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Sinopse ............................................................................................................. 4
Grupos presentes ............................................................................................ 4
Capítulo 1 — Humanos ................................................................................... 5
Capítulo 2 — Lições ....................................................................................... 13
Capítulo 3 — Poderes .................................................................................... 24
Capítulo 4 — Demônios ................................................................................ 35
Capítulo 5 — Basilisco ................................................................................... 50
Capítulo 6 — Sol ............................................................................................ 66
Capítulo 7 — Sonhos ..................................................................................... 81
Capítulo 8 — Escola ....................................................................................... 95
Capítulo 9 — Sede ....................................................................................... 107
Capítulo 10 — Agressão .............................................................................. 119
Capítulo 11 — Harpias ................................................................................. 133
Capítulo 12 — Desentendimento ............................................................... 144
Capítulo 13 — Lobos ................................................................................... 157
Capítulo 14 — Vigiando ............................................................................... 174
Capítulo 15 — Águia .................................................................................... 187
Capítulo 16 — Boate ................................................................................... 200
Capítulo 17 — Sumiço ................................................................................. 212
Capítulo 18 — Transformação .................................................................... 223
Capítulo 19 — Dúvidas ................................................................................ 241
Capítulo 20 — Brigas ................................................................................... 253
Capítulo 21 — Aliados ................................................................................. 264
Capítulo 22 — Fênix .................................................................................... 278
Capítulo 23 — Conde Drácula ..................................................................... 290
Capítulo 24 — Viagem ................................................................................. 306
Capítulo 25 — Portal ................................................................................... 320
Capítulo 26 — Reino das trevas .................................................................. 338
Capítulo 27 — Lago ..................................................................................... 353
Capítulo 28 — Castelo ................................................................................. 367
Capítulo 29 — Solidão ................................................................................. 382
Capítulo 30 — Indecisão ............................................................................. 394
Sinopse
"Egoísmo pensar que estão sozinhos no mundo, humanos tolos, vocês não
sabem de nada"
Grupos presentes
MONSTA X — Hyungwon, Wonho, Jooheon e Changkyun
EXO — Xiumin, Chen, Luhan e Sehun
GOT7 — Mark, Jinyoung, Yugyeom e BamBam
BTS — Jimin, Jungkook, Yoongi e Hoseok
Capítulo 1 — Humanos
Ano: 1950
Data: 02 de janeiro
País: Brasil
— Shin Hoseok —
Depois de despertar por ter me lembrado que eu deveria cuidar de duas
coisinhas, abri meus olhos e pendi a cabeça para o lado. Caminhei até a
espuma no chão e fitei a criatura que derramava água pelos olhos sem
parar, olhei a outra espuma e sem saber o que fazer, me joguei no chão
entre eles.
Uma voz ao longe ecoava em minha mente, “levante e faça alguma coisa”
mas, fazer o quê? Eu estava com duas criaturas que eu nem sei o que são,
sozinho e com raiva de tudo e de todos, soquei minha perna diversas vezes
e comprimi um grito de ódio.
Wonho: MAS QUE INFERNO. — Chutei alguma coisa que não me importei
de ver o que era. — Jeon Jungkook — Resmunguei. — Park Jinyoung... —
Eles me olharam curiosos e com os olhinhos vermelhos, então notei que
eles não tinham culpa de nada.
Levantei e peguei os dois no colo, balancei até que dormissem e quando tal
coisa aconteceu, mais ou menos depois de uma hora, os coloquei deitados
novamente. Me joguei no chão e fiquei fitando o nada durante horas e
horas, minha mente pairava sobre as criaturas.
— O ônibus. — Assenti.
Wonho: 19 anos. — Ela saiu e pude ver ela conversando com um rapaz, ele
veio até mim e começou a fazer diversas perguntas, analisou os papéis,
então assentiu para a mulher. Quando ela olhou em meus olhos, usei meu
poder para manipulá-la e não ter que pagar, ela sorriu e me entregou as
passagens.
Mortais tolos.
[...]
Quando pisei na Coréia, senti a brisa gelada bater em meu rosto, caminhei
pelas ruas geladas e cobertas de neve, quando avistei um depósito
abandonado próximo a uma montanha, entrei no mesmo e despejei
minhas coisas no chão, sentei na pequena escada e murmurei.
Wonho: Apareça logo seu inútil. — Ouvi sua risada nas sombras e um vulto
caiu do teto, ele pousou no chão e seus olhos brilhavam. Suas roupas
negras desapareciam na escuridão.
Xiumin: Pensei que não chegaria... — Ele olhou os bebês e pegou Jinyoung
o analisando. — Eles crescem rápido... Não tem poderes, são estranhos,
pequenos, parecem um monte de pele em volta de uma coisa mole.
Xiumin: Parei na Argentina... Há uma semana vim para cá... Eles só tem 1
mês, como podem parecer ter 1 ano?
Wonho: Eu não sei o que essas coisas são, não sei se vão continuar
crescendo tão rápido, não sei se eles têm poderes, o tempo que fiquei com
eles durante essa semana eles não fizeram nada a não ser... Derramar água
e produzir um negócio horrível na bunda.
Sehun: ‘Tá sem caçar a uma semana? Como se controlou para não mata-
los?
Wonho: Eles têm o que queremos, mas... Não serve, é como o nosso...
Xiumin: Podemos sim... — Ele sorriu sombrio, mas então parou. — Ok,
chega de brincadeiras... — Ele girou a mão e uma pequena fumaça azul
saiu, então a face do nosso mentor apareceu na fumaça. — Estamos no
mundo dos humanos.
— Não temos muito tempo... A tarefa foi dada, protejam essas criaturas a
todo custo, forças sombrias vão atrás de vocês quando os encontrarem, o
portal se fechou, estão presos aí, mas seguros. Hajam como humanos,
ninguém jamais pode descobrir o que vocês são, ou a causa estará perdida
e vão encontrá-los... — A sala atrás dele estava se tornando escura. — O
mundo está nas mãos de... — A névoa negra o tomou e Xiumin fechou a
mão, fazendo a fumaça desaparecer.
Sehun: E o que os humanos fazem? — Mexi meus dedos e fiz uma névoa
aparecer.
Sehun: Isso é inútil, vamos sair e procurar nós mesmos... Aprender o que
humanos fazem.
Wonho: Sim... Era isso ou ficar no Brasil, depois manipulei novamente e ela
achou que eu paguei...
Xiumin: Era meio óbvio... O que você fez para conseguir embarcar?
Wonho: Andar pelas sombras é tentador... "Quem está aí?". — Eles riram.
[...]
Wonho: Moradia.
Sehun: Sim, mas não casas comuns... Casas com coisas estranhas, tipo
aquele negocio para dormir... Coisas para fazer o alimento.
Sehun: Não, isso são coisas comuns do nosso mundo... Aqui é diferente.
Xiumin: Está certo, você arranja um desses lugares e nós vamos pegar as
criaturas... — Sorri e me joguei para trás do prédio em um mortal, sendo
seguido por Xiumin.
Dias depois.
Wonho: O que diabos essas coisas fazem a não ser derramar líquido pelos
olhos, estão furados? — Paramos de frente com eles que agora estavam
um tanto maiores.
Sehun: Hm... Eles comem certo? — Ele passou o polegar pelo queixo.
Wonho: Vamos dar nosso alimento e o alimento dos humanos, o que eles
rejeitarem a gente joga fora.
Xiumin: “Segura ele direito” “Coloca ele no chão” — Ele nos imitou e o
bebê continuou derramando água pelos olhos. — Quem é esse? — O
olhamos franzindo o cenho. — O nome dele, tolos.
Xiumin: Ele ‘tá vazando pela bunda... — Ele levantou o bebê para o alto e
cheirou a fralda. — Nossa, liga a tela mágica. — Peguei o objeto cheio de
botão e liguei. — Acha uma parte de bebês... — Apertei os botões e parei
em um negócio que a mulher estava trocando o bebê.
Xiumin: Sei lá... Vamos fazer igual... — Ele deitou o bebê no suporte. —
Ok... Tiramos essa fralda suja... — Ele seguia os movimentos da mulher e
nós o observávamos por cima do ombro dele. — E a gente passa esse
negócio... Depois esse... Depois isso... Um pouco disso... Agora a gente
coloca a fralda nova... Gruda aqui... E aqui... E voilá. — Ele levantou o bebê,
olhamos a tela mágica.
Sehun: A fralda tem que passar pelas duas pernas dele... — Ele abriu a
fralda. — Então... Deve ser assim.... Agora a gente gruda desse lado... E
desse... E pronto. — Ele levantou o bebê que nos olhava com o dedo na
boca.
Wonho: As pernas dele ficam cruzada assim mesmo? Me dá, deixa eu ver...
— Peguei o bebê e o deitei novamente. — Acho que é assim... — Abri a
fralda e subi ela entre as pernas do bebê. — Agora a gente... Gruda aqui...
— Tentei grudar. — Não ‘tá grudando.
Sehun: Provavelmente.
Xiumin: É errado.
Xiumin: Toma, use outra fralda. — Fiz todo o processo de novo e enfim
grudou. — Ok, é só pegar prática, da próxima demoramos menos que vinte
minutos. — Assentimos orgulhosos do nosso trabalho.
Sehun: Agora faz com o outro... — Ele girou o colar no pescoço. — Park. —
Ele começou a arrumar a fralda dele, porém, mesmo depois de limpos eles
continuavam a vazar. Coloquei o dedo na bochecha pensativo. Nos
aproximamos dos dois e procuramos algum defeito.
Xiumin: Cheia.
Wonho: Fraldas?
Sehun: Trocadas.
— 15 minutos depois. —
Xiumin: Talvez seja a luz. — Ele estalou os dedos e apagou a luz do quarto.
— 30 minutos depois. —
Sehun: Hm... Talvez esteja muito frio aqui... — Ele mexeu a mão, fechando
a janela e a cortina.
— 1 hora depois. —
— Sofra, sofra até gritar, que seu sangue vai jorrar... Os zumbis te caçarão
e se achar te esfolarão... Sofra, sofra até gritar, nunca mais vai respirar. —
Quando terminamos, eles dormiram.
[...]
Sehun: Quê isso? — Ele perguntou após ouvir um barulho ecoar pela casa.
Wonho: Sim? — Perguntei após abrir a porta e ela olhar surpresa para a
dobradiça.
“Açúcar?” — Xiumin.
“Ela ta pedindo uma xícara de açúcar, então deve ser de comer” — Wonho.
Wonho: Entre...
“Compramos muita coisa, uma delas deve ser isso ai” — Xiumin.
— Oh, vocês não são meio jovens para serem pais? — Ela se abaixou para
os bebês no chão. — Perdoem minha intromissão, então, onde está o
açúcar?
— Cozinha?
— E onde fica?
Sehun: Nossa mãe que guarda as coisas... Ela saiu sabe. — Ela fez uma
feição carinhosa, ela estava nos achando fofos, de acordo com seus
pensamentos.
“Nossa mãe se esforça? Isso foi a coisa mais idiota que você já disse” —
Sehun.
Wonho: E... — Ela me olhou enquanto guardava o açúcar. — Você vai fazer
o que com esse açúcar?
“Não estamos aptos ainda para ficar tão próximos de humanos” — Wonho.
Xiumin: Hmm... Jeon não ‘tá bem esses dias...Talvez não seja seguro você
segurá-lo. — Ele pegou o bebê do colo dela, pude ver que ele estava se
controlando também.
— Talvez sim...
— Oh, ele está gripado, mas também, com uma casa fria assim... — Ela
esfregou os braços e Xiumin se distanciou para não ocorrer da mulher
tocar-lhe a pele. — Deixe-me ir garotos, deixei panelas no fogo... — Ela
sorriu. — Muito obrigado pelo açúcar, Annyeong.
Xiumin: Por via das dúvidas, melhor mantê-los longe dos humanos. —
Concordamos.
Sehun: Fato, precisamos parecer com eles o máximo que pudermos, temos
que fazer o que eles fazem, tipo aquilo que vimos na tela mágica, o homem
que disse para a mulher que ia trabalhar e ele saiu de casa e foi para outro
lugar, ou quando ele deixou o filho dele em um lugar com outras pessoas...
E também, o ato de respirar, nossa sorte é que ela não parecia muito
atenta, mas os humanos mexem o peito para cima e para baixo ao respirar,
não respiramos, nosso peito não mexe, se fosse uma pessoa mais atenta
teria percebido.
Xiumin: Nos movemos muito rápido também, isso ela percebeu, mas
apaguei essa parte da mente dela antes dela sair... Temos que aprender a
controlar nossos costumes e aprender mais sobre eles... Talvez ir na casa
dela ajude, mas primeiro, temos que saber controlar a sede, ela tem três
filhos de quinze, dezessete e dezenove anos, um homem e um cachorro...
A casa dela é um bom lugar para aprendermos a nos controlar.
[...]
Sehun: Os olhos... Nossa sorte é que não caçamos a noite passada, então
nossos olhos não estavam tão vermelhos... Mas temos que dar um jeito da
coloração ser normal.
Sehun: Acho que tem que escrever aqui nesse quadro, como as pessoas na
tela mágica. Use esses botões. — Sentamos do lado dele e ele começou a
apertar, em seguida apertou em buscar.
Sehun: Esse negócio na tela... Como mexe? — Ele apontou para a seta.
Sehun: Bate em cima. — Ele tocou o dedo em cima e abriu uma outra
página, lemos atentamente e então murmuramos juntos.
— Lentes de contato?
[...]
— Com grau?
Wonho: Grau?
— Acho que não. — Ele sorriu e me olhou estranho, então lembrei de fazer
o movimento de respiração, então ele sorriu novamente e saiu.
Wonho: Claro.
Ele apareceu com uma bandeja com uns objetos estranhos, olhei as fotos
na parede e imediatamente captei como usa, peguei um deles e coloquei.
— Claro...
Wonho: Certo... — Tirei o negócio dos olhos, fitei sua veia pulsando do
pescoço e me adverti mentalmente.
Controle-se, Hoseok
Wonho: Certo, me vê três desse. — Ele embalou tudo.
Assenti.
[...]
Sehun: Acho que devemos fazer isso umas cinco há seis vezes a cada um
minuto. — Treinamos isso durante as horas seguintes, então vi que o
vermelho do olho do Xiumin voltou.
Sehun: Umas cinco... Por aí... O vermelho suga a cor da lente. — Ele tirou a
lente dele. — É bom andarmos com os óculos, caso isso ocorra em um local
público. — Assentimos.
1. Respirar.
2. Movimentar-se devagar.
3. Lentes de contato.
4. Abrir e fechar os olhos.
5. Óculos escuros.
Capítulo 3 — Poderes
— Tic... Tac...
Abri um olho.
— Tic... Tac...
Olhei em volta.
Xiumin: Apareça e nós... Prometemos não fazer mal a você. — Ele estava
sentado no sofá da sala.
— Tic... Tac...
São... Dois.
— Tic... Tac...
Xiumin: Perto? Acho que o Brasil está bem longe da Coréia... O que faz em
território asiático?
Wonho: Quem faz as perguntas somos nós... Afinal, estão na nossa casa.
Chang: O mundo dos humanos sempre fora o nosso lugar... Ou seja, o que
fazem no nosso mundo?
Chang: Podiam nos consultar antes de trazerem duas criaturas sem raça
para nosso mundo.
Xiumin: É só dizer.
Chang: Cinco...
Hoseok: Apenas essas duas... Por hora... Seus limites serão mandados para
vocês pela névoa. — Ele se preparou para sumir.
Xiumin: Espera... Isso está muito errado, vão simplesmente aceitar nossa
presença aqui?
[...]
Sehun: Um deles disse “Ótimo, Ventrues”... Como ele sabe quem somos? E
antes mesmo de nos apresentarmos, ele falou o nome do Wonho.
Xiumin: Devem ter estudado sobre nós... Outra coisa me deixou intrigado.
Wonho: O quê?
Sehun: Eles conquistaram muita coisa durante os séculos, vocês viram nas
histórias que nosso mentor contava, eles, ou melhor, elas, já que eram
sempre mulheres, não tinham capacidade de esconder sua verdadeira
forma e as asas, porém, eu acho que a verdadeira forma deles é aquela que
vimos, porém escondem somente as asas.
Wonho: Nas imagens dos antigos livros elas pareciam com demônios,
cabelos desgrenhados, horríveis... Como conseguiram melhorar sua
imagem para viverem no meio dos humanos e como conseguem esconder
as asas? É uma evolução e tanto para qualquer espécie... E porque se
preocupam com os humanos? Elas sugavam o sangue e matavam mais
humanos que a gente quando vivíamos no mesmo mundo.
Xiumin: Muitas dúvidas... Pode nos mostrar a casa deles? — Ele me olhou.
Uma casa no meio da floresta, muito bonita e com muitos vidros apareceu,
não víamos nenhuma criatura, até que uma pousou no telhado, podíamos
ver as enormes asas negras saindo de suas costas. Não era nem Hoseok,
nem Changkyun. Ele pulou no chão e fez um movimento puxando as asas,
elas sumiram.
Sehun: Três homens... Talvez os outros dois sejam mulheres... Pode entrar
na casa?
Wonho: Não... — Mexi a névoa em volta da casa e eles pediram para parar.
Nos olhamos.
[...]
Quando deu mais ou menos duas e meia pra três horas eles voltaram para
o mesmo local e entraram novamente.
— Porque seus olhos são vermelhos? — Olhei pro lado e Jeon estava em pé
do meu lado, levantei e ele estava um pouco maior que antes.
Xiumin: Eles falam nossa língua? — Ele pegou o garoto e o fez sentar na sua
perna. Em seguida falou com ele em coreano, o mesmo respondeu.
— O que são mortais? — Park estava parado do meu lado com as mãos
juntas na frente do corpo.
Wonho: Crescem tão rápido... — Peguei Park pela pequena mão e o puxei
para a parede que tinha uma fita métrica. — 60 centímetros... Vem aqui
Jeon. — Ele desceu da perna do Xiumin e caminhou até mim. — 60
centímetros também. — Ele balançou sorrindo e vi seu reflexo na estante.
Xiumin: Viram isso? — Ele pegou Park pela mão e o colocou na frente do
espelho, ele tinha reflexo, diferente do Xiumin que não apareceu no
espelho.
Sehun: O que mais eles podem fazer? Vem aqui Park. — O garoto foi até
ele rapidamente.
Wonho: Super velocidade também, parecem com a gente, mas não são
como a gente... Eles tem reflexo... Abre a boca Jeon. — Ele abriu e eu
procurei por suas presas, pude ver apenas duas pequenininhas. — Morde
meu dedo. — Ele mordeu, bem afiadas por sinal. — Pode escondê-las?
Jungkook: Como?
Xiumin: Imagine puxá-las para dentro. — Ele fez o que pedimos e suas
presas sumiram, dando lugar a pequenos dentinhos de leite. — Os poderes
estão começando a aparecer... O que será que eles podem fazer, será que
são fortes?
Sehun: Toma, segura isso com uma mão. — Ele entregou uma bolsa que
tinha muitas coisas dentro para Park que segurou sem esforço. — Super
velocidade, presas e força...
Xiumin: Não sabem controlar... — Ele colocou luvas nas mãos dele
também.
Sehun: Ok, já mostraram um poder que eles têm e nós não... Fora o
reflexo, o que prova que são metade humana também... Ao que parece,
Jeon controla a água e Park o fogo... Eles não têm os nossos poderes...
Jinyoung: Querem testar se voamos?
Sehun: Não sei... Pode nos dizer como vamos estar daqui... 10 anos?
Jinyoung: Não... — Ele fez um biquinho. — Posso ver quando alguém toma
uma decisão.
Wonho: Hm... Ele pode ver o futuro de uma pessoa que toma uma decisão
e como essa decisão vai afetar...
Xiumin: Nós voamos... E podemos ler mentes, duas coisas que eles não
fazem.
Sehun: Isso ‘ta cada vez mais estranho, parecem com a gente, mas não
tanto... Nunca vi esses poderes em um vampiro antes. — Jeon se
aconchegou em meu colo no sofá e dormiu.
Sehun: Temos que ficar de olho, se tiver mais poderes, vão aparecer com o
tempo... Só assim para descobrirmos que criatura são... Até agora,
sabemos que são metade humano, metade vampiro. — Park dormiu no
colo dele.
Jeon:
1 Velocidade
2. Força
3. Manipula sentimentos.
4. Controla a água.
Park:
1.Velocidade.
2. Força.
3. Prevê o futuro quando alguém toma uma decisão.
4. Controla o fogo.
Capítulo 4 — Demônios
Data: 05 de dezembro
— Kim Minseok —
Xiumin: O que está fazendo? — Parei na porta do quarto onde Wonho
observava Kook dormindo, ele fez sinal de silêncio com o dedo, dei de
ombros e desci as escadas. Cheguei na cozinha e Sehun estava preparando
algo para Jin comer enquanto seguia a receita, franzi o cenho quando olhei
Wonho em pé tomando sangue no canudinho. — Como chegou aqui tão
rápido? Quer dizer, era pra andarmos como os humanos.
Senti a confusão em sua voz e voltei correndo para o quarto, dando de cara
com um demônio com asas em cima do Kook, cabelo comprido enfeitado
com uma coroa de ouro e usava couraças blindadas, ele tinha uma cauda
enorme, bem pontuda e afiada no final, parecia calda de escorpião. Sua
língua enorme saia pra fora e estava se enrolando no pescoço do Kook. O
empurrei para longe e peguei o garoto no colo, o demônio gritou e veio pra
cima de mim, coloquei Kook no chão e me preparei para correr, quando
seu urso caiu no chão, ele fez um biquinho de choro e virou para pegar,
porém o demônio pisou em cima com seus pés monstruosos, o tamanho
dele estava dobrando, Sehun e Wonho chegaram ali. Kook olhou o
brinquedo rasgado no chão e tive que tapar os ouvidos com o grito agudo,
histérico e longo que ele deu, congelando tudo a nossa volta, inclusive o
demônio.
Ele soltou da minha mão e foi até o pé do demônio, puxou o urso, limpou o
mesmo e voltou para segurar na minha mão.
Sehun: Tem mais, estão sobrevoando a casa. — Ele segurou na mão do Jin.
Sehun: Vamos dar o fora... A floresta para o leste, atraímos para longe da
cidade. — Terminamos de pegar as armas e corremos para fora da casa
com os demônios nos seguindo.
— Nosso mestre vai ficar encantado quando ver a beleza de criatura que
vocês vampiros carregam. — A voz metálica, sonífera e arrastada de uma
besta ecoou pela floresta.
Sehun: Quem são vocês? — Fiquei atento com o arco e flecha em minhas
mãos apontada para o céu.
Já não basta ter que protegê-los das trevas, agora temos que protegê-los
de outros seres.
Sehun: Dispensamos.
— Então, vamos ter que pegá-los.
Wonho: Só por cima das minhas cinzas. — Ele começou a disparar várias
flechas e eu peguei a estaca e a adaga da minha perna, vários vieram para
cima de nós, senti as mãos de Kook na minha cintura e ele me abraçar
escondendo o rosto nas minhas costas. Abati umas três com a adaga e uns
cinco com a estaca. Eles possuíam uma lança e às vezes vinham direto com
a calda.
Sehun: A calda tem veneno... — Ele alertou. Todos que eu abatia viravam
uma espécie de pó negro.
Quando abatemos todos, viramos para olhar os dois que estavam bem por
sinal.
[...]
Wonho: Para onde vamos agora? — Ele jogou a adaga no chão que caiu
fincada na areia, Jin e Kook estavam sentados perto da fogueira.
Sehun: Temos que morar longe dos humanos, para caso essas coisas
ocorram... — Ele desenhava na areia com a estaca.
Eles adormeceram.
Dias depois.
Xiumin: Ele virou um... Coelho. — Então ele voltou para sua forma natural.
Jin: Sim...
Xiumin: Impossível...
Wonho: Você pode mudar para outra forma? — Ele mudou para a forma
de uma pantera, depois voltou. — E para forma de pessoas? — Ele olhou
Kook sentado brincando e mudou para a forma dele.
Sehun: Não, não é impossível, descobrimos o que são...
Sehun: Tem o poder de fazer qualquer um que olhar nos olhos se tornar a
pessoa ou animal que escolherem... Podem imitar vozes de outras pessoas
[...]
Wonho: É uma boa hora para irmos na casa daquela mulher... Temos
treinado como agir como humanos a muitos meses... Podemos começar a
treinar como controlar a sede perto deles.
Xiumin: E quanto a Kook e Jin? Ela vai querer saber porque estão grandes...
Sehun: Falamos que são nossos primos, ela não vai saber que eles são os
bebês. — Assentimos e saímos da casa, pegamos o carro e dirigi até a
antiga rua que morávamos.
Sehun: Park...
Xiumin: Ah... Não, eles estão com frio... — Ela sorriu confusa.
Um homem alto desceu as escadas, jovem assim como a Sra.Lee, ele sorriu
para nós e foi para a cozinha, continuamos conversando com ela e logo ele
se juntou a nós, os filhos dela também conversava conosco e quando
percebi eu nem sentia mais o fato de estar com humanos, o cheiro
incomodava um pouco, mas era quase como se pudesse me acostumar
com isso. Tomava cuidado sempre para Kook não tirar as luvas e nem o Jin,
eles não conseguiam controlar seus poderes ainda, andavam rápido
demais, então tinha que ficar com eles no colo, se tirassem as luvas o
poder do fogo e da água estaria completamente desorientado, então todo
cuidado é pouco. Inventamos outro nome para eles quando ela perguntou,
então eles acabaram dormindo, agradeci mentalmente por isso.
Quando percebi já era noite, então decidimos ir para casa com ela nos
convidando para vir mais vezes e a promessa de que iríamos visitar sempre
que pudéssemos.
Dias depois
Sehun: Estavam dormindo, mas viram quando ele saiu... — Ele apareceu
com Jin e Kook. Sai da casa e corri em meio às árvores até não poder
farejar mais, voltei pra casa.
Sehun: Seja o que for... Deixou seu rastro e não queria fazer mal aos dois...
Wonho: Vai voltar, vamos ficar em alerta.
[...]
"Nada" — Sehun.
Ficamos ali esperando ouvir ou sentir algo, mas nada veio, me concentrei
no som das árvores e o senti.
Quem é ele?
Usei minha visão até onde podia, as duas criaturas voavam atrás do rapaz
tão rápido que era difícil acompanhar.
[...]
Sehun: Conseguiu ver o que era?
Sehun: Pelo cheiro... Ah, eu não sei, mas parecia ser um Nachzehrer.
Eles estavam ao redor da casa deles, os cinco, as asas saiam de suas costas
e estavam atentos nas árvores. Um deles que eu não saberia dizer o nome
estava agachado, então levantou voo e rondou ao redor da casa sobre o
telhado.
Xiumin: Acho que já sei porque estão atrás dele... — Liguei a televisão.
[...]
Jin: Vimos...
Xiumin: Impossível... Não existem mais vampiros, há não ser nós três.
Jin: Ele tinha umas presas assim... — Ele fez com os dedinhos. — Mas ele
não tinha olho vermelho... E ele estava com sangue aqui... — Ele apontou
pro canto da boca.
Xiumin: Lobo... Isso explica o cheiro de cachorro... E explica porque são tão
rápidos e mais poderosos.
— É o que dizem.
Wonho: Está causando muitos problemas por aí, meu amigo. — Ouvi a
risada dele na floresta.
— Meu nome é... Chae Hyungwon... E do meu amigo ali é... Kim Jongdae.
— O outro apareceu do lado dele. — E vocês, quem são?
Hyungwon: Foi o que pensei, por um instante achei que... Teríamos que
nos abraçar e jantar juntos nos sábados.
Chen: 510... Hyungwon tem 511... Há 540 anos, antes mesmo dos pássaros
do bosque existirem, nossa mãe conheceu um... Lobisomem...
Wonho: Então está dizendo que vocês dois foram os primeiros híbridos?
Hyungwon: Sim... Claro que teve mais no decorrer dos séculos, todos
tinham uma metade vampiro, mas... Foram mortos, vocês sabem por
quem.
Xiumin: Interessante...
Chen: Informação difícil essa, jamais saberíamos disso, visto que sempre
existiu humanos no seu mundo. — Esse garoto gosta de ser irônico né?
Xiumin: Nossos poderes não funcionavam com ela... Diferente dos outros
humanos, que eram malignos... Ela era diferente, era... Boa... Então
poupamos a vida dela quando a pegamos...
Chen: Pegamos?
Xiumin: Posso apagar o que eu quiser da mente da pessoa, Sehun pode ver
todas as lembranças da pessoa, Wonho pode controlar a névoa... Podemos
ler mentes, manipular a mente de alguém... E éramos os melhores
guerreiros... Nosso mentor tinha mais poderes que nós.
Sehun: Então, levamos a humana para nosso mentor, aquilo era estranho,
já que todos os humanos do nosso mundo eram malignos... Então ele viu o
futuro quando a viu, ela se apaixonaria por um dos nossos e engravidaria
de gêmeos, esses gêmeos salvariam nosso mundo da criatura que sempre
lutamos... As trevas... Durante a estranha gravidez dela, tivemos que
protegê-la a todo custo para que a gravidez fosse concluída... As trevas nos
atacavam com mais frequência, quando finalmente nasceram, não eram
gêmeos, bom, eram, mas não idênticos, um parecia o pai, o outro parecia
com a mãe... Mas... Não tinham nada, sem poderes, eram apenas... Bebês.
Xiumin: Sim e não... O poder de ver o futuro veio de forma... Reduzida para
Jin, ao que parece, ele vê o futuro apenas quando alguém toma uma
decisão... O poder de manipular não só a mente, não só os sentimentos,
mas sim todo o corpo e alma de uma pessoa, veio de forma reduzida para
Kook, ele pode manipular apenas os sentimentos... Agora o poder de
controlar a água, fogo, ar e terra, foi dividida entre os dois, Jin controla o
fogo e a terra, Kook a água e o ar... Porém... Não sabemos da onde veio a
parte metamorfo.
Chen: Porque faríamos isso? Não é problema nosso, cada qual carrega o
seu fardo.
Xiumin: Não há escolha... Visto que as trevas vão atrás de vocês... Sabem
que vão.
Chen: Vivemos tantos anos... Não é agora que vamos nos juntar ao trio feliz
e seus filhotinhos.
Xiumin: Tem razão, mas... Não temos outra opção. — O olhei e ele me fitou
por longos minutos, até que Sehun quebrou o silêncio.
Sehun: Eles precisam chegar a fase adulta vivos... Vocês são poderosos,
muito poderosos, vocês têm o lobo e o vampiro... São mais poderosos que
muitas criaturas místicas... Estamos dizendo que... Precisamos de vocês.
Xiumin: Vão respeitar suas leis a partir de agora... E... Vão pedir desculpas.
Hoseok: Essa eu... Pago para ver. — Ele me olhou nos olhos.
Hoseok: Jongdae.
Chen: Hoseok...
Hoseok: Bem que eu senti o cheiro de sarna. — Hyungwon riu sem humor.
Chen: Desculpa.
Dias depois
[...]
Xiumin: Como é?
Chen: Hm... Mas... Seu cheiro é pior. — Ele cheirou meu pescoço e senti
seu nariz roçar no mesmo. — Não dá para se acostumar... Eu juro que
tentei.
Xiumin: Que parar? — Empurrei ele, porém ele me fitou e voltou a cheirar
meu pescoço.
De onde ele tirou isso? Eu o quero, que ridículo, eu sou um vampiro, e ele
um cachorro, ‘ta, metade vampiro, mas eu não o quero, exibido, sem
noção... E bonito, mas isso não vem ao caso. Sorri de lado ao pensar em
uma coisa e foi o que eu fiz, comecei a ler sua mente.
“Fique longe da minha mente, sanguessuga, não posso ler mentes, mas sei
que você está tentando ler a minha”
Ri e voltei a ler.
[...]
Xiumin: Como assim? — Espero que não seja o que eu esteja pensando.
Entrei em casa com eles e pedi para esperarem, chamei os outros e não
demorou muito para aparecerem.
Chen: Não disseram que são metade humano, metade vampiro e metade
metamorfo?
Wonho: Sim.
Wonho: Vamos ter que ensiná-los a caçar... Por hora, eles podem beber o
que tem aí... — Hyungwon apareceu com as mamadeiras cheias de sangue.
Chen: Não mais que o metamorfo... Sendo um metamorfo eles podem virar
qualquer um de nós e adquirem os nossos poderes enquanto estiverem na
nossa forma.
Hyungwon: É... Porque eles vão matar... E vão matar muito para conseguir
mais e mais sangue, a sede seria interminável, além de difícil de saciar,
seria difícil de controlar... Então torçam para que não tenham gene de
poder na parte humana.
Dias depois
Jin: Tem uma cobra no nosso quarto. — Apenas eu e Chen estava em casa
com eles.
Kook: Tem uma cobra desse tamanhão no nosso quarto. — Ele abriu os
braços. — Em baixo da cama.
Kook: Foi.
Wonho: Instrutor?
Xiumin: Então pode ajudar eles a controlar o fogo, ar, água e terra, para
poderem ficar sem as luvas?
Xiumin: E se não tiver poder na parte humana, o terceiro instrutor não faz
mais nada?
Xiumin: Porque?
Xiumin: Como?
— O vampiro entende.
Suspirei...
[...]
Xiumin: Quê?
— O basilisco sente.
— O cachorro é esperto.
— O basilisco sente.
Xiumin: O quê?
— O basilisco sabe.
Xiumin: Aish...
— O basilisco ensina.
“O basilisco avisou”
Xiumin: Não...
Xiumin: Espero que não muito, ele tem umas ideias malucas.
— Shin Hoseok —
Hyungwon: Acho que... Essa cobra aqui vai nos ajudar e muito... Eles
precisam aprender sobre os próprios poderes e como usá-los. — Ele estava
preparando algo para Jin e Kook comerem, ainda bem que não pediram
sangue mais.
Fitei suas costas, ele tinha um corpo semelhante ao meu, eu acho que é
por causa do lobo interior, seus cabelos lisos e castanhos caiam sobre seus
olhos, ele é tão belo, me pergunto como é possível a junção de um
lobisomem com um vampiro gerar algo tão... Bonito.
Wonho: Hã?
Wonho: Se a gente quiser... Sim... Mas não é uma lei, não é necessário...
Mas é bom para estarmos bem descansados durante uma caçada.
Wonho: Dormíamos em caixões, era bom para escapar da luz solar, nossa
pele é um tanto sensível, vem cá, você é um vampiro, sabe dessas coisas.
Wonho: Sim.
Hyungwon: Bom, todo mundo sabe que um vampiro é muito belo... Mas
essa beleza de vocês tem algum poder?
Wonho: Sim.
Wonho: Como é?
Wonho: Sim...
Kook: Ouvi mãe. — Sim, eles chamam ele e o Chen de mãe. — O que é
sessual’? — Ri.
Kook: Ok...
Wonho: Quando uma mulher fica grávida, seu corpo terá que mudar para
que o bebê cresça... Mas um vampiro não muda, ele passa a eternidade do
mesmo jeito, corpo, cabelo, unha, rosto, pele, tudo do mesmo jeito...
Então, mesmo que o óvulo seja fecundado o feto não poderá se
desenvolver, pois o corpo não poderá se modificar para realizar essa
função... Como vampiras não podem ter filhos, antigamente elas
transformavam um bebê e tomavam como filho.
Wonho: Entendi.
Wonho: Um ancião.
Hyungwon: Entendi...
— O basilisco é esperto.
Sorri o olhando, agora seu tamanho estava um tanto maior, ele possuía
mais dentes do que antes, e sua pele parecia brilhar.
— Mais rápido...
Kook: Um raio...
— Muito mais...
[...]
Sehun: Correm devagar... Muito devagar... Isso não tem a ver com a altura,
tem?
Chen: Não sabemos... Mas suspeito que sejam... — Ele nos olhou. —
Harpias ou... Fúrias. — Era só o que me faltava.
Hyungwon: E não estão aqui para dar boas vindas... Estão aqui para matá-
los... Um lobo não dá conta se ela levantar vôo... — Ele me olhou. —
Vamos... Suspender a caça... Quando souberem o que o basilisco é, vão
querer matá-lo também... — Me concentrei nos pensamentos da cobra,
mas ela realmente estava dormindo.
Hyungwon: A maioria vão vir para matá-los... São poderosos, são uma
ameaça...
Chen: Hoseok e seus irmãos são trigêmeos, mas não idênticos, vocês
sabem que nenhuma criatura que nasce gêmeos, é de fato gêmeos, só
nascem no mesmo dia... A mãe de Hoseok era amiga da mãe de
Changkyun, que é gêmeo de outro lá... — Assentimos. — Humanas...
Xiumin: Vampiras.
Chen: Exatamente... O que eles não sabiam... Era que os bebês herdariam o
gene do vampiro... Resultando no que vocês já conhecem... Entretanto,
nasceram machos... Mas não era para nascerem horríveis em vez de belos?
Sim, mas... Desde o início eram humanos, viraram criaturas depois. Tomem
nota de que... A raça deles não é como a nossa, tipo junção de vampiro
com lobisomem, a raça deles é tipo um erro genético, não tem uma lei,
tipo cruza tal raça com um vampiro que vai dar um deles, eles são erro
genético que afeta quem...?
Chen: Pois bem, nasceram, e as mães viveram lá seus anos como vampiras,
mas de novo... Foram mortas por vampiros... Por quê? Você me pergunta...
Porque os bebês, assim como os cabritinhos, nasceram diferente de sua
espécie... Pra começar nasceram homens, em seguida, mais poderosos, por
serem homens e por não serem erro genético... O que isso significa pra sua
espécie?
Hyungwon: Exatamente...
Xiumin: As guerras são de muitos séculos... Estava errado quando disse que
nasceram antes da primeira da espécie deles... A primeira da espécie deles
nasceu a mais de 100 anos D.C.
Hyungwon: Hoseok não gosta de guerras, ele evita o máximo, assim como
seus irmãos...
Hyungwon: Não sei... Mas ele é belo, muito belo... A beleza dele é tanta
que é usada como arma... Ele é... — Ele deu uma pausa. — Gracioso...
Porém, ele não é líder, tipo “O Líder”, só falam que é ele porque todo clã
tem um líder, normalmente os cinco lideram.
Hyungwon: Não... Mas quando eles chamam, elas vem, vocês sabem que
elas vivem nas sombras... É raro ver uma delas fora.
Dias depois.
Suspirei e levantei.
Kook: Pai, hoje a gente vai caçar... Né? — Ele bateu palminhas.
— O basilisco gosta quando vão caçar, o basilisco acha que aprendem mais
sobre os poderes. — Sorri e ele nos acompanhou até a porta.
[...]
Chen: Você fez muito barulho, ele te ouviu antes mesmo de você pensar
em atacar.
Chen: Não, se não podem caçar, não podem beber sangue, vamos pra casa.
Jin: Ah não... Só dessa vez... Por favor... — Ele juntou as mãos, acabei rindo.
Chen: Faz alguma coisa de útil e caça para eles. — Ele me deu um
empurrão de leve, sorri e ele sorriu me olhando. — Quem quer ver Xiumin
caçando? — Os dois levantaram a mão. — Ok, vamos subir nessa árvore. —
Eles deram um salto e subiram.
Xiumin: Eu me esforço.
Dias depois
— Shin Hoseok —
Estávamos de vigia no telhado, já que nós não precisávamos dormir, na
verdade, nesses dias não temos caçado, nem dormido, nossas energias aos
poucos iam ficando mais fracas, desci do telhado e entrei em casa, subi no
meu quarto para pegar o livro e fitei a porta do quarto do Hyungwon.
Entrei e fiquei o observando dormir, acabei sorrindo, ele não estava
acostumado a dormir como humano. O mesmo acordou, sentou na cama
coçando os olhos e olhando em volta, sorri e ele me olhou.
Wonho: Acabadinhos?
Sehun: Eu disse que... Não sabia... Disse que se um dia deixarmos de existir,
eles são fortes e se virariam sozinhos... Então ele disse que não... Disse que
ficariam fracos até deixarem de existir também... Ele me disse que... Quer
nossa família unida por toda eternidade. — O fitei. — Disse que se não
estivermos juntos, não há razão para vivermos... — Ele riu. — Ele fala
igualzinho o pai.
Wonho: Esperança.
[...]
Kook: Legal... — Ri e não demorou muito para ele adormecer em meu colo.
Fiquei ali na cozinha com ele, enquanto eu lia, ele dormia tranquilamente.
Wonho: Estou vendo se... Descubro o que são por meio desses livros
antigos.
Wonho: Para os humanos, sim... — Abri o livro e ele sentou do meu lado.
— Mas o que achei, de mistura com vampiro é o que já sabemos.
Wonho: Não custa nada tentar... Meu cheiro não te incomoda? — Ele
estava bem perto.
Wonho: Então... Hã... Aqui não tem muita coisa... Há não ser fatos sobre
vampiros. — Ele assentiu.
Jin: Mãe... Olha, meu dente caiu. — Ele estendeu a mão mostrando o
pequeno dentinho de leite e sorrindo mostrando o local de onde o dente
foi arrancado.
Sehun: Que isso? — Ele pegou o dente da mão do Jin. — Oh... Um dentinho
de leite.
Kook: Pai eu quero um dente de leite.
Sehun: Você vai ter um dente de leite quando o seu ficar mole.
Jin: Vou guardar no potinho. — Ele saiu correndo com o dentinho e Kook
logo atrás.
Chen: E o treinamento?
Ele come comida de gente, o mesmo nos disse que ele foi criado para
facilitar não dificultar, então ele come o que tiver.
[...]
Xiumin: Ficamos de longe enquanto você e Chen compra com eles. — Eles
assentiram.
[...]
— Kim Jongdae —
Então ficou assim, Sehun, Xiumin, Wonho e o basilisco ficariam nos
vigiando de longe enquanto comprávamos as roupas dos meninos. Até
agora não aconteceu nada de anormal.
Eles não apareceram, em vez disso Hyungwon ficou entre nós e elas.
Xiumin: Vão indo eu vou apagar a memória deles... — Ele foi interrompido
por um grito agudo de uma fúria. — Wonho use a névoa. — Ele mexeu as
mãos.
Wonho: Para que os humanos lá fora não vejam as fúrias... Ao invés disse,
verão algum pássaro comum. — Assenti e Xiumin foi nos seis humanos que
tinham ali, apagando a memória em seguida os fazendo dormir. Hyungwon
pegou roupas com a boca e saiu para um canto da loja, logo voltou como
vampiro.
Xiumin: Sehun certifique-se de que ninguém lá fora viu alguma coisa. — Ele
saiu da loja, em minutos ele voltou.
Hyungwon: A boa...
Wonho: Que ponto você quer? — A névoa girava nos dedos dele e em cima
da mão mostrava as fúrias do lado de fora, ele estava concentrado.
Xiumin: Vamos... Atrair elas para dentro da loja. Em grupos, enquanto ele
controla as do lado de fora...
A maneira que ele fazia era impressionante, ele movia as mãos tão
lentamente.
Xiumin: Ok... Mas precisamos ver elas... Você precisa deixar a gente vê-las.
Franzi o cenho e abri a porta da loja, olhei para cima e vi... Passarinhos?
Entrei novamente.
Wonho: Não saiam da loja... Vou usá-la fora, aqui dentro vou anular. — Ele
continuou os movimentos com uma mão só e com a outra estalou os
dedos, soprou névoa nos mesmos e eu olhei pelo vidro, agora eu podia ver
a fúrias. O olhei, uma mão ele controlava a névoa aqui dentro, a outra a de
fora.
Ficamos longos minutos em silêncio esperando elas entrarem, até que duas
entrou, me transformei e pulei em uma. Mais foram entrando e comecei a
achar que não daríamos conta.
Chen: Isso vai doer... — Ele assentiu e eu puxei uma unha, ele gritou. Kook
e Jin esconderam o rosto e pedi para o basilisco sair dali com eles, ele os
levou para o fundo da loja. — Posso? — Ele assentiu e eu puxei mais uma.
— Faltam quatro... — Ele assentiu com uma expressão de dor. — Tudo
bem?
Wonho: Sim...
Chen: Essa vai doer mais, está no seu coração... — Ele assentiu e antes que
ele se concentrasse na dor, eu puxei, o fazendo gritar, puxei a outra e
faltava duas, as que eu ia puxando, jogava no chão e elas dissipavam. —
Vou puxar as duas de uma vez, está bem? — Ele assentiu e eu puxei as
duas, em seguida o ajudei a levantar.
[...]
— Shin Hoseok —
Hyungwon: Estou curioso. — Ele suturava minhas costas, mesmo eu
dizendo que não era necessário, mas ele disse que assim se curaria mais
rápido.
Wonho: Essa foi à pergunta mais tosca que você já fez. — Ele riu. — Como
não sangramos se para transformar um humano, o sangue do vampiro é
necessário?
Wonho: Para transformar um ser humano, o ser humano tem que ter
sangue de vampiro em seu corpo, então a pessoa tem de ser morta e,
finalmente depois de voltar, precisa beber sangue humano.
Wonho: Não. — Sorri. — Precisa muito mais que fúrias para me matar... —
Jin sorriu.
Wonho: Não... Qualquer coisa que cause dano a um mortal causa pouco
dano ao vampiro.
Wonho: Não, isso também é mito... Não nos afeta em nada, alguns
vampiros até gostam de cruzes.
Jin: Decapitação.
Jin: Magia?
Wonho: ‘Ta me dizendo que um ser indestrutível pode ser morto por
amor?
— Kim Minseok —
Xiumin: Vocês têm poderes, não tem?
Xiumin: Sério?
Xiumin: Hm... Não sabia que também podiam manipular sonhos... Podem
prender a pessoa no sonho?
Chen: Sim... Podemos, desligar uma das nossas metades... Hm...
Mostramos nossos olhos de lobos quando exibimos nossas habilidades...
E... Podemos andar no sol numa boa. — Ele me olhou e ficamos longos
minutos assim.
Dias depois.
Sehun: Já?
Kook: Vai embora? — Ele estava com beicinho de choro. — Mas temos que
aprender mais, fica...
Chen: Isso vai ser difícil... — Não demorou para ambos chorarem, então
eles abraçaram a cobra e pediram colo para Chen e Hyungwon.
Hyungwon: Quer uma cobra de estimação? Fala sério que idéia louca é
essa?
Sehun: Não seja rude, se eles quiserem uma cobra, damos uma cobra.
Chen: Sem chance, o basilisco era racional... Quer deixar eles sozinhos com
uma cobra?
Chen: Peixes...
Sehun: Um jacaré...
Hyungwon: Fala sério, um jacaré? Quer dar um jacaré para eles? Qual o seu
problema?
Jin: Passarinhos são chatos. — Eles pararam de chorar, mas ainda estavam
com beicinho de choro.
— Nem um jacaré.
Chen: O que te faz pensar que ter um jacaré de estimação vai deixá-los
mais felizes? — Paramos na cozinha.
Sehun: O que te faz pensar que não vai deixá-los felizes, fala sério, você
nunca ouviu alguém falar “eu tenho um jacaré de estimação” isso é épico.
Xiumin: Não é todo dia que você vê alguém levando seu jacaré para
passear, seríamos os primeiros, isso seria lendário.
Hyungwon: Façam alguma coisa de útil e vão colocar eles pra dormir.
[...]
Estava abraçado ao travesseiro, seu rosto estava calmo e sereno, olhei seus
sonhos e ele não estava sonhando com absolutamente nada, na verdade,
estava e era comigo, sorri e ele se mexeu, mas não acordou, sentei na
cama e só assim ele despertou.
Xiumin: Beijo? — Ele assentiu. — Então você... Quer me beijar? — Ele ficou
vermelho de novo.
Xiumin: Quer? — Juntei nossas testas e ele me olhou nos olhos. — Como...
Foi no sonho?
Nunca pensei que faria algo tão lentamente, selei nossos lábios, apenas
toquei e meu coração deu pequenas palpitadas, quando me afastei alguns
centímetros me senti tão... Vivo.
Sorri e pude sentir sua respiração acelerada, então ai, só aí eu notei o que
estava fazendo.
Eu sou idiota? Só pode.
Quando ele abriu, olhei em seus olhos e fiz o que tinha que fazer,
apagando sua memória desde a hora que entrei, o fiz dormir e sai do
quarto, então notei que estava sorrindo.
Xiumin: Apaguei a memória dele, nunca devia ter acontecido... E... Foi só
um encostar de bocas.
Xiumin: Não era para ter acontecido. — Eles me olharam, sabiam porque
não podíamos.
Jimin: Eu sei...
— E fazer a matricula.
Jimin: Eu sei.
Jimin: Eu sei.
Jimin: Não sei. — Rimos e eu sentei. — Mark, é sério, não quero sair. — Ele
fitou o nada.
Mark: Ok... Vou ver se arrumo alguma coisa. — Assenti e voltei a deitar,
ouvindo a porta bater.
[...]
Falando nele, logo ele entrou no apartamento com uma cara nada boa,
sorriu pra mim e foi para a cozinha, levantei e o segui.
Jimin: Vamos ajudar... Começando por todas essas caixas, ela vai chegar
cansada e não vai ter tempo de arrumar. — Ele assentiu, após tomar água,
fomos arrumar todas as nossas coisas no lugar.
Em cerca de meia hora depois ela voltou, minha Omma é jovem e muito
bonita, ela se divorciou do meu pai a um mês mais ou menos e depois disso
decidiu vir embora para a Coréia, deixando o meu pai nos Estados Unidos.
Jimin: Tudo bem, Omma... Não se preocupe, damos conta. — Ela sorriu.
— Obrigado meninos...
Minha mãe trabalha como veterinaria e o sonho dela é abrir seu próprio
consultorio, ela tem se dedicado muito para conseguir começar seu proprio
negocio e nos dar uma vida melhor, mas eu gosto da vida que temos. Ela é
uma pessoa muito competente e inteligente, não sei porque essa
promoção nunca veio. Balancei a cabeça afastando quaisquer pensamentos
sobre e me concentrei na nossa refeição.
Dia seguinte.
— Queridos, acordem ou vão se atrasar no primeiro dia. — Mark me
empurrou resmungando e eu ri.
Jimin: Cê é idiota?
Mark: Você fica em cima de mim, a gente vai dormir separado e conforme
a noite vai passando, cada vez mais você vai subindo em cima de mim. —
Ele riu e levantou dando um tapa na minha bunda.
[...]
Mark: Arruma essa gravata... Ta parecendo que você tirou ela da boca do
boi. Quer ficar mal falado no primeiro dia?
Mark: Mãe olha pra mim, foca em mim mãe, tenho preguiça de acordar pra
viver, imagina acordar pra morrer. — Somos iguais, ele reclama da minha
preguiça, mas a dele é pior.
Jimin: Não gosto nem de acordar, quanto mais acordar para fazer desafio...
Fala sério, quem em sã consciência acorda quatro horas da manhã pra
fazer desafio? Quatro horas é a hora do melhor sono, não é? — Mark
concordou. — O sono das quatro é o melhor. — Minha mãe riu.
Mark: Eu sonhei que eu era um pombo. — Comecei a rir que nem um
retardado. Os sonhos do meu irmão não costumam ser normais.
— Um... Pombo?
Fiquei bem uns cinco minutos rindo disso, e se mais tarde eu lembrar, vou
rir de novo sozinho.
[...]
— Amo vocês... — Ela deu um beijo na nossa cabeça e nós fomos para a
sala de aula enquanto ela foi para a secretária.
Mark: Ai... Meu... Deus. — Ele olhou o relógio no pulso e então saímos
correndo que nem idiotas pela escola. Chegamos na porta da sala
ofegantes.
— Hm... Estrangeiros?
Jimin: Demos sorte de não ser um professor de 70 anos que não transa a 5
meses e desconta nos alunos. — Ele segurou a risada.
Jimin: Tecnologia/engenharia.
BamBam: Muito prazer... Pessoas dos Estados Unidos não costumam ser
mais bronzeadas? — Rimos.
Jimin: Sim, acho que temos um problema com o sol. — Ele sorriu.
[...]
BamBam: AHH... Olha ele ali, olha ele ali... — Estávamos na hora do
intervalo.
BamBam: Meu crush, disfarça, ele está sentado com um livro na mão e
fones de ouvido. — Virei para olhar. — EU DISSE DISFARÇA. — O refeitório
todo nos olhou e acabamos rindo. — Eu disse disfarça, não vira a cabeça
que nem a guria do exorcista.
Jimin: Bonita.
BamBam: Namorada.
Jimin: Pode. — Ele sentou do lado do BamBam que ainda olhava para ele.
Jimin: Que mico em, na frente do crush e você fica que nem um retardado.
Mark: Na verdade ele conversou com o Jimin já que você esqueceu até de
como falar.
BamBam: Não exatamente, são adotados, mas... O primeiro, que esta com
a maçã é Kim Minseok, irmão de sangue dos dois loiros, Oh Sehun e Shin
Hoseok... Os dois de luvas são irmãos de sangue, Park Jinyoung e Jeon
Jungkook... E os outros dois também são de sangue, Chae Hyungwon e Kim
Jongdae, os sete foram adotados, são irmãos adotivos... Mas... Ninguém
nunca viu os pais. — Franzi o cenho. — Dizem que morreram.
Os olheis, tinham os olhos castanhos tão claros, mas tão claros que
chegava a ser quase cor de mel.
BamBam: Nem fale, por onde esses garotos passam, arrastam multidões de
garotas e... Garotos também.
BamBam: Jeon?
Mark: Não sei... O de cabelos pretos.
BamBam: Ah, Jinyoung, o que tem? Se teve um crush nele, é uma pena,
parece que ninguém é bom o suficiente para aqueles sete.
BamBam: Dizem que os irmãos são muito protetores... E... Nunca os vi sem
luvas. — Arregalei os olhos.
Jimin: Nunca?
BamBam: Aham...
Mark: Oh... Por quê? Quer dizer, se você não quiser falar, tudo bem.
[...]
Estavamos do lado de fora da escola esperando dar meio dia e meia para
irmos para a aula, então aquele grupo chegou, eles desceram e entraram
na escola, então o sinal tocou, entramos e nos dividimos.
Devia ter escolhido o que meu irmão escolheu, agora vou ficar sozinho.
Demorei um pouco para achar a sala onde aconteceria minha primeira aula
e quando encontrei, só tinha dois alunos lá e eram os esquisitos, o de luvas
que me olhou mais cedo e o da maçã. Eles pararam de falar quando eu
entrei, sentei em uma carteira qualquer e senti o olhar dos dois sobre mim,
mas logo eles voltaram a conversar, voz aveludada e parecia ser de anjo,
afastei esses pensamentos e me concentrei nas aulas.
Jimin: Claro que não, são... — Ele olhou o pulso com relógio. — PUTA QUE
PARIU.
— GAROTO!
Mark: Não me diga? — Saímos correndo que nem condenados até chegar à
portaria, onde tinha um monte de senhoras, como meu coreano ainda não
é muito fluente eu fiquei sambando atrás delas sem saber como pedir
licença. — Meu Deus, COMO É VELHA SAI DA FRENTE EM COREANO? —
Jimin falou em coreano e elas deram licença, saímos correndo pelas ruas
cobertas de neve.
BamBam: Você ‘ta legal? — Olhei pra cima para ver em quem eu tinha
esbarrado e era no garoto esquisito de luvas.
— Sentem-se, não tolero mais atrasos na minha aula... — Ele ficou nos
olhando até sentarmos nas nossas carteiras.
Ele estava mexendo no celular, não que eu seja curioso, mas ele é o crush
do meu amigo então eu posso ver o que ele ta fazendo, certo? Espiei de
canto de olho e no topo da conversa estava escrito “Princesa” virei para a
parede e fiz sinal de que ia vomitar, voltei a virar para frente e
disfarçadamente olhei a conversa, eles pareciam estar discutindo, segurei o
riso e ele me olhou, fiz sinal de que a garganta estava ruim e ele sorriu.
Virei para a parede e então pude comemorar, voltei a virar para frente e
olhei a conversa de canto de olho, eles passaram longos minutos
discutindo, até que ele guardou o celular.
— Claro Appa.
Mark: Appa?
Garoto que não parece garoto, parece uma rocha. (Minha bunda e meu pé
ainda estão doendo)
Garoto bonitão.
Mark: Inventei nomes para eles, já que nunca lembro o nome deles.
BamBam: Quais?
BamBam: Minseok.
BamBam: Jungkook.
BamBam: Sehun.
BamBam: Hoseok.
Mark: Aquele, garoto que não parece garoto, parece uma rocha.
BamBam: Jinyoung.
BamBam: Jongdae.
Mark: Legal.
Yugyeom: Claro... A gente se vê. — Ele pegou os cadernos e saiu, era hora
do intervalo e decidimos ficar ali na sala mesmo, assim como o bonde da
perfeição, sim, dei um nome para o grupo deles. Não demorou muito para
eles saírem da sala, o garoto que não parece garoto, parece uma rocha me
olhou antes de sair e eu estremeci completamente.
— Kim Minseok —
Chen: O que já falamos sobre usar os poderes, Jeon?
Hyungwon: Aham...
Xiumin: Não façam de novo, a menos que seja muito legal. — Rimos e os
dois nos fitaram, paramos de rir e eu adverti. — O que não é o caso, isso foi
errado.
Xiumin: Na verdade, eles não são, 63 anos é idade de criança ainda, adulto
é depois dos 200. — Ele me fuzilou. — Aigo... Não briguem com eles.
Kook: Omma... — Ele falou manhoso, Kook podia ser assustador aos olhos
dos outros, mas era totalmente diferente conosco.
Wonho: Passou rápido, parece que foi ontem que o basilisco foi embora.
Não descobrimos o que eles são até hoje, mas descobrimos que a parte
que sobressai deles é a do vampiro, decidimos esperar o segundo instrutor
aparecer para tirar nossas dúvidas, e com isso, esse tempo todo vivemos
no meio dos humanos e agimos como nós mesmos apenas na nossa casa.
[...]
Chen: Não vou te dar esse gostinho, sanguessuga... — Ele falou no meu
ouvido me devolvendo o capacete, sorri e ele subiu na moto, em seguida
Jin que segurou em sua cintura, não deixamos eles dirigirem, eles ainda
não têm tanto controle assim, deixamos uma vez por muita insistência do
Jin.
Ri.
"Calados" — Xiumin.
[...]
Voltamos para a escola e fomos cada quem para sua devida sala de aula.
Me sentei na cadeira e Kook na mesa escorado na parede.
Xiumin: Todo poder tem seu lado negativo... E o seu é muito bom, você
pode controlar a água em qualquer estado físico.
Xiumin: Primeiro, nunca mais diga algo assim de novo... Segundo, todo ser
tem suas fraquezas, ao contrário de nós, vocês tem sentimentos, isso
bloqueia vocês na hora de matar alguma coisa, vocês tem sentimento de
medo... E terceiro, vão aprender a controlar esses poderes.
Kook: E porque nosso vampiro não sobressai nesse quesito? Vocês não tem
sentimento com nada e com ninguém.
Merda.
Xiumin: Jungkook? — Peguei ele pelo braço e sai pedindo licença, porém
uns garotos não quiseram sair da frente da porta, alonguei o pescoço, hoje
não é dia pra me irritar. — Sai... Da minha frente. — Kook tremeu e eu
precisava tirar ele dali agora, empurrei um deles com certa força e o garoto
caiu para fora da sala. — Vou ter que pedir de novo? — Sehun apareceu ali
e colocou a mão no meu peito, olhou Kook do meu lado e arregalou os
olhos.
Saímos puxando ele dali até chegar do lado de fora da escola em um local
afastado de humanos, puxei seu rosto para me olhar e seus olhos
vermelhos realçaram, suas presas saíram e eu tive que segurá-lo.
Sehun: Use a névoa Wonho. — Os olhos dele brilharam e ele balançou uma
mão enquanto segurava Kook com a outra.
Xiumin: Temos que ir embora... Kook está fora de controle... — Ele não
pareceu me escutar e voltou à atenção para as garotas, suas pupilas
dilataram e seus olhos ficaram vermelhos, o empurrei para dentro do
banheiro e fechei a porta, ele queria sair e eu o segurei. — Você precisa se
controlar... Jin! — Não adianta, quando estamos com sede, nada nos faz
parar. A qualquer momento alguém podia entrar ali.
Hyungwon: Vou atraí-lo para fora... — Assenti e ele saiu do banheiro, longo
senti Jin querer ir atrás.
[...]
Chen: Eles têm que aprender a se controlar mais... Porque ficaram com
sede tão der repente? Tínhamos acabado de nos alimentar.
Xiumin: Um vampiro em fase de amadurecimento sente sede com mais
freqüência, esquecemos disso... Temos que levar para a escola um pouco,
em copo de café, para eles tomarem. — Eles assentiram.
Xiumin: Posso fazer uma pergunta? — Ele assentiu. — Hyungwon usou seu
poder de sedução para acalmar Jin, porque não fui afetado?
Chen: Porque ele anulou o poder para todos ao seu redor, exceto o Jin, do
contrário, a escola inteira teria ido ao seu encontro. — Assenti.
Chen: Porque ele anulou o poder para todos ao seu redor, exceto o Jin, do
contrário, a escola inteira teria ido ao seu encontro. — Assenti.
— Park Jimin —
Jimin: O que diabos vocês estão fazendo no chão do banheiro? — Parei na
porta e eles levantaram confusos.
[...]
BamBam: Só algumas...
Mark: Ele está em maus lençóis com a namorada, devia falar com ele.
BamBam: Não... — Ele fez biquinho. — Ele vai me achar um maluco. — Ele
foi guardar a mochila e eu olhei o Mark.
— Park Jimin —
Jimin: Oi Yugyeom...
Yugyeom: Oi… — Ele sorriu e como sempre, BamBam ficou parado feito um
retardado o olhando, o puxei para sentar do lado do Yugyeom.
Mark: O trabalho que a professora passou hoje... Que tal fazermos hoje?
— Porque não atende o celular? Você esqueceu que hoje você vai comigo
para minha casa?
Mark: Oi pra você também. — Ri e a garota o olhou com descaso.
BamBam: Você só sabe rir né? Para de gargalhar desse jeito, tá todo
mundo olhando. — Tapei a boca e olhei em volta, de fato, todo mundo
estava olhando.
Yugyeom: Aish... Para de dizer o que eu tenho que fazer... — Ele levantou e
nós fomos atrás, então à garota ficou plantada lá parecendo uma
samambaia. — Ela me tira do sério. — Estávamos andando distraídos,
paramos no corredor, mas logo nos escondemos atrás da parede quando
vimos um movimento no final do corredor, colocamos apenas a cabeça
para olhar, aquela cena seria até engraçada, Mark estava em baixo, eu logo
acima dele, BamBam em cima de mim e Yugyeom em cima dele, só nossas
cabeças.
O loiro continuava falando, pude ver que ele também sorria, então o de
luvas riu descontroladamente e o loiro começou a rir também, nisso o de
luvas pousou a mão na cintura do loiro e voltou a ficar atento no que ele
falava, e de novo ele riu, os dentes dos dois são perfeitamente brancos e
alinhados, me deu até inveja.
Eles estavam bem próximo, então o de luvas falou algo no ouvido dele que
fez o loiro rir.
Subi na moto e esperei Kook subir, ele segurou na minha cintura e eu dei
partida.
[...]
BamBam: É do meu amigo, então acho que você consegue o emprego fácil,
eles precisam de um barman também... — Sorri e ele passou o número
para a gente. — Diz que são meus amigos. — Assentimos e começamos a
fazer o trabalho, exceto pelo Yugyeom que estava no celular, devia ser a
namorada enchendo o saco.
Yugyeom: Não posso terminar com a minha namorada, tenho medo dos
meus pais.
Ele sorriu.
Meses depois.
Mark: Uma mulher só sorri assim por duas coisas, sexo ou namorado
novo... E sexo a senhora não andou fazendo. — Ela bateu nele com o pano
de prato enquanto eu gargalhei.
—Não... Ele é muito fofo... E lindo... Ah... — Ela suspirou e nós rimos,
minha mãe às vezes parece uma adolescente. — Ele me convidou para
jantar...
Mark: Quando?
— Qualquer uma.
Jimin: Ah não, sem chance, vamos te arrumar. — Saímos puxando ela para
o quarto, até porque já eram cinco e meia.
[...]
— Uau, nossa, você ‘ta... Linda. — Grito interno, comemorei com o Mark e
ela nos olhou de canto de olho sorrindo. — Então, eu trouxe essas flores
pra você... — Ela pegou o buquê e sorriu.
— Lindas...
— Não tão lindas quanto você. — Fingi desmaiar nos braços do Mark.
Que lindo.
— Então, vamos? — Ela assentiu e piscou para nós antes de fechar a porta,
começamos a berrar que nem dois idiotas e quando paramos olhamos em
volta.
Mark: Nossa, TIPO NOSSA... Nossa Omma tem um encontro e nós ainda
estamos encalhados. — Gargalhei. — O que vamos fazer até ela chegar?
Jimin: Sei lá... Hm... Já sei. — Iniciei uma vídeo-chamada com o Yugyeom,
sentamos no sofá e posicionei o celular melhor. — Yugyeom-ah o que está
fazendo? — Ele mostrou a tela do computador com tédio, era a namorada
dele conversando com ele pelo face. — Puff que bosta, vem aqui pra casa.
Yugyeom: BamBam ‘ta aí? — Arqueamos a sobrancelha. — Quer dizer...
Vou... — Rimos e ele corou. — Aish, ok, vocês me pegaram, gosto dele,
mas boca fechada, huh? — Ele fez sinal de silêncio e uma carinha de bravo,
acabamos rindo. — Estou indo.
Como ele morava um tanto longe da gente, tivemos que esperar cerca de
vinte minutos até ele chegar finalmente, quando ele passou pela porta,
arregalei os olhos quando vi uma marca roxa em seu pescoço.
Jimin: Yugyeom o que foi isso? — Ele virou rapidamente colocando a mão.
Mark: Deixa eu ver... — Ele estava apenas de cueca, uma blusa cumprida
de frio e pantufas, assim como eu. — Isso é marca de agressão, o que foi
isso Yugyeom? — Ele ficou quieto e Mark o puxou para o sofá. — Quem te
bateu?
Jimin: Não... Quem foi que te bateu, Yugyeom? — Ele permaneceu calado.
Yugyeom: Em?
Mas, meus olhos foram logo desviados para os diversos hematomas que
ele tinha pelo corpo. Arregalei os olhos e tapei a boca com as duas mãos.
Mark: Não... — Yugyeom foi vestir a blusa e Mark pegou, acabou os dois
caindo junto no sofá, o Mark por cima dele e nesse momento, nesse exato
momento, BamBam entrou no nosso apartamento. Ele olhou Mark em
cima do Yugyeom e vi seus olhos marejados, então ele virou e saiu. —
BAMBAM ESPERA. — O garoto já tinha saído correndo. — Aish... —
Yugyeom colocou a blusa.
2 dias depois.
Mark: BamBam...
Jimin: Esse é o Mark, e ele não costuma sair prensando as pessoas nas
paredes, ou nos armários. — Eles riram e voltaram a andar.
BamBam: Me solta...
Mark: Não... Você vai me ouvir, e vai ouvir quietinho... — Eles estavam a
centímetros, quem visse isso pensaria outra coisa, mas ok, olhei em volta e
esperei a pequena situação acabar. — Yugyeom apareceu na nossa casa
com uma marca no pescoço...
BamBam: O que tem haver com você de cueca e blusa em cima dele?
Mark: Ah, você sabe que gosto de ficar de cueca e blusa. — Ele fez
biquinho. — Então... Ele não quis falar o que era, eu tive uma suspeita e
mandei ele tirar a roupa, dito e feito, seu corpo tem vários hematomas...
Ele foi pra vestir a blusa, eu peguei da mão dele, ele puxou de volta, nos
desequilibramos e caímos... — Ele mordeu os lábios em sinal de
nervosismo. — Foi só isso, eu juro.
Jimin: Eu não to afim de ir pra aula, porque não vamos comer alguma
coisa? — Eles assentiram e saímos da escola.
[...]
Mark: Uma vez ele disse que tinha medo dos pais, por que ele teria medo
dos pais?
BamBam: É uma acusação bem séria, pode ser os pais, mas pode ser
também que ele esteja passando por alguma coisa e os pais nem deve
saber.
BamBam: Ele não apareceu na escola hoje... Não pelos minutos que fiquei
lá.
Suspirei, porque ele apanharia dos pais, ele é um garoto tão fofo, dedicado,
carismático, esforçado, inteligente. Por que alguém iria agredir um ser tão
fofinho como ele? Será que é por que ele é bi? Mas ele disse que os pais
não sabem, então por que ele apanharia dos pais?
— Estou bem...
Mark: Mãe a gente acha que um amigo nosso apanha dos pais.
— Oh, que amigo? Isso é muito sério, vocês tem certeza? — Nos olhamos e
ela já notou. — Meninos, não podem afirmar algo sem ter certeza... — Ela
suspirou. — Quem é o menino?
— Mas pelo menos para eles irem lá dar uma olhada. — Assentimos e ela
ligou.
[...]
Estávamos escondidos atrás de uma árvore na frente da casa do Yugyeom,
sim, minha mãe estava conosco, três adolescentes e uma adulta atrás de
uma árvore, normal, acontece todos os dias.
BamBam: Não fui com a cara dos pais dele... Eles têm uma aura ruim. —
Entramos na casa dele.
Dia seguinte.
Jimin: Obrigado...?
— Jungkook.
[...]
— Kim Minseok —
Eu e Chen estávamos discutindo sobre usar os poderes, ele estava dizendo
que odiava que usássemos os poderes uns com os outros e eu discordava,
então Sehun chegou ali nos olhando entediado.
Sehun: O que foi dessa vez? Apagou a memória dele de novo? — Arregalei
os olhos e Chen parou na hora. — Oh, não era isso? — O fuzilei e ele saiu
do meu quarto rindo.
Xiumin: Chen...
Chen: Porque apagou a minha memória? O que fizemos para você apagar a
minha memória?
Xiumin: Nos beijamos... — Murmurei e ele me fitou, então em um
movimento rápido ele me prensou na parede.
Xiumin: Não morde assim que eu fico louco. — Ele arranhou meu braço e o
beijo foi ficando cada vez mais selvagem e envolvente.
Capítulo 11 — Harpias
Quando nos separamos, acabei sorrindo e ele corou.
Chen: Porque to sentido um "mas" ai? — Ele mordeu meu lábio inferior e
eu apertei sua cintura com certa força.
Xiumin: Você sabe que não... Aish, tão irresistível. — Selei nossos lábios e
passei os beijos para seu pescoço branquinho, passei a língua e me deu
uma enorme vontade de marca-lo. — Deixa eu te marcar?
Xiumin: Deixa...? — Tirei minhas presas para fora, ele assentiu e rocei meus
lábios em sua pele quente e branca, abri um pouco a boca e mordi
enquanto apertava sua coxa com a mão, ele me trouxe mais para perto e
puxou meu cabelo, quando tirei minhas presas, depositei um selar ali.
Chen: Eu sei... Mas não posso ficar longe de você. — Olhei sua pele e
toquei onde eu marquei, já estava voltando ao seu estado normal.
Xiumin: Você não pode se apaixonar por mim.
Xiumin: Não posso fazer isso com você... Não sou sua alma, você está
confuso. — Ele sorriu e seu sorriso angelical me contagiou.
Xiumin: Você é quente, eu sou frio, você tem reflexo, eu não, você sente,
eu não... O principal, você está vivo, eu não. — Pulei a janela rapidamente
depois de selar nossos lábios uma última vez.
— Shin Hoseok —
As vezes costumo observar Hyungwon dormir, e hoje não foi diferente, ele
foi dormir mais cedo e eu fiquei o observando, mas algo me chamou a
atenção em seu sonho, me remexi não acreditando e logo ele acordou.
Wonho: Desde quando você descobriu que sou sua alma? — Ele sentou e
abraçou as pernas.
Hyungwon: Desde que te vi... Sabia que minha alma estava por perto antes
mesmo de te conhecer, quando te vi, achei que era uma piada minha alma
ser um vampiro... — Ele fechou os olhos e se concentrou em meus toques.
Wonho: Para vai... — Toquei seu rosto delicadamente. — Você não vai me
matar... — Colei nossas testas. — Só se eu te irritar muito ai eu deixo você
me matar enquanto estiver na forma de lobo. — Ele riu e saiu andando
pelo quarto.
Hyungwon: Para de fazer piada, isso é sério... Sou uma arma letal para
você, não podemos... Eu posso ser o causador da sua morte e da minha
morte... Imagina que doloroso pra mim, eu tenho que proteger minha
alma, e aí eu vou e mat... — Selei nossos lábios e uma chama se acendeu
dentro de mim.
Meus olhos faiscaram, meu coração deu pequenas palpitadas, senti todo
meu sangue esquentar dentro de mim, foi algo tão... Mágico. Abri os olhos
lentamente e me deu uma vontade absurda de ficar assim com ele por
toda eternidade.
Wonho: Você não vai me matar se não quiser. — Ele negou e vi uma gota
de água descer dos seus olhos. — O que há de errado com seus olhos? —
Sequei a pequena gota de água.
Sehun: Temos uma controversas aqui... Um quer e o lobo não quer, o outro
o lobo quer e o vampiro não quer.
Xiumin: Não posso fazer isso, ser a alma dele é ser motivo da sua morte.
Wonho: Eu não ligo se ele pode me matar, ele não vai me matar.
Tome nota de que Sehun é o que mais sabe de humanos, na verdade, ele
que nos ensina as coisas.
Kook: Podemos ficar aqui com vocês? — Olhei pra baixo e ambos estavam
no chão em pé, assentimos e eles subiram no telhado, Kook sentou no
meio das minhas pernas e Jin nas do Xiumin, ambos se apoiaram em nosso
peito.
Jin: A gente vai fingir que não ouviu a conversa, aí evita um momento
constrangedor. — Rimos, as vezes esquecemos que não somos os únicos
com ótima audição.
Jin: Estamos sem sono, Appa... Queria não ter a necessidade de dormir,
igual vocês.
Sehun: Queria não ter que dormir? Que tipo de vontade é essa? — Eles
riram e Kook começou a brincar com meus dedos, fiz a névoa aparecer, dei
cor a ela, a cor preferida dele e fiz a mesma passear pela mão dele que
estava sobre a minha, ele sorriu com os olhos brilhando, fiz um coração
com a névoa e depois fiz sumir fechando a mão, ele sorriu me olhando e
me abraçou meio desengonçado por estar no meio das minhas pernas.
— Mark Tuan —
— BamBam não quer trabalhar aqui no bar?
Jimin: Não acho que devêssemos falar nada com o Yugyeom, ele vai saber
que o vigiamos e pode ficar bravo com a gente.
Mark: E acabar se afastando, e isso não seria bom, para ajuda-lo temos que
ter ele perto... Temos que convencê-lo a entregar os pais para a polícia sem
ele saber que sabemos da situação.
BamBam: Aquela cena não sai da minha mente... — Ele chutou uma
pedrinha aleatória. — Ele tem que saber que pode contar conosco... Então
ele nos contaria o que está acontecendo em vez de falarmos que vimos.
Mark: Talvez...
Suspiramos.
Dia seguinte.
Jimin: Bonito em, quero a senhora em casa antes das nove. — Brincou e
nós rimos.
Mark: Quer chocolate? — Ele negou e eu comi, iniciei uma conversa com
Minnie e Bamie, Yugyeom me abraçou de lado e assim ficou.
[...]
Mark: A comida está ruim? — Ele sorriu, estávamos na nossa casa, fiz o
almoço, mas ele não encostou na comida.
[...]
Jimin: Nossa que demora, andem logo. — Ele apareceu na porta da nossa
sala com o Yugyeom.
Visão Wonho on
Jin: Appa, a gente pode treinar hoje? — Assenti e parei de guardar minhas
coisas na mochila quando senti a presença de criaturas na escola, olhei
para a porta da sala e não demorou muito para a professora aparecer.
Wonho: Não tem chances, é uma harpia. — Ele ficou atrás de mim e
segurou na minha cintura.
“Harpias?” — Wonho.
“Sumiram” — Sehun.
A criatura veio para cima de nós e eu empurrei Jin no chão, agarrei nas
garras dela e a girei jogando contra a parede, ela gritou e nesse momento
quatro alunos apareceram na porta. Não tive tempo de pensar em nada,
pois a harpia foi para cima do Jin, ele abaixou e protegeu a cabeça, peguei
a criatura pelas asas e torci, ela gritou e despencou no chão. Olhei para o
lado e duas pousaram na janela.
Uma foi pra cima dos quatro alunos e eles abaixaram gritando, uma foi pra
cima do Jin e eu fiquei no meio termo, tirei primeiro a que foi para cima
dos alunos.
Meu coração só faltou sair pela boca quando vi aquele demônio vindo para
cima de nós, abaixamos gritando e o garoto pegou ela pelas asas e jogando
pela janela.
— KOOK... — O loiro gritou. — JIN... PAREM O PRÉDIO VAI CAIR. — Era eles
que estavam fazendo isso? Com medo de morrer, puxei um deles pelo
braço e aos poucos o prédio parou de tremer, mas a sala ainda era invadida
por um vento forte que estava levando cada demônio pela janela. Jimin
puxou o outro pelo braço e aos poucos o vento cessou. Então o garoto da
maçã chegou.
— Tinha humanos no outro pavilhão... — Era o garoto que teve seu rosto
arranhado, mas ele já estava totalmente curado.
— Já fui lá... Estão dormindo, mas não temos muito tempo. — O da maçã
respondeu sem tirar os olhos do lobo machucado no chão que chorava
baixinho, ele olhou para a gente, caminhou até nós e pegou o garoto que
tava nos meus braços, acidentalmente toquei sua pele e era bem fria, puxei
a mão rapidamente e ele nos olhou.
[...]
[...]
Kook: Omma? — Ele abaixou na altura da cama, Chen estava suando e com
o braço enfaixado.
Gafanhotos de Abaddon.
— Mark Tuan —
Eu acordei e estava na minha cama, olhei em volta confuso e já era noite,
acendi o abajur e Jimin estava do meu lado dormindo.
Não me lembro de vir pra casa, nós saímos da escola e depois... O que
aconteceu depois? Olhei as horas e dei um pulo da cama acordando Jimin.
— Kim Minseok —
Xiumin: Você está bem? — Acariciei seus cabelos e ele assentiu, eu estava
agachado do lado da cama. — Não faz mais isso comigo...
Xiumin: Não podemos... Me sinto tão culpado... — Ele acariciou meu rosto.
Chen: Sente meu coração. — Ele puxou minha mão e levou até seu peito.
— Você disse que... Não sente, e eu sinto... — Assenti. — Eu quero te
provar que você tem sentimentos aqui... — Pousou a mão no meu peito e
roçou os lábios nos meus. — O que você pensou quando me viu
machucado?
Xiumin: Ok, você me pegou... Eu sinto algo por você, coisa que um vampiro
nunca sentiu, não sei o que fez comigo, mas é diferente. — Ele sorriu.
Chen: Disse que está morto e eu vivo... — Assenti. — Como pode dizer que
está morto se você me ama?
Xiumin: Para vai... Tô ficando sem argumentos. — Ele sorriu.
Xiumin: Teimoso...
Chen: Não vai ser o causador da minha morte se você não morrer.
Chen: Vou te proteger mais que a mim mesmo... Ninguém vai te tirar de
mim.
Chen: Já estou curado... — Ele abriu e fechou a mão umas três vezes. —
Harpia idiota. — Ele formou um biquinho nos lábios e eu ri com seu jeito
infantil.
Xiumin: Você não é louco. — O puxei com força para o meu colo.
Chen: Não mesmo, não podemos ficar longe das nossas almas. — Rimos. —
Mas eu vou, aí eu morro, e você fica se sentindo culpado, quer o conselho
de proteção contra os animais na sua cola? Claro que não, então se eu
fosse você optaria pelo mais fácil... Que é ficar comigo, claro. — Mordi os
lábios rindo e olhei suas pernas, uma de cada lado do meu corpo.
O beijei novamente.
Dia seguinte.
Sehun: Qual o problema de vocês dois? Bebam logo isso. — Ele falou com
Kook e Jin que estava com o olhar vago e não estavam tomando o sangue,
olhei para onde eles olhavam e era a mesa dos humanos de ontem.
Jin: Nada... — Eles passaram a mão nos cabelos negros que rapidamente
voltaram para o lugar, tomaram o sangue e depois que terminaram,
Hyungwon deu água para eles, para poder tirar os resíduos de sangue dos
dentes.
[...]
— Jeon Jungkook —
Jin: Vamos na casa deles? — Ele sussurrou no meu ouvido, estávamos
deitados na nossa cama. O olhei e assenti sorrindo. — Appa Wonho está na
sala com Appa Sehun... A gente sai pela janela, eles não podem descobrir.
— Ele sussurrava e eu coloquei as mãos na boca assentindo enquanto
sorria. — Voltamos se eu tiver uma visão. — Levantamos em silêncio e nos
certificamos de que o corredor não tinha ninguém, voltamos para dentro
do quarto e pulamos a janela em silêncio.
Jin: Acho que sim... — Fechei a porta e voltamos para o quarto deles.
Jin: Eles devem estar na casa daquele outro garoto... — Fomos para a sala e
antes de sair ele advertiu. — Melhor nos transformamos em algo que não
chame a atenção.
— Olha mãe...
— Deixa ai, deve ser de algum morador. — Ele nos colocou de volta no
chão e fomos para a escada de emergência, demorou um pouco para
chegar, no andar, mas nós chegamos perfeitamente bem, entramos no hall
e paramos na porta do garoto, bati com o focinho na mesma e ninguém
atendeu. Pulei mais alto e toquei a campainha com o focinho, depois de
uns 2 minutos um cara sonolento abriu a porta, entramos sem ele ver e
fomos para o quarto.
Jin: Boa ideia... Toma, cheira isso. — Cheirei uma camisa do garoto que
estava no armário e antes de sairmos pela janela, olhei um mural com fotos
do outro garoto.
[...]
Jin: O que é isso? — Estávamos de frente para um lugar com uma música
alta e pessoas do lado de fora em filas. Entramos pela janela da lateral, em
forma de camaleão de novo e passamos pelo meio das pessoas, segui o
cheiro do garoto que deu no bar, então vi ele e o menino que puxou meu
braço, os olhei e fomos para debaixo do balcão. Mas onde estava o outro?
Olhei para o palco e lá estava ele, cutuquei Jin com o focinho e apontei, ele
olhou, depois de verificar que os três estavam ali, inclusive o quarto garoto
que estava sentado de frente para o balcão, nós saímos do local, pela
janela e sentamos na calçada.
Kook: Agora a gente espera eles saírem... Porque não podemos incomodar
eles. — Ele assentiu. — A gente podia fingir que viemos entregar alguma
coisa que eles esqueceram na escola.
[...]
— Shin Hoseok —
Xiumin: Tem alguém aqui... — Me concentrei e senti a presença da
criatura. — Nas árvores... — Saímos de casa e olhamos em volta. Ouvi as
folhas de uma árvore se mexer e corremos atrás da criatura, era rápida,
quase alcançamos ela umas duas vezes, continuamos a correr e quando ela
entrou no território dos outros, vi que Sehun não ia parar.
Wonho: SEHUN.
Xiumin: SEHUN NÃO. — Tarde demais, Changkyun estava ali, estava sem as
asas e de frente para o Sehun.
Dia seguinte.
Hoseok: Pensei que tivéssemos sido claros, vocês ficam longe, nós ficamos
longe...
Hoseok: Escondendo deles? Eles deveriam saber, afinal, são eles que os
Nachzehrer querem.
[...]
— Perdoe-me.
— Jinyoung.
Mark: Jinyoung... — Peguei os livros e comecei a andar com ele me
acompanhando.
Jin: São as... Luzes fluorescentes... — Ele saiu andando na frente, parei
confuso.
Yugyeom: Vamos? Ei, tô falando com você. — Ele balançou a mão na minha
frente e eu sai do meu transe.
Mark: Oh, vamos, claro. — Sorri e fomos para a saída da escola. Apenas
Bamie estava lá, segui seu olhar e ele olhava Jimin que estava com o outro
garoto de luvas, então ele sorriu para o mesmo e deu “tchau” com a mão
vindo ao nosso encontro.
[...]
Hoseok: Eu... Disse para não fazerem isso, mas... — Ele deu de ombros. —
Venham comigo. — O acompanhamos e na cozinha tinha dois deles
fazendo algo na mesma, um loiro e o outro ruivo — Lee Jooheon e Min
Yoongi... Eles estão... Cozinhando para vocês.
Sehun: Não comemos.
Hoseok: Não vocês... Vocês. — Ele apontou para Kook e Jin que bateram
palminhas animados, falou em comida esses dois já ficam feliz, não importa
se são nossos inimigos, para eles o que importa é a comida.
Yoongi: Não seja chato, Hobi... Nunca usamos a cozinha, agora é uma
oportunidade para usar. — Um garoto desceu de algum lugar
graciosamente, muito lindo, muito lindo mesmo de cabelos castanhos
claros, parou nas costas do Hoseok com os braços em volta do pescoço
dele e deu um beijo na bochecha do mesmo, depois disso desceu.
[...]
Luhan: Sim. — Xiumin olhou Sehun esperando ele falar algo, mas o mesmo
estava fitando o garoto e nem prestou atenção em nada.
Sehun: Ok, saímos da cidade e as criaturas vem direto para cá. — Todos
olhamos eles. O garoto suspirou. — Começamos com o porquê de vocês
três se esconderem do mundo místico.
Luhan: Honey... — O garoto levantou e seus olhos ficaram negros, ele abriu
as mãos e uma nuvem negra saia das mesmas, quando nos atingiu, fiquei
completamente sem visão. — Obrigado. — Minha visão voltou e ele
recolheu a nuvem.
Luhan: Yoongi pode te fazer sentir dor apenas com o olhar... Não
recomendo que ele demonstre... É uma dor absurda... Changkyun pode
parar o tempo, Hoseok tem uma carga elétrica em seu corpo... E eu...
Tenho um escudo invisível... Com meu escudo eu posso proteger a mim e a
quem eu desejar... Isso eu posso mostrar...
Hoseok: Pega leve docinho... — Ele olhou Yoongi. — Vai que ele não me
protege. — Eles riram e Yoongi o fitou, mas não aconteceu nada, olhei
Luhan e pude ver uma espécie de barreira os protegendo.
Hoseok: Deixa comigo. — Vi centelhas sair dos dedos dele e ele encostou a
mão na palma do Luhan que não sentiu nada.
Jooheon: Podia avisar, isso dói... — Novamente Hoseok invocou seu poder,
mas ao tocar a mão de Jooheon, não aconteceu nada. Eles voltaram a
sentar.
Luhan: Nenhum poder funciona comigo, dons como esses devem ser
protegidos... Somos uma ameaça para muitas criaturas... Por isso quem sai
mais para resolver questões é Chang e Hobi... Não conseguem identificar
que eles tem poderes... Hoseok é meu irmão de sangue, junto com
Jooheon, somos gêmeos... Changkyun e Yoongi são irmãos de sangue
também, gêmeos... Somos rápidos apenas voando, somos mais fortes que
as outras da nossa raça... Temos ótimos sentidos, graças a nossa herança
vampírica... Somos bons caçadores.
Luhan: Nossos irmãos, viemos com uma fraqueza diferente das da nossa
espécie... Se Jooheon ou Hoseok forem mortos... Eu não irei durar muito,
entrarei em depressão, e isso causará minha morte e vice versa... Se Yoongi
for morto, Chang não durará muito e vice versa... Só não posso dizer o que
nos mata, sanguessugas. — Arqueei a sobrancelha.
Xiumin: Se aceitarmos sua proposta... Eles ficam de fora. — Indiquei Kook e
Jin.
Luhan: Justo... Híbridos são criatura fortes, mais forte que qualquer outra...
Os Nachzehrer não esperam um ataque de lobos.
Hyungwon: Se chamarmos eles vêm... Mas são apenas lobisomem, não são
híbridos.
Hyungwon: É complicado.
Chen: Tem uma alcateia no norte da China para ser mais exato. Não
sabemos exatamente quantos tem nessa alcateia, não os visitamos a muito
tempo.
Hyungwon: Sem pensar duas vezes, mas... Apenas se nós pedíssemos... Eles
não vão muito com a cara de... Criaturas... Não se ofendam, claro. — Ele
parou. — Os Lobisomem são nossos irmãos, não colocaríamos eles em
risco por um erro nosso.
Wonho: Recentemente, Chen teve seus ossos quebrados por uma harpia...
— Ele estava com uma mão no bolso e outra passava no cabelo. — Seria
ótimo se ele... Não se metesse nisso.
Luhan: Claro...
Jooheon: Quê?
Jooheon: Só ele?
Luhan: Ok...
[...]
Chen: Isso não vai funcionar. — Ele cruzou os braços. — Posso ser útil,
porque estão me tratando como um estátua de porcelana?
Xiumin: Eu sei que você pode ser útil... — Distribui beijos pelo pescoço
dele. — Mas você acabou de ter os ossos quebrados... Que tal uma pausa
antes de outra briga? — Sorri e ele negou manhoso.
Xiumin: Chen...
Chen: Ficamos vulneráveis separados, não quero que você vá... Se eu não
vou, eu quero você do meu lado. — O fitei.
Xiumin: O que você quer de mim? — Tirei o cabelo dos olhos dele e ele
pousou as duas mãos na minha cintura.
Xiumin: Você pode... Cuidar da casa. — Ele pendeu a cabeça sobre meu
peito em sinal de tédio e eu ri, o empurrei na cama e fiquei sobre ele no
meio das pernas do mesmo. — Você pode poupar energias para a gente
brincar um pouquinho... — Mordisquei o lóbulo da orelha e apertei a
bunda dele de leve.
Xiumin: Não... Chen, mesmo que eu deixe, você tem alguém mais difícil
para convencer... — Afastei o cabelo dos olhos dele novamente.
Chen: Hyungwon?
Dia seguinte.
— Park Jimin —
Jimin: Eu sei, Yugyeom...
Yugyeom: Está sim, acabou de gritar... Você tem que conversar comigo.
Jimin: Eu tô conversando...
Jimin: A aula começa daqui dez minutos, se você não aparecer aqui eu vou
te dar um chute você sabe onde. — Finalizei a ligação.
Jimin: Céus, nem te vi chegar... Namorado? Não, ele está mais para... Irmão
caçula birrento. — Ele sorriu.
Kook: Não vai entrar?
Kook: Posso? — Assenti e ele sentou do meu lado. — Então, seu amigo
gosta desse garoto que você estava conversando?
Kook: Conversando...
Jimin: E esse...?
Yugyeom: Cheguei...
Jimin: Pensei que não viria... — Levantei. — Eu estava conversando com o...
— Virei para olhá-lo e ele sumiu, olhei em volta e franzi o cenho.
Eu estava conversando com ele, certo? Não imaginei essa conversa, né?
[...]
Hoje minha mãe traria o namorado dela para jantar conosco, estávamos
ajudando ela a arrumar a mesa e preparar tudo, até porque em breve ele
chegaria, depois de tudo pronto, fomos nos arrumar. Quando finalmente
estávamos prontos, a campainha tocou, abri a porta e dei de cara com o
Appa do BamBam e o próprio BamBam.
Mark: BamBam?
[...]
Mark: Outro dia, Jinyoung estava falando comigo... Os olhos dele mudaram
de cor.
Flashback off
Nos olhamos.
[...]
— Park Jinyoung —
Jin: Vamos subir? — Ele assentiu e nos transformamos no camaleão.
Quando chegamos na janela do quarto, estava aberta, mas o quarto estava
vazio, entramos e ouvimos vozes dos outros cômodos, fomos para debaixo
da cama, então eu ouvi a voz dele e logo ele entrou no quarto com outro
garoto.
— O que é isso? — Ele apontou para o braço do garoto que estava roxo.
— Mark hyung...
— Saíram sem falar nada? — Mordi os lábios e ele estava sentado do nosso
lado. — Por que fizeram isso?
Kook: Appa...
Wonho: Vamos pra casa, lá conversamos... — Ele sumiu nas sombras e
fomos atrás, caminhamos lentamente pelas sombras e ele não falou mais
nada, quando chegamos, sentamos no sofá.
Sehun: Porque não nos contaram? Não somos monstros que proibiríamos
vocês de sair, só teríamos que ir com vocês... Criaturas estão atrás de
vocês, têm noção do quanto seria doloroso se algo acontecesse?
Jin: É sim...
Jin: Era como se... Eles despertassem o melhor na gente, era como se eles
pudessem controlar o que não podemos... Não tenho forças para ficar
longe dele... Foi só um simples toque.
Chen: Meninos...
Jin: A gente sabe que vocês não gostam dos humanos, mas eles são
diferentes... Se não vai pra luta, porque não ajuda a gente? — Ele suspirou.
Sehun: É melhor que nós saibamos o que estão fazendo para controlarmos
a situação, Kook e Jin são... Bobinhos, qualquer coisinha aqueles humanos
descobrem o que somos... Temos que monitorar essa situação...
Wonho: Hyungwon, se proibirmos, vai ser pior, eles não vão se afastar
deles, só teremos que ter o dobro de cuidado... Isso é fase, vai passar e
logo nossa vida volta ao normal. — Eles dois levantaram e saíram.
Wonho Pov’s
Wonho: Hyungwon...
Hyungwon: Não, Hoseok... O que falamos quando decidimos ajudar com
essa confusão de vocês? — Ele se virou para mim.
Wonho: Não vão ser amigo dos humanos... Chen vai ajudar eles a cuidar
dos mesmos na noite da luta... É só isso.
Wonho: É diferente.
Wonho: Sou sua alma e isso nem faz diferença pra você... Nem quer ficar
comigo.
Wonho: Hyungwon... Você prefere que eles façam nas nossas costas? Você
ouviu, não conseguem ficar longe... Isso é fase, logo vão esquecer essas
pessoas... Não queremos criar casos, queremos?
Hyungwon: Não... — Ele respondeu manhoso. — Só os quatro... — Ouvi os
pensamentos do Kook, eles estavam atrás da casa ouvindo a conversa.
Wonho: Porque?
Wonho: Pode sim... — Colei nossas testas. — Você vai me matar se não
ficar comigo... Preciso de você.
Wonho: Então não complica, por favor... — Enchi o rosto dele de beijos.
— Kim Minseok —
Chen: Não vou proteger quatro humanos idiotas...
Xiumin: Cinco... Seis. — Ele me fitou. — Chen, você não vai pra guerra, vai
ficar cuidando do Kook e do Jin, então... Pode ajudá-los a proteger os seis...
Vai ser divertido, um programa mãe e filho. — Ele cruzou os braços.
Chen: Não vai ser divertido, Minseok... Eu não vou proteger uma raça que
matou meus pais... Você... Argh você não entende... — Toquei em seu
braço e ele estava pegando fogo.
Xiumin: Chen, isso é fase... Vai passar... Só vai precisar protegê-los uma
noite.
Chen: Só uma noite... — Ele afirmou e eu ouvi uivos próximo a nossa casa,
Chen suspirou e me olhou. — Eles chegaram.
[...]
Chen: Olá, velho amigo. — O lobo rosnou e mais dois surgiram atrás dele
Xiumin: “Imagino que sim... Seu pai era... Um grande amigo nosso, estamos
ao seu dispor..."
Xiumin: “Estou... Ansioso para começar... Por hora, não dormimos a três
semanas, vamos descansar essa noite” — Ele levantou e todos os outros
sumiram para dentro das árvores, restando apenas ele. — “Hyungwon e
Jongdae, saibam que jamais arriscaria a vida de meus irmãos por uma
causa relacionada a... Criaturas... Mas será uma honra lutar ao lado de
descendentes de Lúpus” — Ele se curvou e depois sumiu por entre as
árvores.
Jin: Só um pouquinho...
Chen: Fazem isso todos os dias... — Ele massageou meus ombros. — Por
que acham que tem alguém vivo?
Sehun: Ter esperança não custa caro... — Ele analisava sua fumaça azul.
Dia seguinte.
Xiumin: Se sentem mais confortáveis na forma de lobo, por isso vão ficar
assim. — Os outros apareceram. — Talvez se confiarem na gente, assumam
a forma humana.
Xiumin: “Isso não seria para humanos?” — Traduzi o que o lobo negro
perguntou.
Xiumin: Assim como nós, eles tem mordida infecciosa, porém, há uma
diferença absurda, com intenção ou não de transformar, o veneno vai ser
despejado... Minhas suspeitas é que... Temos um alfa, e esse alfa recebeu
ordens, com isso ele transformou humanos... Uma fraqueza muito grande
dos Nachzehrer é... Se o alfa é morto, os outros vão voltar para a forma
humana.
Jooheon: Prata...
Wonho: Retarda, mas não causa nenhum dano... A única maneira é com
moedas de cobre... Se colocar uma moeda de cobre na boca de um
Nachzehrer em seguida a decapitação, ele morre na hora.
Luhan: Então, os lobos teriam que lutar na forma humana? Para colocar a
moeda e depois decapitar?
Sehun: Sim...
Sehun: E sete dos nossos, fora Hyungwon que lutará como lobo,
totalizando 18 lobos... Nesse caso, Minseok, eu e Wonho ficaríamos com 3
lobos, pois já lutamos contra Nachzehrer, temos mais experiência...
Descartamos 9, restam 9 para cinco, então seriam dois para cada e um
ficaria com apenas um lobo... É com você... Conhece sua própria alcateia,
nos diga como acha que essa divisão seria boa?
[...]
Chen: Isso não é verdade Baek... — Enquanto eles abraçavam cada um,
Jaebum se pronunciou.
[...]
Uma fogueira e todos em volta dela, era assim que estávamos, o silêncio
era evidente e ninguém parecia se incomodar com isso.
Jaebum: Nossas almas sempre serão um passe para nossa morte... Aprecio
sua preocupação... Mas nossa maior preocupação é Taehyung... — Ele
sorriu pro garoto que brincava ao lado dele com uma joaninha. — Tento
prender ele em casa para estudar, mas não adianta... — Rimos.
Jaebum: Seokjin...
Xiumin: Ele pode ficar com Kook e Jin, eles não vão lutar... — Olhei Jin e ele
fitava a fogueira. — Jin? — Ele não respondeu.
Sehun: Está tendo uma visão... — Peguei lápis, papel e entreguei para ele.
Jin: Uma cidade... — Ele desenhava sem olhar para o papel e der repente
ele largou tudo no chão e escondeu o rosto na minha camisa. Peguei o
papel e olhei o desenho, era várias pessoas em uma cidade, virei o desenho
e para ser mais exato era uma multidão. — Não são 35... São quase 80... —
Kook acariciou as costas dele. — E estão criando mais... — Jin relaxou e
notei que era Kook manipulando os sentimentos dele. — Um exército, dos
grandes... — Senti minha camiseta molhar.
[...]
— Shin Hoseok —
Hyungwon: Espera... Espera. — Ele falou entre o beijo, mas ainda assim,
continuou com as mãos na minha nuca e no meu cabelo, aprofundando
mais o beijo.
Wonho: Tapa de amor não dói... Você tá tão... — Mordi os lábios e ele me
deu outro tapa, seguido de um beijo um tanto ardente.
Wonho: Ah não... — Apertei novamente com uma certa força e ele mordeu
os lábios.
Wonho: Aperto de novo... — Conduzi minha mão e ele parou. — Você ‘ta
me enlouquecendo.
— Oh Sehun —
Tantas criaturas no mundo e eu vou me apaixonar por quem? Meu inimigo.
Jin: Posso ver suas lembranças? Kook disse que é legal. — Assenti e cheguei
perto dele, coloquei uma mão no pescoço, me curvei ficando próximo ao
ouvido dele e relaxei, assim como Kook, ele ria de cada lembrança que eu
mostrava, ficamos longos minutos assim, então captei em sua mente que
ele estava cansado. Ouvi um coçar de garganta e me afastei do Jin
lentamente, dando de cara com a fada na porta da cozinha.
Sehun: Porque não vai dormir? — Ele assentiu coçando os olhos. — Daqui a
pouco eu vou lá. — Ele saiu depois de me dar um beijo na bochecha.
Luhan: Hm... Posso ver? — O olhei pronto para negar, mas seus olhos me
convenceram, passei a mão no cabelo e me aproximei, coloquei a mão de
um lado do pescoço dele e antes que pudesse liberar, tratei de bloquear
certas lembranças, me aproximei de seu ouvido e comecei a mostrar,
quando terminei, ele sorriu.
Sehun: Para mostrar minhas lembranças, tenho que tocar a pessoa e ficar
bem próxima a ela, para nos conectar...
Sehun: Não... Ler mente, você lê o que a pessoa está pensando naquele
exato momento... Apagar memória é apagar acontecimentos apenas,
lembranças faz a identidade de um ser, sem lembranças, sem identidade.
Sehun: Sim e não... Minseok pode apagar o que ele quiser, o cérebro está
nas mãos dele, ele pode fazer a pessoa dormir, pode fazer a pessoa ter
uma convulsão, pode fazer a pessoa esquecer como falar, como respirar,
como andar... Ele pode controlar cada parte do cérebro, isso não é apagar
lembranças, é apagar o que ela aprendeu.
Dias depois.
— Park Jimin —
O grupo esquisito sumiu durante alguns dias, eles não apareceram na
escola e sobre o estado do Yugyeom, nada a declarar, o bom é que ele
trabalha junto conosco agora, ele ajuda o Mark no palco. Saímos do
trabalho e fomos andando para casa, estávamos todos em silêncio por
conta dos machucados do Yugyeom, não conversamos muito durante o dia,
hoje era sábado e estávamos exaustos, a boate encheu bastante e já são
três e meia da manhã.
BamBam: O quê?
Olhei a janela e franzi o cenho, não me lembro de ter deixado ela aberta.
Fui até a mesma, fechei e soltei a cortina, vi a sombra de alguém atrás de
mim e me virei, mas não tinha ninguém, acho que era eu mesmo.
— Kim Jongdae —
Chen: Sem gracinhas, eles não podem nos ver. — Murmurei após
aparecermos os quatro no meio do quarto.
Chen: Não chegue perto, ele sentiu, você só faltou beijar a nuca dele.
Chen: Eles tem que dormir logo... — Usei meus sentidos para ver se a luta
já havia começado, a qualquer momento um dos Nachzehrer tocaria o sino,
eles sempre tocam quando chegam em alguma cidade. Os quatro
levantaram e foram para o quarto, saímos das sombras e Tae acabou
esbarrando em um pote de vidro que caiu no chão, subitamente voltamos
para as sombras, o último se virou, veio ate o vaso e olhou em volta.
— Como diabos isso caiu? — Ele foi até a cozinha, voltando com coisas
para recolher o vaso.
— Sim, o vaso deve ter caído com o vento... — Então ele ficou uns minutos
observando o vaso. — Espera... Que vento? — Ele olhou em volta, deu de
ombros e começou a recolher o vaso. Quando terminou, apagou a luz e foi
para o quarto.
Kook: Idem...
— Yugyeom...
— Sim?
Tae: Eles tem que dormir logo... Vão tocar o sino em breve. — Os quatro
continuaram a conversar.
Yoongi: Dor... — Ele focou em dois que caíram gritando no chão, os outros
olhavam, mas não perderam o foco. Então eles avançaram na barreira
eletrizada, Luhan e seus irmãos levantaram vôo e der repente tudo ficou
em câmera lenta, olhei Changkyun de canto de olho e ele voava mais
rápido que todos, quando o tempo voltou ao normal, vários Nachzehrer
foram abatidos.
— Autora —
Jooheon estava no alto, controlando todos, Wonho estava em outro lado, à
luta praticamente estava ganha, porém, ambos foram abatidos, por quem?
Ninguém sabia, os dois caíram no chão, Jooheon despencou do ar
inconsciente, mas foi pego segundos antes de atingir o chão pelo irmão
que voava por perto. Procurando em volta quem os abateu, Luhan checou
o pulso do irmão, em seguida tirou a estaca de prata do braço do mesmo,
Sehun parou ao lado de Wonho e puxou a estaca de prata de seu peito. A
luta continuou, porém com os Nachzehrer com suas visões recuperadas.
Der repente, não mais que der repente, os lobos uivaram, um dos mesmos
se virou contra Minseok, alguém estava trabalhando de fora da luta,
Youngjae avançou em Minseok com dentes a mostra, derrubando o mesmo
no chão. Minseok usou toda sua força para manter o lobo longe, então
Kyungsoo empurrou o amigo para o lado e começaram a lutar entre si.
Lobos se voltaram contra lobos, lobos tentavam matar vampiros e estacas
de prata eram lançadas contra Luhan, seus irmãos e alguns lobos.
— Kim Minseok —
Ouvi um grito e Hyungwon estava em cima de Wonho com dentes a
mostra, avancei em cima dele e o puxei pelo pescoço, ele começou a se
chacoalhar e rosnar, mas não o soltei. Chamei por Hoseok e ele surgiu do
meu lado, faíscas elétricas saiam de sua mão e ele encostou em Hyungwon
que logo desmaiou.
A névoa apareceu por entre seus dedos, no topo de uma das montanhas
vizinhas, mostrava o alfa, suas mãos erguidas e todo o poder irradiava dele.
Xiumin: Um lobo... Eles não vão conseguir sem um lobo... Alfas são
poderosos. — Jaebum latiu e saiu em disparada com Namjoon logo atrás,
olhamos a névoa e em questão de segundos os dois chegaram à outra
montanha, atacaram e quando estavam prestes a conseguir decepar a
cabeça, o alfa abraçou Jaebum por trás.
Youngjae uivou junto com os outros e seus olhos perderam total brilho,
corri em direção a Jaebum e o virei, ele estava inconsciente. Puxei a estaca
e chequei seu pulso, mas não se ouvia nada. Ele se transformou na minha
frente e rolou no chão gritando de dor, pude ver seus ossos quebrados.
Três deles ergueram Jaebum do chão, então vi que ele estava sem roupa,
mas isso é o que menos importa agora.
Xiumin: Estou...
— Kim Jongdae —
Parei na sacada do prédio dos humanos e subitamente olhei para baixo,
meus sentidos gritaram de que algo estava errado, me concentrei e senti a
presença de cinco Nachzehrer bem próximo.
Chen: Kook, Tae, Jin, vamos descer. — Saímos do prédio, nos encontramos
em uma rua deserta. — Fiquem atrás de mim. — Ouvi a risada melancólica
nas sombras e me virei.
— O que um único lobisomem pode fazer sozinho? — Vi olhos verdes na
escuridão, mas logo sumiram. Me transformei junto com Tae e foquei onde
achei que estavam, usei nossa comunicação de lobo para falar com ele.
"Mas..." — Tae.
Kook segurou meus pelos, estava assustado, não os culpo, são criaturas
horríveis, pele podre e comida por eles mesmos, estava na cara que
aqueles vieram direto do túmulo e não da mordida, não tinham um alfa.
Tae deu um passo para me ajudar, porém eu adverti para ficar, a situação
estava cada vez pior e mantê-los longe estava se tornando difícil, então vi o
bater de asas atrás de mim, todos caíram no chão sem suas cabeças e com
moedas, então Sehun, Wonho, Hyungwon e Xiumin chegaram segundos
depois.
Xiumin: Você está bem? — Rocei em sua perna em sinal de sim. — Não
sinto mais nenhum.
Dias depois.
Tae: Aham... Tem que ver o lobisomem grandão que vou me tornar. —
Rimos, todos se transformaram e saíram correndo em meio às árvores,
restando apenas Jaebum. — A gente se vê... — Ele deu passos para trás, se
transformou enquanto virava e saiu correndo, pude ouvir alguns uivos e
acabei sorrindo.
Xiumin: Muito obrigado... — Murmurei, mas sabia que ele tinha ouvido.
Wonho: Sabemos.
Pude ver que antes dele sumir no céu, ele lançou uma olhada para Sehun
que estava distraído com o Hyungwon, conversavam sobre os lobos, é
verdade que eles conseguiram conquistar cada um de nós.
[...]
Xiumin: Acho que você não tem noção da sua força. — Ele sorriu sentando
sobre mim e se curvando.
Chen: Desculpa...
Xiumin: Uhum... Vem aqui... — O puxei pela gola da camisa e selei nossos
lábios diversas vezes antes de iniciar um beijo. Apertei a bunda dele com
força e ele suspirou entre o beijo.
Chen: Poupei tanta energia ficando fora da luta... — Mordeu meus lábios e
me beijou novamente, com mais desejo e malicia.
Xiumin: Estou com medo de não te satisfazer. — Senti a mão dele no meu
membro. — Na verdade, estou com medo de sua energia não ser
suficiente.
Kook: APPA.
Xiumin: Deixa que os outros vão. — O virei na cama e ouvi batidas na porta.
Tantas horas, tantos momentos para esse instrutor chegar e ele chega
quando? Na hora da melhor parte. Chen riu e beijou meu pescoço, em
seguida levantou e saímos do quarto, fomos até o quarto dos meninos e
uma águia de bronze estava pousada na janela, uma águia filhote.
— Mas é claro... — A voz dela era bem aveludada, poderia ficar ouvindo
por horas.
Hyungwon: Como?
— Quero dizer que... Aqueles dois humanos são importantes e vocês tem
que protegê-los.
Hyungwon: ‘Ta de brincadeira?
— E terão que proteger mais... Caso contrário, estou bloqueada para dar
informações.
Hyungwon: ‘Ta dizendo que temos que trazer eles para nossa casa?
— Porque Mark Tuan e Park Jimin ajudam a controlar o que eles não
podem... Eles tem a chave.
— Não posso dizer ainda... O que posso dizer é que são importantes.
— Das trevas.
Xiumin: Ok...
— Não tão rápido, vampiro, os híbridos não aceitaram, tem que aceitar de
coração e alma.
Xiumin: Chen... — Ele suspirou e saiu com o Hyungwon.
Xiumin: Ok... Não vamos falar disso. — Ele parou de arrumar a cama e me
olhou.
[...]
Sehun: Hã... Nós vamos para a escola, você...Sei lá. — Ri e ouvi um sibilar
de riso de águia.
— Park Jimin —
BamBam: Vai ter uma festa na boate, de aniversário.
Mark: Não podemos voltar tarde, está muito perigoso por aí.
BamBam: É sábado à noite, no dia que meu pai vai levar a mãe de vocês em
um encontro especial.
Yugyeom: Eu só tenho que avisar meus pais que vou chegar um pouco mais
tarde.
Ouvi-lo falar dos pais me fazia ficar com repulsa e calafrios. Sorrimos
forçadamente e ele suspirou quando a namorada se aproximou.
BamBam: Não.
Jimin: Chata?
BamBam: Não.
Kook: Oi.
Jimin: Você tem que parar de chegar de mansinho. — Ele sorriu e seus
olhos mudaram de cor. — Espera... O que foi isso?
Kook: O quê?
Kook: Já estavam negros antes, está confuso. — Ele pendeu a cabeça para
um lado.
Kook: Parece que você está meio sonolento, imaginando coisas. — Ele
sorriu antes de sair.
Jimin: Eu to fedido?
Yugyeom: Como é?
Yugyeom: Jimin... — O olhei, ele estava com uma cara de que estava me
chamando há muito tempo. — Qual o seu problema com o garoto? — Ele
riu e saímos da sala. — ‘Ta parecendo que gosta dele.
Jimin: Hã?
— Jeon Jungkook —
Kook: O cheiro dele é irresistível.
Sehun: Tô sabendo.
Hyungwon: Achei que não haveria tanta morte depois das duas da manhã.
— Ele suspirou. — O clã do Luhan deve estar enlouquecendo nesse
momento.
Xiumin: Pelo menos não deram um surto e atacaram eles. — Eles riram.
Kook: Engraçadinho.
[...]
Wonho: Hyungwon...
Que maravilha.
Capítulo 16 — Boate
— Kim Jongdae —
Eu prometi ajudar uma vez, não vou ajudar de novo, não é fácil olhar para
cara desses humanos patéticos e ainda ter que ajudá-los depois do que
fizeram, sou um monstro, mas não significa que não tenho sentimentos e
definitivamente fazer isso está fora de cogitação, foda-se nossa missão e
foda-se os humanos, eu não to nem ai.
É a mesma coisa que um bandido matar a sua família e depois outra pessoa
vir e pedir para você soltar o bandido da cadeia, isso é totalmente ridículo e
sem escrúpulos, querem defender os humanos defendam, se possível eu
vou embora, quando aceitamos essa palhaçada fomos bem claros ao nos
referir aos humanos.
Xiumin: Chen, não vamos forçar vocês a fazerem nada, mas temos o direito
de saber por quê.
Dias depois
— Mark Tuan —
Ajeitei meu boné e encaixei o headfone no meu braço enquanto Yugyeom
checava o som, dei um pulo quando uma garota, muito bonita vestida de
garçonete apareceu do meu lado, sorri e ela começou a conversar comigo.
Ficamos um bom tempo conversando, ela é realmente muito bonita e
muito simpática.
Mark: Não sabe como demorei em escolher essa roupa. — Ela riu e aos
poucos a boate foi enchendo, Yugyeom agitou um pouco as pessoas e
chamou a aniversariante para o palco.
[...]
Deixei uma música qualquer tocando e desci com Yugyeom logo atrás
segurando o microfone, fomos até o bar, eu estava morrendo de sede,
pedimos água e Jimin nos entregou.
Jimin: Nunca atendi tanta gente ao mesmo tempo... — Ele saiu com uma
garrafa de alguma coisa em uma mão e uma bandeja com copos na outra.
Umas garotas chegaram no Yugyeom e ele estendeu a mão com o anel, a
namorada dele podia ser chata, mas ele respeitava.
— Oi... — Sorri e virei na banqueta para olhá-la, ela estava com uma
bandeja na mão, esperando o BamBam dar as bebidas para ela.
Mark: Oi, não te vi mais.
Mark: Agora eu que devo desculpas, tenho que voltar para o palco.
— Vai lá... — Ela sorriu e eu virei para sair, esbarrando em ninguém mais,
ninguém menos que Jinyoung, seus dois irmãos loiros e Jungkook.
Yugyeom: Já está quase na hora dos parabéns, você não vai subir?
Olhei-os do palco e notei que os outros dois falaram algo no ouvido deles,
em seguida se dirigiram para a saída da boate, ficando apenas Jungkook e
Jinyoung.
[...]
Antes de chegar onde BamBam havia dito que ela estava, olhei Jimin
curvado sobre uma mesa, deixando sua bunda bem visível, olhei uns
garotos e garotas que olhavam e bufei, sim, sou um irmão ciumento, fui até
ele e peguei em sua cintura, quando ele terminou o que estava fazendo,
endireitou.
Jimin: Olha isso... — Ele tirou o bloquinho dele do bolso e mostrou diversos
números.
Jimin: Não faço ideia, tanta gente marcou o número aí que não sei nem de
quem é quem. — Ri.
Jin: Sim... — Ele brotou do meu lado, ambos estavam de calça saruel preta
e jaqueta, Jin de camisa preta e Kook de camisa azul, ainda assim, estavam
de luvas.
— Ei, gatinho... Pode anotar um pedido aqui?
Jimin: Foi mal gente, mas não se preocupem, Mark vai dar total atenção
para vocês.
Mak: Como é?
— Oi, de novo. — Ela passou na minha frente, puxei sua mão e ela parou
um tanto distante. — Foi mal, a casa tá muito cheia, toda hora alguém
me...
Kook: Apenas uma água... — Jinyoung me olhava estranho, pedi para eles
me acompanharem até o bar e eles sentaram nas banquetas. Entreguei
água para os dois e meu chefe apareceu.
— Vou precisar ir em casa, minha esposa está com dores, o bebê está
agitado...
Mark: Sem problemas, coloca a chave aqui no meu bolso. — Ele colocou no
bolso de trás e se despediu de mim. — Desculpem, ‘ta meio cheio hoje,
aniversário é complicado. — Apenas Jungkook sorriu.
Mark: Em dias normais, por volta das duas já começa a esvaziar, como hoje
é aniversário... — Olhei as horas. — Lá para as quatro da manhã.
BamBam: Um Martini...
Mark: Meu pai tem um bar de luxo no centro de Los Angeles... Às vezes eu
e meu irmão ajudávamos... — Coloquei as bebidas nas bandejas e chamei
BamBam e Jimin.
Yugyeom: Magoou.
Jin: Posso falar com você? — Assenti e entreguei o pano para o outro
barman, acompanhei ele até um canto e ele encostou na parede, fez sinal
para eu me aproximar e se curvou na direção do meu ouvido. — Você está
namorando essa garota?
Jin: Só queria saber, posso dizer uma coisa? — Estremeci com sua
aproximação, olhei sua pele branca do pescoço e assenti. — Você é muito
bonito, ainda com essa roupa, está chamando muita atenção. — Corei
violentamente.
Mark: Estou? — Virei meu rosto para olhá-lo e nossos rostos ficaram bem
próximos, ele se afastou rapidamente, prendendo a respiração. — Alguma
coisa errada?
— Park Jinyoung —
Minha vontade de chupar o sangue dele veio a todo vapor, precisava sair
daquele lugar, o cheiro dele me atraia, procurei Kook pelo local e muita
gente me tocava, minha pele estava fria e ainda bem que vim de jaqueta e
as luvas protegiam minhas mãos, assim ninguém notaria, nossa pele as
vezes fica normal como a dos humanos, as vezes fica fria de mais,
normalmente fria demais quando nossas emoções ficam muito fortes. Não
encontrei meu irmão, continuei a procurar e então o achei no canto com o
Jimin, ele o beijou com um semblante de que estava se controlando, um
beijo que não durou muito, ele se afastou, e em seguida saiu, esbarrou em
mim e saímos em direção a saída, mas ficou impossível sair.
Sehun: O que foi? — Assim que levantei o olhar ele paralisou, meus olhos
deveriam estar muito vermelhos, minhas presas apareceram e ele tapou
minha boca quando eu sibilei.
Wonho: Vamos dar o fora daqui... — Ele segurou Kook pelo braço.
Sehun: Ele ‘ta ótimo, só precisa... sair... — Minhas presas estavam fincadas
no pescoço dele e eu estava chupando o sangue do mesmo, mas não era a
mesma coisa.
Então eu apaguei.
[...]
Abri os olhos e eu olhava para uma luz forte a minha frente, levantei e
todos estavam sentados no sofá. Depois de Chen nos dar algo para tomar,
eles esperavam apreensivos.
Wonho: Estou chocado, para fazer isso tem que ter muito autocontrole,
fugir de uma presa enquanto deseja sangue...
1 dia depois.
Jin: Você não beija mal, só precisei sair... Estava com mal estar. —
Murmurei após nos separarmos, porém, ainda próximos.
— Jeon Jungkook —
Jimin: Jeon Jungkook eu acho bom você ter uma ótima explicação para me
beijar e depois sumir no meio daquele monte de gente... — Ele vinha
caminhando em minha direção parecendo um mini tourinho, acabei rindo,
olhei em volta e estávamos sozinhos no corredor. — ‘Ta rindo do que? —
Ele parou próximo a mim, que vontade de manipular os sentimentos dele.
Para com isso, Jeon.
Olha, se eu quiser aprender a me controlar perto dele, nada mais justo que
eu ficar perto dele, certo?
Capítulo 17 — Sumiço
Jimin: Hoje tá vazio, ainda bem.
Jinyoung: Oi.
Jimin: Oi, tudo bem? — Ele sentou em uma banqueta perto de mim.
BamBam: Não foram pra escola essa semana, tô’ começando a achar que
vocês não gostam de sol, fogem quando ele aparece. — Ele e Kook riram.
Mark: Sim.
Jinyoung: Pode dizer a essa linda jovem que você namora? — Yugyeom
engasgou com a água e o Jimin foi atrás dele, nossa amiga começou a rir e
Bamie ficou lá com cara de bunda, assim como eu.
Mark: Espera... — Fiz sinal com a mão para ele. — Desde quando?
Kook: Que coisa né? — Ele quebrou o silêncio. — Pode me dar água? — Ele
perguntou para o Jimin que meio desnorteado, pegou cachaça no lugar de
água, depois pegou vinho, por fim pegou água.
Mark: Ela é nossa amiga, ela tem namorado... Você não pensou que eu e
ela... — Arregalei os olhos.
Jimin: Espera, tempo, tempo, tempo... Você pensou que ele estava com
ela, mas ela tem namorado então você pediu ele em namoro, agora
estamos aqui tentando entender aonde você quer chegar... Quer saber?
Vamos embora. — Todos caminharam para fora da boate e ficou apenas a
gente.
Mark: Você ‘ta falando sério? — Peguei meu celular e coloquei no bolso,
em seguida levantei, ele segurou minha mão.
Jinyoung: Mas eu quero você. — Sorri que nem um idiota e acho que ele
entendeu a resposta, pois se aproximou e depositou um selar em meus
lábios.
— Park Jimin —
Jimin: Como é? — Ele sorriu e BamBam novamente estava lá com sua cara
de bunda.
1 ano depois.
Sobre eles, realmente não tiram aquela bendita luva por nada nesse
mundo, disseram que suas mãos não podem ficar sem por causa do clima,
sinceramente, alguém acreditou nisso?
Meu namoro com Kook parece namoro de crianças é raro a gente se beijar
e sexo se tornou algo impossível, ok, eu sou virgem, mas um ano de
namoro e o máximo é pegar na mão? Tenho vergonha de questionar ele
por isso, até porque o irmão também é assim, fico pensando se não é
alguma espécie de tradição de família.
Nunca fomos a casa deles, eles já foram à nossa conhecer meu padrasto e
minha mãe, que por sinal amaram eles, mas fora isso, nunca vimos nem a
calçada da casa deles, às vezes me pergunto se eles tem casa. Perguntamos
sobre os pais deles, eles disseram que são médicos e é difícil pararem em
casa, pelo menos sabemos que estão vivos. Jin às vezes fala umas coisas
como se soubesse o que ia acontecer isso é muito bizarro, mas não
questionamos, até porque, às vezes você fala algo que acontece,
coincidência apenas. Kook às vezes no meio de alguma discussão entre nós,
ele e o irmão não falam nada, absolutamente nada, mas ai do nada a gente
faz as pazes na mesma hora, por quê? Não sei, estamos brigando e do nada
dá vontade de abraçar e pedir desculpas, isso está cada vez mais frequente
já que discutimos muito sobre o Yugyeom, BamBam quer ir a policia de
novo, mas Mark não, eu fico no meio termo e acaba todo mundo
discutindo.
Kook: Você está bem? — Ele colocou o braço em volta do meu pescoço e
como de costume, todo mundo nos olhou, principalmente para ele.
Kook: Depois a gente se vê... — Ele deu um beijo na minha cabeça e saiu
andando pelo corredor.
Franzi o cenho confuso e decidi deixar pra lá, caminhei para fora da escola
e BamBam e Mark já me esperavam, fomos caminhando para a clínica e
quando chegamos ela estava um tanto movimentada.
[...]
Mark: Ei... O que aconteceu? — Olhei para o lado e tinha dois corpos
dentro de um saco preto.
— Vocês são?
BamBam: Amigos.
Mark: Não, eles estupravam o filho deles e batiam nele, eles tem um filho,
estuda com a gente.
— Quarto dele? Aqui tem dois quartos, do casal e um que parece ser de
visitas... — Subimos com ele logo atrás, chegamos no quarto do Yugyeom e
estava completamente vazio, só tinha a cama, a escrivaninha, cadeira,
guarda roupa vazio, banheiro vazio, não tinha nada a não ser móveis.
Polícia não faz ronda nas ruas do nada. Tipo “ah, já que não tem nada para
fazer, vamos fazer uma ronda, o que custa não é?”
[...]
BamBam: A namorada dele, ele deve estar lá, vamos ligar para ela. — Ele
ligou e colocou no viva voz e a garota atendeu meio sonolenta. — Oi,
Yugyeom esta ai?
— Quem é Yugyeom?
Mark: Isso não tem graça, como assim quem ‘ta falando? É o Mark,
BamBam e Jimin, amigos do seu namorado, estudamos na mesma escola.
— Ah sim, mas eu... Nunca falei com vocês, eu não tenho namorado...
Devem estar me confundindo...
[...]
— Desculpe senhores, não tem ninguém no meu sistema com esse nome,
nem nos outros hospitais da cidade...
— Não, ninguém nunca deu entrada aqui com esse nome. — Ela mostrou
seus arquivos de 1997 e realmente não tinha ninguém relacionado ao
Yugyeom.
Mark: Se só a gente lembra dele, nossos pais não lembram então? — Nos
olhamos e corremos para casa, quando chegamos, entramos com tudo no
quarto deles.
— Kim Minseok —
Hyungwon: Não há nada que eu possa fazer, meninos, ele está muito
ferido. — Ele respondeu após examinar o garoto, ao que parece, ele foi
esfaqueado.
Há alguns dias atrás, Jin teve uma visão, sobre isso, ele nos contou, para
mim, Wonho e Sehun, mas afirmamos que não podíamos interferir e
mudar o futuro, isso causaria danos irreversíveis, imagina você voltar no
passado e mudar alguma coisa, o futuro é afetado, é mais ou menos isso.
Hoje fomos a casa desse garoto, exatamente na hora que estava previsto
para acontecer, Chen e Hyungwon ficaram em casa, pois não queriam ir, e
nós fomos, ficamos observando de longe tudo acontecer, não podíamos
fazer absolutamente nada, apenas chamamos a polícia, os bandidos
fugiram e entramos na casa, os pais estavam mortos e o garoto estava no
quarto, na cama, esfaqueado.
Pela visão, já sabíamos que ele iria morrer então Jin e Kook insistiram para
que levássemos para casa e Hyungwon tentasse fazer algo por ele, até
porque, ele é muito bom. O garoto ainda está vivo, mas de acordo com
Hyungwon, ele não irá resistir. Na visão do Jin, ele iria morrer e iria ter um
destino como o dos pais, tipo um enterro mais ou menos, enfim, vocês
devem imaginar como bandidos devem ser tratados aqui, por ser filho,
acabam achando que o garoto também é um bandido. Então Jin e Kook
pediram para que apagássemos qualquer registro do garoto, fizemos o que
eles pediram e na hora de fazer isso com os namorados e amigo deles, eles
negaram, disseram que eram a família de Yugyeom e ele iria ficar feliz se
eles comparecessem ao enterro.
Kook: Não, deve ter algo que você possa fazer... — Hyungwon derramou
uma lágrima, eles mencionaram que era como se estivessem revivendo a
história dos pais deles.
Ver esse garoto e a história dele mexeu com os dois, eles disseram que
nunca imaginariam algo do tipo e nunca imaginaria que existem pessoas
boas no mundo, como o menino. Chen disse que estava arrependido de
julgar todos pelo erro de um, eles realmente tentaram salvar o garoto, até
porque, Lobisomens costumam ter propriedades curandeiras melhor que
de médicos formados, por viverem em bando e se virarem sozinhos, eles
repassam essas propriedades de geração a geração, se eles não
conseguiram salvar, ninguém mais consegue.
— Há uma coisa que podem fazer... — A águia acordou, ela não costuma
passar muito tempo acordada, já que aceitaram proteger os humanos
somente hoje, ainda não tivemos tempo de perguntar nada.
Eles nem sabiam que isso ia acontecer, preferimos deixar entre nós
durante esses dias.
Kook: O que?
Wonho: Não...
Hyungwon: Ele sente dor, mas não vai se mexer, ele vai estar
enlouquecendo por dentro.
Hyungwon: E-eu? Não, você faz... — Ele empurrou o Chen para frente.
Chen: Você é o mais velho, faz você. — Ele empurrou o irmão novamente.
Chen: Mas você nasceu primeiro. — Ficou nesse empurra, empurra bem
uns 2 minutos.
Sehun: Também acho, você parece saber como é. — Ele nos olhou e
assentiu, os batimentos pararam.
Chen: E-eu?
O mesmo arfou, abriu os olhos na hora e gritou de dor, ouvi seu coração
acelerar tanto que parecia uma bateria, ele fechou os olhos novamente,
então ambos se afastaram dele e observamos a transformação acontecer,
as marcas da faca foram sumindo aos poucos, quase que vagarosamente.
Chen: Que veneno você liberou?
Foquei no garoto.
A marca das facadas já haviam sumido, seus cabelos ganharam mais vida e
estavam mais brilhosos, as imperfeições do rosto estavam sumindo, as
unhas estavam ganhando um certo brilho, ele parecia estar se
transformando em um boneco perfeitamente lindo.
Dia seguinte.
— Park Jimin —
Yugyeom não foi chamado na lista de chamado, nem os outros alunos sabia
quem era, muito menos os professores e funcionários, aquilo estava
começando a me assustar.
Ele sumiu e só eu, meus irmãos e nossos pais lembravam dele, porque?
Avistei Kook com Jin e seus irmãos, eles falaram algo entre si antes de Kook
vir até mim e me dar um beijo no alto da cabeça. Sorri e eles sentaram com
a gente.
Jin: O que meu anjo? — Só falta eles também não lembrarem do Yugyeom.
Mark: Jin, o Yugyeom sumiu... — Ele falou irritado já pelos dois melhores
amigos não notarem que ele sumiu.
Kook: Sabemos... — Respirei aliviado, eles lembram, sinal que nossa família
ainda não está maluca.
BamBam: Como?
BamBam: Sério? Porque ele não veio para a escola? — Ele perguntou
eufórico.
Jin: Porque ele foi esfaqueado. — Arregalei os olhos. — Minha mãe cuidou
dele...
Não íamos comentar com eles de que ninguém lembra do Yugyeom ou eles
nos chamariam de malucos, era melhor deixar entre nós, vai que quando
ele aparecesse, tudo voltasse ao normal? Se bem que ele não está em
nenhum tipo de registro. Suspirei e decidi parar de pensar nisso ou eu iria
enlouquecer.
Dias depois.
Estávamos na porta da nossa casa esperando eles virem nos buscar, então
um carro preto muito chique parou, eles desceram e perguntaram se
nossos pais estavam em casa, negamos e eles pediram para conversar
conosco antes de irmos.
Jin: Para o Yugyeom não morrer... ele teve que... passar por algumas
mudanças...
Jin: Acabamos de nos alimentar, então eles ficam assim por um tempo...
Jin: Lembram quando... Nos perguntaram o porquê das luvas? É por isso. —
Ele tirou uma luva e sua mão ficou completamente em chamas, Kook tirou
a luva e as paredes começaram a congelar, olhei sua mão e uma fumaça
gelada saia dela, eles retornaram a colocar as luvas.
Quando achei que já não podia ficar ainda mais estranho, eles se
transformaram na nossa frente em cachorros, depois em tigres, depois em
leões, enfim voltando a forma humana.
Mark: Eu... Sei lá, assisto séries dessas coisas... Vocês são... Espera... Meu
namorado é um metamorfo, vampiro... Espera... — Ele gaguejou.
Jimin: Está me dizendo que você não me beija por causa do meu sangue?
Kook: É difícil para nos controlarmos.
Jin: 17...
Kook: 64...
Ainda bem que eu estava sentado se não eu teria caído para trás.
[...]
Jin estacionou em uma casa muito linda com muitos vidros, o que eu não
esperava, eu esperava uma casa preta, com caveiras penduradas, covas e
caixões. Por incrível que pareça, não estávamos com medo deles, se
fossem para nos machucar, já teriam feito, Kook pegou minha mão e nos
conduziu para dentro da casa, era bem iluminada, moveis lindos e nenhum
sinal de sujeira, vampiros são perfeccionistas? Senti o cheiro de comida.
— Olá, meu nome é Minseok. — Ele estendeu a mão para nós, Kook me
incentivou com o olhar e eu apertei a mão do garoto que em seguida se
curvou.
Porra!
A beleza desses dois não tem explicação, descrição ou causa, então apenas
vou observá-los.
[...]
Kook: Não mentimos, Minseok, Sehun e Hoseok são nossos pais, Hyungwon
e Jongdae, nossas mães... De criação. — Assentimos.
— Shin Hoseok —
Jin: Lembram quando eu disse que somos metade vampiro? — Os garotos
assentiram. — Minseok, Hoseok e Sehun são vampiros puros. — Eles nos
olharam.
Sehun: Comer a gente pode até comer, mas não dá sustento algum. — Eles
assentiram. — Quem come mesmo é Jongdae, Hyungwon e os dois. — Ele
indicou Kook e Jin. — Apesar de preferirem sangue.
Jimin: Minseok...
BamBam: No que?
Jin: Híbridos...
Mark: É o que?
[...]
Wonho: Oi?
— Mark Tuan —
Mark: O que é isso? AI MEU DEUS. — Me escondi atrás do Jin quando vi
cinco coisas com asas negras enormes pousarem do lado de fora da casa.
— É um demônio.
BamBam: Demônio não tem asas. — Ele estava atrás do Yugyeom. Ouvi a
risada deles e continuamos discutindo sobre o que eram aquelas coisas lá
fora.
Os outros quatro entraram não sei por onde e quando vi, todos estavam ali
na sala, continuei atrás do Xiumin e do Sehun.
— Humanos?
Os cinco são tão bonitos que eu estou com vergonha de continuar aqui,
notei uma troca de olhares entre ele e Sehun.
Chen: Sim...
— Provem.
Posso ver isso quantas vezes possíveis, mas nunca vou me acostumar.
[...]
[...]
Jin: E você já viu um? — Sorri. — Aswang são fêmeas e muito feias, como
você pode ver... Normalmente é uma deformação que afeta somente o
sexo feminino de criaturas em desenvolvimento no útero... Mas o clã do
Luhan não tinha nem o pai, nem a mãe vampiro... O pai era um bruxo e a
mãe uma humana.
Mark: Gêmeos?
Jin: Diferente dos humanos, quando criaturas nascem gêmeos, eles não são
idênticos, muito menos se parecem, só nascem no mesmo dia... Hyungwon
é gêmeo do Chen, mas eles não nasceram no mesmo dia, como te
contaram hoje mais cedo... — Assenti. — Eu e Kook somos gêmeos.
Mark: Entendi.
Jin: Então, no meio da gravidez das duas moças, tipo, acho que quatro
meses e meio, elas foram mordidas por vampiros, só que tipo elas foram
mordidas, mas não com a intenção de serem transformadas e sim mortas,
realmente elas foram mortas, mas por alguma razão voltaram... Então os
bebês que já eram machos, nasceram humanos, porém aswangs. Ou seja,
extremamente bonitos, ao contrário das outras de suas espécies.
Jin: Para te explicar mais a fundo, teria que ser um deles, ninguém sabe
muito dessa história, só o básico... É como a história de Lúpus, só sabem
que Lúpus morreu por caçadores, não é? — Assenti.
Jin: É, distorcem um pouco as coisas... Mas você viu que a história não é
exatamente assim.
Jimin: Como é?
Kook: Drácula foi o primeiro a surgir, foi considerado pai dos vampiros, ele
arrastava multidões vampíricas, ele tinha poderes que um vampiro jamais
teve, Drácula era considerado o rei do mundo, de todos os mundos, mas
todo rei tem sua rainha, o nome dela era Martha, uma mulher adorável,
humilde, companheira, um exemplo de mulher, vampira transformada por
Drácula e muito bela, Martha arrastava multidões de homens por onde
passava, mulheres se apaixonavam por ela, era uma coisa de outro
mundo... Então, a primeira aswang veio ao mundo, você sabe do que uma
aswang se alimenta? — Neguei. — Aswang significa cachorro macabro, às
vezes se alimenta de cadáveres. — Quis vomitar. — Elas são capazes de
assumir a forma de alguns animais como morcego gigante, javali, e as
vezes, um cachorro... Elas evoluíram bastante, então algumas conseguem
assumir a forma de um humano e andar por entre eles, sendo mais
silenciosas e misteriosas do que o comum, a noite, assume sua forma
original, um monstro terrível de língua comprida que é usada para perfurar
carne como um tubo, tem focinho de morcego e uma cabeça parecida com
a de um cachorro feroz, asas negras, sua pele é cinzenta e escura, olhos
brilhantes prateados, possuem garras perfurantes como agulhas e suas
vértebras traseiras parecem aumentar como uma crista quando está em
sua forma original. — Tremi. — Quer que eu pare?
Jimin: Não, tudo bem... Por isso o clã do Luhan tem olhos prateados? — Ele
assentiu, sorte deles terem nascido tão bonitos.
Nossa.
Capítulo 19 — Dúvidas
— Kim Jongdae —
Wonho: Eles vivem quantos anos?
— Essa é uma boa pergunta, vampiro... Eles podem morrer ou com estaca
de prata, ou por um lobisomem.
— Exatamente.
[...]
Chen: Está falando como se fosse uma necessidade. — Arfei quando senti
seu membro tocar levemente minha intimidade.
Chen: Não vamos fazer sexo com eles em casa, eles têm ótima audição. —
Ele me prensou mais, eliminando qualquer espaço que tinha entre nós.
O beijei com certa urgência, puxei os cabelos da nuca dele e arranhei seu
braço com a outra mão. Ele me pegou no colo, entrelacei minhas pernas na
cintura dele e o beijo se tornou algo cheio de malícia, mordi os lábios dele
com força e ele sorriu maliciosamente.
Xiumin: Já falei para você que você é muito forte... — Sorri e engatinhei até
ele.
Uma onda gostosa passou por todo meu corpo quando senti sua mão
gelada no meu membro, essa situação fria e quente é tão excitante. Mordi
os lábios quando ele iniciou alguns movimentos com a mão e seus olhos de
vampiro ansiavam por mais. Após me beijar com ardência, ele abaixou até
o meu membro, passou a língua em algumas partes e me olhava em
seguida. Quando ele colocou tudo na boca, um gemido mediano saiu pelos
meus lábios, senti suas presas roçarem na extensão do meu membro e
aquilo estava me levando a loucura.
Ele tirou meu membro da boca e chupou dois dedos, em seguida penetrou
em mim enquanto continuava me chupando. Eu estava sentindo meu ápice
chegando, não sabia o que me dava mais prazer, ele me tendo
completamente em sua boca ou seus dedos se movimentando dentro de
mim. Sem aviso nenhum, eu gozei, fechei os olhos controlando minha
respiração e senti seus lábios no meu pescoço.
Xiumin: Abre pra mim... — Ele pediu de uma forma muito sexy, o olhei nos
olhos e o mesmo estava carregado de luxúria, fiquei com receio de não
conseguir satisfazê-lo. Ele estava tão diferente do normal, suas presas
estavam a mostra, algumas veias do pescoço apareciam o deixando mais
sexy, seus olhos brilhavam em um vermelho vinho e notei um negócio
vermelho no pescoço dele, aparecia e sumia, parecia uma pequena
fumacinha.
Neguei e o puxei para um beijo, beijo esse que foi cheio de malícia, desejo
e mordidas excitantes, puxei os cabelos dele quando ele começou a se
movimentar rápido dentro de mim, meus gemidos saiam descompensados
e eu mal conseguia abrir os olhos de tanto desejo.
Meus gemidos saíram mais altos e eu só faltei gritar quando ele atingiu
minha próstata, pude vê-lo sorrir e ir mais rápido, atingindo só ali, minhas
duas metades estavam agitadas, o puxei e mordi seu pescoço, ele apertou
minha cintura e gemeu baixinho no meu ouvido. Quando o soltei, ele sorriu
maliciosamente e começou a me masturbar.
Xiumin: Morde de novo, foi tão gostoso. — Sorri em meio aos gemidos e o
puxei, mordi o outro lado do pescoço dele e como anteriormente, senti o
gosto do seu sangue. Beijei a marquinha das minhas presas e o virei na
cama rapidamente, sentei em seu colo e lancei meus braços em volta do
pescoço dele. Eu chupava e mordia o mesmo, o que fazia ele gemer
enquanto estocava rapidamente.
Xiumin: Vem aqui, vem... — Me curvei sobre ele e deixei meu pescoço livre.
Senti suas presas no mesmo e mordi os lábios, puxei o cabelo dele e um
gemido escapou dos meus lábios, ele revezou em chupar e morder, aquilo
era tão gostoso.
Sai de cima dele e fiquei de quatro na cama, logo senti seu membro me
invadir, gemi um tanto alto e olhei levemente para trás, vendo ele entrar e
sair de dentro de mim, apertou minha cintura com força e senti seu
membro pulsar, então ele gozou, pequenos resíduos de gozo caíram pelas
minhas coxas, eu me virei e o puxei.
Chen: Geme pra mim, vai meu amor... — Me abaixei e o chupei, senti sua
mão em meu cabelo e ele levantou um pouco para me olhar, seus gemidos
ficavam cada vez mais altos, às vezes tirava o membro da boca e passava a
língua na lateral enquanto o masturbava.
Xiumin: Chen...
Suguei um pouquinho e ele sentou, puxou meu cabelo, levantei, sem parar
a masturbação e ele me beijou.
Chen: É tão gostoso ouvir você gemer meu nome. — Afirmei de encontro
aos lábios dele. — Eu quero te chupar, deixa? — Ele sorriu.
Chen: Quero fazer você gozar o tempo todo então, tão delicioso.
Chen: Sexo com você é maravilhoso, acha mesmo que vou cansar?
[...]
Xiumin: Eu te amo.
Paralisei na hora.
O puxei para olhá-lo e ele ficou curvado sobre mim.
Chen: Jura?
Xiumin: Para com isso... Você sabe que vampiro nunca está satisfeito... Mas
depois de hoje... Eu estou mais que satisfeito... — Beijou meu pescoço e eu
sorri aliviado. — Por hora... Eu quero te foder mais... Muito mais. — Acabei
soltando um gemido e ele sorriu.
Chen: Vai demorar um pouco então, não vamos ficar sozinhos de novo tão
cedo.
Xiumin: Vou fazer um esforço... Essa foi a melhor noite da minha existência.
— Mark Tuan —
O clima estava um tanto quente, o beijo estava desesperado, então ele se
afastou rapidamente em um pulo, mordi os lábios e o olhei preocupado,
não tínhamos intenção alguma de transar, mas o beijo estava levando a
isso.
Eu sei o quanto isso deve ser difícil pra ele, não quero forçá-lo, mas
também é algo que eu quero muito, suspirei e sorri.
Mark: Porque?
Imaginei algo muito selvagem, mas ok, não ia falar isso pra ele.
Mark: Me transforma.
Mark: Jin você não envelhece, você não pode me tocar sem sentir vontade
de me morder... Eu vou envelhecer, vou ficar velho e enrugado até você
não me querer mais. — Ele riu.
Mark: Para... O que vão pensar quando virem um velho com um garoto de
17 anos?
Jin: Sou mais velho que você, tenho 64 anos. — Cruzei os braços. — Mark,
estou tentando te fazer rir.
Mark: Nesse caso meus pais vão ficar muito bravos em saber que namoro
um garoto mais velho. — Ele riu.
Jin: Não posso te transformar e dar a sua alma uma passagem de ida direto
para o inferno... E mesmo que quisesse, não posso fazer.
Mark: Porque?
Jin: Está dizendo que está disposto a passar a eternidade no meu lado
vendo cada pessoa que você conhece morrendo aos poucos?
Mark: Ta... Você venceu... Por hora. — Ele sorriu. — Agora me conta o que
o Yugyeom tem?
Mark: Quando o BamBam está no mesmo local que ele, o mesmo não
presta atenção em porra nenhuma a não ser o BamBam.
Jin: Quando um lobo olha nos olhos de alguém e esse alguém é a alma
dele, é como se ele enxergasse o presente, passado e futuro com esse
alguém, nada mais importa, só esse alguém, ele mataria e morreria por
esse alguém, estou falando de se jogar na frente de uma bala por esse
alguém... Esse alguém se torna tudo para ele, é como se nada mais
importasse, mas como tudo tem seu lado ruim, um lobisomem quando
encontra sua alma e por algum motivo ela morre, ele acaba morrendo
também de depressão.
Mark: Essa foi a morte mais bizarra que já vi, seu amor pode te matar...
Mark: Retiro o que disse. — Ele riu. — Então nunca vamos transar?
Mark: Jin...
Mark: Sai daqui... — Ele riu, deu um beijo na minha cabeça e saiu pela
janela, tudo isso em menos de 1 segundo, ainda não me acostumei.
BamBam: Já.
Mark: Não parou para pensar sobre ele ser imortal? — Ele parou uns
segundos.
BamBam: Não sei, acho que ele não me transformaria, disse que é uma dor
insuportável que dura três dias, para vocês terem uma ideia, é uma dor tão
ruim que mulheres não aguentam e morrem, ele não ia fazer mesmo que
eu quisesse... Mas, eu não ia querer ser o motivo da morte dele.
Dias depois
— Cha Hyungwon —
Xiumin: Como os humanos seriam úteis?
— Eles dão força aos black bloods, é quase como a alma dos lobisomens,
porém, a alma de um black blood fortalece ele, o ajuda, o incentiva....
Enquanto a alma do Lobisomem enfraquece.
Como é que é?
Capítulo 20 — Brigas
Wonho: Como isso é possível? Quer dizer, um homem...
Jin: Omma, não sei como funciona para nós, mas para uma pessoa ter filho,
ela precisa de um útero, acho que Mark e Jimin não tem um útero.
— Hã? — Rimos.
— Como é?
Yugyeom: Ainda bem que eu não tenho que passar por isso.
Jin: Verdade.
Yugyeom: Realmente...
Xiumin: Ai, ‘ta bom tô indo. — Ele saiu puxando Kook pela mão.
Hyungwon: Hoseok!
Jin: Que vergonha... — Ele abaixou a cabeça e Sehun fingiu ler o livro.
Meses depois
Decidimos sair da escola, apenas Kook, Jin e Yugyeom continuam indo por
insistência nossa, para manter as aparências, porém, mudaram de escola,
para uma mais perto, assim como os outros três humanos, já estava quase
no final do ano, finalizariam o terceiro ano e sairiam da escola, iniciando a
faculdade. Achando eu que estava tudo ótimo, fui atender o telefone
tranquilamente e era da escola.
— Oi?
Hyungwon: Ok...
[...]
— Como posso explicar... — Ele coçou a barba recém feita. — Bom... Seu
filho colocou fogo na... Cueca do colega... — Jin se encolheu na cadeira e
eu o fuzilei. — Não sei como, mas... Colocaram gelo no... Bom... No ânus do
outro... — Foi a vez do Kook se encolher. — E... Obrigaram três deles a... Se
agredirem. — Yugyeom abaixou a cabeça e eu tive vontade de voar no
pescoço de cada um.
Jin: Mas...
— Tem mais...
Sehun: Oi? — Ele perguntou já achando que estava demais para um dia só.
O diretor estendeu uma folha.
Sehun: AI MEU...
Sehun: Não, shi, shi... — Ele segurou os beiços dele com dois dedos.
Sehun: Shi...
[...]
Chen: Vão conversar com eles... Onde já se viu usar os poderes contra
mortais? — Estávamos em uma briga de sussurros na cozinha.
Xiumin: Foi tudo tão rápido que eles nem notaram que era poder.
Chen: Ta me dizendo que... Fogo na cueca, gelo no ânus e agressão foi tudo
um mal entendido?
Wonho: Basicamente isso... Olha pelo lado bom... Não congelaram, não
colocaram fogo e nem saíram latindo pela escola.
[...]
Hyungwon: Wonho...
Wonho: Não? — Senti sua mão dentro da minha cueca e mordi os lábios,
um gemido rouco escapou por entre eles e ele sorriu. — Não é o que seu
corpo diz.
Seus gemidos eram como melodias, quando ele abriu os olhos, estavam
vermelhos, muito vermelhos, mordi os lábios dele enquanto ele gemia e
tirei os fios loiros de seus olhos.
Nunca pensei que uma puxada no cabelo fosse tão excitante, quando achei
que não podia melhorar, ele me tomou completamente em sua boca, me
chupava desde a minha entrada, até a cabeça do meu membro, puxei o
cabelo dele e isso pareceu incentivá-lo a ir mais rápido. Sua língua parecia
uma coisa dos deuses, então eu gozei mais uma vez, ele sorriu e espalhou o
gozo pelo meu membro, voltou a chupar até ele ficar duro novamente, eu
ja não conseguia mais gemer, minha boca estava entreaberta e desviar o
olhar do dele era algo impossível.
Wonho: Continua vai... — Ele pediu quando eu parei. — Por favor... — Ele
segurou minha bunda incentivando os movimentos.
Dias depois
Yugyeom: Dormindo.
Yugyeom: Mesmo que a gente não se lembre de nenhuma dúvida, ela sabe
que tem dúvidas ainda.
Chen: Deve haver algo que possamos fazer, estamos 4 anos atrasados.
A noite toda foi resumida em tirar dúvidas, Kook e Jin não acordaram nesse
tempo, a gente tirou dúvida até que não era necessária, aquilo estava se
tornando cada vez mais difícil, pois mesmo dizendo que não tínhamos mais
dúvidas, ela afirmava que tinha. Suspirei pesadamente e me joguei no sofá.
Chen: Não é possível isso... Mark, Jimin e BamBam... Eles devem ter
dúvidas.
Xiumin: Não faz sentido... Se somos nós que tiramos as dúvidas, as outras
não contam, nem mesmo do Jin e do Kook contam.
Chen: Mas eles estão conosco agora, temos que tentar de tudo.
BamBam: Porque diabos você não entrou em vez de invadir meus sonhos?
— Ri. — Os outros usam a porta de menos e vocês demais.
Sehun: Vampiros não podem entrar na casa de alguém sem ser convidado.
— Ele me olhou com uma cara de “sério isso?”
BamBam: Com eles adultos ou não, a águia não ia aparecer com essa idade.
— Franzi o cenho. — Disseram que para a águia aparecer, tinham que nos
proteger, há 4 anos a gente não estava nem na escola do ensino médio
ainda, há 4 anos, Sehun, a gente nem estava na Coréia. — Realmente, isso
é um fato.
Sehun: ‘Ta, mas não podemos perder mais tempo. — Ele suspirou. — Sei
que quer me matar... Enfie uma estaca em meu peito se quando chegarem
lá for algo inútil.
Sehun: Ok, você venceu, mas não é inútil como você está pensando.
Mark: Pensei que as únicas dúvidas que contassem eram as suas, do Xiumin
e do Wonho. — Eles saíram com roupões e pantufas, entramos no carro e
BamBam já estava dormindo no ombro do Jimin.
[...]
Jimin: Hã... Não dá pra vocês irem dar uma volta não? — Eles nos olharam,
assentimos e saímos, ficando apenas Chen, Won e eles.
— Kim Jongdae —
Mark: Temos que tirar qualquer dúvida?
— O vampiro sobressai, gostam que olhem nos olhos deles durante uma
relação sexual, seu corpo fica gélido por conta das emoções, devo dizer
que é complicado se controlarem com humanos, principalmente humanos
com sangue tão... Atrativo.
— Sendo um vampiro, ele pode fazer o que bem entender com seus
poderes, eles nunca vão embora... Um vampiro pode ser muito poderoso
se quiser... Minseok pode fazer o que quiser com o cérebro de alguém,
Sehun faz o que quiser com as lembranças e com o corpo de alguém,
Hoseok pode enlouquecer alguém e levar esse alguém a morte, igualmente
Sehun... Sehun foi criado para suportar as dores das lembranças de outros
seres, ninguém consegue suportar isso, se ele olhar nos seus olhos e fazer
você enxergar as lembranças dolorosas que ele carrega de todos que ele já
viu, seus olhos começam a queimar, você cai imóvel e com seus olhos
como carvão em brasa, assim como seu cérebro, ele apaga suas
lembranças, você se torna um ninguém... Minseok pode te fazer ter
qualquer doença que quiser no cérebro, ele pode te fazer dormir por anos,
pode controlar seu cérebro da distância que ele estiver, pode apagar sua
memória, pode fazer você esquecer do que ele desejar... Hoseok pode te
enlouquecer, ele controla espíritos, controla a névoa, pode fazer você
enxergar o que ele quiser, desde o seu mais belo sonho, até o seu pior
pesadelo, ele pode te matar com uma simples névoa... Vampiros tem
poderes suficiente para te induzir a morte apenas com sua beleza,
vampiros leem pensamentos, num ataque ele sabe os movimentos do
inimigo minutos antes dele atacar, porque é impossível não pensar sobre,
vampiros mais antigos conseguiam remover uma estaca do peito apenas
com a força do pensamento, mais especificamente, Drácula e seus
descendentes diretos, ou seja, filhos, netos, bisnetos e etc, vampiros
nascidos de Drácula, não vampiros transformados pela mordida de
Drácula... Vampiros sobrevivem a muitas coisas, exceto ao veneno do
lobisomem.
Jimin: Idem.
— Sim.
Chen: E agora?
Chen: Nada... Ela disse que ainda há dúvidas... Céus, eu vou enlouquecer.
— Yugyeom chamou os três para irem no seu quarto e ficamos sozinhos
com a águia.
Wonho: É sério?
— Meu trabalho está cumprido, é hora de partir.
[...]
— Não posso dizer, jovem... Vocês têm que descobrir sozinhos... Só posso
dizer que precisam se aliar a alguém e esse alguém é metade vampiro.
Xiumin: Podem.
Chen: Não! Mas o que há com vocês, uma cobra, agora uma águia,
escolham um bicho comum pelo amor. — Sai pisando duro para dentro de
casa.
Dias depois.
Sehun: Quem?
Hyungwon: Fantasmas?
Xiumin: Sanbosam.
Chen: Não, não são poderosos, ‘ta na cara que seu mentor estava
pensando em seres poderosos.
Wonho: Não.
Sehun: Baobhan Sith... Fada demônio escocesa, aparece como uma jovem
mulher e dançará com o homem que achar até que o mesmo se esgote,
para depois se alimentar dele.
BamBam: Não teria sentido ser um deles, porque ele escolheria alguém
cuja fraqueza é o arroz? — Esses garotos são espertos.
Jimin: Não, ele não escolheria alguém da mesma forma que vocês.
Yugyeom: Fraco...
Sehun: Lamia... Originaria da Roma e Grécia antiga. São exclusivamente
fêmeas, sendo geralmente metade humana, metade animal, quase sempre
uma cobra, e sempre na parte inferior do corpo. Elas comem a carne de
suas vítimas assim como bebem seu sangue. As lamias podem ser atacadas
e destruídas com armas normais.
Chen: Fraca...
Mark: Não existem mais, a não ser vocês, né? — Eles assentiram.
Hyungwon: Não acho que ele escolheria algo metade cavalo ou metade
ovelha, não é muito útil.
Xiumin: Idem.
Xiumin: Verdade...
Sehun: Posso.
Chen: Fraco.
Xiumin: Não, se fosse um vampiro metade zumbi, ele teria pensado nos
Nachzehrer que é o mais poderoso desse tipo.
Jin: Quê? — Ele virou para trás, pois estava sentado no colo do Mark. Ele,
BamBam e Jimin se olharam, pareciam estar com medo de falar e pareciam
nem estar pensando sobre, já que Sehun, Xiumin e Wonho não obtiveram
resposta de seus pensamentos.
Mark: A águia disse que era metade vampiro... Aswang são metade
vampiros, de acordo com o que disseram, e tem que ser uma criatura
poderosa, vocês deduziram... Aswangs não são tão poderosas, mas o clã do
Luhan sim... Eles são muito poderosos e vocês sabem...
BamBam: Significa tudo, das histórias que nos contaram, o clã do Luhan já
lutou com diversas criaturas, seu mentor pensou na sabedoria deles, são
mais velhos que Chen e Won, eles têm sabedoria de luta... Seu mentor não
escolheu grupos atoa, ele escolheu os híbridos porque eles tem a metade
lobisomem e a metade vampírica, eles têm duas metades com poderes
diferentes, eles ensinam Kook e Jin a separar suas metades... Escolheu os
humanos porque Mark e Jimin são as almas de Kook e Jin, porque como a
águia disse a alma de um black blood o fortalece... Escolheu aswangas,
porque o clã do Luhan é antigo e lutaram contra muitas coisas... Chen e
Hyungwon disseram que conhecem eles a mais de 504 anos, isso já eram
adultos, certo? — Assentimos. — Deduzo que eles tenham mais de 1000
anos... Só podem ser eles.
Xiumin: Vampiros.
Chen: Por que a alcateia se importaria com o clã do Luhan, sendo eles
metade vampiros? Eu fui saber que eles eram os da guerra porque eu
perguntei a Jaebum, fiquei desconfiado com tamanha consideração que os
líderes tinham entre si...
Xiumin: Sim...
Wonho: Sim.
Hyungwon: Mas você me disse que foi criado por um ancião. — Ele estava
sentado na janela, uma perna recolhida e a outra caída do lado.
Sehun: Não saímos por aí falando que somos os Ventrues, isso atormenta
outras criaturas e atrai as trevas.
Xiumin: Nossa avó Martha teve um filho, a segunda tentativa após a morte
do primogênito...
Yugyeom: Mas quando uma aswang mata um feto, a mãe fica estéril...
Chen: Você falou séculos atrás de séculos e disse que seu pai morreu
séculos após a morte da sua mãe... Vocês não têm apenas 400 e poucos
anos, não é?
Xiumin: Não.
Xiumin: 811
Wonho: 809.
Sehun: 805.
Sehun: Então não, nosso mentor nunca pediria para nos aliarmos aos
descendentes do clã que matou nosso tio... Ele não pediria isso a nenhum
vampiro, nem ele mesmo faria a guerra nunca vai acabar se depender da
nossa raça.
Chen: Sim.
Xiumin: Não eram aswangs, eram bruxos apenas... O clã do Luhan foi
concebido por bruxos e humanas, um vampiro mordeu a humana e veio o
erro genético...
— Kim Jongdae —
Chega sentei direito para absorver tal informação.
Ok fui iludido.
Iludido de novo.
Mark: Mas, vocês não carregam esse ódio, carregam? — Ele nos olhou.
Xiumin: Então nós estaríamos fora... Não vamos nos juntar a aswangs,
principalmente aos Valuries.
Jimin: Mas no caso quem teria que se aliar é vocês cinco e eles.
Sehun: Isso pra mim não significa merda nenhuma... — Os três saíram.
[...]
Xiumin: Claro, mas tenho certeza que não é só isso, você vai ver, quando
ele aparecer, vai haver um “porém”
Chen: Então podemos chamar Luhan aqui? — Ele assentiu e beijou meu
pescoço. — Então meu namorado é neto do Conde Drácula? — Ele sorriu e
eu me virei para ele o beijando em seguida. — Sempre quis conhecer um
descendente de Drácula.
Chen: Odeio quando você sorrir assim fico excitado só olhando pra você.
Xiumin: É? — Levei a mão dele até o meu membro para ele tirar a prova. —
Que delícia, não sabia que eu tinha esse efeito sobre você. — Ri e mordi os
lábios dele, em seguida o beijei mais desesperadamente.
Chen: Podemos chamar agora? — Ele se virou e ficou sobre mim, enfiando
a mão por dentro da minha cueca.
Xiumin: Aham deixa eu só dar um jeito nisso aqui pra você. — Sorri e desci
do telhado o puxando, entrei pela janela do meu quarto e o empurrei na
parede, sua mão já foi logo entrando por dentro da minha cueca
novamente e eu gemi de encontro à boca dele.
[...]
Jooheon: Só isso?
Wonho: Só.
Diferente dos outros instrutores, uma luz dourada apareceu do nada, tão
forte que eu tive que tapar os olhos, quando a luz cessou, abri os mesmos
e lá estava uma fênix no ombro do Luhan.
— Saudações, amigos...
Wonho: Deixa-me adivinhar, tem um, "porém" para você começar a fazer o
seu trabalho.
Chen: Amor... — Seus olhos ficaram negros e eu sabia o que ele ia fazer. O
beijei e ele relaxou, seus olhos voltaram à cor vermelha e eu respirei
aliviado, me distanciei lentamente.
Sehun: Isso não muda nada... Não vou me aliar a eles, o que você quer?
Que viremos uma família feliz? São criaturas patéticas, matam por prazer,
são interesseiros, invejosos e culpam os outros por nascerem ridículos.
Chen: Como é?
— Ah, eu ouço, sim? Ouço o amor fluindo de ambos os corações...
— Se é mentira, mate ele agora. — Parei pasmo. — Você pode fazer isso se
quiser, o escudo dele não funciona com descendentes de Drácula.
— Eu sei amigo.
Wonho: Não matamos a alma de alguém do próprio clã, nem a alma, nem
o clã dele... É a lei mais sagrada do mundo místico.
[...]
— Oh Sehun —
Me encontrava na cozinha, escorado na pia, tomando um pouco de sangue
enquanto amolava minha adaga com uma pedra, então a fênix apareceu
em cima do balcão como fumaça.
— É mesmo? Eu ouço.
Sehun: O que?
Luhan: Não é da sua conta. — Sibilei irritado e voltei a amolar minha adaga.
Luhan: Não vou ser o vilão, não mesmo. — Ele se afastou e meu sorriso
sumiu, revirei os olhos e voltei a amolar a adaga. — Até porque o vilão é
você.
Sehun: Vai pro inferno. — Fui para acertar o rosto dele e mirei na parede,
ele me olhou e revezou o olhar entre minha boca e meus olhos, o prensei
na parede e o beijei. — Idiota.
Luhan: Cala a boca. — Ele aprofundou mais o beijo e senti sua mão
explorar meu corpo, me concentrei nos barulhos notando que a casa
estava vazia, nem os irmãos dele estavam ali.
Fênix maldita.
Capítulo 23 — Conde Drácula
— Cha Hyungwon —
Jooheon: Cala essa boca.
Hyungwon: PARA COM ISSO... — Me ajoelhei do lado dele, assim como Jin,
sua agonia estava me corroendo, Xiumin empurrou Yoongi, mas ele não
parou, então, Xiumin olhou para Hoseok, seus olhos ficaram
completamente negros, as veias de seu pescoço saltaram e eu arfei quando
Hoseok caiu imóvel no chão, sua boca sangrava, então Yoongi parou.
Yoongi: Devolva o que você pegou dele. — Ele olhou diretamente Xiumin
que estalou os dedos de má vontade e então Hoseok voltou ao normal. —
Você está bem? Deixe-me ver sua asa. — Ele virou o irmão de costas e
pude ver o rasgo em sua asa.
Kook: Jimin...
Jimin: Não torra Jeon... — Ele levantou e se aproximou dos dois, então
como passe de mágica, a asa voltou ao normal, como se nada tivesse
acontecido. — Podem se regenerar?
Chang: Não... Eu posso fazer Yoongi se regenerar se tocar seu peito, ele
pode me fazer regenerar se tocar meu peito. Agora... Chega com o
teatrinho, vamos falar sério. — Eles quatro riram.
Jooheon: Verdade.
Hoseok: Uma pena que acabou.
Xiumin: Teatrinho?
— Lu Han —
Sehun: Aish... — Sai andando para a sala e sentei no sofá. — Vai embora.
Sehun: Bem da sua raça matar por prazer. — Avancei nele no sofá e puxei o
cabelo dele.
Sehun: E você gosta. — Dei um tapa no rosto dele, que o fez virar, peguei
em seu rosto, o virei pra mim e ele me olhou mordendo os lábios. — Não
acredito que me apaixonei por você. — Chupei o pescoço dele várias vezes
e mordi o mesmo.
Senti o volume dele na minha bunda e mordi os lábios enquanto ele tirava
minha camisa, nos beijamos novamente, nossas línguas estavam em uma
completa briga por atenção, seu corpo frio era maravilhoso, lancei meus
braços em volta do pescoço dele e o mesmo apertou minha cocha com
força. Ele levantou e eu lancei minhas pernas em volta da cintura dele,
subimos as escadas aos beijos e quando chegamos no quarto, ele me jogou
na cama.
Luhan: Deixa eu tirar essa calça? — A calça dele era de cintura baixa, preta
de couro, dava para ver a barra da cueca preta e seu volume realçava ali,
ele parou na frente da cama e eu levantei para beijá-lo enquanto tirava a
calça dele, após isso, deitei na cama o puxando para ficar entre minhas
pernas.
Sehun: Chen e Hyungwon disseram que você é tão belo que usa isso como
arma. — Sorri.
Luhan: Nunca usei meus poderes com você, nenhum de vocês, acredite, se
eu usasse já teríamos transado.
Luhan: Estou... — Fiz biquinho e ele mordeu. Arfei quando ele apertou
minha bunda.
Luhan: Quando nasce... Ah... Isso é bom... Para. — Tirei a mão dele e ele
distribuiu beijos pelo meu pescoço.
Luhan: Eu sei...
Sehun: Desculpa...
Luhan: Drácula nasceu 1 ano D.C, a primeira aswang, minha vó, nasceu 100
anos D.C.
Luhan: Aham, então Drácula nasceu no ano 1, minha vó no ano 100, meu
pai no ano 350 e eu no ano 429.
Sehun: Continua.
Luhan: Drácula sabia do meu nascimento, afinal ele via o futuro... Ele só
não sabia o que eu era, mas ele sabia que eu seria... Amante do neto dele...
Luhan: Não... — Ele prensou seu corpo no meu e eu senti seu membro
tocar levemente o meu.
Luhan: Porque ele viu que eu nasceria... Como um simples humano, ele
queria alguém poderoso para seu neto... Então ele decidiu esperar o final
da gravidez, no nono mês de gestação, ele transformou minha mãe com a
autorização do meu pai... Transformou a mãe de Chang e Yoongi também,
ele queria que fossemos prósperos e não meros mortais, também com a
autorização do pai deles.
Sehun: Quem matou seus pais? Eles não se mataram, quem matou eles?
Luhan: Outros vampiros, mas... Não eram da sua espécie... Eram vampiros
indianos... Eu não sei o nome...
Luhan: Porque podemos matar elas com um estalar de dedos... Então elas
foram obrigadas a nos seguir e passaram a nos considerar como reis. Nos
aliamos aos lobisomens e houve a guerra contra as criaturas enviadas das
trevas e contra as trevas... No ano 1209 senti que você nasceu. — O puxei
para olhá-lo. — No ano 1283 sua mãe morreu, no ano 1483 seu pai e o
ancião morreram... No ano 1850 seu mundo foi destruído e você veio, no
ano 2014... — Ele sorriu. — Vocês nos chamaram, tudo como Drácula havia
previsto, desde o inicio... Quem preparou os três instrutores fora Drácula,
quem previu o nascimento de Kook e Jin foi Drácula... Está escrito, ele
deixou tudo escrito para o seu mentor... Meu anjo, seu mentor não era
vidente. — Ele me olhou pasmo. — Eu tenho uma cópia da história que o
próprio Drácula escreveu, ele deixou escrito uma conosco, os Valerius e
uma com Vlad, que foi passada para o ancião e finalmente chegou às mãos
do seu mentor.
Luhan: Seu mentor só sabia o que Drácula escreveu, ele escreveu as datas,
seu mentor seguiu a visão de Drácula, a visão que ele teve no ano... 35...
Seu mentor tinha poderes, mas o poder de ver o futuro ele nunca teve, ele
via o futuro da mesma forma que Jin vê... Drácula escreveu a primeira
aswang, a morte do primogênito, o primeiro vampiro transformado pela
mordida com poder no gene, o nascimento de Vlad, a transformação das
nossas mães, meu nascimento e dos meus irmãos, a morte dos nossos pais,
as criaturas que viriam nos matar, a revolta das aswangs, a morte dele e de
Martha, a guerra dos quatro cantos, o nascimento do ancião, a sua mãe, o
nascimento do mentor, seu nascimento e dos seus irmãos, a mãe de
Hyungwon e Chen, o pai deles, o nascimento deles, a morte dos pais, a
mãe de Jin e Kook, o nascimento deles, a destruição do seu mundo, a
chegada de vocês no nosso mundo, a destruição do portal, os monstros
que lhes atacariam, a união dos híbridos com vampiros, ele criou o basilisco
para vir na hora certa, escreveu sobre os poderes de Jin e Kook herdados
do pai, o amor de Xiumin e Chen, o amor de Wonho e Hyungwon, a luta
contra os Nachzehrer, criou a águia, escreveu sobre os pais de Mark e
Jimin, sobre os pais do BamBam e do Yugyeom, escreveu sobre Yugyeom
apanhar dos pais, o casamento dos pais de BamBam, Mark e Jimin, o amor
de Mark, Jimin, Jin e Kook, a morte de Yugyeom, a transformação no
hibrido, criou a fênix, escreveu nosso amor, sobre a destruição das trevas e
essa parte ele deixou em branco. — Mexi as mãos e fiz o pergaminho
aparecer, abri no final e mostrei. — Ele deixou para vocês, netos dele
escrever o que acontece depois da destruição das trevas... Ele sabia, mas
deixou vocês escreverem... Já ouviu o ditado “nada escapa os olhos de
Conde Drácula”? — Lancei meus braços em volta do pescoço dele e ele
assentiu sorrindo. — Não passa de verdades... Eu sabia de você desde que
nasci, eu sabia de tudo que ia acontecer porque ele nos contava enquanto
escrevia.
Sehun: Como sabe que nos contando agora eles não vão perder? — Sim,
meus irmãos a essa hora estariam contando isso para os outros.
Luhan: Mas eu acabei de dizer que Drácula sabe tudo... — Cruzei os braços.
— Não estava me ouvindo? Amor, ele viu que a gente contaria isso para
vocês quando o terceiro instrutor aparecesse... Aqui... — Indiquei o
desenho da fênix aparecendo e a gente no telhado. — Lê o que tem do
lado.
Sehun: “Dia 15 de outubro, as 03:20 da manhã, híbridos, vampiros, black
bloods, humanos e aswangs se encontrarão no telhado de tal residência,
vampiros farão o convite, aswangs irão aceitar apesar de utensílios, a fênix
surgira diante de seus olhos. Aswangs contarão a história apenas quando o
terceiro instrutor mostrar as suas lembranças.”
Sehun: Eu te amo.
Luhan: O pior é que eu já sabia disso... — Ele sorriu e rasgou minha cueca.
Luhan: Sehun... — Ele pegou minha mão que estava em seu membro e
prendeu no alto da minha cabeça.
Sehun: Sua mão é tão macia, podia ser tocado por você pelo resto da
minha existência... — Murmurou enquanto marcava cada parte do meu
corpo.
Luhan: Filho da... — Minha fala foi interrompida por um gemido, ele me
chupou tão maravilhosamente que eu agarrava os cabelos dele com força e
pedia por mais. Senti suas presas roçarem no meu membro e desci ao
inferno, literalmente, quando ele passou a língua na minha entrada, em
seguida voltou a chupar meu membro.
Luhan: Sehun...
Sehun: O que?
Luhan: Aham...
Luhan: Eu quero isso aqui... — Peguei no membro dele que estava bem
ereto, ele sorriu e tirou os dedos de dentro de mim, me penetrou com
força e eu soltei um pequeno gritinho. — Não precisava ser tão forte.
Sehun: Espera, todos os nossos encontros, até nossa briga na cozinha foi
fingimento?
Sehun: Você fica gostoso com a minha cueca. — Ele me apertou mais no
abraço e eu gemi baixinho, começou a distribuir mordidas pelo meu
pescoço e eu me curvei apoiando as mãos no colchão, rebolei em seu
membro varias vezes e sorri ao vê-lo gemer enquanto olhava meus
movimentos. Ele me puxou pela cintura colando nossos corpos e sussurrou
no meu ouvido. — Você fica mais gostoso ainda sem cueca. — Ouvi o
tecido ser rasgado e me poupei de perguntar, logo senti seu membro me
invadir, apoiei as mãos no colchão novamente e mordi os lábios o olhando.
As investidas ficaram mais rápidas e fortes, eu estava adorando, adorei
mais ainda quando ele atingiu minha próstata, sem forças para continuar
em pé, subi na cama e fiquei de quatro, ele continuou a estocar ali e o
quarto foi invadido por meus gemidos altos, muito altos. Levei a mão até o
meu membro que implorava por atenção e comecei uns movimentos, não
demorou para eu gozar, ele saiu de dentro de mim e me puxou para um
beijo.
Luhan: Senta ai, deixa eu te chupar. — Ele sorriu e sentou me puxando pela
cintura, fiquei de pé entre as pernas dele e o beijei sentindo sua mão
percorrer meu corpo. Fiquei de joelhos no chão e peguei seu membro com
a mão, passei a língua e chupei com vontade, o que não cabia eu o
masturbava. Senti sua mão em meu cabelo e ele jogou a cabeça para trás
enquanto gemia, puxou meu cabelo e eu sabia que estava quase
conseguindo o que eu queria, virei o rosto dele para mim e continuei o
chupando, ele mordia os lábios e tirava meu cabelo dos meus olhos, senti
seu membro pulsar e seu liquido jorrar na minha boca, tão doce que eu
chupei tudo enquanto ainda o masturbava, passei a língua na cabecinha e
fitei seu membro um tanto duro ainda, imaginei aquilo dentro de mim e
gemi só de imaginar.
Sehun: Ah... Não pensa essas coisas... — Ele me puxou, fiquei em pé e ele
saiu distribuindo beijos pelo meu corpo.
Luhan: Pensar o que? — Passei a mão nos cabelos que insistiam em voltar
para frente dos meus olhos.
Sehun: Está atiçando uma besta sexual? — Ele sorriu, o que mostrou as
presas.
Luhan: Estou.
Sehun: Vamos mais uma rodada pra você tirar essa vergonha. — Ri e liguei
o chuveiro.
Quando sai do banheiro, ele não estava ali, abri seu closet e peguei uma
cueca, quando vesti, caminhei até o andar de baixo, peguei minhas roupas
e subi. Fitei aquela calça preta apertadíssima e aquela camiseta branca, me
senti apertado só de me imaginar dentro dela.
Sehun: Veste uma roupa minha. — Ele beijou meu pescoço, senti pingos
molhados no mesmo e notei que seus cabelos estavam molhados. Ele me
entregou uma blusa branca de mangas compridas e que ficou super larga
em mim, fala sério, porque tão alto?
Luhan: Você já viu... — Tirei toda a roupa de cama, joguei no chão e sentei
no colchão com pernas de índio.
Sehun: De longe... — Tirei a camisa e fui mais para os pés da cama, ou elas
bateriam em algum lugar, são muito grandes. A sensação de algo
perfurando minha pele apareceu e aos poucos as asas foram saindo,
quando dei por mim, já estavam completamente para fora, abri as mesmas
e ele se aproximou, tocou uma delas e eu acabei mexendo a mesma com
seu toque. — Não dói?
Luhan: Já acostumei.
Sehun: Quanto?
Luhan: De uma ponta a outra? — Ele assentiu. — Aberta tem quase três
metros de largura e de altura cada uma deve ter... Sei lá, 0,80 centímetros.
Sehun: É pesada?
Sehun: Ah, para... Não fala isso... Vocês não são um erro, foram criados,
vocês seriam humanos, lembra? Mas foram criados para serem assim,
poderosos... O demônio eu tenho que concordar, todos nós somos, mas
vocês não são os demônios que acham que são, a aparência de vocês é
ótima... Gostei das asas. — Sorri e ele me deu um selinho.
Luhan: Safado!
Então, eu adormeci.
Capítulo 24 — Viagem
— Mark Tuan —
— ONDE É QUE VOCÊS TRÊS ESTÃO? MAS QUE MERDA, AVISEM QUANDO
FOR SAIR... PARK JIMIN, MARK TUAN E KUNPIMOOK BHUWAKUL VENHAM
PARA CASA AGORA! — Todos nos olhavam meio surpresos com a gritaria
da nossa mãe no telefone.
Mark: Mãe?
— MARK... — O lado ruim de estar num lugar com 13 pessoas com ótima
audição é que você não pode nem falar no celular, estava eu, BamBam e
Jimin ao redor do meu celular, o mesmo estava no meu ouvido.
Mark: Mãe se não disser o que houve, eu não vou pra casa.
— Meninos?
Mark: Sim.
— Onde é?
Mark: Ela nunca ligou pra isso, e eu mandei mensagem... Deixei um bilhete
na geladeira também... Eu deixei, né? — Eles dois assentiram.
BamBam: Não, claro que não... Ela deve estar... Estressada... — Ele mordeu
os lábios, ela nunca foi de se estressar e ele sabe disso.
— Que escola?
— Ah, não... O diretor ligou, mas... De qualquer forma não iriam hoje.
— Eu vou demorar uns minutos... — Ele foi interrompido por uma gritaria.
BamBam: Pai?
Jimin: Não se preocupem, vocês têm muito o que fazer, a gente se vê! —
Ele gritou enquanto corríamos em meio a trilha de terra. Quando
chegamos na rodovia, que por sinal demorou muito, corremos para o
ponto de ônibus, subimos no primeiro ônibus que passou e nem vimos qual
era.
BamBam fitava o nada e eu definitivamente estava surtando por dentro,
minha respiração descompensada, suando e estávamos de pijama,
pantufas e segurando roupões dentro de um ônibus.
Jimin: Calma... Acho que ela tem uma otima explicação pra isso. —
BamBam nos olhou, após longos minutos dentro daquele ônibus, nós
descemos e pedimos um táxi, chegamos em casa suados, ofegantes e
parecendo 3 mendigos.
— Filho!
BamBam: Não toca em mim. — Ele levantou a mão. — O que faz aqui? A
cadeia não fui suficiente pra você?
Ele não se parecia nada com ela, quando digo nada, é nada mesmo.
— Vim ver você. — Ele riu e saiu empurrando ela pra fora. Bateu a porta
com força e se recompôs.
[...]
Mark: Porque?
BamBam: Meu pai vai resolver umas coisas sobre a minha guarda.
Dia seguinte.
Mark: Sexo.
[...]
Jimin: A gente veio aqui para ficar trancado enquanto eles resolvem isso?
BamBam: Vamos... Vou mostrar a cidade... Antes que fique mais tarde.
Depois avisávamos.
Noite seguinte.
Ouvimos? Não, corremos para a rua e fomos atrás dos nossos pais.
[...]
Mark: Alô?
Mark: Não!
Mark: Está, depressa. — Correr no meio daquela gente era muito difícil.
Jimin: O quê? Mas você disse... — Ele falava no telefone com Yugyeom. —
Vamos pro final do metrô, andem. — Começamos a andar no meio daquela
gente e nos distanciamos da mulher que estava nos cheirando, ela nos
fitava de longe e eu nunca rezei tanto na minha vida, como eu rezei
naquele momento para aquela maldita porta abrir.
Jin: Tem três na rua de trás onde eles estão, vão dar a volta e aparecer na
frente, fala pra eles voltar.
Mark: Já ouvi...
Yugyeom: Ok... — Ele apertou um botão que deduzi que colocou no viva
voz. — Vocês têm algo de prata aí?
Wonho: Entrem nessa rua a direita. — Deduzi que ele estava nos vendo
pela névoa. — Estão vendo a vala entre duas paredes?
Mark: Sim.
Mark: Não olhem nos olhos dela, são tipo medusa da vida. — Eles
paralisaram.
Wonho: Quando saírem dessa vala, corram para a direita, os pais de vocês
não estão em casa, estão em um hotel, Kook ligou para sua mãe e a
manipulou... Luhan e seus irmãos estão indo para ai.
Respirei aliviado.
Tirei o celular do ouvido para correr mais rápido, eu estava por último,
aquela calça de couro não estava facilitando em nada, ainda bem que eu
estava de tênis, se não estaria mais que fodido. Jimin pode ser pequeno,
mas o pirralho corre, quem ser Usain Bolt perto de Jimin?
Eu nunca corri tanto na minha vida, meus pulmões já devem ter caído há
uns 4 quarteirões, quando finalmente viramos a rua de casa, eu respirei
aliviado e só aí corremos ainda mais rápido, Jimin abriu a porta e entramos
os três rapidamente, subimos as escadas, Jimin se enfiou dentro do guarda
roupa e eu e o Bamie debaixo da cama, estávamos na suíte do meu
padrasto.
— Kim Jongdae —
A ligação foi finalizada há um certo tempo, mas Jin nos disse que estavam
indo pra casa, nos afirmou que chegaram e Wonho pediu a névoa para
vermos uma das górgonas.
Wonho: Não, elas vão ouvir o toque do celular... Estão na rua deles.
Wonho: Se transformaram...
Sehun: Mas a casa toda tem cheiro deles, se ficarem quietos, elas não vão
encontrá-los, são péssimas nisso.
Xiumin: Não façam barulho... — Ele falou como se eles pudessem ouvir.
A górgona continuou farejando, como Jin disse, ela olhou debaixo da cama,
abriu o closet, revirou o quarto todo, travei a respiração quando ela foi até
a porta do banheiro, olhei a névoa dos dois e Mark ia gritar quando a viu
perto da pia, mas BamBam o prensou na parede e tapou a boca dele. As
cobras em sua cabeça estavam agitadas e eu torci mentalmente para que
nenhuma delas virassem para onde os dois estavam.
Jin: Ela vai sair... — Respirei aliviado, não tanto quando o celular do Jimin
pareceu tocar.
Sehun: Ele precisa sair dali... — Ele andava de um lado para o outro fitando
a névoa.
Mark: Faz alguma coisa... — Ele sussurrou, a voz saia na névoa como em
um vídeo. BamBam o empurrou mais para o lado, pegou o celular e refletiu
no espelho do quarto pela brecha da porta, na hora a górgona virou para
olhar, foi até o espelho do closet e entrou no mesmo, olhei Jimin e ele se
encolheu mais ainda.
Para o closet ela foi e no closet ficou, arfei quando as outras duas
apareceram na porta do quarto.
Xiumin: Merda... Onde está Luhan... — Ele estava sentado no meu colo e
senti seus músculos ficarem tensos.
Dito e feito, a porta foi arrancava com toda a força e Jimin rapidamente
fechou os olhos, ela o puxou pelo braço e as cobras começaram a tocar-lhe
o rosto, ele chorava, mas não abriu os olhos.
Xiumin: Ele está agitado... Está congelando a casa sem nem perceber.
Como se a onda de desgraça não estivesse ruim até demais, as duas do
banheiro olharam o espelho e viram BamBam e Mark, os puxaram para
fora e fizeram a mesma coisa que estava acontecendo com Jimin, as cobras
dos cabelos delas passeavam pelo rosto dos três, lágrimas desciam dos
olhos fechados e as górgonas os intimidavam com vozes sedutoras. A casa
começou a tremer e Jin nem pareceu notar, o mesmo não tirava os olhos
de Mark, senti uma onda quente passar por mim, Yugyeom estava ficando
nervoso e isso não era bom sinal, a casa estava tremendo e numa mistura
de quente e gelado, me senti no polo norte, mas ao mesmo tempo no
inferno.
— Um garoto tão bonito, deve ter olhos muito belos. — Falou com
BamBam.
Sehun: Eles vão abrir, elas têm esse poder, elas induzem a abrir...
Hyungwon: Não vão, são fortes... Só tem que aguentar mais um pouco.
Ouvi uma pancada no telhado e rezei para que fosse Luhan, ouvi mais
quatro pancadas, eram eles, só precisava aguentar mais um pouco. Como
se ouvisse minhas preces, ouvi outra pancada, senti mãos tocarem meu
rosto.
Yoongi: Pode abrir. — Abri os olhos e sem conter a emoção o abracei forte
sem me importar se o machucaria, chorei tanto.
Nem levantei o olhar para nada, logo a nuvem negra de Jooheon me tomou
por completo e eu só conseguia ouvir pancadas e gritos histéricos das
górgonas, apertei Yoongi e ele me empurrou para o lado, senti seus braços
em minha volta e escondi meu rosto em sua blusa.
Chang: Nos segue, Jooheon. — Como eles lutariam sem enxergar? Como se
pudesse ler minha mente, Yoongi respondeu que eles lutaram muitos anos
na escuridão.
Jimin: Onde você vai? — Perguntei desesperado e senti vultos do meu lado
quando ele me soltou.
Yoongi: Não vou sair de perto de você, só fique parado. — Ficar sem
enxergar era horrível, mas acho que ver aqueles monstros era pior ainda,
assenti relutante e senti ele se afastar de mim lentamente.
BamBam e Mark? Será que estão bem? Abri os olhos, porém ainda estava
sem visão, barulhos altos inundavam todo o quarto, vultos passavam por
mim e eu me encolhia. Quantas será que tem? Der repente um silêncio
perturbador se fez, dei passos para trás totalmente sem visão e esbarrei
em algo, gritei e abaixei no chão com as mãos na cabeça, preparado para
ser morto.
Mark: Jimin?
Yoongi: Calma, sou eu. — O abracei e então pude ver os outros quatro,
olhei em volta e o quarto estava uma completa bagunça. — Vamos
arrumar isso e... Quando vão embora?
[...]
Chang: Durmam...
Dia seguinte.
Chang: Nos vemos lá. — Eles pularam a janela e nós descemos as escadas
rapidamente.
[...]
Chen: Deixa eu cuidar dele... Kook... Preciso tirar o veneno... Eu vou cuidar
dele, eu prometo. — Lentamente ele me soltou, mas não saiu de perto de
mim, Chen me conduziu até o braço do sofá e pediu para eu sentar. —
Segure minha cintura e mantenha o braço levemente esticado. — Assenti e
ele me olhou com dó. — Pode doer... — Ele nem terminou e eu já comecei
a chorar de novo, senti braços me envolverem, me levantando, sentando
no braço do sofá e fazendo eu sentar em seu colo.
Kook: Ei... Olha pra mim... Só pra mim, está bem? — Assenti e logo senti as
presas do Chen em meu braço, gritei de agonia e escondi meu rosto no
pescoço do Kook. Aquilo era terrível, sentia meu sangue sendo sugado,
suas presas perfuravam o machucado, os segundos nunca passaram tão
vagarosamente, quando ele parou, Xiumin se aproximou com uma caixa de
primeiros socorros. Chen começou a cuidar dos machucados e quando
chegou na parte de suturar, eu já estava um pouco mais calmo.
Chen: Fomos criados para suportar muitas coisas, veneno de górgona pode
ser letal para muitas criaturas, mas não para nós... O bom é que o veneno
demora para fazer efeito, ou já estaria morto. — Suas mãos passeavam
pelo meu braço tão delicadamente que às vezes me esquecia que ele
estava suturando.
Jimin: Sério? — Ele assentiu. — Porque não vivem com a alcatéia de vocês?
Chen: Não é exatamente nossa alcatéia... Não vivemos com eles porque
somos diferentes, híbridos e lobisomens não costumam ficar muito no
mesmo local, quer dizer, eu e Won pensamos dessa maneira.
— Sabem que são bem vindos a alcatéia, Jaebum não se importa com suas
outras metades.
Chen: Mas nós nos importamos. — Seus olhos transmitiam tanta dor, era
impossível saber o que ele ou Won pensam.
Kook: Jimin...
[...]
Luhan: Temos um humor difícil. — Ele murmurou para mim após ver minha
cara de confusão / bunda. — Às vezes a gente quer nossa alma a trinta
quilômetros, às vezes nossa alma nos dá náuseas, mas tem vez que
queremos ficar grudados.
Luhan: Isso, nossa sorte é que eu, Chang e Hobi fica no começo do mês,
Yoongi e Honey no final. — Olhei Hobi que estava distante de Yoongi, o
mesmo estava com um bico enorme.
Luhan: Não, veja... — Ele indicou Honey falando com Hobi, que estava
prestes a chutar o irmão dali.
Luhan: Obrigado.
Jimin: Esses gritos... É de aswangs? — Ele olhou para mim, eu estava com a
cabeça em seu ombro, de frente para ele, o mesmo estava com os braços
em volta da minha cintura.
Kook: Uhum...
[...]
Jin: Porque eu fui bloqueado pelas trevas, não consegui ver o futuro de
vocês... Só depois que elas os acharam.
Yugyeom: Sim...
— Oh Sehun —
Luhan: Sehun... — Ouvi seu chamado manhoso e parei o que estava
fazendo, ou seja, o lanche do Kook e do Jin. — Você não me ama mais?
Sehun: Oi?
Luhan: Você não fala comigo direito desde a transa, foi tão ruim assim? —
Ele estava tão dengoso.
Chen: Então... Eles têm poderes no gene humano? — A fênix estava bem
há meia hora os analisando.
— Não façam.
— É perigoso...
O que?
— Eles têm muito desejo... Não tanto quanto vampiros, mas têm, não seria
saudável para eles, não agora no meio de uma guerra.
— Agora.
— A guerra não será aqui... — Ela olhou para mim, Xiumin e Wonho. —
Será no mundo de vocês... Deduzo que vocês têm três dias, mais ou menos
isso.
Chen: Como eles vão voltar para o mundo deles, não tem mais o portal.
— Ah, tem sim, eles sabem como reconstruir... Afinal, são descendentes de
Conde Drácula, quem fez o portal pela primeira vez.
Hyungwon: Sabem?
Sehun: Sabemos...
“Deve ter algo nos livros do nosso pai e do nosso avô.” — Wonho.
[...]
Sehun: Estou quase lá... — Abri um pergaminho do meu pai, ele pousou a
mão sobre a minha e virou a cadeira, sentou no meu colo, então beijou
meu pescoço.
Luhan: Não está não... Vamos, eu trouxe pra você. — Ele estendeu um
copo de café que deduzi ter sangue, pelo cheiro.
Sehun: Não estou com sede.
Sehun: Por quê? — Distribui beijos pelo pescoço dele que suspirou
puxando levemente meu cabelo.
Luhan: Se não vai resultar na gente naquela cama transando. — Ele olhou
para a cama, chupei seu pescoço, pousei minha mão em seu membro e
sorri ao sentir como ele estava.
Sehun: Bem que você quer... — Ele se remexeu em meu colo, me fazendo
ficar um pouco excitado. Seus pensamentos não estavam nada puros e
aquilo estava me deixando louco, ele estava pensando em coisas tão
pervertidas. — Para de pensar essas coisas... — Mordi seu pescoço
enquanto o acariciava, ele puxou todo ar possível pela boca e gemeu
baixinho.
Luhan: Parece que vou transar com você e com eles. — Ri e neguei.
Luhan: Mas não a ponto de procriar na outra forma... Posso mudar para a
forma de uma mulher e engravidar.
Sehun: Se toca pra mim, vai. — Peguei a mão dele, tirei seu membro pra
fora e o conduzi até o mesmo, ele fez movimentos lentos sobre o membro
e eu o fitei mordendo os lábios, colou seus lábios em meu ouvido e gemeu
ali. Minha boca estava implorando para chupá-lo, mas vê-lo se tocando e
ainda gemendo no meu ouvido estava tão maravilhoso. Ouvi um gemido
mais fininho que os demais e ele gozou, peguei em seu membro enquanto
olhava sua cabeça levemente para trás. Selei nossos lábios enquanto ele
controlava a respiração. — Senta aqui... — Indiquei a mesa e afastei
algumas coisas, ele sentou e eu me encaixei entre suas pernas, passei a
língua em seu membro e ele gemeu.
— Kim Jongdae —
Chen: Talvez seja a coisa mais óbvia e vocês estão aí procurando em livros.
— Sentei em seu colo e olhei uma das folhas.
Chen: Tipo esses anéis que vocês usam... — Indiquei o anel de ouro, era
uma caveira que pegava o dedo todo e o envolvia, era lindo.
Chen: E se foi passado do Conde para o seu pai dar a vocês? — Ele pareceu
pensar, fitou os livros e acariciou minhas costas.
Chen: ‘Ta bom amor, é só um anel. — Dei um selinho nele e caminhei para
o banheiro, quando voltei, ele não estava mais lá.
Xiumin: Tem razão, deve ser o anel. — Não me assustei porque o ouvi
chegar, às vezes fico com dó de Jimin, BamBam e Mark, devem se assustar
o tempo todo. — Ele voltou para a escrivaninha e eu deitei na cama o
observando. — Acho que só precisamos murmurar as palavras.
Chen: Vem cá... — Sentei e ele parou entre minhas pernas, abaixei a barra
da cueca e fitei aquelas letras. — Que língua é essa?
Chen: Tem mais? — Ele assentiu e seu pescoço foi totalmente coberto por
uma tatuagem, na verdade, várias, o deixava com um ar tão gótico e lindo,
mais algumas apareceram na barra da cueca e eu mordi os lábios. — Acho
sexy.
Olhando a frase de cada um, pude ver que estava meio que relacionado
aos poderes deles.
2 dias depois.
— Jeon Jungkook —
Kook: Eles precisam ir?
Kook: Não está escrito se alguém morre, e se o Conde viu que alguém
morreria e não escreveu? — Entrei em desespero.
Jin: Como assim, úteis, o que tem do outro lado, está tudo morto, não
está? — Eles se olharam. — Omma?
Hyungwon: Não, Jin... Não está tudo morto, o mundo deles foi tomado.
Kook: Não vamos, por favor, a gente pode ficar, a gente pode viver sem
precisar fazer isso...
Chang: Sinto muito, pirralho... Mas, temos certeza que voltarão vivos... —
Aquilo não me tranquilizou em nada.
Jimin: Mas...
Yoongi: Não olhem e não parem de correr até estarem desse lado de novo.
Jin: Vamos correr juntos, né? — Eles se calaram. — Não, não, não...
Xiumin: Ok...
Xiumin: Do quê?
Kook: Hobi disse uma vez que não se deve confiar na promessa de um
vampiro... Prometam, aswangs e híbridos, prometam vocês. — Eles não
falaram nada.
Passei meu olhar por todos ali, Chang dava um selinho em Honey, em
seguida o abraçou, entrelaçaram os dedos e colaram as testas. Luhan
pegou na mão do Sehun e deu um selinho nele, Chen abraçou Xiumin,
Hyungwon deu um selinho em Wonho, Yoongi entrelaçou os dedos com
Hobi e Yugyeom depositou um selar na cabeça do BamBam.
Estavam se despedindo.
Capítulo 26 — Reino das trevas
— Mark Tuan —
Sehun: Uma pena não podermos testar sua outra parte, teríamos um filho
lindo. — Eles sorriram e deram um selinho.
Yoongi: Nos primeiros 100 anos estava cansado de viver, mas depois de
você, até que eu aprendi a gostar. — Eles sorriram e Yoongi deu um beijo
na cabeça dele.
Xiumin: E Aí pulguento, pronto pra briga? — Sorri e quando vi, meus olhos
já estavam cheios de lágrimas, a fênix falava com Kook e Jin, BamBam e
Jimin estavam do meu lado olhando eles também.
Chang: Qual é, pensei que fossem mais fortes que isso, parecem três
bebês.
Wonho: Usei a névoa para ouvirem aquilo que queria, na verdade Jooheon
disse “Ok, ficaremos”.
Jin: Vamos? — Ele estendeu a mão para mim, entrelacei nossos dedos e
fomos logo atrás de Chen e Hyungwon na forma de lobo, saltamos sobre o
portal, me senti despencando no vazio, agarrei o pescoço de Jin e
realmente eu estava despencando, prestes a atingir o chão, ele me pegou
no colo, parando em pé, assim como Chen e Hyungwon, os outros posaram
um por um ao nosso lado, quando todos estavam ali, os três vampiros
estalaram os dedos e o portal fechou acima de nós, no céu, os olhei e eles
estavam um tanto diferentes, tatuagens cobriam suas peles, seus olhos em
um vermelho vinho e brilhoso, as presas a mostra, diversos colares, anéis e
pulseiras que iam desde caveiras, a cruzes e uma pequena fumacinha
vermelha passeava em volta deles.
Kook: E todo mundo vive no final? — Eles apenas sorriram e meu coração
apertou.
Chen parou, e por intuito, todo mundo parou, os três lobos ficaram em
círculo, um de costas para o outro, olhavam em volta, mas eu não vi nada,
as orelhas estavam agitadas, mas eu também não ouvia nada.
Jin: Há muitas coisas aqui nesse mundo, foi tomado... Um feitiço foi
lançado aqui e vampiros perdem seus ótimos sentidos, ficam como
sentidos de humanos, visão, audição e olfato, fora que os poderes estão
reduzidos... Por isso ela disse que eles seriam muito úteis... Já que os super
sentidos são da nossa metade vampiro, eu, Kook e os aswangs também
está bloqueado, como o lobo também tem super sentidos, eles foram
bloqueados apenas no lado vampiro, o lado lobisomem está intacto.
Ao longo do caminho, um dos três lançava uma flecha em algum lugar, até
agora só nos deparamos com seis zumbis, isso é ótimo, que continue assim.
Os lobos nos serviam como alerta e isso era de certo modo, tranquilizador.
Os três pararam novamente, dessa vez, seguiram caminhos diferentes, em
seguida, voltaram, cada um com mais dois corpos, fechei os olhos e abracei
Jin de frente.
Xiumin: Não mais... — Os três mexeram uma mão e uma luz irradiou delas,
como pequenas lanternas.
Olhei restos de pele no meu braço e sacudi em nojo fazendo sons de “tira,
tira, tira” aquilo fedia e me dava repugnância, tanto que virei pro lado
rapidamente e vomitei tudo que eu tinha comido. Jin ainda estava coberto
em chamas, ateava fogo ao redor dele e os zumbis continuavam andando
em volta de chamas. Após matarem todos, Kook abraçou Jin, que voltou ao
normal, suas roupas intactas.
Jin: Foi mal, achei que ele ia te morder. — Ele me olhou, eu ainda estava
escondido atrás do Xiumin.
— Park Jimin —
Jimin: Esse lugar me dá arrepios.
Jimin: Uma floresta de zumbis... Nem The Walking Dead é tão assustador
assim.
Jimin: Uma série, quem sabe a gente não assiste. — Sorri, mas logo parei
com o cheiro de coisa morta e pés se arrastando. — Esse cheiro é horrível.
— Paramos e os lobos ficaram em alerta.
Deles quem?
Dei passos para trás sem nem saber onde ia, estava totalmente em pânico,
foi aí que eu tropecei, pensei que essas coisas só aconteciam em filmes,
sempre tem um trouxa que tropeça e cai, nesse caso, o trouxa sou eu, caí e
gritei, chorei quando vários vieram pra cima de mim, me arrastei para trás
e chamei a minha mãe, para vocês terem uma ideia do pânico, eu chamei a
minha mãe.
Os outros estavam tão ocupados, continuei indo para trás quando eles
viam, tropeçavam em mim e caiam, chutei alguns e entrei totalmente em
pânico, então uma luz, vulgo BamBam e Mark saíram chutando eles de
cima de mim, mas parece que quanto mais rezávamos, mais zumbis
apareciam, fomos cercados, separados dos outros, eu chorei de pânico
enquanto vinham pra cima de nós, comecei a chacoalhar as mãos e dar
pulinhos de desespero.
É a minha deixa, adeus mundo, tapei os olhos e esperei ser comido. Eu nem
podia mais ver os outros, nos separamos e isso não é nada bom.
Jimin: Que bota? Eu tô de meia... Não me solta por favor. — Olhei em volta
e eu não podia ver os outros, a gente estava completamente cercado.
BamBam: A outra bota... — Tirei a bota, mas meu outro pé, cujo estava de
meia já, ainda estava sendo segurado e eles tentavam morder, aqueles
barulhos que eles faziam com a boca estava me enlouquecendo, sai
chutando tudo quanto foi cabeça ali e consegui sair, terminei de subir e
sentamos nos galhos, encolhidos. — Isso não parece um bom jeito de
morrer. — Olhamos o bando abaixo de nós, tinha pelo menos uns vinte que
logo foram massacrados pelos outros, Kook estendeu os braços para mim,
mas eu não ia descer dali nem fodendo, então vi que Mark e BamBam
também não queriam descer.
Mark: Eu quero ir pra casa... A gente podia ‘ta no cinema agora... Vendo
zumbis na tela grande, não aqui...
Jin: Meu anjo, a gente vai pra casa, por favor, desce.
Mark: Não...
Kook: Amor... Me perdoa, eu não vou mais me afastar de você, vem pra
mim, por favor. — Neguei.
BamBam: Não...
Kook: Desculpa.
Jimin: Sexo ainda parece algo ruim pra você? — Ele riu.
Xiumin: Segure firme. — Chen assentiu, ele estava abraçado ao Xiumin que
levantou vôo. Hyungwon abraçou Wonho, Yugyeom abraçou Sehun e
Chang me olhou.
Jimin: Porque vocês não levaram os lobos? Não era mais fácil?
Chang: Vampiros são mais fortes... Lobos pesam e muito, mesmo na forma
humana. — Ele pousou e me colocou no chão delicadamente, aos poucos
todos já estavam ali, olhei em volta e parecia que estávamos em um reino
medieval destruído, corpos pendurados, que deduzi ser de vampiros, ossos
espalhados, manchas de sangue, cinzas, membros de vampiros e outras
criaturas, eu tentei imaginar como era esse lugar antes.
Estava mais para reino das trevas, olhei um corpo de uma mulher
pendurado, era vampira, ela estava com os braços abertos, abracei Kook e
passamos direto por ela. Era tudo negro e em um aspecto sombrio, vire
mexe pisávamos em ossos ou coisas do tipo, foi quando os lobos pararam,
as orelhas mexendo freneticamente e farejavam o ar, olhei em volta, mas
não sentia, nem ouvia nada a não ser o silêncio perturbador. Ouvi vozes,
parecia ser de espíritos, clamavam suas dores e choramingavam, procurei
de onde vinha, mas parecia vir de todo lugar.
Wonho: Não tem nada ali, Jimin. — Eles voltaram a andar, Kook me puxou,
mas eu continuava olhando.
Tinha alguém ali.
Jimin: Amor, tinha alguém ali... Andando de quatro e bem rente ao chão.
Kook: Você está com medo, deve ter visto coisas... — Assenti nada
convencido disso.
Andamos por muito tempo, eu ainda sentia que tinha alguém nos
acompanhando, naquele momento, nem os espíritos falavam mais,
entramos em uma parte mais sombria ainda, olhei em volta e vi dois olhos
na escuridão.
Sehun mirou o arco e flecha em um ponto que pra mim não tinha nada,
mas assim que ele disparou, um grito agudo ecoou e eu tive que tampar
meus ouvidos de tão histérico, o corpo caiu e logo virou pó.
Kook: Demônios das sombras... Shi... Não se mexa, não sabem que são
humanos... — Ele sussurrou, me puxou pela cintura para mais perto e
olhou em volta.
Hyungwon: Vamos, não vão fazer nada enquanto houver luz. — Voltamos a
andar, mas sabia que eles estavam nos seguindo pela parte que não havia
luz.
Wonho: Não temos muito tempo, cinco minutos... Meus poderes estão
limitados aqui.
Xiumin: Não sabem que são humanos, mas vão saber quando a luz
apagar... Fiquem no meio. — Assentimos, passado os cinco minutos, as
luzes foram enfraquecendo aos poucos, até que ficamos em completa
escuridão, ouvi sons de coisa rastejando e vi vários vindo para cima de nós,
eles abatiam facilmente todos, mas eu estava com a impressão de que
aquilo não ia ser o suficiente. — Vamos ter que correr.
Sehun: Quando eu der o sinal, corram para lá, a uns dois quarteirões vai ter
uma estrutura, subam nela... — Assentimos. — Não parem de correr... Eles
querem vocês... Estaremos bem atrás de vocês. — Assentimos e ele nos
olhou enquanto os outros ainda lutavam com aqueles demônios.
Esperamos ele dar o sinal, ele olhava em volta, parecendo esperar o
melhor momento. — Agora...
Eu corri tanto que nem olhei se BamBam e Mark estavam atrás de mim,
mas ouvia os passos rápidos deles, então deduzi que estavam, não me
atrevi a olhar para trás, pois sabia que tinha alguns atrás de nós e iam
acabar nos alcançando.
Mark: Já posso participar das corridas das olimpíadas. — Ele corria do meu
lado.
BamBam: Só você? — Chegamos na estrutura que Sehun falou, escalamos
a mesma com a faca e entramos em uma espécie de buraco, era bem
grande. Ficamos de pé olhando para baixo e notei que estavam escalando a
estrutura.
Olhei em volta, mas os outros não estavam nos seguindo, cadê eles?
Mark: Ok, agora vamos ter que aprender a usar isso. — Ele indicou a faca,
tirou a blusa de frio e amarrou na cintura, passei a mão nos cabelos tirando
dos olhos e enfim, eles nos alcançaram, eu chutei, usei a faca parecendo
que eu estava cortando um pão, usei as mãos, mas muitos mais chegavam.
Eu achei que estava bem, mas estava enganado, Mark foi puxado para trás
com tanta força que ele despencou metros abaixo de nós, pensei que ele ia
continuar despencando, mas ele agarrou na beirada e ficou pendurado,
nos inclinamos para olhar e ele estava com as mãos sangrando.
Mark: Aham... — Olhei para baixo, além dele e vários demônios subiam na
direção do mesmo, entrei em pânico. — O que? Que foi? — Ele olhou para
baixo. — Ai MEU DEUS. — Eu e BamBam começamos a descer
cautelosamente, quando não tinha mais como descer, me debrucei sobre a
pilastra que eu estava, enquanto BamBam mantinha os demônios longe
com o fogo, me estiquei e ele soltou uma mão da pilastra, se esticou e
agarrou minha mão.
Não me lembro dele ser tão pesado.
Jimin: Segura com força... — A outra mão dele escorregou, minha mão
ficou cheia de sangue, ele agarrou minhas mãos com as duas mãos e ficou
pendurado centímetros acima da onde ele estava segurando. — Não solta,
Mark. — Fiz força para puxá-lo, mas algo agarrou sua perna e ele gritou.
Mark: Eu ia pedir para não me soltarem... Mas acho que nem tem como. —
Ele fez um semblante de dor.
BamBam: Segura essa merda, Mark... Se você soltar, eu vou ficar muito
puto.
Jimin: Chuta eles... — Ele usou a outra perna, mas mesmo assim, os
demônios não soltavam. — Usa o fogo...
Mark: Desculpa...
Jimin: MARK!
Capítulo 27 — Lago
Jimin: Mãe? Fomos ao cinema e o Mark morreu engasgado com a pipoca.
— Mark Tuan —
Eu despenquei em uma horda de demônios, gritei e tentei agarrar em algo,
mas foi em vão. Fechei os olhos e esperei atingir o chão, entretanto, braços
me envolveram rapidamente, respirei aliviado.
Jin: Amor? — Ele juntou nossas testas, eu não conseguia nem manter meus
olhos abertos. — Me perdoa... — Senti gotas de água atingir minha pele,
abri os olhos lentamente e ele estava chorando, levei minha mão trêmula
até seu rosto e enxuguei.
Mark: Jimin...
Jimin: Agora meu irmão morto vai me perseguir, porque é culpa minha,
você sabe disso, certo BamBam? — Ele não parava de chorar. — Porque eu
o soltei, agora eu vou ser condenado que nem aqueles espíritos, vou ficar
vagando pela terra e choramingando... Ai droga, meu irmão morreu.
Jimin: Eu estou ouvindo a voz dele, você está ouvindo a voz dele? BamBam,
você tem noção do que acabou de acontecer? — Ele estava deitado de
barriga para cima, ainda de olhos fechados e ainda chorando. — Mano,
meu irmão morreu e eu não posso nem levar o corpo dele, porque a essa
hora não deve ter nem osso mais... Eu podia ter morrido no lugar dele,
porque eu não morri? Droga, ele nem me ensinou como fingir um desmaio,
seria útil para quando nossa mãe perguntar onde ele está.
Jimin: Agora eu estou ouvindo a voz dele, ele me disse que está vivo, será
que ele virou um daqueles espíritos? Você ‘ta ouvindo isso, BamBam?
Jimin: Céus, você também enlouqueceu... Vamos todos morrer, eu, você...
E nossa mãe vai achar que ganhamos na loteria e fugimos com o dinheiro.
Mark: JIMIN ABRE A PORRA DESSES OLHOS. — Ele abriu, deu um pulo do
chão e todos começaram a rir, ele veio até mim.
Jimin: Você ‘ta vivo? — Ele começou a me “examinar” — Meu irmão ‘ta
vivo. — Ele me abraçou.
Mark: Pega leve, estou machucado. — Ri e ele fez foi me apertar mais no
abraço.
Eu apaguei.
— Park Jimin —
Chen e Hyungwon começaram a tratar o ferimento, suas mãos passeavam
pela perna enquanto eles limpavam, então Hyungwon se transformou,
Chen virou a perna do Mark um pouco e Hyungwon começou a lamber a
ferida. Seria repugnante, mas eu não conseguia desviar o olhar, ele lambeu
todo o machucado, quando terminou, Chen deu batidinhas em sua cabeça,
o lobo deitou com a cabeça sobre as patas e olhou Chen terminar de cuidar
do ferimento, quando ele acabou, ouvi um estalo, ele estava colocando o
osso no lugar, enfaixou a perna, deu um antibiótico ao Mark, deu água e
tirou uma colcha macia da mochila, abriu no chão, colocou Mark deitado,
trocou a calça, cobriu ele com uma coberta fina, colocou a cabeça sobre a
mochila e nos olhou.
Chen: Vamos ficar aqui, ele vai dormir por um bom tempo, está fraco. —
Os outros assentiram, ele começou a tratar os ferimentos das mãos.
Quando terminou, sentou ao lado do Xiumin.
Kook: Demais...
Chen: Vem, Jimin... — Levantei e sentei entre as pernas dele, não demorou
muito para eu estar aquecido, BamBam estava dormindo entre o Yugyeom,
com a cabeça em seu ombro, eu não conseguia dormir, parece que só
agora caiu a ficha que realmente podemos morrer.
Wonho: Vocês não vão morrer. — Dito isso, não demorou muito para Kook
e Jin dormirem nos braços de Luhan e Hobi.
Sehun: Vão chegar do outro lado com vida... — Ele amolava a adaga com
uma pedra, enquanto Xiumin limpava uma estaca.
Wonho: Um pouco.
Jimin: Como?
No meio da noite, ou do dia, sei lá, Mark acordou, ele disse que já estava
bem para continuarmos, insistimos para ele descansar mais, porém, Mark é
teimoso e disse que deveríamos continuar o mais rápido possível. Ele se
apoiou em Yugyeom e assim tomamos nosso caminho.
Nós chegamos a uma parte um tanto mais clara que as demais, o estranho
era que os postes estavam com luz, ouvi Hyungwon murmurar para Chen e
Yugyeom ficarem em alerta, caminhei entre Yugyeom e Kook, quando eles
pararam, Yugyeom fez Mark se apoiar em Kook, pegou a adaga e a estaca
presas na roupa.
Yugyeom: Estou?
Tinha fios ralos na cabeça, olhos grandes e com veias pulsantes, usavam
apenas uma tanguinha. Dentes pontiagudos e encardidos, língua
extremamente comprida, corpo esquelético, cinzento, garras, já dá pra ter
uma ideia de que são desprovidos de qualquer beleza, né? A cena a seguir
foi repugnante, Chen apertou tanto o pescoço que ele começou a sangrar,
então as veias estouraram e foi sangue negro para tudo quanto foi lado.
Chen: Hm... Não... Tentem de novo. — Dessa vez foi com Hyungwon, ele
estava agachado no chão, eu não vi nada, mas ele simplesmente deu um
mortal para trás atingindo algo que caiu, tremeluziu e apareceu, então ele
fincou a estaca na boca da criatura. — Só sabem fazer isso?
— Nós não gostamos de lobos, lobos são poderosos, lobos nos matam.
— Anjos do submundo.
A vida é dessas.
Andamos bastante, as luzes foram ficando cada vez mais distante e nos
encontramos de novo na escuridão, tratei de ficar perto do Kook enquanto
olhava cada canto daquele lugar.
Jimin: Uhum... — O abracei e dei um selinho nele. — Será que falta muito?
Kook: Sim, é como seu mundo antigamente, na era dos reinos, essas coisas.
Jimin: Não tinha metade vampiro e metade outra coisa? — Ele negou.
Luhan: Muitas criaturas tem medo dos lobos, preferem manter distância.
Chang: Acho que as trevas não esperavam por eles. — Yugyeom abaixou e
colocou Mark sentado no chão, em seguida levantou e pegou a estaca,
olhei em volta, Kook e Jin sumiram, ouvi patinhas batendo no chão, olhei
para um ponto aleatório e vi dois, quatro, vários olhos, então 5 aranhas
gigantes surgiram, mas não eram aranhas comuns, pareciam ser...
Deformadas, sei lá. Elas mantiveram distância quando viram Chen,
Hyungwon e Yugyeom.
Wonho: Isso é... Ótimo. — Todos sentamos no chão, apenas os três ficaram
de pé.
— Primeiro os ovos.
Claro que ela queria eles, são pesados e não voam, a estrutura vai cair com
o peso deles.
Yugyeom: E se falharmos?
— Não somos idiotas, sabemos que podem morrer por uma estaca
também.
Xiumin: Pulem...
Mark: Dois fica em baixo, um corre e os dois o lançam para cima, pega um
ovo de cada vez e desce.
Eles voltaram a conversar entre si, ouvi coisas como “quem é mais leve” e
“quem é mais baixo”, por fim, ficou que Chen iria pular e Yugyeom e
Hyungwon iriam lançá-lo para cima. Eles se posicionaram perto da
estrutura.
Eu não vi nada além de um vulto, só vi na hora que ele pulou sobre as mãos
de Yugyeom e Hyungwon, ambos o lançaram para cima com tanta força
que ele passou da estrutura, quando estava caindo, pegou um ovo
significativamente grande, despencou com muita velocidade, mas
Hyungwon o apanhou.
— Foi mal... — Ele colocou o ovo no chão e fez todo o processo de novo.
[...]
Luhan: Não podia ter deixado eles no chão? — A aranha não respondeu,
Luh e Honey buscaram os dois e a aranha assentiu.
— Eu sei...
BamBam: Simples, vamos saber agora se tem algo aí dentro... — Ele pegou
uma pedra grande e jogou longe.
Nada aconteceu.
Jin: Como é?
Mark: Faça o que estou dizendo. — Jin tirou as luvas e suas mãos logo
pegaram fogo. — Um de vocês, voe com ele pelo lago. — Hobi fez as asas
aparecerem.
Luhan: Não, é melhor eu, por causa do escudo, assim não vou me queimar.
— Hobi assentiu e Luhan levantou vôo, pegou Jin pela cintura e sobrevoou
a água, Jin colocava fogo na mesma em certos pontos, por fim eles
voltaram.
Jin: Sim.
Xiumin: E...?
Mark: É carnívoro?
BamBam: Não, não Mark, não podemos passar porque senão ele vai querer
que jantemos alface com ele. — Os outros riram e Mark fez uma careta.
Jimin: Deve ter um jeito de passar... Outro caminho? Ou sei lá, matem ele.
Wonho: Não temos poder de matá-lo, ele se afasta se tiver uma explosão,
bem perto dele... — Olhamos Jin e Kook.
Kook: O quê?
Yoongi: Porque eles teriam que entrar na água... Seriam mortos antes
mesmo de tentarem.
Chen: Tem serpentes marinhas, não tem só o monstro... Meninos, não tem
jeito.
O que sugerimos? Como assim? Eles que tinham que ter ideias.
Capítulo 28 — Castelo
— Mark Tuan —
Mark: Eu não tive minha perna estraçalhada por um demônio para vocês
chegarem aqui e falarem que não tem jeito.
Xiumin: Oi?
Jimin: A fênix disse que os ajudamos a controlar o que não podem, então
vamos entrar e ajudar eles a fazer a explosão. — Me apoiei em Yugyeom e
comecei a tirar minha roupa, Kook e Jin deram de ombros e começaram a
tirar também.
Jin: Se não der certo vamos morrer mesmo. — Deu de ombros e quando
ele tirou a blusa e a camisa, meu queixo caiu. — Aigoo, para de me olhar
assim. — Ri e desviei o olhar.
Jimin: Vamos nadar até... Sei lá, esperar ele aparecer, ou acordamos ele,
vocês o distraem aqui em cima para chegarmos perto o suficiente e
criarmos a explosão, alguma pergunta? — Ninguém respondeu e ele
simplesmente mergulhou.
Nadamos por certo tempo, então eles indicaram para ficarmos atrás das
pedras, mas eu já estava ficando sem oxigênio, como eu queria ser um
deles dois para não ter problema com respiração. Jin notou meu
desconforto e me puxou delicadamente, selou nossos lábios e me passou
ar. Ele se afastou e eu fiz sinal de ok, o mesmo olhou minha perna, olhei o
curativo e ele estava intacto.
“Acordá-lo” — Mark.
“Sim” — Mark.
Kook fitou Jimin por alguns minutos, então Jimin começou a mudar de
forma, no lugar dos pés, uma cauda grande verde metálica começou a
aparecer, jóias marinhas decoravam seu corpo e a cauda tinha um tom
brilhante, indiquei Jimin e depois a mim, Jin entendeu finalmente. Aos
poucos minhas pernas se transformaram em uma cauda azul metálica,
brânquias surgiram em alguns pontos, jóias apareceram em meu pescoço e
braços. Em alguns pontos da minha pele, apareceram alguns detalhes em
azul, assim como Jimin. Pude respirar debaixo da água, olhei Jimin e ele
estava com uma pequena coroa na cabeça, toquei minha cabeça e estava
do mesmo jeito. Virei para Jin e fiz gestos novamente.
Indiquei ele, e fiz uma boquinha de peixe, ele pareceu entender então se
transformou em um peixinho, mas ele entendeu errado, balancei as mãos
negativamente, fiz sinal de peixe e indiquei algo maior. Ele nadou indicando
que entendeu e se transformou em uma baleia filhote, o olhei com tédio e
balancei a mão negativamente. Fiz sinal do peixe e indiquei um bico
comprido, ele balançou para cima e para baixo, em seguida se transformou
em um peixe espada.
Boto, porque ele se transformou no boto? Enfim, ele estava rosa, como o
boto.
Toquei a pele de Jin e ele nadou um pouco para o meu lado, peguei na sua
barbatana de cima e segurei com firmeza, após fazer um sinal de ok com
Jimin que estava preparado já, Jin disparou em direção ao monstro que se
mexeu significativamente, então ele abriu o olho, focou diretamente em
nós dois, Jin nadou chamando a atenção dele enquanto Kook estava do
outro lado com Jimin, o monstro não pareceu notá-lo.
Então ele ergueu a enorme cabeça, aos poucos foi se erguendo, ele parecia
ter o dobro de tamanho de quando estava deitado, mantemos certa
distância dele e ele continuou “nadando” para sair de dentro das pedras.
Ele era enorme, eu me assustei um pouco, minha cauda brilhou chamando
sua atenção e ele abriu a enorme boca revelando dentes pontiagudos,
pareciam piores que dentes de tubarão. Nadamos para longe, segurei firme
na nadadeira de cima do Jin e ele disparou pela água com o monstro logo
atrás de nós.
Olhei de relance e já não podia mais ver Kook e Jimin, espero que estejam
conseguindo. Então Jin fez o inesperado, nadou para o fundo e o monstro
estava quase nos alcançando, tentei entender o que ele estava fazendo,
mas então ele virou bruscamente e disparou para a superfície.
Ele só tinha que ficar embaixo do monstro junto com Kook, olhei para o
monstro, não podia ver eles, mas de relance vi o brilho verde da cauda do
Jimin.
Jin tentou, mas o fogo não veio.
Ele tentou.
Mark: Amor... Tire as luvas. — Ele sorriu ao notar que ainda usava as luvas,
tirei as luvas dele e logo suas mãos pegaram fogo.
Olhei em volta, a velocidade que ele nadava era tão grande que eu perdi o
controle da minha calda. Vi de relance Jimin e Kook segurando firmemente
nele, Kook perdeu o controle e os ventos começaram a perder o controle
também, olhei em volta, peguei um negócio flutuando do meu lado, olhei
para trás e a pedra estava cada vez mais perto, peguei o graveto e enfiei
direto no olho do monstro que abriu a boca desesperadamente e minha
cauda foi direto para a goela dele, desesperado, ele fechou a boca com
tudo, fui puxado para fora e vi que era o Jimin.
Jimin: Atrás do Jin... Ele está preso entre duas pedras, você o empurrou
com muita força.
Me xinguei mentalmente.
Mark: Vamos atraí-lo para fora, para os outros distraírem ele. — Ele
assentiu, mergulhamos para o fundo e tomamos velocidade, disparamos
contra a superfície, foi tão rápido que quando emergimos, eu fiquei lado a
lado com Xiumin.
Xiumin: Uma sereia? — Dei de ombros, olhei Jimin e ele estava segurando a
cintura do Wonho.
Eles indicaram que precisavam ir mais perto. Nadei e o puxei para mais
perto do monstro, Jimin bateu com a cauda no monstro, chamando sua
atenção, ele mergulhou e ficamos embaixo dele.
Mark: RÁPIDO.
Kook invocou os ventos, fui atingido tão forte que lutei para manter eu e
Jin no lugar, Kook não pareceu ser afetado, os ventos vinham de todas as
direções, me castigavam e estavam irritando o monstro, mantivemos Kook
e Jin nos nossos braços. O fogo aumentou nas mãos de Jin, seus olhos
pegaram fogo também, assim como seu cabelo, senti seu corpo esquentar
demais em meus braços, mas ele não ficou em volta de chamas como da
ultima vez, diferente disso, uma bola de fogo enorme foi surgindo em um
redemoinho que Kook criava enquanto mexia as mãos, no mesmo instante
que o monstro virou para nos abocanhar, Jin lançou a bola de fogo bem na
direção do focinho do mesmo.
BUM!
Fomos lançados em uma velocidade absurda para a superfície, soltei do Jin
e o fogo começou a se descontrolar, ele ficou em volta de chamas, as
árvores pegavam fogo, o vento nos lançavam a metros de distância no céu,
Kook estava descontrolado, aquilo ia virar uma tsunami, eu não conseguia
falar, nem gritar, mas pude ver Luhan rapidamente pegando Jin no ar, senti
braços me envolverem, era o Sehun. Aos poucos fomos parando, a água
ainda jorrava para todo lado por conta da explosão e do redemoinho
descontrolado, meus braços sangravam e meu rosto também.
Eu apaguei.
[...]
— Kim Jongdae —
Chen: Estranhamente... A cauda da sereia curou a perna dele. — Os dois
ainda estavam desacordados, com muitas queimaduras e machucados, eu
e meu irmão cuidávamos deles.
Sehun: Temos que atravessar logo o lago, antes que ele volte.
Wonho: Vamos correr para chegarmos mais rápido do outro lado, o lago é
muito grande, não vamos perder tempo, ele pode voltar a qualquer
momento.
Xiumin: Segura, com força... Vou voar muito rápido. — Assenti, ele colocou
um braço em volta da minha cintura e eu lancei os braços em volta do
pescoço dele. — Vamos descer a montanha voando, voem rente a água,
porque a neblina que tem metros acima da água é venenosa. — Eles
assentiram. — Vocês voem sobre a água, nós vamos correndo sobre a
água, nos sigam e tentem não se perder. — Eles assentiram novamente.
Xiumin: Nunca.
Dito isso, ele levantou vôo tão rápido que eu tive que fechar os olhos,
escondi o rosto em seu pescoço enquanto o vento me castigava de todas
as formas possíveis. Ele atingiu a água e começou a correr rapidamente,
me soltei dele lentamente e comecei a correr do seu lado, meus pés
flutuavam sobre a água e eu podia ver Yoongi voando logo do meu lado.
Sentia minha bota molhando aos poucos, mas estava bem, desviávamos de
algumas pedras e às vezes olhava para trás para ver se todos estavam
conosco. Xiumin estendeu a mão para mim e eu entrelacei nossos dedos,
corrermos sobre a água por muito tempo.
Luhan: Eles não vão aguentar... Vão ficar sem oxigênio por causa da
velocidade.
Dito isso, disparei junto com Yugyeom, Kook, Jin e Hyungwon, éramos os
mais rápidos ali, os outros pareceram entender, pois usei meus sentidos
para ouvi-los, eles dispararam também, não nos acompanhando, mas
aumentaram a velocidade significativamente. Kook e Jin estavam bem à
frente, foi aí que eles foram interrompidos por uma serpente que emergiu
da água a frente deles. Eles caíram sobre a água, mas logo tomaram
velocidade de novo, porém, reduzido, a serpente estava na cola deles,
passamos por eles e pude ouvir meu irmão avisá-los.
Reduzi, ficando lado a lado com Sehun, Xiumin e Wonho. Avisava eles
sempre que alguma serpente estava próxima, assim ninguém mais foi
abatido, após mais alguns minutos correndo, finalmente chegamos do
outro lado.
[...]
— Mark Tuan —
Meus braços estavam enfaixados com ataduras por causa das
queimaduras, assim como Jimin, mas o bom é que podíamos andar
sozinhos. Estávamos nos preparando para recomeçar a caminhada.
Xiumin: Estamos quase lá... Só temos que atravessar esse vale... E subir a
montanha, o castelo está entre as árvores na montanha. — Assentimos.
[...]
Atravessamos um lago que deduzi não ter nada ali dentro, pois eles
continuaram voando rente ao lago, imaginei um castelo no final dele com
dois crocodilos de guarda, tipo aqueles de filme, mas diferente disso, nos
deparamos com uma montanha significativamente assustadora. Paramos
na base dela, novamente imaginei que aquele lugar deveria ter sido muito
lindo.
Sentei em uma pedra e ele começou a trocar os curativos, ele fazia tudo
rapidamente que eu quase não via suas mãos trabalhando, quando
terminou, nos preparamos para voar. Ainda bem que iríamos voando, não
estava nem um pouco a fim de subir uma trilha.
Wonho levantou vôo sendo seguido por Xiumin e Sehun. Lancei meus
braços em volta do pescoço do Luhan novamente, dessa vez ele vôo em pé.
Quando mais ele subia, com mais medo eu ficava ao olhar para baixo e ver
o chão cada vez mais longe. Ele voava devagar e tranquilamente, assim
como os irmãos, não demoramos para chegar em uma trilha, ele pousou e
eu me soltei dele.
Começamos a andar pela trilha, aquele local era ainda mais assustador que
a floresta anterior. Eu estranhei o fato de não ter nenhuma criatura ali,
abracei Jin de lado e me atrevi a perguntar após ele pedir desculpas pelos
machucados novamente.
Chegamos a uma ponte enorme que estava caindo aos pedaços, as árvores
estavam negras e todas retorcidas, Wonho afirmou que era seguro
atravessarmos a ponte, eu não conseguia ver o final dela, era muito escuro.
Agradeci mentalmente por Luhan e seus irmãos estarem ali, não estava
nem um pouco a fim de conhecer a tal, ou o tal das trevas. Chegamos no
final da ponte e eu pude ver um castelo negro, com árvores quebradiças ao
redor e uma neblina espessa. As nuvens se formavam acima dele, ele
estava caindo aos pedaços, assim como o resto do mundo. Uma espécie de
luz vermelha saia das entradas, o castelo era bem grande, muito grande
mesmo, suspeito que antes desse para vê-lo lá da floresta de zumbis.
O chão estava com cinzas, fuligens e ossos, podia ver alguns cadáveres nas
proximidades, parecia um castelo mal assombrado. Passamos pela enorme
entrada sem porta e eu podia ver teia de aranhas por todo o salão principal
que brilhava em vermelho, quadros, ouro, diamantes, pedras preciosas,
enfeites raros, pedestais, armaduras, pilares, coisas típicas de um castelo,
porém, estava tudo destruído. Parei de frente para um quadro e fiquei
meio entristecido, era a pintura do castelo e ele era lindo antes, parecia um
castelo de princesa, branco, a ponte ligava a uma floresta cheia de árvores
florescidas, a paisagem era linda, a montanha era bem verde, o castelo era
enorme, cheio de janelas, todo decorado, fico imaginando como era o
interior. Outra pintura era a cidade vista dessa montanha, parecia um vale
medieval e a cidade após o lago do monstro era muito linda, era... Viva.
Xiumin: Nosso mundo era assim... — Ele indicou. — Conde pintou esse
quadro assim que o mundo estava completo... Ele demorou... 2 anos
pintando tudo, detalhe por detalhe, desde a nadadeira do tubarão, até o
dente do crocodilo.
Wonho: Não... — Notei a tristeza em seu olhar. — Além desse lugar... Tem
mais três lugares como esse, porém, eles não têm castelo. — Assenti. —
Tudo destruído.
Xiumin: Não temos muito tempo até o eclipse. — Ele sentou e olhou os
meninos.
Kook: Como que faz isso? Tipo... — Ele mexeu as mãos. — Isso... — Indicou
tudo.
Kook: Oi?
Jin: Uma estrela, ele desenhou uma estrela e uma lua juntas.
Jin: Não era uma estrela e uma lua qualquer, a nossa estrela e a nossa lua.
— Eles puxaram o colar e colocaram sobre a blusa.
Jin: Significa sim... Ele está aqui... Conde? Você está aqui?
Parece loucura, mas começamos a chamar por ele, mas não aconteceu
merda nenhuma.
Kook: Jin, não tem nada aqui, nós chamamos, gritamos, imploramos, o que
quer que tenha aparecido para você, não está aqui mais. — Jin olhou a
pintura do Conde na parede.
Corri para o para peito e lá em baixo eu podia ver todos eles, eles
seguravam os pelos dos lobos e estavam de mãos dadas, nuvens negras
com filetes vermelho estavam em volta deles, onde elas tocavam,
quebrava, aos poucos eles foram tomados, não os vi mais.
Jin: Ele está aqui... — Ele falou com Kook. — E quer dizer alguma coisa. —
O livro parou e ele leu. — É o feitiço da liberdade. — Falou com Kook. —
Usado para soltar os espíritos presos nas terras das sombras.
Kook: Jin, eu tenho certeza que é as trevas, por favor, vamos fazer o que
viemos fazer. — Jin o ignorou e começou a ler.
Jin: O poder do sol e as forças da lua... Olha “e libertar nossos amigos das
trevas que os escondem.”
Kook: Essa frase é minha... — Ele estava citando o feitiço, ele estava
querendo mudar o feitiço que a fênix passou para eles.
Jin: Vai fazer o que é certo, eu sei... Podemos libertar todos eles, eu sei que
é isso que temos que fazer.
Mark: Vamos para o salão e acabar com isso, como a fênix disse. — Saímos
empurrando os dois para fora da biblioteca. Corremos pelo castelo, pude
ouvir coisas sendo quebradas por todo o castelo, chegamos no salão e
olhamos para cima, faltava mais ou menos um minuto.
Jimin: Ok, se posicionem, você aqui. — Ele puxou Jin pelo braço e colocou
de um lado, em cima da marca da lua, pegou Kook e colocou de frente para
o Jin, em cima da marca do sol. Em seguida olhou para cima. — Não
espera, é ao contrário. — Ele mudou os dois de lugar. — Não, não volta...
BamBam: Jin é o sol e Kook a lua. — Ele posicionou os dois. Olhei pra cima
e pude ver as trevas, a mesma nuvem negra, tomando parte do eclipse.
Uma luz começou a brilhar embaixo deles, uma fumaça ao redor da cintura
para baixo os ergueu do chão lentamente.
— Jeon Jungkook —
Jin: O poder do sol.
Jin: E não deixe nenhum canto sem luz para que possamos... — Eu olhei em
volta, sem saber se mudava ou não. — Para que possamos...? Libertar
nossos amigos, temos que dizer isso...
Kook: Para que possamos conquistar nossos inimigos das trevas que os
escondem. — Ele me olhou incrédulo.
Caímos no chão e a luz que saiu dos colares começou a voar pelo local
como uma bola de luz. Ela batia em tudo quanto era lugar, estava
descontrolada.
Kook: JIN.
Mark: JIN...
— Park Jinyoung —
Jin: ME DIZ O QUE FAZER... FIZEMOS O FEITIÇO DA CONQUISTA, AS TREVAS
ESTÃO VINDO. — Entrei na biblioteca e fechei as cortinas e as portas. —
ME DÁ UM SINAL, POR FAVOR.
Olhamos o homem que se erguia e ele parou de sorrir quando viu que não
era o Conde, eu paralisei.
— Oh, mas as trevas nem precisou me despertar, seu irmão fez isso pra
mim... — Engoli em seco e ele ergueu as palmas das mãos, revelando o
símbolo do sol e da lua em cada uma. — Agora se me der licença, eu tenho
que destruir Conde Drácula antes que a luz o faça. — Ele abriu um portal e
passou por ele.
Kook: Não, não, você não ouviu? Você tinha razão. — Parei e o olhei. —
Conde Drácula está vivo... Temos que encontrá-lo.
Kook: Não, ele está aqui. — Ele começou a correr e eu fui atrás.
Jin: Espera, espera... — Paramos com as mãos na cintura. — Não estamos
esquecendo de nada? — Ele pensou confuso.
— Eu? Não fiz nada... Conde Drácula que foi tão covarde que se escondeu
na sombra de três adolescentes... Assim que o eclipse passar, Drácula
estará morto para sempre e não há nada que possam fazer, irei destruir
esse mundo, e o mundo patético dos humanos... Dia difícil, um faz o feitiço
da conquista, o outro dá energias ao inimigo... Complicado isso.
Jin: Ow, ow, pera aí, o que você vai fazer? — Ele ergueu as mãos.
Jin: Continuo sendo o mais velho. — Dei de ombros e ergui as mãos, tirei as
luvas, sentia que podia controlar todo o meu poder. A estrutura começou a
tremer, ateei fogo ao redor dele, os ventos começaram a ficar mais
poderosos, um furacão se formava ao redor dele e o ergueu do chão, em
uma bola de fogo e furacão.
Ele gritou, não demorou muito para uma luz forte irradiar de nossas mãos,
demos as mãos e erguemos as outras, miramos nele e em questão de
segundos, o mesmo se dissipou em uma enorme fumaça negra.
Começamos a correr pelo castelo que estava com um tremor terrível, toda
hora um de nós caia, quando saímos do mesmo, vi a luz irradiando para
todo o lugar, destruindo as nuvens negras.
Olhei para trás entendendo porque disseram para não olharmos, a ilha
desmoronou totalmente, aquilo ia virar um enchente, um tsunami naquele
vale, dito e feito, uma onda enorme se formava.
Mark: Estranho, foi aqui que o abatemos. — Concordei e então notei que
os tubarões nadavam em direção a montanha dos zumbis, como se
soubessem que tinham que nos levar para lá, vi uma forma enorme nadar
rente aos tubarões como se nos escoltasse também, foi ai que vi que era o
enorme crocodilo da pintura. Acariciei suas costas e ele continuou
nadando.
Tudo foi destruído, não havia mais castelo, vale, nem cidade.
[...]
Kook: PULEM. — Fomos pular e eu notei que aquilo era um... Vulcão.
Então o vulcão tremeu, olhei para baixo e a larva subia, nos olhamos e
pareceu que pensamos juntos, morrer queimado parece ruim, melhor
morrer afogado, viramos e pulamos da montanha ouvindo os chamados
dos dois.
— Park Jinyoung —
— Vocês conseguiram... — Levantei cambaleando, ele estava morto, eu
sentia, minha alma estava morta. — Missão concluída.
Kook: Mas destruímos o Conde, porque ele estava nas sombras... Eles estão
mortos, todos eles, isso não é justo.
— Eu sei... O Conde nunca foi morto, a fera, ou como devo dizer, Ahriman,
o prendeu junto com ele, assim, ele achou que quando as trevas o
despertasse, vocês não iam destruí-lo por causa que Conde estaria com
ele... Vocês fizeram o que deveriam fazer, mesmo sabendo que seus
familiares e amigos iriam morrer... Meu trabalho acabou. — Ela levantou
voo e começou a girar rapidamente. — Meus parabéns, black bloods. —
Então ela se dissipou em gotículas douradas.
A dor me consumiu e era como se eu não pudesse nem sentir meu coração
batendo. Cai de joelhos e praguejei em todas as línguas que eu sabia,
finalmente estava sentindo a dor de todas as minhas perdas. Não é assim
que acaba, o que eu vou falar para os pais deles? O que acontece comigo e
com meu irmão agora? Simplesmente levantamos e fingimos que nenhum
deles nunca existiu, fingimos que nada aconteceu?
Kook: O que vamos dizer para os pais deles? — Ele estava sentado,
abraçado aos joelhos e com a cabeça pousada nos braços. — Eu estou me
sentindo um lixo, um fracassado.
[...]
Estávamos sentados na sala, sem dizer uma palavra, acendi as velas com a
ponta do dedo e relaxei no sofá, estava escuro e silencioso, não queríamos
falar nada sobre o que aconteceu, acho que ele estava pensando a mesma
coisa que eu, o que falaríamos para os pais deles. Deitei no sofá e coloquei
as mãos embaixo da bochecha, fitei uma das velas e me vi em um mar de
perguntas, tantas perguntas e eu não teria nenhuma resposta.
Chen: Conde...
Jin: Mas... Como não pode fazer nada, você é Conde Drácula.
Yoongi: Porque... Não dá para saber se vão voltar como nós, ou como
elas... A visão do Conde acaba aqui. — Ele mexeu os dedos e o pergaminho
apareceu, abriu no final e Chang estalou os dedos, fazendo o restante
aparecer, mostrava Mark caindo na escuridão, à gente no leito do rio, Jimin
entrando no rio, a gente atravessando o rio, o castelo, nós dentro do
castelo, a morte deles, o retorno e todos nós de volta ao mundo dos
humanos.
Sehun: Espera, você não me mostrou isso... Escondeu isso de mim? — Ele
olhou Luhan.
Luhan: Não podíamos mostrar que voltariam ou o futuro podia mudar... Se
pudéssemos mostrar, teríamos nós mesmo ensinado o feitiço da liberdade
e não o da conquista.
Wonho: Como é?
Seunghyun: Se eles lhes contassem, poderiam não querer ir, tinham que
provar que dariam a vida para salvar a humanidade, tinham que provar seu
valor e provaram.
Jiyong: A linhagem Drácula nunca pode ser morta pelas trevas... Está nos
livros antigos.
Chen: ‘Ta, foi morto, o que ele está fazendo aqui? — A confusão era
evidente na mente de todo mundo.
Sehun: Disse que só a linhagem de Drácula não morre pelas trevas... E eles?
Jiyong: Mortos, como dito, ficam certo tempo antes de serem totalmente
destruídas.
Seunghyun: Não, eu tentei avisar sobre o feitiço da liberdade por causa dos
meus netos e deles... Não por causa de nós dois, na minha visão, eu e Vlad
continuávamos em prisão eterna, junto com a fera, na visão, eu não
poderia ser liberto sem a fera também ser.
Jiyong: Porque ele foi criar o feitiço depois que criou a fênix, antes disso,
vocês morriam, eles voltavam em segurança e os cinco Dráculas viveriam
em prisão eterna, ele mudou a visão quando criou o feitiço, mas para avisá-
los, esperou o eclipse, mas tudo saiu errado quando eles liberaram mais
das trevas com o feitiço da conquista, a fera os enganou e os fez fazer o
feitiço da transferência e a mesma despertou... No ano 35, quando o
Conde teve a visão, o feitiço da conquista liberaria mais das trevas e vocês
teriam que destruí-las antes delas despertarem a fera, não tinha outro
feitiço. No decorrer dos séculos, Drácula criou os três instrutores, enfim,
deixou tudo pronto, alguns anos antes de morrer, ele teve uma visão de
como criar o feitiço da liberdade, quando ele criou o feitiço, a visão mudou,
ele teve outra com o final diferente, todos vivos e nós em prisão eterna
junto com a fera, vocês destruiriam as trevas e a fera com o feitiço da
liberdade. Mas o futuro mudou quando não fizeram o feitiço.
Hobi: Não sabemos como vão voltar, não podemos fazer isso.
Seunghyun: Não pode ser dito, mudaram o futuro uma vez, e olha como
mudou tudo, eu e Vlad estamos libertos e eles mortos... É melhor não
saberem e o futuro acontecer como deve acontecer.
Jin: E Daí que não sabem se voltam como um monstro, pelo menos estarão
vivos.
Chang: Acha que eles prefeririam estar mortos ou vivos como bestas
demoníacas?
O olhei pasmo, eles nunca usaram esse termo.
Luhan: Meninos, nunca usamos nosso veneno antes, quando uma das
nossas transforma alguém pela mordida, esse alguém volta como elas...
Somos diferentes da nossa espécie, não sabemos como eles vão voltar, é
um tiro no escuro.
Jin: Vão os deixar morrerem? Depois de tudo que eles fizeram? Se não
fosse eles ainda estaríamos naquela droga de lago. — Vlad e o Conde
observavam tudo sem dizer nada.
Kook: Appa?
Xiumin: Não posso tomar uma decisão por eles, é algo que a espécie deles
deve decidir, Kook, não eu.
Yoongi: Sabem como é ruim viver como um erro? Não, vocês não sabem...
Nós ainda temos um peso a menos por não nascermos como demônios,
temos um peso a menos porque fomos planejados para nascer assim, mas
não sabem como é horrível viver sabendo que você não deveria ter nascido
de tal maneira. Vivemos longos séculos com as da nossa raça, vivem em
amargura e lamentação, culpam os vampiros por isso, mas sabemos que
não é culpa deles, é como uma doença humana, uma síndrome humana,
não é culpa dos humanos quando um nasce diferente, mas não acham que
é difícil para esse alguém viver dessa maneira? Acham que não há
preconceito no mundo místico? É a mesma coisa que no mundo humano...
Acham que eles prefeririam viver como bestas demoníacas ou morrerem
após salvarem o mundo? Olhem para eles, o que acham que eles iriam
querer? — Ele nunca abre a boca pra falar nada, quando abre... — Querem
que os transformemos? Nós transformamos, são as almas de vocês, mas o
que eles iriam querer?
Jin: Conde não pensou no que vocês iam querer quando fez com que
nascessem assim.
Kook: E se for isso? E se o futuro for eles vivos? E se voltarem como vocês?
Hobi: Vocês tem o tempo que quiserem para pensar... — Ele olhou para a
gente, inclusive Yugyeom. — Querem que transformemos, nós vamos
transformar, não vamos negar isso, são as almas de vocês... Mas como
almas de vocês, o que acham certo a fazer por eles?