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68. Articulados
a petição inicial (art. 467º CPC), a contestação (art. 486º CPC), a réplica (art.
502º CPC) e a tréplica (art. 503º CPC);
Os factos devem ser deduzidos por artigos (art. 151º/2 CPC) e, se faltar
qualquer facto essencial, a petição é inepta por falta de causa de pedir (art. 193º/2-a
CPC).
À narração dos factos e das razões de direito segue-se a conclusão.
É nesta parte da petição inicial que o autor deve formular o pedido (art. 467º/1-d
CPC), isto é, definir a forma de tutela jurídica que pretende a situação jurídica
alegada.
Esse indeferimento pode ser parcial, tanto quanto a um dos objectos cumulados,
como quanto a um dos vários autores ou réus.
Por aplicação analógica do art. 476º CPC, o autor pode entregar, no prazo de 10
dias após a notificação do indeferimento liminar, uma nova petição inicial.
Pode perguntar-se se, perante uma petição irregular ou deficiente, o juiz está
impedido de solicitar a sanação da irregularidade ou de convidar o autor a
aperfeiçoar esse articulado.
Modalidades de citações:
A citação pode faltar (art. 195º CPC) e ser nula (art. 198º CPC).
Segundo o disposto no art. 195º CPC, verifica-se a falta de citação quando o
acto tenha sido completamente omitido, quando tenha havido erro de identidade do
citado, quando se tenha empregado indevidamente a citação edital (arts. 233º/6 e
251º CPC), quando se mostre que foi efectuada depois do falecimento do citando ou
da extinção deste e ainda quando se demonstre que o destinatário da citação deste
e ainda quando se demonstre que o destinatário da citação pessoal não chegou a
ter conhecimento do acto, por facto que não lhe seja imputável, ou seja, quando ele
tenha ilidido a presunção estabelecida no art. 238º CPC, ou quando a citação tenha
sido realizada apesar da sua incapacidade de facto (art. 242º CPC).
72. Contestação
O réu pode tomar uma de duas atitudes fundamentais perante a petição inicial:
opor-se ao pedido do autor ou não se opor a ele.
A opção por uma destas condutas depende dos factos indagados pelo
mandatário do réu e das provas de que esta parte possa dispor, havendo,
naturalmente, que observar o dever de verdade que recai sobre essa parte (art.
456º/2-a, b CPC) e o dever de não advogar contra a lei expressa e de não usar
meios ou expedientes ilegais que obriga o mandatário (art. 78º-b EOA).
O réu pode contestar no prazo de 30 dias a contar da sua citação (art. 486º
CPC).
A esse prazo acresce uma dilação de 5 dias quando a citação não tenha sido
realizada na própria pessoa do réu (arts. 236º/2 e 240º/2 e 3 CPC) e quando o réu
tenha sido citado fora da comarca sede do Tribunal onde pende a acção (art. 252º-
A/1 CPC).
se assim não suceder, consideram-se admitidos por acordo os factos que não
forem impugnados (art. 490º/2, 1ª parte CPC).
74. Réplica
A réplica encontra a sua justificação nos princípios da igualdade das partes (art.
3º-A CPC) e do contraditório (art. 3º/1 e 3 CPC).
A falta da réplica ou a não impugnação dos factos novos alegados pelo réu
implica, em regra, a admissão por acordo dos factos não impugnados (art. 505º
CPC).
Esta admissão não se verifica nas situações previstas do art. 490º/2 CPC, e,
além disso, há que conjugar o conteúdo da réplica com o da petição inicial, pelo que
devem considerar-se impugnados os factos alegados pelo réu que forem
incompatíveis com aqueles que constarem de qualquer desses articulados do autor.
Essa revelia é inoperante nas condições referidas no art. 485º CPC, mas, se for
operante, determina a confissão dos factos articulados pelo réu como fundamento
do seu pedido reconvencional (art. 484º/1 CPC).
Acessoriamente a estas funções, a réplica pode ser utilizada para o autor alterar
unilateralmente o pedido ou a causa de pedir (art. 273º/1 e 2 CPC)
75. Tréplica
O art. 506º/4 CPC, estabelece que o articulado superveniente deve ser rejeitado
quando, por culpa da parte, ele for apresentado fora de tempo, isto é, quando a
parte não tenha tido conhecimento atempado do facto por culpa própria (art. 506º/3
CPC).