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ABSTRACT: This article discusses the concepts of being and truth from an
analysis of Heidegger's hermeneutic phenomenology about the question of the
meaning of being. In this way, we aim to explain the concept of hermeneutics in
Heidegger‟s philosophy, which characterizes the change in philosophical thought
on the interpretation of what concerns to the true knowledge, the unveiling,
compared to being in the world, Dasein. Finally, it will seek an understanding of §
44 of Heidegger‟s work Being and Time, in an attempt to describe the concept of
truth according to the mode of being of being, which I am, Dasein and its
transcendence.
Keywords: Truth; Hermeneutic; Being; Transcendence; Dasein.
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Acadêmico do curso de graduação em Filosofia – Licenciatura – da Universidade Federal da
Fronteira Sul (UFFS), Campus Erechim. Aluno voluntário no projeto de pesquisa João Duns
Scotus e o Segundo Começo da Metafísica coordenado pelo Prof. Dr. Thiago Soares Leite da
UFFS. E-mail: fernando.falkoski@hotmail.com
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Cf. HEIDEGGER, 2011, p. 38.
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Optamos por usar desde o início e sempre o termo Dasein ao invés do termo presença que consta
na tradução usada nessa pesquisa, HEIDEGGER, M. Ser e Tempo. Tradução revisada e
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Cf. STEIN. 2008, p. 45: “É preciso que o método trabalhe como redução, numa região
inteiramente inexplorada e viciada pelo paradigma da relação sujeito-objeto, da postura teórica,
onde opera a máquina mental-cognitiva. E como destruição, o método deve trabalhar com as
conquistas da redução, para vencer os ardis das teorias da consciência que sustentam os sistemas
da tradição. Só então a construção da teoria do ser seria o coroamento do novo paradigma”.
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Neste contexto, a hermenêutica tem o sentido de interpretar os fundamentos ontológicos do
conceito de verdade, segundo os fenômenos originários da verdade e a transcendência do modo-
de-ser do Dasein, do ser-descobridor, do des-velamento, do des-ocultamento, por fim, da verdade
(descoberta). Vem-a-ser, a interpretação ontológica, a compreensão da abertura do Dasein.
(HEIDEGGER, 2011, p. 304).
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Nesse contexto, a expressão „mundo possível‟ não se relaciona com o que é debatido pela
filosofia analítica.
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Muitos pensadores, seguindo a metafísica tradicional, traduziram o conceito aletheia por
verdade. No sentido fenomenológico heideggeriano, lê-se alethéia como desvelamento do ser, do
seu desocultamento.
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Cf. Metafísica, A. 993 b 20, 1, 1003 a 21.
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A questão da essência da verdade se origina da questão da verdade da essência. Aquela questão
entende essência, primeiramente, no sentido de quididade ou de realidade e entende a verdade
como uma característica do conhecimento. A questão da verdade da essência entende essência em
sentido verbal e pensa, nesta palavra, ainda permanecendo no âmbito da representação metafísica,
o ser como a diferença que impera entre ser e ente. Verdade significa o velar iluminador enquanto
traço essencial do ser. A questão da essência da verdade encontra sua resposta na proposição: a
essência da verdade é a verdade da essência. (HEIDEGGER, M. Sôbre a Essência da verdade.
Trad. Ernildo Stein. Rev. José Geraldo Nogueira Moutinho. São Paulo: Livraria Duas Cidades,
1970).
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Heidegger interpreta a definição da essência da verdade, adaequatio intellectus et rei,
colocando-a como concordância, a partir de um enunciado (logos) com o objeto, ou seja,
adequação do conhecimento com as coisas, nesse contexto, o mostrar-se das coisas mesmas.
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Considerações finais
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Cf. HEIDEGGER, Apud. STEIN, 2006, p. 169 O ser verdadeiro, como ser descobridor, é
novamente apenas ontologicamente possível, apoiando-se na base do ser-no-mundo. Este
fenômeno no qual reconhecemos a estrutura fundamental do Dasein é o fundamento do fenômeno
originário da verdade.
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REFERÊNCIAS
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Marcia Sá Cavalcante Schuback, posfácio de Emmanuel Carneiro Leão. ed. 5,
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Cavalcante Schuback, posfácio de Emmanuel Carneiro Leão. ed. 4, Petrópolis:
Vozes.
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José Geraldo Nogueira Moutinho. São Paulo: Livraria Duas Cidades.
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[Disponível on line em:
http://www.univates.br/revistas/index.php/cadped/article/viewFile/57/46] . Data
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Unijuí.
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