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Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul

Faculdade De Farmácia
Comissão de Saúde e Ambiente de Trabalho - COSAT

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

PLANO DE GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE
PGRSS

Porto Alegre, 2018.


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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

Rui Vicente Oppermann


Reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Jane Fraga Tutikian


Vice-Reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

José Ângelo Silveira Zuanazzi


Diretor da Faculdade de Farmácia/UFRGS

Hélder Ferreira Teixeira


Vice-Diretor da Faculdade de Farmácia / UFRGS

COSAT Faculdade de Farmácia Gestão 2017-2019

Alexandre Machado da Rosa


Presidente

Miriam Anders Apel


Vice-Presidente

Gilson Silva dos Santos


Secretário

Ana Lúcia Ávila Xavier


André Machado Rech
Andreas Sebastian Loureiro Mendez
Carla Rosane Dias da Silva
Inélia Maria Franskoviak
Júlio César Feijó Goulart
Maristela Cabral da Silva Piedade

ELABORAÇÃO 2ª Edição

Alexandre Machado da Rosa

REVISÃO 2ª Edição

Miriam Anders Apel

Implantação Elaborado por Revisado por Aprovado por Data de revisão


Alexandre Machado da Miriam Anders Apel CONSUNID FACULDADE 04/12/2018
Rosa DE FARMÁCIA

COSAT/FAR Data: 21/08/2018 Data: 04/12/2018 Data: 12/12/2018 COSAT/FAR


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Apresentação
O Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde PGRSS da Faculdade de
Farmácia compreende um conjunto de procedimentos de planejamento e gestão formulados a
partir de bases científicas e técnicas que tem o intuito de proporcionar aos resíduos gerados o
correto e seguro gerenciamento. O presente PGRSS foi elaborado no intuito de atender os
preceitos legais vigentes, sobretudo, o disposto no Artigo 2º Parágrafo 1º da Resolução RDC Nº.
222, de 28 de março de 2018 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde
(ANVISA), o qual determina a obrigatoriedade de implementação de requisitos de Boas Práticas
de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde em estabelecimentos de ensino e pesquisa
na área de saúde entre outros.
Esta segunda Edição do Plano baseia-se no disposto na Resolução RDC Nº. 222, de 28 de
março de 2018 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA) e na
Resolução Nº. 358, de 29 de abril de 2005 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).
Assim, destina-se a atender todos os preceitos básicos e necessários de identificação,
segregação, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento, tratamentos externos e
descarte seguro de resíduos gerados nas atividades de ensino, pesquisa, prestação de serviço e
extensão desenvolvidas na Faculdade de Farmácia.
Acredita-se que esta segunda Edição do PGRSS da Faculdade de Farmácia constitui-se em
excelente oportunidade de atualizar conceitos e práticas realizadas ao longo de 11 anos de
gestão de resíduos, vindo ao encontro do processo de educação continuada preconizado na nova
normativa. Espera-se que a inserção do conceito de Boas Práticas no Gerenciamento de Resíduos
de Serviço de Saúde, venha a contribuir no sentido de reforçar práticas e elementos necessários
para implementação efetiva de uma cultura de gestão adequada destes resíduos com seguimento
dos preceitos técnicos e marcos legais vigentes.
Deseja-se, com tal altitude, em última análise, proporcionar segurança a comunidade
interna com relação aos riscos iminentes representados pela possibilidade de contaminação por
resíduos infectantes e possíveis acidentes por manipulação inadequada de produtos químicos
perigosos, materiais e equipamentos. Para viabilizar e sedimentar o processo de implantação
desta Segunda Versão do PGRSS da Faculdade de Farmácia serão realizados treinamentos,
monitoramento contínuo e avaliação das atividades, visando o controle total dos Resíduos de
Serviço de Saúde gerados.
O PGRSS da Faculdade de Farmácia está em consonância com o Plano de desenvolvimento
Institucional PDI UFRGS 2016 – 2026 e Regimento Interno da Faculdade de Farmácia.
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Abreviaturas

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

AGA: Assessoria de Gestão Ambiental / UFRGS

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária / MS

ARIP: Aterro de Resíduo Industrial Perigoso

CAT: Comunicação de Acidente de Trabalho

CGTRQ/IQ: Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos/Instituto de Química UFRGS

CONAMA: Conselho Nacional do Meio Ambiente/Ministério do Meio Ambiente

CONSUNID: Conselho da Unidade da Faculdade de Farmácia

COSAT: Comissão de Saúde e Ambiente de Trabalho

DMALIC: Departamento de Meio Ambiente e Licenciamento / UFRGS

DMLU: Departamento Municipal de Limpeza Urbana de Porto Alegre RS

DSMT: Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho / UFRGS

EDUFRGS: Escola de Desenvolvimento de Servidores UFRGS

EPC’S: Equipamentos de Proteção Coletiva

EPI’S: Equipamentos de Proteção Individual

FAIS: Formulário de Acidente e Incidente em Serviço

FEPAM: Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - RS

FISPQ: Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos

MS: Ministério da Saúde

NBR: Norma Brasileira (ABNT)

NR: Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho e Emprego MTE

PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde

SUINFRA: Superintendência de infraestrutura UFRGS

UFRGS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................. 3
ABREVIATURAS .............................................................................................................. 4
1. OBJETIVO .............................................................................................................. 7
2. IDENTIFICAÇÃO ....................................................................................................... 7
3. RESPONSABILIDADE .................................................................................................. 7
3.1 Todos os envolvidos no processo de geração: ................................................ 7
3.2 Comissão de Saúde e Ambiente do Trabalho (COSAT): ..................................... 8
3.3 Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho (DSMT): ..................................... 8
3.4 Farmacêutico Responsável Técnico: ........................................................... 8
3.5 Fiscais dos Pontos de Coleta de RSS (Unidades UFRGS onde existem a coleta): ........ 9
3.6 Empresas Terceirizadas Contratadas: ......................................................... 9
4. CLASSIFICAÇÃO DOS RSS GERADOS ................................................................................................................. 9
4.1 Grupo A ........................................................................................... 10
4.2 Grupo B ........................................................................................... 10
4.3 Grupo D ........................................................................................... 12
4.4 Grupo E ........................................................................................... 13
5. INSUMOS NECESSÁRIOS..................................................................................................................................... 13
6. CUIDADOS ESPECIAIS NO MANEJO DE RESÍDUOS ........................................................................................ 14
7. DOCUMENTOS RELACIONADOS........................................................................................................................ 15
8. PROCEDIMENTO.................................................................................................................................................. 15
8.1 Identificação, Segregação e acondicionamento............................................. 15
8.1.1 Identificação ........................................................................................................................................... 15
8.1.2 Segregação ................................................................................................... 16
8.1.3 Acondicionamento .......................................................................................... 18
8.1.4 Inventário .................................................................................................... 19
8.2 Armazenamento, Coleta e Transporte ....................................................... 20
8.2.1 Periodicidade da coleta ........................................................................................................................ 21
9. DIAGNÓSTICO DE RESÍDUOS GERADOS ......................................................................... 22
10. NOTIFICAÇÃO DE INCIDENTES E ACIDENTES DE TRABALHO ............................................... 23
11. FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO CONTINUADA EM RSS.............................................................. 24
11.1 Programa de Capacitação e Educação Continuada em RSS ................................ 25
11.1.1 Curso de Capacitação de Gestão de Resíduos Laboratoriais ..................................................... 25
11.1.2 Treinamento de Gestão de Resíduos Químicos ............................................................................ 26
10.1.3 Treinamento de Gestão de Resíduos Infectantes (Biológicos) ................................................... 26
10.1.4 Treinamento de Abandono de Edificação ............................................................................................ 27
12. PLANEJAMENTO E CRONOGRAMA DE AÇÕES ............................................................................................... 28
13. GLOSSÁRIO .......................................................................................................................................................... 30
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................................... 36
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15. ANEXOS .............................................................................................................................................................. 39


15.1 ANEXO I - Classificação dos Resíduos Químicos para fins de Coleta pelo CGTRQ ...... 41
15.2 Anexo II – Modelos dos Rótulos para Descarte de Resíduos Químicos.................... 46
15.3 Anexo III - Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Químicos Líquidos e Sólidos
Descartados ............................................................................................. 49
15.4 Anexo IV – Identificação de Resíduos Comuns Classe D Recicláveis e Não Recicláveis 51
15.5 Anexo V - Identificação do Resíduo Grupo A ................................................ 52
15.6 Anexo VI – Identificação do Resíduo Grupo E Contaminado com Grupo A .............. 53
15.7 Anexo VII – Rotina de Manejo de Resíduos Infectantes e Perfuro cortantes dos Grupos A
& E 54
15.8 Anexo VIII – Manifesto de Transporte de Resíduos MTR ................................... 55
Manifesto de Transporte de Resíduos MTR ON LINE FEPAM emitido pelo gerador ........... 55
15.9 Anexo IX – Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Infectantes (Biológicos) ........ 56
15.10 Anexo X – Quantitativo de resíduos químicos encaminhados para tratamento e
disposição final em 2017.............................................................................. 57
15.11 Anexo XI Quantitativo de Resíduos Infectantes e perfurocortantes encaminhados em
2017...... ................................................................................................ 58
15.12 Anexo XII Formulário de Acidente e Incidente de Serviço ............................. 59
15.13 Anexo XIII – Classificação de Resíduos Químicos e sua destinação proposto pelo
CGTRQ/IQ UFRGS ...................................................................................... 61
15.14 Anexo XIV – Tabela de Incompatibilidade Química ...................................... 62
15.15 Anexo XV - Lista das principais substâncias utilizadas em serviços de saúde que
reagem com embalagens de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) ............................ 64
15.16 Anexo XVI - Substâncias que devem ser segregadas, acondicionadas e identificadas
separadamente ......................................................................................... 64
15.17 Anexo XVII – Programa do Curso de Capacitação de Gestão de Resíduos
Laboratoriais. .......................................................................................... 65
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1. Objetivo
Estabelecer um plano de segregação, controle e destinação final de Resíduos de Serviço de
Saúde (RSS) gerados na Faculdade de Farmácia/UFRGS. Ainda, objetiva-se estabelecer rotinas
para o correto acondicionamento dos mesmos para transporte e destinação final, obedecendo às
normas de biossegurança e às legislações ambientais vigentes, bem como, identificação e
quantificação dos RSS gerados, visando a quantificação e redução da geração dos mesmos.

2. Identificação
Razão Social: Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Faculdade de Farmácia
CGC: 92.969.856/0001-98
Ramo de atividade: Ensino, pesquisa e extensão.
Grau de risco (NR 4): 3 (três)
Turnos de trabalho: diurno, noturno.
Responsável técnico: Farm. Ind. Alexandre Machado da Rosa CRF/RS Nº4513

3. Responsabilidade

3.1 Todos os envolvidos no processo de geração:

• Coletar todos os RSS durante os processos de geração dos mesmos;

• Segregar os RSS gerados de acordo com a classificação estabelecida na Resolução RDC


ANVISA Nº 222 de 28/03/18 em resíduos químicos - conforme Anexo I, resíduos
infectantes, vidrarias de laboratório e perfuro cortantes;

• Identificar corretamente os RSS gerados através do rótulo padrão;

• Solicitar coleta de resíduos químicos e vidaria de laboratório quebrada (quando


geradores), via sistema on line, ao CGTRQ/IQ;

• Realizar descarte de resíduos infectantes (quando geradores) e perfuro cortantes na área


de armazenamento temporário de acordo com o protocolo;

• Efetuar a correta segregação e descarte de resíduos comuns classe D de acordo com este
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3.2 Comissão de Saúde e Ambiente do Trabalho (COSAT):

• Elaboração e implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de saúde


PGRSS;

• Realizar os treinamentos necessários para todos os envolvidos com o cumprimento do


PGRSS;

• Planejamento e operacionalização das sistemáticas de gerenciamento de Resíduos de


Serviço de Saúde PGRSS no âmbito da Faculdade de Farmácia;

• Divulgação de material relativo através de comunicados, palestras, participação em


reuniões e eventos;

• Fiscalização do cumprimento das determinações constantes no PGRSS;

• Emissão e disponibilização de Relatório Anual de Atividades, incluindo ações de


capacitação e sensibilização da comunidade interna e o quantitativo de RSS encaminhados
para tratamento e disposição final.

3.3 Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho (DSMT):

• Assessoria para implementação das normas de segurança no âmbito da Faculdade de


Farmácia;

• Elaboração de projetos e estudos técnicos;

• Realização de inspeções de segurança e perícias técnicas;

• Colaboração nas ações educativas propostas pela COSAT/FAR;

• Auxílio na elaboração e revisão de documentação.

3.4 Farmacêutico Responsável Técnico:

• Garantir que os RSS sejam segregados e descartados corretamente, providenciando a


destinação final adequada dos diversos tipos de resíduos, através de empresas ou órgãos
especializados, arquivando os registros;

• Requerer às empresas prestadoras de serviços terceirizados a apresentação de licença


ambiental para o tratamento ou disposição final dos resíduos;
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• Requerer às empresas e órgãos prestadores de serviços o relatório de RSS encaminhados


para transporte, inativação e disposição final;

• Elaborar Relatório Final Anual contendo quantitativo de RSS destinados e/ou inativados;

• Monitorar os indicadores como instrumentos de avaliação e controle, que permitam


acompanhar a eficácia do PGRSS implantado.

3.5 Fiscais dos Pontos de Coleta de RSS (Unidades UFRGS onde existem a coleta):

• Emitir Manifestos de Transporte de Resíduos MTR´S para cada coleta de resíduos


infectantes para entrega em mãos ao funcionário responsável;
• Acompanhar os serviços de recolhimento da empresa especializada na Unidade;
• Garantir que os resíduos estejam bem armazenados, respeitando o peso máximo de 25 kg
por bombona de 200 litros;
• Garantir que a empresa realize a coleta nos horários e dias programados;
• Atentar para que os funcionários da empresa estejam uniformizados e trajando os
equipamentos de proteção individual necessários para realização do serviço;
• Atentar para o estado de higiene das bombonas vazias que serão deixadas no local;
• Conferir e assinar a guia de coleta dos resíduos;
• Comunicar à CMALIC falhas recorrentes na prestação dos serviços pela empresa.

3.6 Empresas Terceirizadas Contratadas:

• Apresentar, quando solicitado, a licença ambiental do órgão competente para o


transporte, tratamento ou disposição final de resíduos.

• Transportar e destinar o material descartado de acordo com as Leis Municipais e Normas


técnicas, apresentando comprovação de descarte;

• Permitir visitas in loco na unidade de tratamento de resíduos dos fiscais responsáveis;

• Emitir e disponibilizar relatórios periódicos do quantitativo de RSS destinados e/ou


inativados.

4. Classificação dos RSS Gerados


Pela classificação definida na Resolução RDC Nº 222 ANVISA de 28/03/2018 os resíduos
gerados na Faculdade de Farmácia se enquadram nos seguintes grupamentos:
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4.1 Grupo A

Compreendem os resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção. Os RSS pertencentes ao Grupo A gerados na
Faculdade de Farmácia enquadram-se nos subgrupos A1 e A4 da Resolução RDC Nº. 222, de 28 de
março de 2018 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (ANVISA) a
saber:
• Culturas e estoques de microorganismos; meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência, inoculação ou mistura de culturas;
• Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e
materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos
corpóreos na forma livre;
• Sobras de amostras de laboratórios e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções,
provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de conter agentes
Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco de disseminação, ou
microorganismo causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente
importante ou cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido;
• Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
• Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais não
submetidos a processos de experimentação com inoculação de microorganismos, bem como
suas forrações.
Estes resíduos devem ser acondicionados em sacos específicos para material infectante
disponíveis no Almoxarifado da Faculdade de Farmácia e descartados pelos geradores conforme
rotina de manejo de resíduos infectantes estabelecida no presente plano.

4.2 Grupo B

Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública ou ao
meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade.
Dentro das atividades desenvolvidas na Faculdade de Farmácia, enquadram-se neste grupo:

• Resíduos de matérias primas e produtos acabados sólidos, semi-sólidos e líquidos,


incluindo aqueles pertencentes às classes de produtos hormonais, antimicrobianos;
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citostáticos; anti-neoplásicos; imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; anti-


retrovirais.

• Resíduos de matérias-primas e produtos acabados sólidos, semi-sólidos e líquidos, dos


Medicamentos controlados pela Portaria do Ministério da Saúde (MS) 344/98 e suas
atualizações;

• Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados;


reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;

• Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas e químicas.


OBS Nº1: As características dos riscos destas substâncias são as contidas na Ficha de Informações
de Segurança de Produtos Químicos - FISPQ, conforme a Norma Brasileira (NBR) 14725 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e Decreto Nº 2.657, de 3 de julho de 1998 que
promulga a Convenção Nº 170 da OIT, relativa à Segurança na Utilização de Produtos Químicos
no Trabalho, assinada em Genebra, em 25 de junho de 1990. A FISPQ não se aplica aos produtos
farmacêuticos e cosméticos.
OBS Nº2: Os resíduos do Controle de Qualidade, ou seja, restos de reagentes de análises, restos
de amostras para análises devem ser acondicionados conforme a Incompatibilidade dos Resíduos.

• Matérias-primas e produtos acabados, incluindo produto acabado comercial vencido,


contaminado, reprovado, interditados e demais impróprios para o consumo.

• Resíduos perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da ABNT, por sua toxicidade,
corrosividade, inflamabilidade e reatividade.

• Quaisquer resíduos do Grupo D contaminados por agente químico.

Os resíduos gerados devem ser segregados observando-se as exigências de compatibilidade


química dos resíduos entre si, constate no ANEXO X, assim como de cada resíduo com os
materiais das embalagens, de forma a evitar reação química entre os componentes do resíduo e
da embalagem, conforme ANEXO XI, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade
de que o material da embalagem seja permeável aos componentes do resíduo. Os resíduos
químicos gerados também deverão ser acondicionados e rotulados de acordo com a classificação
química estabelecida pelo Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos do Instituto de
Química CGTRQ/IQ UFRGS para transporte e coleta.
Os resíduos químicos resultantes das atividades desenvolvidas na Faculdade de Farmácia
são armazenados durante sua geração em local determinado e identificado nas próprias
instalações dos laboratórios geradores até a semana mensal de coleta (ver rotina de manejo de
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resíduos químicos). Durante a semana de coleta mensal, os referidos resíduos são coletados sob
orientação dos técnicos da COSAT/FAR e transportados até o Almoxarifado de Produtos Químicos
da Faculdade de Farmácia, este devidamente identificado com sinalização de segurança baseada
na norma NBR 7500 da ABNT, no qual aguardam para embarque até o CGTRQ/IQ UFRGS.

4.3 Grupo D

Tratam-se de resíduos comuns gerados nos processos de trabalho e ensino na Faculdade de


Farmácia que não contenham material perfurocortante e não apresentem risco biológico,
químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares.
Enquadram-se neste grupo, os resíduos orgânico e reciclável.
Dentro da classificação de resíduos orgânicos, enquadram-se, dentre outros, os seguintes:

• Papel de uso sanitário, absorventes higiênicos;

• Sobras de alimentos e do preparo de alimentos resultantes da cantina (bar) e refeitório


dos servidores e funcionários terceirizados;

• Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.

Dentro da classificação de resíduos recicláveis, enquadram-se, dentre outros, os seguintes:

• Resíduos provenientes das áreas administrativas;

• Papel, papelão, vidro, plástico provenientes ou não de laboratórios (quando estiver


quebrado deve ser embalado antes de descartado), metal das áreas produtivas e que não
tenham sido incluídos nos Grupos A e B;

• Equipamentos de Proteção Individual (EPI´S) não contaminados;

• Embalagens secundárias e primárias de quaisquer medicamentos ou outro produto


farmacêutico não incluídos nos Grupos A e B.

Estes resíduos devem ser segregados obedecendo os critérios estabelecidos na política de


Gestão Ambiental UFRGS e acondicionados de acordo com as orientações do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana DMLU do Município de Porto Alegre RS, utilizando-se sacos
plásticos impermeáveis, identificados em resíduos recicláveis (secos - sacos azuis) ou não
recicláveis (orgânico e outros – sacos pretos), para possibilitar a coleta seletiva.
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4.4 Grupo E

Deste Grupo podem ser gerados na Faculdade de Farmácia os seguintes materiais perfuro
cortantes ou escarificantes: agulhas, ampolas de vidro, lâminas de bisturi, seringas, tubos
capilares, micropipetas, lâminas e lamínulas, espátulas e todos os utensílios de vidro quebrados
no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e similares. Estes resíduos
devem ser acondicionados em coletores específicos para material perfuro cortante disponíveis
no Almoxarifado da Faculdade de Farmácia ou caixas de papelão padrão rígidas e resistentes e
descartados pelos geradores conforme rotina de manejo de materiais perfuro cortantes
estabelecida no presente plano.

5. Insumos Necessários
Considerando a variedade e volume de Resíduos de Serviço de Saúde gerados nos
diferentes processos de ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Faculdade de Farmácia, para
seu gerenciamento correto e eficaz são necessários, basicamente, os insumos a seguir:

• Microcomputador com acesso à internet para realizar a solicitação de serviços ambientais


(coleta de resíduos químicos e vidraria de laboratório) para o CGTRQ;

• Rótulos padrão de identificação;


• Fita adesiva para colagem de rótulos;
• Lápis;
• Planilhas eletrônicas para registro;

• Embalagens apropriadas (bombonas plásticas, frascos de vidro âmbar com bocal largo, sacos
plásticos transparentes e caixas plásticas padronizadas e identificadas e caixas de papelão)
para armazenamento e transporte dos resíduos químicos Classe B para tratamento e
destinação a cargo do CGTRQ/IQ, mediante convênio estabelecido com a Faculdade de
Farmácia;

• Sacos de lixo pretos (resíduos não recicláveis) e azuis (resíduos recicláveis) para coleta
(padrão adotado pela Política de Gestão Ambiental UFRGS) e transporte do resíduo Grupo D
através do Sistema de Coleta de Lixo Municipal;

• Sacos de lixo branco leitoso com simbologia específica para coleta e transporte dos resíduos
infectantes – Grupo A - para transporte, tratamento e destinação final empresa especializada
contratada;

• Coletor de papelão rígido para resíduos perfuro cortantes (Grupo E);


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• Carro coletor apropriado;

• EPI’s (luvas, avental, óculos de proteção e máscara específica para cada tipo de resíduos).

6. Cuidados Especiais no Manejo de resíduos

• Todos os resíduos a serem descartados, devem ser acondicionados em embalagens


apropriadas que atendam além das normas de biossegurança e as legislações vigentes, a
rotina interna de manejo estabelecida neste PGRSS;

• Todos os resíduos perigosos a serem descartados devem ser identificados e armazenados na


área de armazenamento temporário (Químicos Classe B e Infectantes Classe A), enquanto
aguardam o transporte para a destinação final;

• A destinação final de resíduos comuns Classe D Resolução RDC Nº 222 é de 28/03/18 é feita
por empresa terceirizada contratada pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana
(DMLU);

• As culturas e estoques de microorganismos, os meios de cultura e instrumentais utilizados


para transferência, inoculação ou mistura de culturas devem ser autoclavados durante 30
minutos a 1 atm. Após esterilizados e resfriados, estes podem ser acondicionados em sacos
pretos e descartados juntamente com os resíduos orgânicos (não recicláveis) no contêiner
externo destinado a estes resíduos;

• Os resíduos gerados devem ser identificados de forma clara e duradoura, utilizando o modelo
de rótulo contendo a informação específica sobre o conteúdo e a fonte geradora, conforme
ANEXO II;

• Inventários anuais de resíduos químicos e infectantes devem ser realizados, utilizando ficha
modelo para inventário dos resíduos descartados, constante no ANEXO II ou dados fornecidos
pelos órgãos/empresas contratadas ou conveniadas;

• Deve-se sempre ter em mente que cada um é responsável pelo resíduo desde sua geração até
que este seja encaminhado para a área de descarte provisória, onde o gerador torna-se
corresponsável pelo mesmo até sua neutralização ou queima;

• Em caso de disposição do resíduo em aterro de resíduo industrial perigoso ARIP, a


corresponsabilidade, compartilhada também com o empreendimento, somente cessará com a
extinção do mesmo (degradação total).
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7. Documentos Relacionados
Para o correto e eficaz gerenciamento dos RSS gerados na Faculdade de Farmácia definidos
na Resolução RDC Nº 222 ANVISA de 28/03/2018, deve-se manter arquivados para
disponibilização da fiscalização sanitária e ambiental, em meio físico ou digital por no mínimo
cinco anos, os seguintes documentos:
• Registros de recuperação, descarte e destinação dos RSS, incluindo os Manifestos de
Transporte de Resíduos MTR FEPAM emitidos pelo gerador (Faculdade de Farmácia)
para coleta terceirizada de resíduos dos grupos A e E;
• Cópia do contrato de prestação de serviços e da licença ambiental das empresas
prestadoras de serviços para a destinação dos RSS;
• Cópia do PGRSS também deverá estar disponível para consulta, além dos órgãos de
vigilância sanitária ou ambientais, dos funcionários, dos pacientes e do público em
geral.

8. Procedimento
As ações relativas à identificação, segregação, acondicionamento, inventários,
armazenamento, coleta, transporte e destinação final dos RSS serão tratadas separadamente e
descritas a seguir.

8.1 Identificação, Segregação e acondicionamento

8.1.1 Identificação

Grupo A
A identificação dos resíduos do Grupo A será feita por meio do rótulo e embalagem
específicos para “Resíduo Infectante ou Biológico” com a simbologia correspondente, conforme
Anexo IV.

Grupo B
A identificação das bombonas plásticas e frascos de vidro contendo resíduos químicos
líquidos e dos sacos plásticos transparentes contendo resíduos químicos sólidos será feita através
dos rótulos padrão fornecidos pelo CGTRQ, adotados neste PGRSS, contendo a descrição
detalhada do resíduo, conforme Anexo II.
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Grupo D
Os resíduos do Grupo D serão identificados como “Resíduo reciclável” lixeiras e sacos azuis
e “Resíduo não reciclável (orgânico)” lixeiras e sacos pretos, conforme a sua classificação e
segregação.

Grupo E
A identificação do resíduo Grupo E vai depender da presença ou não dos resíduos dos
Grupos A ou B, conforme segue:
• Os resíduos do Grupo E não contaminados com resíduos dos Grupos A e B serão
identificados com a Inscrição “Matéria Prima para Reciclagem”, conforme rótulo do
Anexo III;
• Os resíduos do Grupo E contaminados com resíduos do Grupo A serão identificados
com rótulos destinados a “Resíduo Infectante ou Biológico”, com a correspondente
simbologia, conforme rótulo do Anexo V;
• Os resíduos do Grupo E contaminados com resíduos do Grupo B serão identificados
com rótulos destinados a resíduos químicos específicos, conforme modelo do rótulo
constante no Anexo III.

8.1.2 Segregação

Grupo A

• Os Resíduos do Grupo A devem ser segregados e recolhidos em sacos brancos apropriados


contendo a simbologia específica destinada a resíduos infectantes separadamente dos
demais, para descarte pelo gerador devidamente identificado na área de descarte e
armazenamento temporário de resíduos dos grupos A e E da Faculdade de Farmácia,
aguardando posterior recolhimento pela empresa terceirizada contratada pela UFRGS
mediante licitação (Ver Rotina de manejo de Resíduos dos Grupos A & E).

Grupo B
Os Resíduos do Grupo B devem ser segregados conforme descrito abaixo:

• Matéria-prima e reagentes: as matérias-primas e reagentes rejeitados no recebimento


devem ser devolvidos, conforme previamente acordado com o seu fornecedor ou
encaminhados para redistribuição a outras unidades da UFRGS ou descarte junto ao Centro
de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos/ Instituto de Química (CGTRQ/IQ);
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• Matérias-primas ou reagentes rejeitados por vencimento do prazo de validade devem ser


encaminhados para recuperação ou descarte conforme ANEXO I;

• Material de embalagem: o material de embalagem não contaminado rejeitado deve ser


devolvido ao fornecedor ou descartado como resíduo Grupo D. Material de embalagem
primário contaminado com produto deve ser encaminhado para descarte conforme ANEXO
I;

• Resíduos sólidos e líquidos provenientes dos processos produtivos e analíticos, produtos


acabados reprovados, devolvidos devem ser encaminhados para descarte de acordo com
rotina de manejo estabelecida neste PGRSS para o CGTRQ/IQ, conforme ANEXO I.

Grupo D

• Os Resíduos provenientes do Grupo D devem ser segregados conforme a classificação


usando padrão de cores estabelecidos pela Política Ambiental UFRGS, em resíduo
reciclável (saco azul e lixeira azul) ou resíduo não reciclável (orgânico) saco e lixeira na
cor preta;

• Todo o material impresso como rótulos, laudos e fichas de pesagem deverão ser
descaracterizados e rasgados antes do descarte em lixo reciclável. Os demais materiais
impressos não devem ser rasgados antes do descarte.

Grupo E

Resíduos provenientes do Grupo E devem estar separados do restante dos resíduos para evitar
eventuais acidentes, dispostos em coletores identificados. Os resíduos deste grupo devem estar
separados em 2 classes:

• Resíduos do Grupo E não contaminados e contaminados com resíduos do Grupo A, devem


ser descartados juntamente em coletores apropriados na Área de Armazenamento
Temporário de Resíduos Infectantes;

• Resíduos do Grupo E contaminados com resíduos do Grupo B devem ser descartados como
resíduos químicos sólidos, porém em caixas de papelão rígidas, utilizando o padrão de
classificação e rotulagem próprio para estes adotados neste PGRSS.
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8.1.3 Acondicionamento

Grupo A
O acondicionamento dos resíduos do Grupo A deve ser feito em sacos plásticos,
impermeáveis e resistentes, de cor branca leitosa contendo a simbologia específica dos resíduos
infectantes ou biológicos.

Grupo B
O acondicionamento dos resíduos químicos sólidos deverá ser feito em sacos plásticos
transparentes ou em potes plásticos devidamente identificados, e estocados na área adequada.
Os resíduos químicos líquidos coletados devem ser acondicionados em bombonas plásticas
resistentes e impermeáveis de capacidade de 5 ou 10 litros ou em frascos de vidro âmbar de 1
litro com bocal largo, conforme a quantidade gerada pelo laboratório, respeitando a
incompatibilidade dos resíduos e a coleta segregada conforme a classificação estabelecida no
ANEXO I. O recipiente de coleta deve ser fechado quando 2/3 de sua capacidade estiver
preenchida.

Grupo D
Os Resíduos do Grupo D, classificados como orgânico, devem ser acondicionados em sacos
pretos resistentes de modo a evitar derramamento durante seu manuseio e transporte.
Os Resíduos do Grupo D, classificados como reciclável, devem ser acondicionados em sacos
azuis resistentes.

Grupo E
Os resíduos do Grupo E devem ser acondicionados em recipientes rígidos, estanques,
vedados, impermeáveis e identificados com inscrição de perfuro cortante (coletores específicos
apropriados ou caixas de papelão rígidas).
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8.1.4 Inventário
Grupo A
O quantitativo de resíduos infectantes enviados para tratamento e disposição final por
conta da empresa terceirizada contratada pela UFRGS deve ser informado aos fiscais
responsáveis pelos respectivos pontos de coleta ao menos uma vez por ano para finalidade de
relatório ou a critério da própria unidade geradora de resíduos. Entretanto, a responsabilidade
da realização do inventário dos resíduos do Grupo A é do próprio gerador, através de uma
estimativa de geração mensal deste. Os dados devem ser anotados em uma planilha modelo,
conforme Anexo VIII – Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Infectantes (Biológicos), e
enviadas para a COSAT no endereço eletrônico cosat@farmacia.ufrgs.br sempre que solicitado
ou ao menos uma vez ao ano.

Grupo B
A inserção do quantitativo de resíduos químicos Grupo B é realizada pelo responsável da
solicitação de coleta de cada laboratório gerador mensalmente. Os dados de geração são
inseridos no sistema desenvolvido pelo CPD UFRGS para o CGRTQ. O inventário dos resíduos do
Grupo B, por categoria de produto químico, é disponibilizado, portanto pelo próprio CGTRQ à
COSAT/FAR anualmente, que repassa a Direção da Faculdade de Farmácia através do Relatório
Anual da COSAT. Entretanto, inventários anuais de resíduos também devem ser realizados pelo
gerador, no local da geração, e enviadas para o endereço eletrônico cosat@farmacia.ufrgs.br,
após o termino de cada ano. A planilha de quantificação deve seguir o modelo, conforme Anexo
III.

Grupo D
Torna-se muito difícil a apuração do quantitativo dos resíduos comuns classe D (recicláveis
e não recicláveis) devido à grande quantidade gerada diariamente e pelo fato da coleta ser
realizada por empresa terceirizada contratada diretamente pelo próprio Departamento
Municipal de Limpeza Urbana, DMLU, da Prefeitura de Porto Alegre. Desta forma, constatou-se
que não será possível quantificá-lo ou estimá-lo. Por outro, a COSAT/FAR compromete-se a
realizar campanha permanente direcionada a todos os geradores visando a correta segregação
deste tipo de resíduo utilizando as cores padrão adotadas pela Política Ambiental UFRGS.
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Grupo E
Os resíduos do Grupo E contaminados com resíduos do Grupo A terão sua geração mensal
estimada utilizando o modelo, de acordo com o Anexo VI juntamente com os resíduos do Grupo
A, e aqueles contaminados com resíduos do Grupo B serão quantificados mensalmente, conforme
Anexo II juntamente com os resíduos do Grupo B.

8.2 Armazenamento, Coleta e Transporte

O armazenamento temporário dos resíduos deve ser realizado em áreas apropriadas com
dimensionamento compatível com as características quantitativas e qualitativas dos resíduos
gerados.
Os resíduos do Grupo A (resíduos de coletas e experimentos laboratoriais, carcaças de
animais de experimentação e semelhantes) de fácil putrefação são armazenados em freezer,
utilizado exclusivamente para esta finalidade na área de armazenamento temporário de resíduos
infectantes, localizada no andar térreo da Faculdade de Farmácia, até o recolhimento para
destinação final por empresa terceirizada contratada. Já a maravalha (cama) usada pelos
animais de experimentação no biotério, bem como, as embalagens contendo perfurocortantes,
são descartadas em bombonas de capacidade 200 L de cor azul disponibilizadas pela empresa
terceirizada neste mesmo ambiente.
A coleta e o transporte interno dos resíduos do Grupo A e E (perfurocortantes
contaminados com resíduos do Grupo A) até a área de armazenamento temporário são realizados
pelo gerador. A coleta e o transporte interno dos resíduos do Grupo E (perfurocortantes não
contaminados e aqueles contaminados com resíduos do grupo B) também são realizados pelo
próprio gerador que, obedecendo a rotina de manejo destes resíduos, se dirige até a portaria da
Faculdade de Farmácia, se identifica e retira a chave da área de armazenamento temporário
para descarte do resíduo.
A coleta e o transporte interno dos resíduos do Grupo B até o Almoxarifado de produtos
químicos da Faculdade Farmácia (área de armazenamento temporário de resíduos químicos
sólidos e líquidos) são realizados pelo gerador de acordo com escala mensal de descarte. O
transporte interno dos resíduos do Grupo B (Químicos), além de vidraria de laboratório
quebrada, contaminada ou não devidamente identificada e acondicionada até a área de
armazenamento temporário é realizado com supervisão e auxílio de membros da COSAT. A
coleta e transporte externo dos resíduos do Grupo B é realizada por veículo pertencente ao
CGTRQ/IQ conforme convênio estabelecido entre este e a Faculdade de Farmácia.
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O transporte externo dos resíduos comuns recicláveis e não recicláveis são realizados por
empresas terceirizadas específicas para cada tipo de resíduo, contratadas pelo DMLU. Já a
coleta e o transporte externo dos resíduos dos Grupos A e E para destinação final são realizados
por empresa contratada pela UFRGS mediante licitação.

8.2.1 Periodicidade da coleta

• Recolhimento do resíduo Grupo D: Não reciclável (orgânico) diário e reciclável 03 vezes por
semana.

• Recolhimento do resíduo especial:

- Resíduos do Grupo A e E (contaminados com resíduos do Grupo A): 03 vezes por semana
no ponto de coleta da Faculdade de Farmácia e uma vez por semana no Ponto de Coleta do
Prédio Anexo da Rua São Luiz;

- Resíduos Grupo B e E (contaminados com resíduos do grupo B): mensal.


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9. Diagnóstico de Resíduos Gerados


Internamente, o gerenciamento de resíduos da Faculdade de Farmácia, sobretudo os
resíduos químicos Grupo B e os resíduos potencialmente infectantes e perfurocortantes Grupos A
& E da Resolução Nº 222 de 28/03/2018 da ANVISA, está a cargo da COSAT que é também
responsável pela elaboração, implementação e manutenção do Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviço de Saúde PGRSS.
A partir do convênio estabelecido entre a Faculdade de Farmácia e o CGTRQ em 2005, foi
disponibilizado suporte técnico de transporte, tratamento e destinação final para os resíduos
químicos gerados mediante transferência orçamentária de verba. Pelo acordo, o mesmo se
tornou responsável pela coleta mensal e tratamento e disposição final dos resíduos químicos
gerados nas atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas nos laboratórios da
Faculdade de Farmácia.
Quanto ao gerenciamento de resíduos químicos, as atribuições da COSAT são: organização
interna e operacionalização da coleta de resíduos, distribuição de produtos químicos para os
laboratórios, organização do treinamento obrigatório ministrado pelo centro para os geradores,
emissão de relatórios. Na implantação da rotina de gerenciamento dos resíduos químicos na
Faculdade de Farmácia, a COSAT realizou, em 2007, um mapeamento prévio dos laboratórios
geradores, organizado por andar. Paralelo a isso, a COSAT solicitou às chefias de laboratórios
que nomeassem um responsável pela segregação, rotulagem e embalagem dos resíduos de
acordo com protocolo repassado nos treinamentos teórico e prático. Num segundo momento,
procedeu-se aos treinamentos organizados pela COSAT e ministrados pelo CGTRQ com vistas a
capacitar os responsáveis nos laboratórios pelo gerenciamento interno dos resíduos químicos.
Diferentemente dos resíduos químicos, a operacionalização interna do descarte dos
resíduos dos Grupos A & E Resolução RDC Nº 222 ANVISA gerados nas atividades laborais, de
ensino e pesquisa na Faculdade de Farmácia, também inclusos no PGRSS, não é realizada
diretamente pela equipe da COSAT em sua totalidade. Quem efetua o descarte, ou seja, o
transporte do resíduo devidamente embalado e rotulado até a área de armazenamento
temporário é o próprio gerador (Anexo VI). Já a sua coleta é realizada por uma empresa
especializada licenciada, escolhida por processo licitatório pela UFRGS.
A organização e fiscalização interna do almoxarifado de armazenamento temporário de
resíduos dos Grupos A & E da Faculdade de Farmácia ficam por conta dos Fiscais do Ponto de
Coleta nomeados entre os membros da COSAT, o qual também recebe inspeções periódicas de
técnicos do Departamento de Meio ambiente e Licenciamento SUINFRA UFRGS.
Partindo da observação dos dados de geração de resíduos químicos da Faculdade de
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Farmácia, constatou-se que o volume gerado, bem como, as relações entre as diferentes classes
se mantiveram constantes com tendência a um incremento na quantidade gerada ao longo dos
anos desde 2008 (Anexo X).
Seguindo a linha dos resíduos gerados em maior volume, cabe salientar a grande
quantidade de solventes orgânicos não halogenados e solventes passíveis de purificação,
justamente sobre os quais se têm a oportunidade de se realizar técnicas de reaproveitamento.
Desde 2011 a COSAT divulga, em seu relatório anual, o quantitativo de resíduos químicos
coletados e encaminhados para tratamento e disposição final e a partir de 2013, o levantamento
de resíduos infectantes e perfuro cortantes descartados durante o ano pelos geradores do posto
de coleta da Faculdade de Farmácia, que inclui os resíduos gerados pela Escola de Enfermagem e
Creche UFRGS (Anexo XI). Pretende-se com isto gerar subsídios para reforçar a realização de
ações junto aos geradores, visando melhorar a segregação dos referidos resíduos e
consequentemente, redução no custo do serviço de coleta, transporte, tratamento e disposição
final.
Como já referenciado anteriormente, os resíduos comuns recicláveis e não recicláveis
coletados internamente por funcionários terceirizados e externamente por empresa contratada
pelo DMLU são de difícil dimensionamento, não fazendo parte, portanto, deste diagnóstico de
resíduos gerados. As ações da COSAT com a comunidade geradora com relação a estes resíduos
limitam-se ao controle da segregação dos resíduos por membros da COSAT e campanhas de
conscientização e palestras para a correta segregação e diminuição da sua geração.

10. Notificação de Incidentes e Acidentes de Trabalho


Os incidentes ou acidentes deverão ser registradas utilizando-se o Formulário de Acidentes
e Incidentes de Serviço (FAIS) adotado pela UFRGS Anexo XII. De acordo com o Art. 6º da
Portaria Nº 3109 de 24 de novembro de 2000 da Reitoria da UFRGS: É obrigatória a emissão do
FAIS até 10 (dez) dias úteis contados a partir da ocorrência do acidente ou incidente em serviço
e, em caso de óbito, imediatamente. O preenchimento do referido documento é obrigatório para
servidores efetivos do quadro da UFRGS (técnicos e docentes), não se aplicando a alunos ou
funcionários terceirizados. A partir de março de 2018, a solicitação deverá ser encaminhada
somente por meio eletrônico, através do SEI (Sistema Eletrônico de Informações), com acesso
através do link: https://sei.ufrgs.br/sei.
No caso de funcionários terceirizados, o informe de acidentes e incidentes deverá ser
realizado através da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). A CAT é um documento
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emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, bem como, uma doença
ocupacional e encontra-se disponível no endereço eletrônico
http://www.previdencia.gov.br/forms/formularios/form001.html.

11. Formação e Educação Continuada em RSS


Todos os envolvidos diretamente ou indiretamente com o manejo dos resíduos de serviço
de saúde gerados na Faculdade de Farmácia devem estar cientes da existência do PGRSS e suas
implicações e demandas, sendo capacitados pela COSAT na ocasião de sua admissão e mantidos
sob treinamento periódico para as atividades de manejo destes resíduos, incluindo a sua
responsabilidade com higiene pessoal e dos materiais. A capacitação deve abordar a importância
da utilização correta de equipamentos de proteção individual - uniforme, luvas, avental,
máscara, botas e óculos de segurança específicos a cada atividade, bem como a necessidade de
mantê-los em perfeita higiene e estado de conservação. Todos os profissionais que trabalham no
estabelecimento, mesmo os que atuam temporariamente ou não estejam diretamente envolvidos
nas atividades do PGRSS, devem conhecer o sistema adotado para o gerenciamento de resíduos
de serviço de saúde, a prática de identificação e segregação dos resíduos, reconhecimento de
símbolos, expressões e padrões de cores adotados, localização de áreas de descarte e
armazenamento temporário de resíduos, entre outros fatores indispensáveis à completa
integração ao PGRSS.
O programa de capacitação e educação continuada implementado e coordenado pela
COSAT na Faculdade de Farmácia UFRGS em parceria com a AGA, EDUFRGS, SUINFRA e DSMT
compõe-se de treinamentos periódicos, palestras e cursos de capacitação que contemplam os
seguintes aspectos:

• Conhecimento da legislação ambiental atualizada relativa aos resíduos gerados;

• Conhecimento do PGRSS adotado internamente na Faculdade de Farmácia com definições


e classificação dos resíduos, responsabilidades e de tarefas e potencial de risco do
resíduo, através de treinamentos, palestras, comunicados orais, folhetos, e por meio
eletrônico tais como: e-mails, informativos, homepage, e comunicados no Mural
Eletrônico da Faculdade Farmácia;

• Compromisso com a redução da geração de resíduos e reutilização de materiais através


de programas e campanhas específicas;

• Conscientização para o uso racional de recursos e materiais, incluindo matérias-primas e


insumos, energia elétrica e agua;
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• Conscientização e treinamento para implantação das rotinas de segregação e coleta dos


RSS, incluído a Coleta Seletiva de resíduos comuns;

• Conhecimento sobre a utilização e orientações quanto ao uso de Equipamentos de


Proteção Individual e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s);

• Providências a serem tomadas em caso de acidentes e de situações emergenciais;

• Orientações quanto à higiene pessoal e dos ambientes de trabalho.

11.1 Programa de Capacitação e Educação Continuada em RSS

A COSAT da Faculdade de Farmácia desenvolveu e mantém desde a implantação da 1ª


Edição do PGRSS, em 2007, um Programa de Capacitação e Treinamentos destinado a prover
informações atualizadas a todos os membros da comunidade acadêmica envolvidos
diretamente na geração, manuseio e gerenciamento de RSS. As ações principais deste
programa, reunidas num curso de capacitação e treinamentos, estão descritas nos tópicos a
seguir.

11.1.1 Curso de Capacitação de Gestão de Resíduos Laboratoriais

O Curso de Capacitação de Gestão de Resíduos Laboratoriais (Anexo XVII), coordenado


pela COSAT da Faculdade de Farmácia em parceria com a EDUFRGS, originado a partir do
Curso de Extensão em Saúde e Segurança no Ambiente de Trabalho realizado em 2007, é
ministrado anualmente desde 2014 por integrantes da COSAT, docentes e técnicos
convidados, especialistas na área. O Curso tem como proposta fornecer subsídios técnicos e
práticos aos servidores técnicos administrativos e docentes da UFRGS que atuam em
laboratórios para correta e segura gestão de resíduos de serviço de saúde através do
cumprimento de normas técnicas e legislações pertinentes, visando prevenção da poluição e
preservação ambiental. Neste contexto, objetiva instrumentalizá-los para formulação de
protocolos e elaboração de PGRSS, de modo a nortear o trabalho de gestão de resíduos nas
unidades da UFRGS, fomentando o surgimento de novas COSAT´S. Durante 44 horas de
duração, são abordados, em exposições teóricas dialogadas, os seguintes temas: Gestão de
Segurança no Laboratório, Gestão Integrada de Resíduos Sólidos na UFRGS, Uso Racional e o
Descarte Correto de Medicamentos, Gestão de Resíduos Químicos, Toxicidade dos Produtos
Químicos e Resíduos, Gestão de Resíduos de Serviços de Saúde – Grupos A e E Res. RDC 222
ANVISA e o Gerenciamento de Resíduos na UFRGS - A Experiência da Faculdade de Farmácia
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(Anexo XV). Além destas atividades, três Visitas Técnicas são programadas para o final do
curso: Pró-Ambiente Indústria e Comércio de Produtos Químicos e Resíduos Industriais Ltda. –
Gravataí/RS, Stericycle Aborgama do Brasil – Triunfo/RS e Fábrica Ecocitrus, Usina de
Compostagem e Biogás Ecocitrus (Consórcio Verde Brasil) e Casa da Atafona– Montenegro/RS.
Como resultado desta iniciativa e das capacitações anteriores na área obteve-se a
capacitação de aproximadamente 280 servidores da UFRGS nestes quesitos, além de todos os
técnicos da Faculdade de Farmácia que geram resíduos em suas atividades laborais até 2018.

11.1.2 Treinamento de Gestão de Resíduos Químicos

Implementado pela COSAT da Faculdade de Farmácia em 2007, o Treinamento de Gestão


de Resíduos Químicos visa contribuir para gerenciamento de resíduos químicos conforme
modelo proposto e aprovado no Plano de Gerenciamento de Resíduos PGR pelo Conselho da
Unidade CONSUNID da Faculdade de Farmácia. O Treinamento de Gestão de Resíduos
Químicos é ministrado aos geradores deste tipo de resíduo pela Química responsável técnica
pelo Centro de Gestão e Tratamento de Resíduos Químicos CGTRQ/IQ/UFRGS, unidade
responsável pelo recolhimento, transporte, tratamento e encaminhamento para destinação
final destes reíduos. Na ocasião, são detalhados os procedimentos de descarte de resíduos
químicos, incluindo todas as orientações a serem seguidas pelos geradores para solicitação de
descarte, as quais deverão ser disseminadas a todos os membros das equipes de trabalho dos
laboratórios (alunos, bolsistas, técnicos e professores) que geram resíduos químicos na
Faculdade de Farmácia. Ressalta-se que é imprescindível a presença de pelo menos um
membro representando cada laboratório nestes treinamentos, e sua ausência implica na não
aceitação dos resíduos químicos para descarte de acordo com a escala mensal por andar
estabelecida. A frequência dos treinamento de Gestão de Resíduos Químicos é semestral,
devido a entrada de novos alunos, sobretudo, os de pós graduação, principals geradores
destes resíduos

10.1.3 Treinamento de Gestão de Resíduos Infectantes (Biológicos)

Organizado pela COSAT da Faculdade de Farmácia desde 2010, tem o intuito contribuir no
gerenciamento de resíduos infectantes (biológicos) e perfurocortantes Grupos A e E da
Resolução RDC ANVISA Nº 222, conforme modelo proposto e aprovado no PGR pelo Conselho
da Unidade CONSUNID da Faculdade de Farmácia. O Treinamento de Gestão de Resíduos
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Infectantes é ministrado aos geradores pela bióloga responsável pelo Departamento de Meio
Ambiente e Licenciamento DMALIC SUINFRA, setor responsável pela contratação e fiscalização
da empresa terceirizada que realiza a coleta, tratamento e disposição final destes reíduos. Na
ocasião são repassadas as rotinas de manejo e o descarte de resíduos infectantes e
perfurocortantes, bem como, todas as orientações que deverão ser seguidas e disseminadas a
todos os membros das equipes de trabalho dos laboratórios (alunos, bolsistas, técnicos e
professores) geradores destes resíduos na Faculdade de Farmácia. Ressalta-se que é
imprescindível a presença de pelo menos um membro representando cada laboratório nestes
treinamentos, e sua ausência implica não aceitação dos resíduos para descarte de acordo. A
frequência destes treinamentos é anual ou semestral de acordo com a demanda de geradores.

10.1.4 Treinamento de Abandono de Edificação

Organizado e operacionalizado pela COSAT da Faculdade de Farmácia desde 2015, tem


frequência anual ou semestral por demanda. Inicialmente, nos primeiros treinamentos, a
comunidade era avisada previamente da ocorrência do mesmo. Atualmente, os mesmos
ocorrem sem aviso prévio da comunidade em geral, excetuando-se a Direção e Secretaria da
Faculdade de Farmácia, previamente notificadas. O objetivo deste treinamento é possibilitar
aos ocupantes do prédio da Faculdade de Farmácia o abandono seguro e ordenado do mesmo
em casos de sinistros (incêndios, princípios de incêndio, explosão ou derramento de produtos
químicos com escape de gases ou outros) que necessitem de saída rápida e segura dos locais
de trabalho e estudo.
O público alvo deste treinamento são todas as pessoas presentes no momento da
realização do mesmo, entretanto, o objetivo principal é atingir quem passa a maior parte do
tempo no prédio, como técnicos, professores e alunos.
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12. Planejamento e Cronograma de Ações


Ao longo dos anos, muitas ações relacionadas a gestão de resíduos foram planejadas e
implementadas pela COSAT na Faculdade de Farmácia desde 2007. Estas ações decorreram da
necessidade de organização para o correto gerenciamento de resíduos de serviço de saúde
gerados e foram planejadas considerando prioridades estabelecidas, discutidas em reuniões da
COSAT, reunidas no Relatório Anual da COSAT, o qual estabelece também as metas para o ano
subsequente. O cronograma abaixo define prazos factíveis para execução de ações que vão
desde a revisão do PGRSS na Faculdade de Farmácia em 2018 até a avaliação do PGR
implantado. O mesmo consiste numa relação das ações principais e foi concebido no intuito de
nortear o planejamento e execução das atividades dentro dos prazos previstos, visando atender
as legislações sanitárias e ambientais além de proporcionar um ambiente de trabalho e ensino
seguro e saudável.

Cronograma de Ações do PGR 2018/2019

2018/19

Conclusão
Data de
Ações do Plano Meses
Execução

7 8 9 10 11 12 1 2 3 4 5 6

1. Revisão do PGRSS X X COSAT

2. Aprovação do PGRSS no
X CONSUNID
CONSUNID

3. Elaboração de material
X COSAT
divulgação

4. Coleta de resíduos
X X X X X X X X X X X COSAT
químicos

5. Fiscalização Coleta de
X X X X X X X X X X X Fiscais RSS
Resíduos Infectantes

6. Emissão de MTR`S RSS X X X X X X X X X X X COSAT

7. Seminário COSAT:
“Segurança e Gestão de COSAT/
X X X X X X X X X X X
Resíduos na Faculdade PPGCF
de Farmácia”
8. Ação de Capacitação:
“Curso de Gestão de COSAT/
X X X
Resíduos Laboratoriais - EDUFRGS
4ª Turma”
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9. Treinamentos práticos
COSAT/
de Gestão de Resíduos X X
CGTRQ
Químicos
10. Treinamentos práticos
de Gestão de Resíduos COSAT/
X
infectantes e DMALIC
Perfurocortantes
11. Treinamento de
X COSAT
Abandono de Edificação

12. Projeto: “Uso Racional COSAT/


X X X X X X X X X X X
de Água & Energia” AGA

13. Implantação do PGR X X X X X X X X X X COSAT

COSAT/
14. Avaliação do PGR X
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13. Glossário

I. Abrigo Externo: ambiente no qual ocorre o armazenamento externo dos coletores de


resíduos;
II. Abrigo Temporário: ambiente no qual ocorre o armazenamento temporário dos coletores de
resíduos;

III. Acondicionamento: ato de embalar os resíduos segregados em sacos ou recipientes que


evitem vazamentos, e quando couber, sejam resistentes às ações de punctura, ruptura e
tombamento, e que sejam adequados física e quimicamente ao conteúdo acondicionado;

IV. Agente Infeccioso: qualquer microrganismo que tenha capacidade de causar doença;

V. Agentes Biológicos: microrganismos capazes ou não de originar algum tipo de infecção,


alergia ou toxicidade no corpo humano, tais como: bactérias, fungos, vírus, clamídias,
riquétsias, micoplasmas, parasitas e outros agentes, linhagens celulares, príons e toxinas;

VI. Armazenamento Externo: guarda dos coletores de resíduos em ambiente exclusivo, com
acesso facilitado para a coleta externa;

VII. Armazenamento Interno: guarda do resíduo contendo produto químico ou rejeito radioativo
na área de trabalho, em condições definidas pela legislação e normas aplicáveis a essa
atividade;

VIII. Armazenamento Temporário: Consiste na guarda temporária dos recipientes contendo os


resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração;

IX. Aterro de Resíduo Industrial Perigoso - Classe I: local de disposição final de resíduos
perigosos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública, minimizando os impactos
ambientais e utilizando procedimentos específicos de engenharia para o confinamento
destes;

X. Aterro Sanitário: Técnica de destinação final de resíduos sólidos urbanos no solo, por meio
de confinamento em camadas cobertas com material inerte, segundo normas específicas, de
modo a evitar danos ou riscos à saúde e à segurança, minimizando os impactos ambientais.
XI. Cadáveres de Animais: carcaça do animal após a morte;
XII. Carcaças de Animais: são produtos de retaliação de animais, provenientes de
estabelecimentos de tratamento de saúde animal, centros de experimentação, de
Universidades e unidades de controle de zoonoses e outros similares;
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XIII. Carro Coletor: carro provido de rodas, destinado à coleta e transporte interno de resíduos;

XIV. Classe de Risco 1 (baixo risco individual e para a comunidade): agentes biológicos
conhecidos por não causarem doenças no homem ou nos animais adultos sadios;

XV. Classe de Risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comunidade): inclui os
agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de
propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais
existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes;

XVI. Classe de Risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comunidade): inclui os
agentes biológicos que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que
causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem
usualmente medidas de tratamento ou de prevenção. Representam risco se disseminados na
comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa;

XVII. Classe de Risco 4 (elevado risco individual e elevado risco para a comunidade): classificação
do Ministério da Saúde que inclui agentes biológicos que representam grande ameaça para o
ser humano e para os animais, implicando grande risco a quem os manipula, com grande
poder de transmissibilidade de um indivíduo a outro, não existindo medidas preventivas e de
tratamento para esses agentes;

XVIII. Coleta e Transporte externos: remoção dos resíduos de serviços de saúde do abrigo externo
até a unidade de tratamento ou outra destinação, ou disposição final ambientalmente
adequada, utilizando-se de técnicas que garantam a preservação das condições de
acondicionamento;

XIX. Coletor Com Rodas Ou Carro de Coleta: recipiente com rodas utilizado para acondicionar e
transportar internamente os sacos com resíduos;

XX. Coletor: recipiente utilizado para acondicionar os sacos com resíduos;

XXI. Compostagem: processo biológico que acelera a decomposição do material orgânico, tendo
como produto final o composto orgânico;

XXII. Destinação Final Ambientalmente Adequada: destinação de resíduos que inclui a


reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético
ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sistema Nacional do Meio
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Ambiente (SISNAMA), do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema


Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), entre elas a disposição final
ambientalmente adequada, observando normas operacionais específicas de modo a evitar
danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;

XXIII. Disposição Final Ambientalmente Adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros,


observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

XXIV. Embalagem Primária: Embalagem que entra em contato direto com o produto no estado
sólido ou líquido;
XXV. Embalagem Secundária: Embalagem que não entra em contato direto com o produto;

XXVI. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC): dispositivos ou produtos de uso coletivo


utilizados pelo trabalhador, destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho e de terceiros;

XXVII. Equipamento de Proteção Individual (EPI): dispositivo ou produto de uso individual


utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho;

XXVIII. Forma Livre: saturação de um líquido em um resíduo que o absorva ou o contenha, de


forma que possa produzir gotejamento, vazamento ou derramamento espontaneamente ou
sob compressão mínima;

XXIX. Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde: conjunto de procedimentos de gestão,


planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais, com
o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro,
de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública,
dos recursos naturais e do meio ambiente;

XXX. Hemoderivados: produtos farmacêuticos obtidos a partir do plasma humano, submetidos ao


processo de industrialização e normatização que lhes conferem qualidade, estabilidade e
especificidade;
XXXI. Identificação: conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos
nos sacos e recipientes, fornecendo informações ao correto manejo dos resíduos;
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XXXII. Infecção: é a penetração, proliferação e/ou desenvolvimento dos agentes infecciosos no


organismo dos seus hospedeiros;

XXXIII. Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece
as condições, restrições e medidas de controle ambiental que devem ser obedecidas para
localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadores dos
recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob
qualquer forma, possam causar degradação ambiental;

XXXIV. Licença Sanitária: documento emitido pelo órgão sanitário competente dos Estados, Distrito
Federal ou dos Municípios, contendo permissão para o funcionamento dos estabelecimentos
que exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária;

XXXV. Líquidos Corpóreos: líquidos originados no corpo humano, limitados para fins desta
resolução, em líquidos cefalorraquidiano, pericárdico, pleural, articular, ascítico e
amniótico;

XXXVI. Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por


um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo
ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;

XXXVII. Manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde: atividade de manuseio dos resíduos de serviços
de saúde, cujas etapas são a segregação, acondicionamento, identificação, transporte
interno, armazenamento temporário, armazenamento externo, coleta interna, transporte
externo, destinação e disposição final ambientalmente adequada dos resíduos de serviços de
saúde;

XXXVIII. Materiais Perfuro cortantes: materiais pontiagudos ou que contenham fios de corte capazes
de causar perfurações ou cortes;

XXXIX. Metal Pesado: qualquer substância ou composto contendo antimônio, cádmio, cromo (IV),
chumbo, estanho, mercúrio, níquel, prata, selênio, telúrio e tálio;

XL. Patogenicidade: é a capacidade que tem o agente infeccioso de uma vez instalado no
organismo do homem e dos animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção dentre
os hospedeiros infectados;

XLI. Periculosidade: qualidade ou estado de ser perigoso;


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XLII. Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS): documento que
aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos de serviços de
saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos referentes à
geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte,
destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de proteção à
saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente;

XLIII. Príon: estrutura proteica alterada relacionada como agente etiológico das diversas formas
de encefalite espongiforme;

XLIV. Reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas
propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos
ou novos produtos;

XLV. Redução de Carga Microbiana: aplicação de processo que visa à inativação microbiana das
cargas biológicas contidas nos resíduos;

XLVI. Rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
apresente outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

XLVII. Resíduo Perigoso: aquele que, em razão de suas características de inflamabilidade,


corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade
e mutagenicidade, apresenta significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental ou
à saúde do trabalhador, de acordo com lei, regulamento ou norma técnica;

XLVIII. Resíduo Sólido: material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de atividades
humanas em sociedade, a cuja destinação se propõe proceder ou se está obrigado a
proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e
líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos
ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em
face da melhor tecnologia disponível;

XLIX. Resíduos Perigosos: resíduos que apresentam risco adicional à saúde pública e/ou ao meio
ambiente;

L. Reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação


biológica, física ou físico-química;
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LI. Sala de Utilidades: ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais e
roupas utilizados na assistência ao usuário do serviço e guarda temporária de resíduos;

LII. Segregação: separação dos resíduos, conforme a classificação dos Grupos estabelecida no
Anexo I desta Resolução, no momento e local de sua geração, de acordo com as
características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos;

LIII. Sistema de Tratamento de Resíduos: conjunto de unidades, processos e procedimentos que


alteram as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos e conduzem à
minimização do risco à saúde pública e à qualidade do meio ambiente;
LIV. Transporte Interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o abrigo temporário ou
o abrigo externo;
LV. Tratamento: etapa da destinação que consiste na aplicação de processo que modifique as
características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco
de dano ao meio ambiente ou à saúde pública;
LVI. Unidade Geradora de Resíduos de Serviço de Saúde: unidade funcional dentro do serviço
no qual é gerado o resíduo.
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14. Referências
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14725-4 de 26-01-10. Ficha de
Informações de Segurança de Produtos Químicos FISPQ. Disponível em: <
https://ww2.icb.usp.br/icb/wp-content/uploads/seguranca_quimica/Parte4_NBR_14725-
4-2009.pdf> Acesso em: 21 Ago, 2018.
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-10004 de 31-05-2004. Resíduos
sólidos – Classificação. Disponível em: <http:// http://pt.scribd.com/doc/35416534/NBR-
10004-2004-Classificacao-de-Residuos-Solidos#scribd. pdf > Acesso em: 10 abr, 2018.

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC


N°222 de 28 de março de 2018. Disponível em: <
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-
b331-4626-8448-c9aa426ec410 > Acesso em: 21 Ago, 2018.

4. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC


N°17 de 16 de abril de 2010.Disponível em:
<Http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0017_16_04_2010.pdf/b9a8a
293-f04c-45d1-ad4c-19e3e8bee9fa> Acesso em: 21 Ago, 2018.

5. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução Nº.
358 CONAMA de 29 de abril de 2005. Disponível em: <http://
http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35805.pdf>Acesso em 10 abr, 2018.

6. BRASIL. Ministério do Ministério do Trabalho e Emprego. NR-26 Sinalização de Segurança.


Disponível em: < http://www.trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR26.pdf >
Acesso em: 21 Ago, 2018.
7. BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. INSTRUÇÃO NORMATIVA
Nº 1 DE 19 /01/2010. Disponível em: < https://www.governodigital.gov.br/documentos-
e-arquivos/legislacao/INSTRUCAO%20NORMATIVA%20N.%2001%20de%202010%20-
%20Compras%20Sustentav.pdf/view> Acesso em: 21 Ago, 2018.

8. BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Departamento de Segurança e Saúde no


Trabalho. SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO. Norma Regulamentadora 6
Equipamentos de Proteção Individual – EPI. Disponível em: <
http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf> Acesso em: 21 Ago, 2018.
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9. BRASIL. Ministério do Trabalho e Previdência Social. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991


- D.O.U. - Nº 70 - DE 11/04/96.Disponível em:<
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm> Acesso em: 21 Ago, 2018.

10. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº. 12.305, de 2 de agosto de 2010 -
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Disponível em: <http://
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm> Acesso em:
10 abr, 2018.
11. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto Federal Nº5.940 DE 25/10/2006.
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/decreto/d5940.htm > Acesso em: 21 Ago, 2018.

12. ELI LILLY DO BRASIL / ELANCO QUÍMICA. CIPA: Manual de Procedimentos Gerais:
Acidentes do Trabalho. [s.l.;s.n.1978].

13. FUNDACENTRO. Manual de Segurança e Saúde do Trabalhador. Livro da CIPA. São


Paulo,1997.

14. IPEN. Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares. Divisão de Desenvolvimento de


Recursos Humanos do IPEN. Manual de Segurança em Laboratórios Químicos. São Paulo:
1992.

15. PETROBRÁS. Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo A. Miguez de Mello. Divisão


de Química. Guia de Prevenção de Acidentes em Laboratório. Rio de Janeiro: Divisão de
Informação Técnica e Propriedade Industrial, 1980.

16. PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Biossegurança Para Os Serviços Ambulatoriais


da Rede Pública Municipal. Manual de Rotinas - Versão Preliminar. Porto Alegre: 1999.

17. UFRGS. Portaria Nº 1992 de 19 de maio de 1997 da Reitoria UFRGS. Disponível em: <
http://www.ufrgs.br/suinfra/ckfinder/userfiles/files/Portaria1992de19_05_97RegimentoCOSAT.p
df > Acesso em: 21 Ago, 2018.

18. UFRGS. Portaria Nº 3109 de 24 de novembro de 2000 da Reitoria UFRGS. Disponível em:
<http://www.ufrgs.br/progesp/progesp-1/manual-do-servidor/manual/formulario-de-
acidente-e-incidente-de-servico-fais/formulario-de-acidente-e-incidente-de-servico-fais>
Acesso em: 21 Ago, 2018.

19. UFRGS. Portaria Nº 9816 DE 15/12/2015 da Reitoria UFRGS. Normatização da aquisição e


estoque de produtos químicos na UFRGS.
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20. UFRGS. Portaria Nº3458 de 15/09/08 da Reitoria UFRGS. Institui a coleta seletiva de
resíduos na UFRGS.
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15. Anexos

Anexo I - Classificação dos Resíduos Químicos para fins de Coleta pelo CGTRQ .

Anexo II - Modelos dos Rótulos para Descarte de Resíduos Químicos

Anexo III - Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Químicos Descartados

Anexo IV – Identificação de Resíduos Comuns Classe D Recicláveis e Não Recicláveis

Anexo V - Identificação do Resíduo Grupo A .

Anexo VI - Identificação do Resíduo Grupo E Contaminado com Grupo A

Anexo VII – Rotina de Manejo de Resíduos Infectantes e Perfuro cortantes dos Grupos A & E

Anexo VIII – Manifesto de Transporte de Resíduos MTR

Anexo IX - Ficha Modelo para Quantificação de Resíduos Infectantes (Biológicos)

Anexo X – Quantitativo de resíduos químicos encaminhados para tratamento e disposição final


segundo levantamento do CGTRQ/IQ em 2017

Anexo XI – Quantitativo de resíduos dos Grupos A e E da Resolução RDC Nº306 ANVISA


encaminhados segundo levantamento da Stericycle® Aborgama do Brasil em 2017

Anexo XII - Formulário de Acidente e Incidente de Serviço UFRGS

Anexo XIII - Protocolo de Descarte de Resíduos Grupo B Líquidos e Sólidos

Anexo XIV - Tabela de Incompatibilidade Química

Anexo XV - Lista das principais substâncias utilizadas em serviços de saúde que reagem com
embalagens de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
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Anexo XVI - Substâncias químicas que devem ser segregadas.

Anexo XVII – Programa do Curso de Capacitação de Gestão de Resíduos Laboratoriais.


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15.1 ANEXO I - Classificação dos Resíduos Químicos para fins de Coleta pelo CGTRQ

1) SOH (Solvente Orgânico Halogenado) = Mistura com mais de três solventes orgânicos diferentes, desde
que um seja solvente orgânico halogenado (Halogênios = cloro, bromo, iodo, flúor), ou contenha
substância com a função orgânica éter (explosiva). Não pode conter sólidos não dissolvidos, passíveis de
filtração simples ou água.
• Estado Físico: Líquido.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Solvente Orgânico Halogenado”.
• Embalagem para Coleta: Bombona plástica de 5L ou 10L.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Medição do pH, Neutralização, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: Incineração – São Paulo, Rio de Janeiro ou Bahia.
• Responsabilidade Legal da Fonte Geradora do Resíduo: Termina quando a empresa receptora emite
Laudo Final e este é repassado pelo CGTRQ aos respectivos Geradores.

2) SOñH (Solvente Orgânico não Halogenado) = Mistura com mais de três solventes orgânicos diferentes,
sem a presença de solventes orgânicos halogenados, aromáticos, éteres ou água. Pode conter óleo ou
extrato vegetal. Não pode conter sólidos não dissolvidos, passíveis de filtração simples.
• Estado Físico: Líquido.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Solvente Orgânico não Halogenado”.
• Embalagem para Coleta: Bombona plástica de 5L ou 10L.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Medição do pH, Neutralização, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: “Reutilização” Material Combustível para Caldeira (Geração de Poder Calorífico).
• Responsabilidade Legal da Fonte Geradora do Resíduo: Termina quando a empresa receptora emite
Laudo Final e este é repassado pelo CGTRQ aos respectivos Geradores.

3) Aquoso = Solvente majoritário “água”, pode conter outros solventes biodegradáveis em menor
proporção, desde que não ultrapasse 10% do total do solvente (Exceção para Clorados, Pesticidas,
Aromáticos e Aldeídos carregados de matéria orgânica), com solutos orgânicos ou inorgânicos dissolvidos.
Na dúvida quanto à quantidade de água na mistura do resíduo, testar amostra em micro escala para ver se
é inflamável e anotar o resultado no rótulo. Não pode conter sólidos não dissolvidos, passíveis de filtração
simples e fases orgânicas imiscíveis com água. Ex. clorado, aromático, éter ou hexano. Estas misturas
devem ser separadas e reclassificadas.

• Estado Físico: Líquido.


• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Aquoso”.
• Embalagem para Coleta:
• Sais de CIANETO e MERCÚRIO (pH de 8 a 14): Bombona plástica de 5L e 10L;
• Sais de PRATA (pH de 0 a 4): Frasco de vidro de 1L;
• Ácido fluorídrico e soluções alcalinas concentradas (>10%p/v): Frasco de plástico com bocal largo (tipo
Merck).
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Medição do pH, Neutralização, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: ETE – Estação de Tratamento de Efluentes – Rio Grande do Sul
• Responsabilidade Legal da Fonte Geradora do Resíduo: Termina quando a empresa receptora emite
Laudo Final e este é repassado pelo CGTRQ aos respectivos Geradores.
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4) SOPP (Solvente Orgânico Passível de Purificação) = Mistura ou não de solventes orgânicos com um ou
dois componentes no máximo, com ou sem impurezas (orgânicas ou inorgânicas) dissolvidas. Água em
concentração máxima de 20%, outros solventes orgânicos com função ácida (ex. ac. Carboxílico) ou função
básica (ex. amida, amina, nitrados) não contam como critério de componente no SOPP. Não pode conter:
Sólidos não dissolvidos, passíveis de filtração simples. Fases, estas devem ser separadas e reclassificadas.
• Estado Físico: Líquido.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Solvente Orgânico Passível de Purificação”.
• Embalagem para Coleta: Bombona plástica 5L, 10L ou frasco de vidro com bocal largo (tipo Merck) de
1L.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Medir o pH, Neutralizar, Testar, Extrair, Destilar, Caracterizar, Envasar,
Rotular.
Obs.: O teste é feito em tubo de ensaio com 1mL amostra. Adicionando-se cloreto de sódio até a
saturação da mistura. Se houver formação de fase todo o resíduo deve ser extraído e novamente rotulado
com a nova composição.
• Destinação Final: Almoxarifado / Instituto de Química / UFRGS;
• O solvente purificado pelo CGTRQ pode retornar ao laboratório gerador para utilização, mediante
pagamento de taxa;
• Responsabilidade Legal da Fonte Geradora do Resíduo: Termina quando o CGTRQ emite Laudo Final e
este é repassado aos respectivos Geradores;
• Solventes que podem ser reciclados atualmente: acetona, metanol, etanol, hexano, acetato de etila,
xilol, diclorometano e clorofórmio.

5) MPR (Matéria Prima para Reciclagem) = Vidro, Papel, Metal, Plástico de embalagens e material de
laboratório. Não podem estar impregnados com produtos químicos de difícil remoção, ou que sejam
economicamente inviáveis de descontaminação. Dúvidas consultar Divisão Técnica CGTRQ.
Descarte de Embalagens Vazias de Reagentes:
a) Não retirar o rótulo original do frasco.
b) Escoar até que não fique mais líquido ou sólido, recolhendo o material para frasco coletor de resíduos.
c) Arejar, em capela, até que a embalagem não desprenda mais gases ou odores.
d) Separar a tampa da embalagem, armazenar em saco plástico.
e) Armazenar a embalagem vazia em caixa de papelão com divisória.
IMPORTANTE: Se a embalagem for de reagente químico MUITO REATIVO com ÁGUA ou AR, deve ser
entregue e rotulada separadamente. Ex.: Frascos de metais alcalinos na forma pura, hidretos de metais
alcalinos, haletos de ácidos e não metais, pentóxido de fósforo, carbeto de cálcio, haletos e anidridos de
ácidos orgânicos, etc.
Descarte de Vidro Quebrado:
LIMPO
• Estado Físico: Sólido.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Matéria Prima para Reciclagem”.
• Embalagem para Coleta: Caixa de papelão sem divisória.
• Classificação pela NBR 10004: Classe IIB – Não Perigosos Inertes.
• Tratamento (CGTRQ): Triagem, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: Reciclagem – Rio Grande do Sul.
CONTAMINADO
São considerados como resíduo Sólido. Obs.: Vidraria com resíduo de mercúrio não deve ser misturado
com o vidro quebrado contaminado, devido a sua periculosidade, devendo ser armazenado em embalagem
vedada, sob risco de volatilização do mercúrio.

6) Sólido (Resíduo Sólido) = Resíduo no estado sólido, semi-sólido, pastoso ou de lodo. Materiais sólidos
impregnados com produtos químicos tóxicos, provenientes das atividades laboratoriais, de difícil
descontaminação ou economicamente inviáveis, conforme avaliação. Não pode conter líquidos livres ou
frascos semicheios de substâncias químicas.
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• Estado Físico: Sólido.


• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Sólido”.
• Embalagem para Coleta: Saco plástico incolor de 10L. Não armazenar sólido em embalagens para
líquidos.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Desativação, Inertização, Compactação, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Disposição Final: Aterro Industrial Classe I – Rio Grande do Sul ou co-processamento;
• Responsabilidade Legal da Fonte Geradora do Resíduo: Não termina quando a empresa receptora
emite Laudo Final e este é repassado pelo CGTRQ aos respectivos Geradores. A fonte geradora é
responsável solidário enquanto o resíduo permanecer no aterro industrial, segundo Decreto nº 38.356,
de 01/04/1998, art. 8°, §°1.

7) RñD (Reagentes não Desejáveis) = Reagente químico que não é mais útil no laboratório. Reagente
químico oxidado ou com validade vencida e passível de recuperação, conforme avaliação da Divisão
Técnica.
• Embalagem Original: Deve estar íntegra, com boa vedação, senão deverá ser substituída pela fonte
geradora.
• Rótulo Original: Deve estar íntegro, legível, senão deverá ser substituído pela fonte geradora.
• Estado Físico: Sólido ou Líquido.
• Formulário para Coleta: Usar o modelo para “Reagentes não Desejáveis”.
• Embalagem para Coleta: Caixa de papelão com divisória.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Triagem, Purificação, caracterização, Testes (CGTRQ).
• Destinação Final: Almoxarifado / Instituto de Química / UFRGS;

8) Diesel = Resíduo de destilação ou amostras.


• Estado Físico: Líquido.
• Embalagem para Coleta: Bombona Plástica.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Filtração, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: Reciclagem – Rio Grande do Sul.

9) OleMin (Óleo Lubrificante Mineral) = Óleo de Motor, Óleo de Bomba de Vácuo.


• Estado Físico: Líquido.
• Embalagem para Coleta: Bombonas azuis de 5L.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Filtração, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação: Reciclagem – Rio Grande do Sul.

10) Hg° (Mercúrio Metálico) contido em vidraria quebrada ou reagente.


• Estado Físico: Líquido.
• Embalagem para Coleta: A própria do instrumento ou reagente.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Remoção do Hg° contido na vidraria, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação: Reciclagem – SC

11) Reutiliz Embal (Reutilização Embalagens) = Embalagens em boas condições de vidro com bocal largo
(1L, 2,5L e 4L), bombonas plásticas de PEAD (1L, 5L, 10L ou mais), garrafa PET 1L.
• Tratamento (CGTRQ): Descontaminação, Limpeza de rótulo, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: Reutilização dentro da UFRGS.

12) Reutiliz Limp (Reutilização Limpeza) = Ácidos e Bases Fortes Inorgânicas com concentração >10%.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo Aquoso.
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• Embalagem para Coleta:


• Ácidos: Frasco de vidro de 1L;
• Ácido Fluorídrico e Bases: Frasco de plástico com bocal largo (tipo Merck).
• Tratamento (CGTRQ): Utilizado como agente de neutralização ou na limpeza de embalagens.

13) SOA = Solvente Orgânico Aromático = Mistura com mais de três solventes orgânicos diferentes, sendo
que pelo menos um seja solvente orgânico aromático (radical Fenila) e não pode conter Halogenado ou
Éteres.
Não pode conter sólidos não dissolvidos, passíveis de filtração simples.
• Estado Físico: Líquido.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Solvente Orgânico não Halogenado”.
• Embalagem para Coleta: Bombona Plástica.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Neutralização, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação Final: Reutilização Indústria de Tinner;

14) OleVeg (Óleo Vegetal) = Óleo de Banho de Aquecimento, Óleo de Essências Vegetais, Biodiesel. Este
resíduo pode ser coletado misturado com o grupo SOñH, pois tem o mesmo destino.
• Estado Físico: Líquido.
• Rótulo para Coleta: Usar o modelo para “Solvente Orgânico não Halogenado”.
• Coleta: Embalagem PET 2L.
• Classificação pela NBR 10004: Classe I – Resíduo Perigoso.
• Tratamento (CGTRQ): Filtração, Armazenamento Provisório (CGTRQ).
• Destinação: Reciclagem ou Reutilização como fonte energética para queima – Rio Grande do Sul.

Recomendações:

 A legislação internacional para transporte de resíduos químicos exige, entre outras coisas, que o
resíduo esteja identificado e perfeitamente vedado, está responsabilidade é da fonte geradora;

 Não é necessário neutralizar o resíduo químico, mas é obrigatório medir o pH final do resíduo
químico líquido que tiver pH diferente de 7,00 e informar no rótulo. A neutralização será executada
pela Divisão Técnica do CGTRQ, por ter melhores condições de segurança e em certos casos utiliza os
próprios resíduos para neutralizar, destruir outros resíduos e descontaminar embalagens;

 Resíduos que reagem violentamente com água ou ar devem indicar estas características no rótulo
quanto a sua reatividade, e entregues separados dos demais, para que sejam desativados de imediato;

 Não formar misturas complexas, tentar sempre coletar o mais seletivo possível, visando sempre à
recuperação e não a destruição do resíduo;

 Quando se tratar de resíduos químicos:


 Não utilizar técnicas que aumentam o volume final;
 Não expor a sua saúde muito menos a dos outros que nem sabem do perigo;
 Não poluir o meio ambiente;
 Não gerar misturas complexas, você é o responsável pelo seu resíduo;
 Não manipular sem ter certeza do que está fazendo;
 Não armazene resíduos sem saber o que fazer com eles.

 Todos os resíduos devem possuir rótulo, que identifique a fonte geradora (unidade, laboratório),
resíduo, responsável legal (chefe de departamento ou coordenador do laboratório), responsável técnico
(técnico de laboratório, aluno iniciação científica, mestrando ou doutorando), pH final conforme o tipo
de resíduo, e descrever o resíduo listando primeiro os solventes depois os solutos na ordem do
majoritário para o minoritário. Estes procedimentos ajudarão na triagem do resíduo conforme seu
grupo de tratamento.
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 A fonte geradora deve procurar, sempre que possível, utilizar embalagens adequadas a sua
produção, de maneira que, o armazenamento provisório em suas dependências não seja muito
prolongado, por motivos de segurança interna e porque causa problemas logísticos para a Divisão
Técnica do CGTRQ em função de uma possível grande demanda em um único momento nos dias de
recebimento;

 Somente serão aceitas as embalagens padrão fornecidas pelo CGTRQ ou equivalentes, tais como:
 Bombonas plásticas, com batoque ou plástico para vedação, de 5L e 10L (líquidos com
pH entre 5 a 14);
 Frasco de Vidro, âmbar, de 1L (líquidos com pH entre 0 e 4);
 Frasco Plástico, bocal largo, tipo Merck, de 1L (para sol. de ácido fluorídrico ou
substâncias com pH >10);
 Frasco de Vidro, âmbar, bocal largo, 1 litro (líquido);
 Saco plástico incolor 10L (sólido);
 Caixa de papelão ou plástica (vidros quebrado e material perfuro cortante);
 É obrigatório o uso de divisórias entre embalagens de vidro para o transporte.

Obs. As embalagens para descarte de resíduos químicos são fornecidas pela COSAT nos plantões diários
do almoxarifado de acordo com a demanda para coleta do resíduo no laboratório.
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15.2 Anexo II – Modelos dos Rótulos para Descarte de Resíduos Químicos

C G T R Q
Fone: 3308. 7362 cgtrq@iq.ufrgs.br
N° Solicitação:
RESÍDUO QUÍMICO
Solvente
Solvente Orgânico
Orgânico Aquoso SEM Metais
( ) Halogenado e ( ) Passível de ( ) Perigosos
Purificação
Benzeno
Solvente
Aquoso COM Metais
( ) Orgânico não ( ) Sólido ( ) Perigosos
Halogenado
Matéria-Prima para
( ) Vidro ( ) Plástico ( ) Papel ( ) Metal
Reciclagem:

( ) Óleo Mineral ( ) Óleo Vegetal ( ) Diesel ou Biodiesel ( ) Gasolina

( ) Glicerina ( ) Vaselina ( ) Mercúrio Metálico

→ Preencher até 3/4 da capacidade da embalagem pH Final:


FONTE GERADORA DO RESÍDUO QUÍMICO
Unidade: ( ) Pesquisa ( ) Graduação ( ) Serviço
Departamento:
Laboratório:
Prédio: Sala: Ramal lab.
Responsável Legal:
Responsável Técnico:
Responsável Gerador:

Rótulo Padrão para descarte de resíduos químicos


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Rótulo Padrão para descarte de resíduos químicos desconhecidos


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Formulário padrão para descarte de "Reagente não Desejável" RÑD.


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15.3 Anexo III - Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Químicos Líquidos e Sólidos
Descartados

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COMISSÃO DE SAÚDE E AMBIENTE DE TRABALHO
COSAT/FAR Gestão 2015-2017

Inventário de Produtos Químicos da Faculdade de Farmácia 2016

Levantamento Almoxarifado
Laboratório/sala:
Departamento:
Data do levantamento: Ramal Lab:
Responsável Legal:
Responsável Técnico:
Reagentes Químicos ( ordem alfabética) Data
COMPOSIÇÃO Quantidade N° de de validade
Embalagem Embalagem Total
Descrição kg (Kg ou L)

Modelo para Inventário de Resíduos Químicos Sólidos e Líquidos localizados no Almoxarifado.


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COSAT/FAR Gestão 2015-2017

Inventário de Produtos Químicos da Faculdade de Farmácia 2016

Levantamento Laboratório
Laboratório/sala:
Departamento:
Data do levantamento: Ramal Lab:
Responsável Legal:
Responsável Técnico:
Reagentes Químicos ( ordem alfabética)
COMPOSIÇÃO Quantidade N° de Data
Embalagem Embalagem Total
Descrição kg (Kg ou L) de validade

Modelo para Inventário de Resíduos Químicos Sólidos e Líquidos localizados no Laboratório.


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15.4 Anexo IV – Identificação de Resíduos Comuns Classe D Recicláveis e Não Recicláveis

Coleta Seletiva Faculdade de Farmácia.


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15.5 Anexo V - Identificação do Resíduo Grupo A

Rótulo para Identificação de Resíduos do Grupo A.


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15.6 Anexo VI – Identificação do Resíduo Grupo E Contaminado com Grupo A

Rótulo para Identificação de Resíduos do Grupo E contendo Material Infectante ou Biológico.


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15.7 Anexo VII – Rotina de Manejo de Resíduos Infectantes e Perfurocortantes dos Grupos
A&E

Acondicionamento, embalagem e
rotulagem dos resíduos
Laboratório (gerador)

Recebimento Portaria Recebimento e Transporte Responsabilidade COSAT/FAR

Armazenamento
Sala armazenamento temporário
Temporário

Empresa Especializada Coleta

Fluxograma de Gerenciamento de Resíduos dos Grupos A & E (Resolução RDC Nº222 ANVISA) na
Faculdade de Farmácia.
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15.8 Anexo VIII – Manifesto de Transporte de Resíduos MTR

Manifesto de Transporte de Resíduos MTR ON LINE FEPAM emitido pelo gerador.


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15.9 Anexo IX – Ficha Modelo para Inventário de Resíduos Infectantes (Biológicos)

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COSAT/FAR Gestão 2015-2017

FONTE GERADORA DO RESÍDUO BIOLÓGICO


Unidade:
Departamento:
Laboratório:
Responsável Legal: Sala: Ramal Lab:
Responsável Técnico:
Período do Levantamento:
Resíduos Biológicos e Perfurocortantes contaminados com Resíduos Biológicos

COMPOSIÇÃO Quantidade Embalagem N° de Embalagens


Item
Utilizada Descartadas
Descrição kg/dia
01
02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25

Ficha para Inventário de Resíduos infectantes (Biológicos).


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15.10 Anexo X – Quantitativo de resíduos químicos encaminhados para tratamento e


disposição final em 2017

2017
Total por classe
Massa (kg) Volume (L)
SOH (Solvente orgânico halogenado) 260,94 223,90
SOñH (Solvente orgânico não halogenado) 707,96 697,15
Aquoso 896,96 828,44
SOPP (Solvente orgânico passível de
116,03 92,80
purificação)
MPR (Matéria-prima para reciclagem) 961,25 0,00
Sólido Aterro 147,55 669,00
Sólido Coprocessamento 270,06 2984,00
RñD (Resíduo não desejável) 33,99 20,80
ÓleMin (Óleo mineral) 13,84 13,00
Hgº (Mercúrio metálico) 0,29 0,00
ÓleVeg (Óleo vegetal) 7,73 7,10
Desativ (Desativação) 0,00 0,00
Total 3416,58 5536,19

Obs. Tabela Construída a partir de dados fornecidos pelo CGTRQ/ IQ.


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15.11 Anexo XI Quantitativo de Resíduos Infectantes e perfurocortantes encaminhados


em 2017

Ano 2017
Mês Nº de Bombonas Peso Kg Valor R$
Janeiro 14 280,38 966,00
Fevereiro 11 240,54 759,00
Março 14 304,98 966,00
Abril 15 327,75 1035,00
Maio 17 278,94 1173,00
Junho 13 275,31 897,00
Julho 18 275,31 1242,00
Agosto 17 305,30 1173,00
Setembro 16 330,14 1104,00
Outubro 21 516,96 1449,00
Novembro 19 393,02 1311,00
Dezembro 18 396,96 1242,00
Total 193 3925,59 13317, 00

Obs. Tabela construída a partir de dados fornecidos pela Stericycle® Aborgama do Brasil
S.A. Unidade Triunfo/RS.
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15.12 Anexo XII Formulário de Acidente e Incidente de Serviço

FORMULÁRIO DE ACIDENTE E INCIDENTE DE SERVIÇO - FAIS –

PORTARIA UFRGS Nº 3109 DE 24 DE NOVEMBRO DE 2000

( ) Sem afastamento ( ) Com afastamento ( ) Fatal

01 - Dados de Identificação do Servidor

Nome completo: _______________________________________________________________

Identificação única nº: ___________________________ Sexo: ( )Masculino ( )Feminino

Data de nascimento: ___________________________ Estado Civil: ( )Casado/União estável

( )Divorciado/Separado ( )Viúvo ( )Solteiro

Formação Escolar: ( ) Analfabeto ( ) Semi-alfabetizado ( ) 1º grau incompleto


( ) 1º grau completo ( ) 2º grau incompleto ( ) 2º grau completo
( ) Superior incompleto ( ) Superior Completo ( ) Pós-graduado
Endereço residencial (Rua/Av.): ___________________________________________________
Nº ________ Ap.: _______ Bairro: ____________________ Fone:_______________________
Cidade: _______________________________________________________________________

02 - Dados Ocupacionais
Ano de ingresso na UFRGS: _______ Local de Exercício: _______________________________
Categoria funcional: _____________________________________________________________

Local / Setor / Departamento das atividades: _________________________________________

Endereço do local das atividades: __________________________________________________

Há quanto tempo exerce suas atividades neste local: ___________________________________

Principais Atividades:
________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

Já sofreu outro acidente de serviço: ( ) Sim ( ) Não ( ) Não sabe


Em caso afirmativo, quantos e quando: ______________________________________________

03 - Dados sobre:

( ) Acidente em Serviço ( ) Incidente em Serviço

O que ocorreu: _________________________________________________________________


_____________________________________________________________________________

Onde ocorreu: _________________________________________________________________


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Quando ocorreu: ____/____/____ Horário: ______________________________


Nº de horas trabalhadas (no dia do ocorrido) até o horário do acidente: ____________________

Parte do corpo atingida: ( ) Cabeça Exceto os olhos ( ) Olhos ( ) Pescoço


( ) Tronco ( ) Membros inferiores ( ) Membros superiores
( ) Múltiplas partes ( ) Outros: ______________________________________________

Usava algum equipamento de proteção individual – EPI: ( ) Não ( ) Sim


Qual: ________________________________________________________________________

O acidente teve testemunhas: ( ) Não ( ) Sim


Cite o(s) nome(s): ______________________________________________________________

04 - Dados sobre o Primeiro Atendimento:

Recebeu atendimento médico ou de enfermagem: ( ) Não ( ) Sim

Onde: ________________________________________________________________________

Obs.: O boletim de primeiro atendimento deverá ser encaminhado à Divisão de Junta Médica (DJM) no prazo de até 10
(dez) dias para anexar ao processo do FAIS.

______________________________ ________________________
Responsável pelo preenchimento Assinatura

Cargo/Função: __________________ Data: ___/___/___

(Demais assinaturas no verso)

_______________________________ ________________________
Representante da COSAT (se houver) Assinatura

_____________________________ ________________________
Chefia Imediata Assinatura

_____________________________ ________________________
Diretor da Unidade Assinatura
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Formulário de Acidente e Incidente de Serviço UFRGS

15. 13 Anexo XIII – Classificação de Resíduos Químicos e sua destinação proposto pelo
CGTRQ/IQ UFRGS

Protocolo para Classificação dos Resíduos Químicos para Descarte.


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15.14 Anexo XIV – Tabela de Incompatibilidade Química

Substância Incompatível com


Acetileno Cloro, Bromo, Flúor, Cobre, Prata, Mercúrio
Ácido acético Ácido crômico, Ácido perclórico, peróxidos, permanganatos,
Ácido nítrico, etilenoglicol
Acetona Misturas de Ácidos sulfúrico e nítrico concentrados, Peróxido
de hidrogênio.
Ácido crômico Ácido acético, naftaleno, cânfora, glicerol, turpentine,
álcool, outros líquidos inflamáveis.
Ácido hidrociânico Ácido nítrico, álcalis.
Ácido fluorídrico anidro, fluoreto Amônia (aquosa ou anidra)
de hidrogênio
Àcido nítrico concentrado Ácido cianídrico, anilinas, Óxidos de cromo VI, Sulfeto de
hidrogênio, líquido e gases combustíveis, ácido acético,
ácido crômico.
Ácido oxálico Prata e Mercúrio
Ácido perclórico Anidrido acético, álcoois, Bismuto e suas ligas, papel,
madeira.
Ácido sulfúrico Cloratos, percloratos, permanganatos e água
Alquil alumínio Água
Amônia anidra Mercúrio, Cloro, Hipoclorito de cálcio, Iodo, Bromo, Ácido
fluorídrico.
Anidrido acético Compostos contendo hidroxil tais como etilenoglicol, Ácido
perclórico.
Anilina Ácido nítrico, Peróxido de hidrogênio.

Azida sódica Chumbo, Cobre e outros metais.


Bromo e Cloro Benzeno, Hidróxido de amônio, benzina de petróleo,
Hidrogênio, acetileno, etano, propano, butadienos, pós-
metálicos.
Carvão ativo Dicromatos, permanganatos, Ácido nítrico, Ácido sulfúrico,
Hipoclorito de sódio.
Cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, outros gases de
petróleo, hidrogênio, carbeto de sódio, turpentine, benzeno,
metais finamente divididos, benzinas e outras frações do
petróleo.
Cianetos Ácidos e álcalis.
Cloratos, percloratos, clorato de Sais de amônio, ácidos, metais em pó, matérias orgânicas
potássio particuladas, substâncias combustíveis.
Cobre metálico Acetileno, Peróxido de hidrogênio, azidas.
Dióxido de cloro Amônia, metano, Fósforo, Sulfeto de hidrogênio.
Flúor Isolado de tudo.
Halogênios (F, Cl, Br e I) Amoníaco, acetileno e hidrocarbonetos.
Hidrazida Peróxido de hidrogênio, ácido nítrico e outros oxidantes.
Hidrocarbonetos (butano, Ácido crômico, flúor, cloro, bromo, peróxidos.
propano, tolueno)
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Substância Incompatível com

Iodo Acetileno, hidróxido de amônio, hidrogênio.


Líquidos inflamáveis Ácido nítrico, nitrato de amônio, óxido de cromo vi,
peróxidos, flúor, cloro, bromo, hidrogênio.
Mercúrio Acetileno, ácido fulmínico, amônia.
Metais alcalinos Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros
hidrocarbonetos clorados.
Nitrato de amônio Ácidos, pós-metálicos, líquidos inflamáveis, cloretos,
enxofre, compostos orgânicos em pó.
Nitrato de sódio Nitrato de amônio e outros sais de amônio.
Óxido de cálcio Água.
Óxido de cromo VI Ácido acético, glicerina, benzina de petróleo, líquidos
inflamáveis, naftaleno.
Oxigênio Óleos, graxas, Hidrogênio, líquidos, sólidos e gases
inflamáveis.
Perclorato de potássio Ácidos.
Permanganato de potássio Glicerina, etilenoglicol, Ácido sulfúrico
Peróxido de hidrogênio Cobre, cromo, ferro, álcoois, acetonas, substâncias
combustíveis.
Peróxido de sódio Ácido acético, anidrido acético, benzaldeído, etanol,
metanol, etilenoglicol, acetatos de metila e etila, furfural
Prata e sais de Prata Acetileno, ácido tartárico, ácido oxálico, compostos de
amônio.
Sódio Dióxido de carbono, tetracloreto de carbono, outros
hidrocarbonetos clorados.
Sulfeto de hidrogênio Ácido nítrico fumegante, gases oxidantes.
Fonte: Manual de Biossegurança - Mario Hiroyuki Hirata. Jorge Mancini Ilho (Anexo IV – Resolução RDC ANVISA Nº222).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Versão 02
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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

15.15 Anexo XV - Lista das principais substâncias utilizadas em serviços de saúde que
reagem com embalagens de Polietileno de Alta Densidade (PEAD)

Àcido butírico Dietil benzeno


Àcido nítrico Dissulfeto de carbono
Ácidos concentrados Éter
Bromo Fenol / clorofórmio
Bromofórmio Nitrobenzeno
Álcool benzílico o-diclorobenzeno
Anilina Óleo de canela
Butadieno Óleo de cedro
Ciclohexano p-diclorobenzeno
Cloreto de etila, forma líquida Percloroetileno
Cloreto de tionila Solventes bromados & fluorados
Bromobenzeno Solventes clorados
Cloreto de Amila Tolueno
Cloreto de vinilideno Tricloroeteno
Cresol Xileno
Fonte: Chemical Waste Management Guide - University of Florida - Division of Environmental (Anexo V -
Resolução RDC ANVISA Nº222).

15.16 Anexo XVI - Substâncias que devem ser segregadas, acondicionadas e


identificadas separadamente

- Ácidos - Gases comprimidos


- Asfixiantes - Líquidos inflamáveis
- Bases - Materiais reativos com a água
- Brometo de etídio - Materiais reativos com o ar
- Carcinogênicas, mutagênicas e - Mercúrio e compostos de mercúrio
teratogênicas
- Compostos orgânicos halogenados - Metais pesados
- Compostos orgânicos não halogenados - Mistura sulfocrômica
- Corrosivas - Óleos
- Criogênicas - Oxidantes
- De combustão espontânea - Resíduo fotográfico
- Ecotóxicas - Sensíveis ao choque
- Explosivas - Soluções aquosas
- Formalina ou formaldeído - Venenos
Fonte: Chemical Waste Management Guide. - University of Florida - Division of Environmental Health & Safety -
abril de 2001 (Anexo III - Resolução RDC ANVISA Nº222).
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15.17 Anexo XVII – Programa do Curso de Capacitação de Gestão de Resíduos


Laboratoriais

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