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Filosofia

10ºAno

Filosofia 10ºAno Página 1 de 4


Tópicos Abordados:
- Acções e valores
- Acções
- Conceito de Acção
- Estrutura da acção
- Diferença entre acção e acontecimento
- Valores
- Conceito de Valor
- Juízos de facto e de valor
- Determinismo e livre-arbítrio
- Livre-arbítrio
- Noção de livre-arbítrio
- O problema do livre-arbítrio
- Teorias de resposta ao problema do livre-arbítrio
- Imcompatibilistas
- Determinismo Radical
- Liberalismo
- Compatibilistas
- Determinismo Moderado

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1) Acções e valores
1.1) Acções

A filosofia estuda as acções porque a acção é uma das crença mais básicas. Nós
acreditamos que agimos livremente, acreditamos na Racionalidade das Acções Humanas, e
isso é que é o objecto de estudo da filosofia da Acção. Mas isso significa que não fazemos
acções irracionais?

Uma acção é um acontecimento que foi realizado por um agente e que foi
intencional. Ex.: ir ao mercado -- eu quero ir ao mercado, por isso, se puder, vou até ao
mercado. O contrário já não se verifica, nem todos os acontecimentos são acções, no
entanto todas as acções são acontecimentos. Ex.: escorregar numa casca de banana --
não é acção, é acontecimento.
Um agente realiza uma acção por um motivo/intenção (razão pela qual o agente
realiza a acção); pretende algo ao realizar a acção, tem uma finalidade (o que o agente
pretende com a realização da acção); o agente escolhe entre várias possibilidades a que lhe
parece que o vai levar mais próximo da acção, decisão (escolha de entre várias
possibilidades mais propícia à realização da acção); o agente realiza algo para chegar à sua
acção, os meios (aquilo que o agente realiza para chegar à sua acção); o que acontece
depois da realização da acção, os resultados (o que resulta da sua acção); e o agente
ainda sofre as consequências da sua acção. Para perceber melhor, vê a tabela seguinte:

Acção

Mo>vo:  estar  desejoso  por  ver  um  filme


O  João  esteve  o  fim-­‐de-­‐semana  
todo  em  casa  e  como  estava   Finalidade:  ver  um  filme
desejoso  de  ir  ver  um  filme,  no  
Decisão:  escolheu  sair  de  casa
domingo  o  pai  deixou-­‐o.  O  
João  foi  ao  cinema  ver  um   Meios:  saiu  de  casa  e  foi  até  ao  cinema
filme.  O  cinema  estava  
fechado.  O  João  não  viu  o  filme   Resultado:  o  João  não  viu  nenhum  filme
e  ficou  triste.
Consequências:  sen:u-­‐se  triste

A finalidade de uma acção pode ser de dois tipos:


- Instrumental: eu realizo uma acção para que possa atingir outra. Ex.: Eu
vou levantar dinheiro para comprar o meu computador;
- Última: motivo final da realização da acção. Ex.: Eu sentei-me no sofá para
ficar confortável.

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1.2) Valores

Um valor é uma ideia ou conjunto de ideias que orienta(m) e influencia(m) as
nossas escolhas. Ex.: matar é errado; mentir é errado. Existe uma grande diversidade de
valores: valores cívicos, sociais, solidários, etc... São estes valores que nos podem levar a
fazer juízos de valor.
Os juízos de valor ao contrário dos juízos de facto, são subjectivos, ou seja,
dependem dos valores de cada pessoa. Ex.: ele é mau porque matou. Se alguém acha que
matar é correcto, como pode tomar esta afirmação por verdadeira? Por outro lado, os juízos
de facto são imparciais e objectivos, porque não dependem da pessoa que diz a
afirmação. Ex.: ele foi morto ontem. Se a frase for cientificamente correcta (verdadeira), como
é que alguém pode discordar?

2) Determinismo e livre-arbítrio
2.1) Livre-arbítrio

Ter livre-arbítrio significa ter liberdade para realizar as acções como desejamos. Ao
longo dos tempos, os filósofos têm vindo a discutir sobre se os humanos têm ou não livre-
arbítrio. Criaram-se algumas teorias para tentar responder.

2.2) Teorias de resposta ao problema do livre-arbítrio

2.2.1) Imcompatibilistas (ou o determinismo é verdadeiro e não há liberdade ou o


contrário)
Existem dois tipos de teorias imcompatibilistas:
- Determinismo radical: todas as nossas acções inserem-se numa cadeia de
causas, logo nós não temos liberdade é apenas uma ilusão, mas também
não podemos ser responsabilizados pelas nossas acções nem glorificados
pelos nossos actos heróicos;
- Liberalismo: nós possuímos liberdade e o determinismo é falso, logo nós
somos responsáveis pelas nossas acções.

2.2.2) Compatibilistas (tanto o determinismo como a liberdade podem ser


compatíveis)

Existe uma teoria compatibilista:


- Determinismo moderado: a maioria das nossas acções insere-se numa
cadeia de causas, mas nós podemos escolher realizá-las ou não (existe
liberdade e o determinismo é verdadeiro).

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