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engenharia II
Nesta penúltima aula apresentaremos os operadores lineares, com isso vamos voltar um pouco nos conceitos das aulas
iniciais, onde foram abordadas as operações nas quais eram utilizados os vetores.
Estudaremos três operadores diferenciais, o Gradiente, o Rotacional e o Divergente, não deixando de lado a associação do
conteúdo com a Física, onde o mesmo é muito aplicado.
Objetivos
No Gradiente, onde a ideia associada a um declive pode provar como uma encosta é mais íngreme.
Ao abordarmos o conceito de Rotacional, observamos a sua nalidade em dois exemplos: ao colocarmos um torniquete,
cujo movimento rotativo dependerá do momento angular, e quando fazemos uso desse conceito para de nição de campo
conservatório em regime estacionário.
Não temos por intenção fazer uso desses conceitos físicos nesta aula, mas achamos fundamental fazermos essa introdução
para mostrarmos como o conteúdo é importante.
Veremos agora como se comporta cada um desses conceitos, separadamente, e como se dão os seus cálculos.
Gradiente
Quando falamos no vetor gradiente, devemos ter em mente que para a realização dos cálculos precisamos retornar ao conteúdo
de derivadas parciais, pois elas serão muito utilizadas nesse conteúdo.
Aqui, as derivadas parciais estarão diretamente ligadas às funções vetoriais. Uma das de nições que encontramos para o
Gradiente ou vetor Gradiente, como também é conhecida, é a seguinte:
Se f é uma função de duas variáveis x e y, então o gradiente de f é uma função vetorial 𝛻𝑓 de nida por:
∂f ∂f
𝛻f(x, y) = ⟨fx (x, y), fy (x, y)⟩ = ∂x
i +
∂y
j
Uma forma de entendermos ∇f é quando sua entrada está no R2, temos um resultado em duas dimensões, não esquecendo que
esta é uma função cujo valor é vetorial. Assim, podemos compreender/visualizar melhor esse conceito como sendo um campo
vetorial presente no domínio da função f cujo plano é o xy, conforme vemos na Figura 1.
Na introdução desta aula, quando demos exemplo da utilização do Gradiente, falamos que ele poderia ajudar a escolhermos uma
subida menos íngreme de uma montanha. Vejamos mais sobre isso agora.
Quando pensamos em uma área situada em uma região de colina, como representado na Figura 2, ao nos posicionarmos seja
acima ou abaixo de um ponto genérico (x0, y0), a inclinação da área a ser percorrida vai depender da escolha do caminho, isto é,
das derivadas parciais de cada uma das funções x e y.
Quando avaliamos o gradiente da função vetorial f em um ponto genérico (x0, y0), ele
servirá para nos apontar onde a subida de uma colina é mais íngreme.
Cálculo Gradiente
Para calcularmos o gradiente de uma função vetorial usaremos o conceito de derivadas parciais; se estivermos trabalhando no R2
usaremos as componentes: i e j; e se estivermos trabalhando no R3 com as componentes, i, j e k; vejamos alguns exemplos:
Exemplo
Dada a função 𝑓(𝑥,𝑦)=𝑦𝕖 −𝑥 determine o gradiente da função.
Resolução:
Derivando as funções, temos:
f x = −ye
−x
e f y = 𝕖 −x
𝛻f(x, y) = (−y𝕖 𝕖
−x −x
)i + ( )j
Exemplo
Rotacional
Seja uma função vetorial 𝐹=𝐴𝒊+𝐵𝒋+C𝑘, existindo as derivadas parciais de A, B e C, de nimos um Rotacional de 𝐹 como sendo um
campo vetorial em 𝑅3, da seguinte forma:
∂C ∂B ∂A ∂C ∂B ∂A
rot F = ( − )i + ( − )j + ( − )k
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
∂ ∂ ∂
𝛻 = ∂x i +
∂y
j+
∂z
k
∂f ∂f ∂f
𝛻f = ∂x
i+
∂y
j+
∂z
k
O rotacional também é compreendido como sendo o produto vetorial de 𝛻 pelo campo vetorial F, sendo assim, temos:
∣ i j k ∣
∣ ∣
∂ ∂ ∂
𝛻 x F = ∣ ∂x ∂y ∂z
∣
∣ ∣
∣ A B C ∣
∂C ∂B ∂A ∂C ∂B ∂A
( − )i + ( − )j + ( − )k = rot F
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
rot F = 𝛻 x F
Vejamos alguns exemplos dos cálculos do rotacional.
Exemplo
Determine o rotacional da função F, tal que:
𝐅(𝑥,𝑦,𝑧)=𝑥𝑦𝑧𝑖 + 𝑥 2𝑦𝑘
Resolução:
Ainda que não tenham sido apresentados na função F os componentes de j a resolução acontece da mesma maneira, sendo
assim:
∣ i j k ∣
∣ ∣
∂ ∂ ∂
𝛻 x F = ∣ ∂x ∂y ∂z
∣
∣ ∣
2
∣ xyz 0 x y∣
∣ i j k ∣ i j
∣ ∣
∂ ∂ ∂ ∂ ∂
𝛻 x F = ∣ ∂x ∂y ∂z
∣
∂x ∂y
∣ ∣
2
∣ xyz 0 x y ∣ xyz 0
∂ 2 ∂ ∂ 2 ∂ ∂ 2 ∂
[ (x y)− (0) ]i − [ (x y)− (xyz) ]j + [ (x y)− (xyz) ]k
∂y ∂z ∂x ∂z ∂x ∂y
Divergente
Chegamos agora no último tópico desta aula, o Divergente. Quando foi trabalhado o conceito de Rotacional, vimos que o seu
resultado se dava em forma de uma função vetorial, até mesmo por que esse resultado era originário de um produto vetorial.
Seja uma função vetorial 𝐹=𝐴𝒊+𝐵𝒋+𝐶𝒌, existindo as derivadas parciais de A, B e C, de nimos um Divergente F como sendo uma
função vetorial de três variáveis representada pela função:
∂A ∂B ∂C
div F = ( )i + ( )j + ( )k
∂x ∂y ∂z
Agora que foi feita a representação do divergente de 𝐹, podemos fazer uma comparação com o rotacional de 𝐹, onde percebemos
que a grande diferença entre os dois é que o 𝑟𝑜𝑡 𝐹 representa um campo vetorial e a 𝑑𝑖𝑣 𝐹 é um campo escalar.
div F = 𝛻 ∙ F
Exemplo
Se 𝐅 (𝑥,𝑦,𝑧)=𝑠𝑒𝑛𝑦𝑧𝑖+ 𝑠𝑒𝑛𝑧𝑥𝑗+ 𝑠𝑒𝑛𝑥𝑦𝑘 determine o 𝑑𝑖𝑣 𝐹
Resolução:
Calculando as derivadas parciais de cada componente:
∂ ∂ ∂
div F = (senyz) + (senzx) + (senxy)
∂x ∂y ∂z
div F = 0
Como podemos observar, o cálculo da div F é bem mais simples que o rot F, o que parece óbvio quando lembramos dos conceitos
de produto escalar e produto vetorial.
Exemplo
a) 2𝑦4i − 4𝑥4j
b) 𝑦4i − 4𝑥4j
c) 𝑥4i − 𝑥4j
d) 𝑥4i − 4𝑥4j
e) 𝑦4i − 4𝑦4j
a) 𝛻 x 𝐹=(2𝑦−1)𝑖+𝑗+(𝑧+𝑥)𝑘
b) 𝛻 x 𝐹=(2𝑦−1)𝑖+0𝑗+(𝑧−𝑥)𝑘
c) 𝛻 x 𝐹=(𝑦−1)𝑖+0𝑗+(𝑧+𝑥)𝑘
d) 𝛻 x 𝐹=(2𝑦+1)𝑖+0𝑗+(𝑧+𝑥)𝑘
e) 𝛻 x 𝐹=(2𝑦−1)𝑖+0𝑗+(𝑧+𝑥)𝑘
a) div F=−2𝑥𝑧3+4𝑦2𝑧
b) div F= 𝑥𝑧3+4𝑦2𝑧
c) div F= 2𝑥𝑧3+4𝑦2𝑧
d) div F= 2𝑥𝑧3+𝑦2𝑧
e) div F= 𝑥𝑧3+𝑦2𝑧
5. Se F(𝑥,𝑦,𝑧)=3𝑥 2𝑦3𝑖+2𝑦𝑥 3𝑗+2𝑥 2𝑧2𝑘 determine a divergente de F.
a) div F=6𝑥𝑦3+2𝑥3+𝑥2𝑧
b) div F=6𝑥𝑦3+𝑥3+4𝑥2𝑧
c) div F=𝑥𝑦3+2𝑥3+4𝑥2𝑧
d) div F=6𝑥𝑦3+2𝑥3+4𝑥2𝑧
e) div F=6𝑥𝑦3+2𝑥3+4𝑥2𝑧
Notas
eSocial1
O Decreto nº 8373/2014 instituiu o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
(eSocial).
Por meio desse sistema, os empregadores passarão a comunicar ao Governo, de forma uni cada, as informações relativas aos
trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento, comunicações de acidente de trabalho, aviso
prévio, escriturações scais e informações sobre o FGTS.
A lei de ne como materiais biodegradáveis todos aqueles que não são derivados de polímeros sintéticos fabricados à base de
petróleo. Ou seja, os que são elaborados a partir de matérias orgânicas, como o amido de mandioca, bagaço de cana e outras
bras naturais.
Referências
BROCHI, A. Cálculo diferencial e integral II (livro proprietário). Rio de Janeiro: SESES, 2015.
FINNEY, R. L.; WEIR, M. D.; GIORDANO, F. R. (Ed.). Cálculo George B. Thomas. São Paulo: Pearson, 2009. v. 1 e 2.
MORETTIN, P. A; HAZZAN, S.; BUSSAND, W. O. Cálculo Funções de uma e várias variáveis. São Paulo: Saraiva. 2013
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O Gradiente <https://pt.khanacademy.org/math/multivariable-calculus/multivariable-derivatives/modal/a/the-gradient> .