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Nivelamento C&M - Materiais de Construcao Mecanica PDF
Nivelamento C&M - Materiais de Construcao Mecanica PDF
BÁSICO EM CONSTRUÇÃO E
MONTAGEM
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
MECÂNICA
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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA
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© PETROBRAS – Petróleo Brasileiro S.A.
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É proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, bem como a produção de apostilas, sem
autorização prévia, por escrito, da Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS.
PEREIRA, Manoel
Básico em Construção e Montagem. SENAI/CIMATEC. Salvador/BA, 2008
18 p.:03 il.
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ÍNDICE
1 – INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 6
2 – AÇO CARBONO ................................................................................................................................ 7
2.1 Definição......................................................................................................................................... 7
2.2 Processos de obtenção do aço ............................................................................................. 7
3 – AÇOS LIGAS.................................................................................................................................... 10
4 – FERRO FUNDIDO ........................................................................................................................... 11
4.1 – Definição ................................................................................................................................... 11
4.2 – Tipos de ferros fundidos ........................................................................................................... 11
5 – METAIS NÃO-FERROSOS.............................................................................................................. 13
5.1 – Alumínio .................................................................................................................................... 13
5.2 – Cobre ........................................................................................................................................ 14
5.2.1 – Principais ligas de cobre.................................................................................................... 14
5.3 – Chumbo..................................................................................................................................... 15
6 – TRATAMENTOS TÉRMICOS .......................................................................................................... 16
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................................... 17
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LISTA DE FIGURAS
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APRESENTAÇÃO
Este trabalho é produto de uma coleta de dados que facilita e intensifica os horizontes dos
profissionais do segmento de petróleo e gás, que buscam a todo o momento uma visão técnica do
processo produtivo com o qual está envolvido. No setor de petróleo, em especial, as mudanças
ocorridas nos últimos anos têm provocado a necessidade de competências que mantenham o nível de
competitividade da Petrobras. Assim, todos os prestadores de serviços vinculados à empresa deverão
estar em busca constante da qualificação profissional. Seguindo esta linha de pensamento, a
Petrobras, em parceria com o SENAI/BA, organizou o curso em questão, cujo objetivo principal é
fornecer aos iniciantes, e, também aos já atuantes na atividade, conhecimentos teóricos e práticos
necessários a atuação profissional.
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1 – INTRODUÇÃO
De todos os materiais utilizados nos processos de construção mecânica, aqueles de maior utilização
são, sem dúvida, os materiais metálicos. Os quais podemos dividir em dois grandes grupos:
Independente da sua natureza os materiais possuem propriedades características e elas são muito
importantes para definir sua utilização. Algumas propriedades observadas nos materiais de uso
industrial são:
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2 – AÇO CARBONO
2.1 Definição
Os aços são ligas binárias, ou seja, composta de dois elementos principais: o ferro e o carbono, este
último com teores entre 0,008 e 2,11% aproximadamente.
Além do ferro e do carbono pode-se encontrar pequenas quantidades de outros elementos nos aços
tais como manganês, silício, fósforo e enxofre.
Como mencionamos anteriormente o ferro e uma das duas mais importantes matérias primas para a
produção de ferro e aço, tanto em quantidade, quanto em custo.
O ferro ocorre na natureza sob diversas formas de minerais. Entretanto, apenas algumas destas têm
valor comercial como fontes de ferro. Assim, como uso comum na indústria siderúrgica podemos
destacar:
Para obtenção de ferro fundido e aço a partir da hematita, e necessário que este oxido de ferro seja
removido a ferro metálico, e também fundi-lo, de modo que o produto metálico seja retirado do forno
na forma liquida. Este processo e conhecido como redução do ferro
A redução do ferro é geralmente realizada no alto-forno, Figura 2.1, onde obtém-se como produto
resultante o ferro gusa, que consiste numa liga ferro-carbono de alto teor de carbono e e a forma
intermediaria pela qual passa praticamente todo o ferro usado na produção primaria do aço.
Ao sair do alto-forno o ferro gusa, ainda no estado líquido, é encaminhado para a aciaria onde é
transformado em aço. Além disso, é utilizado no estado sólido como principal matéria prima nas
fundições de ferro fundido.
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Figura 2.1 – Alto forno
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A Figura 2.2 apresenta, de forma esquemática, as principais etapas de fabricação do aço desde o
minério de ferro até a obtenção de algumas das suas formas estruturais.
Figura 2.2 – Representação esquemática para obtenção do aço a partir do alto forno
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3 – AÇOS LIGAS
Eventualmente, podem ser adicionados aos aços, elementos químicos além daqueles normalmente
presentes na sua composição, tais como Al, Ni, Cr, Mo, V, Cu, Co, W que visam melhorar algumas
propriedades mecânicas. Aos aços assim tratados chamamos de aços ligas e as principais vantagens
desses aços são:
• Melhor usinabilidade
• Melhor temperabilidade
• Melhor capacidade de corte
• Melhor resistência ao desgaste
• Melhor resistência a corrosão
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4 – FERRO FUNDIDO
4.1 – Definição
Semelhantemente ao aço carbono, o ferro fundido é também uma liga com predominância de ferro e
carbono, porém o teor de carbono presente é um pouco maior que aquele observado no aço, variando
teoricamente entre 2,0 e 6,7%. Observa-se também a adição de um terceiro elemento, o silício, com
teores que podem variar de 1,0 a 3,0%.
O ferro fundido é obtido a partir do ferro gusa produzido no alto forno. Nesse caso o gusa é refundido
juntamente com sucata e outros elementos de adição num forno denominado cubilô, Figura 4.1.
Porém, esse forno não permite um controle rigoroso da composição química do ferro fundido, sendo
utilizado basicamente para a produção de peças que não serão submetidas a grandes esforços.
Assim, para a produção de ferros fundidos de alta qualidade, são utilizados fornos elétricos
isoladamente ou em conjunto com os fornos cubilô.
Quatro tipos de ferros fundidos são comumente conhecidos, ferro fundido branco, ferro fundido
cinzento, ferro fundido maleável e ferro fundido nodular. A obtenção desses materiais depende
basicamente da quantidade e do tipo de elemento de liga presente e da maneira como o material é
resfriado ou tratado termicamente.
Cada tipo de ferro fundido possui características e aplicações próprias, com grande aplicabilidade na
indústria automobilística (fabricação de blocos e cabeçotes de motores), na indústria de mineração e
moagem, na fabricação de bases e barramentos de máquinas industriais, dentre outras.
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Figura 4.1 – Forno Cubilô
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5 – METAIS NÃO-FERROSOS
A seguir serão apresentados, de forma simplificada, os processos de obtenção dos principais metais
não-ferrosos.
5.1 – Alumínio
O alumínio é obtido a partir de um minério denominado bauxita e seu processo de obtenção
compreende basicamente duas etapas:
Após a obtenção do minério, a bauxita, é triturada e misturada com uma solução de soda cáustica,
retirando-se as impurezas de forma que sobre somente a alumina.
O produto resultante é aquecido sob pressão e uma nova quantidade de soda cáustica é adicionada.
A partir desta solução, chamada de aluminato de sódio, obtém-se a alumina hidratada que pode ser
utilizada como matéria-prima de alguns produtos, tais como vidros, corantes, cremes dentais, etc. ou
ser enviada para os calcinadores, onde é aquecida entre 1000 e 1300ºC para eliminação da água
ainda presente.
Na etapa final, que consiste na obtenção do alumínio, a alumina é dissolvida em fornos eletrolíticos
onde ocorre a liberação do oxigênio presente na alumina. O alumínio líquido deposita-se no fundo do
forno de onde é aspirado por meio de sifões. Em seguida o alumínio é levado para fornalhas onde é
purificado ou receberá adições de outros elementos para melhorar suas propriedades e torna-los
aplicáveis na indústria.
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5.2 – Cobre
O cobre é obtido a partir de dois minérios, a calcopirita e a calcosita. Até chegar a sua forma
comercial o cobre passa por seis etapas:
1 – Trituração e moagem, onde se obtém partículas de minérios com tamanhos entre 0,05 e 0,5 mm.
3 – Nesta etapa ocorre a decantação e filtragem, obtendo-se uma solução com 15 a 30 % de cobre;
4 – A solução obtida na etapa anterior é então levada a um forno de chama direta, chamado de
revérbero, onde é misturada com fundentes; como resultado, obtém-se uma mistura com 35 a 55% de
cobre e também sulfetos de ferro. É chamada de mate;
5 – O mate é então levado aos conversores para oxidação. Aí o ferro se oxida e se une a sílica, sendo
eliminado sob a forma de escória. Obtêm-se o cobre bruto, o qual recebe o nome de blíster, com
pureza entre 98 e 99,5% de cobre.
6 – A refinação do blíster é a última etapa de obtenção do cobre e pode ser térmica ou eletrolítica.
5.2.1.1 – Latão
O latão e uma liga a base de cobre e zinco, com teores de zinco variando entre 5% e 45%.
Eventualmente, visando aprimorar algumas características da liga são adicionados outros elementos
tais como Al, Sn, Pb ou As.
E uma liga dúctil, maleável e boa condutora de eletricidade e calor; tem boa resistência mecânica e
excelente resistência a corrosão.
O latão que tem entre 40 e 45% de zinco e utilizado na fabricação de barras para enchimento usadas
na solda forte de aço carbono, ferro fundido, latão e outras ligas.
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5.2.1.2 – Bronze
São ligas de cobre e estanho com teores de estanho de ate 12%. Apresentam elevada dureza, boa
resistência mecânica e a corrosão, alem de ser um bom condutor de eletricidade.
E usado geralmente na fabricação de parafusos e engrenagens para trabalho pesado, mancais,
varetas e eletrodos para soldagem.
5.3 – Chumbo
O chumbo é extraído do minério conhecido como galena. O processo de obtenção do chumbo tem
várias etapas; destacando-se como principais:
Concentração por flotação, formação do aglomerado, redução dos óxidos, desargentação (retirada da
prata), destilação a vácuo e refino.
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6 – TRATAMENTOS TÉRMICOS
Vimos nos capítulos anteriores a forma como alguns materiais metálicos são obtidos. Porém, para
que eles sejam utilizados como componentes industriais precisam passar por processos que
melhorem as suas propriedades mecânicas.
Esses processos, denominados tratamentos térmicos, representam um conjunto de operações que
envolve o aquecimento e o resfriamento a que são submetidos os aços, sob condições controladas de
tempo, temperatura, atmosfera e velocidade de esfriamento.
Dentre os objetivos dos tratamentos térmicos, podemos citar;
• Remoção de tensões internas
• Aumento ou diminuição da dureza
• Aumento da resistência mecânica
• Melhora da ductilidade
• Melhora da usinabilidade
• Melhora da resistência ao desgaste
• Melhora das propriedades de corte
• Melhora da resistência a corrosão
• Melhora da resistência ao calor
• Modificação das propriedades magnéticas e elétricas.
Os principais tratamentos térmicos aplicados aos aços carbono são a têmpera, o revenido (ou
revenimento), o recozimento e a normalização. Aplicações e procedimentos referentes a esses
tratamentos serão estudados em etapas posteriores do curso.
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BIBLIOGRAFIA
CHIAVERINI, V. Tecnologia Mecânica, Vol III, 2ª Edição. São Paulo, Ed. Makron Books, 1986.
SILVA, A.L.V. da C.; MEI, P.R. Aços e Ligas Especiais. 2ª Edição. São Paulo. Ed. Edgard Blucher, 2006.
Telecurso 2000 – Mecânica, Módulo: Materiais. São Paulo. Ed. Globo, 1995
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