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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

ANDRÉ CALCAGNITI PADILHA


FAGNER
FERNANDO SANTOPIETRO GARCIA
INGRID ZORDENONI MOREIRA
MARCIA MARIA MEDEIROS DE CARVALHO
MARINALDO
RODRIGO

O uso de tecnologia no Ensino Fundamental II:


propostas didáticas considerando a aprendizagem
do conteúdo de Probabilidade e Estatística.

Apresentação do Projeto Integrador:

Araras - SP
2018
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

O uso de tecnologia no Ensino Fundamental II: propostas didáticas


considerando a aprendizagem do conteúdo de Probabilidade e
Estatística.

Projeto apresentado na disciplina de Projeto


Integrador para o curso de Licenciatura em
Matemática da Fundação Universidade Virtual
do Estado de São Paulo (UNIVESP).

Tutor:

Araras - SP
2018

PADILHA, André C.; SOBRENOME, Fagner; GARCIA, Fernando S.; MOREIRA,


Ingrid Z; DE CARVALHO, Márcia M. M.; SOBRENOME, Marinaldo; SOBRENOME,
Rodrigo. O uso de tecnologia no Ensino Fundamental II: propostas didáticas
considerando a aprendizagem do conteúdo de Probabilidade e Estatística. 10f.
Relatório Técnico-Científico (Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática) –
Universidade Virtual do Estado de São Paulo. 2018.
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RESUMO

Este Relatório de Projeto Integrador tem como objetivo mostrar as atividades


realizadas nas seis primeiras semanas da matéria Projeto Integrador para
Licenciatura em Matemática I. O tema do projeto é analisar a problemática no ensino
de Probabilidade e Estatística no Ensino Fundamental e propor soluções através de
propostas didáticas utilizando tecnologias.

PALAVRAS-CHAVE: Projeto Integrador; Relatório; Problema; Probabilidade e


Estatística; Tecnologias

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SUMÁRIO

1. SEMANAS 1 E 2 .....................................................................................................4
2. SEMANAS 3 E 4......................................................................................................6
3. SEMANAS 5 E 6......................................................................................................7
REFERÊNCIAS...........................................................................................................9

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1. Semanas 1 e 2 – Aproximação ao tema: Observação e escuta de
problemas in loco

Nas duas primeiras semanas de atividades de nosso Projeto Integrador,


procuramos conhecer e nos aprofundar nos dois temas que norteiam a nossa
pesquisa: a estatística (enquanto matéria) e o acesso à tecnologias digitais móveis.
O termo Estatística tem sua origem no latim, na palavra status (estado), e apesar de
ser utilizada pelos governos das antigas civilizações, foi introduzida como matéria
apenas em meados do século XVIII (Memória, 2004). A estatística hoje é
amplamente utilizada em diversas áreas, como no mercado profissional, na
economia, pelos governos, pelas ciências, etc. Está presente em diversas
modalidades de cursos do Nível Superior, como também faz parte da grade
curricular obrigatória de cursos como o Ensino Fundamental (Lopes, 1998).
Analisamos também, através de pesquisas bibliográficas, as dificuldades e
problemas enfrentados no ensino da estatística em ambientes escolares. A maioria
dos alunos possuem dificuldade no aprendizado da matemática, pelo seu alto teor
abstrato e pelo emprego de estratégias que não são relacionadas aos contextos
sociais, econômicos, políticos e geográficos. Essas dificuldades também se
apresentam no estudo da Estatística (Silva, 2000). Pesquisas indicam que os
estudantes possuem dificuldades na utilização de ferramentas simples de análise de
dados, como a utilização de gráficos e tabelas (Cazorla et al., 1999).
Após um breve estudo da matéria Estatística (que veremos com mais
detalhes em nossos estudos do 4º bimestre), pesquisamos sobre o uso e acesso
das tecnologias digitais móveis. Segundo Borba, Silva & Gadanidis (2014), as novas
tecnologias têm oportunizado a construção de novos meios de acesso para o uso de
informação e possibilita a construção de novos conhecimentos. No entanto essa
inserção no ambiente escolar ainda ocorre de forma morosa. Ainda segundo a
UNESCO (2013), as tecnologias digitais móveis permitem ampliar as oportunidades
de educação aos estudantes nos mais diversos níveis educacionais.
Com estas definições, começamos a formar nossa metodologia de estudo e
pesquisa do Projeto Integrador. Após uma reunião com os participantes do grupo,
decidimos realizar visitas à Escola Estadual Dr. Maximiliano Baruto (localizada na
cidade de Araras/SP), na sala de aula do 7º ano, na aula de Matemática da Prof.ª
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Elizabete Silva. Participamos um pouco de uma aula que estava sendo ministrada no
período da manhã, e no final desta aula aplicamos um questionário desenvolvido em
nossa reunião aos alunos presentes na aula. O questionário, realizado de forma
simples, continha as seguintes perguntas (além das informações pessoais como
nome, idade e sexo):

1) Você possui algum aparelho de tecnologia móvel (smartphone, tablet,


notebook)?
Se sim, qual(is) aparelho(s) você possui?

2) Você faz uso de aplicativos em seu aparelho de tecnologia móvel? Se sim,


cite alguns aplicativos que você utiliza.

3) Você utiliza seu aparelho móvel para estudar ou realizar pesquisas? Se sim,
com que frequência?

4) Dentre os níveis fácil, médio e difícil, como você considera o aprendizado da


Matemática?

5) Dentre os níveis fácil, médio e difícil, como você considera o aprendizado da


matéria Estatística?

Através destas simples questões, conseguimos traçar um perfil de nosso


público de estudo. É uma classe de 35 alunos, sendo 19 meninas e 16 meninos,
com idade de 11 a 13 anos. Todos os alunos da classe possuem aparelhos
móveis: os 35 possuem smartphones, metade da classe possui notebook em
casa e apenas 10 alunos possuem tablets. Todos os alunos fazem utilização de
aplicativos, principalmente redes sociais e aplicativos audiovisuais. Apenas 65%
da sala utilizam seus aparelhos móveis para a realização de pesquisas de
estudo, e apenas se solicitado ou se necessário pelas matérias dadas pela

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escola. Mais de 60% da sala acha o aprendizado de Matemática e Estatística
difícil.
Realizamos uma pequena conversa com a Prof.ª Elizabete sobre suas
principais dificuldades no ensino da Matemática. De maneira geral, como vimos
nas dificuldades estudadas em nossas pesquisas bibliográficas, a parte abstrata
da Matemática é difícil de ser passada aos alunos. A professora possui
dificuldade em exemplificar algumas matérias (como a Estatística) nas situações
do cotidiano dos alunos, pelo fato de ser nova na sala de aula e ainda não
possuir o conhecimento do perfil da turma. De certa forma, o ensino da
Matemática acaba se resumindo à resolução de exercícios predefinidos. Quando
provocados a resolver problemas um pouco mais complexos, situacionais e de
interpretação, os alunos apresentam dificuldades.

2. Semanas 3 e 4 – Definição do Problema

Após realizarmos uma pequena introdução ao tema e a pesquisa com nosso


público e o professor responsável, nosso grupo se reuniu em mais um momento
para realizarmos a definição do problema. Após analisarmos as ferramentas
apresentadas pelo material do ambiente virtual (Matriz 2x2, Mapa da Empatia e
Mapa Mental), decidimos utilizar o Mapa da Empatia. O mapa da empatia auxilia
na identificação do sujeito para quem se produz a solução, a partir das pesquisas
realizadas, e a definição da melhor solução para o problema encontrado e o
público envolvido.
Identificamos que nosso público é misto (não há grande diferença entre o
número de meninos e meninas), com idade média de 11 a 13 anos. Apesar das
inúmeras diferenças que compõem esse grupo, identificamos alguns fatores
comuns: a utilização de tecnologias móveis (principalmente os smartphones), a
unanimidade na utilização de aplicativos (redes sociais e audiovisuais) e,
infelizmente, a dificuldade com a aprendizagem da Matemática e Estatística.
Conforme dito anteriormente, uma das principais dificuldades encontradas no
aprendizado e ensino da Matemática é o caráter abstrato da matéria. Segundo
Pia/get, a idade de nosso público de estudo está em uma transição entre duas
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fases da aprendizagem: a “Operatório Concreto” e a “Operatório Formal”. É na
fase Operatório Formal que o aluno conseguirá desenvolver problemas de ordem
mais abstrata. Observa-se, portanto, que esta dificuldade está, de certa forma,
atrelada à faixa etária dos alunos, e no caráter transitório de suas fases de
aprendizagem. Uma forma de tentar resolver esta questão seria a de elaborar
questões da disciplina mais “concretas”: relacionadas com o cotidiano dos
alunos, com suas realidades, com sua linguagem.
No entanto, conforme nossa entrevista com a Prof.ª Elizabete Silva (que
também faz parte de nosso público, pois o problema está diretamente
relacionado as suas atividades em sala), existe certa dificuldade na identificação
do perfil dos alunos e no entendimento de seu cotidiano e sua realidade para a
elaboração de “problemas mais concretos”.
Através destas análises, conseguimos definir nosso problema de forma mais
concisa para a proposta das soluções.

3. Semanas 5 e 6 – Refinando a Ideia

Após a definição do problema nas semanas 3 e 4, realizamos a primeira


reunião para tentativa de achar uma solução. O método utilizado para esta
reunião foi o Brainstorming, apresentado no material didático do ambiente virtual
e de conhecimento prévio dos integrantes do grupo. Como é comum na prática
de qualquer brainstorming, surgiram inúmeras ideias: algumas imediatamente
descartadas; outras viáveis, porém com uma necessidade de estrutura que não
seria possível de realizar pela realidade da instituição. A proposta de solução
apresentada abaixo é uma junção das melhores ideias apresentadas no
brainstorming e adaptadas da melhor maneira para a resolução de nosso
problema.
Obviamente optamos em utilizar o smartphone como plataforma de tecnologia
móvel para o ensino de Estatística. Todos os alunos da sala de aula possuem o
aparelho telefônico para a realização das atividades e exercícios propostos.
Através de um aplicativo específico para controle de dados estatísticos
(apresentaremos algumas possibilidades a seguir), proporemos aos alunos a
coleta de alguns dados estatísticos da própria turma da sala. Estes dados serão
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dados pessoais (idade, número de irmãos, altura), gostos pessoais (esportes,
filmes, livros, músicas), dados domiciliares (com quem mora, profissão dos pais,
dos irmãos), entre outros dados. Os alunos dependerão uns dos outros para
conseguir as diversas informações – o professor deverá determinar grupos na
sala e direcionar os diversos temas e dados necessários a cada um dos grupos.
Além de criar uma conexão entre os integrantes da sala para a coleta de dados,
após o tratamento dos mesmos, o professor poderá utilizar o conteúdo para
traçar o perfil da turma, entender melhor sua realidade e cotidiano e desenvolver
problemas mais concretos. Também poderá, através dos dados coletados pelos
alunos, propor problemas que serão solucionados com as informações do
aplicativo e ferramentas estatísticas: gráficos, tabelas, médias, probabilidades,
etc. Além de desenvolver nos alunos os conceitos da matéria Estatística, o
professor ficará munido de informações valiosas para a definição da turma de
sala de aula, e isto poderá ser utilizado pelos demais professores de outras
matérias.
Após a realização do brainstorming e desenvolvimento de nossa solução
inicial, o grupo ficou com a responsabilidade de buscar aplicativos estatísticos
para smartphones. Eis alguns dos aplicativos que foram destaques em nossas
buscas:
- Calculadora Estatística (Free)
- Calculadora Estatística ++
- Estatística Fácil
Todos estes aplicativos são gratuitos, e de fácil utilização e acesso.
Através destas propostas esperamos, a partir das próximas semanas de
atividades do Projeto Integrador, realizar atividades in loco com os alunos da
turma estudada, e realizar acompanhamento da evolução de conhecimento e
aprendizado das matérias de Matemática e Estatística.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Borba, M.C., Scucuglia,R. & Gadanidis, G. (2014). Fases das Tecnologias Digitais
em Educação Matemática: Sala de aula e internet em movimento, 1 ed. Belo
Horizonte: Autêntica, p. 149.
Cazorla, I. M., Silva, C.B. Vendramini, C., Brito, M.R.F. (1999). Adaptação e
Validação de uma Escala de Atitudes em Relação à Estatística. Atas da
Conferência Internacional “Experiências e Expectativas do Ensino de
Estatística – Desafios para o Século XXI”, Florianópolis, setembro.
Lopes, C.E. (1998) “Probabilidade e a Estatística no Ensino Fundamental: Uma
Análise Curricular” – Tese de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas.
Memória, M.A. e Buchweitz, B. (1987) “Mapas Conceituais”, São Paulo; Ed.
Moraes.
UNESCO (2013). Policy Guidelines for Mobile Learning. Paris, France, 41p

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