Estados Unidos.

— O sotaque entregou vocês. — Sorrimos e ela pediu para sentarmos.

Jimin: Demos sorte de não ser um professor de 70 anos que não transa a 5
meses e desconta nos alunos. — Ele segurou a risada.

Mark: Senta ai e cala a boca.


Mark tem 18 anos, estamos na alta escola de acordo com os estudos da
Coréia, essa escola é junto com cursos profissionalizantes e se quisermos,
podemos estagiar no curso que fazemos.

Jimin: Você escolheu o que?

Mark: Comércio/negócios e você?

Jimin: Tecnologia/engenharia.

— Oi... — O garoto se virou sorrindo.

Jimin: Hã... Oi.


— Meu nome é Kunpimook... — Fiz uma careta e ele riu. — Normalmente
as pessoas tem essa reação, eu sou da Tailândia e você pode me chamar de
BamBam, é mais fácil.

Mark: Eu sou Mark e esse é Jimin, meu irmão mais novo.

BamBam: Muito prazer... Pessoas dos Estados Unidos não costumam ser
mais bronzeadas? — Rimos.

Jimin: Sim, acho que temos um problema com o sol. — Ele sorriu.

BamBam: Podemos almoçar e lanchar juntos, huh?

Mark: Ok... O que você escolheu como curso profissionalizante?

BamBam: Comércio/negócio, e vocês?

Mark: Também, ele escolheu tecnologia/engenharia. — A professora pediu


silêncio e ele sorriu. — Depois a gente conversa... — Ele sibilou.

[...]
BamBam: AHH... Olha ele ali, olha ele ali... — Estávamos na hora do
intervalo.

Jimin: Ele quem? — Olhei em volta.

BamBam: Meu crush, disfarça, ele está sentado com um livro na mão e
fones de ouvido. — Virei para olhar. — EU DISSE DISFARÇA. — O refeitório
todo nos olhou e acabamos rindo. — Eu disse disfarça, não vira a cabeça
que nem a guria do exorcista.

Mark: O bonitinho de cabelo preto? — Ele assentiu e pousou a cabeça na


mão.

BamBam: Ele é tão lindo...

Mark: Fala com ele...


BamBam: Bebeu? — Ele riu sem humor.

Mark: Quem é a garota que ta sentada do lado dele?

Jimin: Bonita.

BamBam: Namorada.

Jimin: Feia, horrível, nossa que cabelo horroroso. — Ele riu.

Mark: Ele é de que série?

BamBam: Da nossa sala, mas ele deve ter chegado atrasado.

O sinal tocou e nós saímos rumo a nossa sala, sentamos na cadeira e


BamBam sentou em cima da mesa dele, as mesas eram duplas, mas
estranhamente ele estava sentado sozinho.

Mark: Você não tem dupla?

BamBam: Ela faltou. — Aos poucos os alunos foram chegando, estávamos


conversando sobre coisas aleatórias quando o garoto que ele gosta parou
do nosso lado.

— Posso me sentar aqui? — Olhei BamBam e ele estava com a boca


entreaberta que nem um pateta. Fechei a boca dele e olhei o garoto.

Jimin: Pode. — Ele sentou do lado do BamBam que ainda olhava para ele.

— Tem alguma coisa errada com meu rosto? — Acabei rindo.


Mark: Oh, não, é que às vezes ele fica meio... Aéreo, isso é normal. — O
garoto riu e eu cutuquei BamBam, finalmente ele saiu de seu transe e
sentou na cadeira.

Ele estava corado.


Eles não conversaram durante a aula e normalmente BamBam ficava
olhando para o lado da parede, evitava olhar o garoto, nos seguramos para
não rir durante a aula toda e quando finalmente deu a hora de ir embora, o
garoto sorriu pra ele que ficou que nem um pateta parado, tivemos que
puxar ele.

Jimin: Que mico em, na frente do crush e você fica que nem um retardado.

BamBam: Ele falou comigo. — Ele sorriu. — Kim Yugyeom conversou


comigo. — Rimos e fomos almoçar.

Mark: Na verdade ele conversou com o Jimin já que você esqueceu até de
como falar.

BamBam: Ele sentou do meu lado... Ai meu coração. — Rimos e fomos


almoçar.
Sentamos na mesa e começamos a conversar sobre o tal Yugyeom, então
meus olhos foram atraídos uma mesa em especial do refeitório, um grupo
de sete pessoas estava sentado na mesa. Um estava rolando a maçã de um
lado para o outro, ele é branco, muito branco, na verdade todos são muito
brancos, cabelos castanhos claro e um olhar diferente, o garoto do lado,
cujo estava usando luvas estilo góticas e com spikes, falou alguma coisa
com ele e o mesmo sorriu. O garoto de luvas tinha cabelos negros, do lado
estava sentado outro, um tanto parecido com o anterior, cabelos também
negros, ele também usava luvas e estava bem sério enquanto outro do
lado falava alguma coisa no ouvido dele, o mesmo concordava com
algumas coisas, o que cochichava no ouvido dele tinha cabelos castanhos
claros, do lado estava sentado um de cabelos loiros, ele estava sério
também, fitava a mesa e às vezes assentia algo que o garoto ao lado
perguntava, também de cabelos negros e um rosto um tanto parecido com
o que estava cochichando com o de luvas. Do lado dele estava outro loiro,
este estava distraído brincando com o cubo mágico. Observei os sete mais
atentamente e todos usavam brincos na orelha, dava um ar mais
charmoso. Todos perfeitamente lindos, eu nunca pensei que veria pessoas
tão lindas na minha vida.

Mark: Quem são?

BamBam: Ah, são irmãos.


Mark: Todos?

BamBam: Não exatamente, são adotados, mas... O primeiro, que esta com
a maçã é Kim Minseok, irmão de sangue dos dois loiros, Oh Sehun e Shin
Hoseok... Os dois de luvas são irmãos de sangue, Park Jinyoung e Jeon
Jungkook... E os outros dois também são de sangue, Chae Hyungwon e Kim
Jongdae, os sete foram adotados, são irmãos adotivos... Mas... Ninguém
nunca viu os pais. — Franzi o cenho. — Dizem que morreram.

Os olheis, tinham os olhos castanhos tão claros, mas tão claros que
chegava a ser quase cor de mel.

Mark: Tão brancos... E bonitos...

BamBam: Nem fale, por onde esses garotos passam, arrastam multidões de
garotas e... Garotos também.

Jimin: Não namoram?

BamBam: Não... Todos são solteiros. — Eles levantaram e saíram do


refeitório, antes de todos saírem, um dos de luva olhou diretamente pra
mim e eu estremeci, então ele saiu. — Hm... Vamos na minha casa?
Esqueci meu livro da próxima aula. — Assentimos e levantamos.

Quando saímos do colégio, os mesmos garotos estavam do lado de fora,


havia quatro motos paradas, motos muito caras por sinal e muito bonitas,
quatro subiram nas motos e três subiram depois, o que me olhou subiu na
garupa do irmão, ele me olhou novamente e de novo eu estremeci, então
deram partida e foram embora.

BamBam: Eles sempre vão embora e voltam depois para as aulas. —


Começamos a caminhar do lado dele.

Mark: Hã... O de luvas...

BamBam: Jeon?
Mark: Não sei... O de cabelos pretos.

BamBam: Os dois tem cabelo preto.

Mark: Hm... O que foi pilotando.

BamBam: Ah, Jinyoung, o que tem? Se teve um crush nele, é uma pena,
parece que ninguém é bom o suficiente para aqueles sete.

Mark: Não, eles só... São muito estranhos...


BamBam: É o que dizem... Dois deles fazem comércio/negócio.

Jimin: Qual dos?

BamBam: Um dos loiros, o mais... Corpulento, Shin Hoseok... E Jinyoung, o


que foi pilotando... Os outros eu não sei o que fazem, mas... Normalmente
os de luvas não costumam ficar sozinhos.

Mark: Por quê?

BamBam: Dizem que os irmãos são muito protetores... E... Nunca os vi sem
luvas. — Arregalei os olhos.

Jimin: Nunca?

BamBam: Nunquinha, suspeito que eles têm um closet só pra luvas. —


Gargalhei, quem em sã consciência teria um closet só para luvas? —
Ninguém sabe onde... Eles moram... Pelo que sei estão aqui em Seul faz
dois anos apenas... Eles são muito na deles, não costumam conversar com
outros alunos, não da pra saber muito deles. — Chegamos no nosso prédio.

Mark: Você mora aqui?

BamBam: Aham...

Jimin: Moramos aqui também. — Ele sorriu e o acompanhamos até o seu


apartamento.
BamBam: Hã... Não reparem a bagunça. — Rimos e ele abriu a porta, logo
um cachorrinho veio correndo pulando nele.

Mark: Awn, que gracinha.

BamBam: Eu fico muito sozinho as vezes, então comprei ele.

Jimin: Seus pais trabalham muito? — Ele sorriu forçadamente.

BamBam: Eu moro só com o meu pai.

Mark: Oh... Por quê? Quer dizer, se você não quiser falar, tudo bem.

BamBam: Minha mãe é homofóbica, ela me batia muito e meu pai a


denunciou por maus tratos infantis, ela foi presa, então viemos para a
Coréia. — Ele saiu para o quarto e eu olhei meu irmão, em segundos ele
voltou com os livros. — Vamos? — Assentimos e saímos.

[...]

Estavamos do lado de fora da escola esperando dar meio dia e meia para
irmos para a aula, então aquele grupo chegou, eles desceram e entraram
na escola, então o sinal tocou, entramos e nos dividimos.

Devia ter escolhido o que meu irmão escolheu, agora vou ficar sozinho.
Demorei um pouco para achar a sala onde aconteceria minha primeira aula
e quando encontrei, só tinha dois alunos lá e eram os esquisitos, o de luvas
que me olhou mais cedo e o da maçã. Eles pararam de falar quando eu
entrei, sentei em uma carteira qualquer e senti o olhar dos dois sobre mim,
mas logo eles voltaram a conversar, voz aveludada e parecia ser de anjo,
afastei esses pensamentos e me concentrei nas aulas.

De esquisito nesse mundo já basta eu.


Capítulo 9 — Sede
— Mark Tuan —
— Meninos, se vocês puderem ir me ajudar na clínica hoje, tem muita coisa
para fazer. — Assentimos.

Mark: Vamos pra lá depois da escola.

— Vocês... Não estão... Atrasados? — Ela olhou o relógio.

Jimin: Claro que não, são... — Ele olhou o pulso com relógio. — PUTA QUE
PARIU.

— GAROTO!

Jimin: Desculpa, te amo beijos. — Demos um beijo na bochecha dela e


saímos correndo de casa.

— AS MOCHILAS. — Voltamos correndo e descemos as escadas feito


furacão, o elevador demoraria muito, chegando ao térreo, nos lembramos
de um detalhe.

Mark: Ai merda, o BamBam. — Voltamos correndo e ele já estava na porta


trancando o apartamento.

BamBam: Estamos atrasados.

Mark: Não me diga? — Saímos correndo que nem condenados até chegar à
portaria, onde tinha um monte de senhoras, como meu coreano ainda não
é muito fluente eu fiquei sambando atrás delas sem saber como pedir
licença. — Meu Deus, COMO É VELHA SAI DA FRENTE EM COREANO? —
Jimin falou em coreano e elas deram licença, saímos correndo pelas ruas
cobertas de neve.

BamBam: A primeira aula é de matemática.

Mark: Dois minutos. — Dobramos a esquina e continuamos correndo,


quando chegamos na escola, corremos pelos corredores e eu acabei
esbarrando em uma pessoa, vulgo rocha porque a criatura nem se mexeu,
ao contrário de mim que caiu que nem uma jaca no chão. — Ai merda, meu
pé... — Tentei mexê-lo e só doeu mais ainda.

BamBam: Você ‘ta legal? — Olhei pra cima para ver em quem eu tinha
esbarrado e era no garoto esquisito de luvas.

Mark: Tô... Vem me ajude a levantar... — Ele me ajudou e então


lembramos da aula.

— Merda... — Falamos juntos e voltamos a correr.

“Mas Mark, você não está com o pé machucado?”

Tenha um professor de matemática como o meu e você entenderá.

— Estão atrasados Bhuwakul, Tuan e Park.

Jimin: Meu cachorro morreu atropelado... Triste.

Mark: Que cach... — Ele me deu uma cotovelada.

— Sentem-se, não tolero mais atrasos na minha aula... — Ele ficou nos
olhando até sentarmos nas nossas carteiras.

Em toda essa confusão, eu nem vi que sentei do lado do crush do BamBam.


Olhei para frente e Jimin estava sentado com o BamBam, mas o que?

Deve ser o destino.

Ele estava mexendo no celular, não que eu seja curioso, mas ele é o crush
do meu amigo então eu posso ver o que ele ta fazendo, certo? Espiei de
canto de olho e no topo da conversa estava escrito “Princesa” virei para a
parede e fiz sinal de que ia vomitar, voltei a virar para frente e
disfarçadamente olhei a conversa, eles pareciam estar discutindo, segurei o
riso e ele me olhou, fiz sinal de que a garganta estava ruim e ele sorriu.
Virei para a parede e então pude comemorar, voltei a virar para frente e
olhei a conversa de canto de olho, eles passaram longos minutos
discutindo, até que ele guardou o celular.

Não querido, pode continuar mexendo, eu não me importo.


Meus olhos foram atraídos pelo garoto de luva passando pela porta, o
professor o lançou um olhar reprovador e esperou uma explicação, mas ele
não falou nada, em vez disso pendeu a cabeça para um lado e fitou o
professor.

— Peço desculpas, professor... — Os outros seis passaram pela porta. O


professor suavizou a expressão e eu foquei no garoto de luvas.

Mark: Quem é esse que está olhando o professor?

BamBam: Jeon. — Minha atenção foi desviada para eles novamente.

— Para com isso... — O loiro advertiu e ele desviou o olhar do professor


que balançou a cabeça negativamente.

— Sr.Jeon. — O garoto o fitou novamente e o professor suavizou a


expressão, todos observavam o furdunço na frente da sala.

— Você quer parar? — O garoto da maçã botou a mão no peito dele, o


garoto sorriu como se fosse engraçado.

O que diabos é engraçado?

— Claro Appa.

Espera, pai? Oi? Quê? Onde?

— Sentem-se. — Porque o professor não deu bronca neles? Cutuquei o


BamBam.

Mark: Appa?

BamBam: Os de luva chamam os três de pai e os outros dois de mãe, isso é


normal aqui. — Assenti.

Observei os sete sentarem e pude ver o loiro extremamente lindo advertir


o garoto das luvas. Já sei como vou chamar esse povo, já que não lembro
os nomes.

Garoto das luvas


Garoto da maçã

Loiro fodidamente lindo

Loiro fodidamente lindo²

Garoto que não parece garoto, parece uma rocha. (Minha bunda e meu pé
ainda estão doendo)

Garoto com sorriso angelical.

Garoto bonitão.

BamBam: O que tá fazendo? — Acho que eu estava mordendo demais a


caneta e olhando para o teto, como se tivesse tido uma ideia, tipo desenho
animado.

Mark: Inventei nomes para eles, já que nunca lembro o nome deles.

BamBam: Quais?

Mark: Aquele... É o garoto da maçã.

BamBam: Minseok.

Mark: O outro, garoto das luvas.

BamBam: Jungkook.

Mark: Aquele, loiro fodidamente lindo.

BamBam: Sehun.

Mark: O outro, loiro fodidamente lindo²

BamBam: Hoseok.

Mark: Aquele, garoto que não parece garoto, parece uma rocha.
BamBam: Jinyoung.

Mark: Aquele, garoto com sorriso angelical.

BamBam: Jongdae.

Mark: E o outro, garoto bonitão.

BamBam: Hyungwon. — Ele riu com meus nomes.

Yugyeom: Já eu apelido eles de cara pálida. — Ri e BamBam corou, iniciei


uma conversa com Yugyeom animadora, ele é tão fofo que diversas vezes
me peguei apertando as bochechas dele.

Mark: E vocês namoram há quanto tempo?

Yugyeom: 100 dias, eu acho.

Mark: Legal.

Yugyeom: A gente tem brigado muito.

Mark: Por quê?

Yugyeom: Ela é muito ciumenta...

BamBam: Com um namorado desses até eu seria... — Ele cochichou com


Jimin, só eu ouvi porque Yugyeom continuou conversando comigo.

Mark: Almoça com a gente. — BamBam me olhou como se quisesse me


matar.

Yugyeom: Claro... A gente se vê. — Ele pegou os cadernos e saiu, era hora
do intervalo e decidimos ficar ali na sala mesmo, assim como o bonde da
perfeição, sim, dei um nome para o grupo deles. Não demorou muito para
eles saírem da sala, o garoto que não parece garoto, parece uma rocha me
olhou antes de sair e eu estremeci completamente.

— Kim Minseok —
Chen: O que já falamos sobre usar os poderes, Jeon?

Kook: Foi só uma brincadeira, Omma... Admita, foi engraçado. — Rimos.

Hyungwon: Não foi nada engraçado, e vocês parem de rir. — Sehun, eu e


Wonho paramos de rir.

Wonho: Certíssimo, não foi nada engraçado...

Chen: É isso aí.

Sehun: Deviam se envergonhar.

Hyungwon: Aham...

Xiumin: Não façam de novo, a menos que seja muito legal. — Rimos e os
dois nos fitaram, paramos de rir e eu adverti. — O que não é o caso, isso foi
errado.

Chen: Vocês são adultos...

Xiumin: Na verdade, eles não são, 63 anos é idade de criança ainda, adulto
é depois dos 200. — Ele me fuzilou. — Aigo... Não briguem com eles.

Hyungwon: Para de ficar mimando eles.

Kook: Omma... — Ele falou manhoso, Kook podia ser assustador aos olhos
dos outros, mas era totalmente diferente conosco.

Wonho: Passou rápido, parece que foi ontem que o basilisco foi embora.

Sehun: Depois disso fomos atacados o quê? Três vezes?

Xiumin: Mais ou menos isso...

Não descobrimos o que eles são até hoje, mas descobrimos que a parte
que sobressai deles é a do vampiro, decidimos esperar o segundo instrutor
aparecer para tirar nossas dúvidas, e com isso, esse tempo todo vivemos
no meio dos humanos e agimos como nós mesmos apenas na nossa casa.
[...]

Xiumin: Vai comigo hoje. — Entreguei o capacete pra ele e o mesmo


arqueou a sobrancelha.

Chen: Não vou te dar esse gostinho, sanguessuga... — Ele falou no meu
ouvido me devolvendo o capacete, sorri e ele subiu na moto, em seguida
Jin que segurou em sua cintura, não deixamos eles dirigirem, eles ainda
não têm tanto controle assim, deixamos uma vez por muita insistência do
Jin.

Meus pensamentos foram atraídos para a noite do nosso beijo.

"Sai dessa, sanguessuga" — Sehun.

Ri.

"Parece até uma garotinha" — Wonho.

"Calados" — Xiumin.

Hyungwon arqueou a sobrancelha e pegou o capacete. Subiu na moto e


pousou as delicadas mãos em minha cintura, dei partida. Sehun passou por
mim, junto com Kook agarrado em sua cintura, eles adoram quando
corremos. Jin incentivou Chen a ir mais rápido e foi o que ele fez.

[...]

Voltamos para a escola e fomos cada quem para sua devida sala de aula.
Me sentei na cadeira e Kook na mesa escorado na parede.

Kook: Appa... — O olhei. — Quando o segundo instrutor vai chegar?

Xiumin: Na adolescência, acho que já era para ter aparecido.

Kook: Jin é mais poderoso que eu, né?

Xiumin: Não... ‘Ta no mesmo patamar... Por quê?

Kook: Ele controla o fogo e a terra, eu controlo o ar e a água, o que diabos


dá pra fazer com uma água? Seu poder é mais legal. — Ri. — É sério, você
pode fazer alguma merda e depois é só apagar a memória e fingir que
nunca aconteceu.

Xiumin: Todo poder tem seu lado negativo... E o seu é muito bom, você
pode controlar a água em qualquer estado físico.

Kook: Nem controlar eu consigo... Somos um peso morto para vocês. —


Franzi o cenho. — Num ataque, não servimos pra nada... Nem lutar a gente
sabe... Para que a gente serve? Deveríamos ter morrido no nosso mundo,
pouparíamos tanto desgosto para vocês.

Xiumin: Primeiro, nunca mais diga algo assim de novo... Segundo, todo ser
tem suas fraquezas, ao contrário de nós, vocês tem sentimentos, isso
bloqueia vocês na hora de matar alguma coisa, vocês tem sentimento de
medo... E terceiro, vão aprender a controlar esses poderes.

Kook: Minhas Ommas tem sentimentos.

Xiumin: Mas é da natureza deles, você sabe a causa da criação de um


lobisomem? — Ele negou. — Proteger as florestas que ele vive, ele protege
qualquer animal, é uma obrigação deles, e é obrigação também, proteger
pessoas inocentes, mas Chen e Hyung não protegem os humanos, eles
odeiam os humanos, nesse quesito o vampiro sobressai neles, mas seu
trabalho na floresta eles cumprem... Um lobisomem não morre fácil,
podem morrer de duas formas, sabe qual é uma delas? — Ele negou. —
Amor... Mas, eles não têm sentimentos com a questão dos monstros,
porque os monstros ameaçam aquilo que eles foram criados para proteger,
os humanos e animais... Cada um tem suas fraquezas, um híbrido é o único
ser no mundo que sobrevive a muitas coisas, eles são muito poderosos...
Você e Jin não podem caçar, não podem matar, não podem ferir, porque
vocês têm sentimentos e o humano sobressai, o humano bloqueia vocês...
Vocês são humanos, e ter sentimentos não os torna um peso morto.

Kook: E porque nosso vampiro não sobressai nesse quesito? Vocês não tem
sentimento com nada e com ninguém.

Xiumin: Eu não sei, um ser com misturas de raça é complicado, nunca se


sabe o que cada raça vai sobressair, ainda mais vocês que tem duas partes
humanas, a do metamorfo e do homem... — Foquei nos pensamentos da
diretora. — Não vai ter aula agora. — Ele assentiu.

Kook: O que nos mata?

Xiumin: Depende de qual parte sobressaem vocês nesse quesito... Se for o


vampiro é isso, se for o metamorfo, estaca de prata no coração, se for o
humano, qualquer coisa.

Kook: Pensei que se esquartejássemos um vampiro e depois colocasse


fogo, sobraria uma poça de sangue negro, né? — Assenti. — Nas lendas,
isso mata.

Xiumin: Vampiros conseguiram, no decorrer das décadas, ficar resistente a


muitas coisas, então alguns conseguem se regenerar depois... Kook, vocês
só vão matar... Quando for uma necessidade, caçar não é uma necessidade
porque vocês tem a gente pra caçar para vocês, damos sangue a vocês
antes de vocês sentirem sede, damos sangue a vocês apenas quando vocês
tem vontade, não sede, normalmente vocês não tem sede, só vontade,
agora se vocês tivessem sede, iriam sim matar... Quando deixarmos de
existir... — Me interrompeu.

Kook: Para... — Ele balançou a cabeça negativamente. — Sabe que não


gosto de falar disso. — Sorri e alguns alunos entraram na sala, Kook parou
por impulso e abaixou a cabeça, seus olhos estavam com a pupila dilatada

Merda.

Xiumin: Jungkook? — Peguei ele pelo braço e sai pedindo licença, porém
uns garotos não quiseram sair da frente da porta, alonguei o pescoço, hoje
não é dia pra me irritar. — Sai... Da minha frente. — Kook tremeu e eu
precisava tirar ele dali agora, empurrei um deles com certa força e o garoto
caiu para fora da sala. — Vou ter que pedir de novo? — Sehun apareceu ali
e colocou a mão no meu peito, olhou Kook do meu lado e arregalou os
olhos.

Saímos puxando ele dali até chegar do lado de fora da escola em um local
afastado de humanos, puxei seu rosto para me olhar e seus olhos
vermelhos realçaram, suas presas saíram e eu tive que segurá-lo.

Xiumin: Chama o Chen... Ou o hyungwon, rápido. — Ele saiu e eu fiquei ali


segurando o Kook, em segundos eles apareceram, Wonho trocou de lugar
comigo, por ser mais forte e segurou Kook em seus braços que farejava o
ar, suas veias dos olhos estavam realçadas.

Sehun: Use a névoa Wonho. — Os olhos dele brilharam e ele balançou uma
mão enquanto segurava Kook com a outra.

Wonho: Vai... — Chen se transformou, mas minha visão rapidamente


mudou e eu vi apenas um pequeno cachorrinho inofensivo. — Eu preciso
que você me escute, Jeon... Suba nas costas do Chen e ele vai te levar para
longe daqui.

Hyungwon: Espera... Cadê o Jin? — Saí dali a procura dele e quando o


encontrei ele estava de longe observando um grupo de garotas, coloquei a
mão em seu peito e ele me olhou.

Xiumin: Temos que ir embora... Kook está fora de controle... — Ele não
pareceu me escutar e voltou à atenção para as garotas, suas pupilas
dilataram e seus olhos ficaram vermelhos, o empurrei para dentro do
banheiro e fechei a porta, ele queria sair e eu o segurei. — Você precisa se
controlar... Jin! — Não adianta, quando estamos com sede, nada nos faz
parar. A qualquer momento alguém podia entrar ali.

“Peça para Hyungwon vir aqui, agora, no banheiro masculino do corredor


da sala do Jin” — Xiumin.

Em minutos ele apareceu ali.

Xiumin: Use seus poderes de sedução... — Ele assentiu e tomou a cabeça


de Jin em suas mãos, seus olhos de lobo apareceram e Jin relaxou em meus
braços, dois garotos entraram no banheiro e eu rapidamente apaguei suas
memórias e os fiz dormir.

Hyungwon: Vou atraí-lo para fora... — Assenti e ele saiu do banheiro, longo
senti Jin querer ir atrás.

[...]

Chen: Eles têm que aprender a se controlar mais... Porque ficaram com
sede tão der repente? Tínhamos acabado de nos alimentar.
Xiumin: Um vampiro em fase de amadurecimento sente sede com mais
freqüência, esquecemos disso... Temos que levar para a escola um pouco,
em copo de café, para eles tomarem. — Eles assentiram.

Hyungwon: Eles não iam matar, iam?

Sehun: Iam porque a sede é necessidade nesses momentos.

Wonho: Então... Vamos caçar para levar amanhã. — Os três saíram,


restando eu e Chen.

Xiumin: Posso fazer uma pergunta? — Ele assentiu. — Hyungwon usou seu
poder de sedução para acalmar Jin, porque não fui afetado?

Chen: Porque ele anulou o poder para todos ao seu redor, exceto o Jin, do
contrário, a escola inteira teria ido ao seu encontro. — Assenti.

Xiumin: Como isso funciona?

Chen: Assim... — Ele me olhou e seus olhos de lobo apareceram, relaxei e


foquei em seu rosto perfeito.

Xiumin: Não precisa de muito para me hipnotizar por você... — Murmurei e


ele arqueou a sobrancelha, ele parou e eu foquei em seus olhos, apagando
o recente acontecimento de sua memória. — Posso fazer uma pergunta?
— Ele assentiu. — Hyungwon usou seu poder de sedução para acalmar Jin,
porque não fui afetado?

Chen: Porque ele anulou o poder para todos ao seu redor, exceto o Jin, do
contrário, a escola inteira teria ido ao seu encontro. — Assenti.

E novamente, eu me lembrei do beijo e do que acabara de acontecer.

— Park Jimin —
Jimin: O que diabos vocês estão fazendo no chão do banheiro? — Parei na
porta e eles levantaram confusos.

Mark: Não sei, o que estamos fazendo no chão do banheiro?


BamBam: Na verdade, o que viemos fazer no banheiro? — Eles tentaram se
lembrar.

Jimin: Levantem daí... — Eles levantaram. — Como alguém vai ao banheiro


e esquece o que vai fazer? — Eles riram e saímos da escola.

[...]

BamBam: Esse é o meu quarto... — Entramos e perto da escrivaninha tinha


um mural de fotos, analisei as fotos e eram do Yugyeom.

Mark: Tem um mural de fotos... Do Yugyeom? — Ele riu.

BamBam: Só algumas...

Jimin: Algumas? — Comecei a contar. — 15, você tem 15 fotos dele no


mural... Fora as que estão nas capas do seu caderno.

BamBam: Aigoo... Vocês nunca se apaixonaram não?

Mark: Ele está em maus lençóis com a namorada, devia falar com ele.

BamBam: Não... — Ele fez biquinho. — Ele vai me achar um maluco. — Ele
foi guardar a mochila e eu olhei o Mark.

Estávamos pensando a mesma coisa.


Capítulo 10 — Agressão
Dia seguinte.

— Park Jimin —
Jimin: Oi Yugyeom...

Yugyeom: Oi… — Ele sorriu e como sempre, BamBam ficou parado feito um
retardado o olhando, o puxei para sentar do lado do Yugyeom.

Mark: O trabalho que a professora passou hoje... Que tal fazermos hoje?

BamBam: Pode ser, na casa de vocês? — Assentimos. — Eu ainda to


tentando lembrar o que fui fazer no banheiro aquele dia, como diabos
alguém esquece o que vai fazer no banheiro?

Yugyeom: Como assim?

Mark: Fomos no banheiro ontem... — Ele assentiu. — Mas aí, acordamos


no chão do banheiro com Jimin nos chamando.

Yugyeom: Isso já aconteceu comigo. Foi na nossa sala, eu entrei e depois


acordei no chão com minha namorada me chamando. — Franzi o cenho e
meus olhos foram atraídos para a entrada do refeitório, os garotos de luvas
tomavam café, e os outros cinco sorriam de alguma coisa que um deles
afirmou, os sete sentaram na mesa de sempre. Então quando eles
terminaram o café, um deu um copo com água para cada um, franzi o
cenho confuso.

Jimin: Quem em sã consciência bebe água depois de tomar café?

BamBam: Isso é tão confuso.

Yugyeom: Enfim, vamos emb... — A namorada dele chegou perto da mesa.

— Porque não atende o celular? Você esqueceu que hoje você vai comigo
para minha casa?
Mark: Oi pra você também. — Ri e a garota o olhou com descaso.

— Você é bonitinho, mas é bem idiota né?

Mark: Eu me esforço. — Ri de novo, dessa vez, descontroladamente, tanto


que o refeitório todo nos olhou.

Yugyeom: Vou fazer um trabalho hoje...

— Vai desmarcar comigo?

Yugyeom: Já desmarquei. — Ri de novo.

BamBam: Você só sabe rir né? Para de gargalhar desse jeito, tá todo
mundo olhando. — Tapei a boca e olhei em volta, de fato, todo mundo
estava olhando.

— Você não pode fazer isso.

Yugyeom: Aish... Para de dizer o que eu tenho que fazer... — Ele levantou e
nós fomos atrás, então à garota ficou plantada lá parecendo uma
samambaia. — Ela me tira do sério. — Estávamos andando distraídos,
paramos no corredor, mas logo nos escondemos atrás da parede quando
vimos um movimento no final do corredor, colocamos apenas a cabeça
para olhar, aquela cena seria até engraçada, Mark estava em baixo, eu logo
acima dele, BamBam em cima de mim e Yugyeom em cima dele, só nossas
cabeças.

No final do corredor estava um dos loiros e o de luvas, o de luvas estava


encostado nos armários e o loiro estava com uma mão encostada nos
armários, próximo à cabeça do de luvas e a outra mão no pescoço do
mesmo, o loiro falava algo no ouvido do de luvas e o mesmo sorriu.

Jimin: Awn, parece um coelhinho sorrindo.

O loiro continuava falando, pude ver que ele também sorria, então o de
luvas riu descontroladamente e o loiro começou a rir também, nisso o de
luvas pousou a mão na cintura do loiro e voltou a ficar atento no que ele
falava, e de novo ele riu, os dentes dos dois são perfeitamente brancos e
alinhados, me deu até inveja.

Eles estavam bem próximo, então o de luvas falou algo no ouvido dele que
fez o loiro rir.

Visão Sehun on.

Kook: Pode ver as lembranças de uma pessoa, né? — Assenti. — E mostrar


suas lembranças?

Sehun: Posso, quer ver? — Ele assentiu e eu me aproximei, coloquei uma


mão em seu pescoço, outra no armário e fiquei próximo ao seu ouvido. Ele
começou a rir descontroladamente enquanto eu explicava cada lembrança
minha. — Essa foi no dia em que eu fui caçar pela primeira vez... Eu me
gabei todo por ter pegado um animal primeiro que Wonho e Xiumin,
quando na verdade o bicho tava doente. — Ele riu de novo e sua risada me
contagiou, ficamos ali um certo tempo, até que Wonho apareceu dizendo
que já estava na hora de ir pra casa.

Subi na moto e esperei Kook subir, ele segurou na minha cintura e eu dei
partida.

Visão Sehun off.

[...]

BamBam: Quem aqui é DJ? — Ele perguntou olhando a mesa de som.

Mark: Eu... — Ele sorriu.

BamBam: Sério? Tem uma boate procurando por um...

Mark: Sério? — Ele assentiu.

BamBam: É do meu amigo, então acho que você consegue o emprego fácil,
eles precisam de um barman também... — Sorri e ele passou o número
para a gente. — Diz que são meus amigos. — Assentimos e começamos a
fazer o trabalho, exceto pelo Yugyeom que estava no celular, devia ser a
namorada enchendo o saco.

Jimin: Se não gosta dela, porque está com ela?

Yugyeom: Porque meus pais querem... — Fiz a maior cara de bunda


possível.

Jimin: É sério isso? — Ele assentiu.

Mark: Você é hétero então? — BamBam nos fuzilou.

Yugyeom: Não, eu sou bi. — BamBam só faltou morrer engasgado com a


bolacha. — Mas, meus pais não sabem, se souberem, vão querer me
matar... São homofóbicos. — Assenti.

Mark: Então, você... Acha alguém da escola bonito?

Yugyeom: Tem um que eu acho sim, mas nada de mais...

Jimin: Oh, ele é da nossa sala?

Yugyeom: Sim. — Grito interno, às chances de ser o Bamie são 1 em 1


milhão, já é alguma coisa. — Na verdade, eu o acho bem...Atraente... — Ele
corou. — Mas, nunca daríamos certo.

Jimin: Por quê?

Yugyeom: Não posso terminar com a minha namorada, tenho medo dos
meus pais.

Mark: Oh, isso é mal.

Yugyeom: Tudo bem.

Ele sorriu.
Meses depois.

Eu e o Mark trabalhávamos na boate, não era todas as noites, mas já era


alguma coisa e o dono gostava bastante da gente. Nesses meses nós
ficamos mais próximos do Yugyeom e do Bamie, não aconteceu muita coisa
durante esses meses, para ser mais exato, estamos em agosto.

Jimin: Que sorriso é esse Dona Miyoung?

— Uma mulher não pode mais sorrir? — A olhamos.

Mark: Uma mulher só sorri assim por duas coisas, sexo ou namorado
novo... E sexo a senhora não andou fazendo. — Ela bateu nele com o pano
de prato enquanto eu gargalhei.

— É só um amigo... Ele é simpático, ok?

Jimin: Esse simpático soou como “ele é gostoso” — Ela me bateu e eu ri me


escondendo atrás do Mark.

— Somos apenas amigos...

Mark: Usa aliança? — Ela sorriu e eu achei que não ia responder.

—Não... Ele é muito fofo... E lindo... Ah... — Ela suspirou e nós rimos,
minha mãe às vezes parece uma adolescente. — Ele me convidou para
jantar...

Mark: Quando?

— Hoje à noite... — Hoje era sábado.

Mark: Que roupa vai usar? — Ela deu de ombros.

— Qualquer uma.

Jimin: Ah não, sem chance, vamos te arrumar. — Saímos puxando ela para
o quarto, até porque já eram cinco e meia.

[...]

Mark: Um arraso... — Escolhemos um vestido preto e um salto prata que


ficou lindo nela, fizemos a maquiagem e o cabelo também.

— Estou me sentindo nua. — Rimos.

Jimin: ‘Ta linda... — A campainha tocou. — Ah, ele chegou... — Bati


palminhas e sai empurrando ela. — Atende logo essa porta. — Ela riu e nós
ficamos atrás da porta.

— Oi... — Ela sorriu, awn que meigo.

— Uau, nossa, você ‘ta... Linda. — Grito interno, comemorei com o Mark e
ela nos olhou de canto de olho sorrindo. — Então, eu trouxe essas flores
pra você... — Ela pegou o buquê e sorriu.

— Lindas...

— Não tão lindas quanto você. — Fingi desmaiar nos braços do Mark.

Que lindo.

— Então, vamos? — Ela assentiu e piscou para nós antes de fechar a porta,
começamos a berrar que nem dois idiotas e quando paramos olhamos em
volta.

Mark: Nossa, TIPO NOSSA... Nossa Omma tem um encontro e nós ainda
estamos encalhados. — Gargalhei. — O que vamos fazer até ela chegar?

Jimin: Sei lá... Hm... Já sei. — Iniciei uma vídeo-chamada com o Yugyeom,
sentamos no sofá e posicionei o celular melhor. — Yugyeom-ah o que está
fazendo? — Ele mostrou a tela do computador com tédio, era a namorada
dele conversando com ele pelo face. — Puff que bosta, vem aqui pra casa.
Yugyeom: BamBam ‘ta aí? — Arqueamos a sobrancelha. — Quer dizer...
Vou... — Rimos e ele corou. — Aish, ok, vocês me pegaram, gosto dele,
mas boca fechada, huh? — Ele fez sinal de silêncio e uma carinha de bravo,
acabamos rindo. — Estou indo.

Como ele morava um tanto longe da gente, tivemos que esperar cerca de
vinte minutos até ele chegar finalmente, quando ele passou pela porta,
arregalei os olhos quando vi uma marca roxa em seu pescoço.

Jimin: Yugyeom o que foi isso? — Ele virou rapidamente colocando a mão.

Yugyeom: Hm... N-nada.

Mark: Deixa eu ver... — Ele estava apenas de cueca, uma blusa cumprida
de frio e pantufas, assim como eu. — Isso é marca de agressão, o que foi
isso Yugyeom? — Ele ficou quieto e Mark o puxou para o sofá. — Quem te
bateu?

Yugyeom: Vamos deixar isso quieto...

Jimin: Não... Quem foi que te bateu, Yugyeom? — Ele permaneceu calado.

Mark: Isso é coisa séria Yugyeom, isso é marca de estrangulamento... — Ele


levantou. — Tira a roupa. — Ele fez sinal para a roupa do Yugyeom, o
mesmo estava com uma blusa de frio e calça preta.

Yugyeom: Em?

Mark: Você ouviu, tira isso... Se não tirar, eu vou tirar.

Yugyeom: Aigoo... — Ele levantou e tirou a blusa, devo dizer:

Que corpo maravilhoso.

Mas, meus olhos foram logo desviados para os diversos hematomas que
ele tinha pelo corpo. Arregalei os olhos e tapei a boca com as duas mãos.

Mark: Quem é que anda te batendo, Yugyeom?


Yugyeom: Escuta, isso é coisa minha apenas deixem isso quieto.

Mark: Não... — Yugyeom foi vestir a blusa e Mark pegou, acabou os dois
caindo junto no sofá, o Mark por cima dele e nesse momento, nesse exato
momento, BamBam entrou no nosso apartamento. Ele olhou Mark em
cima do Yugyeom e vi seus olhos marejados, então ele virou e saiu. —
BAMBAM ESPERA. — O garoto já tinha saído correndo. — Aish... —
Yugyeom colocou a blusa.

2 dias depois.

BamBam não atende o celular e nem abre a porta do apartamento, apenas


abriu uma vez e quem abriu foi o pai dele, muito bonito por sinal, e disse
que ele tinha saído. Ele não queria falar com a gente, estava pensando
merda e isso tudo na verdade é uma grande merda. Quando chegamos na
escola, ele estava no final do corredor, nos armários, fomos até ele e o
mesmo fechou a cara quando nos viu.

Mark: BamBam...

BamBam: Morreu. — Ele fechou o armário e ia saindo, mas Mark o pegou


pelo braço, o prensou no armário e eu olhei em volta, sorri para os alunos
que olhavam sorrindo com as mãos na boca.

Jimin: Esse é o Mark, e ele não costuma sair prensando as pessoas nas
paredes, ou nos armários. — Eles riram e voltaram a andar.

BamBam: Me solta...

Mark: Não... Você vai me ouvir, e vai ouvir quietinho... — Eles estavam a
centímetros, quem visse isso pensaria outra coisa, mas ok, olhei em volta e
esperei a pequena situação acabar. — Yugyeom apareceu na nossa casa
com uma marca no pescoço...

BamBam: O que tem haver com você de cueca e blusa em cima dele?
Mark: Ah, você sabe que gosto de ficar de cueca e blusa. — Ele fez
biquinho. — Então... Ele não quis falar o que era, eu tive uma suspeita e
mandei ele tirar a roupa, dito e feito, seu corpo tem vários hematomas...
Ele foi pra vestir a blusa, eu peguei da mão dele, ele puxou de volta, nos
desequilibramos e caímos... — Ele mordeu os lábios em sinal de
nervosismo. — Foi só isso, eu juro.

Jimin: Isso é verdade... — Eles me olharam. — Ok, não me meto, desculpa.


— Eles riram.

BamBam: Desculpa pensar qualquer coisa de você... — Mark o soltou


lentamente e sorriu.

Mark: Tudo bem...

Jimin: Eu não to afim de ir pra aula, porque não vamos comer alguma
coisa? — Eles assentiram e saímos da escola.

[...]

Mark: Eu acho que os pais do Yugyeom o agridem.

Jimin: Por quê? — Eu brincava com o canudo dentro do copo.

Mark: Uma vez ele disse que tinha medo dos pais, por que ele teria medo
dos pais?

BamBam: É uma acusação bem séria, pode ser os pais, mas pode ser
também que ele esteja passando por alguma coisa e os pais nem deve
saber.

Jimin: Verdade... Teríamos que investigar...

BamBam: Ele não apareceu na escola hoje... Não pelos minutos que fiquei
lá.

Suspirei, porque ele apanharia dos pais, ele é um garoto tão fofo, dedicado,
carismático, esforçado, inteligente. Por que alguém iria agredir um ser tão
fofinho como ele? Será que é por que ele é bi? Mas ele disse que os pais
não sabem, então por que ele apanharia dos pais?

Perdido em meus pensamentos, fomos para casa, porém, eu e o Mark


decidimos ir na clínica que minha mãe trabalha, quando chegamos tinha
alguns animais, fomos até o local que ela fica e a mesma estava ajeitando
um lacinho em uma cachorrinha.

— Meninos... — Sorrimos. — Oi BamBam, como você está?

BamBam: Bem, e a senhora?

— Estou bem...

Mark: Mãe a gente acha que um amigo nosso apanha dos pais.

— Oh, que amigo? Isso é muito sério, vocês tem certeza? — Nos olhamos e
ela já notou. — Meninos, não podem afirmar algo sem ter certeza... — Ela
suspirou. — Quem é o menino?

Mark: Yugyeom... Sábado ele apareceu lá em casa com marca de


estrangulamento no pescoço, e eu o mandei tirar a blusa, ele tem vários
hematomas pelo corpo.

— Estrangulamento? — Ela nos olhou surpresa. — Isso teria que ser


investigado... Teríamos que chamar a polícia. — Ela pegou o celular.

BamBam: E vocês acha que chamando a policia o Yugyeom vai entregar os


próprios pais? — Realmente.

— Mas pelo menos para eles irem lá dar uma olhada. — Assentimos e ela
ligou.

[...]
Estávamos escondidos atrás de uma árvore na frente da casa do Yugyeom,
sim, minha mãe estava conosco, três adolescentes e uma adulta atrás de
uma árvore, normal, acontece todos os dias.

A polícia chegou, dois policiais desceram do carro e tocaram a campainha,


uma mulher com uma cara nada boa atendeu e se surpreendeu ao ver a
polícia, os policiais falaram alguma coisa e ela permitiu a entrada deles,
pela janela podíamos ver a mulher, um homem que eu não fui com a cara e
o Yugyeom descendo as escadas, a polícia parou na frente dele e começou
a fazer perguntas, ele olhava para os pais o tempo todo, a policia fez
perguntas para os pais e pareceu não resultar em nada, pois a polícia saiu
da casa sorrindo para os pais, entraram na viatura e foram embora.

Jimin: Nossa, que bosta.

— É, acho que vocês se enganaram, talvez tenha alguém batendo nele na


escola... — Entramos no carro e minha mãe dirigiu até o prédio, deixou a
gente lá e voltou pra clínica.

BamBam: Não fui com a cara dos pais dele... Eles têm uma aura ruim. —
Entramos na casa dele.

Mark: Também não gostei deles...

Jimin: É, mas não sabemos se são eles que batem no Yugyeom.

Eles me olharam e relaxaram no sofá. Nossa busca resultou em nada.

Dia seguinte.

Estava andando pelo corredor e me distrai totalmente quando vi Yugyeom


no final do corredor, quando ele virou, vi uma marca rocha enorme no
rosto dele, arregalei os olhos e acabei esbarrando em alguém, cai no chão
e nem me importei de ver quem era, vi quando o garoto abaixou para
pegar minhas coisas que caíram e eu vi suas luvas de roqueiro, olhei para
ele e estremeci, mas a imagem do rosto roxo do Yugyeom invadiu minha
mente.
Jimin: YUGYEOM? — Ele me olhou e logo saiu andando. Levantei correndo
e fui atrás dele, o perdi de vista e tomei um susto com o garoto de luvas do
meu lado.

— Esqueceu isso. — Ele me entregou a agenda.

Jimin: Obrigado...?

— Jungkook.

Jimin: Obrigado Jungkook. — Voltei a procurar Yugyeom no meio de todos


aqueles alunos e quando olhei para o meu lado, o garoto de luvas tinha
sumido, dei de ombros e continuei procurando Yugyeom.

O encontrei e ele estava no jardim sentado em um banco, sentei do lado


dele e novamente arfei quando vi seu rosto, ele estava com blusa de frio e
a touca da mesma, virei seu rosto para mim e ele comprimiu os lábios. O
puxei para deitar em meu colo e acariciei seus cabelos, der repente me deu
uma imensa vontade de chorar, é os pais, só pode ser os pais, a polícia foi
lá ontem e hoje ele chega assim?

Me senti culpado e acariciei seus cabelos segurando o choro.

Eu vou descobrir hoje se são os pais que batem nele.

[...]

BamBam: Tô me sentindo em um filme de espiões. — Estávamos em cima


de uma árvore do lado da casa do Yugyeom, da onde estávamos dava para
ver o quarto dele e o corredor. Então nossa atenção foi atraída pelo pai
dele entrando no quarto o segurando pelo braço, o mesmo estava com
uma expressão de raiva e não parecia estar bem, a mãe entrou logo atrás e
eu desejei mesmo não estar ali naquele momento.

Mark: Ai meu Deus... — Ele tapou a boca comprimindo um soluço de


choro.
Além de ser agredido fisicamente, ele é agredido sexualmente, um nojo
subiu por todo o meu interior e eu fiquei com uma imensa vontade de
matar aqueles dois.

BamBam: Estão drogados... Olhem os olhos deles... — Eu não conseguia


olhar para aquela cena, descemos da árvore e sem saber o que fazer,
suspiramos e sentamos com as costas no tronco da árvore.

Jimin: Se ele não denunciar os pais...

Senti minhas bochechas molharem e não consegui terminar de falar.


Longos minutos depois, decidimos ir embora, até porque tínhamos que
trabalhar hoje, fomos andando para a boate, quando chegamos, Mark
subiu no palco para se preparar e eu fui para o bar, BamBam sentou em um
dos bancos e aos poucos a boate foi enchendo.

Não tocamos no assunto sobre o que vimos.

— Kim Minseok —
Eu e Chen estávamos discutindo sobre usar os poderes, ele estava dizendo
que odiava que usássemos os poderes uns com os outros e eu discordava,
então Sehun chegou ali nos olhando entediado.

Sehun: O que foi dessa vez? Apagou a memória dele de novo? — Arregalei
os olhos e Chen parou na hora. — Oh, não era isso? — O fuzilei e ele saiu
do meu quarto rindo.

Lembrem-me de matar Oh Sehun mais tarde.

Chen: Apagou minha memória? — Ele fechou a porta e cruzou os braços.

Xiumin: Chen...

Chen: Porque apagou a minha memória? O que fizemos para você apagar a
minha memória?
Xiumin: Nos beijamos... — Murmurei e ele me fitou, então em um
movimento rápido ele me prensou na parede.

Chen: Apagou nosso beijo da minha memória? — Ele falou entredentes. —


Eu tô’ muito irritado com você e nem pense em apagar minha memória de
novo, me beijou e depois apagou minha memória? Seu cafajeste,
atrevido... — Ele parecia bem irritado. Então ele me empurrou na cama
com certa força que quase quebrou a mesma, começou a andar de um lado
para o outro e eu acabei rindo. — Para de rir assim... Aish... — Ele passou a
mão nos cabelos. — Que droga, eu to com vontade de te matar... Ai que
ódio... — Sentei e o olhei. — Por que fez isso? Argh... Eu vou te bater.

Xiumin: Bate, mas bate com carinho.

Sorri e ele me fuzilou, se aproximou de mim e deu um tapa em meu rosto,


mordi os lábios o olhando, isso fez ele me dar outro tapa, passei a língua
nos lábios e o olhei novamente, então ele me beijou, um beijo um tanto
selvagem, mordeu meus lábios com certa força e eu o virei na cama
rapidamente.

Xiumin: Não morde assim que eu fico louco. — Ele arranhou meu braço e o
beijo foi ficando cada vez mais selvagem e envolvente.
Capítulo 11 — Harpias
Quando nos separamos, acabei sorrindo e ele corou.

Xiumin: Que beijo selvagem... — Murmurei no ouvido dele. — Ah, tão


gostoso. — Olhei em seus olhos.

Chen: Nem pense em apagar minha memória de novo. — Ele sussurrou.

Xiumin: Não vou... — Fechei os olhos.

Chen: Porque to sentido um "mas" ai? — Ele mordeu meu lábio inferior e
eu apertei sua cintura com certa força.

Xiumin: Não podemos... — O beijei com o dobro de fervor, novamente com


aquela sensação do nosso primeiro beijo, aprofundei mais o mesmo e
mordi seus lábios com certa força enquanto ele puxava meu cabelo.

Chen: Não? — Perguntou com os dentes semicerrados.

Xiumin: Você sabe que não... Aish, tão irresistível. — Selei nossos lábios e
passei os beijos para seu pescoço branquinho, passei a língua e me deu
uma enorme vontade de marca-lo. — Deixa eu te marcar?

Chen: Pra quê? Vai sumir...

Xiumin: Deixa...? — Tirei minhas presas para fora, ele assentiu e rocei meus
lábios em sua pele quente e branca, abri um pouco a boca e mordi
enquanto apertava sua coxa com a mão, ele me trouxe mais para perto e
puxou meu cabelo, quando tirei minhas presas, depositei um selar ali.

Chen: Xiumin... — Ele chamou manhoso.

Xiumin: Não podemos... Para de me chamar assim. — Sussurrei com nossos


labios próximos.

Chen: Eu sei... Mas não posso ficar longe de você. — Olhei sua pele e
toquei onde eu marquei, já estava voltando ao seu estado normal.
Xiumin: Você não pode se apaixonar por mim.

Chen: E se eu disser que você é minha alma?

Xiumin: Não... Chen. — O chamei um tanto manhoso. — Não posso... Se


algo acontecer comigo, você vai morrer por minha causa... Devemos parar
enquanto está no começo.

Chen: Xiumin... — Mordi os lábios e fechei os olhos, ele tocou meus


cabelos e puxou de leve para o lado. — Se você é a minha alma, não
adianta querer me manter longe.

Xiumin: Não posso fazer isso com você... Não sou sua alma, você está
confuso. — Ele sorriu e seu sorriso angelical me contagiou.

Chen: ‘Ta dizendo que um lobisomem se enganou ao achar sua alma? —


Assenti e toquei seu rosto.

Xiumin: Você é quente, eu sou frio, você tem reflexo, eu não, você sente,
eu não... O principal, você está vivo, eu não. — Pulei a janela rapidamente
depois de selar nossos lábios uma última vez.

— Shin Hoseok —
As vezes costumo observar Hyungwon dormir, e hoje não foi diferente, ele
foi dormir mais cedo e eu fiquei o observando, mas algo me chamou a
atenção em seu sonho, me remexi não acreditando e logo ele acordou.

Hyungwon: Tem que parar de me observar dormir. — Ele sorriu.

Wonho: Desde quando você descobriu que sou sua alma? — Ele sentou e
abraçou as pernas.

Hyungwon: Olhou meus sonhos?

Wonho: Desde quando sabe isso? — Andei rapidamente para a cama e


sentei. — Escondeu isso de mim? Por quê? — Peguei em seu rosto quente
e acariciei o mesmo enquanto tirava o cabelo de seus olhos.

Hyungwon: Desde que te vi... Sabia que minha alma estava por perto antes
mesmo de te conhecer, quando te vi, achei que era uma piada minha alma
ser um vampiro... — Ele fechou os olhos e se concentrou em meus toques.

Wonho: Por que não me contou?

Hyungwon: Porque não podemos... — Ele abriu os olhos. — Quando me


disse que um vampiro só pode ser morto por um lobisomem... — Ele
levantou negando com a cabeça e senti sua tristeza. — Eu sou um
lobisomem, Hoseok... — Quis abraçá-lo, essa sensação louca que ele me
proporciona é tão gostosa, me sinto... Vivo perto dele. — Posso matar a
minha alma... — Ele passou a mão nos cabelos não acreditado no que
estava dizendo. — Nunca falei em voz alta e agora que falei... Eu posso
matar a minha alma. — Passei a mão nos cabelos e fitei o nada.

Wonho: Hyungwon... Um lobisomem só mata um vampiro se ele quiser,


não é só morder, você sabe, a mesma coisa sou eu, só transformo um
humano se eu quiser, se eu apenas morder, não acontece nada, se eu
despejar meu veneno, no caso o sangue, pelas presas, aí eu transformo ele,
igualmente você... E mesmo que fosse só morder, eu não estaria nem aí se
você pode me matar.

Hyungwon: Como não? — Se exaltou. — Fica longe de mim. — Levantei e


me aproximei dele que veio até mim como um imã.

Wonho: Para vai... — Toquei seu rosto delicadamente. — Você não vai me
matar... — Colei nossas testas. — Só se eu te irritar muito ai eu deixo você
me matar enquanto estiver na forma de lobo. — Ele riu e saiu andando
pelo quarto.

Hyungwon: Para de fazer piada, isso é sério... Sou uma arma letal para
você, não podemos... Eu posso ser o causador da sua morte e da minha
morte... Imagina que doloroso pra mim, eu tenho que proteger minha
alma, e aí eu vou e mat... — Selei nossos lábios e uma chama se acendeu
dentro de mim.
Meus olhos faiscaram, meu coração deu pequenas palpitadas, senti todo
meu sangue esquentar dentro de mim, foi algo tão... Mágico. Abri os olhos
lentamente e me deu uma vontade absurda de ficar assim com ele por
toda eternidade.

Wonho: Você não vai me matar se não quiser. — Ele negou e vi uma gota
de água descer dos seus olhos. — O que há de errado com seus olhos? —
Sequei a pequena gota de água.

Hyungwon: Não podemos... Você sabe... — Ele me empurrou para fora do


quarto e fechou a porta.

Mordi os lábios, sai de casa e subi para o telhado, lá estavam Sehun e


Xiumin, ambos me olharam e eu deixei meus pensamentos livres para
meus irmãos olharem o que queriam. Quando sentei do lado do Sehun,
pousei minha cabeça em seu ombro, assim como Xiumin.

Sehun: Temos uma controversas aqui... Um quer e o lobo não quer, o outro
o lobo quer e o vampiro não quer.

Xiumin: Não posso fazer isso, ser a alma dele é ser motivo da sua morte.

Wonho: Eu não ligo se ele pode me matar, ele não vai me matar.

Sehun: Estão apaixonados?

Xiumin: O que é isso?

Tome nota de que Sehun é o que mais sabe de humanos, na verdade, ele
que nos ensina as coisas.

Sehun: A mesma coisa que eles encontrar a alma deles.

Wonho: Vampiros não sentem nada.

Sehun: Então vocês acabam de mudar a história contada dos vampiros...

Xiumin: Está exagerando.


Sehun: Se não amasse ele, não se importaria se ele pode morrer por sua
causa, e Wonho, se não amasse ele, não arriscaria sua vida com alguém
que pode te matar...

Xiumin: Meu irmão caçula me dando lição de moral. — Rimos.

Kook: Podemos ficar aqui com vocês? — Olhei pra baixo e ambos estavam
no chão em pé, assentimos e eles subiram no telhado, Kook sentou no
meio das minhas pernas e Jin nas do Xiumin, ambos se apoiaram em nosso
peito.

Jin: A gente vai fingir que não ouviu a conversa, aí evita um momento
constrangedor. — Rimos, as vezes esquecemos que não somos os únicos
com ótima audição.

Xiumin: Não deveriam estar na cama?

Jin: Estamos sem sono, Appa... Queria não ter a necessidade de dormir,
igual vocês.

Sehun: Queria não ter que dormir? Que tipo de vontade é essa? — Eles
riram e Kook começou a brincar com meus dedos, fiz a névoa aparecer, dei
cor a ela, a cor preferida dele e fiz a mesma passear pela mão dele que
estava sobre a minha, ele sorriu com os olhos brilhando, fiz um coração
com a névoa e depois fiz sumir fechando a mão, ele sorriu me olhando e
me abraçou meio desengonçado por estar no meio das minhas pernas.

Xiumin: Assim como os híbridos, vocês podem ficar quantas noites


quiserem sem dormir... A resistência de vocês é muito melhor que a dos
humanos. — Ficamos longos minutos em silêncio.

Kook: Hoje em dia já não dá para ver mais as constelações.

Olhei o céu e de fato, quase não dava para ver.


[...]

— Mark Tuan —
— BamBam não quer trabalhar aqui no bar?

BamBam: Pode ser, quando começo?

— Amanhã. — Nos despedimos dele e fomos caminhando para casa.

Jimin: Não acho que devêssemos falar nada com o Yugyeom, ele vai saber
que o vigiamos e pode ficar bravo com a gente.

Mark: E acabar se afastando, e isso não seria bom, para ajuda-lo temos que
ter ele perto... Temos que convencê-lo a entregar os pais para a polícia sem
ele saber que sabemos da situação.

BamBam: Aquela cena não sai da minha mente... — Ele chutou uma
pedrinha aleatória. — Ele tem que saber que pode contar conosco... Então
ele nos contaria o que está acontecendo em vez de falarmos que vimos.

Mark: Talvez...

Suspiramos.

Dia seguinte.

— Hoje depois do trabalho eu tenho um... Encontro. — Sorrimos. — Então


se eu não tiver chegado ainda quando vocês chegarem do trabalho, não
me esperem acordados.

Jimin: Bonito em, quero a senhora em casa antes das nove. — Brincou e
nós rimos.

— Posso perguntar o motivo dessas auras tão tristes? — Flashes da noite


anterior passaram pela minha cabeça, sorri forçadamente e neguei
indicando que era nada.
[...]

Passamos a manhã toda tentando conversar com o Yugyeom, mas não


obtivemos sucesso, o que me deixou muito triste e de mãos atadas. Queria
poder pegar ele e proteger do mundo, o mesmo passou a manhã toda
murchinho e com a cabeça no meu ombro, não fomos lanchar na hora do
intervalo e decidimos não pressioná-lo muito, tínhamos esperança que em
algum momento ele iria se abrir conosco.

Mark: Quer chocolate? — Ele negou e eu comi, iniciei uma conversa com
Minnie e Bamie, Yugyeom me abraçou de lado e assim ficou.

[...]

Mark: A comida está ruim? — Ele sorriu, estávamos na nossa casa, fiz o
almoço, mas ele não encostou na comida.

Yugyeom: Só estou sem fome. — Suspiramos e ele colocou a mascara


novamente, seus lábios estavam cortados.

Quando terminamos de almoçar, voltamos para a escola, fomos cada um


para sua sala, olhei o garoto que cochichava algo no ouvido do loiro, eles
estavam sentados um tanto longe, o loiro escrevia algo no caderno e com a
outra mão brincava com o brinco esquisito que todos eles usavam, o
mesmo tinha um símbolo estranho.

Mark: Porque eles usam o mesmo brinco e na mesma orelha?

BamBam: Deve ser alguma crença de família, sei lá.

[...]

Jimin: Nossa que demora, andem logo. — Ele apareceu na porta da nossa
sala com o Yugyeom.

BamBam: Espera, tô guardando minhas coisas. — Terminamos de guardar


e saímos.
Quando cheguei no estacionamento, lembrei que esqueci meu caderno,
então voltamos para a escola lentamente.

Visão Wonho on

Jin: Appa, a gente pode treinar hoje? — Assenti e parei de guardar minhas
coisas na mochila quando senti a presença de criaturas na escola, olhei
para a porta da sala e não demorou muito para a professora aparecer.

Wonho: Fique atrás de mim. — A mulher entrou sorrindo.

Jin: Quais as chances disso ser uma harpia?

Wonho: Não tem chances, é uma harpia. — Ele ficou atrás de mim e
segurou na minha cintura.

— Já vão embora? A aula ainda não acabou. — Movi os dedos e olhei


através da névoa, os corredores estavam vazios, a escola estava vazia
exceto pela sala dos professores no outro pavilhão, vi a professora que ela
estava imitando, olhei o estacionamento e tinha poucos alunos, procurei
pelos outros e não os encontrei.

“Xiumin? Onde você está?” — Wonho.

“Em péssima situação” — Xiumin.

Wonho: Não acabou?

— Não... — Ela se aproximou.

Wonho: Eu acho que acabou. — A empurrei, ela bateu na janela,


quebrando a mesma e em seguida caiu no chão, então ela levantou e
tomou sua verdadeira forma. — Jin, não olhe nos olhos dela, ela vai te
seduzir, fique atrás de mim, uma harpia não morre fácil.
“Sehun?” — Wonho.

“Estou meio ocupado agora” — Sehun.

“Harpias?” — Wonho.

“Das piores” — Sehun.

“Chen e Hyungwon?” — Wonho.

“Sumiram” — Sehun.

A criatura veio para cima de nós e eu empurrei Jin no chão, agarrei nas
garras dela e a girei jogando contra a parede, ela gritou e nesse momento
quatro alunos apareceram na porta. Não tive tempo de pensar em nada,
pois a harpia foi para cima do Jin, ele abaixou e protegeu a cabeça, peguei
a criatura pelas asas e torci, ela gritou e despencou no chão. Olhei para o
lado e duas pousaram na janela.

Uma foi pra cima dos quatro alunos e eles abaixaram gritando, uma foi pra
cima do Jin e eu fiquei no meio termo, tirei primeiro a que foi para cima
dos alunos.

Wonho: Fiquem abaixados. — Eles assentiram com medo e eu voltei para a


outra que estava em cima do Jin, ele estava debaixo da mesa.

Visão Wonho off

Meu coração só faltou sair pela boca quando vi aquele demônio vindo para
cima de nós, abaixamos gritando e o garoto pegou ela pelas asas e jogando
pela janela.

— Fiquem abaixados... — Ele avisou e nós assentimos indo para debaixo da


mesa da professora.

— Jin... Encontre o Chen e o Hyungwon... Agora... — Um demônio estava


em cima dele com as presas a mostra, ele a empurrava para trás, olhei
debaixo de uma mesa e lá estava o garoto de luvas. O garoto saiu como um
vulto pela janela e eu olhei o loiro, ele estava com presas pontiagudas à
mostra e mordia o pescoço do demônio, outro levantou do chão e foi pra
cima dele também. Em um movimento rápido vi dois garotos na janela, se
eu não tivesse vendo tudo aquilo, eu não acreditaria, os dois pularam nas
costas dos demônios e se transformaram em lobos enormes, pareciam
cavalos adultos, um negro e o outro marrom, o garoto de luvas voltou,
parou na janela e olhou diretamente para nós e do nada entrou uma
professora pela porta, ela nos chamou e nós levantamos, mas quando
chegamos perto, ela se transformou, vi um vulto negro e um dos lobos
atacou ela.

Ele rosnou para o loiro.

— Eu to meio ocupado agora... — Mais daqueles demônios chegavam e


iam tudo para cima dos três. Arregalei os olhos quando o demônio
arranhou o rosto dele, mas não sangrou, só mostrou a carne, tapei os olhos
e senti alguém me empurrar no chão, cai em cima do BamBam e quando
abri os olhos, o lobo estava entre nós e o demônio, o garoto de luvas
estava na nossa frente e olhou diretamente para mim.

— Não olhem nos olhos delas. — Assentimos e eu ouvi um choro de


cachorro, olhei para o lado e o lobo negro estava tendo seus ossos do
braço quebrados pelo demônio, então o outro garoto loiro entrou na sala
com o outro de luvas logo atrás dele que se juntou ao lado do irmão na
nossa frente. Fiquei agoniado ao ver o lobo no chão e o demônio pisando,
quebrando mais ainda os ossos dele. Os dois de luvas viraram para olhar e
seus olhos ficaram completamente brancos, vi a veia do pescoço deles
saltarem e dois gritos altos invadiram a sala, fechei os olhos e tapei os
ouvidos, quando abri, a sala estava com um vento terrível e a construção
começou a tremer, me segurei na mesa e o vento ficava cada vez mais
forte, comecei a achar que aquele prédio ia desabar.

— KOOK... — O loiro gritou. — JIN... PAREM O PRÉDIO VAI CAIR. — Era eles
que estavam fazendo isso? Com medo de morrer, puxei um deles pelo
braço e aos poucos o prédio parou de tremer, mas a sala ainda era invadida
por um vento forte que estava levando cada demônio pela janela. Jimin
puxou o outro pelo braço e aos poucos o vento cessou. Então o garoto da
maçã chegou.

— Não acabou, tem gafanhotos de Abaddon lá em baixo. — Ele entrou na


sala e seus olhos foram atraídos para o lobo negro no chão. — Chen? — Ele
sussurrou, olhei o lobo e o outro que deduzi ser irmão de sangue estava
andando em volta dele enquanto o cutucava com o focinho, nisso o garoto
de luvas desmaiou nos meus braços.

— Tinha humanos no outro pavilhão... — Era o garoto que teve seu rosto
arranhado, mas ele já estava totalmente curado.

— Já fui lá... Estão dormindo, mas não temos muito tempo. — O da maçã
respondeu sem tirar os olhos do lobo machucado no chão que chorava
baixinho, ele olhou para a gente, caminhou até nós e pegou o garoto que
tava nos meus braços, acidentalmente toquei sua pele e era bem fria, puxei
a mão rapidamente e ele nos olhou.

Então eu mergulhei na escuridão.


Capítulo 12 — Desentendimento
— Oh Sehun —
Assim que os humanos dormiram, Xiumin me entregou o Jin que estava
desmaiado e Wonho segurava Kook que também estava desmaiado.
Xiumin abaixou no chão perto do Chen e sua expressão estava bem
tristonha. Hyungwon saiu a cerca de 10 minutos e quando voltou estava na
forma de vampiro segurando uma muda de roupa.

Hyungwon: Podem esperar lá fora no corredor? — Assentimos e saímos,


quando ele disse que podíamos voltar, ele segurava Chen nos braços que
estava com uma expressão de dor.

Wonho: Antes de descermos, vamos arrumar essa sala... — Assentimos e


arrumamos tudo como se nada tivesse acontecido, demos fim a mesas
quebradas e demos um jeito quanto ao vidro da janela da sala.

Sehun: Você disse que tem gafanhotos de Abbadon lá em baixo... Quantos?

Xiumin: Muitos, pensei em... Saímos pelos fundos... — Assentimos e então


Kook e Jin se mexeram e acordaram.

[...]

Levamos as motos e pegamos os dois carros, quando chegamos na escola,


colocamos os humanos no carro e eu toquei no rosto de um deles para
olhar suas lembranças e saber onde moravam. Hyungwon e Xiumin ficou
em casa com Chen que teve os ossos do braço e da costela quebrados e
nós ficamos de levar os humanos com a ajuda de Kook e Jin.

Sehun: Esse mora em uma casa... — Fechei os olhos me concentrando e


passei o endereço. Wonho entrou no carro com dois humanos e Kook, eu
entrei no outro e fui seguindo ele. Quando chegamos na casa do garoto,
primeiro Wonho entrou para se certificar de que estava vazia, feito isso o
colocamos na cama onde deduzimos ser o quarto dele e depois fomos em
direção a próxima casa.

Sehun: Esses três moram no mesmo prédio... — Passei o endereço e fui


seguindo ele, antes de descermos do carro, fui até o porteiro manipulando
a mente dele e o mesmo permitiu nossa entrada, dirigimos pelo
estacionamento e eu peguei um deles no colo, Kook pegou outro e Jin o
outro. Wonho ficou no carro para se certificar de que o porteiro não ia sair
de seu transe. Entramos no elevador e paramos em um andar onde era o
apartamento de um deles, depois de deixá-lo na cama, fomos para a casa
dos outros dois que descobri serem irmãos.

Kook e Jin colocou os dois na cama de casal do quarto e ainda cobriram


eles, acabei rindo, fitaram os garotos por um tempo e depois saímos.

[...]

Kook: Omma? — Ele abaixou na altura da cama, Chen estava suando e com
o braço enfaixado.

Hyungwon: Ele está com um pouco de febre a temperatura do corpo está


elevada, mas ele já está bem, graças a nossa super cura... — Sorrimos. —
Se vocês não se importam... — Assentimos e Wonho deitou do lado dele, o
abraçando e depois de quase meia hora, a temperatura dele caiu até
demais. Hyungwon deitou com ele e o abraçou, nisso tudo, Chen não
acordou um minuto se quer e Xiumin não saia do quarto de jeito nenhum.
Quando voltei no quarto pela segunda vez, olhei os sonhos dele para saber
se estava bem, ele estava e então relaxei aliviado, não por muito tempo,
ouvi barulhos ao redor da casa e usei minha visão.

Gafanhotos de Abaddon.

— Mark Tuan —
Eu acordei e estava na minha cama, olhei em volta confuso e já era noite,
acendi o abajur e Jimin estava do meu lado dormindo.

Como eu vim parar em casa?

Não me lembro de vir pra casa, nós saímos da escola e depois... O que
aconteceu depois? Olhei as horas e dei um pulo da cama acordando Jimin.

Mark: Estamos atrasados, a boate já vai abrir. — Ele levantou correndo e


começamos a nos arrumar, quando terminamos passamos no apartamento
do BamBam, ele pegou as coisas e fomos correndo para a boate sem
tempo de esperar um táxi ou ônibus.
Em meio a toda essa correria, esquecemos sobre o fato de acordar na
nossa cama depois de horas.

Subi no palco e testei os sons. Vi Yugyeom passando pela porta e acenei


pra ele que sorriu e acenou de volta, sentou no bar e aos poucos a boate
foi enchendo.

— Kim Minseok —
Xiumin: Você está bem? — Acariciei seus cabelos e ele assentiu, eu estava
agachado do lado da cama. — Não faz mais isso comigo...

Chen: Desculpa... — Ele murmurou.

Xiumin: Fiquei com... Medo. — Ele sorriu minimamente.

Chen: Quer me fazer sentir melhor? — Assenti sem hesitar. — Me dá um


beijo... — Acariciei seu rosto.

Xiumin: Não me pede isso... — Murmurei.

Chen: Vem... — Ele me chamou com o indicador. Me aproximei e sorri.

Xiumin: Não podemos... Me sinto tão culpado... — Ele acariciou meu rosto.

Chen: Sente meu coração. — Ele puxou minha mão e levou até seu peito.
— Você disse que... Não sente, e eu sinto... — Assenti. — Eu quero te
provar que você tem sentimentos aqui... — Pousou a mão no meu peito e
roçou os lábios nos meus. — O que você pensou quando me viu
machucado?

Xiumin: Senti uma dor absurda no meu peito. — Confessei sincero.

Chen: Sabe o que é isso? — Neguei. — Medo de me perder... Agora,


porque você teria medo de perder um pulguento feito eu? — Sorri.

Xiumin: Ok, você me pegou... Eu sinto algo por você, coisa que um vampiro
nunca sentiu, não sei o que fez comigo, mas é diferente. — Ele sorriu.

Chen: Disse que está morto e eu vivo... — Assenti. — Como pode dizer que
está morto se você me ama?
Xiumin: Para vai... Tô ficando sem argumentos. — Ele sorriu.

Chen: Já te falei que amo o frio? — Ri.

Xiumin: Teimoso...

Chen: Me diz o porquê de não ficarmos juntos... — Colei nossas testas.

Xiumin: Não posso me permitir ser o causador da sua morte.

Chen: Não vai ser o causador da minha morte se você não morrer.

Xiumin: Você não sabe se um dia vou deixar de existir.

Chen: Sei sim...

Xiumin: Sabe é? — Mordi os lábios dele.

Chen: Vou te proteger mais que a mim mesmo... Ninguém vai te tirar de
mim.

Xiumin: Tem resposta pra tudo, né?

Chen: Você me inspira... — Depositei um selar calmo em seus lábios e ele


tirou o gesso, apenas quebrando ele com uma mão.

Xiumin: O que está fazendo?

Chen: Já estou curado... — Ele abriu e fechou a mão umas três vezes. —
Harpia idiota. — Ele formou um biquinho nos lábios e eu ri com seu jeito
infantil.

Xiumin: Nossa, que insulto ruim... — Ironizei. — "Harpia idiota" — O imitei


e ele sorriu.

Chen: Não pensei em nada mais coerente...

Xiumin: Chen... — Ele me calou com um selinho.


Chen: Não... — Falou manhoso. — Já te dei mil razões... Eu vou apelar... —
Ri e sentei na cama, ele sentou também. — Se não ficar comigo, eu vou
embora.

Xiumin: Você não é louco. — O puxei com força para o meu colo.

Chen: Não mesmo, não podemos ficar longe das nossas almas. — Rimos. —
Mas eu vou, aí eu morro, e você fica se sentindo culpado, quer o conselho
de proteção contra os animais na sua cola? Claro que não, então se eu
fosse você optaria pelo mais fácil... Que é ficar comigo, claro. — Mordi os
lábios rindo e olhei suas pernas, uma de cada lado do meu corpo.

Xiumin: Sabe que isso não aconteceria de verdade né?

Chen: Finge que aconteceria... — Ri. — Diga sim...

Xiumin: Ok... Digamos que eu diga sim...

Chen: Já disse, não pode voltar atrás.

Xiumin: Eu não disse.

Chen: Não seja mentiroso, a primeira palavra é a que vale. — Ri e o puxei


com força para um beijo ardente.

Xiumin: Esperto você em? — Ele me empurrou na cama e se curvou sobre


mim.

Chen: Isso é um sim?

Xiumin: Talvez... — Apertei uma das coxas dele.

Chen: Está se fazendo de difícil? Que excitante.

O beijei novamente.

Dia seguinte.

Sehun: Qual o problema de vocês dois? Bebam logo isso. — Ele falou com
Kook e Jin que estava com o olhar vago e não estavam tomando o sangue,
olhei para onde eles olhavam e era a mesa dos humanos de ontem.

Kook: Hã? — Ele perguntou sem desviar o olhar.

Xiumin: O que há com vocês?

Jin: Nada... — Eles passaram a mão nos cabelos negros que rapidamente
voltaram para o lugar, tomaram o sangue e depois que terminaram,
Hyungwon deu água para eles, para poder tirar os resíduos de sangue dos
dentes.

[...]

— Jeon Jungkook —
Jin: Vamos na casa deles? — Ele sussurrou no meu ouvido, estávamos
deitados na nossa cama. O olhei e assenti sorrindo. — Appa Wonho está na
sala com Appa Sehun... A gente sai pela janela, eles não podem descobrir.
— Ele sussurrava e eu coloquei as mãos na boca assentindo enquanto
sorria. — Voltamos se eu tiver uma visão. — Levantamos em silêncio e nos
certificamos de que o corredor não tinha ninguém, voltamos para dentro
do quarto e pulamos a janela em silêncio.

Corremos e em menos de 30 segundos chegamos na casa deles.

Jin: Usa seus poderes... — Assenti e manipulei os sentimentos do porteiro


que deixou a gente entrar. Olhamos a lateral do prédio e pensamos em
como subir até a janela deles.

Kook: Um camaleão... — Sorri e ele também, nos transformamos e subimos


a lateral do prédio até o sexto andar, chegamos na janela do quarto deles,
me transformei segurando na barra e abri a janela, entramos e a casa
estava vazia. — Aigo, eles não estão aqui... — Olhamos outro quarto e
tinha uma mulher dormindo na cama. — Será que é a mamãe deles?

Jin: Acho que sim... — Fechei a porta e voltamos para o quarto deles.

Kook: Você não pode ver aonde eles foram?

Jin: Kook-ah... Eu vejo o futuro, não o passado.


Kook: Queria os poderes do nossos Appa’s para descobrir, Appa Wonho
descobriria pela névoa... Sei me transformar nele, mas não sei usar seus
poderes.

Jin: Eles devem estar na casa daquele outro garoto... — Fomos para a sala e
antes de sair ele advertiu. — Melhor nos transformamos em algo que não
chame a atenção.

Kook: Boa... — Pensei. — Um coelhinho. — Nos transformamos e saímos


saltitando pelo corredor. Então duas pessoas passaram por nós e uma
criança nos pegou no colo.

— Olha mãe...

— Deixa ai, deve ser de algum morador. — Ele nos colocou de volta no
chão e fomos para a escada de emergência, demorou um pouco para
chegar, no andar, mas nós chegamos perfeitamente bem, entramos no hall
e paramos na porta do garoto, bati com o focinho na mesma e ninguém
atendeu. Pulei mais alto e toquei a campainha com o focinho, depois de
uns 2 minutos um cara sonolento abriu a porta, entramos sem ele ver e
fomos para o quarto.

Encontrando ele vazio.

Jin: Hm... Ele também saiu. — Sussurrou.

Kook: A gente podia seguir o rastro deles.

Jin: Boa ideia... Toma, cheira isso. — Cheirei uma camisa do garoto que
estava no armário e antes de sairmos pela janela, olhei um mural com fotos
do outro garoto.

Kook: Humanos são esquisitos, né? — Ele deu de ombros e nos


transformamos no camaleão, saímos pela janela e descemos pelo prédio,
fomos para a portaria e quando finalmente saímos, nos escondemos atrás
de uma moita e nos transformamos. — Ok, o cheiro está pra lá... —
Levantamos e começamos a correr.

[...]
Jin: O que é isso? — Estávamos de frente para um lugar com uma música
alta e pessoas do lado de fora em filas. Entramos pela janela da lateral, em
forma de camaleão de novo e passamos pelo meio das pessoas, segui o
cheiro do garoto que deu no bar, então vi ele e o menino que puxou meu
braço, os olhei e fomos para debaixo do balcão. Mas onde estava o outro?
Olhei para o palco e lá estava ele, cutuquei Jin com o focinho e apontei, ele
olhou, depois de verificar que os três estavam ali, inclusive o quarto garoto
que estava sentado de frente para o balcão, nós saímos do local, pela
janela e sentamos na calçada.

Kook: Agora a gente espera eles saírem... Porque não podemos incomodar
eles. — Ele assentiu. — A gente podia fingir que viemos entregar alguma
coisa que eles esqueceram na escola.

Jin: Não trouxemos nada... Aliás, estamos de pijama. — Seus olhos


brilharam e ele fitou um ponto aleatório. — Vamos, Omma Hyungwon vai
no nosso quarto daqui cinco minutos. — Levantamos e corremos para casa.

Quando chegamos, entramos pela janela, deitamos na cama e fechamos os


olhos, em segundos ele entrou ali, depois de nos olhar, ele saiu fechando a
porta levemente, abri um olho e sorri.

Kook: Ele já foi... — Ele abriu os olhos.

Sorrimos e adormecemos abraçados de frente.

[...]

— Shin Hoseok —
Xiumin: Tem alguém aqui... — Me concentrei e senti a presença da
criatura. — Nas árvores... — Saímos de casa e olhamos em volta. Ouvi as
folhas de uma árvore se mexer e corremos atrás da criatura, era rápida,
quase alcançamos ela umas duas vezes, continuamos a correr e quando ela
entrou no território dos outros, vi que Sehun não ia parar.

Wonho: SEHUN.

Xiumin: SEHUN NÃO. — Tarde demais, Changkyun estava ali, estava sem as
asas e de frente para o Sehun.
Dia seguinte.

Visão Mark on.

Estávamos na hora da entrada, porém, o sinal ainda não havia tocado,


quando o grupo esquisito chegou, eles desceram da moto e olharam
diretamente para o lado esquerdo, segui seus olhares e tinha dois garotos
vindo na direção deles.

Um muito bonito de cabelos pretos e outro de cabelos castanhos claro,


bem claro, ambos estavam vestidos com roupas pretas, coturnos e touca
do casaco, eles pararam de frente para o grupinho esquisito e um deles se
pronunciou, estavam muito longe para que eu ouvisse algo. Alguns
segundos de conversa e dois deles saíram puxando os de luvas, então os
outros ficaram conversando entre si.

Visão Mark off.

Hoseok: Pensei que tivéssemos sido claros, vocês ficam longe, nós ficamos
longe...

Kook: Do que ele está falando?

Xiumin: Nada... Porque não esperam a gente lá dentro?

Hoseok: Escondendo deles? Eles deveriam saber, afinal, são eles que os
Nachzehrer querem.

Chen: Nachzehrer, em território asiático? Não estavam extintos? Do que


ele está falando Minseok?

Xiumin: Sehun e Changkyun tiveram um desentendimento ontem à noite...


Durante uma perseguição, mas já resolvemos.

Hoseok: Agora me expliquem porquê... Tem um exército de Nachzehrer


vindo para cá.

Wonho: Um... Exército?

Chang: Cerca de uns 35.


Xiumin: Chen... Hyungwon, podem ir sem a gente... Levem eles... — Os dois
assentiram e saíram puxando Jin e Kook pela mão. — 35?

Hoseok: O que estão aprontando sanguessugas?

Chang: O número de mortes seria incalculável... Devemos culpar vocês


disso?

Sehun: Nachzehrer não estavam extintos?

Hoseok: Foi o que pensamos... Porque eles querem os garotos?

Xiumin: Isso não é da sua conta passarinho.

Hoseok: Suponho que não vão entregar os garotos.

Sehun: Mas é claro... Que não. — Ele escorou na moto.

Hoseok: Um Nachzehrer não morre fácil... Vocês vampiros devem saber


como matar eles... Isso não nos interessa, por mim eles podiam matar
vocês, mas todo mundo sabe que vindo até aqui, eles não vão apenas...
Matar vocês... — Ele cruzou os braços. — Estão convidados a irem na nossa
casa hoje, temos coisas a tratar.

Xiumin: Estaremos lá. — Eles se viraram e saíram.

[...]

Visão Mark on.

Estava cantando, sozinho, de frente para o meu armário enquanto pegava


algumas coisas, então olhei para o lado e um garoto estava parado lá me
olhando, dei um grito e coloquei a mão no peito.

— Perdoe-me.

Mark: Aish... Não faça isso, nem te vi chegar...?

— Jinyoung.
Mark: Jinyoung... — Peguei os livros e comecei a andar com ele me
acompanhando.

Jin: Estados Unidos, né? — Assenti sorrindo. — Porque saiu de lá?

Mark: Oh... Meus pais se divorciaram, é complicado.

Jin: Entendo... — Olhei para ele e franzi o cenho confuso.

Mark: Usa lentes de contato?

Jin: Não, por quê?

Mark: Seus olhos estavam negros e agora estão castanhos...

Jin: São as... Luzes fluorescentes... — Ele saiu andando na frente, parei
confuso.

Yugyeom: Vamos? Ei, tô falando com você. — Ele balançou a mão na minha
frente e eu sai do meu transe.

Mark: Oh, vamos, claro. — Sorri e fomos para a saída da escola. Apenas
Bamie estava lá, segui seu olhar e ele olhava Jimin que estava com o outro
garoto de luvas, então ele sorriu para o mesmo e deu “tchau” com a mão
vindo ao nosso encontro.

Visão Mark off.

[...]

Chegamos na casa dos passarinhos e Hoseok abriu a porta antes mesmo de


batermos, deu passagem e nós entramos, senti o cheiro de comida e
ficamos os sete parados na sala bem iluminada e com móveis muito
bonitos. A casa é bem aberta e espaçosa.

Hoseok: Eu... Disse para não fazerem isso, mas... — Ele deu de ombros. —
Venham comigo. — O acompanhamos e na cozinha tinha dois deles
fazendo algo na mesma, um loiro e o outro ruivo — Lee Jooheon e Min
Yoongi... Eles estão... Cozinhando para vocês.
Sehun: Não comemos.

Hoseok: Não vocês... Vocês. — Ele apontou para Kook e Jin que bateram
palminhas animados, falou em comida esses dois já ficam feliz, não importa
se são nossos inimigos, para eles o que importa é a comida.

Yoongi: Não seja chato, Hobi... Nunca usamos a cozinha, agora é uma
oportunidade para usar. — Um garoto desceu de algum lugar
graciosamente, muito lindo, muito lindo mesmo de cabelos castanhos
claros, parou nas costas do Hoseok com os braços em volta do pescoço
dele e deu um beijo na bochecha do mesmo, depois disso desceu.

Hoseok: Esse é Luhan...

Chang; Hm... Senti cheiro de cachorro e vim me certificar de que nossos


convidados haviam chegado. — Ele apareceu do meu lado, caminhou para
trás do balcão e deu um selinho em um dos garotos.

Chen: Não se preocupe com cheiros, senti cheiro de fada a uns 10


quilômetros antes de chegar.

[...]

Luhan: Meu irmão já deve ter mencionado sobre os Nachzehrer... —


Assentimos, estávamos sentados na sala. — Somos inimigos, mas temos
um alvo em comum, se Nachzehrer vierem para cá, o número de mortes
seria incalculável...

Kook: Por quê?

Wonho: Shii... Kook, em casa você pergunta. — Ele assentiu e continuou


brincando com meus dedos em volta de névoa, estava sentado em meu
colo. Luhan o fitou e respondeu.

Luhan: Um Nachzehrer pode matar um humano apenas com o bater de um


sino no topo da igreja. — Kook o olhou. — Quem ouvir o sino, morre na
hora.

Jin: Como ele é morto?


Luhan: Isso apenas os vampiros podem nos dizer.

Xiumin: Querem uma aliança para matar os Nachzehrer?

Luhan: Sim. — Xiumin olhou Sehun esperando ele falar algo, mas o mesmo
estava fitando o garoto e nem prestou atenção em nada.

“Ta de brincadeira?” — Xiumin.

“Acho que vou vomitar” — Wonho.

“Ele é... Perfeito.” — Sehun.

Isso só pode ser uma piada.


Capítulo 13 — Lobos
— Kim Minseok —
"Sehun, depois a gente vê isso... Foca na situação, por favor" — Xiumin.

Sehun: Nos falem sobre vocês e... Pensamos sobre o assunto.

Hoseok: Isso não vai acontecer.

Sehun: Ok, saímos da cidade e as criaturas vem direto para cá. — Todos
olhamos eles. O garoto suspirou. — Começamos com o porquê de vocês
três se esconderem do mundo místico.

Luhan: Jooheon pode tirar os sentidos de alguém...

Chen: Como assim?

Luhan: Honey... — O garoto levantou e seus olhos ficaram negros, ele abriu
as mãos e uma nuvem negra saia das mesmas, quando nos atingiu, fiquei
completamente sem visão. — Obrigado. — Minha visão voltou e ele
recolheu a nuvem.

Hyungwon: Isso com qualquer sentido?

Jooheon: Audição, visão, paladar... Qualquer um.

Luhan: Yoongi pode te fazer sentir dor apenas com o olhar... Não
recomendo que ele demonstre... É uma dor absurda... Changkyun pode
parar o tempo, Hoseok tem uma carga elétrica em seu corpo... E eu...
Tenho um escudo invisível... Com meu escudo eu posso proteger a mim e a
quem eu desejar... Isso eu posso mostrar...

Hoseok: Pega leve docinho... — Ele olhou Yoongi. — Vai que ele não me
protege. — Eles riram e Yoongi o fitou, mas não aconteceu nada, olhei
Luhan e pude ver uma espécie de barreira os protegendo.

Chen: Quem garante que ele está usando os poderes?


Luhan: Tem razão... Se importa? — Ele olhou Hoseok. — Pega leve...

Hoseok: Deixa comigo. — Vi centelhas sair dos dedos dele e ele encostou a
mão na palma do Luhan que não sentiu nada.

Luhan: Honey... — O garoto levantou e tocou a mão do Hoseok, centelhas


passaram por seu corpo e ele se encolheu de dor. — Espera, eu não estava
pronto...

Jooheon: Podia avisar, isso dói... — Novamente Hoseok invocou seu poder,
mas ao tocar a mão de Jooheon, não aconteceu nada. Eles voltaram a
sentar.

Luhan: Nenhum poder funciona comigo, dons como esses devem ser
protegidos... Somos uma ameaça para muitas criaturas... Por isso quem sai
mais para resolver questões é Chang e Hobi... Não conseguem identificar
que eles tem poderes... Hoseok é meu irmão de sangue, junto com
Jooheon, somos gêmeos... Changkyun e Yoongi são irmãos de sangue
também, gêmeos... Somos rápidos apenas voando, somos mais fortes que
as outras da nossa raça... Temos ótimos sentidos, graças a nossa herança
vampírica... Somos bons caçadores.

Xiumin: O que comem?

Jooheon: Sangue animal.

Hyungwon: Quem das duas metades domina mais em vocês?

Luhan: Está no mesmo patamar... — Jin dormiu no meu colo.

Sehun: Suas fraquezas...?

Luhan: Nossos irmãos, viemos com uma fraqueza diferente das da nossa
espécie... Se Jooheon ou Hoseok forem mortos... Eu não irei durar muito,
entrarei em depressão, e isso causará minha morte e vice versa... Se Yoongi
for morto, Chang não durará muito e vice versa... Só não posso dizer o que
nos mata, sanguessugas. — Arqueei a sobrancelha.
Xiumin: Se aceitarmos sua proposta... Eles ficam de fora. — Indiquei Kook e
Jin.

Luhan: Justo... Híbridos são criatura fortes, mais forte que qualquer outra...
Os Nachzehrer não esperam um ataque de lobos.

Xiumin: Vocês podem chamar... Lobisomens, não podem? — Olhei os dois.

Hyungwon: Se chamarmos eles vêm... Mas são apenas lobisomem, não são
híbridos.

Jooheon: Como funciona esse chamado?

Hyungwon: É complicado.

Yoongi: Onde e quantos?

Chen: Tem uma alcateia no norte da China para ser mais exato. Não
sabemos exatamente quantos tem nessa alcateia, não os visitamos a muito
tempo.

Yoongi: Eles lutariam? — Os dois riram sem humor.

Hyungwon: Sem pensar duas vezes, mas... Apenas se nós pedíssemos... Eles
não vão muito com a cara de... Criaturas... Não se ofendam, claro. — Ele
parou. — Os Lobisomem são nossos irmãos, não colocaríamos eles em
risco por um erro nosso.

Luhan: Um lobisomem não morre fácil, precisa de muito...

Chen: Vamos ver o que podemos fazer.

Wonho: Quantos dias temos?

Yoongi: Não sabemos.

Jin: Appa...? — Ele acordou manhoso.


Xiumin: Hm?

Jin: Uma semana no máximo... — Ele sussurrou no meu ouvido.

Xiumin: Uma semana no máximo.

Kook: Estou cansado... Podemos ir?

Xiumin: Podemos... Vamos. — Levantei e pedi para Chen e Hyungwon nos


esperar no carro.

Wonho: Recentemente, Chen teve seus ossos quebrados por uma harpia...
— Ele estava com uma mão no bolso e outra passava no cabelo. — Seria
ótimo se ele... Não se metesse nisso.

Luhan: Claro...

Jooheon: Quê?

Luhan: Sabe o que pensamos em relação a família, se eles desejam... É o


que será feito.

Jooheon: Só ele?

Xiumin: E os outros dois... São crianças e eles não... Sabem lutar.

Luhan: Ok...

Pelo menos ele é compreensivo.

Saímos da casa e entramos no carro.

[...]

Hyungwon: Vocês falaram com eles? — Assentimos. — Ok... Ele está te


chamando. — Me olhou e eu subi as escadas.
Chen: Quer me deixar fora da luta?

Xiumin: Chen... Eu quero, seu irmão quer, os outros querem... Não


complica vai... — O puxei pela cintura.

Chen: Isso não vai funcionar. — Ele cruzou os braços. — Posso ser útil,
porque estão me tratando como um estátua de porcelana?

Xiumin: Eu sei que você pode ser útil... — Distribui beijos pelo pescoço
dele. — Mas você acabou de ter os ossos quebrados... Que tal uma pausa
antes de outra briga? — Sorri e ele negou manhoso.

Chen: Então você também não vai.

Xiumin: Chen...

Chen: Ficamos vulneráveis separados, não quero que você vá... Se eu não
vou, eu quero você do meu lado. — O fitei.

Xiumin: Ok... Eu não vou.

Chen: Xiumin... — Ele fez birra.

Xiumin: O que você quer de mim? — Tirei o cabelo dos olhos dele e ele
pousou as duas mãos na minha cintura.

Chen: Eu posso lutar, eu quero... O que diabos eu vou ficar fazendo


enquanto vocês lutam?

Xiumin: Você pode... Cuidar da casa. — Ele pendeu a cabeça sobre meu
peito em sinal de tédio e eu ri, o empurrei na cama e fiquei sobre ele no
meio das pernas do mesmo. — Você pode poupar energias para a gente
brincar um pouquinho... — Mordisquei o lóbulo da orelha e apertei a
bunda dele de leve.

Chen: Tenho energia suficiente para lutar e depois satisfazer meu


namorado.
Xiumin: Somos bestas sexuais, nos satisfazer pode ser difícil. — Ele
estremeceu.

Chen: Está me chantageando com sexo? — Ri.

Xiumin: Não... Chen, mesmo que eu deixe, você tem alguém mais difícil
para convencer... — Afastei o cabelo dos olhos dele novamente.

Chen: Hyungwon?

Xiumin: Hyungwon... — Assenti.

Dia seguinte.

— Park Jimin —
Jimin: Eu sei, Yugyeom...

Yugyeom: Então porque ainda está gritando comigo? — Eu estava no


telefone com ele.

Jimin: EU NÃO TÔ GRITANDO COM VOCÊ.

Yugyeom: Está sim, acabou de gritar... Você tem que conversar comigo.

Jimin: Eu tô conversando...

Yugyeom: Não, você está gritando.

Jimin: A aula começa daqui dez minutos, se você não aparecer aqui eu vou
te dar um chute você sabe onde. — Finalizei a ligação.

Kook: Problemas com o namorado? — Soltei um grito. — Desculpa.

Jimin: Céus, nem te vi chegar... Namorado? Não, ele está mais para... Irmão
caçula birrento. — Ele sorriu.
Kook: Não vai entrar?

Jimin: Eu tenho que esperar ele...

Kook: Posso? — Assenti e ele sentou do meu lado. — Então, seu amigo
gosta desse garoto que você estava conversando?

Jimin: É... Mas, como você sabe? — Franzi o cenho.

Kook: Não sabe como ele se sente perto dele.

Jimin: E você sabe?

Kook: Bom... — Ele gaguejou. — Não é difícil saber.

— Aí está você, o que está fazendo? — Estremeci quando ele me olhou.

Kook: Conversando...

— Estava te procurando, a aula vai começar.

Kook: Vou ficar aqui um pouco.

— Ok, não demore.

Kook: Ok. — O garoto se virou e saiu.

Jimin: E esse...?

Kook: Sehun... — Ele sorriu.

Yugyeom: Cheguei...

Jimin: Pensei que não viria... — Levantei. — Eu estava conversando com o...
— Virei para olhá-lo e ele sumiu, olhei em volta e franzi o cenho.

Yugyeom: Conversando com quem?


Jimin: Ah, nada... Ninguém. — Sorri e caminhamos para dentro da escola,
ainda olhando em volta.

Como ele foi embora tão rápido?

Eu estava conversando com ele, certo? Não imaginei essa conversa, né?

[...]

Hoje minha mãe traria o namorado dela para jantar conosco, estávamos
ajudando ela a arrumar a mesa e preparar tudo, até porque em breve ele
chegaria, depois de tudo pronto, fomos nos arrumar. Quando finalmente
estávamos prontos, a campainha tocou, abri a porta e dei de cara com o
Appa do BamBam e o próprio BamBam.

Jimin: Está de brincadeira...?

BamBam: Não... — Ele riu e eu dei passagem.

Mark: BamBam?

BamBam: Em carne e osso.

Jimin: Mãe... Seu namorado é o pai do BamBam?

— Deveria ter contado antes... — Ela deu um selinho nele.

— Eu disse para contar antes...

Jimin: Você sabia, seu pilantra?

BamBam: Sabia... — Estapeei ele e acabamos rindo.

[...]

Jimin: Hoje aconteceu uma coisa muito confusa...


BamBam: O que? — Estávamos no nosso quarto.

Jimin: Eu estava conversando com o Jungkook, e quando o Yugyeom


apareceu, ele sumiu do nada e muito rápido.

Yugyeom: Era isso? — Assenti. — Não tinha ninguém com você.

Mark: Outro dia, Jinyoung estava falando comigo... Os olhos dele mudaram
de cor.

BamBam: Que estranho... Hoje eu estava no meu armário, ouvi uma


discussão confusa entre os dois irmãos, Jongdae e Hyungwon.

Flashback on por BamBam

— Por favor... Eu posso ajudar.

— Sei que pode, mas não e assunto encerrado.

— Não pode me proibir.

— Posso e vou, sou seu irmão mais velho, não vai.

— Hyungwon, o que vou fazer? Já estou muito bem e posso lutar.

— Eu sei que pode, olha, em casa falamos disso.

Flashback off

Yugyeom: Esbarrei em um dos loiros hoje, Hoseok, quando meu braço


tocou no dele... A pele era muito fria, muito mesmo...

Nos olhamos.

[...]

— Park Jinyoung —
Jin: Vamos subir? — Ele assentiu e nos transformamos no camaleão.
Quando chegamos na janela do quarto, estava aberta, mas o quarto estava
vazio, entramos e ouvimos vozes dos outros cômodos, fomos para debaixo
da cama, então eu ouvi a voz dele e logo ele entrou no quarto com outro
garoto.

— O que é isso? — Ele apontou para o braço do garoto que estava roxo.

— Mark hyung...

— Não me enrola... Tira a camisa. — Ele cruzou os braços e o garoto


suspirou, em seguida tirou. — Me conta o que está acontecendo.

— Não posso... — Ele murmurou.

— Não confia em mim?

— Confio, mas... Eu realmente não posso. — Ele colocou a camisa


novamente, então os outros dois apareceram ali.

— Vamos na sala de jogos? — Eles assentiram e saíram. — MÃE ESTAMOS


SAINDO.

— OK, NÃO VOLTEM TARDE.

— ‘TA BOM. — Então a porta bateu, saímos debaixo da cama e andamos


pela casa, estava vazia, exceto pelo quarto da mãe deles que estava ela e
um rapaz que reconheci rapidamente, era o pai do outro garoto, saímos e
fomos para a sala, Kook se transformou e abriu a porta, então viramos um
hamster e fomos atrás deles.

Quando o encontramos, os quatro estavam juntos, ficamos os observando


de longe durante muito tempo.

— Saíram sem falar nada? — Mordi os lábios e ele estava sentado do nosso
lado. — Por que fizeram isso?

Kook: Appa...
Wonho: Vamos pra casa, lá conversamos... — Ele sumiu nas sombras e
fomos atrás, caminhamos lentamente pelas sombras e ele não falou mais
nada, quando chegamos, sentamos no sofá.

Chen: Vocês têm noção do quanto é perigoso para vocês andarem


sozinhos? Porque estavam na casa deles?

Kook: Por nada...

Xiumin: Gostam deles...

Jin: Aigoo... Isso não é justo, está lendo nossos pensamentos.

Sehun: Gostam deles?

Kook: Quando estávamos com as harpias... E nosso poder ficou fora de


controle... — Ele mexia os dedos e fitava os mesmos. — Quando ele tocou
meu braço, meu poder simplesmente parou... Eu... Eu não sei o que é, mas
não consigo ficar longe dele.

Sehun: Porque não nos contaram? Não somos monstros que proibiríamos
vocês de sair, só teríamos que ir com vocês... Criaturas estão atrás de
vocês, têm noção do quanto seria doloroso se algo acontecesse?

Jin: Vocês não gostam dos humanos...

Chen: Isso não é verdade...

Jin: É sim...

Xiumin: O que querem dizer com... O poder parou?

Jin: Era como se... Eles despertassem o melhor na gente, era como se eles
pudessem controlar o que não podemos... Não tenho forças para ficar
longe dele... Foi só um simples toque.

Wonho: Isso arrisca muita coisa... E quanto aos outros dois?


Kook: Gostamos deles... Vocês disseram que o monstro pode matar
humanos com o tocar de um sino... E se eles... Ouvirem o sino?

Sehun: Onde quer chegar?

Kook: Queremos estar com eles na noite da luta... — Sehun colocou as


mãos no bolso e escorou na parede. — Com os quatro...

Wonho: O que estão pedindo é muito arriscado...

Kook: Mas Omma Chen não vai pra luta...

Chen: Meninos...

Jin: A gente sabe que vocês não gostam dos humanos, mas eles são
diferentes... Se não vai pra luta, porque não ajuda a gente? — Ele suspirou.

Xiumin: Ok... — Sorrimos e Hyungwon e Chen o olharam incrédulos.

Chen: Ta de brincadeira, não, isso só pode ser uma piada...

Sehun: É melhor que nós saibamos o que estão fazendo para controlarmos
a situação, Kook e Jin são... Bobinhos, qualquer coisinha aqueles humanos
descobrem o que somos... Temos que monitorar essa situação...

Hyungwon: Protegendo os humanos?

Wonho: Hyungwon, se proibirmos, vai ser pior, eles não vão se afastar
deles, só teremos que ter o dobro de cuidado... Isso é fase, vai passar e
logo nossa vida volta ao normal. — Eles dois levantaram e saíram.

Xiumin: Deixa comigo... — Ele e Wonho foram atrás.

Wonho Pov’s

Wonho: Hyungwon...
Hyungwon: Não, Hoseok... O que falamos quando decidimos ajudar com
essa confusão de vocês? — Ele se virou para mim.

Wonho: Não vão ser amigo dos humanos... Chen vai ajudar eles a cuidar
dos mesmos na noite da luta... É só isso.

Hyungwon: Não é só isso... Para... Não toca em mim. — Coloquei as mãos


no bolso e ele cruzou os braços, estava mais quente que o normal.

Wonho: Você precisa se acalmar...

Hyungwon: Não me manda ficar calmo... O que você diria se eu quisesse


proteger os passarinhos?

Wonho: É diferente.

Hyungwon: NÃO É DIFERENTE... Hoseok.

Wonho: Hyungwon... Sehun teve uma... Coisa pela borboletinha, como


vocês os chamam... Ele está apaixonado pelo nosso inimigo... — Ele
suavizou a expressão. — Se um dia a trégua acabar, não lutaríamos com
ele, sabe que é lei no mundo místico, quando um ser de algum clã...
Encontra sua alma, não tocamos nela, nem em seu clã... Isso não era lei
para nós vampiros, nunca encontramos alguém... Mas agora temos que
respeitar isso... Hyungwon... E se eu fosse um humano?

Hyungwon: Para... Isso é diferente... Ta pedindo para o meu irmão proteger


uma raça que matou nossos pais... — Fui para tocar nele e ele se afastou.
— Só porque você é minha alma, não pode me pedir algo assim.

Wonho: Sou sua alma e isso nem faz diferença pra você... Nem quer ficar
comigo.

Hyungwon: Não mistura as coisas.

Wonho: Hyungwon... Você prefere que eles façam nas nossas costas? Você
ouviu, não conseguem ficar longe... Isso é fase, logo vão esquecer essas
pessoas... Não queremos criar casos, queremos?
Hyungwon: Não... — Ele respondeu manhoso. — Só os quatro... — Ouvi os
pensamentos do Kook, eles estavam atrás da casa ouvindo a conversa.

Wonho: E a mãe deles... — Hyungwon me fitou e eu ouvi os pensamentos


do Jin. — E o pai... — Ouvi os pensamentos dos dois. — E os pais do outro...
Não, eles não... Só a mãe, o pai e os quatro... Os outros pais eles não se
importam se morrerem... — Sorri. — Posso te tocar agora?

Hyungwon: Não... Ainda estou nervoso. — Ele cruzou os braços e suspirou.


— Toca... — Sorri e o puxei pela cintura. — Não deveria ficar perto de mim
quando estou nervoso.

Wonho: Porque?

Hyungwon: Perdemos o controle das nossas transformações...

Wonho: Não me importo... — Dei um beijo no alto da cabeça dele. — Eu te


beijaria, mas não queremos dar um show para nossa plateia... — Ele riu e
eu ouvi os pensamentos do Kook. — Nem eles querem ver eu beijando a
mãe deles. — Ele riu. — Fica comigo? Por favor...

Hyungwon: Não posso.

Wonho: Pode sim... — Colei nossas testas. — Você vai me matar se não
ficar comigo... Preciso de você.

Hyungwon: Não tanto quanto eu preciso de você... — Toquei o rosto dele e


acariciei o mesmo.

Wonho: Então não complica, por favor... — Enchi o rosto dele de beijos.

Hyungwon: Tenho medo... — Ele pousou a cabeça no meu peito e eu o


abracei.

Wonho: Eu também, mas eu não ligo...


Pude senti-lo sorrir.

— Kim Minseok —
Chen: Não vou proteger quatro humanos idiotas...

Xiumin: Cinco... Seis. — Ele me fitou. — Chen, você não vai pra guerra, vai
ficar cuidando do Kook e do Jin, então... Pode ajudá-los a proteger os seis...
Vai ser divertido, um programa mãe e filho. — Ele cruzou os braços.

Chen: Não vai ser divertido, Minseok... Eu não vou proteger uma raça que
matou meus pais... Você... Argh você não entende... — Toquei em seu
braço e ele estava pegando fogo.

Xiumin: Você... Tem que se acalmar, não queremos um lobo no nosso


quarto, queremos?

Chen: Não tem graça... — Ele se afastou e eu sentei na cama.

Xiumin: Chen, isso é fase... Vai passar... Só vai precisar protegê-los uma
noite.

Chen: Só uma noite... — Ele afirmou e eu ouvi uivos próximo a nossa casa,
Chen suspirou e me olhou. — Eles chegaram.

[...]

Estávamos do lado de fora da casa, inclusive o clã do Luhan, então um lobo


negro surgiu do meio das árvores, ele passou o olhar sobre nós e parou em
Chen e Hyungwon.

Chen: Olá, velho amigo. — O lobo rosnou e mais dois surgiram atrás dele

Eles são... Enormes.

Xiumin: Não confiam totalmente em nós para assumirem a forma de


homem... — Traduzi o que li na mente do que deduzi ser o líder e
prossegui. — “Ouvimos seu chamado, para nos fazerem atravessar um
país, a coisa deve estar feia”

Hyungwon: Você está certo... — Mais lobos surgiram, perdi a conta de


quantos tinham ali, todos sentaram no chão ou em cima de pedras
grandes, mas sempre um passo atrás do lobo negro.

Xiumin: “Em que podemos ser úteis, velho amigo?”

Hyungwon: Nachzehrer, estão vindo para cá.

Xiumin: “Nachzehrer? Pensei que desse conta de um Nachzehrer sozinho,


mas vejo que não.” — Ele passou o olhar sobre nós.

Hyungwon: Não apenas um... Cerca de 35.

Xiumin: “Interessante” — Ele deitou com a cabeça ainda erguida. —


“Pensei que... Estivessem extintos... Mas, o que Nachzehrer fazem tão
longe da Alemanha?”

Hyungwon: Temos muito o que conversar, amigo.

Xiumin: “Imagino que sim... Seu pai era... Um grande amigo nosso, estamos
ao seu dispor..."

Era um lobo mais lindo que o outro.

Hyungwon: Obrigado... Isso significa muito.

Xiumin: “Disponha... É só dizer quando”

Hyungwon: De nós, os únicos que sabem lutar contra um Nachzehrer é os


vampiros... Eles vão nos ensinar.

Xiumin: “Estou... Ansioso para começar... Por hora, não dormimos a três
semanas, vamos descansar essa noite” — Ele levantou e todos os outros
sumiram para dentro das árvores, restando apenas ele. — “Hyungwon e
Jongdae, saibam que jamais arriscaria a vida de meus irmãos por uma
causa relacionada a... Criaturas... Mas será uma honra lutar ao lado de
descendentes de Lúpus” — Ele se curvou e depois sumiu por entre as
árvores.

Hyungwon: A honra é nossa de lutar ao lado de Im Jaebum.

Ouvi um uivo de resposta.


Capítulo 14 — Vigiando
Chen: Estão convidados a ficar na nossa casa, temos que começar cedo.

Luhan: Muito obrigado pela hospitalidade. — Todos entramos.

Kook: Appa... Podemos ver eles?

Wonho: Não... Já pra cama...

Jin: Só um pouquinho...

Wonho: Cinco minutos... — Os dois saíram correndo para o quarto com


Wonho logo atrás.

Hyungwon: Hoseok controla a névoa... Como já sabem, então ele pode


mostrar qualquer coisa que desejar... Os meninos adoram isso... — Ele
sorriu. — Estão cansados? — Eles assentiram e acompanharam ele até o
andar de cima.

Hyungwon, sempre receptivo.

Revirei os olhos e sentei no sofá fazendo a fumaça azul aparecer em meus


dedos, fiz nosso mundo aparecer e procurei por alguém vivo, fazíamos isso
todos os dias na esperança de ter alguém.

Chen: Fazem isso todos os dias... — Ele massageou meus ombros. — Por
que acham que tem alguém vivo?

Sehun: Ter esperança não custa caro... — Ele analisava sua fumaça azul.

Não vi nada além de ruínas, fechei a mão e relaxei no sofá.

Dia seguinte.

Estávamos do lado de fora, estava nublado e só esperávamos os lobos


aparecerem, não demorou muito para o lobo negro emergir das árvores.

Xiumin: Se sentem mais confortáveis na forma de lobo, por isso vão ficar
assim. — Os outros apareceram. — Talvez se confiarem na gente, assumam
a forma humana.

Luhan: Vieram... Já é o bastante. — Eles estavam sentados na escada e no


corrimão, Chen no telhado com Kook e Jin, Hyungwon sentado numa
pedra.

Wonho: Um Nachzehrer se alimenta com sangue e corações dos vivos,


alguns se alimentam da carne dos mortos, diferente de nós vampiros, os
Nachzehrer não vivem em bando, eles vivem sozinhos, o que os torna mais
fortes e mais ágeis... Sua parte zumbi sobressai a do vampiro, um
Nachzehrer não morre fácil... Sehun?

Sehun: Primeiro passo, se ele colocar os braços em volta de você, está


morto... Se ele pegar em seu pescoço, já pode dizer adeus... Nachzehrer
tem força suficiente para abater os seres humanos quase a uma polpa
sangrenta, não pensem que eles são fracos aos olhos de criaturas como
nós... Eles só saem de seus túmulos com apenas um intuito, devorar a alma
de seus descendentes, entretanto, alguém está comandando eles para
outros motivos, mesmo assim, são fatais para um desconhecido, basta um
contato com a sua sombra para que você encontre o seu fim.

Xiumin: “Isso não seria para humanos?” — Traduzi o que o lobo negro
perguntou.

Sehun: Errado... Nachzehrer tem poderes suficientes para abater outras


criaturas... A única morte que funciona com humanos e não conosco, é o
tocar de um sino no topo da igreja o que leva todos os humanos que
ouvirem a uma morte precoce.

Xiumin: Assim como nós, eles tem mordida infecciosa, porém, há uma
diferença absurda, com intenção ou não de transformar, o veneno vai ser
despejado... Minhas suspeitas é que... Temos um alfa, e esse alfa recebeu
ordens, com isso ele transformou humanos... Uma fraqueza muito grande
dos Nachzehrer é... Se o alfa é morto, os outros vão voltar para a forma
humana.

Chang: Como sabemos quem é o alfa?

Xiumin: Não dá para saber...


Wonho: Decapitação só vai imobiliza-lo, a cabeça vai continuar viva, assim
como o corpo... A única maneira de matar um Nachzehrer é muito
diferente das mortes comuns, alguém tem algum palpite?

Jooheon: Prata...

Wonho: Retarda, mas não causa nenhum dano... A única maneira é com
moedas de cobre... Se colocar uma moeda de cobre na boca de um
Nachzehrer em seguida a decapitação, ele morre na hora.

Luhan: Então, os lobos teriam que lutar na forma humana? Para colocar a
moeda e depois decapitar?

Sehun: Estivemos pensando sobre isso... A solução mais viável foi um de


nós, para cada dois deles...

Xiumin: “Vocês colocariam a moeda e nós decapitaríamos?”

Sehun: Sim...

Xiumin: “Temos 17 na nossa alcateia”

Sehun: E sete dos nossos, fora Hyungwon que lutará como lobo,
totalizando 18 lobos... Nesse caso, Minseok, eu e Wonho ficaríamos com 3
lobos, pois já lutamos contra Nachzehrer, temos mais experiência...
Descartamos 9, restam 9 para cinco, então seriam dois para cada e um
ficaria com apenas um lobo... É com você... Conhece sua própria alcateia,
nos diga como acha que essa divisão seria boa?

Xiumin: “Nos deem uns minutos” — Eles se retiraram.

[...]

— Eu sou Im Jaebum... — O garoto emergiu das árvores com short,


camiseta e coturno. Cabelos negros como os pelos do lobo, um tanto
musculoso e alto. — Esses são Choi Youngjae... Jackson Wang... Kim
Taehyung... Kim Seokjin... Do Kyungsoo... Kim Junmyeon... Zhang Yixing...
Byun Baekhyun... Park Chanyeol... Kim Jongin... Wu Yifan... Son Hyunwoo...
Lee Minhyuk... Yoo Kihyun e Huang Zitao. — Porém ele não apresentou um
deles, o garoto deu um passo a frente.
— Meu nome é Kim Namjoon, segundo líder.

Hyungwon: Ah, como vocês cresceram... — Ele correu para abraça-los.

Chen: Esse aqui eu não lembro... — Ele parou na frente de um ruivo.

Jaebum: Se transformou recentemente... Taehyung.

Chen: Que gracinha... — O garoto sorriu. — Senti tanta falta de vocês.

— Também sentimos a de vocês... Esqueceram da própria raça. — Um


deles brincou.

Chen: Isso não é verdade Baek... — Enquanto eles abraçavam cada um,
Jaebum se pronunciou.

Jaebum: Gostaríamos de passar um tempo com vocês... — Todos usavam


short, camisa e coturno. Olhei o pescoço de cada um e cada quem tinha
uma tatuagem estranha no mesmo, no lado direito, deduzi que era normal.
— Nos conhecerão e saberão com quem lutarão melhor.

[...]

Uma fogueira e todos em volta dela, era assim que estávamos, o silêncio
era evidente e ninguém parecia se incomodar com isso.

Luhan: As almas de vocês... — Jaebum o olhou. — Não é perigoso lutarem?

Jaebum: Nossas almas sempre serão um passe para nossa morte... Aprecio
sua preocupação... Mas nossa maior preocupação é Taehyung... — Ele
sorriu pro garoto que brincava ao lado dele com uma joaninha. — Tento
prender ele em casa para estudar, mas não adianta... — Rimos.

— Ficaríamos mais tranquilos se ele não participasse.

Jaebum: Seokjin...

Seokjin: Silêncio, Jaebum... Taehyung ainda é uma criança...


Tae: Posso me cuidar... Sou um lobisomem forte. — Olhar ele é a mesma
coisa que olhar Kook e Jin.

Seokjin: Sabemos que você pode...

Xiumin: Ele pode ficar com Kook e Jin, eles não vão lutar... — Olhei Jin e ele
fitava a fogueira. — Jin? — Ele não respondeu.

Sehun: Está tendo uma visão... — Peguei lápis, papel e entreguei para ele.

Jin: Uma cidade... — Ele desenhava sem olhar para o papel e der repente
ele largou tudo no chão e escondeu o rosto na minha camisa. Peguei o
papel e olhei o desenho, era várias pessoas em uma cidade, virei o desenho
e para ser mais exato era uma multidão. — Não são 35... São quase 80... —
Kook acariciou as costas dele. — E estão criando mais... — Jin relaxou e
notei que era Kook manipulando os sentimentos dele. — Um exército, dos
grandes... — Senti minha camiseta molhar.

[...]

Chen: 80... — O abracei por trás, observávamos os dois dormirem. —


Deveriam atrair essa luta para as montanhas... É mais seguro. — Concordei.

Xiumin: Porque não quiseram ficar aqui? — Me referi aos lobos.

Chen: Não queriam incomodar. — Saímos do quarto e entramos no nosso.

Xiumin: Nachzehrer são péssimos lutadores, não precisa se preocupar... —


Sentei na cama. — Vamos vencer...

Chen: Acredito nisso... — Sorri.

— Shin Hoseok —
Hyungwon: Espera... Espera. — Ele falou entre o beijo, mas ainda assim,
continuou com as mãos na minha nuca e no meu cabelo, aprofundando
mais o beijo.

Wonho: O quê? — Nos separamos.

Hyungwon: O quê, o quê?


Wonho: Você falou "espera".

Hyungwon: Ah... Já volto. — Ele levantou e entrou no banheiro, quando


saiu, estava de cueca e camisa. Arqueei a sobrancelha e mordi os lábios. —
Quer parar? — Ele deu um tapa de leve no meu rosto e sentou na cama.

Wonho: Tapa de amor não dói... Você tá tão... — Mordi os lábios e ele me
deu outro tapa, seguido de um beijo um tanto ardente.

Hyungwon: Me observava dormir, geralmente eu dormia assim. — Passei


minha mão pelo corpo dele.

Wonho: Agora é diferente... — O beijei novamente.

Hyungwon: Diferente como? — Perguntou entre o beijo.

Wonho: Posso te tocar... — Ele ficou de joelhos na cama e o beijo foi


ficando cada vez mais selvagem e quente. Mordeu meus lábios com força e
puxou os cabelos da minha nuca.

Hyungwon: Que tal pararmos enquanto você tá de roupa? — Ri e neguei


mordendo os lábios, fazendo ele me dar um tapa de leve no braço. — Não?

Wonho: Não... — Apertei a bunda dele. — ‘Ta gostoso assim.

Hyungwon: Safado... — Sorri. — Tira a mão daí...

Wonho: Ah não... — Apertei novamente com uma certa força e ele mordeu
os lábios.

Hyungwon: Hoseok... — Chamou manhoso.

Wonho: Você gosta que eu sei.

Hyungwon: Idiota... — Ele me deu outro tapa, em seguida sentou na cama,


longe de mim, sorri o olhando. — Para de me olhar assim. — Me aproximei
e beijei seu pescoço.

Wonho: Assim como?


Hyungwon: Como quem já apertou minha bunda. — Ri.

Wonho: Aperto de novo... — Conduzi minha mão e ele parou. — Você ‘ta
me enlouquecendo.

Hyungwon: Nem fiz nada. — Se fez de inocente e eu sorri levantando.

Wonho: Boa noite...

Hyungwon: Dorme comigo? — Sorri. — Por favor.

Wonho: Se você vestir algo... — Ele sorriu, levantou e me empurrou na


cama.

Hyungwon: Bem que você gosta de me ver assim.

Sorri e ele deitou do meu lado.

— Oh Sehun —
Tantas criaturas no mundo e eu vou me apaixonar por quem? Meu inimigo.

Eu sinceramente acho que eu vim com algum defeito, meus irmãos se


apaixonam por híbridos e eu? Pelo meu inimigo. O pior não é nem isso, o
pior é que o infeliz ainda é lindo e está aonde? Na minha casa. Qual o
problema do Hyungwon? Não consigo me conter e a culpa é de quem? Do
Hyungwon por convidar, a culpa tem que ser de alguém e minha não vai
ser.

Jin: Estou sem sono. — Ele apareceu na cozinha.

Sehun: Fique um pouco comigo. — Ele assentiu e sentou.

Jin: Posso ver suas lembranças? Kook disse que é legal. — Assenti e cheguei
perto dele, coloquei uma mão no pescoço, me curvei ficando próximo ao
ouvido dele e relaxei, assim como Kook, ele ria de cada lembrança que eu
mostrava, ficamos longos minutos assim, então captei em sua mente que
ele estava cansado. Ouvi um coçar de garganta e me afastei do Jin
lentamente, dando de cara com a fada na porta da cozinha.
Sehun: Porque não vai dormir? — Ele assentiu coçando os olhos. — Daqui a
pouco eu vou lá. — Ele saiu depois de me dar um beijo na bochecha.

— Você namora o seu filho? — Revirei os olhos e abri a geladeira para


pegar um pouco de sangue.

Sehun: Não, Luhan. Estava mostrando minhas lembranças para ele.

Luhan: Como assim?

Sehun: Posso ver e mostrar as lembranças de qualquer um... E eles gostam


disso.

"Sejam legais com nossos convidados" — A advertência de Hyungwon


atravessou minha mente.

Luhan: Hm... Posso ver? — O olhei pronto para negar, mas seus olhos me
convenceram, passei a mão no cabelo e me aproximei, coloquei a mão de
um lado do pescoço dele e antes que pudesse liberar, tratei de bloquear
certas lembranças, me aproximei de seu ouvido e comecei a mostrar,
quando terminei, ele sorriu.

Me afastei e peguei o litro de sangue para colocar no copo.

Luhan: Isso é tão legal. — O fitei. — Pode ver as minhas também?

Sehun: Posso... — Murmurei.

Luhan: Até as que não lembro mais? — Assenti e comecei a tomar. — O


que isso ajuda numa luta?

Sehun: Apago todas a lembranças da mente de alguém se eu quiser, ele


esquece até o nome dele... Ele vira um ninguém... Posso mostrar as
lembranças dolorosas de todas as pessoas que já olhei, isso destrói a
mente de qualquer um.

Luhan: Você precisa tocar?

Sehun: Não... Só olhar os olhos.


Luhan: Porque me tocou?

Sehun: Para mostrar minhas lembranças, tenho que tocar a pessoa e ficar
bem próxima a ela, para nos conectar...

Luhan: É como ler mentes ou apagar a memória?

Sehun: Não... Ler mente, você lê o que a pessoa está pensando naquele
exato momento... Apagar memória é apagar acontecimentos apenas,
lembranças faz a identidade de um ser, sem lembranças, sem identidade.

Luhan: Seu poder é mais poderoso que o do outro então?

Sehun: Sim e não... Minseok pode apagar o que ele quiser, o cérebro está
nas mãos dele, ele pode fazer a pessoa dormir, pode fazer a pessoa ter
uma convulsão, pode fazer a pessoa esquecer como falar, como respirar,
como andar... Ele pode controlar cada parte do cérebro, isso não é apagar
lembranças, é apagar o que ela aprendeu.

Luhan: Já usaram alguma vez esses poderes?

Sehun: Nunca foi necessário.

Luhan: E quanto a Hoseok?

Sehun: A névoa pode te mostrar qualquer coisa, em qualquer lugar e em


qualquer tempo... Ele pode fazer alguém enxergar aquilo que ele deseja,
pode iludir alguém, pode fazer a pessoa acreditar em uma coisa que não
existe, ele pode enlouquecer alguém... Pode fazer a pessoa ver ou
presenciar seu pior pesadelo e muitas outras coisas.

Luhan: Como ele saberia qual o pesadelo de uma pessoa? — O fitei.

Sehun: Ele sempre sabe...

Luhan: Parece poderoso.

Sehun: Não estaríamos aqui se não fossemos...


Grosso? Nem um pouco, posso ter me apaixonado, mas ainda o odeio.

Dias depois.

— Park Jimin —
O grupo esquisito sumiu durante alguns dias, eles não apareceram na
escola e sobre o estado do Yugyeom, nada a declarar, o bom é que ele
trabalha junto conosco agora, ele ajuda o Mark no palco. Saímos do
trabalho e fomos andando para casa, estávamos todos em silêncio por
conta dos machucados do Yugyeom, não conversamos muito durante o dia,
hoje era sábado e estávamos exaustos, a boate encheu bastante e já são
três e meia da manhã.

Mark: Estranho... — Ele olhou para trás enquanto andava.

BamBam: O quê?

Mark: Estou com a sensação de estar sendo seguido.

Jimin: Eu em, credo... — Olhei em volta e não vi nada além de escuridão.


Continuamos a andar e finalmente chegamos no prédio, Yugyeom dormiria
na nossa casa, assim como o BamBam já que o pai dele fica direto com a
nossa mãe, acho que não vai demorar muito para ele pedir ela em
casamento, BamBam disse que ele estava olhando anel de noivado na
internet outro dia.

Entramos no elevador e subimos até nosso apartamento, quando


chegamos, nossos pais já estavam dormindo, fomos para o quarto e um de
cada vez foi tomar banho.

Olhei a janela e franzi o cenho, não me lembro de ter deixado ela aberta.
Fui até a mesma, fechei e soltei a cortina, vi a sombra de alguém atrás de
mim e me virei, mas não tinha ninguém, acho que era eu mesmo.

Acabei rindo, quem se assusta com a própria sombra?

Senti uma brisa gelada na minha nuca e me virei, toquei a mesma e


balancei a cabeça negativamente e voltei a arrumar a nossa cama. Sabe
aquela sensação esquisita de que parece que você está sendo vigiado? Sou
eu nesse momento, passei a mão nos cabelos e ignorei a sensação, sai do
quarto e fui para a cozinha, onde estavam os outros.

— Kim Jongdae —
Chen: Sem gracinhas, eles não podem nos ver. — Murmurei após
aparecermos os quatro no meio do quarto.

Kook: Só cheguei perto, Omma.

Chen: Não chegue perto, ele sentiu, você só faltou beijar a nuca dele.

Tae: Mas ele não nos viu.

Chen: Não importa... Andem, se escondam. — Sumimos nas sombras e


fomos para a cozinha, antes, nos certificamos de que os pais deles estavam
bem.

Jin: Eles parecem cansados. — Os quatro estavam sentados na mesa,


comendo e com a cabeça apoiada na mão, estavam quase dormindo ali
mesmo.

Chen: Eles tem que dormir logo... — Usei meus sentidos para ver se a luta
já havia começado, a qualquer momento um dos Nachzehrer tocaria o sino,
eles sempre tocam quando chegam em alguma cidade. Os quatro
levantaram e foram para o quarto, saímos das sombras e Tae acabou
esbarrando em um pote de vidro que caiu no chão, subitamente voltamos
para as sombras, o último se virou, veio ate o vaso e olhou em volta.

— Como diabos isso caiu? — Ele foi até a cozinha, voltando com coisas
para recolher o vaso.

— Yugyeom, está tudo bem? — O garoto perguntou do quarto.

— Sim, o vaso deve ter caído com o vento... — Então ele ficou uns minutos
observando o vaso. — Espera... Que vento? — Ele olhou em volta, deu de
ombros e começou a recolher o vaso. Quando terminou, apagou a luz e foi
para o quarto.

Chen: Tomem mais cuidado...

Tae: Desculpa... Ainda não me acostumei a andar nas sombras.


Jin: Nem eu.

Kook: Idem...

Acabei rindo, fomos para o quarto e os quatro estavam deitados já,


finalmente iriam dormir, obrigado.

Comemorei cedo demais, eles começaram a conversar.

— Yugyeom...

— Sim?

— Porque você tem medo dos seus pais?

— Não posso dizer.

— Aigoo... Estou começando a achar que não confia na gente.

— Claro que eu confio... Só que é meio pessoal.

Porque eles não simplesmente dormem?

Jin: Chegaram... — Ele afirmou após ter uma visão.

Tae: Eles tem que dormir logo... Vão tocar o sino em breve. — Os quatro
continuaram a conversar.

Chen: Kook... Manipule os sentimentos, faça eles ficarem cansados. — Ele


assentiu e seus olhos brilharam, indicando que ele estava usando os
poderes.

Cerca de 5 minutos depois, ouvi o tocar do sino, a primeira badalada, olhei


os quatro e respirei aliviado quando vi que dormiam. As badaladas
continuaram, mandei os três ficarem ali que eu iria no quarto do casal,
chegando no mesmo, sai das sombras e me certifiquei de que estavam
bem. Após isso voltei para o quarto dos garotos.

Kook: Estão bem? — Assenti e a última badalada pôde ser ouvida.


Jin: A luta começou.
Capítulo 15 — Águia
— Kim Minseok —
A lua estava escondida, o céu estava com várias nuvens, estávamos
parados em frente às árvores de onde saímos, os lobos estavam
escondidos. Wonho nos mostrava o progresso do bando através da sua
névoa, o ar estava gélido, o clã de Luhan só estava esperando o sinal de
Wonho para poder começar. Ouvi o tocar do sino, a primeira badalada,
olhei a névoa na mão de Wonho e eles estavam próximos, estavam seguido
o cheiro que espalhamos, quando estava na penúltima badalada, ele deu o
sinal, Jooheon fez suas asas aparecerem e levantou vôo, a fumaça negra
saia de suas mãos e avançava a nossa frente, Wonho se preparou quando
as badaladas cessaram, seus olhos brilharam e a névoa se expandiu ao
redor dele, o plano era que Jooheon tiraria apenas a audição do bando e
Wonho os enganaria com a névoa, os fazendo verem Kook e Jin.

Wonho: Agora... — Hoseok levantou vôo e eletrizou todo o local, quando


parte dos Nachzehrer finalmente emergiu das árvores, ao pisar no chão,
uma onda elétrica passeou por todos seus corpos.

Yoongi: Dor... — Ele focou em dois que caíram gritando no chão, os outros
olhavam, mas não perderam o foco. Então eles avançaram na barreira
eletrizada, Luhan e seus irmãos levantaram vôo e der repente tudo ficou
em câmera lenta, olhei Changkyun de canto de olho e ele voava mais
rápido que todos, quando o tempo voltou ao normal, vários Nachzehrer
foram abatidos.

Jooheon e Wonho continuaram com seu trabalho, porém, agora Jooheon


estava cegando todos eles, enquanto Wonho fazia espíritos zumbirem em
seus ouvidos, fazendo os mesmos enlouquecerem.

— Devolvam minha visão! — Um deles questionou entre dentes.

Estavam todos desordenados, quando um deles conseguiu sair do feitiço


de Jooheon, Sehun tomou seu rosto nas mãos e olhou dentro dos olhos da
criatura.

Sehun: Abra os olhos... Veja a dor... — A criatura gritou. Em segundos o


Nachzehrer caiu imóvel e com seus olhos queimados, sabendo que iria se
recompor, Sehun colocou a moeda e decepou a cabeça, avançamos e os
lobos emergiram das árvores.

— Autora —
Jooheon estava no alto, controlando todos, Wonho estava em outro lado, à
luta praticamente estava ganha, porém, ambos foram abatidos, por quem?
Ninguém sabia, os dois caíram no chão, Jooheon despencou do ar
inconsciente, mas foi pego segundos antes de atingir o chão pelo irmão
que voava por perto. Procurando em volta quem os abateu, Luhan checou
o pulso do irmão, em seguida tirou a estaca de prata do braço do mesmo,
Sehun parou ao lado de Wonho e puxou a estaca de prata de seu peito. A
luta continuou, porém com os Nachzehrer com suas visões recuperadas.

Der repente, não mais que der repente, os lobos uivaram, um dos mesmos
se virou contra Minseok, alguém estava trabalhando de fora da luta,
Youngjae avançou em Minseok com dentes a mostra, derrubando o mesmo
no chão. Minseok usou toda sua força para manter o lobo longe, então
Kyungsoo empurrou o amigo para o lado e começaram a lutar entre si.
Lobos se voltaram contra lobos, lobos tentavam matar vampiros e estacas
de prata eram lançadas contra Luhan, seus irmãos e alguns lobos.

Changkyun vendo à revolta e vendo que estavam prestes a perder, parou o


tempo com um estalar de dedos, naquele momento o mundo parou,
Changkyun sobrevoou sobre a luta, desviando estacas, separando lobos e
claro, colocando uma moeda de cobre na boca de cada Nachzehrer, torceu
a cabeça de cada um, e quando estalou os dedos de volta, todos os
Nachzehrer estavam no chão, mortos, mas a luta entre eles continuavam.

Dois lobos em cima de cada vampiro e lanças continuavam. Algo precisava


ser feito, mas de onde estava vindo isso tudo?

O alfa, pensaram ao mesmo tempo, lobos fora de controle e todo mundo


impotente, Jooheon levantou vôo e cegou todos os lobos. Tempo
suficiente para se recomporem e começarem a usarem seus sentidos para
procurarem da onde vinha o ataque.

— Kim Minseok —
Ouvi um grito e Hyungwon estava em cima de Wonho com dentes a
mostra, avancei em cima dele e o puxei pelo pescoço, ele começou a se
chacoalhar e rosnar, mas não o soltei. Chamei por Hoseok e ele surgiu do
meu lado, faíscas elétricas saiam de sua mão e ele encostou em Hyungwon
que logo desmaiou.

Hoseok: Temos que achar de onde está vindo isso...

Luhan: Do norte... Wonho, use a névoa.

Wonho: Me mostre o alfa.

A névoa apareceu por entre seus dedos, no topo de uma das montanhas
vizinhas, mostrava o alfa, suas mãos erguidas e todo o poder irradiava dele.

Luhan: Yoongi, vai.

Hoseok: Espera... Não.

Yoongi: Tudo bem...

Hoseok: Vou com você... — Os dois levantaram vôo. Fiquei na frente de


Jooheon, várias estacas vinham em sua direção. Começaram a atacar os
lobos que estavam cegos, com Luhan e Sehun, começamos a desviar as
estacas deles rapidamente, parei por um segundo e alonguei o pescoço,
evoquei minha fumaça azul junto com poder total, fazendo todos os lobos
dormirem. Finalmente o ataque cessou, olhamos a névoa e Hoseok e
Yoongi estavam no topo da montanha lutando contra o alfa, estalei os
dedos e os lobos acordaram.

Xiumin: Um lobo... Eles não vão conseguir sem um lobo... Alfas são
poderosos. — Jaebum latiu e saiu em disparada com Namjoon logo atrás,
olhamos a névoa e em questão de segundos os dois chegaram à outra
montanha, atacaram e quando estavam prestes a conseguir decepar a
cabeça, o alfa abraçou Jaebum por trás.

Ouvi um uivo de dor.

Luhan: Está quebrando os ossos dele para chegar ao coração. — Ouvi um


uivo atrás de mim e era Youngjae, sem tempo para pensar, a matilha toda
saiu em disparada para a montanha, olhei a névoa e Namjoon rondava o
alfa, centelhas elétricas pairavam sobre a mão de Hoseok e a matilha
chegou junta. Corremos em meio a árvores e quando chegamos, estavam
ainda na mesma posição, Jaebum respirava pesadamente, então o alfa
pegou uma estaca de prata, Youngjae latiu e foi para avançar, mas Jongin e
Yifan pularam em cima dele.

Sim, eu decorei os nomes e quem é quem.

Yoongi: Dor... — O alfa gritou, antes de cair enfiou a estaca no peito de


Jaebum.

Youngjae uivou junto com os outros e seus olhos perderam total brilho,
corri em direção a Jaebum e o virei, ele estava inconsciente. Puxei a estaca
e chequei seu pulso, mas não se ouvia nada. Ele se transformou na minha
frente e rolou no chão gritando de dor, pude ver seus ossos quebrados.

Jae: JB? Fala comigo... — Ele abaixou com os outros.

Seokjin: Não foi no coração? — Olhei o ferimento.

Xiumin: Quase... Temos que levá-lo para casa... As costelas estão


quebradas... — Olhei eles. — Todas.

Três deles ergueram Jaebum do chão, então vi que ele estava sem roupa,
mas isso é o que menos importa agora.

Wonho: Você está bem?

Xiumin: Estou...

Hyungwon: Chen... — Ele parou, se transformou rasgando a roupa e saiu


correndo em direção oposta, fomos atrás enquanto Luhan acompanhou os
lobos.

— Kim Jongdae —
Parei na sacada do prédio dos humanos e subitamente olhei para baixo,
meus sentidos gritaram de que algo estava errado, me concentrei e senti a
presença de cinco Nachzehrer bem próximo.

Chen: Kook, Tae, Jin, vamos descer. — Saímos do prédio, nos encontramos
em uma rua deserta. — Fiquem atrás de mim. — Ouvi a risada melancólica
nas sombras e me virei.
— O que um único lobisomem pode fazer sozinho? — Vi olhos verdes na
escuridão, mas logo sumiram. Me transformei junto com Tae e foquei onde
achei que estavam, usei nossa comunicação de lobo para falar com ele.

"Cuidado, eles costumam atacar de surpresa" — Chen.

"Não os vejo" — Tae.

"Mantenha seus sentidos em alerta" — Chen.

Demos passos para trás empurrando Kook e Jin de encontro a um muro.


Rosnei quando os vi emergir da escuridão.

"Não saia de perto deles" — Chen.

"Mas..." — Tae.

"Não saia, Taehyung" — Chen.

Kook segurou meus pelos, estava assustado, não os culpo, são criaturas
horríveis, pele podre e comida por eles mesmos, estava na cara que
aqueles vieram direto do túmulo e não da mordida, não tinham um alfa.

— Você entrega os garotos e deixamos vocês vivos... — Avancei em um


deles e decepei a cabeça que continuou viva, os outros quatro vieram para
cima de mim e eu fiz de tudo para não deixarem me abraçar por trás ou
pegarem em meu pescoço.

Tae deu um passo para me ajudar, porém eu adverti para ficar, a situação
estava cada vez pior e mantê-los longe estava se tornando difícil, então vi o
bater de asas atrás de mim, todos caíram no chão sem suas cabeças e com
moedas, então Sehun, Wonho, Hyungwon e Xiumin chegaram segundos
depois.

Xiumin: Você está bem? — Rocei em sua perna em sinal de sim. — Não
sinto mais nenhum.

Jooheon: Nem eu...


Wonho: Acabou... Vamos pra casa.

Dias depois.

Jaebum: Obrigado pela hospitalidade e pela proteção. — Todos se


curvaram diante de nós. — Temos uma dívida com vocês, quando
precisarem, sabem onde nos encontrar.

Yixing: Chen, Won, esperamos uma visita de vocês.

Tae: Aham... Tem que ver o lobisomem grandão que vou me tornar. —
Rimos, todos se transformaram e saíram correndo em meio às árvores,
restando apenas Jaebum. — A gente se vê... — Ele deu passos para trás, se
transformou enquanto virava e saiu correndo, pude ouvir alguns uivos e
acabei sorrindo.

Xiumin: Muito obrigado... — Murmurei, mas sabia que ele tinha ouvido.

Luhan: A gente se esbarra por aí... Sanguessugas. — Os quatro levantaram


vôo e restou apenas ele. — O acordo voltou...

Wonho: Sabemos.

Luhan: Estou ansioso para poder decepar um de vocês. — Sorri e ele


levantou voo.

Pude ver que antes dele sumir no céu, ele lançou uma olhada para Sehun
que estava distraído com o Hyungwon, conversavam sobre os lobos, é
verdade que eles conseguiram conquistar cada um de nós.

[...]

Chen: Acho que vencemos, por hora. — Me empurrou na cama.

Xiumin: Acho que você não tem noção da sua força. — Ele sorriu sentando
sobre mim e se curvando.

Chen: Desculpa...

Xiumin: Uhum... Vem aqui... — O puxei pela gola da camisa e selei nossos
lábios diversas vezes antes de iniciar um beijo. Apertei a bunda dele com
força e ele suspirou entre o beijo.

Chen: Poupei tanta energia ficando fora da luta... — Mordeu meus lábios e
me beijou novamente, com mais desejo e malicia.

Xiumin: Estou com medo de não te satisfazer. — Senti a mão dele no meu
membro. — Na verdade, estou com medo de sua energia não ser
suficiente.

Chen: Hm... — Apertei a bunda dele novamente e ele acariciou meu


membro por cima da calça. — Será?

Kook: APPA.

Xiumin: Deixa que os outros vão. — O virei na cama e ouvi batidas na porta.

Sehun: O segundo instrutor chegou. — Ouvi a voz dele do lado de fora.

Tantas horas, tantos momentos para esse instrutor chegar e ele chega
quando? Na hora da melhor parte. Chen riu e beijou meu pescoço, em
seguida levantou e saímos do quarto, fomos até o quarto dos meninos e
uma águia de bronze estava pousada na janela, uma águia filhote.

— Boa noite... — Ela se virou para nós. — Receio que demoraram em me


chamar.

Chen: Te... Chamamos?

— Mas é claro... — A voz dela era bem aveludada, poderia ficar ouvindo
por horas.

Hyungwon: Como?

— Era necessário proteger os humanos.

Chen: Espera... O que quer dizer com protegerem?

— Quero dizer que... Aqueles dois humanos são importantes e vocês tem
que protegê-los.
Hyungwon: ‘Ta de brincadeira?

— Não, eu só podia aparecer quando os protegessem.

Chen: Só protegemos uma vez.

— E terão que proteger mais... Caso contrário, estou bloqueada para dar
informações.

Hyungwon: ‘Ta dizendo que temos que trazer eles para nossa casa?

— Estou dizendo que precisam protegê-los...

Xiumin: Por quê?

— Porque Mark Tuan e Park Jimin ajudam a controlar o que eles não
podem... Eles tem a chave.

Sehun: Que diabos de chave?

— A chave do coração e da esperança... Sem eles, tudo estará perdido.

Xiumin: Por quê?

— Não posso dizer ainda... O que posso dizer é que são importantes.

Wonho: Você está aqui para tirar dúvidas, não é?

— Sim, mas só quando decidirem protegê-los.

Chen: Protegê-los de que?

— Das trevas.

Xiumin: Ok...

— Não tão rápido, vampiro, os híbridos não aceitaram, tem que aceitar de
coração e alma.
Xiumin: Chen... — Ele suspirou e saiu com o Hyungwon.

— O bom é que ganho tempo, ainda não estou pronta.

Wonho: Precisa amadurecer?

— Sim, meu tempo é um pouco mais demorado que o do basilisco. —


Assentimos e ela saiu andando por entre nossos pés, parou no vidro do
corredor e pousou observando o lado de fora.

Sehun: Ela dormiu.

Colocamos Jin e Kook para dormir e fomos para o quarto.

Chen: Não começa, não quero falar disso.

Xiumin: Ok... Não vamos falar disso. — Ele parou de arrumar a cama e me
olhou.

Chen: Jura? — Perguntou manhoso.

Xiumin: Juro, podemos falar depois. — O puxei pela cintura.

Chen: Obrigado... — Me deu um selinho e sorriu minimamente.

[...]

Sehun: Hã... Nós vamos para a escola, você...Sei lá. — Ri e ouvi um sibilar
de riso de águia.

— Gostaria de ir, desejo ver os humanos.

Wonho: Super normal levarmos uma águia de bronze para a escola. —


Rimos.

— Não se preocupem, eu viro um chaveiro. — E assim ela fez, Kook a


pegou com todo cuidado do mundo e colocou pendurada no zíper da bolsa,
em seguida saímos de casa.
[...]

— Park Jimin —
BamBam: Vai ter uma festa na boate, de aniversário.

Jimin: Quantos anos?

BamBam: 21... Ele perguntou se estamos disponíveis, Mark para DJ com o


Yug e nós como garçons com mais algumas pessoas lá.

Mark: Não podemos voltar tarde, está muito perigoso por aí.

BamBam: É sábado à noite, no dia que meu pai vai levar a mãe de vocês em
um encontro especial.

Yugyeom: Eu só tenho que avisar meus pais que vou chegar um pouco mais
tarde.

Ouvi-lo falar dos pais me fazia ficar com repulsa e calafrios. Sorrimos
forçadamente e ele suspirou quando a namorada se aproximou.

— Yugyeom, eu preciso de você agora.

Essa menina mimada me dá vontade de esgana-la.

Yugyeom: Até mais gente. — Acenamos e ele se foi com ela.

BamBam: Essa garota me dá nos nervos.

Mark: Porque é mimada?

BamBam: Não.

Jimin: Chata?

BamBam: Não.

Mark: Por que então?

BamBam: Fica tocando no que é meu. — Rimos, ele pegou nossas


batatinhas e saiu andando.

Mark: Minha aula vai começar, melhor eu acompanhá-lo. — Assenti e ele


levantou, saindo em seguida.

Kook: Oi.

Dei um pulo com a mão no peito.

Jimin: Você tem que parar de chegar de mansinho. — Ele sorriu e seus
olhos mudaram de cor. — Espera... O que foi isso?

Kook: O quê?

Jimin: Seus olhos mudaram de cor.

Kook: Não mudaram.

Jimin: Estavam castanhos, agora estão negros.

Kook: Já estavam negros antes, está confuso. — Ele pendeu a cabeça para
um lado.

Jimin: Não, eu vi que mudaram.

Kook: Parece que você está meio sonolento, imaginando coisas. — Ele
sorriu antes de sair.

Imaginando coisas? Os olhos dele mudaram de cor.

Yugyeom: Vai ficar ai com essa cara de bunda admirando o esquisitão lá ou


vamos para a aula? — Sai do meu transe.

Jimin: Eu não estava admirando... — Ele arqueou a sobrancelha e passou o


braço em volta do meu pescoço. — Ok, talvez, mas os olhos dele mudaram
de cor e ele disse que ‘to imaginando coisas... Eu vi os olhos dele mudarem
de cor. — Chegamos na sala e sentamos, Jungkook já estava lá com seu
irmão loiro, quis ficar na frente do ventilador, hoje não estava sol, mas
estava abafado.
Quando passei na frente do ventilador, notei ele estremecer e fechar a
mão.

Jimin: Eu to fedido?

Yugyeom: Como é?

Jimin: Cheira meu pescoço... — Ele se curvou cheirando.

Yugyeom: Não, está com cheiro de perfume.

Assenti e o professor entrou na sala, as aulas inteiras Jeon ficou com o


rosto no pescoço do irmão, me cheirei novamente, de fato eu estava com
cheiro de perfume, o olhei de canto de olho e então ele levantou
rapidamente e saiu, o sinal tocou, logo levantei observando a porta por
onde ele saiu.

Yugyeom: Jimin... — O olhei, ele estava com uma cara de que estava me
chamando há muito tempo. — Qual o seu problema com o garoto? — Ele
riu e saímos da sala. — ‘Ta parecendo que gosta dele.

Jimin: Hã?

Yugyeom: Céus, estou falando sozinho. — Ri.

— Jeon Jungkook —
Kook: O cheiro dele é irresistível.

Sehun: Tô sabendo.

Xiumin: Passou no jornal que encontraram mais três pessoas mortas... —


Ele suspirou. — O estrago foi grande, já tem um total de 55 mortes.

Sehun: O que diabos humanos fazem acordado três horas da manhã?

Hyungwon: Achei que não haveria tanta morte depois das duas da manhã.
— Ele suspirou. — O clã do Luhan deve estar enlouquecendo nesse
momento.

Xiumin: Dessa vez a culpa não é totalmente nossa.


Chen: Não, imagina. — Rimos e chegamos no estacionamento.

Sehun: Kook se controlou bem hoje...

Chen: Como assim?

Wonho: Jin também...

Sehun: O cheiro daqueles humanos, para melhorar eles sentaram de frente


para o ventilador.

Xiumin: Pelo menos não deram um surto e atacaram eles. — Eles riram.

Kook: Engraçadinho.

[...]

Xiumin: Você já pode falar?

— Não, os híbridos ainda não aceitaram, tenho todo o tempo do mundo,


posso esperar.

Sehun: Isso é... Ótimo.

Wonho: Hyungwon...

Hyungwon: Não quero falar sobre isso, Hoseok. — Ele saiu.

Que maravilha.
Capítulo 16 — Boate
— Kim Jongdae —
Eu prometi ajudar uma vez, não vou ajudar de novo, não é fácil olhar para
cara desses humanos patéticos e ainda ter que ajudá-los depois do que
fizeram, sou um monstro, mas não significa que não tenho sentimentos e
definitivamente fazer isso está fora de cogitação, foda-se nossa missão e
foda-se os humanos, eu não to nem ai.

É a mesma coisa que um bandido matar a sua família e depois outra pessoa
vir e pedir para você soltar o bandido da cadeia, isso é totalmente ridículo e
sem escrúpulos, querem defender os humanos defendam, se possível eu
vou embora, quando aceitamos essa palhaçada fomos bem claros ao nos
referir aos humanos.

Sehun: Oi... — Voltei a cozinhar a sopa dos meninos e não me dei o


trabalho de responder eles.

Xiumin: Chen, não vamos forçar vocês a fazerem nada, mas temos o direito
de saber por quê.

Chen: Não tem nada para vocês saberem.

Wonho: Tem sim. — Suspirei e ficamos longos minutos em silêncio.

Chen: Morávamos em uma casa afastada da cidade... Naquela época os


humanos sabiam da existência de criaturas e sabiam que andávamos entre
eles... Nunca fizemos mal aos humanos, pelo menos os lobisomens não... A
gente os protegia, meu pai protegia eles contra ataques de outros tipos de
criaturas, mas isso eles não enxergavam, nunca enxergavam... Eu era do
tamanho do Tae, novinho, pequeno e inocente, meu irmão estava prestes a
chegar... Então os humanos atacaram nossa casa, colocaram fogo na
mesma e ainda gritavam coisas como “Morram aberrações” “O mundo é
dos humanos” e várias outras coisas... Eu tive queimaduras graves, muito
graves, minha mãe não agüentou e foi queimada viva, meu pai tirou
Hyungwon, ele teve que abrir minha mãe com os próprios dentes e garras,
resultando na morte dela... Ela queimou até a morte na minha frente...
Meu pai pegou eu e meu irmão e saiu da casa que ficou completamente
em chamas, os humanos nos viram e vieram atrás... Meu pai correu
conosco em meio às árvores, eu não corria muito bem ainda, eu era como
o Tae, bobo e inocente... Os humanos nos alcançariam e nunca nos
deixariam em paz... Meu pai parou próximo a uma árvore, mandou eu
voltar para a forma de vampiro e mandou eu subir na árvore, pegou
Hyungwon com os dentes e estendeu para mim... Colocou galhos de árvore
na nossa frente, eu segurei os pelos dele e comecei a chorar, eu disse “pai,
tem espaço para você” e eu me encolhi para o lado e ele pendeu a cabeça
em minha mão, eu sabia que aquilo era um adeus eu chorei, eu implorei
para ele ficar, e após uma última olhada para nós, ele se virou e correu na
direção dos humanos, ele não lutou com eles, ele só foi, eu ouvi uivos de
dor e latidos, ele se foi... Quando eu e Hyungwon ficamos mais maduros...
Fomos a casa de cada humano e matamos cada um deles, com fogo, com
estacas, da mesma forma que mataram nossos pais... Para minha surpresa,
Hyungwon se lembrava de tudo desde que saiu da barriga da nossa mãe...
Quando matamos todos os humanos que causaram a morte dos nossos
pais, nós fugimos para o Polo Norte, vivemos lá por longos anos, sempre
como lobos para ninguém nunca saber que éramos metade vampiro... A
dor nunca foi embora e nunca irá, então não peçam para eu proteger
aqueles que destroem a si mesmo, que só pensam em si mesmo... Não me
peçam para proteger humanos tolos que tem o ego do tamanho do oceano
atlântico, são todos iguais, vocês pensam que não, mas são, quando
descobrem que há coisas que ameaçam a vida deles, eles matam, ou
simplesmente mata por diversão, uma prova disso é a pele que arrancaram
do meu pai para colocar na parede, ou os diversos animais extintos no
mundo, não se enganem com rostinhos inocentes, humanos é a pior raça
que existe.

Sehun: Não sabíamos, sinto muito.

Hyungwon: Agora sabem.

Dias depois

— Mark Tuan —
Ajeitei meu boné e encaixei o headfone no meu braço enquanto Yugyeom
checava o som, dei um pulo quando uma garota, muito bonita vestida de
garçonete apareceu do meu lado, sorri e ela começou a conversar comigo.
Ficamos um bom tempo conversando, ela é realmente muito bonita e
muito simpática.

— Gostei da roupa... — Sorri.

Demorei um ano escolhendo aquela bendita roupa, pelo menos alguém


notou, eu estava com uma camisa branca, uma calça preta rasgada,
coturno e o boné virado para trás porque estava com preguiça de pentear
os cabelos.

Mark: Não sabe como demorei em escolher essa roupa. — Ela riu e aos
poucos a boate foi enchendo, Yugyeom agitou um pouco as pessoas e
chamou a aniversariante para o palco.

— Vou nessa, as mesas estão enchendo... Até mais...

Mark: Não se esquece de mim. — Ela sorriu e desceu do palco pelos


fundos.

Tão linda... Como pode?

[...]

Deixei uma música qualquer tocando e desci com Yugyeom logo atrás
segurando o microfone, fomos até o bar, eu estava morrendo de sede,
pedimos água e Jimin nos entregou.

Jimin: Nunca atendi tanta gente ao mesmo tempo... — Ele saiu com uma
garrafa de alguma coisa em uma mão e uma bandeja com copos na outra.
Umas garotas chegaram no Yugyeom e ele estendeu a mão com o anel, a
namorada dele podia ser chata, mas ele respeitava.

Existe garoto mais fofo?

— Oi... — Sorri e virei na banqueta para olhá-la, ela estava com uma
bandeja na mão, esperando o BamBam dar as bebidas para ela.
Mark: Oi, não te vi mais.

— Já viu quanta gente tem aqui? Estou enlouquecendo.

— Oh, psiu, bonitinha... — O rapaz a chamou estendendo o copo.

— Desculpa... — Ela pediu antes de sair, acabei sorrindo, minutos depois


ela voltou.

Mark: Agora eu que devo desculpas, tenho que voltar para o palco.

— Vai lá... — Ela sorriu e eu virei para sair, esbarrando em ninguém mais,
ninguém menos que Jinyoung, seus dois irmãos loiros e Jungkook.

Jin: Olá, Mark.

Mark: Hã... Oi, o que... — Fui interrompido por Yugyeom.

Yugyeom: Já está quase na hora dos parabéns, você não vai subir?

Mark: Vou... Com licença. — Ele sorriu e eu caminhei para o palco.

Eles conhecem a aniversariante?

Olhei-os do palco e notei que os outros dois falaram algo no ouvido deles,
em seguida se dirigiram para a saída da boate, ficando apenas Jungkook e
Jinyoung.

[...]

Desci do palco no meio de toda aquela gente dançando e muitas garotas e


garotos vieram falar comigo, sorria e procurava a menina de mais cedo
com o olhar, quando consegui me livrar de todas as pessoas, esbarrei em
BamBam.

BamBam: Meu Deus, cuidado... — Rimos.


Mark: Viu a garota que eu estava conversando? — Ele fez uma cara
maliciosa.

BamBam: Safadinho... — Dei língua pra ele. — Perto dos banheiros.

Mark: Não é o que você ‘ta pensando.

BamBam: Não é? E o que eu estou pensando? — Ri.

Yugyeom: Quer ajuda? — Ele apareceu.

BamBam: Por favor, Mark está ocupado azarando a garçonete. — Dei um


soco em seu braço e ele riu saindo junto com Yugyeom.

Antes de chegar onde BamBam havia dito que ela estava, olhei Jimin
curvado sobre uma mesa, deixando sua bunda bem visível, olhei uns
garotos e garotas que olhavam e bufei, sim, sou um irmão ciumento, fui até
ele e peguei em sua cintura, quando ele terminou o que estava fazendo,
endireitou.

Mark: Da próxima vez não vista couro preto. — Ele gargalhou.

Jimin: Olha isso... — Ele tirou o bloquinho dele do bolso e mostrou diversos
números.

Mark: Que isso?

Jimin: Não faço ideia, tanta gente marcou o número aí que não sei nem de
quem é quem. — Ri.

Kook: Oi... — Dei um pulo.

Jimin: Oi, o que faz aqui? Conhece a aniversariante?

Jin: Sim... — Ele brotou do meu lado, ambos estavam de calça saruel preta
e jaqueta, Jin de camisa preta e Kook de camisa azul, ainda assim, estavam
de luvas.
— Ei, gatinho... Pode anotar um pedido aqui?

Jimin: Foi mal gente, mas não se preocupem, Mark vai dar total atenção
para vocês.

Mak: Como é?

Jimin: Fui... — Ele foi até a mesa que a menina chamou.

Mark: Hã... Vocês...

— Oi, de novo. — Ela passou na minha frente, puxei sua mão e ela parou
um tanto distante. — Foi mal, a casa tá muito cheia, toda hora alguém
me...

— Garota, por favor...

— Desculpa... — Ela deu um beijo na minha bochecha e saiu, então me


lembrei dos dois estranhos na minha frente.

Mark: Querem beber? Vocês bebem? Sei lá, comer... Dançar?

Kook: Apenas uma água... — Jinyoung me olhava estranho, pedi para eles
me acompanharem até o bar e eles sentaram nas banquetas. Entreguei
água para os dois e meu chefe apareceu.

— Como estão as coisas?

Mark: Tudo sob controle.

— Vou precisar ir em casa, minha esposa está com dores, o bebê está
agitado...

Mark: Vai nascer?

— Não, mas acho melhor levá-la ao médico.


Mark: Ok.

— Fecha pra mim?

Mark: Sem problemas, coloca a chave aqui no meu bolso. — Ele colocou no
bolso de trás e se despediu de mim. — Desculpem, ‘ta meio cheio hoje,
aniversário é complicado. — Apenas Jungkook sorriu.

Kook: Vocês sairão que horas?

Mark: Em dias normais, por volta das duas já começa a esvaziar, como hoje
é aniversário... — Olhei as horas. — Lá para as quatro da manhã.

Jimin: Um prohibition punch e um eclipse... — Ele pediu para um dos


garotos.

— Tô meio ocupado aqui Jimin.

Mark: Deixa que eu faço. — Comecei a preparar.

BamBam: Um Martini...

Mark: Com azeitonas?

BamBam: Sim... — Ele saiu com o bloquinho.

Kook: Como sabe de todas essas bebidas?

Mark: Meu pai tem um bar de luxo no centro de Los Angeles... Às vezes eu
e meu irmão ajudávamos... — Coloquei as bebidas nas bandejas e chamei
BamBam e Jimin.

Yugyeom: Coquetel com tequila, suco de laranja e groselha e um coquetel


com licor, limão, laranja, pepino e hortelã... Anotou tudo? — Repeti tudo
que ele disse e em seguida comecei a preparar. — Oi. — Ele sorriu e os dois
sorriram de volta. Quando terminei de preparar, entreguei para ele.

BamBam: Oi, nem vi vocês. — Eles sorriram e BamBam me pediu mais um


drinque.

— De DJ foi para barman? — Sorri. — Um coquetel com tequila e suco de


morango.

Jin: Você é DJ?

Mark: Faço um esforço.

— Está sendo modesto, ele é muito bom.

Yugyeom: Magoou.

— Relaxa que você também é. — Rimos e Jin me olhou estranho


novamente.

Jin: Posso falar com você? — Assenti e entreguei o pano para o outro
barman, acompanhei ele até um canto e ele encostou na parede, fez sinal
para eu me aproximar e se curvou na direção do meu ouvido. — Você está
namorando essa garota?

Mark: Não, por quê?

Jin: Só queria saber, posso dizer uma coisa? — Estremeci com sua
aproximação, olhei sua pele branca do pescoço e assenti. — Você é muito
bonito, ainda com essa roupa, está chamando muita atenção. — Corei
violentamente.

Mark: Estou? — Virei meu rosto para olhá-lo e nossos rostos ficaram bem
próximos, ele se afastou rapidamente, prendendo a respiração. — Alguma
coisa errada?

Jin: Não... — Ele sorriu de boca fechada.

Mark: Parece... — Me aproximei e ele fechou os olhos, após abrir, fitou


minha boca. — Você quer me beijar?

Jin: Huh? — Sorri.


Mark: Está olhando para a minha boca... — Ele se aproximou, tocou meu
rosto, ainda de luvas me olhou nos olhos, selou nossos lábios
minimamente, seus lábios um tanto frios eram tão macios e gostosos.

Então ele se afastou rapidamente, o olhei confuso e ele estava com a


respiração descontrolada.

Jin: Eu... Desculpa. — Ele saiu dali feito um foguete.

— Park Jinyoung —
Minha vontade de chupar o sangue dele veio a todo vapor, precisava sair
daquele lugar, o cheiro dele me atraia, procurei Kook pelo local e muita
gente me tocava, minha pele estava fria e ainda bem que vim de jaqueta e
as luvas protegiam minhas mãos, assim ninguém notaria, nossa pele as
vezes fica normal como a dos humanos, as vezes fica fria de mais,
normalmente fria demais quando nossas emoções ficam muito fortes. Não
encontrei meu irmão, continuei a procurar e então o achei no canto com o
Jimin, ele o beijou com um semblante de que estava se controlando, um
beijo que não durou muito, ele se afastou, e em seguida saiu, esbarrou em
mim e saímos em direção a saída, mas ficou impossível sair.

Prendi a respiração, o cheiro dele estava me atraindo cada vez mais e eu


não sabia o quanto eu me controlaria, olhei em volta procurando uma
maneira de sair e só conseguia ver pessoas e música alta, gente do meu
lado com seus pescoços a mostra, me chamavam, desviei o olhar de seus
pescoços e então senti uma mão me tocar.

Sehun: O que foi? — Assim que levantei o olhar ele paralisou, meus olhos
deveriam estar muito vermelhos, minhas presas apareceram e ele tapou
minha boca quando eu sibilei.

Wonho: Vamos dar o fora daqui... — Ele segurou Kook pelo braço.

Sehun: Com licença... — As pessoas não davam passagem.

Jimin: Jungkook? — Ele apareceu e Sehun me puxou, escondendo meu


rosto em seu pescoço. — Ele está bem?

Wonho: Enjoado apenas... — Ouvi a voz dele e mordi o pescoço do Sehun,


ele apertou meu braço e então ouvi a voz dele, e o cheiro misturado com o
cheiro do Jimin e com o cheiro dos demais humanos não ajudou em nada

Mark: Jinyoung, você...

Sehun: Ele ‘ta ótimo, só precisa... sair... — Minhas presas estavam fincadas
no pescoço dele e eu estava chupando o sangue do mesmo, mas não era a
mesma coisa.

Aconteceu tudo tão rápido que já estávamos do lado de fora do local,


Sehun me pressionou contra o muro com força e eu não queria nada mais
que sangue. Minha atenção foi atraída para o final da rua, duas mulheres
andavam lado a lado.

Wonho: Não, não, não... Merda! Vamos ter que fazer.

Então eu apaguei.

[...]

Abri os olhos e eu olhava para uma luz forte a minha frente, levantei e
todos estavam sentados no sofá. Depois de Chen nos dar algo para tomar,
eles esperavam apreensivos.

Xiumin: O que aconteceu? — Corei ao lembrar do beijo.

Sehun: Beijaram os humanos...

Chen: Vocês ainda não conseguem se controlar totalmente e ainda beijam


eles?

Jin: Por incrível que pareça me controlei com ele...

Hyungwon: Espera, não morderam eles?


Kook: Não, saímos antes disso.

Wonho: Estou chocado, para fazer isso tem que ter muito autocontrole,
fugir de uma presa enquanto deseja sangue...

— O amor nos surpreende. — A águia informou.

1 dia depois.

— Jinyoung! — Ele me chamou, me virei sorrindo e ele parou na minha


frente.

Jin: Oi, Mark... Bom dia.

Mark: Nada de “oi Mark”, porque me beijou e depois saiu me deixando


plantado lá que nem um retardado, se eu beijo tão mal assim podia falar ao
invés de sair que nem um idiota... — Em meio a sua onda de insultos, o
empurrei para dentro do banheiro e o beijei, mesmo sabendo que aquilo
me atiçava, ignorei minha vontade de sangue focando-me só nele.

Jin: Você não beija mal, só precisei sair... Estava com mal estar. —
Murmurei após nos separarmos, porém, ainda próximos.

Mark: Porque não me avisou? Fiquei preocupado. — Sorri.

Jin: Estou bem... — Me distanciei lentamente e tratei de ficar com a


respiração presa.

Preciso aprender a me controlar perto dele.

— Jeon Jungkook —
Jimin: Jeon Jungkook eu acho bom você ter uma ótima explicação para me
beijar e depois sumir no meio daquele monte de gente... — Ele vinha
caminhando em minha direção parecendo um mini tourinho, acabei rindo,
olhei em volta e estávamos sozinhos no corredor. — ‘Ta rindo do que? —
Ele parou próximo a mim, que vontade de manipular os sentimentos dele.
Para com isso, Jeon.

Kook: De você todo bravinho. — Me aproximei e beijei sua bochecha,


depois o beijei nos lábios, empurrei minha vontade de sangue para o
fundo, tranquei e enterrei, mas ainda assim continuava desejando o sangue
dele.

Jimin: Vai fugir de novo? — Me afastei lentamente.

Kook: Não... Eu estava passando mal, precisava sair. — Ele sorriu.

Olha, se eu quiser aprender a me controlar perto dele, nada mais justo que
eu ficar perto dele, certo?
Capítulo 17 — Sumiço
Jimin: Hoje tá vazio, ainda bem.

— Ainda bem mesmo...

Jinyoung: Oi.

Jimin: Oi, tudo bem? — Ele sentou em uma banqueta perto de mim.

Jinyoung: Sim... — Ele sorriu.

BamBam: Não foram pra escola essa semana, tô’ começando a achar que
vocês não gostam de sol, fogem quando ele aparece. — Ele e Kook riram.

— Podem me levar em casa? — Ela perguntou olhando o celular.

Mark: Sim.

Jinyoung: Pode dizer a essa linda jovem que você namora? — Yugyeom
engasgou com a água e o Jimin foi atrás dele, nossa amiga começou a rir e
Bamie ficou lá com cara de bunda, assim como eu.

Mark: Espera... — Fiz sinal com a mão para ele. — Desde quando?

Jinyoung: Desde agora, quer namorar comigo? — Yugyeom parou de


engasgar e ficou todo mundo com cara de bunda.

Paralisei o olhando, procurando algum indício de que ele estava brincando,


mas ele não estava.

Kook: Que coisa né? — Ele quebrou o silêncio. — Pode me dar água? — Ele
perguntou para o Jimin que meio desnorteado, pegou cachaça no lugar de
água, depois pegou vinho, por fim pegou água.

Jinyoung: Se você respondesse seria bom, isso ta ficando constrangedor.

Mark: Ela é nossa amiga, ela tem namorado... Você não pensou que eu e
ela... — Arregalei os olhos.

Jinyoung: Pensei, mas... Você quer?

Jimin: Espera, tempo, tempo, tempo... Você pensou que ele estava com
ela, mas ela tem namorado então você pediu ele em namoro, agora
estamos aqui tentando entender aonde você quer chegar... Quer saber?
Vamos embora. — Todos caminharam para fora da boate e ficou apenas a
gente.

Mark: Você ‘ta falando sério? — Peguei meu celular e coloquei no bolso,
em seguida levantei, ele segurou minha mão.

Jinyoung: Estou... — Ri sem humor.

Mark: Olha a gente só se beijou duas vezes...

Jinyoung: Mas eu quero você. — Sorri que nem um idiota e acho que ele
entendeu a resposta, pois se aproximou e depositou um selar em meus
lábios.

— Park Jimin —

Jimin: Seu irmão tem ideias estranhas. — Ele me fitou.

Kook: Então melhor eu não te pedir em namoro, já que você acha


estranho. — Engasguei com a saliva.

Fala sério, quem engasga com a saliva?

Jimin: Como é? — Ele sorriu e BamBam novamente estava lá com sua cara
de bunda.

1 ano depois.

Um ano se passou e dentro desse ano aconteceu algumas coisas. Uma


delas foi o casamento da minha mãe, eles estão muito felizes e faz anos
que não a vejo assim. Agora moramos em uma casa, minha mãe conseguiu
finalmente abrir seu próprio consultório e hoje eu finalmente posso dizer
que ela se sente realizada. Continuamos trabalhando na boate e às vezes
ajudamos minha mãe na clínica, às vezes eu digo quase todos os dias,
inclusive o Bamie.

Yugyeom se distanciou um pouco da gente e ninguém sabe por que, com


Kook e Jin ele conversa mais. Ele continua namorando e os machucados em
seu corpo costumam se tornar cada vez mais frequentes. Ele sumiu da
escola tem 2 dias, fomos na casa dele, mas o pai nojento e imbecil disse
que ele não estava, sabíamos que ele estava mentindo, mas o que três
adolescentes poderiam fazer? O pai dele foi totalmente grosso com a
gente e quando contamos isso para Kook e seu irmão no dia seguinte, eles
fizeram uma cara estranha, como se soubessem o que ia acontecer, aquilo
me assustou um pouco. Dois irmãos dele não vão com a nossa cara de jeito
nenhum, então é muito raro eles sentarem conosco no intervalo, quem
senta mais é Kook e Jin.

Sobre eles, realmente não tiram aquela bendita luva por nada nesse
mundo, disseram que suas mãos não podem ficar sem por causa do clima,
sinceramente, alguém acreditou nisso?

Meu namoro com Kook parece namoro de crianças é raro a gente se beijar
e sexo se tornou algo impossível, ok, eu sou virgem, mas um ano de
namoro e o máximo é pegar na mão? Tenho vergonha de questionar ele
por isso, até porque o irmão também é assim, fico pensando se não é
alguma espécie de tradição de família.

Nunca fomos a casa deles, eles já foram à nossa conhecer meu padrasto e
minha mãe, que por sinal amaram eles, mas fora isso, nunca vimos nem a
calçada da casa deles, às vezes me pergunto se eles tem casa. Perguntamos
sobre os pais deles, eles disseram que são médicos e é difícil pararem em
casa, pelo menos sabemos que estão vivos. Jin às vezes fala umas coisas
como se soubesse o que ia acontecer isso é muito bizarro, mas não
questionamos, até porque, às vezes você fala algo que acontece,
coincidência apenas. Kook às vezes no meio de alguma discussão entre nós,
ele e o irmão não falam nada, absolutamente nada, mas ai do nada a gente
faz as pazes na mesma hora, por quê? Não sei, estamos brigando e do nada
dá vontade de abraçar e pedir desculpas, isso está cada vez mais frequente
já que discutimos muito sobre o Yugyeom, BamBam quer ir a policia de
novo, mas Mark não, eu fico no meio termo e acaba todo mundo
discutindo.

Kook: Você está bem? — Ele colocou o braço em volta do meu pescoço e
como de costume, todo mundo nos olhou, principalmente para ele.

Jimin: Estou preocupado com o Yugyeom. — Ele tirou o braço na hora,


pareceu pensar em algo e em seguida sorriu forçado.

Kook: Depois a gente se vê... — Ele deu um beijo na minha cabeça e saiu
andando pelo corredor.

Franzi o cenho confuso e decidi deixar pra lá, caminhei para fora da escola
e BamBam e Mark já me esperavam, fomos caminhando para a clínica e
quando chegamos ela estava um tanto movimentada.

Começamos a ajudar minha mãe, eu estava dando banho em um cachorro


pequeno, que não parava quieto, queria ficar com a língua pra fora em
direção ao chuveirinho, suspirei e tentei continuar a dar banho nele,
quando finalizei, era hora da tosa, fiz todo o procedimento e cheguei na
parte de cortar as unhas, como um bom cachorrinho ele me entregou a
pata sem questionar, comecei a cortar suas unhas, lixei para não
incomodá-lo e depois era hora de limpar as orelhas, fiz tudo que tinha que
fazer e no final peguei um laço azul e coloquei nele, abri a gaiola e o
coloquei dentro, esquecendo-me totalmente que a mulher já estava ai para
buscá-lo.

— Querido, a dona já está aí... — O tirei da gaiola e coloquei na coleira,


entreguei para a recepcionista e escorei na parede. — Vocês estão
distraídos hoje... — Ela pegou o shampoo de gato da mão do Bamie que
estava dando banho num cachorro.

BamBam: Terceiro dia que Yugyeom não aparece na escola.

— Porque não vão a casa dele?


Jimin: Porque o pai ridículo dele não nos deixa entrar.

— Vão depois do trabalho, subam pela árvore... — A olhamos, minha mãe


às vezes parece uma espiã.

[...]

Caminhamos lentamente pelas ruas, estava frio e já era duas e meia da


manhã, quando viramos a rua da casa dele, estava cheia de policiais.
Arregalei os olhos e corremos em direção a casa.

Mark: Ei... O que aconteceu? — Olhei para o lado e tinha dois corpos
dentro de um saco preto.

— Vocês são?

BamBam: Amigos.

— Um assalto... — Ele continuou anotando coisas em seu bloquinho. —


Parece que o casal era traficantes, estavam devendo... E vieram... Por
sorte, prendemos os mesmos. — Eu estava com medo de perguntar que
estava dentro do saco preto.

Mark: O garoto? — O policial franziu o cenho. — 17 anos, alto... — Ele


continuou sem entender. — Eles têm um filho de 17 anos. — Ele negou.

— Desculpe senhor, deve estar enganado, na casa só havia um homem e


uma mulher.

Mark: Não, eles estupravam o filho deles e batiam nele, eles tem um filho,
estuda com a gente.

— Talvez tenha errado de casa? Sinto muito senhor, quando chegamos,


apenas o casal estava na cozinha... Mortos. — Me permiti respirar aliviado
por não ser Yugyeom dentro daqueles sacos pretos.

Mark: Não erramos de casa... — Ele já estava ficando nervoso.


— Permitam-me... — Ele suspirou e nos conduziu para dentro da casa que
estava fechada com fitas amarelas. — Esse casal não tem um filho, olhem
as fotos... — Olhamos as fotos na sala e de fato só tinha fotos do casal... —
Já vasculhamos a casa em busca de... Drogas, mas se tivessem filho,
teríamos achado algo de adolescente, ou documentos, não achamos nada,
só coisas relacionada aos pais... Esse casal não tem filho, vocês estão
enganados.

Mark: E o quarto dele?

— Quarto dele? Aqui tem dois quartos, do casal e um que parece ser de
visitas... — Subimos com ele logo atrás, chegamos no quarto do Yugyeom e
estava completamente vazio, só tinha a cama, a escrivaninha, cadeira,
guarda roupa vazio, banheiro vazio, não tinha nada a não ser móveis.

Era como se ele nunca tivesse existido.

Mark: Quem chamou vocês?

— Ninguém, estávamos fazendo ronda no local.

Polícia não faz ronda nas ruas do nada. Tipo “ah, já que não tem nada para
fazer, vamos fazer uma ronda, o que custa não é?”

BamBam: Ok... — Ele olhou em volta, então pareceu lembrar de algo. —


Registros... É, olha nos seus registros que vai aparecer que eles têm sim um
filho, se são traficantes, vocês tem os dados deles... Olha ai. — O policial
nos olhou confuso. Tirou um aparelho do bolso e começou a checar.

— Desculpe senhor, aqui consta que eles se mudaram recentemente para


essa cidade e... Eles não têm um filho.

Isso só pode ser alguma piada de mau gosto.

[...]
BamBam: A namorada dele, ele deve estar lá, vamos ligar para ela. — Ele
ligou e colocou no viva voz e a garota atendeu meio sonolenta. — Oi,
Yugyeom esta ai?

— Quem é Yugyeom?

BamBam: Como é? Seu namorado.

— Quem ‘ta falando? Eu não tenho namorado.

Mark: Isso não tem graça, como assim quem ‘ta falando? É o Mark,
BamBam e Jimin, amigos do seu namorado, estudamos na mesma escola.

— Ah sim, mas eu... Nunca falei com vocês, eu não tenho namorado...
Devem estar me confundindo...

Isso realmente só pode ser uma piada.

[...]

Estávamos no hospital em que Yugyeom nasceu a que ponto chegamos?


Não é possível que ele sumiu do nada e ninguém lembra dele. Estávamos
esperando a recepcionista checar seu computador, então ela nos olhou.

— Desculpe senhores, não tem ninguém no meu sistema com esse nome,
nem nos outros hospitais da cidade...

Mark: E o nome da mãe?

— Não, ninguém nunca deu entrada aqui com esse nome. — Ela mostrou
seus arquivos de 1997 e realmente não tinha ninguém relacionado ao
Yugyeom.

Mark: Ok, obrigado. — Ele sorriu e saímos do hospital, já era quatro da


manhã.

Os pais morreram e ele desapareceu.


BamBam: Nossa última tentativa é a tia dele. É o único parente vivo, ela, os
dois primos e o marido dela. — Assentimos e começamos a andar
novamente.

Quando chegamos a casa dela, a mesma atendeu sonolenta, talvez porque


são quatro da manhã, ela não pareceu estar abalada com o recente
acontecimento, talvez não tivesse uma relação boa com as vitimas.
Perguntamos sobre o Yugyeom e ela perguntou quem era e que não tinha
ninguém com esse nome ali, afirmamos ser seu sobrinho e ela negou
dizendo que a irmã nunca teve filhos. Ri nervosamente e me virei para sair,
com Mark e BamBam logo atrás.

Porque só a gente lembra-se do Yugyeom?

Mark: Se só a gente lembra dele, nossos pais não lembram então? — Nos
olhamos e corremos para casa, quando chegamos, entramos com tudo no
quarto deles.

— Mas que barulheira é essa? — Minha mãe levantou sonolenta, seguido


do meu padrasto.

BamBam: Appa, você lembra do Yugyeom, né?

— Lembro porque? — Ele respondeu sonolento.

— Conseguiram falar com ele? — Nos olhamos.

Só a gente e nossos pais lembra-se dele, o que diabos está acontecendo?


Se lembramos dele, ele existe certo? Não era um amigo imaginário, né?

— Kim Minseok —
Hyungwon: Não há nada que eu possa fazer, meninos, ele está muito
ferido. — Ele respondeu após examinar o garoto, ao que parece, ele foi
esfaqueado.

Há alguns dias atrás, Jin teve uma visão, sobre isso, ele nos contou, para
mim, Wonho e Sehun, mas afirmamos que não podíamos interferir e
mudar o futuro, isso causaria danos irreversíveis, imagina você voltar no
passado e mudar alguma coisa, o futuro é afetado, é mais ou menos isso.
Hoje fomos a casa desse garoto, exatamente na hora que estava previsto
para acontecer, Chen e Hyungwon ficaram em casa, pois não queriam ir, e
nós fomos, ficamos observando de longe tudo acontecer, não podíamos
fazer absolutamente nada, apenas chamamos a polícia, os bandidos
fugiram e entramos na casa, os pais estavam mortos e o garoto estava no
quarto, na cama, esfaqueado.

Pela visão, já sabíamos que ele iria morrer então Jin e Kook insistiram para
que levássemos para casa e Hyungwon tentasse fazer algo por ele, até
porque, ele é muito bom. O garoto ainda está vivo, mas de acordo com
Hyungwon, ele não irá resistir. Na visão do Jin, ele iria morrer e iria ter um
destino como o dos pais, tipo um enterro mais ou menos, enfim, vocês
devem imaginar como bandidos devem ser tratados aqui, por ser filho,
acabam achando que o garoto também é um bandido. Então Jin e Kook
pediram para que apagássemos qualquer registro do garoto, fizemos o que
eles pediram e na hora de fazer isso com os namorados e amigo deles, eles
negaram, disseram que eram a família de Yugyeom e ele iria ficar feliz se
eles comparecessem ao enterro.

Kook: Não, deve ter algo que você possa fazer... — Hyungwon derramou
uma lágrima, eles mencionaram que era como se estivessem revivendo a
história dos pais deles.

Ver esse garoto e a história dele mexeu com os dois, eles disseram que
nunca imaginariam algo do tipo e nunca imaginaria que existem pessoas
boas no mundo, como o menino. Chen disse que estava arrependido de
julgar todos pelo erro de um, eles realmente tentaram salvar o garoto, até
porque, Lobisomens costumam ter propriedades curandeiras melhor que
de médicos formados, por viverem em bando e se virarem sozinhos, eles
repassam essas propriedades de geração a geração, se eles não
conseguiram salvar, ninguém mais consegue.

Chen: Não há nada que possamos fazer meninos, vocês sabem... — Os


batimentos do garoto estavam fracos. — Já até pediram para apagarmos os
registros dele para ele ter um enterro apenas com a família dele... — No
caso ele dizia os três amigos e os pais dos mesmos. — Sinto muito, mesmo.
— Ele começou a limpar o garoto, depois eles vestiram o mesmo.

Estávamos um tanto distante, até porque, tinha muito sangue, apenas


Chen e Hyungwon estavam perto dele.

— Há uma coisa que podem fazer... — A águia acordou, ela não costuma
passar muito tempo acordada, já que aceitaram proteger os humanos
somente hoje, ainda não tivemos tempo de perguntar nada.

Eles nem sabiam que isso ia acontecer, preferimos deixar entre nós
durante esses dias.

Kook: O que?

— Os vampiros sabem... — Nos olhamos.

Sehun: Não podemos fazer isso.

Jin: Fazer o que?

— Transformar o garoto. — Uma pontada de esperança surgiu nos olhos


de Jin e Kook, realmente eles gostavam muito desse garoto, eles andavam
com ele pra cima e pra baixo na faculdade. O garoto até contou o que
passava em casa para eles.

Wonho: Não...

— Ah, podem sim, é só querer.

Kook: Não querem?

Xiumin: Kook temos uma lei a seguir, se um de nós mordermos ele... A


trégua está acabada, Luhan declarará guerra contra nós... E... Nunca
mordemos um humano na intenção de transformar, o autocontrole é
muito, temos que saber a hora de parar... O problema é querer parar.

Sehun: Vamos matá-lo de todo jeito... Nunca transformamos um humano,


o sangue é irresistível, não vamos conseguir parar... Fora a guerra que
iríamos causar, Luhan convocaria todas da sua espécie, e da nossa só
temos nós três... Sinto muito meninos, talvez seja a hora dele.

Eles negaram freneticamente, Hyungwon e Chen nos olhavam, a águia


observava tudo piscando de vez em quando, observei o garoto e seus
batimentos começaram a cair.

Não tem o que fazer.


Capítulo 18 — Transformação
Kook: Mas a lei é só para vampiros, né? — Assentimos e ele olhou para
Chen e Hyungwon.

Chen: O que estão querendo?

Jin: Vocês podem...

Hyungwon: O nosso veneno é torturante, são 3 dias de agonia, não


recomendo.

Jin: Mas ele está inconsciente, como vai sentir dor?

Hyungwon: Ele sente dor, mas não vai se mexer, ele vai estar
enlouquecendo por dentro.

Kook: Ele não pode morrer, merece uma chance...

Chen: Eu nunca transformei um humano antes. — Hyungwon concordou


com o irmão.

— O tempo está acabando. — A águia avisou de olhos fechados.

Chen: Você faz... — Ele empurrou Hyungwon para frente em direção ao


garoto. Ele estava apavorado, Hyungwon não estava diferente.

Hyungwon: E-eu? Não, você faz... — Ele empurrou o Chen para frente.

Chen: Você é o mais velho, faz você. — Ele empurrou o irmão novamente.

Hyungwon: Somos gêmeos... — Ele empurrou o Chen de novo.

Chen: Mas você nasceu primeiro. — Ficou nesse empurra, empurra bem
uns 2 minutos.

— Quem tem mais controle?


Hyungwon: Chen...

Chen: Não, é você.

Xiumin: Ok... Eu acho que Hyungwon deveria fazer.

Sehun: Também acho, você parece saber como é. — Ele nos olhou e
assentiu, os batimentos pararam.

Ele se aproximou do garoto, colocou as presas para fora e...

Jin: Espera... O que vamos falar para os amigos?

Sehun: Isso é o de menos... — Todos olhamos novamente para Hyungwon,


assentimos e ele se aproximou novamente, colocou a cabeça do garoto
para o lado deixando o pescoço a mostra, procurou uma veia e em seguida
se aproximou do pescoço, mordeu segurando no rosto do mesmo e os
olhos dele mudou de cor, os olhos do lobo apareceram e em seguida
sumiram, assim ficaram, sumindo e aparecendo.

Chen: Hyungwon! — Ele pediu um segundo com o dedo.

Sehun: Ele não deveria estar reagindo?

— Precisa de mais, o coração já parou. — Olhamos Chen e ele ficou pálido


na hora, muito mais pálido.

Chen: E-eu?

— Morda do outro lado. — Ele hesitou, mas então se aproximou, abaixou a


cabeça e tirou as presas para fora, em seguida mordeu o pescoço do
garoto.

O mesmo arfou, abriu os olhos na hora e gritou de dor, ouvi seu coração
acelerar tanto que parecia uma bateria, ele fechou os olhos novamente,
então ambos se afastaram dele e observamos a transformação acontecer,
as marcas da faca foram sumindo aos poucos, quase que vagarosamente.
Chen: Que veneno você liberou?

Hyungwon: Como assim que veneno eu liberei? Nosso veneno.

Chen: Temos dois venenos Hyungwon.

Wonho: Não me digam que Chen liberou o veneno do lobisomem e


Hyungwon liberou o do vampiro?

Hyungwon: O que? Eu não sei o que eu liberei, eu só mordi e deixei o


veneno sair.

Chen: Não, ele liberou os dois e eu liberei o do lobisomem.

— Que venha o novo híbrido. — Arregalei os olhos e a águia voltou a


dormir.

Chen: Vamos saber só daqui a três dias.

— Não precisa esperar para saber, ouçam... A natureza celebra a chegada


de um novo lobisomem. — Pude ouvir o canto dos pássaros, o que era
estranho, porque estava de noite. A brisa das árvores do lado de fora, o
vento passeava pela nossa casa, olhei o garoto e ele estava perdendo a cor,
estava ficando mais branco. — Os monstros abominam a chegada de um
novo vampiro... — Me concentrei no som além da natureza e pude ouvir
silvos de monstros.

Sehun: Tem razão, ele vai ser um híbrido.

Foquei no garoto.

A marca das facadas já haviam sumido, seus cabelos ganharam mais vida e
estavam mais brilhosos, as imperfeições do rosto estavam sumindo, as
unhas estavam ganhando um certo brilho, ele parecia estar se
transformando em um boneco perfeitamente lindo.
Dia seguinte.

— Park Jimin —
Yugyeom não foi chamado na lista de chamado, nem os outros alunos sabia
quem era, muito menos os professores e funcionários, aquilo estava
começando a me assustar.

Ele sumiu e só eu, meus irmãos e nossos pais lembravam dele, porque?
Avistei Kook com Jin e seus irmãos, eles falaram algo entre si antes de Kook
vir até mim e me dar um beijo no alto da cabeça. Sorri e eles sentaram com
a gente.

Jin: Querem ir na nossa casa sábado? Conhecer nossa família? — Só faltei


engasgar com o lanche e BamBam não foi diferente.

BamBam: Nunca vimos a casa de vocês.

Kook: Nossos irmãos querem conhecê-los.

Olhei diretamente para a mesa dos irmãos dele.

Mark: Aham... E, vocês não notaram nada?

Jin: O que meu anjo? — Só falta eles também não lembrarem do Yugyeom.

Mark: Jin, o Yugyeom sumiu... — Ele falou irritado já pelos dois melhores
amigos não notarem que ele sumiu.

Kook: Sabemos... — Respirei aliviado, eles lembram, sinal que nossa família
ainda não está maluca.

BamBam: Como?

Kook: Ele está na nossa casa.

BamBam: Sério? Porque ele não veio para a escola? — Ele perguntou
eufórico.
Jin: Porque ele foi esfaqueado. — Arregalei os olhos. — Minha mãe cuidou
dele...

Jimin: Ele está bem?

Kook: Está se recuperando... Sábado ele vai estar um pouco melhor.

BamBam: Porque ele está lá?

Kook: Fomos na casa dele e o encontramos assim, então levamos para


nossos pais verem ele.

Não íamos comentar com eles de que ninguém lembra do Yugyeom ou eles
nos chamariam de malucos, era melhor deixar entre nós, vai que quando
ele aparecesse, tudo voltasse ao normal? Se bem que ele não está em
nenhum tipo de registro. Suspirei e decidi parar de pensar nisso ou eu iria
enlouquecer.

Dias depois.

Estávamos na porta da nossa casa esperando eles virem nos buscar, então
um carro preto muito chique parou, eles desceram e perguntaram se
nossos pais estavam em casa, negamos e eles pediram para conversar
conosco antes de irmos.

Entramos novamente e sentamos todos no sofá.

Jin: Para o Yugyeom não morrer... ele teve que... passar por algumas
mudanças...

Mark: Ok... Normal, ele foi esfaqueado.

Kook: Bom... Não esse tipo de mudança.

Jin: Lembram quando nos perguntaram porque vivíamos tomando café? —


Assentimos. — Ok, não era café, era sangue. — Ri.
Jimin: Como é? — Eles levaram a mão até os olhos e tiraram lentes de
contato dos mesmos, quando nos olharam, eu gelei, os olhos dos dois
estavam muito vermelhos.

Jin: Acabamos de nos alimentar, então eles ficam assim por um tempo...

BamBam: Espera... — Ele riu nervosamente. — Alimentar-se do que?

Kook: Sangue animal. — Ri, sério, que isso? Cadê as câmeras?

Jin: Lembram quando... Nos perguntaram o porquê das luvas? É por isso. —
Ele tirou uma luva e sua mão ficou completamente em chamas, Kook tirou
a luva e as paredes começaram a congelar, olhei sua mão e uma fumaça
gelada saia dela, eles retornaram a colocar as luvas.

Eu estava muito paralisado para dizer qualquer coisa.

Quando achei que já não podia ficar ainda mais estranho, eles se
transformaram na nossa frente em cachorros, depois em tigres, depois em
leões, enfim voltando a forma humana.

Kook: Perguntaram porque não tiramos fotos... Pode me emprestar seu


celular? — Entreguei o celular para ele totalmente paralisado, ele se juntou
com o irmão e tirou uma foto, nos entregou o celular e seus olhos estavam
brilhando em branco.

Mark: Metamorfo? Espera... Vampiro? — Ele gaguejou.

Kook: Como sabe que somos metade metamorfo?

Mark: Eu... Sei lá, assisto séries dessas coisas... Vocês são... Espera... Meu
namorado é um metamorfo, vampiro... Espera... — Ele gaguejou.

Kook: Somos metade humano, metade metamorfo e metade vampiro.

Jimin: Está me dizendo que você não me beija por causa do meu sangue?
Kook: É difícil para nos controlarmos.

BamBam: Quer dizer então que Yugyeom é um de vocês?

Kook: Não... — Eles se olharam. — É melhor que vocês vejam.

Jimin: Quantos anos vocês tem?

Jin: 17...

BamBam: Não... Quantos anos vocês têm?

Kook: 64...

Ainda bem que eu estava sentado se não eu teria caído para trás.

Mark: E os irmãos de vocês?

Kook: Vocês verão...

[...]

Jin estacionou em uma casa muito linda com muitos vidros, o que eu não
esperava, eu esperava uma casa preta, com caveiras penduradas, covas e
caixões. Por incrível que pareça, não estávamos com medo deles, se
fossem para nos machucar, já teriam feito, Kook pegou minha mão e nos
conduziu para dentro da casa, era bem iluminada, moveis lindos e nenhum
sinal de sujeira, vampiros são perfeccionistas? Senti o cheiro de comida.

Kook: Nossa mãe está fazendo nosso almoço...

Espera... Eles comem comida? Boiei legal agora, me lembrem de perguntar


sobre isso depois. O garoto da maçã desceu do segundo andar, pousando
do meu lado, dei um pulo e me escondi atrás do Kook.

Jimin: Aish... Preciso me acostumar com isso. — Sai de trás dele.


O garoto é mais lindo ainda de perto, porra, desculpem o palavrão voltem a
ler, olhos vermelhos, muito vermelhos, mais que os do Kook e do Jin, um
sorriso fodidamente branco que quase me cegou, um tanto mais alto que
eu, cabelos castanhos claros e roupas... Comuns.

— Olá, meu nome é Minseok. — Ele estendeu a mão para nós, Kook me
incentivou com o olhar e eu apertei a mão do garoto que em seguida se
curvou.

BamBam: Sua pele é tão gelada. — O garoto sorriu e pediu que o


acompanhássemos até a cozinha, onde estavam dois garotos lindos... Oh
menino lindo, meu Deus, ‘to me sentindo o patinho feio.

— Olá... — O mais baixo sorriu, lembrava deles, se não me engano são


ambos irmãos de sangue. — Meu nome é Jongdae e esse é meu irmão
Hyungwon. — Eles apertaram nossas mãos, dessa vez eles eram quentes,
até demais, não estou preparado para essa mudança de temperatura.

Ouvi um barulho no teto e dei um pulo.

Porra!

Hyungwon: Não se incomodam em estar numa casa cheia de vampiros?

Mark: A gente supera. — Eles riram.

— Nossa vocês têm um cheiro delicioso. — Um dos loiros afirmou após


passar por nós nos farejando, poderia ficar com medo, isso é de cair o cu
da bunda, o que você não faz por amor, né?

Jin: Sehun... — Ele fez cara de "quê?" e o loiro riu.

Kook: Sehun e Hoseok, irmãos do Minseok.

A beleza desses dois não tem explicação, descrição ou causa, então apenas
vou observá-los.
[...]

Um silêncio constrangedor se fazia ali na sala, os três irmãos estavam em


pé, os outros dois sentados, Kook e Jin também, me arrisquei em
perguntar.

Jimin: Onde está o... Yugyeom?

Xiumin: Vai descer em um minuto. — Assentimos.

Em exatamente um minuto ele apareceu no topo da escada.

Porra, como ele está gostoso, perfeito, morri.

Ele desceu as escadas sorridente e a princípio não notei nada de diferente


nele, nem nos outros dois, fora a beleza de outro mundo, alguém me
explica o que eles são? Sem nem se importar com nada, corremos para
abraçá-lo, então ele paralisou quando olhou para o Bamie.

Mark: ALO TERRA CHAMANDO YUGYEOM. — Ele sorriu e desviou o olhar


do Bamie.

BamBam: Eu... Não tô entendendo... — Sentamos novamente. — Vocês


disseram que o pai de vocês...

Kook: Não mentimos, Minseok, Sehun e Hoseok são nossos pais, Hyungwon
e Jongdae, nossas mães... De criação. — Assentimos.

— Nossos convidados chegaram? — Uma águia de bronze se mexeu no


canto da sala e eu dei um grito.

Jimin: Ela... Ela se mexeu... Ela falou... Ai meu Deus.

Jin: Ela é o nosso segundo instrutor.

Chen: Ok, vamos por partes...


Obrigado, já te amo.

— Shin Hoseok —
Jin: Lembram quando eu disse que somos metade vampiro? — Os garotos
assentiram. — Minseok, Hoseok e Sehun são vampiros puros. — Eles nos
olharam.

Jimin: Só vampiros? — Assentimos. — Vocês comem comida de gente?


Quer dizer... Desculpa. — Rimos.

Sehun: Comer a gente pode até comer, mas não dá sustento algum. — Eles
assentiram. — Quem come mesmo é Jongdae, Hyungwon e os dois. — Ele
indicou Kook e Jin. — Apesar de preferirem sangue.

Mark: E vocês... Matam pessoas?

Xiumin: Não... Só animais. — Eles assentiram.

Jimin: Minseok...

Xiumin: Xiumin, por favor. — Ele sorriu.

Jimin: Ah, ok... Xiumin, vocês tem quantos anos?

Xiumin: Eu tenho 401...

Wonho: Pode me chamar de Wonho, e eu tenho 379.

Sehun: Eu tenho 368.

Chen: Pode me chamar de Chen, e eu tenho 677.

Hyungwon: Eu tenho 676

Kook: Para Yugyeom viver... Chen e Hyungwon tiveram que transformá-lo...

BamBam: No que?
Jin: Híbridos...

Mark: É o que?

Chen: Metade vampiro, metade lobisomem. — Eles olharam com a maior


cara de bunda.

Jimin: Lobos? Sem pelo algum? — Os três se transformaram e eles deram


um pulo do sofá para longe deles. — Ok... Não duvido mais... Céus, como
cabe três lobos desse tamanho aqui dentro? — Rimos.

Mark: E-então vocês não envelhecem? — Negamos.

[...]

Uma pergunta atrás da outra, eles mencionaram sobre todos esquecerem


do Yugyeom e explicamos tudo que eles queriam saber, eles pareciam
fascinados por cada história, queriam ver os poderes, conversavam
conosco, então finalmente perguntaram o que Kook e Jin são.

— Eles são black bloods.

Não esperava que ela fosse tirar as dúvidas assim, do nada.

Jimin: Black bloods?

— Exatamente criança, a metade metamorfo deles veio do pai.

Wonho: Oi?

— Descendentes do seu mentor eram metamorfos.

Ouvi o bater de asas e nos olhamos.

— Mark Tuan —
Mark: O que é isso? AI MEU DEUS. — Me escondi atrás do Jin quando vi
cinco coisas com asas negras enormes pousarem do lado de fora da casa.
— É um demônio.

BamBam: Demônio não tem asas. — Ele estava atrás do Yugyeom. Ouvi a
risada deles e continuamos discutindo sobre o que eram aquelas coisas lá
fora.

— Saudações amigos. — Dei um grito e me escondi atrás do Xiumin


quando a coisa parou do meu lado, sem as asas, mas para onde diabos elas
foram?

Os outros quatro entraram não sei por onde e quando vi, todos estavam ali
na sala, continuei atrás do Xiumin e do Sehun.

— Humanos?

Wonho: Estão conosco, o que querem em nossos territórios?

Nossos? Territórios? Quê? Onde? Quando?

— Infringiram a lei. — Eles olharam diretamente para Yugyeom que estava


ao lado do Chen.

Que lei? Lei do que?

Wonho: Ele não é um vampiro, Chen e Hyungwon o transformaram.

— Um... Híbrido. — Ele olhou atentamente.

Os cinco são tão bonitos que eu estou com vergonha de continuar aqui,
notei uma troca de olhares entre ele e Sehun.

Chen: Sim...

Acho lobisomem tão... Perfeito, eles protegem a natureza, mas eu jurava


que eles eram aqueles lobisomens de duas pernas que tem nos livros,
cabeludos e coisa e tal, mas não, são lobos mesmo.

Fui enganado a minha vida inteira.

— Provem.

Xiumin: Yugyeom... — O mesmo se transformou.

Posso ver isso quantas vezes possíveis, mas nunca vou me acostumar.

Uma hora você é um estudante do ensino médio, com um padrasto e uma


mãe que são mais adolescentes que você mesmo, outra você descobre que
seu namorado é um tal de black blood com uma família de híbridos,
vampiros e você ainda é escolhido para ser a alma dele e você o ajuda a
controlar não sei que diabos, porque ele vai fazer não sei o que de não sei
quem. Aí quando você acha que já está tudo bem, cinco demônios com
asas aparecem na sua frente, mas não são demônios porque eu
pessoalmente imagino um demônio sendo feio que dói, mas esses não,
pelo contrário, são lindos que dói.

[...]

Sehun: Vocês já presenciaram coisas entre nós, mas tiveram as mentes


apagadas, levamos vocês para casa e...

Jimin: E acordamos na nossa cama parecendo quatro idiotas perdidos no


mundo.

BamBam: Isso foi mancada...

Xiumin: Sehun pode devolver essa lembrança de vocês... E outras que


também apagamos.

Mark: Seria bom... Ele devolveu as lembranças para o Yugyeom?

Yugyeom Sim. — Ele sorriu. — E é muito legal.


Sehun: Permita-me... — Ele se aproximou de mim e tomou meu rosto em
suas mãos geladas. — Se puder olhar nos meus olhos... — Ele sorriu, que
sorriso.

Olhei em seus olhos e der repente me perdi em um mundo de lembranças,


olhei em volta e podia ver eu, Jimin, BamBam e Yugyeom na sala, tinha
demônios voando por tudo quanto era lado e lá estavam eles sete, outra
lembrança veio, estava eu e o BamBam a caminho do banheiro, quando
entramos, Jin estava com presas e seus olhos vermelhos, Xiumin o segurava
por trás e Hyungwon o segurava pelo rosto, enquanto seus olhos brilhavam
em uma cor diferente. Passeei por essas duas lembranças e quando Sehun
se afastou tudo ficou claro na minha mente.

[...]

Mark: Amor... — Estávamos no meu quarto, eu estava sentado na cama,


com minhas cobertas e ele em pé olhando minhas fotos.

Jin: Do que me chamou? — Corei violentamente, ele sentou do meu lado.

Mark: Amor... — Ele sorriu e selou nossos lábios em um beijo um tanto


urgente. — O que eram aquelas coisas?

Jin: O que? As com asas? Aswangs...

Mark: Como é? — Ele deitou no meu colo.

Jin: Aswangs, metade vampiro, metade bruxa, no caso deles, bruxo... Me


empresta seu celular... — Entreguei pra ele e o mesmo começou a
pesquisar, quando achou o que queria, me mostrou uma foto.

Mark: Credo, que horror, parece um demônio.

Jin: E você já viu um? — Sorri. — Aswang são fêmeas e muito feias, como
você pode ver... Normalmente é uma deformação que afeta somente o
sexo feminino de criaturas em desenvolvimento no útero... Mas o clã do
Luhan não tinha nem o pai, nem a mãe vampiro... O pai era um bruxo e a
mãe uma humana.

Mark: Se não tinham pai ou mãe vampiro, porque pegaram a deformação?

Jin: A mãe do Hoseok, Luhan e Jooheon era amiga da mãe do Changkyun e


do Yoongi, gêmeos e trigêmeos, de pais diferente, claro, mas os dois pais
eram bruxos...

Mark: Gêmeos?

Jin: Diferente dos humanos, quando criaturas nascem gêmeos, eles não são
idênticos, muito menos se parecem, só nascem no mesmo dia... Hyungwon
é gêmeo do Chen, mas eles não nasceram no mesmo dia, como te
contaram hoje mais cedo... — Assenti. — Eu e Kook somos gêmeos.

Mark: Entendi.

Jin: Então, no meio da gravidez das duas moças, tipo, acho que quatro
meses e meio, elas foram mordidas por vampiros, só que tipo elas foram
mordidas, mas não com a intenção de serem transformadas e sim mortas,
realmente elas foram mortas, mas por alguma razão voltaram... Então os
bebês que já eram machos, nasceram humanos, porém aswangs. Ou seja,
extremamente bonitos, ao contrário das outras de suas espécies.

Mark: Uau, isso daria um livro. — Ele riu.

Jin: Para te explicar mais a fundo, teria que ser um deles, ninguém sabe
muito dessa história, só o básico... É como a história de Lúpus, só sabem
que Lúpus morreu por caçadores, não é? — Assenti.

Mark: Na verdade, falam que ele morreu protegendo a floresta.

Jin: É, distorcem um pouco as coisas... Mas você viu que a história não é
exatamente assim.

Mordi os lábios e fiquei com vontade de perguntar sobre a tal lei.


— Park Jimin —
Estava deitado em seu colo, ele acariciava meus cabelos e uma pergunta
veio na minha mente.

Jimin: De que lei eles estavam falando?

Kook: A lei de que um vampiro não pode morder um humano, ou a trégua


que contamos a vocês está acabada.

Jimin: E qual o motivo da rivalidade?

Kook: Muitos séculos atrás, houve muitas guerras entre vampiros e


Aswangs.

Jimin: Por qual motivo?

Kook: As aswangs não aceitavam o fato de que um vampiro era


basicamente o rei do mundo... Já ouviu falar no Conde Drácula? — Assenti.
— Bom, a história dele não é igual à dos filmes...

Jimin: Como é?

Kook: Drácula foi o primeiro a surgir, foi considerado pai dos vampiros, ele
arrastava multidões vampíricas, ele tinha poderes que um vampiro jamais
teve, Drácula era considerado o rei do mundo, de todos os mundos, mas
todo rei tem sua rainha, o nome dela era Martha, uma mulher adorável,
humilde, companheira, um exemplo de mulher, vampira transformada por
Drácula e muito bela, Martha arrastava multidões de homens por onde
passava, mulheres se apaixonavam por ela, era uma coisa de outro
mundo... Então, a primeira aswang veio ao mundo, você sabe do que uma
aswang se alimenta? — Neguei. — Aswang significa cachorro macabro, às
vezes se alimenta de cadáveres. — Quis vomitar. — Elas são capazes de
assumir a forma de alguns animais como morcego gigante, javali, e as
vezes, um cachorro... Elas evoluíram bastante, então algumas conseguem
assumir a forma de um humano e andar por entre eles, sendo mais
silenciosas e misteriosas do que o comum, a noite, assume sua forma
original, um monstro terrível de língua comprida que é usada para perfurar
carne como um tubo, tem focinho de morcego e uma cabeça parecida com
a de um cachorro feroz, asas negras, sua pele é cinzenta e escura, olhos
brilhantes prateados, possuem garras perfurantes como agulhas e suas
vértebras traseiras parecem aumentar como uma crista quando está em
sua forma original. — Tremi. — Quer que eu pare?

Jimin: Não, tudo bem... Por isso o clã do Luhan tem olhos prateados? — Ele
assentiu, sorte deles terem nascido tão bonitos.

Kook: Elas gostam de comer fetos e crianças pequenas, se alimentam


também, principalmente do líquido amniótico presente na placenta da
mãe, algumas delas são tão finas que conseguem se esconder atrás de
pequenas árvores e até mesmo postes, São rápidas, silenciosas e grandes
escaladoras de árvores. Elas também podem substituir suas vítimas por
cadáveres como eu disse ou pedaços de árvores ou outros materiais
vegetais... Sua metade bruxa sobressai a do vampiro... Porém, no clã do
Luhan, fica 80% vampiro e 20% bruxo, eles se alimentam de sangue, eles
são muito diferentes dos de sua espécie. — Percebi.

Jimin: Qual o motivo da guerra?

Kook: Vários, vampiros esperavam humanos morrerem jovens de alguma


coisa para transformá-los, porém, quando morriam, aswangs vinham e
comiam os mesmos, isso estava se tornando comum, elas faziam
propositalmente por não gostarem dos vampiros, até porque, não se
alimentavam disso se não quisessem, os vampiros não queriam aceitar isso,
pois queriam criar mais de sua espécie... Outro motivo é que elas culpavam
os vampiros por nascerem daquela forma... Outro motivo foi que Martha,
antes de ser vampira, engravidou do Conde Drácula, quando estava no seu
quinto mês, uma aswang, uma não, três eu acho, comeu o feto e o tal
líquido, ela quase morreu, então teve que ser transformada... Isso deixou
Drácula irado e foi o estopim para a guerra.

Jimin: Então... Quem começou a guerra foi elas?

Kook: Sim... Durante séculos os mundos foram separados por um portal, é


como um espelho, um espelho refletindo uma outra Terra, e tem outra
Terra de fato, os vampiros ficaram com a Terra de dentro, aswangs com a
Terra de fora, no caso a terra que vocês conhecem, a Terra que vocês veem
no espaço... O portal era aberto apenas por um vampiro, mas o mesmo foi
fechado e destruído, essa parte meus pais te contaram... — Assenti. — Até
hoje vampiros carregam ódio das aswangs e vice versa, eles honram seu
criador, Drácula, é uma guerra que jamais irá acabar se depender de um
vampiro.

Nossa.
Capítulo 19 — Dúvidas
— Kim Jongdae —
Wonho: Eles vivem quantos anos?

— Os black bloods são imortais, assim como outras criaturas.

Wonho: Como eles morrem?

— Essa é uma boa pergunta, vampiro... Eles podem morrer ou com estaca
de prata, ou por um lobisomem.

Chen: A parte homem deles está dividida em quantos %?

— 45% vampiro, 45% metamorfo, 10% homem.

Xiumin: Então o vampiro e o metamorfo sobressaem o homem?

— Exatamente.

Xiumin: Como eles destruirão as trevas?

— É mais simples do que aparenta... Por isso as trevas estão mandando


criaturas o tempo todo para destruir ou capturar... Eles vão destruir as
trevas muito facilmente... Não posso dizer, mas na hora vão saber, devem
estar juntos, os poderes deles são mais fortes juntos, separados, quase não
tem poderes.

Hyungwon: Ok, chega de perguntas, a águia precisa comer e dormir, vocês


têm todo tempo do mundo para fazer perguntas.

[...]

Quando passei pela porta do quarto, senti Xiumin me prensar na parede e


trancar a porta.

Xiumin: Eu não aguento mais, eu preciso te foder... — Mordi os lábios e ele


apertou minha bunda com força.

Chen: Está falando como se fosse uma necessidade. — Arfei quando senti
seu membro tocar levemente minha intimidade.

Xiumin: É mais... — Esse homem é um verdadeiro pecado.

Chen: Não vamos fazer sexo com eles em casa, eles têm ótima audição. —
Ele me prensou mais, eliminando qualquer espaço que tinha entre nós.

Xiumin: E quem disse que estão em casa?

O beijei com certa urgência, puxei os cabelos da nuca dele e arranhei seu
braço com a outra mão. Ele me pegou no colo, entrelacei minhas pernas na
cintura dele e o beijo se tornou algo cheio de malícia, mordi os lábios dele
com força e ele sorriu maliciosamente.

Desci do colo dele e o empurrei na cama.

Xiumin: Já falei para você que você é muito forte... — Sorri e engatinhei até
ele.

Chen: Gosto de um sexo rápido e selvagem. — Voltei a beijá-lo enquanto


tirava a roupa dele, o deixando só de cueca, parei uns segundos para
admirar aquele corpo perfeito e branquinho. Ele me virou na cama com
certa rapidez e vi seus olhos vermelhos brilharem. Ouvi o tecido ser
rasgado e arregalei os olhos.

Chen: Você rasgou a minha roupa? Está de brincadeira né?

Xiumin: Não queria esperar você tirar... — Estremeci e ele sorriu se


aproximando e deixando meu pescoço completamente marcado por
chupões.

Uma onda gostosa passou por todo meu corpo quando senti sua mão
gelada no meu membro, essa situação fria e quente é tão excitante. Mordi
os lábios quando ele iniciou alguns movimentos com a mão e seus olhos de
vampiro ansiavam por mais. Após me beijar com ardência, ele abaixou até
o meu membro, passou a língua em algumas partes e me olhava em
seguida. Quando ele colocou tudo na boca, um gemido mediano saiu pelos
meus lábios, senti suas presas roçarem na extensão do meu membro e
aquilo estava me levando a loucura.

Como pode ser tão maravilhoso?

Ele tirou meu membro da boca e chupou dois dedos, em seguida penetrou
em mim enquanto continuava me chupando. Eu estava sentindo meu ápice
chegando, não sabia o que me dava mais prazer, ele me tendo
completamente em sua boca ou seus dedos se movimentando dentro de
mim. Sem aviso nenhum, eu gozei, fechei os olhos controlando minha
respiração e senti seus lábios no meu pescoço.

Xiumin: Abre pra mim... — Ele pediu de uma forma muito sexy, o olhei nos
olhos e o mesmo estava carregado de luxúria, fiquei com receio de não
conseguir satisfazê-lo. Ele estava tão diferente do normal, suas presas
estavam a mostra, algumas veias do pescoço apareciam o deixando mais
sexy, seus olhos brilhavam em um vermelho vinho e notei um negócio
vermelho no pescoço dele, aparecia e sumia, parecia uma pequena
fumacinha.

Sem aviso nenhum, ele se encaixou no meio das minhas pernas e me


penetrou de uma vez, gritei e o olhei incrédulo.

Chen: Quer me matar?

Xiumin: Só se for de prazer. — Sorri maliciosamente. — Doeu?

Neguei e o puxei para um beijo, beijo esse que foi cheio de malícia, desejo
e mordidas excitantes, puxei os cabelos dele quando ele começou a se
movimentar rápido dentro de mim, meus gemidos saiam descompensados
e eu mal conseguia abrir os olhos de tanto desejo.

Xiumin: Deixa eu ver seus olhos.

Então me lembrei de uma lenda sobre vampiros, abri os olhos lentamente


ele sorriu.
Então a lenda é verdadeira?

Meus gemidos saíram mais altos e eu só faltei gritar quando ele atingiu
minha próstata, pude vê-lo sorrir e ir mais rápido, atingindo só ali, minhas
duas metades estavam agitadas, o puxei e mordi seu pescoço, ele apertou
minha cintura e gemeu baixinho no meu ouvido. Quando o soltei, ele sorriu
maliciosamente e começou a me masturbar.

Xiumin: Morde de novo, foi tão gostoso. — Sorri em meio aos gemidos e o
puxei, mordi o outro lado do pescoço dele e como anteriormente, senti o
gosto do seu sangue. Beijei a marquinha das minhas presas e o virei na
cama rapidamente, sentei em seu colo e lancei meus braços em volta do
pescoço dele. Eu chupava e mordia o mesmo, o que fazia ele gemer
enquanto estocava rapidamente.

Chen: Xiumin... — O chamei entre gemidos. — Eu vou...

Xiumin: Segura vai, está tão gostoso.

Chen: E quem disse que depois que eu gozar eu quero parar?

Seus olhos brilharam e o empurrei, fazendo ele deitar, aumentei os


movimentos e senti sua mão no meu membro, não demorou para eu gozar,
ele sorriu com minha respiração um tanto ofegante e me beijou.

Xiumin: Vem aqui, vem... — Me curvei sobre ele e deixei meu pescoço livre.
Senti suas presas no mesmo e mordi os lábios, puxei o cabelo dele e um
gemido escapou dos meus lábios, ele revezou em chupar e morder, aquilo
era tão gostoso.

Chen: Me fode de quatro.

Xiumin: Com prazer.

Sai de cima dele e fiquei de quatro na cama, logo senti seu membro me
invadir, gemi um tanto alto e olhei levemente para trás, vendo ele entrar e
sair de dentro de mim, apertou minha cintura com força e senti seu
membro pulsar, então ele gozou, pequenos resíduos de gozo caíram pelas
minhas coxas, eu me virei e o puxei.

O empurrei na cama e o masturbei lentamente, ele gemeu e olhou para


minha mão em seu membro.

Chen: Geme pra mim, vai meu amor... — Me abaixei e o chupei, senti sua
mão em meu cabelo e ele levantou um pouco para me olhar, seus gemidos
ficavam cada vez mais altos, às vezes tirava o membro da boca e passava a
língua na lateral enquanto o masturbava.

Xiumin: Chen...

Suguei um pouquinho e ele sentou, puxou meu cabelo, levantei, sem parar
a masturbação e ele me beijou.

Tome nota de que para um vampiro gozar é difícil.

Chen: É tão gostoso ouvir você gemer meu nome. — Afirmei de encontro
aos lábios dele. — Eu quero te chupar, deixa? — Ele sorriu.

Xiumin: Sua boca é uma tentação... — Abaixei e o tomei completamente na


minha boca, senti ele puxar meu cabelo com certa força e aquilo só me
incentivou mais. Eu queria que ele gozasse então me empenhei naquilo,
finalmente consegui e franzi o cenho quando senti que seu liquido era
doce. Depois de chupar e engolir tudo eu levantei e sentei em cima dele.

Chen: Doce? — Arqueei a sobrancelha e ele sorriu.

Xiumin: Porque acha que é difícil gozarmos?

Chen: Quero fazer você gozar o tempo todo então, tão delicioso.

Xiumin: Tão safado.

Chen: Você não imagina o quanto... — Mordi os lábios dele e soltei


lentamente. — Porque é doce?
Xiumin: Quase não temos nada funcionando de órgãos, só o coração e...
Você sabe o que mais... Então o que comemos não é dividido tanto assim, a
glicose tem que ficar acumulada em algum lugar. — Chupei o pescoço dele
e ele apertou minha bunda delicadamente.

Chen: Tão gostoso... Completamente... Você me surpreende demais. — Ele


me penetrou um dedo. — Só um? — Ele sorriu penetrando outro e eu gemi
de encontro a sua boca. — Que fumacinha é essa que sai aqui. — Toquei
seu lado direito do pescoço quando ela apareceu novamente, era como um
filete vermelho, tão bonito, ela deu a volta na minha mão quando toquei e
eu sorri.

Xiumin: Não sabemos, aparece sempre que mudamos para...

Chen: Bestas sexuais? — Gemi e senti seu membro roçar no meu. — Eu


quero mais...

Xiumin: Assim? — Ele me penetrou e eu assenti em meio a pequenos


gemidos. — Se você cansar... — O interrompi com um beijo.

Chen: Sexo com você é maravilhoso, acha mesmo que vou cansar?

Xiumin: Você é tão safado.

Chen: E você gosta... — Ele deu um tapa na minha bunda e eu nunca


pensei que isso seria tão excitante.

[...]

Chen: Nossa... — Sorri enquanto controlava a respiração, estávamos


deitados lado a lado e então senti seus lábios gélidos no meu pescoço,
depois no meu peito, em seguida voltou para meu pescoço. De selvagem
foi para carinhoso, preciso me acostumar com isso.

Xiumin: Eu te amo.

Paralisei na hora.
O puxei para olhá-lo e ele ficou curvado sobre mim.

Chen: Oi? — Ele sorriu.

Xiumin: Eu... Te amo...

Chen: Jura?

Xiumin: Normalmente as pessoas falam "também te amo" não "jura" mas


acho que serve. — Ri e o beijei.

Minha preocupação sobre conseguir satisfazê-lo voltou, e se ele não


gostou?

Xiumin: Para com isso... Você sabe que vampiro nunca está satisfeito... Mas
depois de hoje... Eu estou mais que satisfeito... — Beijou meu pescoço e eu
sorri aliviado. — Por hora... Eu quero te foder mais... Muito mais. — Acabei
soltando um gemido e ele sorriu.

Chen: É tão gostoso você falando esses palavrões.

Xiumin: É? Eu quero te foder de todas as formas possíveis, rápido, muito


rápido e em cada canto dessa casa...

Quem fica sexy falando "foda"? Ele fica.

Chen: Vai demorar um pouco então, não vamos ficar sozinhos de novo tão
cedo.

Xiumin: Vou fazer um esforço... Essa foi a melhor noite da minha existência.

Sorri e acariciei o rosto dele.

— Mark Tuan —
O clima estava um tanto quente, o beijo estava desesperado, então ele se
afastou rapidamente em um pulo, mordi os lábios e o olhei preocupado,
não tínhamos intenção alguma de transar, mas o beijo estava levando a
isso.

Jin: Desculpa... — Via apenas seus olhos, agora vermelhos, na escuridão. —


Pensei que não seria tão difícil...

Mark: Não vai me machucar... — Saiu mais como uma pergunta.

Jin: Eu não sei...

Mark: Vem... Vamos conversar, é melhor... — Ele caminhou até a cama e


sentou relutante nela, apoiei minhas costas na cabeceira e coloquei uma
perna em cima do colo dele.

Eu sei o quanto isso deve ser difícil pra ele, não quero forçá-lo, mas
também é algo que eu quero muito, suspirei e sorri.

Mark: Xiumin, Chen, Hyungwon e Wonho transam? — Ele sorriu.

Jin: Sim, eu acho... Não vamos nos comparar a eles.

Mark: Porque?

Jin: Imagina um lobisomem e um vampiro transando.

Imaginei algo muito selvagem, mas ok, não ia falar isso pra ele.

Jin: Xiumin e Wonho não têm problema com o sangue do Chen e do


Hyungwon porque o sangue deles não é convidativo, porque a outra
metade deles não é humana, como os lobisomens normal, é um vampiro.
Mark, seu sangue é como uma droga pra mim, achei que podia me
controlar, mas eu não consigo...

Mark: Me transforma.

Jin: Não é bem assim...

Mark: Jin você não envelhece, você não pode me tocar sem sentir vontade
de me morder... Eu vou envelhecer, vou ficar velho e enrugado até você
não me querer mais. — Ele riu.

Jin: Vou te achar lindo de todo jeito.

Mark: Para... O que vão pensar quando virem um velho com um garoto de
17 anos?

Jin: Sou mais velho que você, tenho 64 anos. — Cruzei os braços. — Mark,
estou tentando te fazer rir.

Mark: Nesse caso meus pais vão ficar muito bravos em saber que namoro
um garoto mais velho. — Ele riu.

Jin: Não posso te transformar e dar a sua alma uma passagem de ida direto
para o inferno... E mesmo que quisesse, não posso fazer.

Mark: Porque?

Jin: A lei não permite.

Mark: Jin... Isso não é problema deles se eu quiser.

Jin: Está dizendo que está disposto a passar a eternidade no meu lado
vendo cada pessoa que você conhece morrendo aos poucos?

Me remexi desconfortável, ele sabe como vencer uma discussão e eu odeio


isso.

Mark: Ta... Você venceu... Por hora. — Ele sorriu. — Agora me conta o que
o Yugyeom tem?

Jin: Como assim?

Mark: Quando o BamBam está no mesmo local que ele, o mesmo não
presta atenção em porra nenhuma a não ser o BamBam.

Jin: Simples, o lobo dele achou a sua alma.


Mark: Como é?

Jin: Quando um lobo olha nos olhos de alguém e esse alguém é a alma
dele, é como se ele enxergasse o presente, passado e futuro com esse
alguém, nada mais importa, só esse alguém, ele mataria e morreria por
esse alguém, estou falando de se jogar na frente de uma bala por esse
alguém... Esse alguém se torna tudo para ele, é como se nada mais
importasse, mas como tudo tem seu lado ruim, um lobisomem quando
encontra sua alma e por algum motivo ela morre, ele acaba morrendo
também de depressão.

Mark: ‘Ta me dizendo que um lobisomem, um ser indestrutível, um ser que


não morre fácil, mais poderoso que muitas criaturas, morre de amor?

Jin: Uma estaca de prata no peito também serve.

Mark: Essa foi a morte mais bizarra que já vi, seu amor pode te matar...

Jin: Um Nachzehrer morre com uma moeda de cobre na boca em seguida a


cabeça decepada. — É sério isso? Uma moeda?

Mark: Retiro o que disse. — Ele riu. — Então nunca vamos transar?

Jin: Nunca é uma palavra tão forte.

Mark: Jin...

Jin: Eu só preciso de tempo para me acostumar... Ou acha que eu não


quero? — Ele mordeu os lábios e olhou diretamente para meu membro,
taquei um travesseiro nele e coloquei a coberta sobre meu colo.

Mark: Sai daqui... — Ele riu, deu um beijo na minha cabeça e saiu pela
janela, tudo isso em menos de 1 segundo, ainda não me acostumei.

Existe porta na minha casa, sabia?


[...]

BamBam: Yugyeom me pediu em namoro. — Ele entrou no meu quarto.

Mark: Ele já foi?

BamBam: Já.

BamBam é tão sortudo, o namorado dele não é um maluco por sangue.

Mark: Não parou para pensar sobre ele ser imortal? — Ele parou uns
segundos.

Jimin: Eu pensei... Na verdade, venho pensando nisso desde que falaram


que são imortais. — Entrou no meu quarto e sentou na poltrona. — Mas
BamBam é diferente, se Yugyeom transformasse ele, seria um lobisomem,
não um demônio sugador de sangue. — Rimos. — Dizem que lobisomens
são... Bem vindos a natureza.

BamBam: Ele disse que Chen e Hyungwon falaram que quando um


lobisomem nasce, a natureza celebra.

Mark: Se ele quisesse te transformar, você aceitaria?

BamBam: Não sei, acho que ele não me transformaria, disse que é uma dor
insuportável que dura três dias, para vocês terem uma ideia, é uma dor tão
ruim que mulheres não aguentam e morrem, ele não ia fazer mesmo que
eu quisesse... Mas, eu não ia querer ser o motivo da morte dele.

Suspirei e me joguei na cama, deitando.

Dias depois

— Cha Hyungwon —
Xiumin: Como os humanos seriam úteis?

— Eles dão força aos black bloods, é quase como a alma dos lobisomens,
porém, a alma de um black blood fortalece ele, o ajuda, o incentiva....
Enquanto a alma do Lobisomem enfraquece.

Xiumin: Eles têm algum poder que não saibamos ainda?

— Eles podem reproduzir exclusivamente por contato sexual com um ser


humano.

Xiumin: Espera... Um momento... Você disse “um ser humano”

— Exatamente, vampiro. Homem ou mulher, isso não importa.

Como é que é?
Capítulo 20 — Brigas
Wonho: Como isso é possível? Quer dizer, um homem...

— Muitas coisas são possíveis no mundo mistico, vampiro.

Hyungwon: Céus... Muita informação para uma noite só.

Chen: JEON? PARK? — Em segundos eles apareceram com o Yugyeom. —


Usem camisinha. — Comecei a rir que nem um maluco. — Eu sou jovem e
lindo demais para ser avô. — Eles se olharam e ficaram meio sem jeito.

Jin: Omma, não sei como funciona para nós, mas para uma pessoa ter filho,
ela precisa de um útero, acho que Mark e Jimin não tem um útero.

Wonho: Acabamos de saber que vocês podem reproduzir tanto com


macho, quanto com fêmea. — Eles pararam por uns minutos.

— Hã? — Rimos.

Yugyeom: Como isso é possível?

Sehun: Não pergunta... Só usem a... Qual é mesmo o nome?

Chen: Camisinha, Sehun, camisinha... E vocês... — Apontou para eles três.


— Vão falar de sexo com eles.

— Como é?

Hyungwon: Vocês escutaram.

Yugyeom: Ainda bem que eu não tenho que passar por isso.

Chen: Quem disse? 3 filhos para três pais, andem logo.

Xiumin: Isso é constrangedor, precisamos mesmo fazer isso?

Chen: Se não quiser uma criança andando pela casa, sim.


Yugyeom: Como vou ter um filho?

Hyungwon: Existem muitos métodos para isso... Agora vão.

Kook: Omma... A gente nem faz sexo ainda.

Jin: Verdade.

Yugyeom: Realmente...

Chen: Mas vão fazer, agora vão, Minseok!

Xiumin: Ai, ‘ta bom tô indo. — Ele saiu puxando Kook pela mão.

Kook: Espera, não precisamos fazer isso... — Subiram as escadas e eu fitei


Wonho.

Hyungwon: Hoseok!

Wonho: Aish... — Ele puxou o Jin.

Jin: Que vergonha... — Ele abaixou a cabeça e Sehun fingiu ler o livro.

— Vamos ter que te chutar? — Falamos juntos.

Sehun: Isso não ‘ta acontecendo. — Ele fechou os olhos murmurando, em


seguida pegou Yugyeom pela mão.

Yugyeom: Um buraco para eu enfiar minha cara...

Meses depois

Decidimos sair da escola, apenas Kook, Jin e Yugyeom continuam indo por
insistência nossa, para manter as aparências, porém, mudaram de escola,
para uma mais perto, assim como os outros três humanos, já estava quase
no final do ano, finalizariam o terceiro ano e sairiam da escola, iniciando a
faculdade. Achando eu que estava tudo ótimo, fui atender o telefone
tranquilamente e era da escola.

— Responsáveis por Kim Yugyeom, Jeon Jungkook e... Park Jinyoung?

Hyungwon: Se fizeram merda, não são meus filhos.

— Oi?

Hyungwon: Desculpa, pensei em voz alta.

— Poderia vir na escola agora, senhor?

Hyungwon: O que aconteceu?

— Seria melhor eu explicar aqui.

Hyungwon: Ok...

Finalizei a ligação e esperei os quatro chegarem do mercado, quando


chegaram, avisei o que houve e ficou da minha pessoa ir junto com o
Sehun, pois Wonho e Xiumin iriam caçar e Chen ficaria em casa. Entramos
no carro e ele deu partida.

Sehun: Eu só espero que não tenham mordido ninguém.

[...]

Chegamos e os três estavam sentados, até então não notei nada de


diferente, até que o diretor pediu para cinco garotos entrarem, ainda sem
entender, Sehun perguntou o que estava acontecendo.

— Como posso explicar... — Ele coçou a barba recém feita. — Bom... Seu
filho colocou fogo na... Cueca do colega... — Jin se encolheu na cadeira e
eu o fuzilei. — Não sei como, mas... Colocaram gelo no... Bom... No ânus do
outro... — Foi a vez do Kook se encolher. — E... Obrigaram três deles a... Se
agredirem. — Yugyeom abaixou a cabeça e eu tive vontade de voar no
pescoço de cada um.

Sehun: Gelo... No...Anús? — Ele olhou Kook. — Fogo na cueca... — Olhou o


Jin. — E... Agressão? — Fitou o Yugyeom.

Kook: Posso dizer uma coisa?

Hyungwon: Nem mais uma palavra...

Jin: Mas...

Hyungwon: Não! — O diretor liberou os cinco garotos.

— Tem mais...

Sehun: Oi? — Ele perguntou já achando que estava demais para um dia só.
O diretor estendeu uma folha.

— Acusados de fraude. — Sehun olhou pasmo.

Sehun: SANGUE DO MEU SANGUE ACUSADO DE FRAUDE? — Então ele se


curvou na cadeira e colocou a mão do lado da boca, em seguida sussurrou
para o diretor. — O que isso quer dizer?

— Falsificaram sua assinatura.

Sehun: AI MEU...

Hyungwon: Sehun, Sehun... — Fiz sinal de corta com a mão em direção ao


pescoço.

Yugyeom: Mas pai...

Sehun: Não, shi, shi... — Ele segurou os beiços dele com dois dedos.

— Preciso que assinem a suspensão... — Sehun pegou a folha e assinou, a


mesma assinatura do Xiumin e do Wonho, só mudava o nome. — Espera...
Essa é sua assinatura?
A assinatura deles é o nome dentro de um morcego.

Yugyeom: Era isso que eu estava tentando dizer, não falsificamos a


assinatura... É a assinatura deles.

— Oh, peço desculpas.

Sehun: Tudo bem...

— Mas não justifica a briga na escola.

Jin: Mas a gente...

Sehun: Shi...

[...]

Chen: Vão conversar com eles... Onde já se viu usar os poderes contra
mortais? — Estávamos em uma briga de sussurros na cozinha.

Xiumin: O que vocês querem que a gente diga?

Chen: Minseok vai agora falar com Jeon.

Xiumin: Aish... — Ele saiu com os outros dois logo atrás.

Minutos depois eles voltaram.

Wonho: Olha... Foi bem tosco o que Jin me disse.

Sehun: Foi o seguinte... Queriam tirar as luvas do Jin e do Kook a força,


Yugyeom apareceu, e usou sua... Hipnose Lobisomem para afastá-los,
porém, dois deles conseguiram tirar a luva, e resultou na mão do Jin na
calça do garoto e a mão do Kook também... O resto vocês já sabem.

Xiumin: Foi tudo tão rápido que eles nem notaram que era poder.
Chen: Ta me dizendo que... Fogo na cueca, gelo no ânus e agressão foi tudo
um mal entendido?

Wonho: Basicamente isso... Olha pelo lado bom... Não congelaram, não
colocaram fogo e nem saíram latindo pela escola.

Revirei os olhos, sinceramente eu não vou discutir com esses três.

[...]

Eu acordei no meio da noite com Wonho distribuindo beijos pelo meu


pescoço. Fiquei uns segundos desfrutando daqueles carinhos maravilhosos
e suspirei quando ele deu uma mordia no meu pescoço. Eu estava de
bruços, então apenas abri os olhos.

Hyungwon: Wonho...

Wonho: Hm? — Ele apertou minha bunda.

Mordi os lábios, o empurrei na cama e fui até o banheiro.

Wonho: Hyunwon... Vem cá. — Chamou manhoso.

Hyungwon: Posso usar o banheiro? — Ouvi a risada dele e terminei o que


estava fazendo, sai e ele já não estava mais, dei de ombros e quando sentei
na cama, ele brotou do meu lado.

Wonho: Estou com um problema. — Ele murmurou e se aproximou do meu


ouvido a medida que conduzia minha mão ao seu membro. —
Ultimamente ando com tanto desejo... — Chupou meu pescoço.

Hyungwon: Hoseok, não vamos transar. — Meus olhos pararam


diretamente em sua calça preta.

Wonho: Não? — Senti sua mão dentro da minha cueca e mordi os lábios,
um gemido rouco escapou por entre eles e ele sorriu. — Não é o que seu
corpo diz.

Hyungwon: Babaca. — O empurrei na cama e o beijei, sua mão foi parar na


minha bunda e minha mão foi parar no membro dele novamente. Tirei a
roupa dele completamente e fitei sua ereção. — Eu quero que você me
foda. — Sussurrei enquanto o masturbava, em seguida o beijei.

Seus gemidos eram como melodias, quando ele abriu os olhos, estavam
vermelhos, muito vermelhos, mordi os lábios dele enquanto ele gemia e
tirei os fios loiros de seus olhos.

Hyungwon: Amor... — Murmurei em seu ouvido. — Deixa eu te chupar? —


Ele virou meu rosto para me olhar e em seguida me beijou um tanto
ferozmente, abaixei até seu membro e passei a língua, quando coloquei
tudo na boca, ele puxou meu cabelo com certa força, levantou um pouco e
olhou o que eu fazia enquanto tentava comprimir o gemidos mordendo os
lábios. Suguei algumas vezes e nessas vezes seus gemidos saiam um pouco
mais altos, então ele me puxou para cima, me beijou e eu senti minha
ereção doer, necessitando de atenção. Sentei em cima dele após tirar
minha roupa e ele conduziu minha mão até o meu membro.

Wonho: Toca vai... — Me curvei sobre ele e me masturbei, o beijei e ele


revezava o olhar entre meu membro e minha boca, me beijou diversas
vezes e marcava meu pescoço. Tirou minha mão e passou a me masturbar,
apoiei as duas mãos no colchão e ele me penetrou dois dedos de uma vez.

Meus gemidos saiam altos e descompensados, ele sorria e não tirava os


olhos de mim, passei a mão no cabelo e virei levemente para trás, onde
seus dedos entravam e saiam de mim. Ele aumentou o ritmo, eu podia
gozar só com isso, o beijei novamente e mordi seus lábios com força
quando senti que iria gozar, liberei meu liquido e ele sorriu entre o beijo,
sua boca sangrava um pouquinho e eu passei a lingua na mesma. Com as
mãos ainda apoiadas no colchão, controlei minha respiração enquanto
sentia sua ereção na minha bunda, aquilo estava me enlouquecendo.
Posicionei na minha entrada e sentei lentamente olhando sua expressão de
puro prazer, suas presas estavam a mostra e eu as via cada vez que ele
gemia. Quando sentei totalmente, rebolei um pouquinho e isso pareceu
atiçá-lo, ele sentou e começou a se movimentar dentro de mim, lancei
meus braços em volta do pescoço dele e chupei várias vezes o mesmo. Me
masturbei enquanto ele estocava com força e muito rápido, seus olhos
pararam em meu membro e ele mordia os lábios, substituiu minha mão
pela sua e começou a me masturbar, já não gemia mais e sim dava
pequenos gritinhos o que o incentivava cada vez mais, sai de cima dele e
fiquei de quatro, apertou minha bunda enquanto penetrava rapidamente e
em seguida deu um tapa. O barulho da cama batendo na parede era a
única coisa que se ouvia misturada com nossos gemidos, eu gozei pela
segunda vez e ele me virou na cama, sorriu e beijou meu pescoço.

Wonho: Que delicia de gemido. — Fechei os olhos controlando a


respiração, o que não demorou muito, abri um pouco as pernas e ele se
encaixou entre elas vindo direto na minha boca, me beijando com desejo.

Hyungwon: Eu quero mais... — Peguei no membro dele e posicionei na


minha entrada, rocei e ele apoiou as dua mãos no colchão. — É tão
gostoso...

Wonho: Você? Concordo. — Sorri e rocei novamente, fazendo ele fechar os


olhos e gemer. — Amor... — O beijei, tirei e coloquei o membro dele e isso
o fez sorrir maliciosamente. — Tão apertadinho... — Coloquei o membro
dele até a metade e ele arqueou a sobrancelha. — Fala pra mim como você
quer... — Ele se movimentou lentamente.

Hyungwon: Rápido... Bem forte... — Meu pedido foi uma ordem, os


próximos minutos foram maravilhosos, ele atingia meu ponto sensível e eu
gritava de prazer, pareceu notar onde havia atingido e passou a estocar só
ali enquanto apertava minha coxa com força e provavelmente a marca de
suas mãos estariam lá. Puxei ele para mim e mordi seu pescoço diversas
vezes, o que o fazia gemer mais ainda, senti seu líquido jorrar dentro de
mim e sorri satisfeito, ele diminuiu as estocadas, mas não saiu de dentro de
mim.

Wonho: Porra... — O puxei e o beijei enquanto dava pequenas reboladas


em seu membro, arranhei suas costas e ele puxou meu cabelo.

Nunca pensei que uma puxada no cabelo fosse tão excitante, quando achei
que não podia melhorar, ele me tomou completamente em sua boca, me
chupava desde a minha entrada, até a cabeça do meu membro, puxei o
cabelo dele e isso pareceu incentivá-lo a ir mais rápido. Sua língua parecia
uma coisa dos deuses, então eu gozei mais uma vez, ele sorriu e espalhou o
gozo pelo meu membro, voltou a chupar até ele ficar duro novamente, eu
ja não conseguia mais gemer, minha boca estava entreaberta e desviar o
olhar do dele era algo impossível.

Wonho: Se você cansar... — Sorri e o virei na cama, sentei um tanto rápido


e me curvei sobre ele.

Hyungwon: Eu? Cansar? — Apertou minha bunda com as duas mãos em


seguida deu um tapa. — Amor, você gosta assim? — Me movimentei em
um ritmo lento, ele mordeu os lábios e sentir seu membro roçar em mim
assim era maravilhoso, ele assentiu parecendo uma criancinha e eu sorri.
Dei um selinho demorado nele e ouvi um gemido baixo e rouco sair por
entre seus lábios, continuei no mesmo ritmo e ele passou a mão nos
cabelos.

Wonho: Continua vai... — Ele pediu quando eu parei. — Por favor... — Ele
segurou minha bunda incentivando os movimentos.

Hyungwon: Assim? — Voltei a fazer e ele assentiu. — Não quero. — Parei e


ele me olhou como um cachorrinho abandonado, sorri e o beijei. — Estou
brincando com você. — Ele sorriu e eu voltei os movimentos, minutos
depois ele gozou dentro de mim.

Dias depois

Xiumin: Nós temos um problema. — Paramos de cozinhar e viramos para


eles.

Hyungwon: Que problema?

Sehun: Yugyeom? Pode trazer. — Ele apareceu acompanhado da águia que


subiu no balcão.

Yugyeom: Fala o que você acabou de me dizer.


— Minha missão acaba quando as dúvidas acabarem.

Chen: O que tem?

Wonho: Nossas dúvidas nunca acabam.

Yugyeom: Diga agora a outra coisa.

— Os black bloods já são adultos.

Chen: Como é? Não era depois dos 200 anos?

Hyungwon: Espera, se já são adultos... Já passou da hora do terceiro


instrutor aparecer?

— Ele só vai aparecer quando eu for embora.

Yugyeom: Ela só vai embora quando as dúvidas acabarem.

— Exatamente, então vocês chamam o terceiro instrutor.

Hyungwon: Quando exatamente eles ficaram adultos?

— A partir dos 60 anos.

Ai meu cú, estamos 4 anos atrasados.

Chen: E onde eles estão? Kook e Jin?

Yugyeom: Dormindo.

Hyungwon: Ainda têm dúvidas? Tirem todas as dúvidas logo.

Wonho: Amor lembra o que o basilisco disse? Que as dúvidas nunca


acabam? Agora eu entendi o que ele quis dizer.

Yugyeom: Mesmo que a gente não se lembre de nenhuma dúvida, ela sabe
que tem dúvidas ainda.

Chen: Deve haver algo que possamos fazer, estamos 4 anos atrasados.

— Não há nada que possam fazer, a não ser eliminar as dúvidas.

Hyungwon: Vamos... — Todos me seguiram até a sala. — Wonho tira todas


as suas dúvidas, todas que você possa lembrar.

A noite toda foi resumida em tirar dúvidas, Kook e Jin não acordaram nesse
tempo, a gente tirou dúvida até que não era necessária, aquilo estava se
tornando cada vez mais difícil, pois mesmo dizendo que não tínhamos mais
dúvidas, ela afirmava que tinha. Suspirei pesadamente e me joguei no sofá.

Chen: Não é possível isso... Mark, Jimin e BamBam... Eles devem ter
dúvidas.

Xiumin: Não faz sentido... Se somos nós que tiramos as dúvidas, as outras
não contam, nem mesmo do Jin e do Kook contam.

Chen: Mas eles estão conosco agora, temos que tentar de tudo.

Sehun: Ok... Vou buscá-los. — Ele levantou e pegou a chave do carro.


Capítulo 21 — Aliados
— Oh Sehun —
Cheguei na porta da casa deles, toquei a campainha e nada, pensei em um
jeito de chamá-los, fechei os olhos e me concentrei em seus sonhos,
chamei pelo BamBam e senti que ele acordou, não demorou muito para ele
aparecer na porta de roupão e pantufas.

BamBam: Porque diabos você não entrou em vez de invadir meus sonhos?
— Ri. — Os outros usam a porta de menos e vocês demais.

Sehun: Vampiros não podem entrar na casa de alguém sem ser convidado.
— Ele me olhou com uma cara de “sério isso?”

BamBam: ‘Ta, o que foi?

Sehun: Vocês têm dúvidas?

BamBam: Sempre, matemática principalmente, mas acho que Jimin tem


mais em história, Mark tem mais em...

Sehun: Quis dizer duvidas sobre Kook e Jin.

BamBam: Oh, temos, eu acho, porque?

Sehun: Podem tirar essas dúvidas agora?

BamBam: You ta de brincation with me cara? São quatro da manhã cara, eu


sei que vocês não dormem, eu respeito isso, de verdade, do fundo do meu
coração, mas... Cara são quatro da manhã!

Sehun: Isso é importante, estamos 4 anos atrasados.

BamBam: Atrasados para que? Eu sempre estou atrasado, isso é normal.

Sehun: Kook e Jin viraram adultos com 60 anos.

BamBam: Com eles adultos ou não, a águia não ia aparecer com essa idade.
— Franzi o cenho. — Disseram que para a águia aparecer, tinham que nos
proteger, há 4 anos a gente não estava nem na escola do ensino médio
ainda, há 4 anos, Sehun, a gente nem estava na Coréia. — Realmente, isso
é um fato.

Sehun: ‘Ta, mas não podemos perder mais tempo. — Ele suspirou. — Sei
que quer me matar... Enfie uma estaca em meu peito se quando chegarem
lá for algo inútil.

BamBam: Estacas não te matam. — Cruzou os braços.

Sehun: Ok, você venceu, mas não é inútil como você está pensando.

BamBam: Fica longe da minha mente. — Ele entrou, ouvi-o subindo as


escadas, depois acordando Mark e Jimin.

Mark: Pensei que as únicas dúvidas que contassem eram as suas, do Xiumin
e do Wonho. — Eles saíram com roupões e pantufas, entramos no carro e
BamBam já estava dormindo no ombro do Jimin.

Sehun: Não custa nada tentar. — Ele deu de ombros.

[...]

Jimin: Hã... Não dá pra vocês irem dar uma volta não? — Eles nos olharam,
assentimos e saímos, ficando apenas Chen, Won e eles.

— Kim Jongdae —
Mark: Temos que tirar qualquer dúvida?

Chen: Aham, podem perguntar qualquer coisa.

Jimin: Ai meu Deus...

Hyungwon: Estão com vergonha. — Rimos. — Não fiquem, podem


perguntar.
Mark: Bom... Assim... Na hora lá do... Você sabe... Do sexo... Como costuma
ser? Tipo, o vampiro... — A águia fez seu sibilar de riso.

— O vampiro sobressai, gostam que olhem nos olhos deles durante uma
relação sexual, seu corpo fica gélido por conta das emoções, devo dizer
que é complicado se controlarem com humanos, principalmente humanos
com sangue tão... Atrativo.

Jimin: Se é complicado, porque vampiros às vezes reproduzem com


mulheres?

— Vampiros com mais de 200 sabem se controlar melhor que um black


blood adulto, um vampiro é uma besta sexual, então seus desejos sexuais
acabam sendo maiores que desejos de sede. Já um black blood, não tem
esse controle, pois ele não é uma besta sexual, um black blood tem como
prioridade sua sede... Mesmo na hora de um ato sexual.

Mark: São 45% vampiros?

— Sim, mas os antigos descendentes vampíricos começaram a notar que


ser uma besta sexual é um ato apenas para uma criatura 100% vampiro.
Diferentes dos vampiros puros, outras criaturas metade vampiros, seu
esperma tem o sabor comum, um vampiro tem seu esperma doce como
mel. Fazer um vampiro chegar a seu ápice é difícil, muito difícil, porque o
nome já diz, besta sexual, é insaciável seus desejos, eles não cansam, além
de ser difícil chegarem ao limite e finalmente ejacular, o esperma vem
doce, pois vampiros não tem absolutamente nada funcionando dentro do
corpo, a não ser o coração e sua bomba de amor, a glicose precisa ficar
acumulada em algum lugar, ou sai pelas presas na hora de uma caçada, ou
saem no esperma. O sal do corpo de um vampiro fica acumulado no
sangue, então o sangue de um vampiro não é doce, é meio a meio, por
causa da glicose e o sal, fica uma coisa equilibrada, por isso a cor escura no
sangue. Um black blood tem sua metade humana no homem e no
metamorfo, sendo assim, ele tem órgãos funcionando, um black blood é
55% homem, juntando o metamorfo e o homem, mas ainda sim, o vampiro
consegue ser mais poderoso, muito mais.

BamBam: Mas sendo um metamorfo, ele pode se transformar em qualquer


criatura e ainda usufruir do poder dela.

— Sendo um vampiro, ele pode fazer o que bem entender com seus
poderes, eles nunca vão embora... Um vampiro pode ser muito poderoso
se quiser... Minseok pode fazer o que quiser com o cérebro de alguém,
Sehun faz o que quiser com as lembranças e com o corpo de alguém,
Hoseok pode enlouquecer alguém e levar esse alguém a morte, igualmente
Sehun... Sehun foi criado para suportar as dores das lembranças de outros
seres, ninguém consegue suportar isso, se ele olhar nos seus olhos e fazer
você enxergar as lembranças dolorosas que ele carrega de todos que ele já
viu, seus olhos começam a queimar, você cai imóvel e com seus olhos
como carvão em brasa, assim como seu cérebro, ele apaga suas
lembranças, você se torna um ninguém... Minseok pode te fazer ter
qualquer doença que quiser no cérebro, ele pode te fazer dormir por anos,
pode controlar seu cérebro da distância que ele estiver, pode apagar sua
memória, pode fazer você esquecer do que ele desejar... Hoseok pode te
enlouquecer, ele controla espíritos, controla a névoa, pode fazer você
enxergar o que ele quiser, desde o seu mais belo sonho, até o seu pior
pesadelo, ele pode te matar com uma simples névoa... Vampiros tem
poderes suficiente para te induzir a morte apenas com sua beleza,
vampiros leem pensamentos, num ataque ele sabe os movimentos do
inimigo minutos antes dele atacar, porque é impossível não pensar sobre,
vampiros mais antigos conseguiam remover uma estaca do peito apenas
com a força do pensamento, mais especificamente, Drácula e seus
descendentes diretos, ou seja, filhos, netos, bisnetos e etc, vampiros
nascidos de Drácula, não vampiros transformados pela mordida de
Drácula... Vampiros sobrevivem a muitas coisas, exceto ao veneno do
lobisomem.

BamBam: Como Wonho sabe o pesadelo de alguém?

— Hoseok sempre sabe, ele foi criado para isso.

BamBam: Então, o vampiro sobressai nos black bloods?

— Na maior parte do tempo, sim.

Mark: Então você acha que não devemos fazer sexo?


— Sim e não, um black blood pode se controlar se esse alguém for sua
alma... Ainda sim, pode ser arriscado, ele só precisa de tempo para se
acostumar.

Mark: Ok, não sei vocês, mas minhas dúvidas acabaram.

Jimin: Idem.

BamBam: Mark e Jimin são importantes, certo?

— Sim.

BamBam: Então podem vir criaturas atrás deles?

— Não se não souberem a influência que eles têm sobre Jinyoung e


Jungkook. — Ele assentiu.

BamBam: Minhas dúvidas acabaram. — Ele juntou as mãos no colo.

Chen: E agora?

— Ainda há dúvidas. — Suspirei e juntei as mãos na frente do rosto,


minutos depois, os quatro chegaram em casa.

Chen: Nada... Ela disse que ainda há dúvidas... Céus, eu vou enlouquecer.
— Yugyeom chamou os três para irem no seu quarto e ficamos sozinhos
com a águia.

Xiumin: Eu não tenho mais nenhuma dúvida... — Sentou no meu colo.

Hyungwon: Tem mais algum da espécie deles?

— Não, são os primeiros... As dúvidas acabaram.

Louvado seja, Hyungwon.

Wonho: É sério?
— Meu trabalho está cumprido, é hora de partir.

[...]

Todos nos encontrávamos do lado de fora da casa, a águia envolveu cada


um em um abraço acolhedor e logo andou até uma distância considerável,
em seguida levantou voo lentamente.

Mark: ESPERA, COMO CHAMAMOS O TERCEIRO INSTRUTOR?

— Não posso dizer, jovem... Vocês têm que descobrir sozinhos... Só posso
dizer que precisam se aliar a alguém e esse alguém é metade vampiro.

Que maravilha, isso é ótimo... Perfeito.

A águia continuou subindo e então começou a girar, a velocidade


aumentou e ela logo se dissipou em pequenas gotículas de bronze.

Jin: Podemos ter uma águia?

Xiumin: Podem.

Chen: Não! Mas o que há com vocês, uma cobra, agora uma águia,
escolham um bicho comum pelo amor. — Sai pisando duro para dentro de
casa.

Yugyeom: Mas uma águia é legal.

Dias depois.

Yugyeom: Será que só não precisamos chamar? Tipo invocar.

Wonho: Vamos invocar o demônio por acaso?

Jin: Vai que... — Ele deu de ombros.


Mark: A águia disse que tinham que se aliar a alguém.

Sehun: Quem?

Hyungwon: Fantasmas?

Xiumin: Wonho já controla espíritos, se fosse isso ele já teria aparecido.

Chen: A águia disse que era metade vampiro.

Jimin: Quais raças com mistura de vampiro tem?

Xiumin: Sanbosam.

Jin: Que isso?

Xiumin: Vampiros africanos, possuem cascos ao invés de pés e costumam


morder as vítimas no polegar.

Chen: Não, não são poderosos, ‘ta na cara que seu mentor estava
pensando em seres poderosos.

Yugyeom: Humanos não são poderosos.

Sehun: Mas são a alma deles. — Faz sentido.

Hyungwon: Qual mais?

Wonho: Baital... Vampiro indiano, metade homem, metade morcego.

Jimin: Tem poderes?

Wonho: Não.

Chen: Descarta então, qual o próximo?

Sehun: Baobhan Sith... Fada demônio escocesa, aparece como uma jovem
mulher e dançará com o homem que achar até que o mesmo se esgote,
para depois se alimentar dele.

Hyungwon: Não, ela só tem poderes com homens... Próximo?

Xiumin: Ch’Iang Shih... São criadas se um gato pular sobre o corpo de um


cadáver. Eles se levantarão para a vida e podem matar com um bafo
venenoso além de poderem drenar o sangue. Se um Ch'Iang Shih encontra
uma pilha de arroz, ele tem que contar os grãos antes de passar. Sua forma
imaterial é uma esfera de luz.

BamBam: Não teria sentido ser um deles, porque ele escolheria alguém
cuja fraqueza é o arroz? — Esses garotos são espertos.

Wonho: Dearg-Due... Têm que ser mortos sendo construído um monte de


pedras sobre suas sepulturas. Os Dearg-Dues não mudam de forma.

Chen: Fracos... Próximo.

Sehun: Ekiminu... Malignos espíritos assírios, metade fantasma, metade


vampiro, causados por um sepultamento impróprio. Eles são naturalmente
invisíveis e são capazes de possuir humanos. Podem ser destruídos sendo
usado armas de madeira, ou por exorcismo.

Hyungwon: Wonho pode controlá-los, por ser espírito.

Xiumin: Kathakano... Os vampiros cretas Kathakano são muito parecidos


como o original, mas só podem ser mortos se forem decapitados e a
cabeça fervida em vinagre.

Jimin: Não, ele não escolheria alguém da mesma forma que vocês.

Wonho: Krvopijac, vampiros búlgaros e também são conhecidos como


Obours. Eles se parecem com vampiros normais mas têm apenas uma
narina e a língua longa e pontiaguda. Eles podem ser imobilizados se
colocadas rosas em seus sepulcros. Podem ser destruídos se conjurada
uma palavra mágica numa garrafa e a mesma atirada numa fogueira.

Yugyeom: Fraco...
Sehun: Lamia... Originaria da Roma e Grécia antiga. São exclusivamente
fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal, quase sempre
uma cobra, e sempre na parte inferior do corpo. Elas comem a carne de
suas vítimas assim como bebem seu sangue. As lamias podem ser atacadas
e destruídas com armas normais.

Chen: Fraca...

Xiumin: Nosferatu... Nossa espécie.

Mark: Não existem mais, a não ser vocês, né? — Eles assentiram.

Wonho: Rakshasa... Poderosa vampira e feiticeira indiana. Geralmente


aparenta um ser humano com características animais, garras, presas, olhos
em fenda, etc. Ou animais com características humanas. O lado animal é
muito comumente um tigre. Elas comem a carne de suas vítimas além de
beber seu sangue. As Rakshasas podem ser destruídas por fogo extremo,
luz do sol, ou exorcismo.

Mark: Muito animal, ele escolheria alguém mais racional.

Sehun: Strigoiuls... São muito parecidos com o vampiro original, mas


preferem atacar em bando. Eles podem ser destruídos se for posto alho em
sua boca ou removendo-se o coração.

BamBam: Muito parecido com vocês.

Xiumin: Succubus... A maneira mais comum de se alimentarem é tendo


relações sexuais com suas vítimas, deixando-as exaustas e depois se
alimentando da energia dispersada no ato sexual. Elas podem entrar numa
casa sem serem convidadas e tomar a aparência de qualquer pessoa.
Geralmente visitarão suas vítimas mais de uma vez. A vítima de uma
Succubus interpretará as visitas como sonhos. A versão masculina de um
Succubus é um Incubus.

Jimin: Muito fraco...


Wonho: Vlokoslak... Vampiros sérvios também chamados de Mulos. Eles
normalmente aparentam-se com pessoas trajadas de branco, tão diurnos
quanto noturnos, podem assumir a forma de um cavalo ou de uma ovelha.
Comem suas vítimas assim como bebem seu sangue. Podem ser destruídos
se decepados os dedos dos pés, ou com um prego transpassado no
pescoço.

Hyungwon: Não acho que ele escolheria algo metade cavalo ou metade
ovelha, não é muito útil.

Sehun: Não existem mais raças metade vampiras.

Wonho: Eu não lembro mais de nenhuma.

Xiumin: Idem.

Sehun: Espera... Upierczi.

Xiumin: Verdade...

Hyungwon: O que são?

Sehun: Esses vampiros têm origem na Polônia e na Rússia e também são


chamados de Viesczy. Possuem um ferrão sob a língua ao invés de presas.
Ficam ativos a partir da meia noite e só podem ser destruídos por fogo
extremo. Quando incendiados, seu corpo irá explodir, dando origem à
centenas de pequenos e repugnantes animais, larvas, ratos, etc; Se
algumas dessas criaturas escaparem, então o espírito do Upierczi escapará
também, e retornará para reclamar vingança.

— Definitivamente não. — Respondemos juntos.

Xiumin: Tem mais... Eu só não estou lembrando...

Wonho: Uma ajudinha, Sehun. — Sehun levantou e se aproximou dos dois,


segurou a cabeça deles próximo a têmpora e suas mãos brilharam, seus
olhos ficaram negros e em segundos ele se afastou.
Mark: O que você fez?

Sehun: Pensamentos emperrados.

Jimin: Pode clarear as lembranças de alguém?

Sehun: Posso.

Jimin: Demais, perdi minha calça preta, me ajuda a encontrar? — Rimos e


Sehun assentiu se aproximando dele, fez o mesmo processo e após isso
Jimin abaixou a cabeça. — Não acredito que joguei na caixa de doação.

BamBam: Se lascou, meu pai levou a caixa de doação ontem. — Eles


começaram uma pequena briguinha e nós só sabíamos rir os observando.

Xiumin: Adze... Da gana, assume a forma de um vaga-lume. Se alimenta de


sangue de crianças, azeite de dendê e água de coco.

Chen: Fraco.

Wonho: Brahmaparush... Da Índia, é particularmente aterrador pois bebe o


sangue das vítimas pelo crânio e depois come seus cérebros, sendo assim
uma espécie de vampiro e zumbi.

Xiumin: Não, se fosse um vampiro metade zumbi, ele teria pensado nos
Nachzehrer que é o mais poderoso desse tipo.

Sehun: Agora acabou.

Mark: Não acabou não.

Jin: Quê? — Ele virou para trás, pois estava sentado no colo do Mark. Ele,
BamBam e Jimin se olharam, pareciam estar com medo de falar e pareciam
nem estar pensando sobre, já que Sehun, Xiumin e Wonho não obtiveram
resposta de seus pensamentos.

— Aswangs. — Falaram juntos.


Kook: Beberam?

Jimin: Desculpa, mas só podem ser o clã do Luhan.

Sehun: Por quê? — Perguntou secamente.

Mark: A águia disse que era metade vampiro... Aswang são metade
vampiros, de acordo com o que disseram, e tem que ser uma criatura
poderosa, vocês deduziram... Aswangs não são tão poderosas, mas o clã do
Luhan sim... Eles são muito poderosos e vocês sabem...

Xiumin: Isso não significa nada.

BamBam: Significa tudo, das histórias que nos contaram, o clã do Luhan já
lutou com diversas criaturas, seu mentor pensou na sabedoria deles, são
mais velhos que Chen e Won, eles têm sabedoria de luta... Seu mentor não
escolheu grupos atoa, ele escolheu os híbridos porque eles tem a metade
lobisomem e a metade vampírica, eles têm duas metades com poderes
diferentes, eles ensinam Kook e Jin a separar suas metades... Escolheu os
humanos porque Mark e Jimin são as almas de Kook e Jin, porque como a
águia disse a alma de um black blood o fortalece... Escolheu aswangas,
porque o clã do Luhan é antigo e lutaram contra muitas coisas... Chen e
Hyungwon disseram que conhecem eles a mais de 504 anos, isso já eram
adultos, certo? — Assentimos. — Deduzo que eles tenham mais de 1000
anos... Só podem ser eles.

Wonho: Por que nosso mentor escolheria nossos inimigos?

Mark: A questão não é serem seus inimigos, a questão é as trevas... Sem


eles... Kook e Jin não saberão como...

Wonho: E porque acham que eles sabem como?

Chen: Porque eu contei a história da guerra dos 4 cantos para eles.

Xiumin: Que guerra?

Hyungwon: Essa história sempre foi passada de geração a geração pelos


lobisomens... Porque foi a época da febre, vários homens foram
transformados por causa que criaturas enviadas das trevas ameaçavam a
natureza... Jaebum e Namjoon contaram sobre essa guerra para nós... E
estão certos, eles têm mais de 1000 anos, porque essa guerra foi a mais de
1000 anos...

Wonho: O que foi essa guerra?

Chen: Me surpreende não saberem... Aswang se aliaram a lobisomens,


adivinhem quem comandava esse exército?

Sehun: O clã do Luhan. — Ele murmurou.

Chen: Exatamente, as trevas estavam com ânsia de poder, a raça humana


corria risco de ser extinta, que melhor motivo para o clã do Luhan e
lobisomens se juntarem? Lobisomens foram criados para proteger
humanos e a natureza, Luhan protege os humanos... Uma coisa leva a
outra. Luhan liderou o exército do sul, Hoseok liderou o exército do norte,
Changkyun do leste, Yoongi os do oeste e Jooheon ficou no centro da terra
com outro exército, o planeta ficou em completa escuridão durante dias,
criaturas domavam a terra, a guerra durou dia após dia... Lobisomens
foram mortos, aswangs foram destruídas, foi uma poça sangrenta, com
número de mortes de aswangs e lobisomens incalculável, mas no final,
alcançaram as trevas e venceram, ou seja, o clã do Luhan já venceu as
trevas uma vez, mas quem tem o poder de destruí-las é vocês, black
bloods... Pelos humanos, isso é conhecido como o segundo apocalipse, mas
isso não teve nada haver com o apocalipse, o segundo apocalipse é quando
as trevas despertar a besta, ou seja, terão que ser destruídas antes disso.

Xiumin: Por que ele não escolheu os lobisomens então?

Hyungwon: Porque os únicos vivos até hoje são o clã do Luhan...


Lobisomens morrem o tempo todo por conta de suas almas que
normalmente são humanas, sem ter como transformá-las, Jaebum é
descendente distante do ex líder, Namjoon é descendente distante do
irmão do ex líder... Toda a alcateia que vocês viram são descendentes dos
guerreiros da guerra dos 4 cantos.
Chen: Notaram que Luhan e Jaebum se trataram com preocupação o
tempo em que estiveram no mesmo lugar? Luhan ficou preocupado com a
alcatéia de Jaebum, o fato das almas deles serem mortas e eles acabarem
morrendo... Jaebum perguntava se eles queriam mesmo lutar contra os
Nachzehrer... Se fossem outro clã, lobisomens jamais se importariam, mas
era o clã do Luhan, quem são os inimigos dos lobisomens?

Xiumin: Vampiros.

Chen: Por que a alcateia se importaria com o clã do Luhan, sendo eles
metade vampiros? Eu fui saber que eles eram os da guerra porque eu
perguntei a Jaebum, fiquei desconfiado com tamanha consideração que os
líderes tinham entre si...

Hyungwon: Concordo com eles, para o terceiro instrutor aparecer, vamos


ter que nos aliar ao clã dos... Valerius.

Wonho: ‘Ta me dizendo que eles são os Valerius?

Hyungwon: Com todas as letras... Ventrues. — Eles nos olharam, até


porque, não sabíamos que eles eram os Ventrues, quem nos contou foi
Luhan.

Kook: Vocês são... Os Ventrues?

Xiumin: Sim...

Mark: O que? Alguém me explica o que está acontecendo?

Jin: Ventrues é o nome do clã do Drácula.


Capítulo 22 — Fênix
— Kim Minseok —
Todos pararam meio chocados nos olhando.

Jin: Descendentes diretos? — Ele perguntou pasmo.

Wonho: Sim.

Hyungwon: Mas você me disse que foi criado por um ancião. — Ele estava
sentado na janela, uma perna recolhida e a outra caída do lado.

Sehun: Não saímos por aí falando que somos os Ventrues, isso atormenta
outras criaturas e atrai as trevas.

Wonho: Somos netos de Drácula... Xiumin e Sehun são meus irmãos de


sangue, não de consideração... Nosso mentor era nosso irmão, mas não era
descendente de Drácula, a mãe dele era a nossa mãe, mas o pai dele era
outro, era um ancião... Nosso pai era... Vlad Drácula.

Kook: Está brincando comigo? O pai de vocês era Vlad Drácula?

Xiumin: Nossa avó Martha teve um filho, a segunda tentativa após a morte
do primogênito...

Yugyeom: Mas quando uma aswang mata um feto, a mãe fica estéril...

Xiumin: Mas foi após ser transformada, na transformação, Drácula injetou


seu sémen direto no útero dela... Ela deu a luz enquanto era vampira...
Séculos depois, após a morte de Drácula e Martha, Vlad Drácula encontrou
uma humana, a qual já tinha um filho com o ancião, filho esse que ela
nunca viu depois do nascimento, pois foi levado pelo pai ao mundo dos
vampiros, porque quando um vampiro vinha ao mundo dos humanos, era
só para reproduzir, esse filho era nosso mentor, essa humana tinha apenas
16 anos, Vlad viveu com ela. Diferente dos outros vampiros, descendentes
diretos de Drácula procuram manter uma relação com uma única pessoa,
assim como Drácula manteve com Martha, então essa humana deu a luz a
mim, depois a Wonho, por último Sehun... Por fim, ela morreu de velhice...
Meu pai e o ancião morreram séculos após a morte dela. Restando apenas
nós três de descendentes, então nosso mentor tomou o lugar de ancião.
Ou seja, somos seus meios tios. — Olhei Kook e Jin. — Por isso somos os
únicos com poderes, herdamos de Drácula. Nosso mentor herdou os
poderes de seu pai ancião, poderes esse que nem chegava perto dos
poderes de Drácula. O ancião era descendente do primeiro humano
transformado com mordida que carregava poder no gene, naquela época
era comum transformarmos humanos, mas quase nunca tinham poderes e
os que tinham poderes no gene quase nunca tinham filhos... Meu pai
tinham poderes, mas não tanto quanto Drácula veio bem reduzido.

Chen: Você falou séculos atrás de séculos e disse que seu pai morreu
séculos após a morte da sua mãe... Vocês não têm apenas 400 e poucos
anos, não é?

Xiumin: Não.

Hyungwon: Espera... Quantos anos vocês tem?

Xiumin: 811

Wonho: 809.

Sehun: 805.

Sehun: Então não, nosso mentor nunca pediria para nos aliarmos aos
descendentes do clã que matou nosso tio... Ele não pediria isso a nenhum
vampiro, nem ele mesmo faria a guerra nunca vai acabar se depender da
nossa raça.

Chen: Quem matou o feto de Martha foram descendentes do clã do


Luhan?

Sehun: Vocês disseram Valerius, não disseram?

Chen: Sim.

Yugyeom: Espera... A aswang que matou o primogênito de Drácula foi à


primeira aswang a surgir, não foi?

Xiumin: Sim... Os dois bruxos pai deles eram... Filhos da assassina do


primogênito de Drácula.

Yugyeom: Mas são sempre mulheres, como eles seriam aswangs?

Xiumin: Não eram aswangs, eram bruxos apenas... O clã do Luhan foi
concebido por bruxos e humanas, um vampiro mordeu a humana e veio o
erro genético...

— Kim Jongdae —
Chega sentei direito para absorver tal informação.

Mark: Eles são netos da aswang que assassinou o filho de Drácula?

Sehun: Sim... Outra forma de uma aswang nascer é se a própria aswang


cruzar com um humano... É raro dar certo, normalmente nasce apenas
humanos ou bruxos como os pais que nasceram bruxos e o clã do Luhan
iria nascer apenas humanos, mas pode acontecer...

Chen: Quantos meses tinha o primogênito?

Sehun: Estava perto de dar a luz. Nove meses já.

Hyungwon: Qual o verdadeiro nome de vocês? O nome vampírico?

Wonho: Angel Drácula.

Ok fui iludido.

Sehun: Deacon Drácula.

Iludido de novo.

Xiumin: Lord Drácula.


Já posso morrer de ilusão.

Mark: Mas, vocês não carregam esse ódio, carregam? — Ele nos olhou.

Chen: Sim... Já nascemos com esse aspecto.

Jimin: Por quê? Vocês não são 100% vampiro.

Xiumin: Toda criatura metade vampira ficou ao lado de Drácula porque


enxergavam que ele estava certo e de fato estava... Nenhuma criatura no
mundo metade vampira se dá bem com aswangs... Não carregam tanto
ódio como nós, vampiros, mas ainda assim são consideradas inimigas para
eles... Muitas criaturas respeitam até hoje Drácula e seus descendentes,
porém, não sabem que ainda existem descendentes, preservamos nossa
identidade, pois as trevas foi acabando com cada descendente, agora sei
por que Hoseok disse nosso nome quando viemos ao mundo deles... —
Olhei Sehun e Wonho. — Porque eles são os Valerius.

BamBam: E se forem eles?

Xiumin: Então nós estaríamos fora... Não vamos nos juntar a aswangs,
principalmente aos Valuries.

Jimin: Mas no caso quem teria que se aliar é vocês cinco e eles.

Sehun: Então teríamos chegado até aqui para nada.

Kook: Estão falando sério?

Chen: Mas Sehun teve um...

Sehun: Isso pra mim não significa merda nenhuma... — Os três saíram.

Jimin: E se for realmente eles? O que nós vamos fazer?

Yugyeom: E se o mentor deles escolheu as aswangs para acabar com a


guerra? Quem pode acabar com a guerra é somente um descendente
direto de Drácula... Ele sabia que Sehun se apaixonaria por Luhan, ele via o
futuro... Ele escolheu as aswangs para acabar de vez com a guerra.

Chen: Vamos saber se é isso quando o terceiro instrutor chegar.

Jimin: Ele não vai chegar se eles não se aliarem.

Hyungwon: Se aliarão apenas para o terceiro instrutor chegar, tenho


certeza, mas se for mais que isso, temos um problema.

[...]

Chen: Amor? — Subi no telhado e ele estava lá, já era de madrugada.

Xiumin: Sim? — Ele sorriu e eu sentei entre suas pernas.

Chen: Se aliariam somente para o terceiro instrutor aparecer, não se


aliariam?

Xiumin: Claro, mas tenho certeza que não é só isso, você vai ver, quando
ele aparecer, vai haver um “porém”

Chen: Então podemos chamar Luhan aqui? — Ele assentiu e beijou meu
pescoço. — Então meu namorado é neto do Conde Drácula? — Ele sorriu e
eu me virei para ele o beijando em seguida. — Sempre quis conhecer um
descendente de Drácula.

Xiumin: Já conheceu três, dois de brinde ainda. — Ri. — Conheceu até


demais. — Ele sorriu maliciosamente e eu o fiz deitar me curvando sobre
ele.

Chen: Odeio quando você sorrir assim fico excitado só olhando pra você.

Xiumin: É? — Levei a mão dele até o meu membro para ele tirar a prova. —
Que delícia, não sabia que eu tinha esse efeito sobre você. — Ri e mordi os
lábios dele, em seguida o beijei mais desesperadamente.

Chen: Podemos chamar agora? — Ele se virou e ficou sobre mim, enfiando
a mão por dentro da minha cueca.

Xiumin: Aham deixa eu só dar um jeito nisso aqui pra você. — Sorri e desci
do telhado o puxando, entrei pela janela do meu quarto e o empurrei na
parede, sua mão já foi logo entrando por dentro da minha cueca
novamente e eu gemi de encontro à boca dele.

[...]

Hoseok: O que querem? — Ele pousou no telhado, estava sozinho.

Hyungwon: Uma aliança.

Hoseok: Por quê?

Sehun: Recebemos instrutores ao longo da vida deles, Jungkook e Jinyoung,


porém, para o último instrutor aparecer... Precisamos nos aliar a vocês...
De novo... Ajudamos vocês com os Nachtzerer, vocês nos ajudam com o
instrutor. — Hoseok fitou o horizonte escuro, abaixou as asas, levantou a
cabeça para cima e seus olhos brilharam em uma luz forte, em seguida um
canto saiu de seus lábios, como canto de pássaro, só que ainda mais belo.
Assim ele ficou por longos minutos. Eu podia dormir ouvindo o canto dele,
então, Yoongi pousou do lado dele, logo depois Jooheon, Changkyun e por
último, Luhan. Após Hoseok abaixar a cabeça e voltar ao normal, Yoongi o
puxou selando os lábios com os dele.

Hoseok: Querem uma aliança. — Yoongi estava escorado na chaminé e


Hoseok escorado nele, Jooheon abraçado a Changkyun por trás e Luhan
sentado em cima da chaminé. — Parece que precisam de não sei quem e
esse não sei quem vai aparecer se nos aliarmos a eles por hora.

Jooheon: Só isso?

Wonho: Só.

Luhan: Ok... Estamos devendo uma para vocês.


Xiumin: Foi o que pensei.

Diferente dos outros instrutores, uma luz dourada apareceu do nada, tão
forte que eu tive que tapar os olhos, quando a luz cessou, abri os mesmos
e lá estava uma fênix no ombro do Luhan.

— Saudações, amigos...

Xiumin: Você é o terceiro instrutor?

— Terceiro e último, vejo que não demoraram a me chamar, visto que a


águia foi embora há poucas horas.

Wonho: Deixa-me adivinhar, tem um, "porém" para você começar a fazer o
seu trabalho.

— Todos nós viemos com um "porém".

Xiumin: E qual seria esse "porém"? — A fênix desce do ombro do Luhan e


pousou no telhado, caminhando até Xiumin, Wonho e Sehun.

— Me sinto honrada de estar perante a descendentes de Conde Drácula.


— Xiumin abaixou e ela subiu em seu braço, em seguida ele levantou. —
Para eu começar o meu trabalho, amigos, é necessário um... Cessar fogo.
— Ele olhou para os aswangs.

Luhan: O que quer dizer?

— Quero dizer, Luhan, que a guerra deverá deixar de existir... A guerra só


pode ser cessada por um descendente de Drácula... É necessário um
acordo de paz.

Wonho: E se não aceitarmos?

— Se não aceitarem, as trevas vencerão.

Sehun: Ótimo, que vençam. — Ele desceu do telhado.


Wonho: Já estou morto... — Ele deu um salto e sumiu entre as árvores.

Luhan: Não vamos assinar um acordo de paz com eles.

Xiumin: Nem se quisessem... — Ele cerrou os dentes e Luhan desceu da


chaminé, parando a centímetros dele.

Luhan: Vocês nos criaram e depois quiseram destruir... Mataram nossas


mães.

Xiumin: Eu não matei ninguém, diferente da sua avó. — Aquilo estava


ficando fora de controle, levantei e parei entre eles, a fênix desceu e parou
ao lado do Kook.

Luhan: Foi bem que merecido.

Xiumin: Claro, é bem da sua natureza matar por puro desejo.

Chen: Amor... — Seus olhos ficaram negros e eu sabia o que ele ia fazer. O
beijei e ele relaxou, seus olhos voltaram à cor vermelha e eu respirei
aliviado, me distanciei lentamente.

Sehun: Se Drácula quisesse um cessar fogo, ele teria determinado antes de


morrer.

— Não se as trevas não o tivessem matado der repente.

Sehun: Isso não muda nada... Não vou me aliar a eles, o que você quer?
Que viremos uma família feliz? São criaturas patéticas, matam por prazer,
são interesseiros, invejosos e culpam os outros por nascerem ridículos.

Luhan: Se não é culpa de vocês é de quem? — Eles ficaram cara a cara. —


Garanto que não somos mais interesseiros que vocês, seus desejos sexuais
são maiores do que tudo se for preciso matam para terem o que querem.

Sehun: E vocês? Tiram vidas de crianças inocentes, não matamos humanos


bons, defendíamos eles, esperávamos eles morrerem para criarmos mais
da nossa raça, mas a inveja de vocês era tanta que preferiam matar eles,
agora vocês cinco, patéticos, com peso na consciência por anos de mortes,
protegem ou acham que protegem os humanos, vocês não são
absolutamente nada, vocês acham que protegem os humanos por terem
nascido de uma, mas se não fosse isso, duvido que não matariam assim
como as outras da sua raça, você é patético, os cinco são patéticos, a raça
de vocês é tão miserável que não passa de um erro, tão mesquinha que
mataram o primogênito de Drácula por inveja de ele nascer poderoso, essa
história patética que contam por aí de que vocês mataram sem saber é
pura conversa para demônio dormir, sabiam sim quem era Martha, vocês
começaram essa maldita guerra, se não fosse vocês o causadores dessa
guerra, sua mãe estaria viva, porque não teríamos matado ela.

Luhan: A culpa de a guerra iniciar é de vocês.

Sehun: Se é nossa porque só um descendente de Drácula pode acabar?


Você não passa de uma falsificação barata, aswangs foram criadas com um
único propósito, matar e trazer horror ao mundo, não finjam que são os
mocinhos da história. — Ele cuspiu as palavras e eu fiquei pasmo olhando
tudo. — Antes que digam que vampiros é uma espécie de demônio...
Podemos até ser, mas nunca matamos por prazer, então não saia contando
histórias ridículas, eu já ouvi essa história, eu sou neto de Conde Drácula e
filho de Vlad Drácula, a história que vocês saem contando é que nós
matávamos humanos para formar exército para comandar o mundo, vocês
são tão baixos que nem contam a história verdadeira, mas deixa eu te
avisar de uma coisa, a culpa da morte da sua mãe é completamente sua. —
Luhan o empurrou para trás com tanta força que ele caiu.

Luhan: Não... — Ele levantou a mão e os quatro recolheram as asas. —


Você não sabe de nada.

Sehun: Eu sei melhor do que você. — Eles estavam a centímetros


novamente.

— O amor não é lindo?

Era uma vez um Chen.

Chen: Como é?
— Ah, eu ouço, sim? Ouço o amor fluindo de ambos os corações...

Chang: O que? Luh?

Luhan: É mentira... — Ele olhou para o lado desviando o olhar do Sehun.

Sehun: Você não sabe o que está dizendo.

— Se é mentira, mate ele agora. — Parei pasmo. — Você pode fazer isso se
quiser, o escudo dele não funciona com descendentes de Drácula.

Sehun: Eu não vou matar ninguém...

— Mate-o, ele é descendente da aswang que matou o seu tio... — Longos


minutos em silêncio.

Xiumin: Sabe que não fazemos isso.

— Eu sei amigo.

Mark: Não fazem o quê?

Wonho: Não matamos a alma de alguém do próprio clã, nem a alma, nem
o clã dele... É a lei mais sagrada do mundo místico.

Sehun virou as costas e desceu do telhado.

[...]

— Oh Sehun —
Me encontrava na cozinha, escorado na pia, tomando um pouco de sangue
enquanto amolava minha adaga com uma pedra, então a fênix apareceu
em cima do balcão como fumaça.

— Pode olhar minhas lembranças, Deacon Drácula? — A olhei.


Sehun: Por quê?

— Você vai ver... — Soltei a pedra e finquei a adaga na melancia, me


aproximei dela e olhei em seus olhos.

Segundos depois eu me afastei meio pasmo.

Sehun: Isso não quer dizer nada se eu não quiser.

— É mesmo? Eu ouço.

Sehun: O que?

— O amor. — Ela se dissipou em uma fumaça dourada e no mesmo


instante Luhan apareceu.

Sehun: O que faz aqui?

Luhan: Não é da sua conta. — Sibilei irritado e voltei a amolar minha adaga.

Sehun: Está na minha casa, é da minha conta a partir do momento que


ultrapassou seus limites... Patético.

Luhan: Para de me chamar de patético. — Ele me empurrou e cruzou os


braços, o empurrei de volta e ele bateu de encontro à parede, sibilou
mostrando as presas e eu arqueei a sobrancelha.

Sehun: Ridículo. — Murmurei e ele puxou meu cabelo com força.

Luhan: Cala essa boca.

Sehun: A borboleta está perdendo a pose? — Sorri o provocando e ele riu.

Luhan: Não vou ser o vilão, não mesmo. — Ele se afastou e meu sorriso
sumiu, revirei os olhos e voltei a amolar a adaga. — Até porque o vilão é
você.

Sehun: Vai pro inferno. — Fui para acertar o rosto dele e mirei na parede,
ele me olhou e revezou o olhar entre minha boca e meus olhos, o prensei
na parede e o beijei. — Idiota.

Luhan: Cala a boca. — Ele aprofundou mais o beijo e senti sua mão
explorar meu corpo, me concentrei nos barulhos notando que a casa
estava vazia, nem os irmãos dele estavam ali.

Fênix maldita.
Capítulo 23 — Conde Drácula
— Cha Hyungwon —
Jooheon: Cala essa boca.

Wonho: Você não sabe de nada.

BamBam: Ah bom, ninguém sabe pronto, quem sabe sou eu.

Yoongi: Vocês são deploráveis.

Xiumin: Penso o mesmo de você, fadinha. — Eles ficaram a centímetros, os


olhos de Yoongi brilharam em um prata intenso, suas asas surgiram e
quase me acertou.

Eu podia intervir, deveria... É uma opção.

Hoseok: Aish, parem com isso... — Ele puxou o braço de Yoongi. —


Yoongi... — Ele o beijou e as asas abaixaram aos poucos. — Para...

Wonho: Vocês estão muito calmos.

Chang: E você muito chato.

Wonho: Cala essa boca.

Chang: Vai pro inferno e senta bem do ladinho do capeta... Aproveita e vê


se seu tio ta lá. — Ele levantou e Wonho o empurrou com força,
Changkyun bateu numa arvore e caiu, quando ele levantou, uma lasca de
madeira estava fincada em sua asa, Yoongi se desvencilhou dos braços de
Hoseok e eu previ merda. Dito e feito, seus olhos brilharam e ele olhou
diretamente para Wonho, murmurou algumas palavras e Wonho caiu com
a mão no peito.

Hyungwon: PARA COM ISSO... — Me ajoelhei do lado dele, assim como Jin,
sua agonia estava me corroendo, Xiumin empurrou Yoongi, mas ele não
parou, então, Xiumin olhou para Hoseok, seus olhos ficaram
completamente negros, as veias de seu pescoço saltaram e eu arfei quando
Hoseok caiu imóvel no chão, sua boca sangrava, então Yoongi parou.

Jooheon parou ao lado do irmão e notei a raiva em seus olhos, não


demorou para aquela fumaça negra e vermelha sair de suas mãos, ele a
empurrou com força total para cima de Wonho e Xiumin. — Amor? — Ele
falava, mas som nenhum saia, olhei Xiumin que pedia para Jooheon
devolver sua visão, mas a fumaça não parou, era agonizante, então
Changkyun parou o tempo, notei ele andar calmamente por entre todo
mundo, parou em Yoongi e o empurrou calmamente para trás, entrelaçou
suas mãos com as de Jooheon e em seguida estalou um dedo, a fumaça
cessou, Yoongi ajudou Hoseok a se levantar, podia ouvir Wonho falar
comigo de novo, Yoongi limpou a boca do namorado e falou com ele
algumas vezes, Hoseok parecia estar com demência, tipo uma doença.

Yoongi: Devolva o que você pegou dele. — Ele olhou diretamente Xiumin
que estalou os dedos de má vontade e então Hoseok voltou ao normal. —
Você está bem? Deixe-me ver sua asa. — Ele virou o irmão de costas e
pude ver o rasgo em sua asa.

Jimin: Ele vai ficar bem?

Kook: Jimin...

Jimin: Não torra Jeon... — Ele levantou e se aproximou dos dois, então
como passe de mágica, a asa voltou ao normal, como se nada tivesse
acontecido. — Podem se regenerar?

Chang: Não... Eu posso fazer Yoongi se regenerar se tocar seu peito, ele
pode me fazer regenerar se tocar meu peito. Agora... Chega com o
teatrinho, vamos falar sério. — Eles quatro riram.

O que eu perdi? Teatrinho?

Yoongi: Estava divertido.

Jooheon: Verdade.
Hoseok: Uma pena que acabou.

Xiumin: Teatrinho?

— Lu Han —
Sehun: Aish... — Sai andando para a sala e sentei no sofá. — Vai embora.

Luhan: Eu iria se pudéssemos sair da casa. — A fênix jogou um certo feitiço,


não podíamos abrir nenhuma janela nem nenhuma porta.

Sehun: Posso ficar aqui para sempre, não me importo.

Luhan: É bem da sua raça viver eternamente em amargura.

Sehun: Bem da sua raça matar por prazer. — Avancei nele no sofá e puxei o
cabelo dele.

Luhan: Eu não matei ninguém... — Sibilei e droga, que boca mais


convidativa.

O beijei desesperadamente e sentei em seu colo, incrível como uma boca


que só sai merda é tão maravilhosa na hora de um beijo. Eu sentia o ódio,
amor e desejo misturados naquele beijo, enfiei minha mão por dentro da
blusa dele e arranhei seu corpo macio, senti seus lábios em meu pescoço,
logo uma mordida seguida de um chupão fez um gemido sair por entre
meus lábios. Tirei a camisa dele e voltei a beijá-lo enquanto ele
desabotoava minha calça.

Sehun: Da próxima vez não veste uma calça tão apertada.

Luhan: Eu ia saber que ia transar com você? Você me irrita.

Sehun: E você gosta. — Dei um tapa no rosto dele, que o fez virar, peguei
em seu rosto, o virei pra mim e ele me olhou mordendo os lábios. — Não
acredito que me apaixonei por você. — Chupei o pescoço dele várias vezes
e mordi o mesmo.
Senti o volume dele na minha bunda e mordi os lábios enquanto ele tirava
minha camisa, nos beijamos novamente, nossas línguas estavam em uma
completa briga por atenção, seu corpo frio era maravilhoso, lancei meus
braços em volta do pescoço dele e o mesmo apertou minha cocha com
força. Ele levantou e eu lancei minhas pernas em volta da cintura dele,
subimos as escadas aos beijos e quando chegamos no quarto, ele me jogou
na cama.

Luhan: Deixa eu tirar essa calça? — A calça dele era de cintura baixa, preta
de couro, dava para ver a barra da cueca preta e seu volume realçava ali,
ele parou na frente da cama e eu levantei para beijá-lo enquanto tirava a
calça dele, após isso, deitei na cama o puxando para ficar entre minhas
pernas.

Sehun: Está usando seus poderes comigo?

Luhan: Que poderes...? — Nos olhamos e eu tirei o cabelo de seus olhos.

Sehun: Chen e Hyungwon disseram que você é tão belo que usa isso como
arma. — Sorri.

Luhan: Nunca usei meus poderes com você, nenhum de vocês, acredite, se
eu usasse já teríamos transado.

Sehun: Jura? Então estou apaixonado de verdade?

Luhan: Me diz você.

Sehun: Não antes de você.

Luhan: Estou... — Fiz biquinho e ele mordeu. Arfei quando ele apertou
minha bunda.

Sehun: Ainda te odeio.

Luhan: Que sexy.

Sehun: Eu estou falando sério.


Luhan: Eu também. — Ele cerrou os dentes. — Não odiamos vocês... Nunca
odiamos. — Ele parou me observando. — Ai que chato, tira a mão daí, eu
quero falar. — Ele riu e em vez de tirar a mão da minha bunda, ele fez foi
enfiar a mão por dentro da minha cueca.

Sehun: Fala enquanto eu te chupo.

Luhan: Não! Não vou conseguir... — Ele começou a me masturbar. —


Sehun!

Sehun: Fala... — Me beijou com um toque selvagem. — Eu vou fazer


lento...

Luhan: Quando nasce... Ah... Isso é bom... Para. — Tirei a mão dele e ele
distribuiu beijos pelo meu pescoço.

Sehun: A fênix me mostrou...

Luhan: Eu sei...

Sehun: Mas eu quero ouvir de você.

Luhan: Então me deixa falar. — Ele assentiu e acariciou minha cintura,


segurei a mão dele para não correr o risco dele colocar ela dentro da
minha cueca de novo, entrelaçou nossos dedos e continuou os carinhos no
meu pescoço.

Sehun: Quando nasceram...? — Murmurou.

Luhan: Eu conheci o Conde Drácula...

Sehun: Você fica sexy falando Drácula. — Chupou meu pescoço.

Luhan: Sehun... — Chamei manhoso.

Sehun: Desculpa...
Luhan: Drácula nasceu 1 ano D.C, a primeira aswang, minha vó, nasceu 100
anos D.C.

Sehun: Uhum... — Ajeitei a barra da minha cueca. — Nascimento de cristo


foi no ano 0.

Luhan: Aham, então Drácula nasceu no ano 1, minha vó no ano 100, meu
pai no ano 350 e eu no ano 429.

Sehun: Drácula morreu no ano...?

Luhan: 1001... — Ele me deu um selinho e voltou a roçar os lábios na minha


pele.

Sehun: Continua.

Luhan: Drácula sabia do meu nascimento, afinal ele via o futuro... Ele só
não sabia o que eu era, mas ele sabia que eu seria... Amante do neto dele...

Sehun: Gostei da palavra... Fala de novo.

Luhan: Não... — Ele prensou seu corpo no meu e eu senti seu membro
tocar levemente o meu.

Sehun: Fala vai, aqui no meu ouvido.

Luhan: Amante... — Pude senti-lo sorrir e continuei. — Quando fui


concebido, Drácula estava lá, foi ele que... Transformou minha mãe...

Sehun: Por quê?

Luhan: Porque ele viu que eu nasceria... Como um simples humano, ele
queria alguém poderoso para seu neto... Então ele decidiu esperar o final
da gravidez, no nono mês de gestação, ele transformou minha mãe com a
autorização do meu pai... Transformou a mãe de Chang e Yoongi também,
ele queria que fossemos prósperos e não meros mortais, também com a
autorização do pai deles.
Sehun: Quem matou seus pais? Eles não se mataram, quem matou eles?

Luhan: Aswangs, por eles terem se aliado a Drácula.

Sehun: E as mães de vocês?

Luhan: Outros vampiros, mas... Não eram da sua espécie... Eram vampiros
indianos... Eu não sei o nome...

Sehun: Um xingamento o nome, nem queira saber. — Ri.

Luhan: Drácula era o rei, mas... As trevas estavam comandando os outros


vampiros de outras raças... Porque não era para nós nascermos por sermos
poderosos, e depois que nascemos, esses vampiros de outra raça mataram
nossas mães e vieram atrás de nós... Drácula e seu exercito nos protegeu...
Aswangs ficaram enfurecidas e quiseram nos matar também... Drácula
nunca disse se queria que a guerra contra aswangs acabassem, mas ele
gostava da gente, ele praticamente nos adotou, Vlad Drácula nasceu antes
de nós, mas ele gostava da gente também, mas se a fênix diz que só pode
começar quando tiver um cessar fogo de ambos os lados, então ele queria
que a guerra acabasse... O mundo foi separado, ficamos aqui e os vampiros
foram para o outro mundo, ficamos aqui para garantir que nenhuma
aswangs mataria outra vez... Elas foram punidas eternamente por nós, em
homenagem a Drácula e Martha... Seu mundo foi atacado pelas trevas com
força total, Drácula morreu protegendo seu mundo ao lado de Martha e
vários outros vampiros, as trevas só queriam matar Drácula e Vlad, mas
mataram apenas Drácula e Martha, isso no ano 1001... No ano 1005 as
trevas voltaram com força total e houve a guerra dos quatro cantos, mas já
éramos adultos, éramos poderosos, aswangs não podiam estar contra nós
mais...

Sehun: Por quê?

Luhan: Porque podemos matar elas com um estalar de dedos... Então elas
foram obrigadas a nos seguir e passaram a nos considerar como reis. Nos
aliamos aos lobisomens e houve a guerra contra as criaturas enviadas das
trevas e contra as trevas... No ano 1209 senti que você nasceu. — O puxei
para olhá-lo. — No ano 1283 sua mãe morreu, no ano 1483 seu pai e o
ancião morreram... No ano 1850 seu mundo foi destruído e você veio, no
ano 2014... — Ele sorriu. — Vocês nos chamaram, tudo como Drácula havia
previsto, desde o inicio... Quem preparou os três instrutores fora Drácula,
quem previu o nascimento de Kook e Jin foi Drácula... Está escrito, ele
deixou tudo escrito para o seu mentor... Meu anjo, seu mentor não era
vidente. — Ele me olhou pasmo. — Eu tenho uma cópia da história que o
próprio Drácula escreveu, ele deixou escrito uma conosco, os Valerius e
uma com Vlad, que foi passada para o ancião e finalmente chegou às mãos
do seu mentor.

Sehun: Mas ele sabia as datas.

Luhan: Seu mentor só sabia o que Drácula escreveu, ele escreveu as datas,
seu mentor seguiu a visão de Drácula, a visão que ele teve no ano... 35...
Seu mentor tinha poderes, mas o poder de ver o futuro ele nunca teve, ele
via o futuro da mesma forma que Jin vê... Drácula escreveu a primeira
aswang, a morte do primogênito, o primeiro vampiro transformado pela
mordida com poder no gene, o nascimento de Vlad, a transformação das
nossas mães, meu nascimento e dos meus irmãos, a morte dos nossos pais,
as criaturas que viriam nos matar, a revolta das aswangs, a morte dele e de
Martha, a guerra dos quatro cantos, o nascimento do ancião, a sua mãe, o
nascimento do mentor, seu nascimento e dos seus irmãos, a mãe de
Hyungwon e Chen, o pai deles, o nascimento deles, a morte dos pais, a
mãe de Jin e Kook, o nascimento deles, a destruição do seu mundo, a
chegada de vocês no nosso mundo, a destruição do portal, os monstros
que lhes atacariam, a união dos híbridos com vampiros, ele criou o basilisco
para vir na hora certa, escreveu sobre os poderes de Jin e Kook herdados
do pai, o amor de Xiumin e Chen, o amor de Wonho e Hyungwon, a luta
contra os Nachzehrer, criou a águia, escreveu sobre os pais de Mark e
Jimin, sobre os pais do BamBam e do Yugyeom, escreveu sobre Yugyeom
apanhar dos pais, o casamento dos pais de BamBam, Mark e Jimin, o amor
de Mark, Jimin, Jin e Kook, a morte de Yugyeom, a transformação no
hibrido, criou a fênix, escreveu nosso amor, sobre a destruição das trevas e
essa parte ele deixou em branco. — Mexi as mãos e fiz o pergaminho
aparecer, abri no final e mostrei. — Ele deixou para vocês, netos dele
escrever o que acontece depois da destruição das trevas... Ele sabia, mas
deixou vocês escreverem... Já ouviu o ditado “nada escapa os olhos de
Conde Drácula”? — Lancei meus braços em volta do pescoço dele e ele
assentiu sorrindo. — Não passa de verdades... Eu sabia de você desde que
nasci, eu sabia de tudo que ia acontecer porque ele nos contava enquanto
escrevia.

Sehun: Porque ninguém nos contou? Vocês? Nosso mentor? O ancião...


Meu pai?

Luhan: Se contássemos podíamos mudar o futuro, a visão nunca


aconteceria como deveria acontecer e Kook e Jin nunca teriam nascido,
vocês estariam mortos agora...

Sehun: Como sabe que nos contando agora eles não vão perder? — Sim,
meus irmãos a essa hora estariam contando isso para os outros.

Luhan: Mas eu acabei de dizer que Drácula sabe tudo... — Cruzei os braços.
— Não estava me ouvindo? Amor, ele viu que a gente contaria isso para
vocês quando o terceiro instrutor aparecesse... Aqui... — Indiquei o
desenho da fênix aparecendo e a gente no telhado. — Lê o que tem do
lado.
Sehun: “Dia 15 de outubro, as 03:20 da manhã, híbridos, vampiros, black
bloods, humanos e aswangs se encontrarão no telhado de tal residência,
vampiros farão o convite, aswangs irão aceitar apesar de utensílios, a fênix
surgira diante de seus olhos. Aswangs contarão a história apenas quando o
terceiro instrutor mostrar as suas lembranças.”

Luhan: Ele gostava de desenhar os acontecimentos. — Sentei e ele ficou de


lado entre minhas pernas. Fechei o pergaminho, abri no inicio e indiquei
todos os desenhos de tudo que eu contei, todos os desenhos tinham textos
do lado, era um pergaminho grande, mas leve, bem leve. Ele passeou a
mão pelos desenhos, pousou um braço na minha perna que estava
levantada e continuou olhando cada desenho enquanto eu acariciava as
costas dele, quando ele finalizou e me olhou, mexi as mãos, o pergaminho
desapareceu, até porque não seria o único que precisava mostrar a
alguém. — Já te amava antes de você nascer. — Ele sorriu e me deitou na
cama, ficando curvado sobre mim.

Sehun: Estou tão surpreso... — Murmurou.

Luhan: Eu sei. — Depositei um selar em seus lábios macios. — Ainda vai me


dizer que sou assassino? — Ele fez biquinho.
Sehun: Aigo, eu não sabia, eu disse aquilo por raiva... Desculpa. —
Escondeu o pescoço na curva do meu pescoço.

Luhan: Estou brincando com você. — Ri e ele chupou meu pescoço


enquanto apertava minha bunda. O puxei mais para perto e o beijei com
desejo e malicia.

Sehun: Eu te amo.

Luhan: O pior é que eu já sabia disso... — Ele sorriu e rasgou minha cueca.

Por quê? Era só tirar.

Luhan: Vou pra casa sem cueca?

Sehun: Quem disse que você vai pra casa?

Luhan: Hoseok e Jooheon surtariam.

Sehun: Aqui tem tantos quartos... — Sorri e ele me beijou enquanto eu


tirava a cueca dele, depois disso, senti nossos membros se tocarem e gemi
de encontro à boca dele, peguei em seu membro e o masturbei
lentamente, ele fechou os olhos mordendo os lábios e eu o beijei diversas
vezes. Ele gemia e eu continuei a masturbação, espalhando o pré gozo por
todo seu membro. Tirei o cabelo de seus olhos que focaram em mim, tão
vermelhos e carregados de desejo que eu até fiquei mais excitado.

Luhan: Sehun... — Ele pegou minha mão que estava em seu membro e
prendeu no alto da minha cabeça.

Sehun: Sua mão é tão macia, podia ser tocado por você pelo resto da
minha existência... — Murmurou enquanto marcava cada parte do meu
corpo.

Luhan: Ah não, ai não... — Ele parou e me olhou malicioso. — Não, é sério,


eu fico arrepiado...
Sehun: Aqui...? — Ele passou a língua e chupou minha cocha, próximo ao
meu membro.

Luhan: Filho da... — Minha fala foi interrompida por um gemido, ele me
chupou tão maravilhosamente que eu agarrava os cabelos dele com força e
pedia por mais. Senti suas presas roçarem no meu membro e desci ao
inferno, literalmente, quando ele passou a língua na minha entrada, em
seguida voltou a chupar meu membro.

Eu gozei, e gozaria de novo.

Ele subiu enquanto chupava algumas partes do meu corpo, parando na


minha boca, meu membro ainda estava na mão dele.

Sehun: Seu gosto é maravilhoso. — Após me recuperar, ele voltou a me


masturbar um tanto lento, senti dois dedos me invadirem e rebolei um
pouquinho pedindo mais, nisso ele penetrou mais um, tão lendo quanto a
masturbação. Meus gemidos saiam entrecortados e ele parecia se divertir
com isso.

Luhan: Sehun...

Sehun: O que?

Luhan: Me fode logo.

Sehun: É tão gostoso te ver assim. — O puxei e mordi varias partes do


pescoço e do dorso dele. — Você quer que eu te foda?

Luhan: Aham...

Sehun: Mas eu estou de fodendo com meus dedos.

Luhan: Eu quero isso aqui... — Peguei no membro dele que estava bem
ereto, ele sorriu e tirou os dedos de dentro de mim, me penetrou com
força e eu soltei um pequeno gritinho. — Não precisava ser tão forte.

Sehun: Então eu vou bem lento.


Luhan: Quem disse que eu não gostei? — O beijei novamente e ele
começou a estocar rapidamente e com força, aquilo estava maravilhoso,
não sabia em que me concentrar, em suas investidas maravilhosas ou nele
me masturbando em perfeita sintonia. O empurrei e me posicionei de
quatro, ele olhou minha bunda maliciosamente e se aproximou passando a
língua na minha entrada, fez isso diversas vezes e eu perdi as contas de
quantas vezes eu pedi por mais, senti seu membro me invadir e olhei
levemente para trás, ele apertava minha bunda e dava alguns tapas, o que
me deu mais prazer ainda. Eu sinceramente estava com medo daquela
cama quebrar. Após alguns minutos maravilhosos naquela posição, ele saiu
de dentro de mim e sentou, sentei nele e o beijei.

Sehun: Espera, todos os nossos encontros, até nossa briga na cozinha foi
fingimento?

Luhan: Ai credo. Até brochei, precisava perguntar agora? — Sai de cima


dele e vesti a cueca do mesmo, ele riu e mordeu os lábios.

Sehun: Eu faço você entrar no clima de novo rapidinho. — Revirei os olhos


e caminhei para o banheiro, sentindo ele me abraçar por trás e me
conduzir de volta para a cama.

Luhan: Para... — Ele roçava o membro na minha bunda. — Foi fingimento,


óbvio que foi, se não vocês desconfiariam, só podíamos contar quando a
fênix te mostrasse... Mas a briga na cozinha eu fiz de propósito, queria te
provocar. — Virei o rosto e ele mordeu meus lábios com força.

Sehun: Você fica gostoso com a minha cueca. — Ele me apertou mais no
abraço e eu gemi baixinho, começou a distribuir mordidas pelo meu
pescoço e eu me curvei apoiando as mãos no colchão, rebolei em seu
membro varias vezes e sorri ao vê-lo gemer enquanto olhava meus
movimentos. Ele me puxou pela cintura colando nossos corpos e sussurrou
no meu ouvido. — Você fica mais gostoso ainda sem cueca. — Ouvi o
tecido ser rasgado e me poupei de perguntar, logo senti seu membro me
invadir, apoiei as mãos no colchão novamente e mordi os lábios o olhando.
As investidas ficaram mais rápidas e fortes, eu estava adorando, adorei
mais ainda quando ele atingiu minha próstata, sem forças para continuar
em pé, subi na cama e fiquei de quatro, ele continuou a estocar ali e o
quarto foi invadido por meus gemidos altos, muito altos. Levei a mão até o
meu membro que implorava por atenção e comecei uns movimentos, não
demorou para eu gozar, ele saiu de dentro de mim e me puxou para um
beijo.

Luhan: Senta ai, deixa eu te chupar. — Ele sorriu e sentou me puxando pela
cintura, fiquei de pé entre as pernas dele e o beijei sentindo sua mão
percorrer meu corpo. Fiquei de joelhos no chão e peguei seu membro com
a mão, passei a língua e chupei com vontade, o que não cabia eu o
masturbava. Senti sua mão em meu cabelo e ele jogou a cabeça para trás
enquanto gemia, puxou meu cabelo e eu sabia que estava quase
conseguindo o que eu queria, virei o rosto dele para mim e continuei o
chupando, ele mordia os lábios e tirava meu cabelo dos meus olhos, senti
seu membro pulsar e seu liquido jorrar na minha boca, tão doce que eu
chupei tudo enquanto ainda o masturbava, passei a língua na cabecinha e
fitei seu membro um tanto duro ainda, imaginei aquilo dentro de mim e
gemi só de imaginar.

Sehun: Ah... Não pensa essas coisas... — Ele me puxou, fiquei em pé e ele
saiu distribuindo beijos pelo meu corpo.

Luhan: Pensar o que? — Passei a mão nos cabelos que insistiam em voltar
para frente dos meus olhos.

Sehun: Está atiçando uma besta sexual? — Ele sorriu, o que mostrou as
presas.

Luhan: Estou... — Mordi os lábios dele e peguei o lençol, enrolei em volta


da minha cintura e fui para o banheiro.

Sehun: Não tem nada ai que eu já não tenha visto.

Luhan: Cala boca.

Sehun: Está com vergonha de mim?

Luhan: Estou.
Sehun: Vamos mais uma rodada pra você tirar essa vergonha. — Ri e liguei
o chuveiro.

Quando sai do banheiro, ele não estava ali, abri seu closet e peguei uma
cueca, quando vesti, caminhei até o andar de baixo, peguei minhas roupas
e subi. Fitei aquela calça preta apertadíssima e aquela camiseta branca, me
senti apertado só de me imaginar dentro dela.

Sehun: Veste uma roupa minha. — Ele beijou meu pescoço, senti pingos
molhados no mesmo e notei que seus cabelos estavam molhados. Ele me
entregou uma blusa branca de mangas compridas e que ficou super larga
em mim, fala sério, porque tão alto?

Luhan: To parecendo que estou de vestido. — Ele riu e vestiu um short e


uma camiseta.

Sehun: Posso ver suas asas? — O olhei.

Luhan: Você já viu... — Tirei toda a roupa de cama, joguei no chão e sentei
no colchão com pernas de índio.

Sehun: De longe... — Tirei a camisa e fui mais para os pés da cama, ou elas
bateriam em algum lugar, são muito grandes. A sensação de algo
perfurando minha pele apareceu e aos poucos as asas foram saindo,
quando dei por mim, já estavam completamente para fora, abri as mesmas
e ele se aproximou, tocou uma delas e eu acabei mexendo a mesma com
seu toque. — Não dói?

Luhan: Já acostumei.

Sehun: São todas do mesmo tamanho?

Luhan: Mais ou menos...

Sehun: Quanto?

Luhan: De uma ponta a outra? — Ele assentiu. — Aberta tem quase três
metros de largura e de altura cada uma deve ter... Sei lá, 0,80 centímetros.
Sehun: É pesada?

Luhan: O dobro do meu peso... Eu peso 62kg.

Sehun: Isso tem 124kg? — Assenti. — Tão brilhante e tão negra... —


Recolhi as mesmas calmamente e vesti a camisa. — Que foi?

Luhan: Não gosto delas... — Sorri forçadamente.

Sehun: Porque? São lindas.

Luhan: Isso só mostra o que somos, Sehun... Um erro e um demônio.

Sehun: Ah, para... Não fala isso... Vocês não são um erro, foram criados,
vocês seriam humanos, lembra? Mas foram criados para serem assim,
poderosos... O demônio eu tenho que concordar, todos nós somos, mas
vocês não são os demônios que acham que são, a aparência de vocês é
ótima... Gostei das asas. — Sorri e ele me deu um selinho.

Luhan: Me empresta um short.

Sehun: Fica assim... — Me puxou e eu fiquei de joelhos na cama, acariciou


minha cintura e levantou um pouco a camisa. — Tão sexy.

Luhan: Safado!

Sehun: E você gosta... — Sorri. — Durma um pouco.

Luhan: Dorme comigo? — Arrumei a cama enquanto ele me observava,


sentei, me cobri até a cintura e fiz biquinho.

Sehun: Chantagista... — O chamei com o indicador e ele veio, deitou do


meu lado e me puxou. — Não quero te matar de frio. — Ri.

Luhan: Tudo bem, eu mudo minha temperatura.


Sehun: Como é? — Toquei no peito dele com a mão e deixei que meu
corpo ficasse na mesma temperatura que o seu. — Como fez isso?

Luhan: Podemos fazer muitas coisas.

Então, eu adormeci.
Capítulo 24 — Viagem
— Mark Tuan —
— ONDE É QUE VOCÊS TRÊS ESTÃO? MAS QUE MERDA, AVISEM QUANDO
FOR SAIR... PARK JIMIN, MARK TUAN E KUNPIMOOK BHUWAKUL VENHAM
PARA CASA AGORA! — Todos nos olhavam meio surpresos com a gritaria
da nossa mãe no telefone.

Mark: Mãe?

— MARK, EU TO MANDANDO VOCÊ VIM PRA CASA AGORA E TRAGA OS


SEUS IRMÃOS.

Mark: Aconteceu alguma coisa?

— MARK... — O lado ruim de estar num lugar com 13 pessoas com ótima
audição é que você não pode nem falar no celular, estava eu, BamBam e
Jimin ao redor do meu celular, o mesmo estava no meu ouvido.

Mark: Mãe se não disser o que houve, eu não vou pra casa.

— PASSA O TELEFONE PARA O JIMIN AGORA.

Jimin: Estou aqui.

— VENHA PRA CASA AGORA.

Jimin: Você nunca foi de fazer...

— NÃO INTERESSA... — Ouvi meu padrasto pedir o telefone pra ela.

— Meninos?

— Sim? — Respondemos juntos.

— Venham pra casa, por favor, aqui nós explicamos.

BamBam: Não deveria estar trabalhando?

— Deveria, meu filho, mas aconteceu um imprevisto...


Jimin: A mãe está bem?

— Está, vocês querem que eu vá buscá-los?

Mark: Sim.

— Tudo bem, onde estão?

Mark: Na casa do Yugyeom, Kook e Jin.

— Onde é?

Mark: Na saída da cidade... — Passei toda a informação para ele.

— Ok, estou indo.

Mark: Tá bom, beijos. — Finalizei a ligação e todos nos olhavam. — Hã...


Podem continuar.

Kook: Não avisaram antes de sair?

Mark: Ela nunca ligou pra isso, e eu mandei mensagem... Deixei um bilhete
na geladeira também... Eu deixei, né? — Eles dois assentiram.

Kook: Mark, estão fora faz duas noites praticamente.

Mark: Mas eu mandei mensagem. — Mordi os lábios. — Acham que eles


vão brigar comigo? — Olhei os dois, afinal eu sou o mais velho.

BamBam: Não, claro que não... Ela deve estar... Estressada... — Ele mordeu
os lábios, ela nunca foi de se estressar e ele sabe disso.

Jimin: É... Mas chegamos aqui sábado de madrugada, hoje já é segunda de


manhã... Não fomos pra escola...

Puta que pariu, a escola.

Mark: Ai... Fodeo.


BamBam: Tínhamos teste hoje e trabalho para apresentar... O diretor deve
ter ligado pra ela. — Ele mordeu os lábios e meu celular tocou, novamente
eles dois se aproximaram do meu ouvido. — Queria ter boa audição. — Os
13 ali presentes riram.

— Meninos... Vou demorar um pouco.

Jimin: É por causa da escola?

— Que escola?

Mark: Hã... A que estudamos.

— Ah, não... O diretor ligou, mas... De qualquer forma não iriam hoje.

BamBam: Por quê?

— Eu vou demorar uns minutos... — Ele foi interrompido por uma gritaria.

BamBam: Pai?

— Solta ela... Amor, você não pode...

— Posso sim, eu vou acabar com a raça dessa vadia.

— Eu vou processar você... — BamBam se afastou de mim na hora.

BamBam: Mãe? — Arregalei os olhos e pegamos nossos roupões, calçamos


as pantufas e saímos correndo da casa. Lembrando que estava sem
dinheiro, voltei correndo, peguei a carteira do Sehun no bolso dele e
alcancei meus irmãos.

Sehun: Não querem uma...

Jimin: Não se preocupem, vocês têm muito o que fazer, a gente se vê! —
Ele gritou enquanto corríamos em meio a trilha de terra. Quando
chegamos na rodovia, que por sinal demorou muito, corremos para o
ponto de ônibus, subimos no primeiro ônibus que passou e nem vimos qual
era.
BamBam fitava o nada e eu definitivamente estava surtando por dentro,
minha respiração descompensada, suando e estávamos de pijama,
pantufas e segurando roupões dentro de um ônibus.

Jimin: Calma... Acho que ela tem uma otima explicação pra isso. —
BamBam nos olhou, após longos minutos dentro daquele ônibus, nós
descemos e pedimos um táxi, chegamos em casa suados, ofegantes e
parecendo 3 mendigos.

Era uma vez um Sehun e um dinheiro.

BamBam: O que está acontecendo aqui? — Ele perguntou após entrarmos.

— Filho!

BamBam: Não toca em mim. — Ele levantou a mão. — O que faz aqui? A
cadeia não fui suficiente pra você?

Ele não se parecia nada com ela, quando digo nada, é nada mesmo.

— Vim ver você. — Ele riu e saiu empurrando ela pra fora. Bateu a porta
com força e se recompôs.

— Obrigado... — Ela saiu dos braços do meu padrasto e BamBam subiu


para o quarto, meu padrasto foi atrás e nós olhamos minha mãe. — Eu bati
nela... — Arregalei os olhos.

[...]

Jimin: Você está bem? — Ele assentiu.

Mark: Para onde você vai?

BamBam: Tailândia. — Ele estava arrumando uma mochila.

Mark: Porque?

BamBam: Meu pai vai resolver umas coisas sobre a minha guarda.

Jimin: Podemos ir?


BamBam: Vocês têm escola.

Jimin: Você também.

Ele nos olhou.

Dia seguinte.

Acabou que todo mundo ia para a Tailândia, estávamos no aeroporto


esperando chamarem nosso vôo. Nossos pais haviam ido pegar algo para
tomar e nós estávamos sentados.

Jimin: Sempre quis ir na Tailândia, a comida deve ser maravilhosa. — E pela


primeira vez desde que ouviu a voz da mãe no telefone, Bamie sorriu.

BamBam: Você só pensa em comer.

Jimin: O que é melhor que comer?

Mark: Sexo.

BamBam: Realmente deve ser...

A primeira chamada para o nosso vôo foi anunciada, esperamos nossos


pais e caminhamos para o portão de embarque.

[...]

Jimin: A gente veio aqui para ficar trancado enquanto eles resolvem isso?

Estávamos na antiga casa do BamBam. Nossos pais saíram assim que


chegamos e cá estamos nós desde então assistindo televisão.

BamBam: Vamos... Vou mostrar a cidade... Antes que fique mais tarde.

Já era sete horas, levantamos e saímos de casa, seguimos BamBam por


todo local que ele ia, me sinto deslocado, não sei nem metade das coisas
que essas pessoas estão falando. Depois de uma volta significativamente
divertida pela cidade, decidimos comer alguma coisa.
BamBam: Oh não... — Falou olhando o celular.

Mark: Que foi?

BamBam: Isso... — Mostrou a tela do celular.

10 chamadas do Yugyeom, 15 do Sehun, 8 do Xiumin, 10 do Chang e 20 do


Chen. Olhei meu celular e tinha 10 chamadas do Jin, 12 do Luhan, 11 do
Jooheon, 16 do Hyungwon e 9 do Hobi. Jimin me mostrou o celular dele e
tinha camada perdida dos demais.

Jimin: Porque fomos ensiná-los a mexer em celular? — Rimos.

BamBam: Não avisamos eles?

Mark: Não, eu acho... — Dei de ombros e enfiei o celular no bolso, assim


como eles.

Depois avisávamos.

Noite seguinte.

Peguei o celular do meu padrasto para ver as horas e me deparei com


várias chamadas perdidas do pessoal, então lembrei que ficamos de avisá-
los ontem e esquecemos. Peguei meu celular, sai para o jardim e encontrei
BamBam e Jimin conversando.

Mark: Esquecemos de avisá-los ontem. — Meu celular começou a tocar de


novo, era o Yoongi, coloquei no viva voz.

Yoongi: Meu diabo do inferno, onde é que vocês estão?

Mark: Tailândia, desculpa, esquecemos de avisar.

Xiumin: Cadê? Conseguiu falar?

Yoongi: Consegui... O que estão fazendo na Tailândia? Não saiam de casa,


ouviram?
Jimin: Por quê?

Yoongi: Jin teve uma visão e tem górgonas em território asiático.

Mark: Que merda é górgona?

Yoongi: Eu... Jin... Não... — A ligação estava cortando, procuramos um sinal


decente e quando encontramos, ele disse alto e claro. — JIN TEVE UMA
VISÃO, ESTÃO ATRÁS DE VOCÊS, NÃO SAIAM DE CASA.

Mark: O QUE? MAS NOSSOS PAIS...

Yoongi: NÃO SAIAM...

Ouvimos? Não, corremos para a rua e fomos atrás dos nossos pais.

[...]

Meu celular começou a tocar e estávamos no centro da cidade, não


fazíamos ideia de onde procurar pelos nossos pais.

Mark: Alô?

Yugyeom: Mark? Mark? Onde vocês estão?

Mark: Atrás dos nossos pais.

Yugyeom: Vão pra casa, agora!

Mark: Não!

Yugyeom: Querem proteger os pais de vocês, certo? Mas se estiverem com


eles, eles vão morrer, porque estão atrás de vocês... Acredite, estão
seguros, vão pra casa e não abram a porta para ninguém...

Mark: Chama um táxi. — BamBam deu sinal e nós abrimos a porta.

Yugyeom: Não! Nada de táxi.

Mark: Por quê?


Yugyeom: Olhe os olhos do motorista, estão brilhando?

Mark: Como assim?

Yugyeom: Em um tom amarelado... Olhe contra a luz. — Realmente estava.


— Saiam daí agora... — Fechei a porta e o rapaz saiu de dentro do carro. —
Ela não vai se transformar, só corram... Agora Mark. — Virei e comecei a
correr, meu celular caiu, parei e olhei, ele tinha pisado em cima.

Jimin: Esquece o celular, vambora. — Começamos a correr entre as


pessoas, ele nos seguia andando, o celular do Jimin começou a tocar e ele
atendeu. — Caiu no chão e quebrou... Estamos no meio de muita gente...
Eu não sei... Ele está nos seguindo? — Olhei para trás e vi ele andando
rapidamente.

Mark: Está, depressa. — Correr no meio daquela gente era muito difícil.

Jimin: Como é sai da frente em tailandês? BamBam? — BamBam começou


a ditar palavras desconhecidas para meus ouvidos e as pessoas começaram
a abrir passagem. — Ele mandou entrarmos no metrô. — Assenti e corri
acompanhando o BamBam, segurávamos um na mão do outro para não
nos perdermos, descemos as escadas feito um furacão e as portas do
metrô já apitavam para fechar, Jimin e Bamie entraram, virei de lado e
entrei.

Os prazeres de ser um graveto.

Respiramos ofegantes e dei um pulo quando alguém fungou no meu


pescoço.

Jimin: O quê? Mas você disse... — Ele falava no telefone com Yugyeom. —
Vamos pro final do metrô, andem. — Começamos a andar no meio daquela
gente e nos distanciamos da mulher que estava nos cheirando, ela nos
fitava de longe e eu nunca rezei tanto na minha vida, como eu rezei
naquele momento para aquela maldita porta abrir.

Mark: Me deixa falar com ele... — Ele me deu o celular.

Yugyeom: Saiam na próxima estação...


Mark: Como sabe para onde devemos ir?

Yugyeom: Jin está vendo as decisões delas.

Xiumin: Manda eles saírem.

Yugyeom: O metrô está andando. — Ouvi várias vozes do outro lado da


linha, o metrô parou e a porta abriu, saímos junto com várias pessoas e
começamos a correr. — Onde vocês estão?

Mark: Bamie onde a gente está?

BamBam: Ainda no centro.

Mark: Ainda no centro.

Yugyeom: O que eles fazem agora?

Jin: Tem três na rua de trás onde eles estão, vão dar a volta e aparecer na
frente, fala pra eles voltar.

Mark: Já ouvi...

Yugyeom: Ok... — Ele apertou um botão que deduzi que colocou no viva
voz. — Vocês têm algo de prata aí?

Mark: ‘Ta brincando comigo? Nem dignidade temos mais.

Wonho: Entrem nessa rua a direita. — Deduzi que ele estava nos vendo
pela névoa. — Estão vendo a vala entre duas paredes?

Mark: Sim.

Wonho: Entrem aí e só saiam com nosso sinal. — Nos esprememos e


entramos. — Não vão ver a verdadeira forma delas, porque estão através
da névoa... Mas se assumirem sua forma, não olhem em hipótese alguma
em seus olhos.

Chen: Ou vão virar pedra...


Puta que pariu.

Mark: Não olhem nos olhos dela, são tipo medusa da vida. — Eles
paralisaram.

Ficamos longos minutos ali, olhei as horas no pulso do Bamie e já eram


onze horas, não podíamos ir pra casa, nossos pais estarão lá. Respirei fundo
e fiz sinal de silêncio para os dois que assentiram.

Wonho: Quando saírem dessa vala, corram para a direita, os pais de vocês
não estão em casa, estão em um hotel, Kook ligou para sua mãe e a
manipulou... Luhan e seus irmãos estão indo para ai.

Mark: Vão chegar daqui 30 anos.

Wonho: Eles viajam rapidamente.

Respirei aliviado.

Mark: Vamos correr para a direita. — Eles assentiram.

Wonho: Corram para a direita e...

Jin: Saiam daí agora...

Tirei o celular do ouvido para correr mais rápido, eu estava por último,
aquela calça de couro não estava facilitando em nada, ainda bem que eu
estava de tênis, se não estaria mais que fodido. Jimin pode ser pequeno,
mas o pirralho corre, quem ser Usain Bolt perto de Jimin?

Eu nunca corri tanto na minha vida, meus pulmões já devem ter caído há
uns 4 quarteirões, quando finalmente viramos a rua de casa, eu respirei
aliviado e só aí corremos ainda mais rápido, Jimin abriu a porta e entramos
os três rapidamente, subimos as escadas, Jimin se enfiou dentro do guarda
roupa e eu e o Bamie debaixo da cama, estávamos na suíte do meu
padrasto.

— Kim Jongdae —
A ligação foi finalizada há um certo tempo, mas Jin nos disse que estavam
indo pra casa, nos afirmou que chegaram e Wonho pediu a névoa para
vermos uma das górgonas.

Xiumin: Liga pra eles.

Wonho: Não, elas vão ouvir o toque do celular... Estão na rua deles.

Jin: Eles estão debaixo da cama e no guarda roupa. — Ele continuava


parado ditando as decisões das górgonas.

Wonho: Se transformaram...

Jin: Estão seguindo o rastro deles... Vão entrar na casa...

Sehun: Mas a casa toda tem cheiro deles, se ficarem quietos, elas não vão
encontrá-los, são péssimas nisso.

Wonho: Me mostre o progresso delas... — Ele indicou para a mão


esquerda. — Me mostre Mark, Jimin e BamBam. — Duas névoas
apareceram na mão direita, pude ver BamBam debaixo da cama com Mark
e Jimin espiava da porta do guarda roupa.

Hyungwon: Tem pelos menos três na casa, as outras ainda os procuram no


centro da cidade.

As três se separaram, uma subiu as escadas e a névoa nos mostrou


exatamente essa, ela estava em sua forma verdadeira, as cobras
balançavam na cabeça dela, seu corpo todo cheio de escamas brilhava na
escuridão, assim como seus braços de metal. Ela sibilou quando entrou no
quarto que deduzi ser deles e cheirou tudo quanto foi lugar. Seus dentes
eram enormes e pontiagudos, olhei os meninos e eles estavam do mesmo
jeito Bamie fez sinal de silêncio para Jimin e o mesmo fechou a porta do
guarda roupa.

Jin: Ela vai olhar debaixo da cama...

Wonho: Quantos minutos?

Jin: Daqui uns três...


Hyungwon: Como vamos avisar?

Sehun: Xiumin... — Ele assentiu e seus olhos ficaram negros.

Chen: O que ele está fazendo?

Sehun: Se conectando com o cérebro de um deles e avisando por


pensamento.

Olhei a névoa e BamBam apontou para o banheiro, ambos saíram debaixo


da cama e Jimin abriu a porta do guarda roupa, Mark falou algo pra ele e o
mesmo fechou a porta, em seguida os dois entraram no banheiro,
deixaram a porta aberta e ficaram atrás da mesma, um de frente para o
outro, Mark escorado na parede e com as mãos em volta do BamBam, no
exato momento, a górgona entrou no quarto abrindo a porta com força,
farejou o ar, mordi minhas unhas não contendo o nervosismo e apertei o
braço do Xiumin com força quando ela chegou perto do guarda roupa,
olhei a névoa do Jimin e ele se encolhia abraçando os joelhos, parecia uma
criancinha indefesa.

Xiumin: Não façam barulho... — Ele falou como se eles pudessem ouvir.

A górgona continuou farejando, como Jin disse, ela olhou debaixo da cama,
abriu o closet, revirou o quarto todo, travei a respiração quando ela foi até
a porta do banheiro, olhei a névoa dos dois e Mark ia gritar quando a viu
perto da pia, mas BamBam o prensou na parede e tapou a boca dele. As
cobras em sua cabeça estavam agitadas e eu torci mentalmente para que
nenhuma delas virassem para onde os dois estavam.

Jin: Ela vai sair... — Respirei aliviado, não tanto quando o celular do Jimin
pareceu tocar.

Wonho: Faça surgir o som. — As imagens tremeluziram e o som delas


apareceu, o celular de fato tocou, a górgona virou rapidamente e voltou
para o quarto, Jimin desligou o celular e antes pude ver que era a mãe dele,
a górgona foi para perto da cama.

Sehun: Ele precisa sair dali... — Ele andava de um lado para o outro fitando
a névoa.
Mark: Faz alguma coisa... — Ele sussurrou, a voz saia na névoa como em
um vídeo. BamBam o empurrou mais para o lado, pegou o celular e refletiu
no espelho do quarto pela brecha da porta, na hora a górgona virou para
olhar, foi até o espelho do closet e entrou no mesmo, olhei Jimin e ele se
encolheu mais ainda.

Para o closet ela foi e no closet ficou, arfei quando as outras duas
apareceram na porta do quarto.

Xiumin: Merda... Onde está Luhan... — Ele estava sentado no meu colo e
senti seus músculos ficarem tensos.

Wonho: Me mostre Luhan... — Outra névoa surgiu na mão esquerda,


Luhan seguia Yoongi junto com os outros, eles voavam rapidamente e
quase não dava para vê-los no escuro, estavam em formação. — Na
velocidade que estão, em 10 minutos eles chegam.

Fechei os olhos quando o celular do BamBam começou a tocar, abri os


olhos e vi que era a mãe deles, ele desligou rapidamente e nisso as duas da
porta foram para o banheiro, a do closet foi em direção ao guarda roupa de
novo, Jimin colocou a mão na boca e vi uma lágrima descer do olho dele,
pela brecha da porta do guarda roupa dava para ver a górgona tentando
abri o mesmo, os dedos grandes a impediam, até porque, tinha que
destravar para abrir.

Wonho: Vamos, fique quieto... — Como se pudesse ouvi-lo, Jimin não


moveu um músculo sequer, Kook o fitava e eu pude sentir sua dor ao vê-lo
chorando. Olhei Mark e BamBam, as górgonas olhavam o box, mas eles
estavam bem escondidos atrás da porta. — Mantenha a calma. — A
górgona insistia em tentar abrir, ela ia acabar conseguindo.

Dito e feito, a porta foi arrancava com toda a força e Jimin rapidamente
fechou os olhos, ela o puxou pelo braço e as cobras começaram a tocar-lhe
o rosto, ele chorava, mas não abriu os olhos.

— Abra os olhos, querido. — Ele negou, Kook se remexeu desconfortável e


der repente ficou tão frio ali dentro, mas ele estava de luvas.

Xiumin: Ele está agitado... Está congelando a casa sem nem perceber.
Como se a onda de desgraça não estivesse ruim até demais, as duas do
banheiro olharam o espelho e viram BamBam e Mark, os puxaram para
fora e fizeram a mesma coisa que estava acontecendo com Jimin, as cobras
dos cabelos delas passeavam pelo rosto dos três, lágrimas desciam dos
olhos fechados e as górgonas os intimidavam com vozes sedutoras. A casa
começou a tremer e Jin nem pareceu notar, o mesmo não tirava os olhos
de Mark, senti uma onda quente passar por mim, Yugyeom estava ficando
nervoso e isso não era bom sinal, a casa estava tremendo e numa mistura
de quente e gelado, me senti no polo norte, mas ao mesmo tempo no
inferno.

— Quero ver seus lindos olhos. — Ela sibilou para Mark.

— Um garoto tão bonito, deve ter olhos muito belos. — Falou com
BamBam.

Sehun: Eles vão abrir, elas têm esse poder, elas induzem a abrir...

Hyungwon: Não vão, são fortes... Só tem que aguentar mais um pouco.

Wonho: Seis minutos para aswangs chegarem.

Nunca desejei tanto que os cinco voassem mais depressa.


Capítulo 25 — Portal
— Park Jimin —
As garras arranhando meu braço estava fazendo minha pele queimar e
borbulhar, eu estava com medo, queria abrir os olhos e ver o que havia
com meu braço. Chorei como uma criança, aquelas cobras tocando meu
rosto estavam me deixando totalmente sem ar, literalmente, agonia,
medo, uma onda horrível vibrava por todo o meu corpo. Chamei pelo Kook
mentalmente, estava com tanto medo. Para evitar abrir os olhos e me
concentrar na voz daquele monstro a minha frente, eu pensei totalmente
em Jeon Jungkook, implorei mentalmente para Luhan chegar logo e desejei
de todo o meu coração que Kook estivesse ali.

Ouvi uma pancada no telhado e rezei para que fosse Luhan, ouvi mais
quatro pancadas, eram eles, só precisava aguentar mais um pouco. Como
se ouvisse minhas preces, ouvi outra pancada, senti mãos tocarem meu
rosto.

Yoongi: Pode abrir. — Abri os olhos e sem conter a emoção o abracei forte
sem me importar se o machucaria, chorei tanto.

Luhan: Sigam eles, agora!

Nem levantei o olhar para nada, logo a nuvem negra de Jooheon me tomou
por completo e eu só conseguia ouvir pancadas e gritos histéricos das
górgonas, apertei Yoongi e ele me empurrou para o lado, senti seus braços
em minha volta e escondi meu rosto em sua blusa.

Luhan: Não olhem nos olhos dela, Hoseok!

Chang: Nos segue, Jooheon. — Como eles lutariam sem enxergar? Como se
pudesse ler minha mente, Yoongi respondeu que eles lutaram muitos anos
na escuridão.

Yoongi: Preciso que você fique parado, ok?

Jimin: Onde você vai? — Perguntei desesperado e senti vultos do meu lado
quando ele me soltou.

Yoongi: Não vou sair de perto de você, só fique parado. — Ficar sem
enxergar era horrível, mas acho que ver aqueles monstros era pior ainda,
assenti relutante e senti ele se afastar de mim lentamente.

BamBam e Mark? Será que estão bem? Abri os olhos, porém ainda estava
sem visão, barulhos altos inundavam todo o quarto, vultos passavam por
mim e eu me encolhia. Quantas será que tem? Der repente um silêncio
perturbador se fez, dei passos para trás totalmente sem visão e esbarrei
em algo, gritei e abaixei no chão com as mãos na cabeça, preparado para
ser morto.

Mas nada veio, silêncio e nada mais que isso.

Jimin: Tem alguém aí’? — Perguntei com a voz trêmula.

Mark: Jimin?

BamBam: Porque está tudo tão quieto?

— Porque todo mundo está morto. — Soltei um grito e me encolhi no


chão. Ouvi um grito histérico e alguém tocou meu braço, então pude
enxergar.

Yoongi: Calma, sou eu. — O abracei e então pude ver os outros quatro,
olhei em volta e o quarto estava uma completa bagunça. — Vamos
arrumar isso e... Quando vão embora?

BamBam: Amanhã... — Ele estava com o rosto enterrado no pescoço do


Jooheon.

Mark: Não vão embora né’? Por favor, não...

Luhan: Calma... Vamos passar a noite de vigia no telhado... Não vamos a


lugar nenhum.

[...]

Chang: Durmam...

Jimin: Estou com medo. — Estávamos na cama de casal do BamBam, eu no


meio e eles nas pontas.
Hoseok: Estamos aqui.

Mark: Vocês juram? — Ambos assentiram.

Após alguns minutos me assustando atoa com pequenos barulhos, eu me


permiti mergulhar num sono profundo, só então percebi em como estava
cansado.

Dia seguinte.

— Meninos? Vamos, estamos atrasados! — Ela chamava da porta.

Mark: Vocês vão com a gente né? E se aparecerem?

Yoongi: Vamos dentro do avião, se isso os deixa mais tranquilos.

BamBam: Compraram passagem?

Luhan: Pelas sombras, Bamie.

BamBam: Ah, verdade.

Chang: Nos vemos lá. — Eles pularam a janela e nós descemos as escadas
rapidamente.

O caminho todo eu fui olhando em volta, com medo de algo aparecer,


nossos pais estranharam nosso comportamento, mas alegamos que não
era nada e logo eles desistiram.

[...]

Kook: Eu sinto muito. — Ele me abraçou e novamente eu chorei com o


rosto escondido em sua camisa. — Elas te machucaram? — Mostrei meu
braço com cortes profundos das garras dela. — Me perdoa... — Me
abraçou com força.

Chen: Deixa eu cuidar dele... Kook... Preciso tirar o veneno... Eu vou cuidar
dele, eu prometo. — Lentamente ele me soltou, mas não saiu de perto de
mim, Chen me conduziu até o braço do sofá e pediu para eu sentar. —
Segure minha cintura e mantenha o braço levemente esticado. — Assenti e
ele me olhou com dó. — Pode doer... — Ele nem terminou e eu já comecei
a chorar de novo, senti braços me envolverem, me levantando, sentando
no braço do sofá e fazendo eu sentar em seu colo.

Kook: Ei... Olha pra mim... Só pra mim, está bem? — Assenti e logo senti as
presas do Chen em meu braço, gritei de agonia e escondi meu rosto no
pescoço do Kook. Aquilo era terrível, sentia meu sangue sendo sugado,
suas presas perfuravam o machucado, os segundos nunca passaram tão
vagarosamente, quando ele parou, Xiumin se aproximou com uma caixa de
primeiros socorros. Chen começou a cuidar dos machucados e quando
chegou na parte de suturar, eu já estava um pouco mais calmo.

Jimin: O veneno não te prejudica? — Até porque ele engoliu.

Chen: Fomos criados para suportar muitas coisas, veneno de górgona pode
ser letal para muitas criaturas, mas não para nós... O bom é que o veneno
demora para fazer efeito, ou já estaria morto. — Suas mãos passeavam
pelo meu braço tão delicadamente que às vezes me esquecia que ele
estava suturando.

— Lobisomens são magníficos, criança. — Já até tinha me esquecido da


fênix. — Você sabia que lobisomens tem a cura de muitas doenças das
quais mortais ainda procuram a devida cura? — Olhei Chen e ele assentiu.

Jimin: São como médicos?

Chen: Lobisomens tem conhecimentos curandeiros de décadas, humanos


acham que sabem das coisas... — Ele suspirou. — Não sabem nem um
terço... Ebola, você vê? Essa doença é antiga, tantos séculos, a doença foi,
voltou, e os humanos não encontraram a cura.

— Mas lobisomens tem a cura.

Jimin: Sério? — Ele assentiu. — Porque não vivem com a alcatéia de vocês?

Chen: Não é exatamente nossa alcatéia... Não vivemos com eles porque
somos diferentes, híbridos e lobisomens não costumam ficar muito no
mesmo local, quer dizer, eu e Won pensamos dessa maneira.

Jimin: Por quê?


Chen: Lobisomens tem como inimigo principal os... Vampiros.

— Sabem que são bem vindos a alcatéia, Jaebum não se importa com suas
outras metades.

Chen: Mas nós nos importamos. — Seus olhos transmitiam tanta dor, era
impossível saber o que ele ou Won pensam.

Jimin: Se eu quisesse... Me transformaria? — Ele sorriu.

Kook: Jimin...

Jimin: Fica quieto... — Virei o rosto para olhá-lo.

Chen: Vocês três são tão sensíveis e carinhosos... Nosso veneno é


insuportável e... Doloroso, quando transformamos Yugyeom, achei que ele
não sobreviveria até o terceiro dia, o veneno estava o torturando. Mas sim,
eu transformaria se fosse seu desejo... Mas não depende só de mim, não
é? — Ele olhou levemente para Kook, antes de voltar a suturar. — Tenho
certeza que Jeon tem um motivo para não te transformar... Imagina se
fosse o contrário, você tiraria a vida dele?

Odeio Chen e o Hyungwon, eles sempre nos fazem pensar.

[...]

— O que esperam para cessar fogo?

Jimin: Ainda não teve um cessar fogo?

Mark: Pensei que depois da transa deles...

Sehun: Como sabem que transamos?

BamBam: Fala sério, todo mundo sabe.

— Faça as honras, Minseok. — Ele pareceu incerto. — Algum problema?

Xiumin: Não, só preciso falar com meus irmãos. — Os três se retiraram.


Chang: Aigoo, Honey sai.

Jooheon: O que diabos eu fiz pra você?

Chang: Tudo. — Honey suspirou e se jogou no sofá. — Honey... — Ele foi


manhoso para perto do mesmo que o olhou com cara de tédio.

Luhan: Temos um humor difícil. — Ele murmurou para mim após ver minha
cara de confusão / bunda. — Às vezes a gente quer nossa alma a trinta
quilômetros, às vezes nossa alma nos dá náuseas, mas tem vez que
queremos ficar grudados.

Jimin: Tipo TPM?

Luhan: O que é TPM?

Jimin: Tipo mudança de humor constante em determinado tempo do mês.

Luhan: Isso, nossa sorte é que eu, Chang e Hobi fica no começo do mês,
Yoongi e Honey no final. — Olhei Hobi que estava distante de Yoongi, o
mesmo estava com um bico enorme.

Jimin: Por quê?

Luhan: Viemos muito diferentes da nossa espécie.

Jimin: Agem assim só com suas almas?

Luhan: Não, veja... — Ele indicou Honey falando com Hobi, que estava
prestes a chutar o irmão dali.

Hobi: Você ta me irritando.

Jooheon: O que eu tô’ fazendo?

Hobi: Respirando. — Segurei o riso e Hobi saiu andando pisando duro.

Jimin: Parece ruim.


Luhan: Eles superam.

Jimin: Você parece normal. — Ele sorriu.

Luhan: Obrigado.

Xiumin, Sehun e Wonho voltaram, eles conversaram um tempo com a


fênix, então, fomos todos para fora da casa. Eles perguntaram como fariam
aquilo, a fênix disse que o mais velho deveria fazer, ele assentiu e a fênix
pediu para que ele subisse no telhado e liberasse a mente, assim saberia o
que fazer.

Ele subiu, longos minutos em silêncio e ele pendeu a cabeça levemente


para trás, seus olhos brilharam em um negro enquanto uma luz forte saia
de suas mãos, ele ergueu elas lentamente, à medida que erguia, o céu
escurecia em um tom assustador, abracei Kook e senti um vento forte me
atingir no mesmo instante, as árvores balançavam, achei que iam cair,
protegi meus olhos e olhei Xiumin que parecia não ser afetado com a
ventania, suas roupas nem balançavam, assim como Wonho e Sehun a
minha frente que apenas observavam o irmão. Dei um pulo e tremi por
inteiro quando ouvi gritos agudos e abafados, alguns histéricos, outros
inconformados.

Kook: Aswangs estão inquietas. — Ele murmurou.

Os gritos continuavam, eram horripilantes e tão agudos que doíam meus


ouvidos. Um tornado negro estava em volta de Xiumin, der repente
começou a chover, mas não uma chuva boazinha, uma tempestade com
ventania, só faltou cair granizo ali.

Jimin: Esses gritos... É de aswangs? — Ele olhou para mim, eu estava com a
cabeça em seu ombro, de frente para ele, o mesmo estava com os braços
em volta da minha cintura.

Kook: Uhum...

Levantou meu queixo lentamente e depositou um selar em meus lábios.

Kook: Sentem a presença de Drácula. — Aos poucos, a chuva e o vento


foram cessando, Xiumin despencou do céu desacordado e foi pego por
Wonho que pulou e o pegou no colo. Ele estava desacordado.

— Ele vai dormir por um tempo... Não se preocupem, é normal.

[...]

Mark: Porque não viu que íamos para Tailândia?

Jin: Porque eu fui bloqueado pelas trevas, não consegui ver o futuro de
vocês... Só depois que elas os acharam.

BamBam: Quer dizer que agora estamos sendo caçados?

Yugyeom: Sim...

Jimin: Que ótimo. — Suspirei, nos despedimos deles e entramos no carro


onde Chen, Hyungwon e Wonho nos esperavam.

— Oh Sehun —
Luhan: Sehun... — Ouvi seu chamado manhoso e parei o que estava
fazendo, ou seja, o lanche do Kook e do Jin. — Você não me ama mais?

Sehun: Oi?

Luhan: Não quer ficar comigo.

Sehun: A gente estava meio ocupado né.

Luhan: Você não fala comigo direito desde a transa, foi tão ruim assim? —
Ele estava tão dengoso.

Sehun: Dá onde tirou isso? Só andamos meio ocupados. — O puxei pela


cintura e escorei na pia, deixando ele entre minhas pernas.

Luhan: Você não me ama mais... — Deitou a cabeça em meu peito.

Sehun: Para com isso, claro que eu te amo.

Aquilo era tão confuso.


Dias depois

Chen: Então... Eles têm poderes no gene humano? — A fênix estava bem
há meia hora os analisando.

— Não, são normais. — Comemoramos em silêncio, ela ainda os analisava.


— Vocês já fazem sexo? — Arregalei os olhos.

Kook: Hã... Não.

— Não façam.

Jin: Ok... Eu acho.

Xiumin: Por quê?

— É perigoso...

Wonho: Para os humanos?

— Não, para eles.

O que?

Luhan: Desculpa, pode repetir?

— Eles têm muito desejo... Não tanto quanto vampiros, mas têm, não seria
saudável para eles, não agora no meio de uma guerra.

Chang: Quando começa a guerra?

— Agora.

— Oi? — Perguntamos juntos.

— A guerra não será aqui... — Ela olhou para mim, Xiumin e Wonho. —
Será no mundo de vocês... Deduzo que vocês têm três dias, mais ou menos
isso.

Chen: Como eles vão voltar para o mundo deles, não tem mais o portal.
— Ah, tem sim, eles sabem como reconstruir... Afinal, são descendentes de
Conde Drácula, quem fez o portal pela primeira vez.

Hyungwon: Sabem?

Sehun: Sabemos...

— Comecem logo então.

“Como vamos abrir?” — Xiumin.

“Deve ter algo nos livros do nosso pai e do nosso avô.” — Wonho.

“São muitos livros.” — Sehun.

“Comecemos logo então.” — Xiumin.

Subimos as escadas e decidimos começar a olhar nos antigos livros e


escrituras deles.

[...]

Luhan: Amor... — Estava na escrivaninha, com apenas a luminária acesa e


vários livros. Ele parou atrás de mim e pousou as mãos no meu peito, se
curvando e beijando meu pescoço. — Está nesse quarto há oito horas, vem
tomar alguma coisa...

Sehun: Não tenho tempo, temos apenas três dias...

Luhan: Eu sei... Mas... Talvez com as energias renovadas você pense


melhor.

Sehun: Estou quase lá... — Abri um pergaminho do meu pai, ele pousou a
mão sobre a minha e virou a cadeira, sentou no meu colo, então beijou
meu pescoço.

Luhan: Não está não... Vamos, eu trouxe pra você. — Ele estendeu um
copo de café que deduzi ter sangue, pelo cheiro.
Sehun: Não estou com sede.

Luhan: ‘Ta tão gostoso. — Ele tomou um pouco, em seguida me beijou,


fazendo eu sentir o sabor. — Só um pouco, vai... — De má vontade, peguei
o copo e tomei um pouco, por fim, tomei tudo, ele sorriu satisfeito e me
beijou novamente. Após isso, levantou se preparando para sair, o puxei e o
fiz sentar de novo.

Sehun: Fica aqui...

Luhan: Tenho que ensinar Kook e Jin.

Sehun: Chang e Honey estão fazendo isso agora na floresta. — Murmurei e


selei nossos lábios, o gosto do sangue ainda era evidente, o puxei mais para
perto mordiscando seus lábios.

Luhan: Melhor pararmos...

Sehun: Por quê? — Distribui beijos pelo pescoço dele que suspirou
puxando levemente meu cabelo.

Luhan: Se não vai resultar na gente naquela cama transando. — Ele olhou
para a cama, chupei seu pescoço, pousei minha mão em seu membro e
sorri ao sentir como ele estava.

Sehun: Bem que você quer... — Ele se remexeu em meu colo, me fazendo
ficar um pouco excitado. Seus pensamentos não estavam nada puros e
aquilo estava me deixando louco, ele estava pensando em coisas tão
pervertidas. — Para de pensar essas coisas... — Mordi seu pescoço
enquanto o acariciava, ele puxou todo ar possível pela boca e gemeu
baixinho.

Luhan: Para de olhar meus pensamentos... — Ele me parou e sorriu,


apertei sua bunda e mordi os lábios.

Sehun: Para de pensar pornografia... Tipo agora, pra quê pensar em eu te


fodendo? — Ele sorriu.

Luhan: Que delícia você falando “foder” — Riu e eu acabei sorrindo. —


Posso te fazer uma pergunta? — Assenti. — Xiumin e Wonho não ficam
olhando seus pensamentos na hora do sexo? — Ri.

Sehun: Se a gente quiser, bloqueamos esse poder de ler mentes, eles


bloqueiam para não terem o prazer de saber o que estou pensando nessas
horas.

Luhan: Como sabem a hora?

Sehun: Não é difícil saber, eles sentem o nível sexual subindo.

Luhan: Parece que vou transar com você e com eles. — Ri e neguei.

Sehun: Claro que não.

Luhan: Posso te contar uma coisa?

Sehun: Eu já sei o que é.

Luhan: Para de xeretar meus sonhos. — Ele me deu um tapa.

Sehun: Não é difícil saber, sua espécie pode fazer isso.

Luhan: Mas não a ponto de procriar na outra forma... Posso mudar para a
forma de uma mulher e engravidar.

Sehun: Que interessante... — Ele lançou os braços em volta do meu


pescoço e eu enfiei minha mão dentro da cueca dele, o mesmo me olhou
como se pedisse mais, mordeu os lábios e deitou a cabeça em meu
pescoço. Ouvi seus gemidos baixinhos e apertei a coxa dele. — É tão bom
quando você geme assim... Tão manhoso.

Luhan: Sehun... — Me chamou entre gemidos e suspiros, deu uma


pequena rebolada em meu colo e chupou meu pescoço, tirou a calça e
volto a sentar em meu colo, fitei seu corpo naquela cueca boxer roxa e
sorri voltando a tocá-lo.

Sehun: Se toca pra mim, vai. — Peguei a mão dele, tirei seu membro pra
fora e o conduzi até o mesmo, ele fez movimentos lentos sobre o membro
e eu o fitei mordendo os lábios, colou seus lábios em meu ouvido e gemeu
ali. Minha boca estava implorando para chupá-lo, mas vê-lo se tocando e
ainda gemendo no meu ouvido estava tão maravilhoso. Ouvi um gemido
mais fininho que os demais e ele gozou, peguei em seu membro enquanto
olhava sua cabeça levemente para trás. Selei nossos lábios enquanto ele
controlava a respiração. — Senta aqui... — Indiquei a mesa e afastei
algumas coisas, ele sentou e eu me encaixei entre suas pernas, passei a
língua em seu membro e ele gemeu.

— Kim Jongdae —
Chen: Talvez seja a coisa mais óbvia e vocês estão aí procurando em livros.
— Sentei em seu colo e olhei uma das folhas.

Xiumin: Tipo o quê?

Chen: Tipo esses anéis que vocês usam... — Indiquei o anel de ouro, era
uma caveira que pegava o dedo todo e o envolvia, era lindo.

Xiumin: O que um anel poderia fazer?

Chen: Porque usam?

Xiumin: Presente do meu pai.

Chen: E se foi passado do Conde para o seu pai dar a vocês? — Ele pareceu
pensar, fitou os livros e acariciou minhas costas.

Já era de madrugada, eles estavam nisso desde cedo.

Xiumin: Mas é só um anel. — Ri.

Chen: ‘Ta bom amor, é só um anel. — Dei um selinho nele e caminhei para
o banheiro, quando voltei, ele não estava mais lá.

Xiumin: Tem razão, deve ser o anel. — Não me assustei porque o ouvi
chegar, às vezes fico com dó de Jimin, BamBam e Mark, devem se assustar
o tempo todo. — Ele voltou para a escrivaninha e eu deitei na cama o
observando. — Acho que só precisamos murmurar as palavras.

Chen: Que palavras?

Xiumin: Essas... — Ele levantou a manga da blusa e apareceu quatro linhas,


com escritas desconhecidas para mim, no antebraço direito.

Chen: Tem uma tatuagem e não me falou nada?

Xiumin: Temos muitas tatuagens, mas escondemos, humanos não têm


tantas tatuagens e ainda mais desenhos estranhos.

Chen: Me mostra...? — Ele tirou a blusa e uma tatuagem surgiu na metade


esquerda do corpo, uma tatuagem tribal, ela ia, inclusive até no braço. Ele
ficava sexy com aquela tatuagem, os músculos definidos realçavam, a
tatuagem era negra. Ele virou de costas então pude ver que ela também
pegava metade das costas e o ombro. — Que sexy. — Ele riu e abaixou a
calça, revelando sua cueca boxer, abaixou um pouco a mesma e pude ver
no lado direito, uma tatuagem com símbolos estranhos aos meus olhos. —
O que significa?

Xiumin: “As sombras da noite me acompanham”

Chen: Vem cá... — Sentei e ele parou entre minhas pernas, abaixei a barra
da cueca e fitei aquelas letras. — Que língua é essa?

Xiumin: Nossa língua antiga.

Chen: Tem mais? — Ele assentiu e seu pescoço foi totalmente coberto por
uma tatuagem, na verdade, várias, o deixava com um ar tão gótico e lindo,
mais algumas apareceram na barra da cueca e eu mordi os lábios. — Acho
sexy.

Xiumin: Nossa como você é safado. — Mordeu os lábios e pegou a calça. —


Quer ver as dos meus irmãos? — Assenti e ele colocou apenas a calça, em
minutos Sehun e Wonho apareceram, eles tiraram a camisa, a mesma
citação que tinha no antebraço do Xiumin, tinha no deles, Sehun tinha uma
árvore negra cheia de folhas, algumas no “chão” na parte direita de frente
do corpo, virou de costas e tinha uma caveira em volta de vários desenhos
tribais no final das costas, ele tirou a calça para eu ver melhor e a mesma ia
até a barra da cueca. Virou de frente e tinha uns símbolos na barra da
cueca, ele abaixou um pouco e disse que significava “Nada melhor que a
escuridão para iluminar aqueles que se perderam na própria morte”, assim
como Xiumin, seu pescoço era totalmente coberto por tatuagens tribais,
assim como seu braço esquerdo.
Wonho tinha uma cruz tribal, em volta dela possuía vários desenhos, a
mesma se localizada nas costas, do lado direito todo, ele virou de frente e
uma caveira mexicana cobriu todo o seu braço esquerdo, no peito, do lado
esquerdo, tinha uma tatuagem tribal que ia até a barra da cueca, onde
também tinha símbolos desconhecidos que de acordo com ele significava
“Pesadelos são para serem vividos”. Assim como os irmãos, seu pescoço
também era coberto por tatuagens... As tatuagens eram tão bonitas.

Olhando a frase de cada um, pude ver que estava meio que relacionado
aos poderes deles.

2 dias depois.

— Jeon Jungkook —
Kook: Eles precisam ir?

— Seria bom para vocês se fortificarem.

Jin: Não é perigoso?

— Não se preocupe. — Mordi os lábios em nervosismo e puxei Jimin para


mim. — Quando chegarem, seguirão Minseok, Hoseok e Sehun, eles
saberão onde devem ir, por fim, quando estiverem prontos, saberão o que
fazer, todos estarão lá protegendo vocês até que se sintam prontos.

Jin: E se alguém morrer?

— É o destino deles, jovem. Proteger vocês.

Kook: Não, não, não... — Neguei freneticamente e Xiumin parou na minha


frente. Senti meus olhos encherem de água.

Xiumin: Está escrito que vocês vencem, huh?

Kook: Não está escrito se alguém morre, e se o Conde viu que alguém
morreria e não escreveu? — Entrei em desespero.

Luhan: É o nosso destino, Kook... Não podemos negar nosso destino.


Jin: Até o do Yugyeom?

Luhan: Eu sinto muito.

Kook: E por que vocês não ficam e nós vamos?

— Porque eles sabem o caminho... Luhan e seus irmãos manterão as trevas


afastadas até chegarem no ponto exato, eles as assustam, os híbridos vão
ser muito úteis, acredite.

Jin: Como assim, úteis, o que tem do outro lado, está tudo morto, não
está? — Eles se olharam. — Omma?

Hyungwon: Não, Jin... Não está tudo morto, o mundo deles foi tomado.

Kook: Não vamos, por favor, a gente pode ficar, a gente pode viver sem
precisar fazer isso...

Chang: Sinto muito, pirralho... Mas, temos certeza que voltarão vivos... —
Aquilo não me tranquilizou em nada.

Yoongi: O que me lembra de uma coisa, assim que destruírem as trevas,


como o Conde previu... Não importa, não olhem para trás.

Jimin: Mas...

Yoongi: Não olhem e não parem de correr até estarem desse lado de novo.

Jin: Vamos correr juntos, né? — Eles se calaram. — Não, não, não...

Hobi: Vamos fazer o possível... — Ele estava prendendo as armas na roupa.


— A prioridade é que vocês cinco cheguem desse lado de novo. — Ele
olhou eu, BamBam, Jimin, Mark e Jin.

Yugyeom: BamBam precisa mesmo ir?

Wonho: As criaturas irão se agitar, a terra vai tremer, criaturas irão


despertar, não é seguro ele ficar sozinho aqui. — Todos eles se
preparavam, com estacas, armas, adagas, espadas, tudo preso nas roupas.
Todos vestiam roupas pretas, casacos até o joelho, coturnos pretos, assim
como nós também, disseram que era mais fácil de camuflar. Jimin, Mark e
BamBam vestiam apenas roupas escuras.

Kook: Yugyeom... — Ele me olhou e sorriu.

Yugyeom: Eu vou ficar bem...

Kook: Prometam que vão vir conosco... — Todos pararam e me olharam.

Sehun: Não podemos prometer isso, Kook.

Kook: Podem sim... Prometam.

Xiumin: Ok...

Kook: Está mentindo, eu lembro.

Xiumin: Do quê?

Kook: Hobi disse uma vez que não se deve confiar na promessa de um
vampiro... Prometam, aswangs e híbridos, prometam vocês. — Eles não
falaram nada.

Jooheon: Sinto muito, Jeon... — Eles suspiraram pesadamente. — Ok...


Prometemos. — Os outros concordaram, então suspirei um tanto aliviado.

— Lembrem-se, quando chegarem aqui, meu trabalho terá sido cumprido...

Xiumin: E você vai embora?

— Sim, saberão se terão destruído realmente, se quando eu morrer, após


sete minutos, a terra voltará para a luz, se não voltar, terão falhado...

Mark: Como eles vão saber?

— Algo vai acontecer quando destruírem. — Porque ninguém nos contava


o que ia acontecer?

Passei meu olhar por todos ali, Chang dava um selinho em Honey, em
seguida o abraçou, entrelaçaram os dedos e colaram as testas. Luhan
pegou na mão do Sehun e deu um selinho nele, Chen abraçou Xiumin,
Hyungwon deu um selinho em Wonho, Yoongi entrelaçou os dedos com
Hobi e Yugyeom depositou um selar na cabeça do BamBam.

Estavam se despedindo.
Capítulo 26 — Reino das trevas
— Mark Tuan —
Sehun: Uma pena não podermos testar sua outra parte, teríamos um filho
lindo. — Eles sorriram e deram um selinho.

Como assim, eles já sabem que não vão voltar?

Chang: Eu diria que depois de séculos, passei a te odiar, mas eu estaria


mentindo. — Honey o abraçou.

Yoongi: Nos primeiros 100 anos estava cansado de viver, mas depois de
você, até que eu aprendi a gostar. — Eles sorriram e Yoongi deu um beijo
na cabeça dele.

Xiumin: E Aí pulguento, pronto pra briga? — Sorri e quando vi, meus olhos
já estavam cheios de lágrimas, a fênix falava com Kook e Jin, BamBam e
Jimin estavam do meu lado olhando eles também.

Hyungwon: Segura a onda sanguessuga... — Wonho sorriu. — O cadarço


está desamarrado. — Ai porra, chorei, me julguem. Os olhares foram
atraídos para mim e eles sorriam se aproximando.

Chang: Qual é, pensei que fossem mais fortes que isso, parecem três
bebês.

Jimin: Não vão voltar, né? — Eles negaram. — Porque prometeram?

Hobi: Dizem por aí que manipularam a audição de vocês, corto meu


pescoço, mas não digo quem foi. — Ele apontou para Wonho.

BamBam: Como fizeram isso?

Wonho: Usei a névoa para ouvirem aquilo que queria, na verdade Jooheon
disse “Ok, ficaremos”.

Mark: Não vou deixá-los lá.


Jooheon: Apreciamos isso, mas contamos com vocês para impedi-los, caso
queiram tentar algo... Garantam que vocês cinco vão voltar...? — Os
abracei tão forte que nem me importei de molhar a camisa deles com
minhas lágrimas.

— Está na hora... — A fênix avisou e nós três os soltamos lentamente.

Xiumin, Wonho e Sehun se afastaram um pouco, fecharam as mãos e


juntaram no centro, os três em círculo, o anel brilhou à medida que eles
murmuravam algumas palavras em uma língua totalmente desconhecida
para mim. O vento ficou um tanto agressivo e um redemoinho negro, prata
e dourado foi se abrindo aos poucos, eles continuaram murmurando
enquanto seus olhos brilhavam em tom negro. Quando pararam, o
redemoinho estava totalmente aberto.

Jin: Vamos? — Ele estendeu a mão para mim, entrelacei nossos dedos e
fomos logo atrás de Chen e Hyungwon na forma de lobo, saltamos sobre o
portal, me senti despencando no vazio, agarrei o pescoço de Jin e
realmente eu estava despencando, prestes a atingir o chão, ele me pegou
no colo, parando em pé, assim como Chen e Hyungwon, os outros posaram
um por um ao nosso lado, quando todos estavam ali, os três vampiros
estalaram os dedos e o portal fechou acima de nós, no céu, os olhei e eles
estavam um tanto diferentes, tatuagens cobriam suas peles, seus olhos em
um vermelho vinho e brilhoso, as presas a mostra, diversos colares, anéis e
pulseiras que iam desde caveiras, a cruzes e uma pequena fumacinha
vermelha passeava em volta deles.

Sehun: Desculpem por isso, ficamos “Limpos” quando atravessamos o


portal. — Em um estalar de dedos, os três fizeram as tatuagens sumirem,
as presas desapareceram, a fumaça vermelha que antes tinha, também
desapareceu, os olhos perderam o brilho que parecia uma lanterninha,
enfim, voltaram como estavam antes.

Só então vi onde estávamos, no topo de uma montanha, olhei em volta e


só havia escuridão e destruição, tudo caindo aos pedaços, parecia uma
cena de filme de horror, não tinha lua no céu, era um lugar que me dava
calafrios. Não vi cidade, estava muito escuro, só vi a floresta colina abaixo,
escuridão e um silêncio perturbador, árvores assustadoras, sem estrelas no
céu, estávamos pisando em restos de ossos, fuligem e cinzas, aquilo
parecia um filme de terror dos piores. Yugyeom se transformou e farejou o
ar, cheirava a coisa morta, mas não gente morta, o cheiro era muito pior
que isso. Xiumin pegou o arco e flecha tão rapidamente e acertou algo que
nem deu tempo ver o que era.

Xiumin: Quando estivermos voltando... Sigam as flechas. — Entrelacei


meus dedos com Jin e me colei ao seu corpo de lado. Pude ver que a flecha
de prata brilhava minimamente na escuridão.

Jin: Como João e Maria? — Eles sorriram.

Sehun: Como João e Maria... — Confirmou.

Kook: E todo mundo vive no final? — Eles apenas sorriram e meu coração
apertou.

Começamos a seguir Wonho, Xiumin e Sehun colina abaixo, algumas vezes


parávamos e eles nos ajudavam a pular alguma pedra ou árvore caída,
aquela floresta era assustadora, vi o que era assustadora mesmo quando
chegamos no coração da floresta, sentia como se coisas estranhas nos
observassem, nem vento tinha ali, nem uma brisa sequer, me colei mais a
Jin e ele acariciou meu braço enquanto eu olhava em volta.

Isso porque minha mãe acha que estamos no cinema.

Chen parou, e por intuito, todo mundo parou, os três lobos ficaram em
círculo, um de costas para o outro, olhavam em volta, mas eu não vi nada,
as orelhas estavam agitadas, mas eu também não ouvia nada.

Mark: Amor...? — Ele me olhou e eu perguntei sussurrando. — Porque a


fênix disse que eles seriam úteis?

Jin: Há muitas coisas aqui nesse mundo, foi tomado... Um feitiço foi
lançado aqui e vampiros perdem seus ótimos sentidos, ficam como
sentidos de humanos, visão, audição e olfato, fora que os poderes estão
reduzidos... Por isso ela disse que eles seriam muito úteis... Já que os super
sentidos são da nossa metade vampiro, eu, Kook e os aswangs também
está bloqueado, como o lobo também tem super sentidos, eles foram
bloqueados apenas no lado vampiro, o lado lobisomem está intacto.

Assenti e olhei em volta, eu só conseguia ver o pelo branco como a neve do


Yugyeom, ele tinha pelo branco com preto, lindo demais. Eles continuaram
parados, então os três fitaram um ponto na floresta, se lançaram para
dentro da mesma, ouvi rosnados, barulho de coisa rasgando e latidos,
então os três voltaram arrastando corpos. Tive que fechar os olhos ao ver
aquilo, estavam com as tripas para fora, estavam mutilados e ainda se
mexiam.

Jin: São apenas zumbis.

Só, só zumbis ele diz.

BamBam: Num é menino? Só zumbis, me deparo com eles todos os dias. —


Todos soltaram risadinhas.

Ouvi o fincar de uma espada em algo, quando olhei, Jooheon, Yoongi e


Wonho haviam fincado espadas na cabeça dos seis zumbis. O cheiro era
repugnante, os lobos pareceram assentir e os vampiros voltaram a nos
guiar pela floresta, passei pelos seis corpos um tanto distante, prevenção
nunca é demais né?

Quando seu namorado disser que é uma espécie de vampiro, metade


homem e metade metamorfo, corra para longe, se possível, mude de país.

Ao longo do caminho, um dos três lançava uma flecha em algum lugar, até
agora só nos deparamos com seis zumbis, isso é ótimo, que continue assim.
Os lobos nos serviam como alerta e isso era de certo modo, tranquilizador.
Os três pararam novamente, dessa vez, seguiram caminhos diferentes, em
seguida, voltaram, cada um com mais dois corpos, fechei os olhos e abracei
Jin de frente.

Wonho: É uma floresta...

Jimin: Imagino que não seja de pinheiros.


Wonho: Não, eles acham que é... De zumbis. — Os três lobos rosnaram em
acordo com o que ele disse.

Luhan: Aqui não amanhece?

Xiumin: Não mais... — Os três mexeram uma mão e uma luz irradiou delas,
como pequenas lanternas.

Quando o local se iluminou, eu preferiria que continuássemos no escuro.


Corujas observavam nosso progresso, pássaros estranhos negros nos
acompanhava com o olhar à medida que andávamos, aquilo parecia
aquelas cenas de terror na floresta, que a vítima sai correndo e tem um
monte de coisas a observando, então ela tropeça e o monstro alcança ela.

Algo tocou no meu braço e no meio dos meus pensamentos sobre


monstros, eu dei um pulo e já comecei a chorar quando vi um zumbi na
minha frente prestes a morder meu braço. Uma onda de fogo o atacou, Jin
estava coberto em chamas, eu não sabia se corria do Jin ou do zumbi, pois
bem, corri para o Xiumin. Fiquei atrás dele e de lá ninguém me tirava.

Olhei restos de pele no meu braço e sacudi em nojo fazendo sons de “tira,
tira, tira” aquilo fedia e me dava repugnância, tanto que virei pro lado
rapidamente e vomitei tudo que eu tinha comido. Jin ainda estava coberto
em chamas, ateava fogo ao redor dele e os zumbis continuavam andando
em volta de chamas. Após matarem todos, Kook abraçou Jin, que voltou ao
normal, suas roupas intactas.

Jin: Foi mal, achei que ele ia te morder. — Ele me olhou, eu ainda estava
escondido atrás do Xiumin.

Eu disse que daqui não saio, daqui ninguém me tira.

Mark: Não precisava entrar em chamas... Podia agir normalmente e pegar


uma espada... Eu quase virei churrasco garoto. — Ele se aproximou e eu
usei Xiumin como escudo.

Jin: Amor... — Ele fez biquinho. — Eu nunca te machucaria. — Suspirei e


toquei sua mão, ainda por trás do Xiumin, sua temperatura estava normal,
então deixei que ele me puxasse. — Ficou com medo de mim? — Ele
perguntou enquanto andávamos.

Mark: Lógico... — Confessei deitando minha cabeça em seu ombro.

Jin: Desculpa, ainda não sei controlar...

Mark: Tudo bem... — Sorri sincero.

— Park Jimin —
Jimin: Esse lugar me dá arrepios.

Kook: Estou aqui... — Ele beijou minha cabeça.

Jimin: Uma floresta de zumbis... Nem The Walking Dead é tão assustador
assim.

Kook: O que é The Walking Dead?

Jimin: Uma série, quem sabe a gente não assiste. — Sorri, mas logo parei
com o cheiro de coisa morta e pés se arrastando. — Esse cheiro é horrível.
— Paramos e os lobos ficaram em alerta.

Mas os pés se arrastando vinha de todo lado e um barulho estranho tipo


quando você engasga, ou quando ‘ta sem voz e fica saindo bem falhada,
olhei em volta e vários surgiram de todos os lados, o pânico tomou conta
de mim e eu acabei me afastando do Kook, mas estava próximo ao
Jooheon.

Jooheon: Estão sentindo o cheiro deles...

Deles quem?

Dei passos para trás sem nem saber onde ia, estava totalmente em pânico,
foi aí que eu tropecei, pensei que essas coisas só aconteciam em filmes,
sempre tem um trouxa que tropeça e cai, nesse caso, o trouxa sou eu, caí e
gritei, chorei quando vários vieram pra cima de mim, me arrastei para trás
e chamei a minha mãe, para vocês terem uma ideia do pânico, eu chamei a
minha mãe.

Os outros estavam tão ocupados, continuei indo para trás quando eles
viam, tropeçavam em mim e caiam, chutei alguns e entrei totalmente em
pânico, então uma luz, vulgo BamBam e Mark saíram chutando eles de
cima de mim, mas parece que quanto mais rezávamos, mais zumbis
apareciam, fomos cercados, separados dos outros, eu chorei de pânico
enquanto vinham pra cima de nós, comecei a chacoalhar as mãos e dar
pulinhos de desespero.

Sim, eu dou pulinhos quando estou desesperado.

Eu me desmanchei em lágrimas, não sabia o que fazer e comecei a


empurrá-los de cima de mim, assim como Mark e BamBam. Um veio por
trás do Mark, eu tirei a minha bota, sim, eu tirei a bota, e comecei a dar
botadas na cabeça dele, até ele cair no chão, eu era um pingo de gente
chorando, chamando pela mãe. Minha bota caiu, demos passos para trás
enquanto mais vinham para cima de nós.

É a minha deixa, adeus mundo, tapei os olhos e esperei ser comido. Eu nem
podia mais ver os outros, nos separamos e isso não é nada bom.

BamBam: Subam na árvore. — Abri os olhos e ele estava subindo na


árvore, Mark foi logo atrás, em seguida eu, mas agarraram meu pé e eu
entrei em desespero enquanto Mark e BamBam me puxavam.

Para zumbis até que os bicho ‘ta forte.

Jimin: Ai eu vou morrer... — Comecei a chorar de novo.

Mark: Tira a bota.

Jimin: Que bota? Eu tô de meia... Não me solta por favor. — Olhei em volta
e eu não podia ver os outros, a gente estava completamente cercado.

BamBam: A outra bota... — Tirei a bota, mas meu outro pé, cujo estava de
meia já, ainda estava sendo segurado e eles tentavam morder, aqueles
barulhos que eles faziam com a boca estava me enlouquecendo, sai
chutando tudo quanto foi cabeça ali e consegui sair, terminei de subir e
sentamos nos galhos, encolhidos. — Isso não parece um bom jeito de
morrer. — Olhamos o bando abaixo de nós, tinha pelo menos uns vinte que
logo foram massacrados pelos outros, Kook estendeu os braços para mim,
mas eu não ia descer dali nem fodendo, então vi que Mark e BamBam
também não queriam descer.

Mark: Eu quero ir pra casa... A gente podia ‘ta no cinema agora... Vendo
zumbis na tela grande, não aqui...

Jin: Meu anjo, a gente vai pra casa, por favor, desce.

Mark: Não...

Kook: Amor... Me perdoa, eu não vou mais me afastar de você, vem pra
mim, por favor. — Neguei.

BamBam: Aqui é mais seguro que aí em baixo.

Yugyeom: Meu anjo...

BamBam: Não...

Luhan: As árvores têm morcegos. — Dei um pulo e desci para os braços do


Kook, assim como Mark e BamBam. — Era brincadeira. — Ele sorriu.

Eu não estava vendo graça.

Kook: Desculpa.

Jimin: Eu que me afastei... — Confessei e ele me entregou minhas botas.

Kook: Não sai mais de perto de mim, por favor...

Jimin: Sexo ainda parece algo ruim pra você? — Ele riu.

Kook: Sexo com um zumbi sim... — O estapeei.


Xiumin: Toma, é melhor vocês andarem com uma. — Ele nos entregou
umas facas de prata, não sei nem para onde mirar isso, mas segurei como
se minha vida dependesse daquilo, de fato, iria depender.

Andamos muito e quase sempre nos deparávamos com um zumbi,


decidimos não parar para descansar, até porque, só eu, Mark e Bamie
eram os que se cansavam ali, mas informamos que eles não precisavam se
preocupar. Quando chegamos no final da montanha, eu arfei com o
exército de zumbis que tinha ali, tapando a nossa passagem. Alguns
entravam por entre as árvores, outros simplesmente vagavam por ali, não
pareceram nos notar.

Luhan: Vamos atravessar voando... — Os cinco assentiram e as asas


apareceram aos poucos, Chen, Yugyeom e Hyungwon pegaram a mochila e
foram para o meio das árvores, em seguida voltaram na forma de
vampiros.

Xiumin: Segure firme. — Chen assentiu, ele estava abraçado ao Xiumin que
levantou vôo. Hyungwon abraçou Wonho, Yugyeom abraçou Sehun e
Chang me olhou.

Chang: Vamos? — Assenti e ele me pegou no colo, suas asas bateram


pesadamente e aos poucos fomos levantando do chão, lancei meus braços
em volta de seu pescoço e olhei para baixo, os zumbis nem pareceram nos
notar.

Jimin: Porque vocês não levaram os lobos? Não era mais fácil?

Chang: Vampiros são mais fortes... Lobos pesam e muito, mesmo na forma
humana. — Ele pousou e me colocou no chão delicadamente, aos poucos
todos já estavam ali, olhei em volta e parecia que estávamos em um reino
medieval destruído, corpos pendurados, que deduzi ser de vampiros, ossos
espalhados, manchas de sangue, cinzas, membros de vampiros e outras
criaturas, eu tentei imaginar como era esse lugar antes.

Começamos a andar enquanto seguíamos eles, eu tentei imaginar que tipo


de criatura das trevas habitava aquele lugar, creio que zumbis ficam só ali
na parte da floresta, pois não tinha nenhum por ali, andávamos por entre
as estruturas que pareciam ser onde os vampiros moravam, dava para ver
alguns caixões, armas dentro desses locais que eram totalmente diferentes
da moradias humanas. As estruturas pareciam àquelas antigas de reinos
medievais, aquele lugar deveria ter sido lindo antes de toda a destruição.

Estava mais para reino das trevas, olhei um corpo de uma mulher
pendurado, era vampira, ela estava com os braços abertos, abracei Kook e
passamos direto por ela. Era tudo negro e em um aspecto sombrio, vire
mexe pisávamos em ossos ou coisas do tipo, foi quando os lobos pararam,
as orelhas mexendo freneticamente e farejavam o ar, olhei em volta, mas
não sentia, nem ouvia nada a não ser o silêncio perturbador. Ouvi vozes,
parecia ser de espíritos, clamavam suas dores e choramingavam, procurei
de onde vinha, mas parecia vir de todo lugar.

Kook: Espíritos das sombras.

Jimin: O que são?

Kook: Espíritos de pecadores, quando foram mortos, o espírito não


encontrou o caminho da luz, ficando vagando pelo mundo em busca de
salvação, são espíritos atormentados. — Sussurrou e eu ouvi as
lamentações. — Vamos, não dê atenção, ignore, eles tentarão nos desviar
do nosso caminho. — Ele voltou a andar, me puxando, alcançamos os
outros e eu tentei ignorar as vozes.

Jimin: Conversa comigo...? — Ele começou a conversar comigo sobre coisas


aleatórias e coisas que ele aprendeu com os aswangs quando eu não
estava. Até que eu vi um vulto em cima de uma das estruturas. — Amor,
você viu isso?

Kook: Vi o quê? — Ele olhou para o local que eu olhava.

Jimin: Ali em cima... — Todos pararam e olharam onde eu apontava.

Wonho: Não tem nada ali, Jimin. — Eles voltaram a andar, Kook me puxou,
mas eu continuava olhando.
Tinha alguém ali.

Jimin: Amor, tinha alguém ali... Andando de quatro e bem rente ao chão.

Kook: Você está com medo, deve ter visto coisas... — Assenti nada
convencido disso.

Andamos por muito tempo, eu ainda sentia que tinha alguém nos
acompanhando, naquele momento, nem os espíritos falavam mais,
entramos em uma parte mais sombria ainda, olhei em volta e vi dois olhos
na escuridão.

Jimin: Ali... Eu vi de novo. — Todos pararam.

Sehun mirou o arco e flecha em um ponto que pra mim não tinha nada,
mas assim que ele disparou, um grito agudo ecoou e eu tive que tampar
meus ouvidos de tão histérico, o corpo caiu e logo virou pó.

Yoongi: Ah, mas que merda. — Aswangs pegaram as espadas e os vampiros


os arcos e flechas, híbridos pegaram as estacas na perna. Me encolhi nos
braços do Kook e eles ficaram em alerta.

Jooheon: Estão nos acompanhando desde que saímos do vale dos


espíritos... — Ele olhou em volta, as armas de prata tremeluziam na
escuridão.

Wonho: Luz! — Ele murmurou palavras em uma língua estranha para os


meus ouvidos e a névoa saiu por entre seus dedos, por onde ela passava,
surgia luz nos postes. Ouvi o grito de criaturas e olhei em cima das
estruturas, todas elas corriam da luz, eram demônios que se arrastavam
pelos pés e mãos, horríveis.

— Não gostamos da luz, apague-a, esta nos queimando. — Ouvi a voz


áspera de um deles.

Jimin: O que são?

Kook: Demônios das sombras... Shi... Não se mexa, não sabem que são
humanos... — Ele sussurrou, me puxou pela cintura para mais perto e
olhou em volta.

Hyungwon: Vamos, não vão fazer nada enquanto houver luz. — Voltamos a
andar, mas sabia que eles estavam nos seguindo pela parte que não havia
luz.

Wonho: Não temos muito tempo, cinco minutos... Meus poderes estão
limitados aqui.

Sehun: Então vamos nos preparar agora... — Paramos novamente e eles


ficaram em círculo ao redor de nós três.

Xiumin: Não sabem que são humanos, mas vão saber quando a luz
apagar... Fiquem no meio. — Assentimos, passado os cinco minutos, as
luzes foram enfraquecendo aos poucos, até que ficamos em completa
escuridão, ouvi sons de coisa rastejando e vi vários vindo para cima de nós,
eles abatiam facilmente todos, mas eu estava com a impressão de que
aquilo não ia ser o suficiente. — Vamos ter que correr.

Wonho: Eles primeiro, enquanto distraímos.

Sehun: Quando eu der o sinal, corram para lá, a uns dois quarteirões vai ter
uma estrutura, subam nela... — Assentimos. — Não parem de correr... Eles
querem vocês... Estaremos bem atrás de vocês. — Assentimos e ele nos
olhou enquanto os outros ainda lutavam com aqueles demônios.
Esperamos ele dar o sinal, ele olhava em volta, parecendo esperar o
melhor momento. — Agora...

Era uma vez um Jimin e um exército de demônios.

Eu corri tanto que nem olhei se BamBam e Mark estavam atrás de mim,
mas ouvia os passos rápidos deles, então deduzi que estavam, não me
atrevi a olhar para trás, pois sabia que tinha alguns atrás de nós e iam
acabar nos alcançando.

Mark: Já posso participar das corridas das olimpíadas. — Ele corria do meu
lado.
BamBam: Só você? — Chegamos na estrutura que Sehun falou, escalamos
a mesma com a faca e entramos em uma espécie de buraco, era bem
grande. Ficamos de pé olhando para baixo e notei que estavam escalando a
estrutura.

Olhei em volta, mas os outros não estavam nos seguindo, cadê eles?

Mark: Ok, agora vamos ter que aprender a usar isso. — Ele indicou a faca,
tirou a blusa de frio e amarrou na cintura, passei a mão nos cabelos tirando
dos olhos e enfim, eles nos alcançaram, eu chutei, usei a faca parecendo
que eu estava cortando um pão, usei as mãos, mas muitos mais chegavam.

BamBam: Vem, vamos subir mais... — Subimos mais e chegamos no topo


da estrutura, só então percebi que era alta, até demais. — Trouxe o
isqueiro?

Jimin: Porque eu traria um isqueiro?

Mark: Eu trouxe... — Ele jogou o isqueiro para o BamBam, o mesmo tirou a


blusa de frio, enrolou completamente na faca e colocou fogo na mesma. Os
demônios se afastaram do fogo e da luz, ficamos juntos e nenhum se
atrevia a chegar perto, apenas gritavam em nossa direção.

Eu achei que estava bem, mas estava enganado, Mark foi puxado para trás
com tanta força que ele despencou metros abaixo de nós, pensei que ele ia
continuar despencando, mas ele agarrou na beirada e ficou pendurado,
nos inclinamos para olhar e ele estava com as mãos sangrando.

BamBam: Você está bem?

Mark: Aham... — Olhei para baixo, além dele e vários demônios subiam na
direção do mesmo, entrei em pânico. — O que? Que foi? — Ele olhou para
baixo. — Ai MEU DEUS. — Eu e BamBam começamos a descer
cautelosamente, quando não tinha mais como descer, me debrucei sobre a
pilastra que eu estava, enquanto BamBam mantinha os demônios longe
com o fogo, me estiquei e ele soltou uma mão da pilastra, se esticou e
agarrou minha mão.
Não me lembro dele ser tão pesado.

Jimin: Segura com força... — A outra mão dele escorregou, minha mão
ficou cheia de sangue, ele agarrou minhas mãos com as duas mãos e ficou
pendurado centímetros acima da onde ele estava segurando. — Não solta,
Mark. — Fiz força para puxá-lo, mas algo agarrou sua perna e ele gritou.

Os próximos segundos foi uma espécie de cabo de guerra com o Mark.

Mark: Está escorregando... — Sua mão estava sangrando, devido à queda,


o sangue não estava ajudando em nada. — Minha perna está latejando. —
Olhei onde dois demônios seguravam, estavam arranhando sua pele toda,
eu já podia ver o coro, desviei a atenção e tentei puxá-lo, mas era
impossível. BamBam se debruçou e pegou na outra mão dele.

BamBam: Mas que porra, isso é demônio ou o Hulk? — Mark riu.

Mark: Eu ia pedir para não me soltarem... Mas acho que nem tem como. —
Ele fez um semblante de dor.

BamBam: Segura essa merda, Mark... Se você soltar, eu vou ficar muito
puto.

Mark: Ta escorregando... — Ele sorriu, seus olhos encheram de lágrimas,


olhei os demônios e sangue jorrava para tudo quanto era lado, a calça
estava toda retalhada já.

Jimin: Chuta eles... — Ele usou a outra perna, mas mesmo assim, os
demônios não soltavam. — Usa o fogo...

BamBam: Não alcança eles...

Estavamos sem opção e sua mão escorregava cada vez mais.

Mark: Não vou aguentar...

Jimin: Vai sim... — Olhei as mãos dele e estavam escorregando


vagarosamente, segurávamos ele pela ponta dos dedos.

Mark: Desculpa...

BamBam: Cala a boca, Mark... — Ele gritou de dor quando o demônio o


mordeu na perna, ele tentou ficar parado, mas pareceu ser impossível
quando ouvi um osso ser quebrado. Ele se contorceu, suas mãos soltaram
as nossas.

Ele despencou na escuridão.

Jimin: MARK!
Capítulo 27 — Lago
Jimin: Mãe? Fomos ao cinema e o Mark morreu engasgado com a pipoca.

— Mark Tuan —
Eu despenquei em uma horda de demônios, gritei e tentei agarrar em algo,
mas foi em vão. Fechei os olhos e esperei atingir o chão, entretanto, braços
me envolveram rapidamente, respirei aliviado.

Espera, pode ser um demônio.

O nervosismo voltou, abri os olhos lentamente, se eu fosse morrer, fechava


de novo. Quando abri, fitei aquele belo rosto, maravilhoso me olhando
preocupado, eu daria um beijo na boca se não estivesse tão fraco, Hobi,
pousou no chão, Jin me pegou no colo e eu não tinha forças nem para
agradecer.

Jin: Amor? — Ele juntou nossas testas, eu não conseguia nem manter meus
olhos abertos. — Me perdoa... — Senti gotas de água atingir minha pele,
abri os olhos lentamente e ele estava chorando, levei minha mão trêmula
até seu rosto e enxuguei.

Eu não vi muita coisa, só quando Hobi me pegou no colo novamente e


aterrissamos onde BamBam e Jimin estavam, Jimin estava de olhos
fechados, chorando e murmurando coisas como “Mãe, ele morreu
engasgado com o refrigerante, não, não, não, arrumo uma desculpa
melhor... Morreu de alegria por ir ver um filme que tanto queria, não,
muito tosco isso... Na verdade eu disse “quem me acha lindo, respira” ele
morreu asfixiado”.

Mark: Jimin...

Jimin: Agora meu irmão morto vai me perseguir, porque é culpa minha,
você sabe disso, certo BamBam? — Ele não parava de chorar. — Porque eu
o soltei, agora eu vou ser condenado que nem aqueles espíritos, vou ficar
vagando pela terra e choramingando... Ai droga, meu irmão morreu.

Mark: Jimin... — O chamei com tédio.

Jimin: Eu estou ouvindo a voz dele, você está ouvindo a voz dele? BamBam,
você tem noção do que acabou de acontecer? — Ele estava deitado de
barriga para cima, ainda de olhos fechados e ainda chorando. — Mano,
meu irmão morreu e eu não posso nem levar o corpo dele, porque a essa
hora não deve ter nem osso mais... Eu podia ter morrido no lugar dele,
porque eu não morri? Droga, ele nem me ensinou como fingir um desmaio,
seria útil para quando nossa mãe perguntar onde ele está.

Mark: Jimin eu estou vivo.

Jimin: Agora eu estou ouvindo a voz dele, ele me disse que está vivo, será
que ele virou um daqueles espíritos? Você ‘ta ouvindo isso, BamBam?

BamBam: Estou. — Ele me olhou com tédio, Jimin certamente estava


falando idiotices desde a hora que eu cai, BamBam estava tranquilo, deve
ter visto Hobi me pegando.

Jimin: Céus, você também enlouqueceu... Vamos todos morrer, eu, você...
E nossa mãe vai achar que ganhamos na loteria e fugimos com o dinheiro.

Mark: JIMIN ABRE A PORRA DESSES OLHOS. — Ele abriu, deu um pulo do
chão e todos começaram a rir, ele veio até mim.

Jimin: Você ‘ta vivo? — Ele começou a me “examinar” — Meu irmão ‘ta
vivo. — Ele me abraçou.

Mark: Pega leve, estou machucado. — Ri e ele fez foi me apertar mais no
abraço.

Chen: Deixe-me ver esse ferimento... — Ele e Hyungwon abaixaram e


olharam minha perna, só então pude ver o estrago, tremi em repulsa e
escondi meu rosto na camisa do Jimin.

Eu apaguei.

— Park Jimin —
Chen e Hyungwon começaram a tratar o ferimento, suas mãos passeavam
pela perna enquanto eles limpavam, então Hyungwon se transformou,
Chen virou a perna do Mark um pouco e Hyungwon começou a lamber a
ferida. Seria repugnante, mas eu não conseguia desviar o olhar, ele lambeu
todo o machucado, quando terminou, Chen deu batidinhas em sua cabeça,
o lobo deitou com a cabeça sobre as patas e olhou Chen terminar de cuidar
do ferimento, quando ele acabou, ouvi um estalo, ele estava colocando o
osso no lugar, enfaixou a perna, deu um antibiótico ao Mark, deu água e
tirou uma colcha macia da mochila, abriu no chão, colocou Mark deitado,
trocou a calça, cobriu ele com uma coberta fina, colocou a cabeça sobre a
mochila e nos olhou.

Chen: Vamos ficar aqui, ele vai dormir por um bom tempo, está fraco. —
Os outros assentiram, ele começou a tratar os ferimentos das mãos.
Quando terminou, sentou ao lado do Xiumin.

Jimin: Porque Hyungwon lambeu a ferida?

Chen: Nossa saliva tem propriedades curativas. — Assenti. — Ajuda a


cicatrizar mais rápido e desinfeta.

Eles fizeram uma fogueira, sentei entre as pernas do Kook no chão e


escorei em seu peito, esfriou e muito, Mark começou a tremer, Hyungwon
se aproximou e deitou em baixo da cabeça dele, não demorou muito para
ele parar de tremer.

Jimin: A temperatura deles é bem quente né?

Kook: Demais...

Chen: Vem, Jimin... — Levantei e sentei entre as pernas dele, não demorou
muito para eu estar aquecido, BamBam estava dormindo entre o Yugyeom,
com a cabeça em seu ombro, eu não conseguia dormir, parece que só
agora caiu a ficha que realmente podemos morrer.

Wonho: Vocês não vão morrer. — Dito isso, não demorou muito para Kook
e Jin dormirem nos braços de Luhan e Hobi.

Sehun: Vão chegar do outro lado com vida... — Ele amolava a adaga com
uma pedra, enquanto Xiumin limpava uma estaca.

Jimin: Mas vocês não.

Jooheon: É assim que é...


Jimin: Para onde vamos?

Sehun: Para o castelo de Drácula. — Assenti.

Jimin: Falta muito?

Wonho: Um pouco.

Jimin: Nossos pais?

Yugyeom: Estão bem... Já avisamos que iriam dormir na nossa casa.

Jimin: Como?

Wonho: Usei a névoa e deixei um bilhete com a letra de vocês. — Assenti.

No meio da noite, ou do dia, sei lá, Mark acordou, ele disse que já estava
bem para continuarmos, insistimos para ele descansar mais, porém, Mark é
teimoso e disse que deveríamos continuar o mais rápido possível. Ele se
apoiou em Yugyeom e assim tomamos nosso caminho.

Nós chegamos a uma parte um tanto mais clara que as demais, o estranho
era que os postes estavam com luz, ouvi Hyungwon murmurar para Chen e
Yugyeom ficarem em alerta, caminhei entre Yugyeom e Kook, quando eles
pararam, Yugyeom fez Mark se apoiar em Kook, pegou a adaga e a estaca
presas na roupa.

Chen: O quê? Não ouvi nada...

Yugyeom: Exatamente... Silêncio demais.

Hyungwon: Está exagerando. — Yugyeom virou rapidamente e fincou a


estaca em algo e cortou a cabeça de alguém com a adaga, arfei porque
passou rente ao meu pescoço, quando olhei para o lado, um corpo
despencou e caiu no chão sem a cabeça.

Yugyeom: Estou?

Chang: Era só o que me faltava... — Ele tirou a espada da cintura.


Homens invisíveis? Que porra é essa?

Jooheon foi lançado a uns 30 metros para longe, as asas saíram


rapidamente e ele levantou vôo, Chang foi puxado e jogado contra uma
estrutura, Luhan e Hobi foram lançados para trás, batendo em postes de
luz e Yoongi estalou o pescoço.

Yoongi: Se eu fosse vocês... Aparecia... — Não obtivemos resposta... — Pois


bem, eu avisei... — Ele começou a murmurar palavras diferentes, ninguém
entendeu nada que ele estava falando, então só assim pude ver corpos
caindo aos poucos e se retorcendo no chão de dor. Ele continuou falando
naquela língua estranha, uma das criaturas gritou para ele e eles
começaram a conversar. Do nada Xiumin, Sehun e Wonho estavam presos,
pareciam estar segurando eles pelo pescoço e as mãos, Yoongi foi lançado
para longe, Kook e Jin desmaiaram, peguei Mark e ficou restando apenas
nós, e os híbridos. Chen riu e quando o olhei, ele estava sentado em um
muro.

Chen: Vá em frente, tente. — Os três pareciam despreocupados, ele virou


o braço rapidamente e pegou no pescoço de algo, ainda sentado, ele
ergueu a criatura que tremeluziu e apareceu.

Tenho que dizer, horrível.

Tinha fios ralos na cabeça, olhos grandes e com veias pulsantes, usavam
apenas uma tanguinha. Dentes pontiagudos e encardidos, língua
extremamente comprida, corpo esquelético, cinzento, garras, já dá pra ter
uma ideia de que são desprovidos de qualquer beleza, né? A cena a seguir
foi repugnante, Chen apertou tanto o pescoço que ele começou a sangrar,
então as veias estouraram e foi sangue negro para tudo quanto foi lado.

Chen: Hm... Não... Tentem de novo. — Dessa vez foi com Hyungwon, ele
estava agachado no chão, eu não vi nada, mas ele simplesmente deu um
mortal para trás atingindo algo que caiu, tremeluziu e apareceu, então ele
fincou a estaca na boca da criatura. — Só sabem fazer isso?

Yugyeom estava distraído arrumando seu casaco que ia até o joelho, do


nada ele se virou e deu um soco em algo que tremeluziu e apareceu. Em
seguida, pisou tão forte na garganta do demônio que ela estourou.
Chen: Ok, chega de brincadeiras... — Algo empurrou Chen, eu vi porque as
marcas das mãos apareceram em seu peito, mas ele nem se mexeu.

Hyungwon: Lançar nossos amigos a metros de distância não é nada legal,


uma pena não poderem nos lançar também.

Chen: Larguem eles... — Xiumin, Sehun e Wonho foram soltos. — Bom,


muito bom, agora apareçam. — Der repente me vi em volta de muitos
demônios, diferente dos outros, esses andavam como pessoas. Os aswang
pousaram do nosso lado.

— O que são vocês?

— Sinto o cheiro de cachorro.

— São híbridos... — Eles se distanciaram um pouco.

Chen: Já vão embora? Fiquem mais.

Jimin: Porque estão se distanciando?

— Nós não gostamos de lobos, lobos são poderosos, lobos nos matam.

Hyungwon: Esperto você... — Jin e Kook acordaram e os demônios


mantiveram uma certa distância de nós.

Jimin: O que são vocês?

— Não interessa, humano.

Yugyeom: Vamos começar de novo... — Ele indicou para eu perguntar


novamente.

Jimin: O que são vocês?

— Anjos do submundo.

Chen: Anjos? — Ele riu. — Por favor... Isso é patético.

Jimin: Podemos continuar?


Hyungwon: Claro, tenho certeza que nossos amigos vão manter distância.
— Ele passou por um o farejando, em seguida voltou a andar, fomos atrás.

Yugyeom puxou Mark que se apoiou nele.

— Vão encontrar coisas piores.

Chen: Vamos correr o risco.

A vida é dessas.

Andamos bastante, as luzes foram ficando cada vez mais distante e nos
encontramos de novo na escuridão, tratei de ficar perto do Kook enquanto
olhava cada canto daquele lugar.

Kook: Está tudo bem?

Jimin: Uhum... — O abracei e dei um selinho nele. — Será que falta muito?

Kook: Mais ou menos... É onde eles moravam. — Assenti.

Jimin: É um castelo mesmo?

Kook: Sim, é como seu mundo antigamente, na era dos reinos, essas coisas.

Jimin: Tinha outras criaturas aqui?

Kook: Humanos malignos... Animais, algumas criaturas mitológicas para


vocês e vampiros.

Jimin: Não tinha metade vampiro e metade outra coisa? — Ele negou.

Kook: Só vampiros. — Tentei de novo imaginar aquele mundo antes.

Andamos e muito, foi quando Yugyeom parou de novo.

Chen: Merda... Abaixem. — Todos nós abaixamos e somente os três


ficaram de pé.
Xiumin: Não podemos andar 5 minutos que temos que parar... — Ele
começou a praguejar em outra língua.

Kook: Ainda bem que temos eles.

— Verdade. — Todos concordaram e os três sorriram.

Mark: Como assim?

Luhan: Muitas criaturas tem medo dos lobos, preferem manter distância.

Chang: Acho que as trevas não esperavam por eles. — Yugyeom abaixou e
colocou Mark sentado no chão, em seguida levantou e pegou a estaca,
olhei em volta, Kook e Jin sumiram, ouvi patinhas batendo no chão, olhei
para um ponto aleatório e vi dois, quatro, vários olhos, então 5 aranhas
gigantes surgiram, mas não eram aranhas comuns, pareciam ser...
Deformadas, sei lá. Elas mantiveram distância quando viram Chen,
Hyungwon e Yugyeom.

— Para atravessarem, precisam passar por uma prova. — Uma delas


sibilou, seus diversos olhos fitavam os três.

Wonho: Isso é... Ótimo. — Todos sentamos no chão, apenas os três ficaram
de pé.

— Estão vendo os ovos em cima daquela estrutura? — Olhei a estrutura


fodidamente alta, caindo aos pedaços, não tinha nem como subir ali. —
Vão pegar nossos ovos, descer eles, então deixamos vocês passarem, e...
Devolvemos os black bloods. — Me pergunto onde ela os colocou.

Chen: Onde você os colocou? — Obrigado, Chen.

— Primeiro os ovos.

Luhan: Ok... — Deu de ombros.

— Um momento, aswang... Quem vai pegar vai ser os híbridos.

Claro que ela queria eles, são pesados e não voam, a estrutura vai cair com
o peso deles.
Yugyeom: E se falharmos?

— Os black bloods morrem e... Não atravessam.

Hyungwon: Como vai matá-los? São mortos por lobos.

— Não somos idiotas, sabemos que podem morrer por uma estaca
também.

Ai Jesus amado, porque não podemos simplesmente andar pela cidade e ir


para o castelo de sei lá quem?

Chen, Hyungwon e Yugyeom ficaram conversando muito tempo entre si,


Yugyeom se aproximou da estrutura e chutou a mesma, ela balançou, caiu
alguma pedras e ele analisou a mesma, dando voltas ao redor dela.

Chen: Não dá para escalar.

Hyungwon: As garras. — Yugyeom tirou as garras para fora e ameaçou


subir, mas ela começou a balançar de novo. — Somos muito pesados.

Xiumin: Pulem...

Chen: Não pulamos tão alto.

Jimin: Façam um trampolim.

Mark: Dois fica em baixo, um corre e os dois o lançam para cima, pega um
ovo de cada vez e desce.

Eles voltaram a conversar entre si, ouvi coisas como “quem é mais leve” e
“quem é mais baixo”, por fim, ficou que Chen iria pular e Yugyeom e
Hyungwon iriam lançá-lo para cima. Eles se posicionaram perto da
estrutura.

Hyungwon: Corra com os poderes do vampiro. — Ele assentiu e se


distanciou, até demais.

Eu não vi nada além de um vulto, só vi na hora que ele pulou sobre as mãos
de Yugyeom e Hyungwon, ambos o lançaram para cima com tanta força
que ele passou da estrutura, quando estava caindo, pegou um ovo
significativamente grande, despencou com muita velocidade, mas
Hyungwon o apanhou.

Chen: Céus usem menos força, achei que ia visitar Marte.

— Foi mal... — Ele colocou o ovo no chão e fez todo o processo de novo.

[...]

Chen: Pronto... — Uma das aranhas pegou os ovos, sempre mantendo


certa distância dos lobos.

— Podem pegá-los. — Ela indicou o alto com o olhar e vi Kook e Jin


pendurados em uma teia de aranha gigante.

Luhan: Não podia ter deixado eles no chão? — A aranha não respondeu,
Luh e Honey buscaram os dois e a aranha assentiu.

— Posso mandar um grupo para escoltá-los, assim não serão incomodados


até o próximo obstáculo.

Wonho: Que generosa.

— Eu sei...

Ri internamente e começamos a andar novamente, notei um pequeno


grupo de 4 aranhas nos acompanhando, de fato, não fomos incomodados
durante todo o processo, der repente saímos da cidade e entramos em
uma trilha com algumas árvores, sombria assim como todo aquele lugar,
andamos muito, foi quando chegamos em um rio enorme, as aranhas
pararam.

— Só podemos ir até aqui, boa sorte.

Chen: Obrigado. — Elas se viraram e voltaram, nos encontramos sozinhos


na escuridão, de novo.

Algumas pequenas árvores se encontravam saindo do rio, ele estava em


volta de montanhas negras, a escuridão continuava, mas era um tanto mais
claro que a cidade atrás de nós e a floresta. Tinha uma espécie de neblina
espessa pairando sobre ele e ao redor da montanha, a água era bem
escura, dava para ver algumas pedras e pelo tamanho delas, ele parecia ser
um lago, ou melhor, um rio bem fundo, na verdade, não sei o que é.

Luhan: O que tem nesse rio?

Xiumin: Nada, só tinha um crocodilo de 10 metros... Guardião... Mas ele


entrou em sono eterno depois que o mundo foi tomado.

Chang: Alguma coisa tem nesse lago...

Yugyeom: Sim, as águas estão inquietas. — Olhei a superfície cheia de


musgo verde, quase não dava para ver a água.

Jimin: Mas a água está parada.

Chen: O fundo está agitado, não a superfície.

BamBam: Simples, vamos saber agora se tem algo aí dentro... — Ele pegou
uma pedra grande e jogou longe.

Ela afundou, mas nada aconteceu.

Mark: Toma... Joga um sanduíche. — Ele estava sentado numa pedra,


entregou o sanduíche para o BamBam e o mesmo jogou para longe.

Nada aconteceu.

BamBam: Me da outro... — Mark entregou, eu e BamBam começamos a


jogar, a água no horizonte estava agitada por conta dos sanduíches, foi aí
que algo subiu à superfície, algo bem comprido por sinal, logo mergulhou
de novo. — O que era?

Wonho: Não deu para ver...

Mark: Jin, tire as luvas.

Jin: Como é?
Mark: Faça o que estou dizendo. — Jin tirou as luvas e suas mãos logo
pegaram fogo. — Um de vocês, voe com ele pelo lago. — Hobi fez as asas
aparecerem.

Luhan: Não, é melhor eu, por causa do escudo, assim não vou me queimar.
— Hobi assentiu e Luhan levantou vôo, pegou Jin pela cintura e sobrevoou
a água, Jin colocava fogo na mesma em certos pontos, por fim eles
voltaram.

Jimin: Viram o que era?

Jin: Sim.

Chang: O que era?

Luhan: Era não, são... Serpentes marinhas e...

Xiumin: E...?

Luhan: Monstro do lago ness... — Eles arregalaram os olhos.

Chang: Estava demorando para a gente se fuder antes mesmo de chegar


no castelo.

Mark: Porque não passamos voando, como fizemos com os zumbis?

Chen: Porque o monstro do lago ness... — Ele engoliu em seco. — Sai da


água, a cabeça... Não sei que milagre ele não saiu quando vocês voaram.

Jin: Está dormindo.

Xiumin: Que maravilha... Chegamos aqui para nada.

Mark: Ele existe mesmo?

Hyungwon: Claro que existe.

BamBam: Como ele é?


Xiumin: Sabem o que é um Plesiossauro? — Negamos. — Um animal
parente dos dinossauros, extinto desde o mesozóico. Eram répteis
aquáticos de grandes dimensões com pescoço grande em relação a cabeça
que se deslocava com a ajuda de enormes membros em forma de
barbatana, a semelhança do ness para ele é grande, acham que ele é um
Plessiossauro, que, de alguma forma, sobreviveu à extinção da sua espécie
no fim do Cretáceo.

Mark: É carnívoro?

BamBam: Não, não Mark, não podemos passar porque senão ele vai querer
que jantemos alface com ele. — Os outros riram e Mark fez uma careta.

Wonho: Sim, Plesiossauro eram carnívoros, ele pode comer de 10 a 20


animais se cada um pesar cerca de 1500 e chegar até 150 animais de 150
quilos.

Jimin: Deve ter um jeito de passar... Outro caminho? Ou sei lá, matem ele.

Wonho: Não temos poder de matá-lo, ele se afasta se tiver uma explosão,
bem perto dele... — Olhamos Jin e Kook.

Kook: O quê?

Jimin: Usem os ventos e o fogo, criem uma explosão.

Yoongi: Não adianta.

BamBam: Por quê?

Yoongi: Porque eles teriam que entrar na água... Seriam mortos antes
mesmo de tentarem.

Yugyeom: Não sabem controlar os poderes ainda, como teremos certeza se


vão conseguir criar uma explosão?

Chen: Tem serpentes marinhas, não tem só o monstro... Meninos, não tem
jeito.

Wonho: Não podemos arriscar os dois.


Jimin: Claro que tem, Conde Drácula deve ter visto isso, ele sabia do
monstro... Se ele viu eles vencendo as trevas é porque atravessamos o
lago.

Xiumin: E o que vocês sugerem? — Todos nos olharam.

O que sugerimos? Como assim? Eles que tinham que ter ideias.
Capítulo 28 — Castelo
— Mark Tuan —
Mark: Eu não tive minha perna estraçalhada por um demônio para vocês
chegarem aqui e falarem que não tem jeito.

Jimin: Vamos entrar. — Ele tirou o casaco, a camisa e a calça, ficando


apenas de boxer.

Xiumin: Oi?

Jimin: A fênix disse que os ajudamos a controlar o que não podem, então
vamos entrar e ajudar eles a fazer a explosão. — Me apoiei em Yugyeom e
comecei a tirar minha roupa, Kook e Jin deram de ombros e começaram a
tirar também.

Chen: Jeon Jungkook coloca essa roupa agora!

Kook: Não chegamos até aqui pra nada.

Hyungwon: Park Jinyoung!

Jin: Se não der certo vamos morrer mesmo. — Deu de ombros e quando
ele tirou a blusa e a camisa, meu queixo caiu. — Aigoo, para de me olhar
assim. — Ri e desviei o olhar.

Jimin: Vamos nadar até... Sei lá, esperar ele aparecer, ou acordamos ele,
vocês o distraem aqui em cima para chegarmos perto o suficiente e
criarmos a explosão, alguma pergunta? — Ninguém respondeu e ele
simplesmente mergulhou.

Mark: Anda... Me ajuda a ir mais perto. — Falei com Yugyeom e ele me


fitou. — Anda logo. — Ele não se mexeu, tirei as mãos dele da minha
cintura e manquei até a beirada, em seguida mergulhei. Encontrei com
Jimin no fundo, por incrível que pareça a água ali embaixo era cristalina,
algo tocou minha cintura, olhei e era Jin, entrelaçou nossos dedos e indicou
onde havia visto o monstro.

Nadamos por certo tempo, então eles indicaram para ficarmos atrás das
pedras, mas eu já estava ficando sem oxigênio, como eu queria ser um
deles dois para não ter problema com respiração. Jin notou meu
desconforto e me puxou delicadamente, selou nossos lábios e me passou
ar. Ele se afastou e eu fiz sinal de ok, o mesmo olhou minha perna, olhei o
curativo e ele estava intacto.

Olhei por entre as algas e quase engasguei quando vi uma criatura um


tanto longe, por entre algas e pedras enormes, um pescoço enorme
pousado rente ao corpo, uma cauda enorme, sua pele era em um tom
escuro, as escamas eram assustadoras, ele parecia estar em um sono
profundo, o tamanho dele é significativamente grande, me sinto na
presença de um dinossauro. Parecia uma mistura de cobra com um
saurópode, ele era muito grande e eu tremi de medo com isso. Ele tinha
quatro nadadeiras, duas de cada lado do corpo, seu focinho é bem
comprido e eu tentei imaginar que tipos de dentes haveria ali dentro. O
pescoço era largo, bem mais largo que nós quatro juntos. Ele tinha umas
barbatanas rentes ao pescoço e perto do corpo, na parte de cima. No
focinho, tinha dois chifres compridos, um pouco mais atrás dos olhos, mais
um chifre um pouco menor que o primeiro e o segundo, iam do maior para
o menor.

Jin se virou para mim novamente e selou nossos lábios, me passando ar


novamente. Cutuquei Jimin e começamos a conversa em linguagem de
sinais, pois na nossa antiga escola tínhamos uma colega muda, então
aprendemos a linguagem para poder nos comunicarmos com ela.

“O que fazemos agora?” — Jimin.

“Acordá-lo” — Mark.

“Acordá-lo para ele sair das pedras?” — Jimin.

“Sim” — Mark.

“Como vamos acordá-lo?” — Jimin.

Pensei, pensei, pensei e algo veio a minha mente, comecei a balançar a


mão fazendo sinais enquanto ele olhava elas atentamente, por fim
terminei a frase e ele pediu a Kook para passar oxigênio novamente, me
virei para Jin e selamos nossos lábios de novo. Tentamos passar o plano
para Jin e Kook, eles pareceram entender, fiz um círculo com o dedo e
depois sinal de nadar, Jin franziu o cenho. Olhei os dois do meu lado e Jimin
passava para Kook o que ele tinha que fazer.

Kook fitou Jimin por alguns minutos, então Jimin começou a mudar de
forma, no lugar dos pés, uma cauda grande verde metálica começou a
aparecer, jóias marinhas decoravam seu corpo e a cauda tinha um tom
brilhante, indiquei Jimin e depois a mim, Jin entendeu finalmente. Aos
poucos minhas pernas se transformaram em uma cauda azul metálica,
brânquias surgiram em alguns pontos, jóias apareceram em meu pescoço e
braços. Em alguns pontos da minha pele, apareceram alguns detalhes em
azul, assim como Jimin. Pude respirar debaixo da água, olhei Jimin e ele
estava com uma pequena coroa na cabeça, toquei minha cabeça e estava
do mesmo jeito. Virei para Jin e fiz gestos novamente.

Indiquei ele, e fiz uma boquinha de peixe, ele pareceu entender então se
transformou em um peixinho, mas ele entendeu errado, balancei as mãos
negativamente, fiz sinal de peixe e indiquei algo maior. Ele nadou indicando
que entendeu e se transformou em uma baleia filhote, o olhei com tédio e
balancei a mão negativamente. Fiz sinal do peixe e indiquei um bico
comprido, ele balançou para cima e para baixo, em seguida se transformou
em um peixe espada.

Porque Deus? É tão difícil se transformar em um golfinho?

Balancei as mãos negativamente e fiz sinal de um peixe, em seguida fiz


aegyo. Finalmente ele entendeu e se transformou em um golfinho um
pouco maior que eu. Fiz sinal de positivo e olhei os dois, Jimin ainda
tentava passar a mensagem para Kook que estava transformado em um
cavalo marinho.

Jimin indicou Jin e Kook entendeu, ele se transformou no boto.

Boto, porque ele se transformou no boto? Enfim, ele estava rosa, como o
boto.

Toquei a pele de Jin e ele nadou um pouco para o meu lado, peguei na sua
barbatana de cima e segurei com firmeza, após fazer um sinal de ok com
Jimin que estava preparado já, Jin disparou em direção ao monstro que se
mexeu significativamente, então ele abriu o olho, focou diretamente em
nós dois, Jin nadou chamando a atenção dele enquanto Kook estava do
outro lado com Jimin, o monstro não pareceu notá-lo.

Então ele ergueu a enorme cabeça, aos poucos foi se erguendo, ele parecia
ter o dobro de tamanho de quando estava deitado, mantemos certa
distância dele e ele continuou “nadando” para sair de dentro das pedras.
Ele era enorme, eu me assustei um pouco, minha cauda brilhou chamando
sua atenção e ele abriu a enorme boca revelando dentes pontiagudos,
pareciam piores que dentes de tubarão. Nadamos para longe, segurei firme
na nadadeira de cima do Jin e ele disparou pela água com o monstro logo
atrás de nós.

Olhei de relance e já não podia mais ver Kook e Jimin, espero que estejam
conseguindo. Então Jin fez o inesperado, nadou para o fundo e o monstro
estava quase nos alcançando, tentei entender o que ele estava fazendo,
mas então ele virou bruscamente e disparou para a superfície.

Saímos da água como um foguete, ficamos longos segundos emergindo no


céu, então a cabeça do monstro emergiu da água direto na nossa direção,
com os dentes a mostra, olhei em volta e os outros ainda estavam no leito
do rio, aswangs levantaram vôo e chamaram a atenção do monstro que
mergulhou novamente, por fim, eu e Jin caímos na água com um pequeno
splash.

Dentro da água, o monstro havia sumido, olhei em volta procurando o


brilho verde da cauda do Jimin e não encontrei, será que ele conseguiu?
Sem tempo para pensar, nos escondemos entre algumas algas, o monstro
emergiu a cabeça para fora de novo, à água estava muito agitada, mas
podia ver aswangs e vampiros sobrevoando no céu escuro. Dei sinal para
Jin e ele se transformou.

Espera, eu posso falar dentro da água... Eu sou um peixe.

Mark: Amor? — Ele me olhou e sorriu. — Veja se pode invocar o fogo


aqui... — Ele assentiu, eu já podia sentir a água se agitando mais ainda,
olhei em volta e fora da água, o vento estava muito poderoso, Jimin deve
ter conseguido.

Ele só tinha que ficar embaixo do monstro junto com Kook, olhei para o
monstro, não podia ver eles, mas de relance vi o brilho verde da cauda do
Jimin.
Jin tentou, mas o fogo não veio.

Mark: Tente pra valer... Use todo o seu poder.

Ele tentou.

Mark: Amor... Tire as luvas. — Ele sorriu ao notar que ainda usava as luvas,
tirei as luvas dele e logo suas mãos pegaram fogo.

Fomos interrompidos pelo monstro, ele mergulhou e vinha direto na nossa


direção, empurrei Jin para o lado e o monstro pressionou o focinho contra
mim, mergulhando e me empurrando para o fundo. Tentei sair da sua
frente, mas era impossível, então vi onde ele estava mirando, em uma
pedra.

Só posso dizer... Merda.

Olhei em volta, a velocidade que ele nadava era tão grande que eu perdi o
controle da minha calda. Vi de relance Jimin e Kook segurando firmemente
nele, Kook perdeu o controle e os ventos começaram a perder o controle
também, olhei em volta, peguei um negócio flutuando do meu lado, olhei
para trás e a pedra estava cada vez mais perto, peguei o graveto e enfiei
direto no olho do monstro que abriu a boca desesperadamente e minha
cauda foi direto para a goela dele, desesperado, ele fechou a boca com
tudo, fui puxado para fora e vi que era o Jimin.

O monstro se livrou do graveto e nadou em nossa direção.

Jimin: Fudeo’... Corre Mark. — Nadamos o mais rápido possível.

Mark: Correr? — Ele riu. — Cadê o Kook?

Jimin: Atrás do Jin... Ele está preso entre duas pedras, você o empurrou
com muita força.

Me xinguei mentalmente.

Mark: Vamos atraí-lo para fora, para os outros distraírem ele. — Ele
assentiu, mergulhamos para o fundo e tomamos velocidade, disparamos
contra a superfície, foi tão rápido que quando emergimos, eu fiquei lado a
lado com Xiumin.

O monstro emergiu. Segurei em Xiumin para o monstro continuar nos


caçando, Xiumin perdeu um pouco o controle por causa do peso da minha
cauda, mas logo se endireitou, parei atrás dele e lancei os braços em volta
da cintura dele.

Xiumin: Uma sereia? — Dei de ombros, olhei Jimin e ele estava segurando a
cintura do Wonho.

O monstro veio direto em nossa direção, Xiumin desviou facilmente e


fincou a estaca no pescoço comprido do mesmo, Luhan o irritava com as
asas, junto com seus irmãos. O vento estava descontrolado, vi que várias
árvores da água pegavam fogo, dei sinal para Jimin e soltamos a cintura dos
dois, despencamos para a água e o monstro nos deixou de lado por alguns
minutos, tempo suficiente para encontrarmos Kook e Jin perto das pedras.
Abracei Jin por trás, o fogo estava descontrolado, assim como os ventos,
quando o abracei, o fogo parou nas mãos dele.

Jimin: Façam a explosão, rápido.

Eles indicaram que precisavam ir mais perto. Nadei e o puxei para mais
perto do monstro, Jimin bateu com a cauda no monstro, chamando sua
atenção, ele mergulhou e ficamos embaixo dele.

Mark: RÁPIDO.

Kook invocou os ventos, fui atingido tão forte que lutei para manter eu e
Jin no lugar, Kook não pareceu ser afetado, os ventos vinham de todas as
direções, me castigavam e estavam irritando o monstro, mantivemos Kook
e Jin nos nossos braços. O fogo aumentou nas mãos de Jin, seus olhos
pegaram fogo também, assim como seu cabelo, senti seu corpo esquentar
demais em meus braços, mas ele não ficou em volta de chamas como da
ultima vez, diferente disso, uma bola de fogo enorme foi surgindo em um
redemoinho que Kook criava enquanto mexia as mãos, no mesmo instante
que o monstro virou para nos abocanhar, Jin lançou a bola de fogo bem na
direção do focinho do mesmo.

BUM!
Fomos lançados em uma velocidade absurda para a superfície, soltei do Jin
e o fogo começou a se descontrolar, ele ficou em volta de chamas, as
árvores pegavam fogo, o vento nos lançavam a metros de distância no céu,
Kook estava descontrolado, aquilo ia virar uma tsunami, eu não conseguia
falar, nem gritar, mas pude ver Luhan rapidamente pegando Jin no ar, senti
braços me envolverem, era o Sehun. Aos poucos fomos parando, a água
ainda jorrava para todo lado por conta da explosão e do redemoinho
descontrolado, meus braços sangravam e meu rosto também.

Pousamos em uma das montanhas, Sehun me levou para perto de Jin,


estava com medo de me queimar, mas era preciso, gritei quando passei
minha mão pelo fogo, finalmente o puxei para perto e ele parou. Coloquei
as luvas nele e o soltei, minha pele queimava. Aos poucos minhas pernas
voltaram e eu cambaleei para os braços do Sehun.

Eu apaguei.

[...]

— Kim Jongdae —
Chen: Estranhamente... A cauda da sereia curou a perna dele. — Os dois
ainda estavam desacordados, com muitas queimaduras e machucados, eu
e meu irmão cuidávamos deles.

Sehun: Temos que atravessar logo o lago, antes que ele volte.

Hyungwon: Estão muito machucados.

Sehun: Não temos opção... — Acabamos assentindo.

Wonho: Vamos correr para chegarmos mais rápido do outro lado, o lago é
muito grande, não vamos perder tempo, ele pode voltar a qualquer
momento.

Peguei Mark no colo e entreguei ele a Luhan, Hyungwon pegou Jimin e


entregou para Jooheon, BamBam segurou na cintura do Yoongi e eles
esperaram nós nos prepararmos para voar.

Xiumin: Segura, com força... Vou voar muito rápido. — Assenti, ele colocou
um braço em volta da minha cintura e eu lancei os braços em volta do
pescoço dele. — Vamos descer a montanha voando, voem rente a água,
porque a neblina que tem metros acima da água é venenosa. — Eles
assentiram. — Vocês voem sobre a água, nós vamos correndo sobre a
água, nos sigam e tentem não se perder. — Eles assentiram novamente.

Chen: Só não me deixe cair.

Xiumin: Nunca.

Dito isso, ele levantou vôo tão rápido que eu tive que fechar os olhos,
escondi o rosto em seu pescoço enquanto o vento me castigava de todas
as formas possíveis. Ele atingiu a água e começou a correr rapidamente,
me soltei dele lentamente e comecei a correr do seu lado, meus pés
flutuavam sobre a água e eu podia ver Yoongi voando logo do meu lado.
Sentia minha bota molhando aos poucos, mas estava bem, desviávamos de
algumas pedras e às vezes olhava para trás para ver se todos estavam
conosco. Xiumin estendeu a mão para mim e eu entrelacei nossos dedos,
corrermos sobre a água por muito tempo.

Senti um estrondo abaixo da superfície e estremeci quando senti as


serpentes marinhas nos seguindo, estava demorando para elas
aparecerem, devem ter aparecido porque o monstro sumiu por causa da
explosão.

Hobi: Temos companhia!

Wonho: Vamos ter que ir mais rápido!

Luhan: Eles não vão aguentar... Vão ficar sem oxigênio por causa da
velocidade.

Ele se referia a BamBam, Mark e Jimin.

Wonho: Não temos opção!

Dito isso, disparei junto com Yugyeom, Kook, Jin e Hyungwon, éramos os
mais rápidos ali, os outros pareceram entender, pois usei meus sentidos
para ouvi-los, eles dispararam também, não nos acompanhando, mas
aumentaram a velocidade significativamente. Kook e Jin estavam bem à
frente, foi aí que eles foram interrompidos por uma serpente que emergiu
da água a frente deles. Eles caíram sobre a água, mas logo tomaram
velocidade de novo, porém, reduzido, a serpente estava na cola deles,
passamos por eles e pude ouvir meu irmão avisá-los.

Hyungwon: Não parem, continuem! Desvie delas! — Eles assentiram e


dispararam a nossa frente, desviei de pedras, serpentes que emergiram de
repente, era mais fácil para nós do que para os outros, pois nosso sentidos
nos avisava quando alguma serpente estava próxima, já eles não, então
toda hora um deles era abatido.

Chen: Yugyeom! Corra junto com aswangs, os avise quando alguma


serpente estiver próxima para que eles desviem. Hyungwon, fique com
Kook e Jin!

Reduzi, ficando lado a lado com Sehun, Xiumin e Wonho. Avisava eles
sempre que alguma serpente estava próxima, assim ninguém mais foi
abatido, após mais alguns minutos correndo, finalmente chegamos do
outro lado.

Paramos sobre a areia.

Xiumin: Por pouco. — Olhamos para trás e o monstro emergiu da água. —


Vem, vamos ficar longe da água. — Corremos por entre as árvores o
acompanhando e logo chegamos em uma espécie de vale. — Aqui está
bom.

[...]

— Mark Tuan —
Meus braços estavam enfaixados com ataduras por causa das
queimaduras, assim como Jimin, mas o bom é que podíamos andar
sozinhos. Estávamos nos preparando para recomeçar a caminhada.

Xiumin: Estamos quase lá... Só temos que atravessar esse vale... E subir a
montanha, o castelo está entre as árvores na montanha. — Assentimos.

Mark: Porque não vão correndo...

Wonho: Seria mais rápido... — Ele pensou.


Xiumin: Então vamos. — Yugyeom, Chen e Hyungwon dispararam na frente
com Kook e Jin logo atrás.

Me aproximei de Luhan e ele alertou para segurar firme, assenti e lancei


meus braços em volta do pescoço dele, ele envolveu minha cintura com
uma mão, levantou vôo e disparou, seguindo os híbridos. Vi Xiumin, Wonho
e Sehun como pequenos vultos correndo logo abaixo do Luhan, olhei por
sobre o ombro dele e lá estavam seus irmãos em formação, Yoongi estava
à frente de Luhan. Eu me pergunto por que ele é na frente.

As asas dele batiam pesadamente, ele desviava de estruturas com


facilidade, eu estava praticamente deitado debaixo dele, estava inclinado
para ser mais exato, mas até que era confortável voar com ele. Seu
perfume de rosas vermelhas era reconfortante, na verdade, todos eles tem
esse cheiro, vou marcar no meu bloquinho de perguntas o porquê deles
cheirarem a rosas.

[...]

Atravessamos um lago que deduzi não ter nada ali dentro, pois eles
continuaram voando rente ao lago, imaginei um castelo no final dele com
dois crocodilos de guarda, tipo aqueles de filme, mas diferente disso, nos
deparamos com uma montanha significativamente assustadora. Paramos
na base dela, novamente imaginei que aquele lugar deveria ter sido muito
lindo.

Mark: Não tem nada habitando as águas?

Sehun: Dois tubarões de uns cinco a seis metros... Mas entraram em um


sono eterno depois que o mundo foi tomado. — Assenti.

Hyungwon: Vem, deixa-me trocar esses curativos.

Sentei em uma pedra e ele começou a trocar os curativos, ele fazia tudo
rapidamente que eu quase não via suas mãos trabalhando, quando
terminou, nos preparamos para voar. Ainda bem que iríamos voando, não
estava nem um pouco a fim de subir uma trilha.

Wonho levantou vôo sendo seguido por Xiumin e Sehun. Lancei meus
braços em volta do pescoço do Luhan novamente, dessa vez ele vôo em pé.
Quando mais ele subia, com mais medo eu ficava ao olhar para baixo e ver
o chão cada vez mais longe. Ele voava devagar e tranquilamente, assim
como os irmãos, não demoramos para chegar em uma trilha, ele pousou e
eu me soltei dele.

Começamos a andar pela trilha, aquele local era ainda mais assustador que
a floresta anterior. Eu estranhei o fato de não ter nenhuma criatura ali,
abracei Jin de lado e me atrevi a perguntar após ele pedir desculpas pelos
machucados novamente.

Mark: Aqui é tão... Silencioso.

Jin: Porque aqui... É o castelo do Conde, nenhuma criatura se atreveu a vir


nas proximidades, a não ser as trevas.

Estremeci e continuamos a andar.

Chegamos a uma ponte enorme que estava caindo aos pedaços, as árvores
estavam negras e todas retorcidas, Wonho afirmou que era seguro
atravessarmos a ponte, eu não conseguia ver o final dela, era muito escuro.

Luhan: Elas estão por aqui...

Sehun: Sim, mas estão inseguras de se aproximar de vocês.

Agradeci mentalmente por Luhan e seus irmãos estarem ali, não estava
nem um pouco a fim de conhecer a tal, ou o tal das trevas. Chegamos no
final da ponte e eu pude ver um castelo negro, com árvores quebradiças ao
redor e uma neblina espessa. As nuvens se formavam acima dele, ele
estava caindo aos pedaços, assim como o resto do mundo. Uma espécie de
luz vermelha saia das entradas, o castelo era bem grande, muito grande
mesmo, suspeito que antes desse para vê-lo lá da floresta de zumbis.

O chão estava com cinzas, fuligens e ossos, podia ver alguns cadáveres nas
proximidades, parecia um castelo mal assombrado. Passamos pela enorme
entrada sem porta e eu podia ver teia de aranhas por todo o salão principal
que brilhava em vermelho, quadros, ouro, diamantes, pedras preciosas,
enfeites raros, pedestais, armaduras, pilares, coisas típicas de um castelo,
porém, estava tudo destruído. Parei de frente para um quadro e fiquei
meio entristecido, era a pintura do castelo e ele era lindo antes, parecia um
castelo de princesa, branco, a ponte ligava a uma floresta cheia de árvores
florescidas, a paisagem era linda, a montanha era bem verde, o castelo era
enorme, cheio de janelas, todo decorado, fico imaginando como era o
interior. Outra pintura era a cidade vista dessa montanha, parecia um vale
medieval e a cidade após o lago do monstro era muito linda, era... Viva.

O lago eu podia ver o crocodilo enorme sobre a superfície, só conseguia ver


sua cabeça, mas ele parecia inofensivo, no rio do castelo eu podia ver os
dois tubarões sobre a água, também pareciam inofensivo. Ao longe eu via a
floresta de zumbis, tão linda quando o resto de todo aquele mundo
destruído.

Xiumin: Nosso mundo era assim... — Ele indicou. — Conde pintou esse
quadro assim que o mundo estava completo... Ele demorou... 2 anos
pintando tudo, detalhe por detalhe, desde a nadadeira do tubarão, até o
dente do crocodilo.

Mark: Os tubarões protegiam o castelo? — Imaginei que fosse como nos


filmes.

Xiumin: Sim... O crocodilo protegia o vale... Não é todos que podiam


atravessar os rios para ir ao castelo ou ao vale, mas todos podiam ficar na
cidade ou nas montanhas.

BamBam: Não podem recuperar esse lugar?

Wonho: Não... — Notei a tristeza em seu olhar. — Além desse lugar... Tem
mais três lugares como esse, porém, eles não têm castelo. — Assenti. —
Tudo destruído.

Olhei a pintura, o céu brilhava nela, era tudo tão lindo.

Sehun: Aqui virou uma espécie de... Submundo alternativo.

Todos olhavam a pintura na parede destruída.

Xiumin: A floresta de zumbis, antes era uma floresta de fadas. — O olhei


maravilhado. — Elas partiram quando o mundo foi tomado, tinha animais...
Muitas coisas... A cidade era onde grande parte dos vampiros viviam, o vale
era onde... Bruxos e feiticeiros viviam... E aqui era onde a gente e nosso
mentor vivia.

Luhan: Conde Drácula. — Ele olhou a pintura de um vampiro.

Ouvi gritos de criaturas ao ouvir o nome do Conde.

Yugyeom: E esse, quem é?

Xiumin: Meu pai... Esse é o ancião. — Ele indicou a outra pintura,


andávamos pelo salão enorme. — Esse é o nosso mentor... E esses três
vocês conhecem. — Sorri ao ver a pintura deles.

BamBam: Essa é Martha e o Conde? — Eles assentiram e eu olhei a pintura


dos dois vampiros segurando um bebê que deduzi ser o pai deles.

As pinturas estavam sujas e cheias de teias de aranha, aquele lugar que um


dia fora lindo, estava assustador e destruído, me senti triste por isso.

Wonho: Vamos... Temos que começar. — Os acompanhamos e eles


subiram inúmeros degraus, alguns estavam destruídos, corri para
acompanhá-los, então eles abriu uma enorme porta, era tipo uma
biblioteca, ou um escritório, ou os dois.

Xiumin: Não temos muito tempo até o eclipse. — Ele sentou e olhou os
meninos.

Jin: O que? Espera, é agora?

Kook: Como que faz isso? Tipo... — Ele mexeu as mãos. — Isso... — Indicou
tudo.

Jin: O Conde falou comigo...

Kook: Oi?

Jin: Bem... Eu não sei se era ele.

Luhan: Jin... Explica exatamente o que aconteceu.


Jin: Antes de atravessarmos o portal... Eu pedi um sinal, e ele deu um sinal.

Jooheon: Que sinal?

Jin: Uma estrela, ele desenhou uma estrela e uma lua juntas.

Chang: É isso? Como você sabe que era ele?

Jin: Não era uma estrela e uma lua qualquer, a nossa estrela e a nossa lua.
— Eles puxaram o colar e colocaram sobre a blusa.

Chen: Não significa nada.

Jin: Significa sim... Ele está aqui... Conde? Você está aqui?

Parece loucura, mas começamos a chamar por ele, mas não aconteceu
merda nenhuma.

Kook: Jin, não tem nada aqui, nós chamamos, gritamos, imploramos, o que
quer que tenha aparecido para você, não está aqui mais. — Jin olhou a
pintura do Conde na parede.

Jin: Conde, por favor, me ajude.

Kook: Jin, já está na hora... O eclipse já vai começar.

Jin: Não, Kook.

Kook: Sim... Nós temos que fazer isso.

Ouvi barulhos no salão principal, aswangs, vampiros e os híbridos


levantaram.

Xiumin: É com vocês... — Ele sorriu de lado, abriu a porta e os outros o


acompanharam, ouvi coisas sendo quebradas, o que tinha lá em baixo?

Luhan e seus irmãos levantaram vôo e dispararam para baixo, os híbridos


se transformaram e dispararam escada abaixo. Xiumin, Wonho e Sehun
subiram no parapeito, ambos deram um mortal para trás e caíram,
restando apenas Xiumin que sorriu.
Xiumin: A propósito... Estou orgulhoso. — E ele se foi.

Corri para o para peito e lá em baixo eu podia ver todos eles, eles
seguravam os pelos dos lobos e estavam de mãos dadas, nuvens negras
com filetes vermelho estavam em volta deles, onde elas tocavam,
quebrava, aos poucos eles foram tomados, não os vi mais.

BamBam: Estão... Mortos? — Lágrimas surgiram nos meus olhos e aos


poucos desceram pelas minhas bochechas. Dei passos para trás e fechei a
porta rapidamente. — Yug?

“Ganhamos tempo para vocês... Adeus, bons amigos”

Ouvi a voz do Wonho na névoa sumindo aos poucos e um nó se formou em


minha garganta, olhei para o lado ao ouvir um soluço baixinho, Kook e Jin
estavam de joelhos se desmanchando em lágrimas.
Capítulo 29 — Solidão
Mark: Vamos, vai dar tudo certo... — Fui interrompido quando um livro foi
tirado da prateleira e parou na mesa a minha frente. Todos nos
assustamos.

Jimin: TUDO BEM AGORA EU TÔ COM MEDO. — Ele se jogou na poltrona


assustado.

Jin se aproximou enxugando as lágrimas.

Jin: É um livro de feitiços. — O livro abriu e as páginas começaram a passar.

Jimin: MUITO MEDO... — Jin olhou em volta.

Jin: Ele está aqui... — Ele falou com Kook. — E quer dizer alguma coisa. —
O livro parou e ele leu. — É o feitiço da liberdade. — Falou com Kook. —
Usado para soltar os espíritos presos nas terras das sombras.

Kook: Jin, eu tenho certeza que é as trevas, por favor, vamos fazer o que
viemos fazer. — Jin o ignorou e começou a ler.

Jin: O poder do sol e as forças da lua... Olha “e libertar nossos amigos das
trevas que os escondem.”

Kook: Essa frase é minha... — Ele estava citando o feitiço, ele estava
querendo mudar o feitiço que a fênix passou para eles.

Jin: Então faça, é um sinal... Kook.

Kook: Você quer mudar o feitiço?

Jin: Sim, trocamos “Conquistar nossos inimigos das trevas que os


escondem” por “libertar nossos amigos das trevas que os escondem”

Kook: Não, Jin...

Jin: Vai fazer o que é certo, eu sei... Podemos libertar todos eles, eu sei que
é isso que temos que fazer.

Kook: Estão mortos, Jin.


BamBam: Não vão mudar nada, vão fazer o que a fênix disse...

Mark: Vamos para o salão e acabar com isso, como a fênix disse. — Saímos
empurrando os dois para fora da biblioteca. Corremos pelo castelo, pude
ouvir coisas sendo quebradas por todo o castelo, chegamos no salão e
olhamos para cima, faltava mais ou menos um minuto.

Jimin: Ok, se posicionem, você aqui. — Ele puxou Jin pelo braço e colocou
de um lado, em cima da marca da lua, pegou Kook e colocou de frente para
o Jin, em cima da marca do sol. Em seguida olhou para cima. — Não
espera, é ao contrário. — Ele mudou os dois de lugar. — Não, não volta...

BamBam: Jin é o sol e Kook a lua. — Ele posicionou os dois. Olhei pra cima
e pude ver as trevas, a mesma nuvem negra, tomando parte do eclipse.

Nos afastamos um pouco, olhamos em volta e ouvi um trovão, o vento


jogou meus cabelos para trás. O barulho do trovão era assustador. Senti
tudo tremer e senti as trevas tomar todo o lugar la fora. Eles deram as
mãos, nos afastamos mais, como a fênix mandou, tiramos os óculos
escuros do bolso e colocamos.

Uma luz começou a brilhar embaixo deles, uma fumaça ao redor da cintura
para baixo os ergueu do chão lentamente.

— Jeon Jungkook —
Jin: O poder do sol.

Kook: E as forças da lua se emanam em nossa busca.

Nossos colares levantaram brilhando e se juntaram no meio, a luz irradiou,


mas logo retornou com um ponto de luz nos colares. Eles estavam
entrelaçados.

Jin: Para abrir as portas das terras das sombras.

Kook: Deixe que nossa luz ilumine a noite eterna.

Jin: E não deixe nenhum canto sem luz para que possamos... — Eu olhei em
volta, sem saber se mudava ou não. — Para que possamos...? Libertar
nossos amigos, temos que dizer isso...

Jimin: Não podem. — Olhei eles em baixo.

Jin: Anda, fala...

Kook: Para que possamos conquistar nossos inimigos das trevas que os
escondem. — Ele me olhou incrédulo.

Jin: Não... — Brilho saia dos colares.

Caímos no chão e a luz que saiu dos colares começou a voar pelo local
como uma bola de luz. Ela batia em tudo quanto era lugar, estava
descontrolada.

Jin: O QUE VOCÊ FEZ?

Kook: Desculpa, eu fui obrigado, as trevas precisavam ser detidas.

Jin: MAS NÃO É AS TREVAS, É O CONDE... — A luz saiu do castelo e deu a


volta no céu.

Jin se virou e saiu correndo pelo castelo.

Kook: JIN.

Mark: JIN...

— Park Jinyoung —
Jin: ME DIZ O QUE FAZER... FIZEMOS O FEITIÇO DA CONQUISTA, AS TREVAS
ESTÃO VINDO. — Entrei na biblioteca e fechei as cortinas e as portas. —
ME DÁ UM SINAL, POR FAVOR.

O livro mexeu novamente.

Jin: Feitiço de transferência... Para transferir a magia de uma pessoa a


outra... ‘Ta, me diz como fazer... — Uma sombra negra apareceu na minha
frente, o vento estava muito forte e eu podia ouvi-lo lá fora. A sombra
falava algo, mas eu não entendia. Ela fez uma mão aparecer.
Era ele, tinha que ser.

Toquei em sua mão e disse o feitiço, um brilho irradiou e eu fui lançado


para trás.

Kook: JIN... — Ele abriu a porta e me levantou. — Você está bem?

Jin: Eu consegui... — Ele me olhou confuso. — Eu salvei o Conde, dei pra


ele um pouco da minha magia. — Ele sorriu.

Olhamos o homem que se erguia e ele parou de sorrir quando viu que não
era o Conde, eu paralisei.

Kook: Você despertou a fera... Você... — Ele me olhou.

— Ahriman, em pessoa. — Neguei incrédulo.

Jin: Ah me desculpa, eu tinha tanta certeza... — Ele ainda segurava minha


mão.

— Ahriman malvado se aproveitando da insegurança e inocência de um


inocente, eu devia parar de fazer isso... Mesmo assim, nada me dá mais
prazer. — Ele sorriu sombrio e fez fogo surgir em um vaso de flor.

Kook: Não vai se safar dessa.

— Oh, mas as trevas nem precisou me despertar, seu irmão fez isso pra
mim... — Engoli em seco e ele ergueu as palmas das mãos, revelando o
símbolo do sol e da lua em cada uma. — Agora se me der licença, eu tenho
que destruir Conde Drácula antes que a luz o faça. — Ele abriu um portal e
passou por ele.

Jin: Ele ‘ta fugindo. — Soltei a mão dele e corri.

Kook: Não, não, você não ouviu? Você tinha razão. — Parei e o olhei. —
Conde Drácula está vivo... Temos que encontrá-lo.

Jin: Ele pode estar em qualquer lugar.

Kook: Não, ele está aqui. — Ele começou a correr e eu fui atrás.
Jin: Espera, espera... — Paramos com as mãos na cintura. — Não estamos
esquecendo de nada? — Ele pensou confuso.

Kook: Não. — Dei de ombros e voltamos a correr. — Oh, droga,


esquecemos sim, nossos namorados e nosso amigo. — Demos meia volta e
corremos para o salão, mas eles não estavam lá. Ouvi um grito e corremos
na direção do mesmo. Chegamos no laboratório e lá estava a fera com eles
três, mas a sombra dos três estava na parede e ele... — CONDE! — A fera
fechou a porta.

Jin: O topo do castelo.

Voltamos a correr que nem dois malucos, porque estávamos esgotados,


por conta da luz que irradiou. Chegamos e a sombra do Conde estava no
chão, ergui a mão e lancei fogo na fera, olhei para o lado e Jimin, Mark e
BamBam estavam desmaiados. A fera levantou e nos olhou.

Jin: O que fez com eles?

— Eu? Não fiz nada... Conde Drácula que foi tão covarde que se escondeu
na sombra de três adolescentes... Assim que o eclipse passar, Drácula
estará morto para sempre e não há nada que possam fazer, irei destruir
esse mundo, e o mundo patético dos humanos... Dia difícil, um faz o feitiço
da conquista, o outro dá energias ao inimigo... Complicado isso.

Kook: Já chega, você está me cansando. — Ele torceu o pescoço.

Jin: Ow, ow, pera aí, o que você vai fazer? — Ele ergueu as mãos.

Kook: Como assim o que eu vou fazer?

Jin: Primeiro os mais velhos.

Kook: Dois minutos.

Jin: Continuo sendo o mais velho. — Dei de ombros e ergui as mãos, tirei as
luvas, sentia que podia controlar todo o meu poder. A estrutura começou a
tremer, ateei fogo ao redor dele, os ventos começaram a ficar mais
poderosos, um furacão se formava ao redor dele e o ergueu do chão, em
uma bola de fogo e furacão.

Estávamos nos preparando para dizer o feitiço.

Kook: ESPERA... SE FALARMOS O FEITIÇO, O CONDE VAI MORRER... ELE


ESTÁ NAS SOMBRAS AINDA.

Jin: É O ÚNICO JEITO, TEMOS QUE FAZER AGORA. — Ele me olhou


apreensivo, segundos depois começou.

Kook: Pelo poder da lua...

Jin: Pelo poder do sol...

— Nós iluminamos todas as trevas, todas as sombras, tudo que lhe


alimenta.

Ele gritou, não demorou muito para uma luz forte irradiar de nossas mãos,
demos as mãos e erguemos as outras, miramos nele e em questão de
segundos, o mesmo se dissipou em uma enorme fumaça negra.

Senti a estrutura balançar, olhei em volta e o mundo estava desabando.

Jin: É AGORA, O QUE ELES DISSERAM, TEMOS QUE CORRER PARA O


PORTAL... AGORA. — Corremos até os três que já estavam acordando. —
TEMOS QUE SAIR DAQUI... VAMOS, AGORA, DESTRUÍMOS A FERA E AS
TREVAS.

Jimin: O QUÊ? — O vento e o terremoto não estavam ajudando em nada.

Jin: ESQUECE, VAMOS AGORA. — Eles levantaram.

Começamos a correr pelo castelo que estava com um tremor terrível, toda
hora um de nós caia, quando saímos do mesmo, vi a luz irradiando para
todo o lugar, destruindo as nuvens negras.

Kook: NÃO PAREM...

Continuamos a correr, atravessamos a ponte e ouvi os gritos de várias


criaturas.
Jin: DEPRESSA. — Descemos a trilha e pegamos a descida da montanha.

Quando chegamos na praia, ficamos sem ter o que fazer.

Jimin: E agora? Usem os poderes.

Kook: Estamos sem forças.

Mark: CORRAM. — Começamos a correr quando o chão começou a abrir


em um enorme buraco.

BamBam: OS TUBARÕES... AS TREVAS FORAM DESTRUÍDAS, ELES


DESPERTARAM... CHAMEM ELES.

Jin: COMO DIABOS CHAMAMOS UM TUBARÃO? — Mark assobiou com os


dois dedos, continuamos a correr, o chão se abria e em breve nos
alcançaria.

Vi um movimento na água e algo muito grande nadar em nossa direção,


continuamos correndo enquanto a forma vinha ao nosso encontro, por fim
vi duas barbatanas emergirem da água, duas enormes barbatanas.

Jimin: Isso é seguro?

Mark: VAMOS MORRER DE TODO JEITO SE NÃO FOR.

Ele pulou e agarrou na barbatana de um dos tubarões, todos nós seguimos


seu exemplo e montamos os tubarões, olhei para trás e a ilha estava caindo
aos poucos.

BamBam: Andem, vamos. — Como se os tubarões entendessem, eles


começaram a nadar.

Agarrei na cintura do Mark e senti BamBam agarrar a minha, aquele


passeio seria até que divertido se o mundo não estivesse desabando. Eles
nadavam rapidamente, o único que segurava na barbatana era o Mark. O
tubarão nadou mais depressa, me senti como se estivesse sendo puxado
para trás.
Jimin Pov’s.

Kook: Você está bem? — Murmurou no meu ouvido e eu agarrei a


barbatana do tubarão o mais forte que pude, até porque eu segurava ele e
a mim.

Jimin: O Conde morreu?

Kook: Sim, era o único jeito.

Chegamos do outro lado, descemos dos tubarões e antes de começarmos a


correr, tirei sanduíches do bolso, entreguei para eles, acariciei seus
focinhos e começamos a correr pelo vale.

Mark: Vamos demorar uma eternidade...

BamBam: Só não parem de correr, lembrem do que eles disseram, para


não pararmos não importa o que.

Olhei para trás entendendo porque disseram para não olharmos, a ilha
desmoronou totalmente, aquilo ia virar um enchente, um tsunami naquele
vale, dito e feito, uma onda enorme se formava.

Jimin: DEPRESSA, ESTÁ VINDO UMA ONDA GIGANTE.

Mark: NÃO VAI DAR TEMPO.

Em segundos, fomos atingidos pela água, agarrei a mão do Kook e afundei,


nossas mãos soltaram e eu bati em várias estruturas, não conseguia me
controlar, a água estava violenta demais, sentia como se fosse morrer
afogado, então uma sombra enorme surgiu do meu lado. Já comecei a
rezar achando que era o monstro do lago ness, mas quando ela chegou
mais perto, era o tubarão, ele virou levemente para o lado indicando para
eu segurar nele, segurei sua barbatana e ele nadou levemente. Emergi e vi
Mark na superfície segurando em uma madeira, o tubarão pareceu vê-lo e
nadou em sua direção.

Tenho que dizer, enorme.

Mark segurou nele e ele parou, conseguimos montar e ele continuou


rondando, de longe vi o outro tubarão com Kook e BamBam montados
nele.

Jimin: Falta o Jin. — Vi BamBam puxá-lo para cima e então os tubarões


começaram a nadar rapidamente. — E o monstro?

Mark: Estranho, foi aqui que o abatemos. — Concordei e então notei que
os tubarões nadavam em direção a montanha dos zumbis, como se
soubessem que tinham que nos levar para lá, vi uma forma enorme nadar
rente aos tubarões como se nos escoltasse também, foi ai que vi que era o
enorme crocodilo da pintura. Acariciei suas costas e ele continuou
nadando.

Tudo foi destruído, não havia mais castelo, vale, nem cidade.

[...]

Chegamos na base da montanha, os tubarões nos cutucaram parecendo


querer dizer algo.

Kook: Estão dizendo para corrermos... O terremoto e o tsunami não


acabaram... Vamos, depressa, isso aqui vai ser destruído, tudo. — Olhei no
horizonte e a luz ainda irradiava destruindo todas as sombras. Eles
começaram a correr floresta adentro. Antes de ir, acariciei a cabeça dos
dois tubarões e do crocodilo, os três nadaram para o fundo do mar e eu
alcancei os quatro.

Quando chegamos no topo da montanha, Jin e Kook juntaram as mãos.

Mark: Mas, é só um vampiro que pode abrir.

Kook: Mas não vamos abrir, a fênix vai.

O portal se abriu, Kook e Jin passaram primeiro, só para se certificar de que


eles atravessariam. Quando fomos atravessar, a montanha tremeu, o chão
se abriu e nós caímos para trás.

Kook: PULEM. — Fomos pular e eu notei que aquilo era um... Vulcão.

O portal estava se fechando, eu sabia o que aquilo significava, não íamos


conseguir pular aquilo, era muito largo, dei uma última olhada nos dois e
me senti aliviado por terem atravessado, sorrimos para eles e mandamos
um beijo.

— NÃO... — Ambos gritaram e uma lágrima desceu pelo meu rosto.

Kook: JIMIN... — Apertei a mão do Mark e do BamBam.

Jin: MARK... POR FAVOR... — O portal foi se fechando lentamente, eles


tentaram voltar, mas a fênix pareceu impedi-los.

— BAMBAM! — Eles gritaram juntos.

Então o vulcão tremeu, olhei para baixo e a larva subia, nos olhamos e
pareceu que pensamos juntos, morrer queimado parece ruim, melhor
morrer afogado, viramos e pulamos da montanha ouvindo os chamados
dos dois.

— Park Jinyoung —
— Vocês conseguiram... — Levantei cambaleando, ele estava morto, eu
sentia, minha alma estava morta. — Missão concluída.

Jin: Missão concluída? A gente não conseguiu salvar ninguém.

— Se salvaram, era esse o propósito. — Eu não consegui formular palavra


nenhuma e desabei em lágrimas.

Kook: Isso deve ser um pesadelo.

— Sinto muito... Fizeram o que era certo destruindo a fera.

Kook: Mas destruímos o Conde, porque ele estava nas sombras... Eles estão
mortos, todos eles, isso não é justo.

— Eu sei... O Conde nunca foi morto, a fera, ou como devo dizer, Ahriman,
o prendeu junto com ele, assim, ele achou que quando as trevas o
despertasse, vocês não iam destruí-lo por causa que Conde estaria com
ele... Vocês fizeram o que deveriam fazer, mesmo sabendo que seus
familiares e amigos iriam morrer... Meu trabalho acabou. — Ela levantou
voo e começou a girar rapidamente. — Meus parabéns, black bloods. —
Então ela se dissipou em gotículas douradas.

É isso? Acabou? Todo mundo morreu, restando só a gente para contar a


história?

A dor me consumiu e era como se eu não pudesse nem sentir meu coração
batendo. Cai de joelhos e praguejei em todas as línguas que eu sabia,
finalmente estava sentindo a dor de todas as minhas perdas. Não é assim
que acaba, o que eu vou falar para os pais deles? O que acontece comigo e
com meu irmão agora? Simplesmente levantamos e fingimos que nenhum
deles nunca existiu, fingimos que nada aconteceu?

Eu estou completamente destruído por dentro e me sinto a criatura mais


inútil da terra, tão poderoso e ao mesmo tempo tão fraco e impotente. Vi
meus tios despencarem para a morte junto com meus outros familiares, vi
meu namorado e meus amigos despencarem de uma montanha, aquilo
doía, pensar doía, meu coração parecia que ia ser arrancado do peito. Eu
chorei tudo que tinha para chorar e mais um pouco, minha vida perdeu o
sentido, porque eu estou vivo? Sem ele eu não sou nada, eu não posso
viver sem a minha alma.

Minha cabeça doía, meu estômago latejava e meu coração estava


disparado, nos encontrávamos sozinhos, sem nada nem ninguém. Eu não
teria mais o abraço reconfortante da minha mãe, o Hyungwoo, nem o
sermão sem nexo do meu pai, Wonho, eu não teria os outros me dando
bronca ou me ensinando coisas novas, eu não teria meu namorado do meu
lado, eu não tinha ninguém, eu tinha meu irmão que assim como eu estava
morto também.

Porque isso tinha que acontecer?

Não está certo.

Kook: O que vamos dizer para os pais deles? — Ele estava sentado,
abraçado aos joelhos e com a cabeça pousada nos braços. — Eu estou me
sentindo um lixo, um fracassado.

[...]
Estávamos sentados na sala, sem dizer uma palavra, acendi as velas com a
ponta do dedo e relaxei no sofá, estava escuro e silencioso, não queríamos
falar nada sobre o que aconteceu, acho que ele estava pensando a mesma
coisa que eu, o que falaríamos para os pais deles. Deitei no sofá e coloquei
as mãos embaixo da bochecha, fitei uma das velas e me vi em um mar de
perguntas, tantas perguntas e eu não teria nenhuma resposta.

Um vazio tomou conta de mim, a imagem do rosto de cada um passava


pela minha mente, queria poder ter salvo todos eles, queria poder estar
com eles comemorando nossa vitória, diferente disso, parece que
perdemos, parece que não vencemos nada, parece que os mundos foram
destruídos.

Me encontrava em uma eterna solidão e amargura.


Capítulo 30 — Indecisão
Ouvi uma risada nas sombras, imaginei que fosse qualquer tipo de criatura,
nem dei bola, a risada continuou, aquilo já estava me irritando, então, do
lado de fora da casa, um portal se abriu, pensei estar ficando maluco,
sentei no sofá e fitei aquele enorme portal dourado, prata e negro.

Então o Conde emergiu de lá, e...Vlad?

Franzi o cenho e eles passaram a mão no casaco, como quem diz


“limpando” as fuligens do mesmo, eles estavam tranquilos como se aquilo
fosse à coisa mais normal do mundo. Então um sorriso surgiu em meus
lábios quando vi Wonho atravessando o portal ao lado do Hyungwon,
depois vinha Xiumin e Chen, logo atrás Chang e Honey, depois Yoongi e
Hobi, por último Sehun, Luhan e Yugyeom.

Saímos correndo da casa e quando emergimos da porta, eles sorriram,


tudo girava na minha cabeça, eu estava tão confuso.

Chang: Sentiram saudades, pirralhos? — Eu o abracei ignorando


totalmente sua mania de me chamar de pirralho.

Meus olhos encheram de lágrimas, estavam vivos, como isso é possível?

— Eu sou Conde Drácula... — O de casaco vermelho vinho se curvou. —


Estou muito feliz em conhecê-los. — Ele falava na língua dos vampiros, ouvi
criaturas gritarem. — Mas podem me chamar de... Choi Seunghyun... Ao
seu dispor.

— Eu sou Vlad Drácula. — O de casaco negro com alguns detalhes


vermelhos se curvou. — Podem me chamar de... Kwon Jiyong, ao seu
dispor.

Várias perguntas passavam pela minha cabeça.

Chen: Conde...

Seunghyun: Ah, mas é claro, eu estava me esquecendo... — Ele ergueu


apenas uma mão, murmurou palavras estranhas e os corpos molhados de
Jimin, Mark e BamBam apareceram, estavam sem cor, lábios roxos e ao
redor do olho também. Não podia ouvir seus batimentos, estavam mortos
mesmo? Meu coração apertou e eu dei passos para trás. — Meu amigo os
trouxe para mim, após o vulcão acordar... Achei que mereciam um... Como
quem diz... Velório melhor, afinal, eles que conseguiram ir até o final e
depois trazê-los de volta.

Kook: Você... Mas... Faça alguma coisa.

Seunghyun: Eu não posso fazer nada, jovem, eu sinto muito.

Xiumin: O crocodilo os trouxe, já estavam mortos.

Jin: Mas... Como não pode fazer nada, você é Conde Drácula.

Seunghyun: Eu não posso... Mas... Aswangs podem.

Luhan: Não vou fazer isso.

Kook: O quê? Fazer o quê?

Chang: Nem eu.

Chen: O que não vão fazer?

Jooheon: Querem que os transformemos... Não vamos fazer isso.

Sehun: Por quê?

Yoongi: Porque... Não dá para saber se vão voltar como nós, ou como
elas... A visão do Conde acaba aqui. — Ele mexeu os dedos e o pergaminho
apareceu, abriu no final e Chang estalou os dedos, fazendo o restante
aparecer, mostrava Mark caindo na escuridão, à gente no leito do rio, Jimin
entrando no rio, a gente atravessando o rio, o castelo, nós dentro do
castelo, a morte deles, o retorno e todos nós de volta ao mundo dos
humanos.

Mas Vlad e o Conde não estavam conosco no desenho e os três estavam


vivos.

Sehun: Espera, você não me mostrou isso... Escondeu isso de mim? — Ele
olhou Luhan.
Luhan: Não podíamos mostrar que voltariam ou o futuro podia mudar... Se
pudéssemos mostrar, teríamos nós mesmo ensinado o feitiço da liberdade
e não o da conquista.

Jiyong: Sim, teriam que provar que eram dignos de voltar.

Wonho: Como é?

Seunghyun: Se eles lhes contassem, poderiam não querer ir, tinham que
provar que dariam a vida para salvar a humanidade, tinham que provar seu
valor e provaram.

Hyungwon: Como voltamos?

Jiyong: A linhagem Drácula nunca pode ser morta pelas trevas... Está nos
livros antigos.

Seunghyun: Podemos ser mantidos prisioneiros, mas mortos não.

Kook: Expliquem isso direito.

Jiyong: Quando fomos “mortos” pelas trevas, ficamos mantidos em prisão


eterna, junto com a fera, que também não pode ser totalmente destruída...
Quando despertaram a fera, nos libertaram, então nos refugiamos nas
sombras deles três, como vocês viram... Porém, Ahriman me encontrou
primeiro, novamente fui preso, e o Conde foi morto por vocês.

Chen: ‘Ta, foi morto, o que ele está fazendo aqui? — A confusão era
evidente na mente de todo mundo.

Jiyong: Fiz o feitiço da transferência e ele não morreu realmente, quando


vocês lançaram o feitiço e viraram as costas para ir de encontro aos
humanos, eu apareci, não sei como eu voltei... Fiz o feitiço da transferência
e entreguei energias ao Conde, pulamos do castelo e caímos na água.

Sehun: Disse que só a linhagem de Drácula não morre pelas trevas... E eles?

Seunghyun: Criaturas ficam um tempo nas trevas até serem totalmente


destruídas.
Chen: Como nos trouxeram de volta?

Seunghyun: O feitiço da liberdade.

Kook: E os outros da espécie de vocês?

Jiyong: Mortos, como dito, ficam certo tempo antes de serem totalmente
destruídas.

Kook: Você sabia disso? Digo, que todos vocês voltariam?

Seunghyun: Não, eu tentei avisar sobre o feitiço da liberdade por causa dos
meus netos e deles... Não por causa de nós dois, na minha visão, eu e Vlad
continuávamos em prisão eterna, junto com a fera, na visão, eu não
poderia ser liberto sem a fera também ser.

Jin: E como explicamos isso?

Jiyong: Não sabemos.

Chen: Sua visão acaba onde, exatamente?

Seunghyun: Acabava neles cinco de volta, nós em prisão eterna e vocês


surgiriam aqui, algumas horas após eles fazerem o feitiço da liberdade lá no
castelo, que também destruiria as trevas. Mas a visão mudou quando eles
não fizeram o feitiço, depois despertaram a fera.

Jin: Então é culpa nossa estarem mortos? Mudamos toda a visão?

Kook: Eu que não disse o feitiço da liberdade.

Chen: Não é culpa de vocês.

Xiumin: Porque não criou a fênix para ensiná-los o feitiço da liberdade e


não o da conquista?

Jiyong: Porque ele foi criar o feitiço depois que criou a fênix, antes disso,
vocês morriam, eles voltavam em segurança e os cinco Dráculas viveriam
em prisão eterna, ele mudou a visão quando criou o feitiço, mas para avisá-
los, esperou o eclipse, mas tudo saiu errado quando eles liberaram mais
das trevas com o feitiço da conquista, a fera os enganou e os fez fazer o
feitiço da transferência e a mesma despertou... No ano 35, quando o
Conde teve a visão, o feitiço da conquista liberaria mais das trevas e vocês
teriam que destruí-las antes delas despertarem a fera, não tinha outro
feitiço. No decorrer dos séculos, Drácula criou os três instrutores, enfim,
deixou tudo pronto, alguns anos antes de morrer, ele teve uma visão de
como criar o feitiço da liberdade, quando ele criou o feitiço, a visão mudou,
ele teve outra com o final diferente, todos vivos e nós em prisão eterna
junto com a fera, vocês destruiriam as trevas e a fera com o feitiço da
liberdade. Mas o futuro mudou quando não fizeram o feitiço.

Hyungwon: Porque só eles podem salvar?

Seunghyun: Porque aswangs tem poder suficiente no veneno para trazer


seres de volta a vida.

Kook: Então façam!

Hobi: Não sabemos como vão voltar, não podemos fazer isso.

Jin: Podem sim... Conde?

Seunghyun: Não posso interferir no futuro.

Xiumin: Espera, então você sabe o que acontece com eles?

Jiyong: Ele teve uma visão quando caímos na água.

Kook: E o que acontece?

Seunghyun: Não pode ser dito, mudaram o futuro uma vez, e olha como
mudou tudo, eu e Vlad estamos libertos e eles mortos... É melhor não
saberem e o futuro acontecer como deve acontecer.

Jin: E Daí que não sabem se voltam como um monstro, pelo menos estarão
vivos.

Chang: Acha que eles prefeririam estar mortos ou vivos como bestas
demoníacas?
O olhei pasmo, eles nunca usaram esse termo.

Luhan: Meninos, nunca usamos nosso veneno antes, quando uma das
nossas transforma alguém pela mordida, esse alguém volta como elas...
Somos diferentes da nossa espécie, não sabemos como eles vão voltar, é
um tiro no escuro.

Olhei Yugyeom que estava na forma de lobo, deitado no chão, com a


cabeça sobre as patas, seus olhos estavam vagos, sem brilho, sem vida, ele
não disse nada, não rosnou, não chorou, não se transformou, apenas ficou
ali olhando o corpo sem vida do BamBam.

Jin: Vão os deixar morrerem? Depois de tudo que eles fizeram? Se não
fosse eles ainda estaríamos naquela droga de lago. — Vlad e o Conde
observavam tudo sem dizer nada.

Kook: Appa?

Xiumin: Não posso tomar uma decisão por eles, é algo que a espécie deles
deve decidir, Kook, não eu.

Jin: São nossas almas, nós que deveríamos decidir.

Yoongi: Sabem como é ruim viver como um erro? Não, vocês não sabem...
Nós ainda temos um peso a menos por não nascermos como demônios,
temos um peso a menos porque fomos planejados para nascer assim, mas
não sabem como é horrível viver sabendo que você não deveria ter nascido
de tal maneira. Vivemos longos séculos com as da nossa raça, vivem em
amargura e lamentação, culpam os vampiros por isso, mas sabemos que
não é culpa deles, é como uma doença humana, uma síndrome humana,
não é culpa dos humanos quando um nasce diferente, mas não acham que
é difícil para esse alguém viver dessa maneira? Acham que não há
preconceito no mundo místico? É a mesma coisa que no mundo humano...
Acham que eles prefeririam viver como bestas demoníacas ou morrerem
após salvarem o mundo? Olhem para eles, o que acham que eles iriam
querer? — Ele nunca abre a boca pra falar nada, quando abre... — Querem
que os transformemos? Nós transformamos, são as almas de vocês, mas o
que eles iriam querer?
Jin: Conde não pensou no que vocês iam querer quando fez com que
nascessem assim.

Luhan: Pensou sim e a resposta era sim, queríamos, por que... Se


nascêssemos como humanos, acho que o Conde nos transformaria e
teríamos ido para o mundo dos vampiros, mortos da mesma forma que o
Conde, Vlad e muitos outros vampiros mortos pelas trevas, vocês jamais
teriam nos conhecido, os três iam continuar nos culpando pela morte do
tio, aswangs iriam continuar matando, os híbridos nunca ajudariam os
humanos porque os três não os convenceriam, pois não estariam nem aí
para os humanos... Os quatro teriam sido mortos no tocar do sino naquela
noite, porque Chen não estaria lá... Yugyeom nunca teria sido
transformado, vocês nunca iriam controlar seus poderes e mesmo que eles
se sacrificassem para salvar os humanos, não chegariam até o castelo, pois
desistiriam quando depararam com o monstro do lago ness... Uma decisão
afeta um futuro, por menor que seja.

Kook: E se for isso? E se o futuro for eles vivos? E se voltarem como vocês?

Yoongi: E se não for? E se voltarem como bestas demoníacas?

Hobi: Vocês tem o tempo que quiserem para pensar... — Ele olhou para a
gente, inclusive Yugyeom. — Querem que transformemos, nós vamos
transformar, não vamos negar isso, são as almas de vocês... Mas como
almas de vocês, o que acham certo a fazer por eles?

A pergunta pairou sobre a minha mente.

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