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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI

CENTRO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA – CCN

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL EXPERIMENTAL

PROFESSOR: GERARDO MAGELA VIEIRA JÚNIOR

Observação da Vela

COMPONENTES:

Laynna Rayssa Almeida Rios


Nubia Damasceno Bastos
Paloma Maia Costa
Rafael do Nascimento Silva
Tasso Almeida Fortes

Teresina – PI

2018
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SUMÁRIO

RESUMO

1.INTRODUÇÃO................................................................................................. 4

2.OBJETIVOS......................................................................................................5

2.1 Objetivo geral.............................................................................5

2.2 Objetivos específicos.................................................................5

3.PARTE EXPERIMENTAL.................................................................................6

3.1 Materiais e reagentes................................................................6

3.2 Procedimento experimental.......................................................6

4.RESULTADO E DISCUSSÕES........................................................................8

4.1 Interação da vela com diferentes líquidos..................................8

4.2 Vela e a reação de combustão...................................................9

4.3 A vela e a interação com o meio ambiente...............................10

5.CONCLUSÃO...................................................................................................13

REFERÊNCIAS
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RESUMO

O experimento fundamentou-se na observação de diferentes velas (parafina)


interagindo em meio a água destilada e álcool etílico, afim de determinar suas
densidades. Obteve-se maior densidade nas velas imersas em água. Além disso,
estimou - se o consumo de O2 na reação de combustão da vela e a interação com
o meio, desse modo foi possível visualizar que o consumo de oxigênio não depende
do volume no qual se encontra.
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1. INTRODUÇÃO
A densidade é uma propriedade física da matéria, muito utilizada para caracterizar
substâncias e é definida como a quantidade de massa em uma unidade de volume.
As densidades são dependentes da temperatura, visto que, a maioria das substâncias
varia o volume quando aquecidas ou resfriadas. Desta forma, é de suma importância
para os estudos e experimentos a verificação das condições de temperatura do
ambiente. Além da temperatura, é relevante a verificação de outras condições
ambientais como a pressão. Tendo em vista, que ambos os fatores alteram o volume,
podendo explicar a probabilidade de erros ao comparar a teoria e a prática. No
entanto, é possível encontrar as densidades de maneira adequada, com base nos
valores obtidos e responder, portanto, aos questionamentos. (BROWN, 2005)

A combustão, por sua vez, é uma reação rápida que produz uma chama. Essas
reações de combustão envolvem O2 do ar como reagente, formando CO2 e H2O,
quando realizadas com hidrocarbonetos e derivados contendo oxigênio. Nesse
sentindo, o número de moléculas CO2 e H2O formados dependem da composição do
hidrocarboneto, uma vez que, atua como o combustível da reação. Devido a essa
característica, a parafina é considerada um bom combustível, pois essa substância é
formada por hidrocarbonetos saturados e é um produto derivado do petróleo, muito
utilizada na produção de velas. Além de ser insolúvel em água e ácidos, é altamente
inflamável, possuindo uma coloração branca e ausência de odor (BROWN, 2005;
CERQUEIRA, 2018).

Além do processo de combustão, é necessário conhecer o princípio da bomba


aspirante para melhor compreensão do experimento 2 (processo de combustão das
velas utilizando Erlenmeyer). Segundo esse princípio, "a Natureza tem horror ao
vácuo: o líquido sobe na bomba quando o pistão sobe para não permitir a formação
de um espaço vazio, onde existiria o vácuo". Explicando, a secção de um líquido que
é produzido por uma seringa cujo êmbolo é levantado, e outros efeitos análogos
(NUSSENZVEIG, 2012).
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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

O principal objetivo desse experimento é compreender a propriedade da


densidade através do uso da água destilada e álcool etílico, além de observar
o que ocorre durante o processo de combustão da vela.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Calcular a densidade de cada uma das velas utilizadas;


• Observar o consumo de oxigênio e a extinção da chama da vela;
• Registrar as interações;
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3. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. MATERIAIS E REAGENTES

 Velas de  Fósforo
diferentes  Régua (30 cm);
tamanhos e  Balança
diâmetro; Semianalítica
 Água destilada; Balança Marte
 Álcool etílico; Científica e
 Azul Metileno; Instrumentação
 Proveta de 50 mL; Industrial
 Placa de petri; (Modelo:AD5002);
 Erlenmeyer de  Béqueres de 600 mL
500 mL; e 1000mL.

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.2.1. DENSIDADE

A princípio foram aferidas as massas das velas através do uso da balança


semianalítica (AD5002). Em seguida, mediu-se, com auxílio de uma régua, a altura e
o diâmetro das velas, o que possibilitou o cálculo de seus volumes, como também
calculou-se o volume dos béqueres. Logo após, individualmente, as velas foram
colocadas em uma proveta de 50 mL, que continha água destilada até a marca de 25
mL. Através disso, realizou-se observações e anotações a cerca do volume marcado
na proveta. Desta forma, utilizando as informações obtidas, a densidade foi calculada.
Os mesmos procedimentos foram realizados com álcool etílico.

3.2.2. REAÇÃO DE COMBUSTÃO

Colou-se a vela de maior comprimento (12,6 cm), no centro da placa de Petri.


Em seguida, foi adicionada água destilada juntamente com o azul de metileno e
acendeu-se a vela. Posteriormente, pôs-se um erlenmeyer de 500mL com a borda
tocando a superfície interna da placa de Petri. Por intermédio, foi observado que a
água e o corante que se encontravam na superfície da placa de Petri, adentrou-se no
erlenmeyer. E cronometrou-se o tempo de extinção da vela.
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3.2.3. INTERAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE:

Acendeu-se a vela de menor comprimento (10 cm), a qual foi colocada sob
béqueres de diferentes volumes (600 mL e 1000 mL). Imediatamente, foi
cronometrado o tempo de extinção da chama da vela em cada béquer. Logo após,
calculou-se o volume dos béqueres para a obtenção dos resultados.
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4. RESULTADO E DISCUSSÕES

4.1. INTERAÇÃO DA VELA COM DIFERENTES LÍQUIDOS:

No experimento 1, em uma proveta de 50 mL, foram imergidas duas velas, por


sua vez, em dois diferentes líquidos: água e álcool, ambos com volume inicial de 25
mL.

O volume das velas foi obtido pela diferença do volume final do volume incial,
marcado por cada líquido na proveta.

Quadro 1. Registro de volumes de cada vela imergida em água.


Volume final Volume inicial Diferença Volume da vela
(Vf) (Vi) (Vf – Vi)
Vela maior 41,1 mL 25 mL 41,1 – 25 16,1 mL
Vela menor 34 mL 25 mL 34 – 25 9 mL
Fonte: Autores, 2018.

Quadro 2. Registro de volumes de cada vela imergida em água.


Volume final Volume inicial Diferença Volume da vela
(Vf) (Vi) (Vf – Vi)
Vela maior 40 mL 25 mL 40 – 25 mL 15 mL
Vela menor 33 mL 25 mL 33 – 25 mL 8 mL
Fonte: Autores, 2018.

De acordo com os quadros 1 e 2, o volume das velas em meio à água foi maior
que em álcool.

Observando que cada líquido apresentou características distintas em relação


ao volume das velas, notou-se que estes possuem diferentes propriedades físicas.
Entre elas, a densidade (d), uma relação entre massa (m) e volume (v) de uma
substância, expressa, algebricamente, pela equação(I):

(I) d = m/ v

Considerando 17,78 g da vela maior e 8,96 g da vela menor em meio a água


d
e álcool, obteve-se as densidades de ambas,
Digite de acordo
a equação aqui.com a expressão matemática
da densidade. Apresentadas na tabela 3.
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Quadro 3. Densidades das velas em relação aos líquidos.


Velas Água Álcool
Maior 1,14 g/L 1,1 g/L
Menor 1,12 g/L 0,99 g/L
Fonte: Autores, 2018.

Diante a tabela, conclui-se que as densidades das velas foram maiores em


água do que em álcool. Devido isso, constatou-se que seus volumes foram
inversamente proporcionais à suas densidades. Comprovando a lei algébrica citada
acima.

4.2. A VELA E A REAÇÃO DE COMBUSTÃO

Após a vela de maior comprimento ser fixada no centro da placa de Petri, foi
adicionada a solução de azul de metileno e água destilada, ascendeu-se a vela e
introduziu-se o erlenmeyer de 500 mL à temperatura e pressão ambiente com o
gargalo para baixo, deixando a vela acesa dentro do recipiente. Durante a combustão
do pavio da vela, grande quantidade do oxigênio presente no recipiente foi
transformado em CO2 e vapor de água, com isso, no interior do recipiente a pressão
era equivalente à ambiente (1 atm), antes da combustão. Já após o processo de
queima, os gases dilatam-se criando um diferencial de pressão (vácuo), no qual a
pressão interna torna-se inferior a ambiente, desta maneira a pressão externa exerce
força na solução (água com azul de metileno), impulsionando-a para o interior do
recipiente. Assim, estabiliza-se com a pressão externa.
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4.3. A VELA E A INTERAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

No seguinte experimento, utilizando-se a vela menor, acesa, sob béqueres de


600 mL e 1000 mL, respectivamente, notou-se diferentes intervalos de tempo da
extinção da chama, conforme a tabela 4.

Quadro 4: Registro do tempo em segundos


Béquer Tempo
1000 mL 38,66 s
600 mL 24,66 s
Fonte: Autores, 2018.

Observou-se que a duração da chama foi maior sob o béquer de 1000 mL em


relação ao béquer de 600 mL. Portanto, foi possível constatar que o tempo o qual a
vela foi submetida, depende do volume.

Agora, sabendo que a combustão é favorecida pelo gás oxigênio (O2), uma das
substâncias contidas no béquer, e tendo em vista que a reação de combustão foi
isolada do meio para o interior do recipiente, pode-se comparar o volume de oxigênio
com o mesmo volume dos béqueres.

Quadro 5: Registro de volumes dos béqueres.


Béquer Volume
1000 mL 1,558 L
600 mL 0,9225 L
Fonte: Autores, 2018.

Utilizando os valores de altura, diâmetro e raio – obtido pela metade do


diâmetro – medidos pela régua, descritos na tabela 1, estimou-se o volume total dos
béqueres comparado ao volume de um cilindro.

Tabela 1.

Béquer Altura Diâmetro Raio

1000 mL 18 cm 10,5 cm 5,25 cm

600 mL 13,3 cm 9,4 cm 4,7 cm

Fonte: Autores, 2018.


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Para encontrar o volume de um cilindro, basta multiplicar área da base ( 𝐴 =


𝜋𝑟 2 ) pela altura (h), onde 𝜋 ≈ 3,14 cm. Encontrado o volume em cm³, converteu-se
para L, sabendo que 1 cm³ equivale a 0,001 L.

Conhecendo os supostos volumes de O2, o consumo de oxigênio foi estimado


de acordo com a equação dos gases ideais: P.V = n.R.T, sendo R a constante dos
gases, cujo o valor é 0,08206u.

Supondo a pressão de 1 atm, e a temperatura ambiente de 25ºC (298K),


utilizaram-se os volumes obtidos para aplicação nos quadros a seguir:

Quadro 6. Número de mols de O2 nos béqueres.

P.V = n.R.T P.V = n.R.T


1.1,558 = n.0,08206.298 1.0,9225 = n.0,08206.298
0,0637 mols = n 0,0377 mols = n

Fonte: Autores, 2018.

O número de mols de uma substância é a relação de sua massa específica


(m) sobre massa molar (MM). Considerando 36 g como a massa molar de Oxigênio,
pode-se calcular sua massa específica da seguinte forma:

Quadro 7. Massa estimada de oxigênio contida no béquer de 1000 mL e 600 mL.

n = m / MM n = m / MM
0,0637 = m / 36 0,0377 = m / 36
2,29 g = m 1,36 g = m

Fonte: Autores, 2018.

Por fim, relacionando a massa específica (m) de oxigênio em detrimento do


tempo de extinção da chama (t), obteve-se seu consumo (C) estimado:
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C=m/t C=m/t
C = 3,47 / 38,66 C = 1,50 / 24,66 Quadro 8.
Consumo de C = 0,0592 g/s C = 0,0552 g/s oxigênio em
relação ao tempo de
extinção da chama.

Fonte:Autores,2018.

A partir dos resultados obtidos, notou-se a aproximação dos valores,


determinando que o consumo de oxigênio, presente no ar e sob as condições
apresentados, independe do volume do qual está submetido. Isso significa que a
concentração é a mesma, a diferença no tempo de queima se dá pela diferença de
volumes.
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5.CONCLUSÃO
Através do experimento para calcular a densidade, percebe - se que a mesma
é inversamente proporcional ao volume. Obtendo - se uma maior densidade, igual a
1,14 g/mL da vela de 12,6 centímetros, em meio a água. Nas condições de
observação (1 atm e temperatura de aproximadamente 25°C), analisando - se a
reação de combustão, pode - se observar que a redução de pressão fez a água junto
ao azul de metileno ascender e ocupar parte da superfície interna do erlenmeyer, isso
ocorre como consequência da dissolução do CO2 no vapor de água condensado no
processo da reação de combustão. Tendo em vista a combustão das velas, foi
determinado que independentemente do volume, o consumo de O2 foi o mesmo em
ambas as vidrarias.
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REFERÊNCIAS

BROWN, T. L.; LEMAY, JR. H. E.; BURSTEN, B. E. Química: Ciência Central.


Tradução de Robson Matos, 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.

NUSSENZVEIG, H. MOYSÉS. Curso de Física Básica: 2 Fluidos Oscilações e


Ondas de Calor. 4. ed. São Paulo: Edgard blucher LTDA, 2012.

CERQUEIRA, Wagner. Parafina. Disponível em:


<http://m.brasilescola.uol.com.br/geografia/parafina.html>. Acesso em: 27 de abril
de 2018.

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