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Dana Do Ventre Descobrindo Sua Deusa Interior PDF
Dana Do Ventre Descobrindo Sua Deusa Interior PDF
Sueli Lyz
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Lyz , Sueli
Dança do Ventre : descobrindo sua deusa interior / Sueli Liz. – São Paulo:
Berkana Editora, 1999.
Bibliografia.
99-4907 CDD-792,807
ISBN – 85-85839-33-3
5
No dia em que eu descobrir o meu destino e o meu caminho, talvez
tantas coisas e assuntos na Terra já tenham se transformado e eu, ainda
estarei tentando entender os ciclos da Lua e das marés, que vão e vêm
nas tempestades.
Sueli Lyz
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7
Este trabalho é dedicado a você mulher:
esposa, mãe, avó, dançarina, professora,
psicólogo. A todo homem: marido, pai,
professor, metafísico, astrólogo. Aos que
pesquisa sobre melhores condições do viver,
em fim, a todos nós que vivemos e
interpretamos a vida.
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O Dançar de uma Deusa
Sueli Lyz
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ÍNDICE
PRÓLOGO ....................................................................................................15
A DANÇA DO VENTRE ...................................................................................20
MOVIMENTO 1 ..............................................................................................27
MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................27
PASSO YASMIN .................................................................................27
PASSO GREGO .................................................................................28
A DEUSA AFRODITE ..............................................................................29
LUZ E SOMBRA DE AFRODITE .................................................................31
DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................33
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA ....................35
1º CHACRA – BÁSICO ........................................................................35
CHACRAS COMPLEMENTARES – PÉS E JOELHOS ....................................39
CHACRAS DOS PÉS ..........................................................................39
CHACRAS DOS JOELHOS ...................................................................40
MOVIMENTO 2 .............................................................................................43
MOVIMENTOS DA DANÇA ......................................................................43
OITO DEITADO .................................................................................43
OITO MAIA .......................................................................................44
PASSOS DO CAMELO ........................................................................44
ONDULAÇÕES ..................................................................................45
BATIDAS FORTE E SHIMIS .................................................................46
REDONDOS DE QUADRIL ...................................................................46
A DEUSA DEMÉTER ...............................................................................48
LUZ E SOMBRA DE DEMÉTER .................................................................49
DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................50
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA .....................52
2º CHACRA – UMBILICAL ...................................................................52
MOVIMENTO 3 .............................................................................................54
MOVIMENTOS DA DANÇA ......................................................................54
ONDULAÇÕES ABDOMINAIS ..............................................................54
A DEUSA ARTEMIS ...............................................................................55
LUZ E SOMBRA DE ARTEMIS .................................................................57
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DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................58
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA ....................60
3º CHACRA – PLEXO SOLAR ..............................................................60
MOVIMENTO 4 ..............................................................................................63
MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................63
OITO DE BUSTO ................................................................................63
A DEUSA ATENA ...............................................................................65
LUZ E SOMBRA DE ATENA .................................................................67
DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................68
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM O MOVIMENTOS DA DANÇA ......................70
4º CHACRA – CARDÍACO ...................................................................70
MOVIMENTO 5 ..............................................................................................74
MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................74
ONDULAÇÕES E CIRCULARES DE PESCOÇO .......................................74
A DEUSA HERA .....................................................................................75
LUZ E SOMBRA DE HERA .......................................................................76
DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................78
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM O MOVIMENTOS DA DANÇA ......................79
5º CHACRA – LARÍNGEO ....................................................................79
MOVIMENTO 6 ..............................................................................................82
MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................82
3ª VISÃO ..........................................................................................82
A DEUSA PERSÉFONE ...........................................................................82
DANÇAR PARA TRANSFORMAR A VIDA ....................................................89
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM O MOVIMENTOS DA DANÇA ......................90
6º CHACRA – FRONTAL .....................................................................90
MOVIMENTO 7 ..............................................................................................90
MOVIMENTOS DA DANÇA .......................................................................92
A APARIÇÃO DA DEUSA ....................................................................92
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS DA DANÇA ....................95
7º CHACRA – CORONÁRIO ................................................................95
CHACRAS DAS MÃOS ............................................................................96
ALINHANDO O LADO FEMININO COM AS MÃOS ....................................98
ALINHAMENTOS DO LADO MASCULINO COM AS MÃOS ........................99
A APARIÇÃO DA DEUSA .......................................................................100
AS DANÇAS ...............................................................................................103
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A DANÇA DO CANDELABRO ................................................................103
A DANÇA DOS SETE VÉUS ..................................................................105
SIGNIFICADO DOS VÉUS .................................................................106
OS DEUSES MASCULINOS .........................................................................108
OS QUATRO ELEMENTOS ..........................................................................111
ELEMENTO TERRA .............................................................................111
DESEQUILÍBRIO DA TERRA .............................................................112
EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO TERRA .......................112
ELEMENTO ÁGUA ................................................................................112
DESEQUILÍBRIO DA ÁGUA ................................................................113
EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO ÁGUA .........................113
ELEMENTO FOGO ................................................................................113
DESEQUILÍBRIO DA FOGO ................................................................114
EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO FOGO .........................114
ELEMENTO AR ....................................................................................114
DESEQUILÍBRIO DA AR ....................................................................115
EXERCÍCIOS PARA EQUILIBRAR O ELEMENTO AR .............................115
OS QUATRO ELEMENTOS E AS COREOGRAFIAS ...................................115
FOGO .............................................................................................116
TERRA ...........................................................................................116
ÁGUA .............................................................................................116
AR .................................................................................................117
COREOGRAFIAS ARTÍSTICAS – RITUAIS E CONSAGRAÇÕES .........................118
AFRODITE – CELEBRAÇÃO E COREOGRAFIA .........................................118
ARTEMIS – CELEBRAÇÃO E COREOGRAFIA ...........................................118
RITUAL DA ABUNDANCIA – COREOGRAFIA ............................................118
PERSÉFONE – COREOGRAFIA ..............................................................118
CONCLUSÃO ..............................................................................................123
A DANÇA DA MULHER DO 3º MILÊNIO ...................................................123
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................125
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Prólogo
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variadas e o porco que, em algumas regiões, era a oferenda em
forma de sangue. Por sete noites e sete dias, aconteciam ofícios
nos templos ao ar livre e os discípulos que se interessasse, eram
iniciados nos mistérios.
As cerimônias eram realizadas por sacerdotisas devido a
sua natureza feminina e receptiva. Elas eram responsáveis pela
abertura de canais para o plano espiritual, através de mantras, de
mudràs (gestos) e de dança, para que a energia dos deuses
fizesse sua passagem pelos chacras abrisse o Corpo de Luz.
Sem a energia feminina, nenhum ritual poderia emancipar o
discípulo. Havia uma integração com a parte masculina. Os
homens também, entendiam a interagiam nos rituais de
fertilidade.
A escolha da Sacerdotisa destinada a ser a Mãe do clã, era
feita em uma grande festa, com muitas danças sagradas. Nessa
ocasião, aquela para quem era passada essa responsabilidade,
recebia o Cálice Sagrado, feito de diamantes, representando os
elementos.
Os Sabás das Mulheres eram realizados nas florestas, ao ar
livre, à luz do Luar, ou recebendo a energia solar. Os astros eram
estudados juntamente com a energia das pedras e os ciclos da
natureza.
O cálice nos rituais, representava o útero das mulheres e
sua ligação com a Grande Mãe. O “sangue menstrual” que era
oferecido à Terra. Nesses rituais, as vestais dançavam como o
fogo, representado em círculos sagrados, parecidos com objetos
indígenas de chocalhos.
Assim, a vida era vivida em plena paz. A loucura dos
homens, por guerra, poder e sangue, era neutralizada pelas
oferendas proporcionadas pelas mulheres que, em comunhão
com a Deusa, pelo seu poder de dar e manter a vida,
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faziam de seu ventre o grande mistério de onde surtia a vida.
Alguns guerreiros e sacerdotes incitados por rituais e
devoções praticados por magos negros, invejando o “poder
natural das mulheres” quiseram usurpar essa comunhão com a
Deusa. Começou então uma perseguição silenciosa e uma
estratégia de extermínio aos clãs das mulheres.
A ideia de escrever Dança do Ventre – Descobrindo sua
Deusa Interior, aconteceu no momento em que uma imagem
dessa época horrível surgiu na minha tela mental. Todos os meus
chacras temeram e se voltaram para esse passado, afim de que
eu soubesse e contasse às mulheres e homens desta época,
como tudo aconteceu, e juntos, resgatássemos o feminino, que a
partir daí, foi sufocado em cada uma de nós.
Nessa volta, encontrei-me em meio a muitas lutas entra
guerreiro e amazonas que defendiam as mulheres xamãs, sibilas
e sacerdotisas, possuidores de dons sobrenaturais de entrar em
contato com a Deusa Mãe em rituais e ela oferecidos.
Um clã de mulheres já vivia em enormes grutas, escondidas com
os velhos, crianças e a vida não mais corriam livres nos campos,
pois se fossemos pegas, o preço seria a própria vida.
Eu era jovem e estava ali para ocupar o meu lugar de
sacerdotisa. Celebrávamos com uma grande festa, com muitas
danças e muita alegria. Dos gestos e coreografias fluíam, com
esplendor energias que abriam novos canais psíquicos e
espirituais, quando nossa vidência e capacidade de cura,
proporcionava grande emoção.
A vida, mesmo em grutas, era ainda muito feliz e prospera,
com muito amor e divisão fraternal, embora soubéssemos
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que a Era Matriarcal estava no final e muitos inocentes pagariam
com a vida por erros de alguns clãs femininos, por abuso de seu
poder em rituais de fertilidade.
As amazonas, mulheres guerreiras, traçavam seu império e
protegiam o clã, guerreando sem tréguas para que o patriarcado
não imperasse.
Nessas imagens de magnitude daquela sociedade, que
passavam como um filme em minha mente, eu reconhecia os
rosto, o andar e a força de muitas daquelas mulheres que hoje
estão encarnadas e são minhas eternas amigas, muitas, que eu
sei, ainda virei conhecer.
Na revisão dessa vida anterior, compreendi que não pude
efetuar e completar o meu trabalho naquela época, como
sacerdotisa, pois fui morta por “sacerdotes bruxos” numa
emboscada. De volta, já nesta nossa era, só depois de haver
estruturado meus corpos, pude trazer para a consciência o
contato com os deuses em mim, resgatando os “rituais
esquecidos” através das danças sagradas.
Nos trabalhos de regressão, nós temos um raio de visão
maior dos problemas e questões a serem desbloqueadas, através
da luz, alem da minha historia pessoal, eu entrava em contato
com os rituais, a sociedade, as divindades, o declínio de um
sistema, a educação das crianças e o resgate de uma parte minha
esquecida: “A Sacerdotisa”.
Além de aprender tudo que era possível a respeito da dança,
algo, dentre de mim dizia que os movimentos não eram só os
passos com perfeição de técnica. Havia algo mais profundo a ser
recuperado; os rituais para que a s mulheres e homens pudessem
resgatar “o Feminino”, adormecido dentro de cada ser.
Pode ser que demore algum tempo, mas a cada dia e cada
trabalho que fazemos, mais homens guerreiros desta nossa
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época, estão entregando as armas, aderindo às danças
ritualísticas em homenagem a Grande mãe e, o melhor de tudo,
deixando abrir seu coração para esse trabalho interior. Assim,
podemos visualizar como trazer essa energia de Amor, de
concretização, de força e de sensualidade que os deuses nos
ofertam, na experiência de Fonte Divina, que é o nosso EU
Superior.
Com a experiência e os trabalhos de pesquisa nas aulas de
dança e nas terapias, pude avaliar o quanto a dança e certos
exercícios despertam os chacras, fazendo a passagem da energia
da deusa que nos fornece equilíbrio, forma, beleza e também
desenvolvimento espiritual, resgatando na mulher a serpente do
conhecimento que faz ressurgir a Deusa/Sacerdotisa.
O resgate do feminino em Dança do Ventre – Descobrindo
sua Deusa Interior vem para tentar restaurar o poder da Deusa
em cada mulher e em cada homem da época atual, reafirmando a
necessidade de haver um para completar o outro.
Sueli Lyz
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A dança do ventre
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Pessoas sensíveis com um desenvolvimento psíquico
altamente confiável, os que estudam os mitos através de Jung e
alguns astrólogos, já perceberam que algo de muito serio está
acontecendo nos Céus e sendo restaurado na Terra – um
movimento de regeneração e mudanças. Mulheres e homens de
mentes avançadas percebem essa onda de vibração, que
também é captada pelo inconsciente coletivo. É a energia dos
Deuses, renascendo na era atual.
Algumas pessoas já perceberam as mudanças na
humanidade como um todo e em suas vidas especificamente.
Essa mutação pede que estejamos preparados para o
Retorno da Deusa e as consequentes subdivisões em formas de
arquétipos, regatando o feminino na mulher e no homem, pois
cada criatura é formada do masculino e feminino, considerando-
se que pela “real história da humanidade” havia um
Deus/Pai/Mãe.
No passado, houve um longo tempo de paz e harmonia na
Terra, um tempo em que homens, mulheres e crianças viviam
felizes, celebravam e dançavam nas consagrações feitas a
Deusa-mãe que nutria essa Terra e o pai protegia.
Desde a remota Atlântida, e mais recentemente na Grécia,
pode-se constatar que as celebrações que se fazia à Deusa, aos
poucos forma sendo dizimadas por guerreiros e sacerdotes,
estabelecendo-se, lentamente, o culto ao deus masculino.
Na história dessa humanidade, no caminhar dos séculos,
poucas foram as mulheres que puderam sobressair-se em alguma
ideia, forma ou pensamento.
Quando alguma mulher trazia à luz alguma coisa, seu
psiquismo, ou suas ideias eram julgados avançados e ele era
louca, cortesã, bruxa ou cigana-xamã, isolada na floresta.
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Vênus/Afrodite foi arrancada de seu templo, culpada e
condenada sumariamente. Fizeram-na profana e reprimida pelas
funções do seu corpo. O poder da deusa, ou o poder feminino,
nesse momento começou a diminuir. Isso levou à repressão da
mulher e do homem através dos tempos, à somatização de
doenças e à falta de amor, na visão triste da chamada abertura
sexual de hoje.
Atualmente, vemos a expressão “amor de Afrodite”, como
sinônimo de traição, mentira, transe sexual e, várias nuances de
sexualidade desbravada e sadomasoquista.
Na verdade, trazemos dentro de nos mesmos, a energia de
muitas deusas: da Sabedoria, da Paciência, da Força, da
Criatividade, da Guerra, do Amor.
Aprendemos como o tempo e com o dançar, a harmonizar
essas energias em nossos relacionamentos, nos sentimentos, nos
chacras e no desempenho de papeis que não são impostos em
nossa cultura.
Do Panteão dos Deuses Gregos, cuja energia foi
arremessada para nossa época, vamos decifrar em sua Mitologia,
a natureza e as funções de cada deus, que transportadas para o
nosso século nos ajudam a entender como agimos, como nos
descobrimos e como estamos mudando nossas funções como
homens e mulheres.
Com a dança, podemos abrir nossa consciência, descortinar
o “pior” de nossos bloqueios e o “melhor” de nosso
autoconhecimento e avançar no desenvolvimento corporal e
energético.
Dentro dos arquétipos das deusas, podemos descobrir qual
delas está esquecida ou reprimida dentro de nós, pela dor de uma
ferida não curada de nossa infância, pelo desamor ou pela raiva.
Podemos descobrir, também, se a deusa está à luz ou à
sombra, em nosso interior, fazendo-nos rever nos departamentos
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de nossas vidas onde a energia está estagnada, recriando nosso
destino e nossa história, livrando-nos das amarguras, ansiedade,
tensões, e frustrações, trazendo luz a pontos mais escondidos do
nosso Ser.
Na Astrologia, já podemos estudar os papeis das principais
deusas em nosso Mapa Natal e na Revolução Solar (mapa que
fazemos para verificar os acontecimentos, a partir de nosso
aniversario até o não seguinte), pois cada planeta que interfere
em nossa vida é a representação de um deus ou de uma deusa.
Através da Astrologia, podemos verificar, que a maioria das
pessoas possui a chave da prisão da deusa, isto é, são capazes,
ela mesmas, quando trabalhadas adequadamente, de conseguir a
liberdade que lhes trata harmonia e bem estar.
A dança é a melhor forma de expressão que existe. Na
prática dos exercícios e mudrás, pode-se verificar que o físico e o
energético caminha interligados, “abrindo” e fazendo evoluir em
harmonia – corpo – mente – alma.
A magia que a dança do ventre traz para que a pratica, ou
aprecia simplesmente olhar, permite que seja captada a energia
que está de volta nos Céus e na Terra, podendo mexer com o
inconsciente.
A dança do ventre não originou-se somente em um país ou
em um região. Recebeu as características dos costumes de cada
país era praticada, dependendo dos deuses e deusas que as
sacerdotisas consagravam ou cultuavam em seus rituais, sendo
indispensável dizer, que esses cultos eram destinados à
Deusa/Mãe e à fertilidade.
Ela foi dançada e consagrada nos templos de várias ordens
e religiões.
Assim, ao logo da história, a dança do ventre recebeu
influências das mais variadas e, naturalmente, seguiu um
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processo evolutivo em dois tipos de cenários: o culto religioso e a
dança dos palácio e das ruas.
A dança do ventre evoluiu através dos tempos e hoje, muitas
dançarinas realizam um trabalho maravilhoso, que vai desde o
puro prazer de dançar, até as curas feitas através da dança.
A finalidade da dança era comunicar-se com os níveis sutis
de energia e sés mistérios, harmonizar-se com os ciclos da Terra
e da Natureza e também com os quatro elementos. Dançava-se
para a Terra, para o Ar, para as Águas e para o Fogo. Para que
os reinos fossem férteis.
Dentro de cada mulher, há uma grande ligação do físico com
o espiritual, da Terra com o Universo. A sabedoria da Deusa
Interior é eterna.
Hoje, esta grande deusa regressa para que a mulher
conheça e saiba que sua energia, se usada de forma errada leva
a vaidade, ao egoísmo, às doenças psíquicas, à confusão mental,
emocional e espiritual. Por outro lado, quando é usada de forma
adequada, há a abertura para canalização, à mediunidade e à
proteção dos mestres espirituais, para a ascensão total. É neste
momento que ligação da mulher com a deusa acontece.
Ao som de uma musica forte, o acariciar da Serpente era o
convite, a escolha de aceitar o conhecimento a força e a
responsabilidade se ser possuidora de habilidades psíquicas.
A Serpente ou Píton é a simbologia usada para presentear a
força psíquica que existe em cada mulher.
Píton, Gaia, Pítia, Tiamat, Shavki, Cênon, Isis serpente do
Arco-Iris, Coatlique, Iemanjá, ou seja, qual for o nome atribuído à
serpente em cada civilização, ela representa a própria imagem da
Deusa que sempre existiu, em todas as épocas, perpetuando as
raças e o conhecimento.
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As dançarinas/sacerdotisas acolhem a serpente enrodilhada,
cujo corpo em espiral é o símbolo da vibração crescente da
Grande Mãe. Em transe, elas aceitam os dons do seu corpo. O
nascer pelos centros de energias dos chacras, o despertar do seu
Eu adormecido.
Quando a bailarina dança, seus movimentos parecem os de
uma chama que se eleva, imitando o “bote” das serpentes quando
se erguem e, então, se transformam na expressão da força
sagrada do Eu interior centrado e seguro.
O ventre descoberto da mulher recebe as energias de Rá
(Sol) e também dos rituais feitos para as Luas:
Crescente – para tudo frutificar e realizar;
Minguante – para as coisas que queiram minimizar ou secar;
Cheia – o nível máximo de energia física e psíquica;
Nova – para novos planos, renovação, aliança, em rituais em
que alcançavam-se novos e dinâmicos estados de consciência.
Tanto hoje como no passado. Os dons e a sabedoria abrem-
se dentro da mulher. Ela transforma-se no que vê e, através da
dança, acolhe a dignidade de seu Ser, apreciando sua beleza e
aceitando as responsabilidades de paz e positividade que os dons
lhe trazem.
Nos templos modernos de dança como nos templos
iniciáticos, a cada ritual de dança, pelos quatros corpos – físico,
etérico mental e emocional – flui e resplandece uma luz
transparente, envolvendo e energizando cada chacra, trazendo
uma grande emoção e a alegria do reencontro. Assim, a
dançarina entra em contato com a Deusa.
A energia do Retorno da Deusa poderá fluir nos caminho da
vida através de cada corpo de mulher, que se dedique à Arte e
25
ao Sagrado da Dança, proporcionando equilíbrio, liberdade e
criatividade pessoal.
Enquanto dança, a mulher ondula seu corpo com
sinuosidade, mimetizando os movimentos da Serpente Sagrada
(Píton), cuja energia é transformada em ritual pela dançarina. Ela
canaliza a força da Terra, energizando e alinhando os chacras
que podem estar bloqueado, tanto na entrada com na saída das
energias e a conseqüência disso é a somatização, isto é, o
aparecimento, no corpo físico de doenças que se iniciaram no
corpo etérico.
Cada um dos movimentos da dança do ventre, cada um de
seus passos tem um significado especial, pois tira da “sombra”
trazendo para a “luz”, a energia das deusas adormecidas dentro
da mulher, que muitas vezes, envolvida na luta pela
sobrevivência, esquece-se de si mesma.
É importante que sejam bem executados para que se
consiga, alem da alegrai e do prazer que a própria dança
proporciona, atingir seu objetivo principal – a harmonização de
todas as energias de nossos quatro corpos inferiores (físico,
etérico, mental e emocional).
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Movimento 1
Movimentos da Dança
Passo Yasmin
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1) Levante a perna direita até a altura do quadril, abra na
lateral e volte fazendo um semicírculo até a frente da outra
perna, abaixando como mostra a figura.
2) Faça o mesmo movimento com a perna esquerda.
3) No inicio, você pode sentir as pernas fracas, mas ao
poucos, com a repetição sistemáticas dos exercícios vão
tornado-se mais fortes e os movimentos perfeitos e
graciosos.
Passo grego
28
A Deusa Afrodite
29
nossa especial identidade, sendo a deusa uma espécie de agente
equilibrador.
Afrodite, Deusa do Amor e das Artes, possui um “cinturão
mágico” que tem o poder de encantar, seduzir e escravizar os
homens.
Há várias nuances de personalidade ou do potencial da
Deusa. Usamos a essência de Afrodite quando queremos
ressaltar a mulher, ou quando procuramos satisfazer os desejos
de natureza física ou instintiva, apetites caprichosos em relação a
comidas e sexo, necessidades de segurança e conforto. Usamos,
também, sua essência quando não estamos conseguindo impor
limites para o nosso corpo ou sendo sugados em algum
relacionamento.
A herança da simbologia que Afrodite nos dá, é o ensejo de
realizar ideais românticos, desenvolver a criatividade, praticar o
amor e a justiça e deixar fluir as fases belas da vida.
As profissões mais adequadas para a mulher Afrodite são:
modelo, atriz, poetisa, dançarina, pintora, modelista, decoradora.
Aceita grandes contratos para posar nua.
Seu poder é mais acentuado no Signo de Libra que rege a
ética, a estética, a beleza e as artes e no Signo de Escorpião por
sua natureza sensual e sexual.
A cor de Afrodite é a vermelho-rubi.
As essências são rosas vermelhas e ylang-ylang.
Sem Afrodite dentro do nosso ser, não há união sexual-
espiritual. Afrodite é a força catalisadora de tudo. Ela nos faz
seguir em direção a vários caminhos, dependendo se a Deusa
está na parte da Luz ou na Sombra de nossa historia de vida.
30
Luz e Sombra de Afrodite
31
É preciso ser criativo com Afrodite – jantar a luz de velas,
flores, presentes, etc. Ela investe muito no relacionamento.
Afrodite nos carrega de excitação e energia quando temos
que traçar um projeto. Ela nos ajuda na auto-valorização e amor
próprio. A Deusa é sensual e sexual, fluindo dessa energia muita
criatividade e fertilidade.
Repressão é a sombra de Afrodite. Reprimindo sua
capacidade e seu talento, muitas vezes para figuras masculinas,
pode gerar violência contra si própria.
Quando há a falta de luz de Afrodite – não nos gostamos,
não temos criatividade e não vemos beleza em nós.
Nossa Afrodite está esquecida, isto é, está na sombra
quando, sufocadas e reprimidas em qualquer relacionamento, não
temos coragem para reagir e impor o que somos ou o que
queremos. Falta-nos opinião e força própria de criar um outro
momento em nossa vida.
Essa situação, gerada pela competição, pelo poder de seu
“Cinturão Mágico de Afrodite” encontrado tanto nos homens como
nas mulheres, está sendo quebrada toda a repressão sexual e da
magia do amor, libertando-nos dos tabus que nos impedem de
vivenciar a sexualidade sadia do amor verdadeiro.
A deusa encarcerada como concubina, prostituta, amante ou
cortesã, foi libertando-se como pôde, ao longo dos séculos. Hoje,
temos a oportunidade de curar e repelir a sombra de Afrodite –
nosso amor e nossa sexualidade reprimida.
32
Podemos, agora, nos abrir à cura da Afrodite que está
dentro de nos, para que possamos cumprir o majestoso destino
que nos foi reservado, fundindo o coração ao corpo sensual.
33
Para sustentar essa “voltagem”, são necessárias inteligência
e criatividade. Logo, estas mulheres começam a se arrumar
melhor e a colorir a sua visa. Relacionamentos de amizades e
casos amorosos mais sólidos, voltam a permear suas vidas.
A primeira coisa que precisa acontecer para a
mulher/Afrodite é recuperar seu respeito próprio para ter de volta
o seu corpo. Isso significa que toda mulher em busca da
consciência perdida da Deusa precisa começar a amar e a
acalentar seu corpo, tal como é, e não como o ideal que deveria
ser.
Quando ainda não encontramos criatividade e beleza em
nós, é porque nossa Afrodite está esquecida. A dança é uma das
maneiras de fazê-la ressurgir.
Para isso, um primeiro passo poderia ser, explorar o domínio
perdido ou proibido do toque ou movimento através da dança do
ventre, biodança ou massagem
Os homens, por sua vez, precisam para de compara toda
mulher desejável, com algum retrato interior impossível que
trazem dentro de si.
Mulheres de qualquer faixa etária, que nunca tinham tido
orgasmo, com um árduo trabalho corporal, energético e também
psicológico, libertaram-se de mensagens negativas cristalizadas
em suas próprias historias de vida, quando conseguiram iluminar-
se com luz de Afrodite.
34
Relação dos Chacras com os
Movimentos da Dança
1º Chacra – Básico
Cor – vermelho.
Elemento – terra.
Partes do Corpo – útero, ovários, próstata, testículos,
órgãos genitais, ânus, uretra, bacia, coxas, pernas, pés.
Características – é a nossa conexão com a terra.
Cristal – granada.
Essências – laranja e sândalo, acalmam.
– cravo e canela, estimulam.
Mantra – RAM.
35
parecido com uma saudade de não se sabe do que. Às vezes,
lhes parece que aquela família não é a sua, ou tem a impressão
de que aquele lugar não é o seu.
Essas sensações as levam à eterna busca dos porquês, dos
motivos desta nossa vida aqui na Terra. Se não tiverem um
encaminhamento religioso, filosófico, esotérico ou
psicoterapêutico, que lhes explique todas essas sensações no
campo energético e áurico, podem vivenciar graves bloqueios de
energia.
A falta de força nas pernas e nos tornozelos pode ter a
explicação no fato do nosso HARA ou energia Ki (que é nossa
energia vital), não estar circundando para as pernas, não
conseguindo nos enraizar na terra, deixando-nos sem o
necessário equilíbrio.
São muitos os problemas que podem afetar o nosso corpo
físico pelo bloqueio do chacra básico: dores nos ovários, útero,
próstata, infertilidade e esterilidade. Rigidez em todas as
articulações: quadril, pés, tornozelos, joelhos, coxo-femural;
constantes torções nos pés, pernas fracas, dormência, ma
circulação, câimbras, varizes, menopausa precoce, problemas
menstruais, cólicas, velhice precoce, impotência, frigidez, estado
de anemia e de fraqueza.
36
Na história do nosso feminino, existiu muita repressão da
mulher.
Nesse contexto, a mulher vem caminhando, vidas e vidas
gerando sua existência sem se realizar, emaranhada em
pensamentos e ações negativas.
Em nosso “cinturão”, estão inseridos pensamentos e
magoas profundas, relacionados à prisão de não ter podido
vivenciar todas as áreas de nossa existência.
A Deusa solicita que trabalhemos “nossos corpos inferiores”
para estarmos “plenas e limpas”, para atuarmos com sabedoria e
feminilidade me todas as áreas de nossas vidas. – social,
profissional e afetiva, para que ela atue na saúde de nossa alma e
psique dando-nos inteligência e mantendo nossos canais abertos
para receber sua boa nova na Era que se inicia.
A “onda vibratória” que o retorno da Deusa Interior nos traz,
poderá abranger mais e mais mulheres, que unidas em um
exercito de amor e solidariedade, nos levara, triunfantes, ao
Resgate do Feminino.
Já existem pesquisas comprovando cientificamente, que os
pensamentos, bons ou maus, interferem em nossa qualidade de
vida, pois tem influencia na respiração, na circulação e,
consequentemente, na oxigenação dos órgãos.
Pessoas otimistas, que só pensam coisas agradáveis, de si
mesmas e dos outros, geralmente, têm mais saúde do que as
pessimistas, que estão sempre mal humoradas e queixando-se da
vida.
Para os espiritualistas, os pensamentos negativos são
trazidos para o mundo das formas pela energia dos seres
elementais e ficam pairando no ar, prejudicando o fluxo de
energia.
37
Pensamentos positivos que podem equilibrar o chacra
básico:
38
CHACRAS COMPLEMENTARES – PÉS E
JOELHOS
39
Chacras dos Joelhos – Flexibilidade na
Vida.
40
A dança, desde que bem executada, fortalece a musculatura
das pernas, dando mais apoio aos ossos dos joelhos. A cada
aula, pode-se notar a diferença.
Durante a dança, os ossos começaram a receber
mensagens de alegria e movimento; estes mandam estas
mesmas mensagens para o sangue, que são repassadas para as
articulações, nervos e musculatura. Consequentemente, através
da oxigenação pélvica, você já estará removendo energias e
crostas cinza, de armazenamento de nossas experiências.
Respire no vermelho descendo para as pernas, isto é,
respire profundamente, mentalizando que todo o ar à sua volta
transformou-se em uma nuvem vermelha de energia, que você
agora aspira.
Mesmo não gostando do vermelho, que é a cor do chacra
básico, use roupas dessa cor, principalmente – saias, calcinhas,
meias, que estarão próximos ou em contato com os membros
inferiores.
Os oitos, os balanços, os shimis, passo grego, passo yasmin
fortalecem as pernas.
Esses passos da dança renovam o vermelho, começamos a
desbloquear as couraças pélvicas, trazendo chão e vitalidade.
A massagem energética remove as energias sacro-
lombares, aliviando a dor ciática, que muitas vezes aparece,
quando sofremos alguma pressão familiar ou no trabalho , ou
sentimos falta de algo como: dinheiro, auto-estima, e bons
relacionamentos.
Essências afrodisíacas como ylang-ylang; óleos aromáticos
e energéticos como lavanda e arnica, são recomendados para
dores musculares.
Em todos os tempos, os aromas fora usados para rituais
sagrados e para todos os tipos de doenças físicas emocionais e
espirituais.
41
Pensamentos positivos que podem equilibrar o Chacra dos
Joelhos:
42
MOVIMENTO 2
MOVIMENTOS DA DANÇA
OITO DEITADO
43
voltando à posição inicial e recomeçando com a perna
esquerda.
PASSOS DO CAMELO
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1) Eleve a perna direita e pé na ponta, a pélvis para trás, fazendo
uma rotação e agora quebre o abdômen fazendo flexões para
frente e para trás.
ONDULAÇÕES
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BATIDAS FORTES E SHIMIS
REDONDO DE QUADRIL
46
2) O formato de meia lua acontece, quando se fazem os
movimentos só com o lado direito, elevando o quadril par trás
e trazendo para a frente, repetidas vezes, ou tantos quantas a
coreografia pedir.
3) O formato de Lua Minguante acontece, quando se eleva o
quadril direito, fazendo movimentos de encaixe e desencaixe,
movimentando-o para frente e para trás.
47
A DEUSA DEMÉTER
48
É ligada ao corpo e a todas as necessidades naturais
da criança, às quais supre de amor e aconchego para a
para a formação de um adulto equilibrado.
Profissão de Deméter: professora, enfermeira, babá,
cozinheira, sendo ótima para administrar um restaurante
com muita comida boa, doces, salgados, e pães; costureira
para alta costura.
Notadamente, a pessoa nascida sob o Signo de Câncer,
ascendente Câncer, ou que tem a Lua em Câncer,
possui as características da Deusa Deméter.
As cores de Deméter são laranja e branca.
As essências são flor-de-laranjeira e laranja.
49
É essencial que os homens tomem consciência de sua
ligação com suas mães/Deméter e procurem cortar o
cordão umbilical com ela, para que seus relacionamentos
não sejam prejudicados pela exagerada proteção que dedicam a
elas.
Muitas outras qualidades a mulher/Deméter precisa
aprender, como por exemplo, trabalhar fora ou exercer
alguma fonte de arte. Quando ela vai, aos poucos, redescobrindo
em si a Deusa Afrodite, que a leva para o campo
das artes: pintura, cerâmica, exposições, ela recompõe
sua vida, começa a perceber-se como um ser uno, embora
pertencendo ao todo.
Usar negativamente a força de Deméter gera egoísmo,
pânico e ressalta nossas carências de infância. Sua energia
positiva nos dá paciência, graça e nutrição para sermos
um eixo forte no lar, fluindo harmonia e amor para os
filhos, marido e familiares. É ela que nos dá capacidade e
força para equilibrar o nosso Eu e dar continuidade à vida,
quando em muitas situações de separação precisamos elevar
a nossa auto-estima.
50
Nas celebrações à Deusa Deméter, os iniciados, tanto
homens como mulheres, usavam longas túnicas e louros
nos cabelos.
As festas, realizadas com longas procissões noturnas,
eram seguidas por milhares de pessoas que acompanhavam
o cortejo iluminando-se, mutuamente, como os
archotes, levados pelos iniciados, dançando um bailado
ritualístico. As tochas eram a representação da luz divina que
tinha o poder de purificar as almas.
Os ritos de iniciação eram marcados por mímicas e
símbolos, representado no drama do rapto de Perséfone,
a dor de Ceres e sua caminhada pelo mundo em busca da
filha perdida.
Os sacerdotes e iniciados, homens e mulheres
representavam cenas de alegria e dor, que significavam a
passagem pelas trevas, presa de horrores, produzindo gemidos
com sinos de bronze. Era um espetáculo de dor,
arte e sombra e voltavam a encontrar-se no meio das mais
esplendidas luzes, no meio de coros de dança e das harmonias
sagradas.
Essa passagem representava para os iniciados o
conhecimento das sombras, com a volta às luzes, pois se
Ceres continuasse triste com o desaparecimento de filha,
a Terra sucumbiria no flagelo da falta de abundância e da
nossa ligação com a Grande Mãe.
Em sua dor, as mulheres/Deméter que tenho atendido
contam que foram perfeitas em seus lares e com suas famílias.
Aos 50 anos, a queixa mais frequente é a de não se
terem realizado como mulher, como seres individualizado.
agora, procuram firmemente uma saída, para compor os
dias vazios de sua vida.
51
RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS MOVIMENTOS
DA DANÇA
2º Chacra – umbilical
Cor – laranja.
Elemento – água.
Órgãos – vértebras lombares, apêndice, rins, supra-
renais, bexiga, intestinos.
Características – interfere nos relacionamentos, tanto
sociais como amorosos e, também, na fertilidade.
Cristais – ágata laranja, quartzo laranja.
Essências – erva doce (embala a criança interior, traz
alegria e prazer, alecrim (limpa o chacra).
Mantra - VAM
52
Problemas do aparelho excretor, que podem levar a cirurgias
e extrações.
Desbloqueio do Chacra Umbilical – Exercícios da Dança:
Os oitos Maia/ oitos verticais e horizontais.
Abertura da articulação coxofemoral e movimentos de
Lua.
Batida pélvica.
Camelo.
Respiração na faixa umbilical.
Shimmis de barriga. (Exercícios ilustrados nas páginas
41- 44).
Todos esses exercícios pélvicos massageiam e fazem
mobilizar a energia de intestinos, rins, supra-renais, bexiga.
53
MOVIMENTO 3
MOVIMENTOS DA DANÇA
Ondulações abdominais
54
Esses movimentos acendem o elemento fogo em nosso
corpo, como um gerador de energia que nos traz o
poder de realização.
É nesse centro que todos os sonhos manifestam-se
com abundância e as cores brilham da amarela à dourada,
nos tronando radiantes.
As Deusas Artemis e Atena, que são símbolos de ação
e concretização, dividem o seu poder neste centro de energia,
que é o plexo solar, nos dando uma nova vontade de viver.
Ambas são guerreiras, mas em campo diferentes.
Artemis/Diana é a guerreira da floresta, a caçadora e Atenas
na mulher forte, dura, a guerreira das batalhas.
A Deusa Artemis
55
destemor qualquer batalha. Por isso, a deusa é representada
com arco e flecha.
Artemis é a deusa das águas, possuidora de grande beleza,
sendo considerada a grande mãe, guerreira – independente
e livre, não aceitando nenhuma autoridade.
Vive na natureza, cercada do mundo animal e vegetal.
Não tem regras, não segue disciplina a não ser, os ciclos
da natureza: nascimento, vida e morte.
Ela é a que traz a vida, a luz. É a parteira, a curandeira.
Tem controle sobre a força vital que existe dentro dela.
A mulher /Artemis é uma solitária que preserva seu espaço
interno a qualquer custo. Prefere não ter companheiro
para que ninguém possa violar sua intimidade. O
amor para ela é algo diferente, porque não busca o erótico
e o sentimento, ela busca o seu verdadeiro Eu o mais
profundo desafio é consigo mesma, o encontro do equilíbrio
do seu interior.
Nos tempos de hoje, ela vive no campo, sozinha,
respeitando a Natureza. Faz parte de movimentos ecológicos
tentando preservar o meio ambiente. Ela não pára, adora
caminhadas na floresta, ou lugares onde pode misturar-se à
Natureza.
Assim, uma mulher/Artemis pode viver sem dificuldades
sozinha, como artista, alguém contemplativo da
natureza ou líder de novas comunidades.
Muito física, cuida do corpo, ma sem recorrer a salões
de beleza. É a mulher selvagem de grande beleza
física, mas sem vaidade – nada de batom, nada de sapato
alto – e sente-se bem usando jeans, cabelos soltos despenteados
sandálias havaianas e até roupas masculinas.
Quando criança, gosta de brincar com os meninos ao invés
das meninas. Muitas vezes, passa por experiências
homossexuais.
56
Profissões da mulher Artemis – ecologista, de diretoras
a faxineiras dos parques ecológicos, veterinárias,
shop dog, balonistas, arremessadoras, campeãs de
arco e flecha, biólogas, alpinistas, mulher macaco, trapezistas,
turismo pelo mundo, piloto. Sua casa é repleta de
gatos, cachorros, passarinhos (o amor projetado para os animais).
Os signos de Capricórnio, Áries, Touro e Virgem
correspondem bem às características da Deusa Artemis.
As essências da mulher/Artemis são sutis como o
perfume das matas: flor de laranjeira, cidreira, erva
doce e manjericão. Elas ajudam a equilibrar seu sistema nervoso.
Verde com nuances de marrom, cores escuras
ornamentada com prata são as cores de Artemis na sombra.
A cor de Artemis é a verde clara iluminada.
57
A luz de Artemis desenvolve em nós o “feeling” necessário
para lutarmos contra qualquer perigo, cortando
a energia negativa, ou descortinando a verdade de qualquer
situação encoberta por mentiras.
A luz de Artemis nos permite penetrar os mistérios
da natureza, buscando novos horizontes e equilibrando
as energias masculina e feminina.
A sombra de Artemis é a sua forma muito independente
de expressar o amor. Não gosta de partilhar nada
com o outro. Ela está tão plena que não precisa de um
companheiro.
Ela faz tudo e não da muita importância para o corpo.
Entende-se muito bem com outra mulher. O mundo
patriarcal tem muito trabalho com Artemis, pois ela tem
dificuldade com relacionamentos.
Quando se casa, o casamento pode ser caótico.
Ela não pede ajuda nem carinho; não se entrega, não
partilha as emoções de seu ser. Tem um espírito feminino
independente, inata em si mesma. Personifica a auto-
confiança. Necessita de aprender a partilhar essa força,
voltar para a feminilidade, a dividir esse poder.
É a Deusa da caça. É a Lua.
Em seu espírito felino tem uma raiva ou mau humor contido,
pronto para atacar.
58
Tem dificuldade em abri-se para o amor, que para
ela pode ser sufocante, desmedido e cheio de ira, com
impulsividade avassaladora, sendo como um bumerangue que
volta-se contra ela mesma.
Artemis traz em si a beleza natural de sua alma frenética,
mas quando dança tem muita dificuldade de soltar
as mãos e braços, mas fascina com seu corpo forte e garra
selvagem.
Aos poucos, vai mostrando seu gosto pelas danças
com as serpentes, com espadas, lanças, tochas de fogo,
que são fortes e têm os sons de natureza que é o seu domínio.
A mulher/Artemis, muitas vezes, é mestre em artes marciais,
mas é necessário que ela dance e deixe a música
penetrar seu corpo, dando suavidade e equilíbrio ao seu
sistema nervoso, sempre agitado.
Com a prática da dança do ventre, podemos notar a
manifestação da deusa na mulher/Artemis, porque ela
rejuvenesce, fica com pele mais macia e brilhante.
Essa mudança é perceptível, porque com o desbloqueio
do ventre, pela interferência de Afrodite, a sensualidade
começa a surgir como uma nova energia. A mulher
começa a arrumar-se melhor, tornando-se mais motivada e capz
de fazer novas escolhas.
O centro umbilical adquire a cor laranja e ela pode,
como Shakti, levar seu amado ao êxtase da sexualidade
transcendente.
Quando a mulher energiza seu ventre com os movimentos
da dança, adquire uma maestria de levar o poder
sexual do ventre para o coração.
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RELAÇÃO DOS CHACRAS COM OS
MOVIMENTOS DA DANÇA
60
A cólera, a agressão e outras emoções são questões
Relacionadas com o senso de poder pessoal e auto-realização.
Se essas questões não estiverem, conscientemente resolvidas,
poderemos nos ver às voltas com um conflito interno, dando início
a uma gastrite.
Úlceras são, geralmente, desenvolvidas por pessoas que
se obrigam a assumir as responsabilidades de uma
posição de poder e no intimo, são passivas, sensíveis,
dependentes e submissas.
Respiração em 4 tempos.
Deitada, com as mãos no plexo (respire em 4 tempos,
prenda em 4 tempos, solte em 4 tempos – faça 5 vezes).
Com essa respiração, você abastece o Chacra.
Enquanto respira.
Mentalize o verde para limpar;
Mentalize o amarelo para abastecer;
Mentalize o dourado para irradiar;
Mentalize o que você quer mudar – trabalho, auto-estima,
realização;
Mentalize que você já concretizou.
Quanto mais tempo você fizer esses exercícios, mais poderá
mudar o fluxo e o programa negativo de sua vida.
Através de exercícios como, camelo e ondulações
abdominais, você massageia as glândulas supre-renais, rins, fígado,
vesícula e pâncreas, para frente e para trás.
O amarelo vitaliza esse chacra, transformando-se no
Dourado do Amor Universal. O amor gera um Poder Real de
autotransformação.
61
Pensamentos positivos que podem ativar o chacra
do plexo solar.
62
Movimento 4
Movimentos da Dança
Oito de Busto
63
Durante a dança, a energia da Píton faz com que as
dançarinas alcancem o centro do coração, muitas vezes
pouco energizado, harmonizando-o.
Os movimentos redondos de busto, os sinuosos oitos,
além de desbloquear o tórax e as partes das costas, quando
deslocamos os seios com os movimentos para fora, limpamos
a parte emocional do chacra cardíaco e quando voltamos
os seios para o centro, no peito, num movimento
de fechamento, cicatrizamos e harmonizamos todos os
sentimentos.
Assim, esses movimentos dos seios unem o nosso feminino,
nos dando uma energia sensual de beleza e prazer,
libertando o chacra cardíaco, aprisionado pela armadura da deusa
Atena.
Embora este seja o chacra da Deusa Atena, Afrodite
já fez subir a energia de sexualidade para o coração,
dividindo seu Amor com Deméter, a Deusa/Mãe, vivenciando
todas as formas mais sublimes de amor, envolvendo toda a área
cardíaca com a cor rosa e dourada.
Todos os movimentos realizados nessa fase, devem ser
acompanhados de respiração apropriada, que se faz na faixa alta
do tórax, pois esse centro é ativado pelo elemento Ar.
Ao fazer os movimentos de busto em oito, inspiramos;
quando deslocamos os seios para fora e quando
fechamos o oito, voltamos com o peito vazio ao centro.
O público fica encantado ao assistir a dançarina realizar
sua dança e como agradecimento (um costume que vem desde a
Antiguidade), as pessoas colocam dinheiro (notas) na roupa
da dançarina, ou jogam a seus pés, moedas,
jóias, ouro ou flores.
64
A deusa Atena
65
A mulher/Atena possui mais cabeça e sabedoria. Tudo nela
é regido pela cabeça, então, todos os fatos têm
que ser digeridos, pensados e repensados.
Na sua psique, a mulher/Atena está sempre opondo-se
ao pai, ou tem sérios problemas com ele e com as figuras
masculinas.
Ela não tem um referencial feminino, por isso, basta-se
não precisa de ninguém. Como nasceu da Cabeça de Zeus, teve
pouco contato corporal. Sua sabedoria não é plena não alcança
corpo, mente e alma.
O signo de Áries, Lua em Áries ou ascendente em
Áries são as pessoas que têm a Deusa Atena mais proeminente.
Muito intelectualizada atrai doenças como tumores
cerebrais, derrames, inflamações, porque a energia não
circula facilmente pelo seu corpo.
Sua cura pode ocorrer, ao sintonizar-se com a feminilidade
da Deusa Deméter, com sua energia de mãe que
nutre, que acalenta.
Atena em excesso, precisa de meiguice do amor de todos os
aspectos do feminino para resgatar o elo do
amor perdido. Trabalhar sobre o coração.
Falta de Atena – a mulher precisa de garra, de proteção, de
vontade, para a ação que propicia a abertura de caminhos.
Indicamos para o excesso de energia guerreira de Atena,
que pode gerar problemas no sistema no sistema nervoso central,
essência de Rosas, Gerânio, Sândalo e a própria
essência Deméter.
A cor das vestes da Deusa Atena vai do vermelho ao
vinho quando está na sombra e, vermelho com um toque
de laranja ou vermelho magenta, quando surge a luz.
66
Luz e sombra de Atena
67
Lida bem com cultura, assistência social, justiça,
artes e teatro.
Segundo Carl Jung, existe uma rejeição inconsciente
de mãe, pela perda do referencial feminino e ela não consegue
expressar seus sentimentos.
O corpo, que funciona para Atena como um escudo, não tem
significado e vive cheio de tensão.
Incorpora, com muita potência, a forma masculina
dentro dela e, então, perde o amor de mulher que deveria
estar, naturalmente, em seu interior. Essa é sua sombra.
O chacra cardíaco está escondido dentro de sua
armadura, o que não permite que seus sentimentos resplandeçam
com força.
Sua respiração é curta ou quase não entra em contato com
sua respiração.
Não sabe dizer – “preciso de amor, preciso de carinho”.
O homem percebe que precisa dele, mas como amigo.
Próxima às ideias do homem, acompanha e colabora
com as coisas masculinas. Ela traz sempre o melhor, o mais
brilhante para estar junto e não para contrastar.
68
As pernas guardam muitas tensões, posicionando-se
como se estivessem “em guarda para se proteger, ou prontas
para atacar” e, muitas vezes, guardam histórias de
repressão e inflexibilidade.
Precisa da dança para soltar-se e é Afrodite quem a
leva para dançar, lembrando à mulher/Atena que ela tem um
corpo e sentimentos. É Deméter quem equilibra suas
emoções.
Na vida diária, não usa saias e nem vestidos, e em sua
primeira aula apresenta-se trajada com os “famosos
jeans apertado como couraças ou armaduras”. E, dentro dessa
perspectiva, o caminho de quebrar as couraças é longo.
Sua dança é marcada por batidas fortes de pernas, pés,
articulações e quadris. Em sua dança com músicas rápidas e
sinuosas, usa a espada, com graça, justiça e sabedoria.
O trabalho é muito importante para as mulheres/
Atena, tanto a proeminente, como a que tem a deusa
esquecida dentro de si, porque trabalha a vontade à ação,
a praticidade, a abertura de caminhos na vida, principalmente
quando acha-se sem saída, sem forças para ir
adiante.
Afrodite, a cada aula, vai revelando-se na mulher/Atena,
ajudando a quebrar suas couraças. Percebe-se que
Afrodite, já está operando sua magia, com as mudanças
que se vão operando, desde o modo de vestir-se e de
maquiar-se, até as atitudes alegres e descontraídas.
Suavemente, Afrodite aflora do corpo amordaçado
de Atena, iluminando-a e colorindo-a com seus véus esvoaçantes
e fazendo-a sentir que é mulher e que está resgatando
sua feminilidade.
69
Quando o início do trabalho com uma mulher/Atena,
geralmente, ela está solitária e cansada de competições,
quando sua vontade é apenas caminhar junto, estar lado-a-lado.
É um grande prazer vê-la, aos poucos, enquanto dança
executa os mais variados exercícios, incorporar as qualidades
das outras deusas que lhe faltam, principalmente, a
feminilidade de Deméter.
4º Chacra cardíaco
Cores – verde, que é usada para ativar a circulação.
Rosa, que traz paz, calma e cicatrização das emoções,
depressões, angústias e tristezas. A rosa traz a sensação
de serenidade. Dourada, que representa a chegada a um
estágio espiritual mais elevado, quando nos tornamos doadores
de luz, ao invés de sugadores e dependentes.
Elemento – ar.
Partes do Corpo – coração, pulmões, artérias, glândula
timo, omoplatas, articulações dos ombros braços e mãos.
Características – centro do equilíbrio entre a razão e
emoção.
Cristais – quartzo rosa e verde, que podem ser usados no
centro cardíaco para relaxar.
Essências – de rosas e gerânios, usar em toda área
cardíaca, inclusive braços e mãos.
Mantra – YAM.
70
O chacra cardíaco é um dos centros mais importantes
dos nossos corpos energéticos sutis, pois é através dele
que conseguimos expressar nossas emoções e todas as
formas de amor à Natureza, a compaixão, o desejo e a
abnegação.
É considerado um chacra de transição e serve de
intermediário entre as energias terrenas inferiores e as energias
espirituais superiores.
O coração está intimamente ligado à expressão do
amor e ocupa uma posição situada entre o Céu e a Terra.
Você pode transformar sua vida em um Céu na Terra,
tornando-se nutridora, amando a si própria, com leveza e
força interior.
Crie beleza em tudo e de todas as formas. Deixe que
as mãos sejam sensores do coração.
Abrace, física, mental e emocionalmente, a todos,
principalmente suas crianças, pois se a nossa criança interior
não registrar amor, for sufocada por superproteção ou
manifestação desequilibrada de amor maternal ou paternal,
esse registro afetará o centro cardíaco, causando espasmos,
problemas respiratórios e conflito emocional interior.
Se o ar que respiramos é muito poluído, ou se respiramos
de forma inadequada, não conseguimos uma perfeita
oxigenação e o prana não circula por todas as partes
do corpo. Isso, a médio e longo prazo, irá refletir-se em nossa
saúde física.
A dança e os exercícios propostos a seguir, pertencem
aos trabalhos de desbloqueio, energização e harmonização
dos órgãos do chacra cardíaco.
O desequilíbrio desse chacra causa:
Endurecimento dos ombros e das articulações dos
braços e das mãos;
71
Costas e omoplatas com a pele na musculatura, sem
elasticidade;
Braços doloridos, mãos frias e sem contato com
as articulações.
Asmas, bronquite, doenças cardíacas e cerebrais como
enfartes e derrames.
eu sou tranquila;
eu perdoo;
sou um canal de amor divino;
eu irradio amor e cordialidade;
amor pela alegria de dar, sem esperar nada em troca;
tenho equilíbrio em receber e dar amor;
72
amo cada órgão do meu corpo;
sou dedicada ao meu amor;
tenho amor a toda humanidade, sem distinção de cor,
nacionalidade, religião ou riqueza material.
73
Movimento 5
Movimentos da Dança
74
A Deusa Hera
75
exemplo de casamento perfeito é o Rei de Suécia e sua
Rainha Silvia, um casal moderno que serve seus país com
equilíbrio e amor.
Podemos encontrar a mulher/Hera como primeira
dama, nos jantares e reuniões de posse do cargo de Presidente
do marido, nos comitês, altas recepções culturais e
sociais, emanando autoconfiança e uma inabalável postura.
Profissão da mulher/Hera – diretora de entidades
sociais, primeira dama, anfitriã e organizadora do lar e
das grandes recepções. Com a presença das qualidades
de Deméter dentro de si, ela projeta não só o seu amor,
mas também os seus talentos humanitários para o social.
Lady Diana era uma típica Hera.
Poderá ser quem dirige, muito bem, as finanças da
família, preservando os tesouros de toda uma tradição.
Os signos de Leão, Virgem e Touro traduzem as qualidades
de poder, perfeccionismo, tradição discriminação e
crítica em demasia, quando a mulher/Hera está na
sombra.
A essência de Hera é Vervain.
A cor vinho com dourado caracteriza a Deusa Hera.
Azul noite com prata, ilumina a Deusa Hera.
76
No casamento está longe de ser feliz, porque procura
no companheiro mais o “poder” do que o amor.
Ela é capaz de trabalhar, incansavelmente, para que
o marido nunca perca o status, fonte de alimento para o
seu Ego. Pode traçar, em seus mínimos detalhes, planos e
estratégias para conseguir esse intento.
Possui vontade de ferro, grande energia e quando
traça um plano, realizá-lo torna-se ideia fixa. É uma
força a ser considerada sendo, muitas vezes, odiada ou temida
pelos seus “súditos”.
A mulher/Hera, embora mãe, é desintegrada do princípio
feminino que Deméter traz em sua essência.
Todos os assuntos familiares passa pela sua consulta
e pelo domínio de seu pulso. A vida não pode acontecer para
seus filhos, sem seus cuidados imperiais, mas que,
desprovidos de carinho não consegue despertar a autoconfiança
deles, e o fato de precisarem reverenciá-la sempre,
os impede de crescer por eles mesmos.
Exerce seu poder, mais severamente, sobre as filhas
que sentem-se presas pelo domínio de Hera e não conseguem
ter suas personalidades individualizadas.
Quanto aos filhos, a mãe Hera exige que sejam o
reflexo/espelho do pai Zeus. Ela pode confundir a vocação
dos filhos, influenciando-os a seguir e dar continuidade à
carreira do pai.
Eles consideram que nenhuma mulher chegará aos pés
de Hera, por isso, continuam emocionalmente imaturos e
rendem-se, sempre, aos encantos da mãe, não conseguindo
se realizar, devido à relação incestuosa que, inconscientemente,
mantém com ela.
77
A sombra de Hera é seu desequilíbrio masculino
jogando tudo pelo status e domínio. Incapaz de conquistar Zeus, a
conquista se efetuará através dos filhos homens.
78
Relação dos Chacras com os Movimentos
da Dança
5º Chacra – Laríngeo
Cor – Azul
Elemento – éter.
Partes do corpo – cordas vocais, traqueia, faringe,
boca, vértebras cervicais. O sistema nervoso simpático e
parassimpático e a glândula da tireóide, que produz hormônios
que atuam sobre o metabolismo do cálcio e a saúde
dos ossos.
Características – é o centro da vontade, criatividade,
sensibilidade e estética superior.
Cristais – cianita, safira, topázio azul.
Essências – eucalipto e bergamota.
Mantras – OM e HAM.
O chacra laríngeo é a base de operação do Eu Superior.
Ele envolve o nosso senso de escolha, daí a importância
do seu equilíbrio. Estando bloqueado, poderá nos
atrapalhar, pois a cada momento da nossa vida, somos
obrigadas a fazer as mais diversas escolhas.
Quando a energia da serpente atinge a coluna cervical
(pescoço) e a Kundalini alcança esse centro, torna-o muito
mais criativo. Temos, então, impressões sutis como por
exemplo: ao tocar o telefone saber de antemão quem está
ligando, ou quando pensamos em alguém, o encontramos
em seguida. Esses exemplos são triviais, mas indicam o
começo da abertura desse chacra.
Doenças como o bócio (crescimento da glândula tireóide),
ou o aparecimento de tumores na tireóide; a má utilização
do supremo dom da fala, que acontece com
79
pessoas que tagarelam sem para e não sabem escutar;
voz desarmônica, aguda ou metálica; falta de conexão com
o nível de consciência, podem ser consequências do
desequilíbrio do 5º Chacra.
Mantras cantados pelos monges ou Mantra “OM” –
ouvidos durante a meditação nos ajudarão a desbloquear
a fala, a audição a inteligência, a percepção, a criação e
o movimento de vibração.
Cante canções de ninar para você mesma; ouça músicas
árabes que enalteçam o Sagrado.
80
Pensamentos positivos que ajudam a equilibrar o
Chacra laríngeo
81
Movimento 6
Movimentos da dança
3ª Visão
82
A magia da Dança concede somente aos que a praticam,
a capacidade de sentir o passado e a força dos
templos iniciáticos e trazer para o hoje o processo desse
carisma.
A Deusa Perséfone
83
Afrodite, a madrinha dos poderes do amor sensual,
do alto do Olimpo, olha para Coré e, enciumada de sua
ingenuidade e simplicidade, planeja uma lição à jovem.
Chama Eros e o instrui a ferir Plutão/Hades, o deus dos
infernos, com uma de suas setas destinadas a torná-lo
apaixonado.
Plutão, após receber a flechada, sai em busca de ajuda,
em sua carruagem preta. Vê Coré que ainda brincava nos
campos e naquele momento colhia um narciso, flor que
significa os mundos subterrâneos.
Plutão apaixona-se, imediatamente. Rapta Coré,
levando-a para o mundo subterrâneo, onde é violentada
por ele.
Nesse golpe, Coré é invadida em seu mundo primaveril
e arrancada para um lugar escuro e desconhecido,
onde as emoções mais intensas – paixão, sexo, raiva,
poder, manipulação e lamentação, são vividas normalmente.
Coré, iniciada por Plutão, teve seu nome mudado para
Perséfone, que significa – “aquela que ama a
escuridão”.
Assim, a terra ficou estéril. Foi proibido que as plantações
florescessem e as árvores frutificassem. Essa ordem
foi dada pela Deusa Deméter que caiu numa depressão
profunda, abalada pela perda da filha e pela indiferença
de Zeus.
Durante sete anos, a Humanidade passou fome, devido
a esterilidade da terra.
Os deuses temendo não ter mais ninguém para escravizar
e para adorá-los, se a humanidade desaparecesse da
Terra, intercederam junto a Plutão. Assim, ele permitiu
que Perséfone passasse seis meses com sua mãe Deméter
na Terra e seis meses, nos mundos subterrâneos, reinando ao
seu lado.
84
Esse rito de passagem, que é a simbologia de adolescente,
o tornar-se mulher e independente, deveria ser normal e
iluminado, não um sofrimento. Mas, para as mulheres
que têm a deusa Perséfone proeminente em seu interior,
nem sempre acontece de um modo fácil.
O Signo de Aquário, ou o ascendente em Aquário,
traduz a mulher/Perséfone da Nova Era. Essa nova mulher
reúne em si a energia de todas as deusas e está integrada
com o seu movimento de descida. É esse o momento em
que a liderança feminina deverá fortalecer-se e a mulher
assumir o lugar que lhe cabe. A deusa generosa, manteve-se
por trás das guerras dos homens, mesmo tendo sua força
criativa em todas as coisas e todas as áreas, e agora irá
mostrar-se.
As pessoas nascidas sob o signo de Escorpião, que
têm a Lua em Escorpião ou ascendente em Escorpião,
estão sob a regência da Deusa Perséfone ou o Deus Plutão.
Vivem as características de transformadoras e moradoras
entre o mundo avernal e a Terra.
Todas as pessoas passam pela mudanças simbolizadas
pelo rapto de Coré, só que os nativos de Escorpião,
vivem essa energia “muito mais intensamente”.
Essa passagem é difícil, pois ela atua em nossas feridas
mais profundas, e se não tivermos uma ajuda terapêutica/
energética, podemos repetir muitas vezes uma experiência
negativa até nos causar uma doença, quando o
Amor pode vir acompanhado de dor e de violência.
Profissões da mulher/Perséfone: terapeuta, para-
psicóloga, astróloga, xamã, taróloga, cromoterapeuta,
enfim, todos os trabalhos holísticos para a cura e transformação
do Ser.
Pode trabalhar, também, como: detetive particular,
empresária de agência funerária ou cemitérios para classe
85
alta, defensora dos pobres, arqueóloga, com brechós de
roupas antigas, antiguidades.
Podemos vê-la líder nas comunidades esotéricas,
proprietária de espaços esotéricos, onde atrai um grande público
para dividir o conhecimento.
Suas essências são: jasmim, sândalo, angélica, mirra,
rosas e gerânio.
Com elas, podemos tomar banhos, da cabeça aos pés,
de purificação e de proteção espiritual, fortalecendo nossa
aura.
86
espírito da época, mas essa é uma situação que precisa ser
trabalhada, pois hoje já estamos vivendo uma Nova Era.
“Aquela que ama a escuridão” anseia que o pai Zeus
e a mãe Deméter venham em seu auxílio. Assim estuda
Metafísica, associa-se às ordens esotéricas, buscando o
conforto em sua vida, junto aos mestres e guias.
A mulher que passa a vida toda identificada com Perséfone,
em geral, sofreu algum trauma grave muitas vezes
na primeira infância, o que incrusta como uma cicatriz
ou ferida sua postura psíquica perante a vida.
Uma enorme sensibilidade e um ego frágil pode arrastar a
jovem Perséfone para o mundo avernal, forçada
pelos acontecimentos estranhos que ocorrem em sua vida.
Nunca é uma vida de simples causas, terá desde criança
aprender a viver entre dois mundos, pois tem visão,
vê e fala com os espíritos; o que é um fardo pesado para uma
criança.
Para a mulher/Perséfone, a infância pode ser a época
de um primeiro “Rito de Passagem para o mundo avernal,
quando ela não possui e não criou ainda uma proteção em torno
de si.
É necessário à jovem Perséfone reconhecer o profundo
impacto e a grande importância do primeiro encontro
com o mundo da morte e dos espíritos.
A mulher/Perséfone poderá ser propensa a sofrer
acidentes ou atrair para si pessoas com graves problemas
de saúde, ou de comportamento violento, visto que sua
primeira experiência é a violência.
Poderá ser brutalmente assaltada, ou mesmo estuprada.
As drogas poderão tornar muito confusa sua vida.
Atrai casamentos com homens Plutão na sombra,
esquizofrênicos, psicopatas que podem leva-las à loucura,
a morte, ou a hospitalizações.
87
Tendo sorte a Perséfone sofredora encontrará um bom
terapeuta que a ajudará a entender a descida ao mundo
avernal e a sair de suas doenças.
Compreender a ligação entra a esfera espiritual ou o
mundo subterrâneo é observar que a descida de Perséfone,
trouxe-lhe a possibilidade de atravessar as pontes das
várias mortes, pare descobrir vários talentos e a capacidade
de transformar esse potencial ou mediunidade, em criatividade
e arte.
A mulher Perséfone preserva a sua jovialidade física,
e o tempo parece não marcar seu rosto que esconde tanto
sofrimento. Mantém um viço juvenil até bem depois dos
40 anos de idade.
Ela busca só a luz e tudo é “para cima”. Por isso, não
entende porque apesar de sua espiritualidade e devoção,
está sempre atraindo tragédias. Isso lhe acontecerá sempre,
enquanto ela não entender que as partes de sua
personalidade que foram dissociadas e sua infância ou
por uma traumática passagem, terão que ser compreendidas
e integradas. Essas partes, justamente, representam a
“descida passando pelos 7 portões que levam às profundezas”.
São elas que lhe mostrarão seus chacras e suas
aderências de luxuria, de desejos, de paixões e de preconceitos,
que ainda terão que ser vividos ou transformados.
É Plutão/Hades que provoca esse fator de equilíbrio,
fazendo-a capaz de ver a própria alma e seu caminho,
identificando em que ponto está em sua caminhada.
A regeneração que Plutão traz, reduz a mulher/Perséfone
ao seu tamanho real, fazendo-a ver seu lado sombra.
Para chegar a essa cura que a regeneração traz, é
preciso que ela entenda que para ser uma curadora ou
terapeuta, precisa antes curar a si mesmo. Sair de sua
ingenuidade onde diz que tudo é luz, vinculando as qualidades
88
das outras deusas, tornando-se mais forte e mais
real no mundo dos mortais.
Luz e sombras devem integrar-se no interior dessa
Deusa. Sua cura é ressaltar seu lado humano e vivê-lo
intensamente.
89
Relação dos Chacras com os movimentos da
dança
6º Chacra – Frontal
90
Descreva o oito com o braço e mão. Repita o mesmo
exercício com o braço esquerdo.
Os olhos, o rosto e a expressão devem refletir sua
alma, sua alegria e a energia doadora da dançarina – A
Sacerdotisa.
Você deve falar com os seus olhos, expressando o
calor de sua alma.
Movidas pela sensação da música e dança, somos
capazes de mudar o nosso destino e a realidade ao redor.
Critico os outros;
Vivo somente através do intelecto e da mente;
Evito me envolver com tudo e com todos, num
nível mais elevado.
91
Movimento 7
Movimentos da Dança
A Aparição da Deusa
92
É essa energia, total equilíbrio, que fala dos mistérios da
dança que passa para o público, através das mãos
da dançarina. É nesse estágio que a Deusa Perséfone emite
seu poder de intuição.
Através dos exercícios das mãos, você capta os éteres
dos Céus, os traz para a Terra e devolvê-los aos Céus, formando
um vórtice de energia, Céu e Terra.
Os movimentos harmoniosos de rotação de pulsos, a
beleza da postura dos cotovelos, rotação e flexibilidade
dos ombros são requisitos exigidos para levar a dançarina
a atingir as mais perfeitas e mágicas energias.
93
Todas as articulações dos dedos, a mobilidade das
palmas e das partes de cima das mãos, lentamente, vão se
assemelhando à boca da Serpente, totalmente flexível.
Esses mudrás ou gestos eram usados nos rituais para
indicar que eram necessárias as duas energias masculina
e feminina, para se iniciar algum ritual.
Considerando-se que tanto os homens como as
mulheres têm os lados masculino e feminino, praticamos os
movimentos de mãos e trazemos a harmonização dessas
energias, ao mesmo tempo antagônicas e complementares.
As mãos da dançarina, muitas vezes, tocam os Snujs
que são instrumentos muito antigos semelhantes às castanholas
usadas pelas bailarinas de danças espanholas.
São compostos de quatro pratinhos, colocados dois
em cada mão e tocados com as pontas dos dedos. São
necessários muita musicalidade e treino, para tocá-los.
Os snujs enriquecem a percussão de uma música e
seguem a cadência diferenciada dos instrumentos de corda,
como a cítara, o violino, o violoncelo, o alaúde.
Influencia, também, os instrumentos de sopro, como flauta
de bambu e metal de diversos tamanhos; de percussão
como o daff (que é um tipo de pandeiro com muitos
pratinhos que dão mais som e balanço à música oriental),
bomgô e tambores.
Muitas orquestras, conjuntos árabes, egípcios e gregos,
adequaram-se aos movimentos modernos da música,
introduzindo instrumentos modernos ou eletrônicos como
guitarras, piano, sintetizadores, órgãos, etc..
94
Relação dos Chacras com os
movimentos da dança
7º Chacra – Coronário
Cor – violeta e dourada.
Partes do corpo – córtex cerebral e funcionamento geral do
sistema nervoso e de glândula pineal.
Características – é o centro do equilíbrio, corpo, mente e
espírito.
Cristais – quartzo transparente e ametista.
Essências – lavanda, rosa âmbar.
Mantra – OM.
95
espiritual com seres do umbral que precisam de nosso
fluido vital e se abastecem do vício; tornamo-nos vítimas
de possessão.
A meditação, os mantras, a Ioga e a dança, ativam o
hipotálamo, renovam e abrem o chacra coronário em
direção à luz, à intuição e ao contato com o Eu superior.
Todo esse caminho em direção à luz é árduo; por
isso, a grande fuga para as drogas para superar-se, sentir
flutuar, viajar. A alma sempre quer algo mais para sair da
realidade tridimensional e o caminho imediato e que “parece”
mais fácil é o da droga. Mas, essa é uma “viagem”,
muitas vezes sem volta, que rompe com violência o hipotálamo,
nos roubando, muitas vezes, a capacidade de um
dia conseguirmos entrar em contato com nosso “Eu
Superior”.
96
Através desses exercícios das mãos, a dançarina/
mulher começa a sentir a abertura do chacra das mãos e,
assim sendo, a Energia da Deusa.
E quando essa energia começa a entrar, todo o seu
corpo reflete leveza e transformação dos bloqueios que o
imobilizam como se fossem couraças. Seus ombros e pulsos
começam a soltar-se, entrando na sintonia da energia
que agora flui, sem empecilhos. É como que suas mãos
captassem e emanassem energias rosa, verde e dourada.
97
Alinhando o Lado Feminino com as Mãos
99
O movimento do masculino é uma continência,
é mais seco.
Quando fazemos, em grupo, esses movimentos de
alinhamento, sentimo-nos envolvidas por uma energia tão
forte e, ao mesmo tempo, tão fluídica, que todo o grupo
fica muito harmonioso e coeso.
Os praticantes vão do primeiro movimento ao final
do ritual, sentindo a uníssona energia que é captada e emanada
pelas mãos. Quem tem vidência, poder ver sair das
mãos da dançarina, as cores dourada, rosa, azul, etc..
A Aparição da Deusa
100
Com todos os movimentos da deusa em nosso corpo,
a Kundalini sobe, leve e lentamente, pela coluna até ao
chacra da coroa, energizando e harmonizando todo o seu
caminho, irradiando vitalidade e fazendo fluir através da
respiração abdominal, a expansão do dourado do Plexo
Solar.
É importante ressaltar que, o trabalho que faz com que a
energia da Kundalini suba pela coluna energizando
todos os chacras deve ser lento, passo a passo, à medida
que seu corpo/mente/emocional possam assimilar juntos,
essa força.
À medida que fazemos os movimentos da dança, a
energia sobe pela coluna, passando em cada vértebra. Irá
alongando-se e abrindo os “canais” do interior da coluna,
delicadamente, sem forçar.
Se, então, pudermos entender que somos um campo
cheio de energia e de habilidades, de improvisações e de
percepções e que esse campo é sensitivo às vibrações de
tudo e de todos, poderemos nos preservar mais e fazer
melhores escolhas.
Protegendo e preservando a pureza dos nossos esforços.
ouviremos a pequena voz dentro de nós, no momento
em que precisarmos ter mais cuidado com os ambientes
que frequentamos, com o tipo de amigos com que convivemos
e com a qualidade dos relacionamentos que desejamos.
A harmonização das energias de nossos quatro corpos
inferiores representa o verdadeiro nascimento do ser, que
abre-se para a espiritualidade como um lótus colorida
de mil pétalas e, pela primeira vez, iremos compreender que
somos unos, pertencentes a um todo e que não existem
limites para a criação.
O corpo torna-se leve ao dançar e, já na escolha da
vestimenta, mostraremos que, agora, sabemos o que queremos e
do que precisamos.
101
Chegamos a esse estágio, com certeza podemos dizer,
limpamos todos os miasmas, todos os relacionamentos
depressivos e complicados que nos enfraqueciam e já estamos
prontas para atrair um novo par, ou a nossa alma
gêmea, para juntos desfrutamos da energia da Deusa
esquecida há milhares de séculos.
Agora, já nos abrimos para o feminino bem cuidado
e para a grande elevação da auto-estima. Paz é a lição
aqui envolvida e para sermos capazes de conseguir
sustentá-la, é necessário permanecer em nosso próprios pés.
102
As Danças
A Dança do Candelabro
103
e espiritual. Através de nossas couraças musculares, depressões
e a subida da Kundalini, há um trabalho de limpeza
de nossos chacras, dependendo da abertura mental
que temos e o caminho que queremos seguir na vida.
Tornamo-nos, então, sacerdotisas/dançarinas e podemos
executar a Dança do Candelabro, que é repleta de
simbolismo e não deve ser vulgarizada.
Embora seja usada em várias culturas, conta a lenda
que essa dança teve sua origem no deserto, quando Moisés
retirou o povo judeu do Egito. Pela miscigenação de raças
que já acontecera, foi acompanhado por pessoas de muitas
outras raças e religiões, inclusive sacerdotisas/dançarinas.
Nas longas noites do deserto, depois da estafante
caminhada do dia, quando o povo reunia-se ao redor das
fogueiras, as sacerdotisas/dançarinas surgiam misteriosas,
como aparições vestidas de dourado, trazendo luz e alegria
para o povo que celebrava a liberdade do cativeiro egípcio.
Vinham com um candelabro à cabeça. Nesse ritual,
das velas acesas do candelabro, faziam uma consagração
ao fogo e aos seus elementais, as salamandras, que com
sua energia primal, permitia que as sacerdotisas, funcionassem
como um canal de purificação e transmutação do
carma.
Atualmente, as dançarinas podem dançar como o
candelabro ou apenas com uma vela em cada mão, mas é
preciso que ela já tenha dominado todos os movimentos da
dança e tenho conhecimentos sobre a força do elemento
fogo.
104
A Dança dos Sete Véus
105
conseguindo-se grande bem estar, tanto físico como
emocional.
Para realizar essa dança, escolhem-se músicas suaves
e serpentíneas; músicas religiosas ou New Age para elevar
a consciência do público, pois trabalham-se os chacras e
não, a sensualidade.
Espiritualmente, essa dança significa a descida ao
mundo interior e ao trabalho de autoconhecimento, quando
a bailarina eleva-se, transcende, purifica-se, remove de seus
chacras a luxúria e faz de seu corpo, um instrumento de magia
alquímica, através da energia da serpente.
A Dança dos Sete Véus é carregada de simbolismos.
em relação a bailarina, cada um dos véus que vai sendo
retirado, significa o desbloqueio do chacra relativo àquela
cor especifica. Em relação ao público, a retirada e o cair
dos véus podem ser interpretados como o cair das vendas
e as lentes cor-de-rosa que mascaram a realidade, despertando a
consciência das pessoas que assistem à dança.
107
Os Deuses Masculinos
108
Embora possa casar-se com uma Deméter, em seus
sonhos sensuais sempre estará procurando a resolução
de seu complexo de Édipo, em seu amor mal resolvido
com a mãe Afrodite.
Apolo pode sentir-se atraído por Artemis, pois têm
ambos os mesmos gostos e procurarão partilhar dos encantos
das caminhadas pelas montanhas, e das longas conversas
ecológicas.
Entre eles, é mais provável que haja uma amizade
colorida do que um amor eterno. Certamente, cada um
morrerá em sua casa, porém, se encontrarão nas viagens
que empreenderão juntos.
Plutão está presente em muitos homens de tendências
negativas e positivas.
São eles que poderão levar a isolada Perséfone para
conhecer o fogo dos instintos mais selvagens, através do
inferno e da morte de seu sentimento.
É através do relacionamento com Plutão que Perséfone
desce do Céu e conhece a paixão, a obsessão, a ânsia
de poder, a selvageria e as feridas mais primordiais, onde
a dor, as crises de amor e as perdas, fazem com que os casais se
renovem e provem ser a relação duradoura ou
não. Falar dos homens Plutão não é fácil, mas você deve
se lembrar de algum por essas características.
São homens com um magnetismo irresistível. Não
fazem nada para atrair, mas atraem feitos ímã e tudo que
acontecer, a culpa será sempre da mulher, nunca deles.
São altamente viris, férteis, sensuais, e toda gravidez
que causar, será meramente de passagem e ele a fará
lembrar que foi ela quem quis.
São difíceis de prender e vivem, quando casados,
perfeitamente bem com duas famílias e se as duas
mulheres descobrirem, com certeza manipularão essa situação
109
fazendo com que as duas enxerguem que é possível
viver assim.
São homens videntes, psíquicos, curadores e
pesquisadores, porém poucos fizeram a descida de Perséfone
e tornam-se homens da Sombra, Magos Negros ou Sacerdotes
da Luz.
O homem Plutão pode sugar da parceira o seu poder
feminino, aniquilando sua feminilidade com posse, ciúme,
destruição psíquica e relacionamento de codependência.
Toda visão desse homem pode ser terrível, mas
eles existem em muitas histórias de mulheres a que atendi,
ao longo desses anos todos.
Quando exercendo seu lado positivo, podemos ver o
homem/Plutão trabalhando na área de pesquisas: bacteriológicas,
da saúde, nucleares, nos oceanos. Mas, assim
como Perséfone, o homem/Plutão, precisa de Eros para
tirá-los do mundo abissal e conviver e exercitar o amor.
Só assim poderá curar-se.
Uma mulher/Atena não seria uma boa opção para o
homem/Plutão, pois estariam em constante competição,
pela força de seus lados masculinos. Para que tivessem um bom
relacionamento, precisariam desenvolver as qualidades
de um deus mais forte, dominador e rebelde como
Marte (Adônis). Ele lhes daria o entusiasmo de que necessitam
para suas jornadas pela vida.
110
Os Quatros Elementos
Elemento terra
111
Desequilíbrio do Elemento Terra
A falta – pode levar a pessoa a se sentir desligada do
mundo, perder o senso da realidade, sentir-se como se
não tivesse nenhum lugar para ficar, sentir falta de contato
com o corpo físico. Essa sensação de estar deslocada leva
a alguma experiência como transcender os limites da
matéria – dedicando-se à vida espiritual. Muitas vezes,
faz ignorar os requisitos da sobrevivência do mundo material
e a experiência do trabalho duro.
O excesso – causa estreita visão e mudanças vocacionais.
O trabalho e o dinheiro dominam a vida da pessoa.
Elemento Água
Elemento Fogo
113
Desequilíbrio do Elemento Fogo
Elemento Ar
114
Desequilíbrio do Elemento Ar
A falta – é grave, pois é o ar que capacita a pessoa à ·se
ajustar facilmente a novas idéias, a mudanças e aos
tipos de pessoas. Ocasiona dificuldade de refletir a sua
vida e o seu Eu. Causa preocupação material.
O excesso – leva a ideias exageradas. Falta chão e a
mente torna-se demasiadamente ativa, podendo ocasionar
reações violentas. A cabeça não pára e, sem reflexão, há
uma paralisia da vontade. Desordens psicológicas acontecem,
pois a mente foge da realidade. Fora do contato
do que é possível, os planos ficam apenas na cabeça.
115
Fogo – archotes, castiçais com velas coloridas,
castiçal de cabeça;
Água – jarros e moringas.
Fogo
O elemento fogo, na dança, é representado pelos
exóticos castiçais e tochas, usadas na cabeça ou simplesmente
velas ofertadas à Deusa, em forma de velas coloridas e
candeeiros.
Terra
O elemento terra pode ser representado pelas flores,
trigo, papoulas e cereais, colocados em peneiras e cestas.
Batidas de percussão fortes são as músicas que favorecem
o impacto na apresentação.
Água
Elemento água é representado pelos jarros ou ânforas.
A música deve nos lembrar da mulher que vai à fonte
buscar água, nos oásis do deserto.
116
Ar
O elemento ar é representado pelos incensos, aromas
e espadas. Quando fazemos coreografias usando os
aromas e incensários, as músicas devem nos passar leveza
e a dança feita no ar com muitos giros, juntamente com o
volitar dos véus de cor turquesa, azul celeste e prateados.
117
Algumas Coreografias
Artísticas – Rituais e
Consagrações
Afrodite – Celebração e
Geografia
118
energia de desbloquear o medo do amor, de ser amada e
feliz.
Significado: representa as 3 graças mitológicas:
Amor. Sensualidade e Beleza.
Símbolos usados: jarra, taça, pérolas, colar.
Pode ser dançada por 3 mulheres ou 6 (em pares)
1ª Parte:
Entra a 1ª sacerdotisa trazendo nos braços o jarro.
Dança – A 1ª parte da música dança com o jarro –
trabalhos suaves, batidas de quadril com o jarro.
Coloca o jarro no chão.
Aproxima-se de um pedestal onde está uma taça: ela
enche a taça com água, oferece à Deusa Afrodite e depois
oferece ao público. Depois, retorna a taça ao pedestal.
2ª Parte:
A 2ª Sacerdotisa entra com flores (rosas vermelhas)
e dança em volta a 1ª dançarina. Oferece as rosas para a
primeira que irradiou Afrodite e as coloca dentro do vaso.
A 1ª Sacerdotisa oferece para a 2ª a taça com a água,
para que se energize. Ela toma a água e deixa a taça no
pedestal.
3ª Parte:
A 3ª Sacerdotisa entra trazendo nas mãos, uma concha
cheia de pétalas e colares de perolas (símbolo de Afrodite).
Dança em volta da 2ª sacerdotisa e lhe oferece um
colar. Esta lhe oferece flores.
A 3ª sacerdotisa dança em volta da 1ª e lhe oferece
um colar. Esta oferece a água do jarro, bebida na taça.
As três dançam juntas com seus símbolos nas mãos.
119
Artemis – celebração e coreografia
120
Ao menos uma vez ao ano, faça esse ritual. A data
certa é 30 de março, mas pode-se oferecer mais que uma
vez.
Devolvemos à terra o que ela nos dá.
Faça um linda cesta com 7 tipos de frutas e 7 espécies
de flores de sua preferência.
Regue com essência de Flor de Laranjeira.
Deixe em sua casa por 7 dias, no ciclo da Lua Cheia
ou Nova, para fluidificar.
No 8º dia, leve a cesta com os frutos e flores na mata,
ao pé de uma linda árvore dizendo:
Saúdo, O’ Terra! Agradeço a sua generosidade e a
rapidez com que os meus pedidos são atendidos.
Perséfone – coreografia
121
são os recursos usados nessas coreografias. Rodas energéticas,
e música especial fazem do elemento fogo uma parte
excepcional nessas evocações.
Ar: véus e roupas esvoaçantes, manifestado as correntes
do Céu que permeiam nossos pensamentos e novas
ideias dentro da evolução da consciência.
Se o Céu está cinza, tormentas, furacões. O anoitecer
e o amanhecer terão influências em nossas psique. Por
isso, usamos a cor azul-turquesa e seus degrades.
Turquesa evoca a criatividade superior na arte da dança,
quando abrirmos nossa mente para captar o mais profundo
que cada movimento proporciona e nos inspira a
arte especial de criar algo novo, cheio de encantamento.
122
Conclusão
123
os afazeres do dia-a-dia e até desabrocharam para
novas profissões.
Através de danças especificas para cada deusa, a
mulher vai, lentamente, libertando-se dos preconceitos e
complexos que a detém e consegue incorporar as energias
do que é carente. Assim, ela tem a possibilidade de encontrar
cada parte de seu EU e incorporar a sua força.
Embora abrir-e para a intimidade, em qualquer tipo
de relacionamento, seja mais fácil para as mulheres do que
para os homens, pois elas trabalham melhor suas emoções, cada
ser humano, à sua maneira, está sempre à
procura do amor e da vibração de êxtase que ele pode
proporcionar. Assim, a cada bloqueio descoberto e trabalhado,
estaremos mais perto da freqüência vibratória, daquele
homem, mulher ou grupo que nos auxiliará nesse
momento de transição, na integração de nossas mudanças.
Essa nova mulher do 3º Milênio conseguirá, através
da dança, equilibrar em seu corpo as energias de todas as
deusas integradas saberá falar de seus sentimentos e desejos,
tornando mais fácil para os homens acompanhá-la
nessa mudança.
Dance e transforme seu mundo!
124
Bibliografia
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