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Universidade Federal do Pará - UFPA

Faculdade de Sistemas de Informação - FASI


Campus Universitário do Tocantins/Cametá - CUNTINS

PROJETO DE EXTENSÃO

A impressora 3D como auxiliadora da educação


inclusiva de deficientes visuais

PAULO JÚNIOR PINTO MIRANDA – Gerente de projeto


JONYSON CARDOSO RIBEIRO – Analista de inovação

Cametá – PA
Ano 2020
Identificação
Título A impressora 3D como auxiliadora da educação inclusiva de deficientes visuais
Coordenador Prof. Msc. Alexandre Reis Fernandes
Tipo Projeto
Caracterização Primeira Versão
Subunidade Acadêmica Faculdade de Sistemas de Informação
Grande Área Ciências Exatas
Área Temática Principal Tecnologia e Inclusão
Linha de Extensão Tecnologia da informação
Palavras-chave Impressão 3D; Inclusão Visual; Inclusão Digital
Local de Execução Escolas Públicas do Munícipio de Cametá
Público alvo Pessoas com deficiência visual
Carga Horária 10
Abrangência Educação inclusiva
Área Urbana
A impressão 3D já está presente há algum tempo no mercado, sendo uma tecnologia usada para
inúmeras possibilidades. A máquina é capaz de converter arquivos digitais em objetos
tridimensionais com base em camadas de materiais impressos. Essa impressão pode acontecer não
só criando pequenos objetos, como também grandes estruturas, como casas de três andares, por
Resumo exemplo. Entre as evoluções da tecnologia, está a quantidade de matéria-prima que pode ser usada
para as impressões. Hoje, mais de 250 materiais podem originar uma bela escultura em 3D, desde
plásticos, metais, cerâmicas, vidro, borracha, couro e, até mesmo, células-tronco e chocolate. A
educação inclusiva para deficientes visuais é feita através do Sistema Braille, sendo este um sistema
universal de códigos que permite a leitura e a escrita de pessoas cegas, e é esse o principal mecanismo
de inclusão para tais deficiente. Através do Braille o educando consegue “enxergar” o mundo
utilizando o tato e aprende a aguçar seus demais sentidos possibilitando a comunicação com o
educador e sua alfabetização. É através do tato que a criança tem uma percepção do mundo e da
realidade que a cerca, necessitando de muito treino e ensino, no entanto ainda existem diversas
formas tridimensionais específicas que a criança com deficiência visual necessita conhecer através
do tato para o melhor aprendizado possível, formas essas que podem ser de difícil acesso para as
escolas, a exemplo de uma pintura de obra de arte convertida para três dimensões. Diante dessas
problemáticas, a impressão 3D se mostra como uma alternativa, pois permite criar formas
geométricas e brinquedos inclusivos capazes de preencher cada necessidade de acordo com a
necessidade e a didática do educador. Neste contexto, este projeto de extensão objetiva desenvolver
o pensamento tecnológico, em específico na utilização de impressoras 3D, voltado para a educação
inclusiva em alunos da rede pública de ensino do município de Cametá. Inicialmente serão
entrevistados professores de ensino infantil que obtenham alunos com deficiência visual em suas
turmas a fim de conhecer as necessidades de materiais de apoio que podem ser obtidos através da
impressão 3D, para entender e contextualizar a problemática, posteriormente será feita uma pesquisa
de tópicos relacionados aos materiais que poderão ser impressos. Finalmente, serão realizadas as
adaptações das formas pressupostas juntamente com linguagem braile para uma completa
experiência da didática aplicada, onde aplicar-se-ão questionários pré e pós-teste para analisar suas
viabilidades de estimular e desenvolver habilidades dos alunos alvos. Acredita-se que esse projeto
possa acarretar na inclusão de alunos deficientes pois muito ainda pode se fazer em favor do auxílio
da educação inclusiva visual.
Vínculo com o Projeto Pedagógico do
Informática inclusiva, acessibilidade digital, tecnologias emergentes
Curso?
Justificativa
A educação inclusiva para deficientes visuais se iniciou através do Sistema Braille
e hoje apenas os profissionais da educação que tem dado prosseguimento nessa
inclusão se utilizando de rara ou nenhuma ajuda externa, estes profissionais
trabalham modificando a recepção dada pela sociedade a esses deficientes.
Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica
interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias,
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à
atividade e participação, de pessoas com deficiência, incapacidades ou
mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e
inclusão social. (Comitê de Ajudas Técnicas, Corde/SEDH/PR, 2007). Mas esse
processo é contínuo e precisa de ajuda efetiva e de toda colaboração possível, seja
ela tecnológica ou humana como dos pais e familiares, que também são
educadores e fazem parte do cotidiano social. Nada pode impedir que o objetivo
principal da educação inclusiva se cumpra, os esforços não podem ser pequenos
e deve incluir cada estratégia possível, uma vez que a sociedade é composta por
eles. “Um fato social reconhece-se pelo seu poder de coação externa que exerce
ou é suscetível de exercer sobre os indivíduos; e a presença desse poder
reconhece-se, por sua vez, pela existência de uma sanção determinada ou pela
resistência que o fato opõe a qualquer iniciativa individual que tenda a violentá-
lo […]. É um fato social toda a maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de
exercer sobre o indivíduo uma coação exterior, ou ainda, que é geral no conjunto
de uma dada sociedade tendo, ao mesmo tempo, uma existência própria,
independente das suas manifestações individuais” (DURKHEIM, 1985, p.9).
Segundo Renato Frosch – professor universitário e doutorando em educação
“Antes de começar a ler o braille pequeno, como estamos acostumando a ver em
elevadores, por exemplo, eles precisam conhecer o alfabeto e isso é feito com
peças maiores. Normalmente, as professoras fazem isso de forma manual. Mas
leva mais tempo e nem sempre as crianças podem levar para casa, o que atrasa o
aprendizado”. Também de acordo com a LBD (Lei e diretrizes de base da
educação) Lei nº 9.394/96, “as políticas educacionais atuais têm como princípio
a inclusão de crianças no ensino regular. O processo de inclusão gera uma
exigência da transformação da escola, pois acarreta na inserção no ensino regular
de alunos que fazem parte do grupo de educandos atendidos pela educação
especial na perspectiva de educação inclusiva, cabendo às escolas se adaptarem
às necessidades deles, desta forma inclusão acaba por exigir uma ruptura com o
modelo tradicional de ensino. É uma abordagem humanística, democrática, que
percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como objetivos o crescimento, a
satisfação pessoal e a inserção social de todos”. Levando em consideração a
perceptível redução das impressoras encontradas no mercado, este método de
inclusão se torna mais acessível, segundo Frosch: “As impressoras 3D estão cada
vez mais baratas. Então, é possível que as prefeituras e escolas pelo Brasil tenham
acesso ao equipamento para a criação das peças”, Desta forma, a execução desse
projeto pode apoiar a alfabetização de alunos do ensino infantil com deficiências
visuais proporcionando a inclusão e incentivando as escolas a buscarem métodos
inovadores para estimulação da educação em um todo.
Objetivos
Objetivo
O objetivo geral deste projeto é contribuir para o desenvolvimento de
aprendizagem de alunos com deficiência visual através de tecnologias assistivas.
Especificamente pretende-se apresentar o uso do sistema braille enquanto
importante instrumento de alfabetização adaptado via impressora 3D de acordo
com cada necessidade de ensino.
I. Identificação das principais necessidades relacionadas ao ensino de pessoas com
deficiência visual;
II. Capacitação dos educadores no uso das novas ferramentas de ensino
proporcionadas pela tecnologia de impressão em 3D;
III. Desenvolvimento de novas técnicas de educação inclusiva que poderão ser
aplicadas com o auxílio da impressora 3D;
IV. Realização de testes com os alunos para a adaptação das ferramentas;
V. Aplicação de questionários para os educadores para obtenção e análise de
dados para possíveis otimizações do projeto;

Metas
Meta
I. Levantamento de relatos de experiências na aplicação das ferramentas
auxiliadoras de alunos com deficiência visual;
II. Orientação da equipe de educadores que irão atuar com as ferramentas
confeccionadas por impressora 3D;
III. Desenvolvimento de material de apoio para quaisquer dúvidas dos educadores
quanto as técnicas e ferramentas disponibilizadas;
IV. Aplicação das ferramentas e técnicas de aprendizado em educação inclusiva
proporcionadas pela tecnologia de impressão em 3D para alunos com deficiências
visuais em turmas da rede pública de Cametá;
V. Análise e publicação dos resultados obtidos em eventos de extensão,
conferências e congressos da área.

Metodologia
A fim de atender estas metas, o projeto adotará a seguinte metodologia:

I. Realizar entrevistas com os educadores para levantamento de informações


acerca das necessidades relacionadas ao ensino dos alunos com deficiência visual
;
II. Analisar os conteúdos que compõem o currículo de referência da Sociedade
Brasileira da Computação (SBC) e as recomendações da Lei e diretrizes de base
da educação (LBD);
III. Selecionar as necessidades mais relevantes da educação inclusiva de alunos
com deficiência visual da rede de ensino público da cidade de Cametá;
IV. Planejar a confecção de novas ferramentas e brinquedos juntamente com os
professores da rede pública que irão aplicá-las;
V. Identificar os prós e contras das estratégias e ferramentas inclusivas aplicadas
aos alunos alvo;
VI. Analisar o comportamento dos alunos quanto à nova metodologia de ensino e
analisar os relatos dos educadores no desenvolvimento dos testes;
VII. Acompanhar a aplicação, coleta e análise dos resultados obtidos;
VIII. Escrever relatórios, resumos e artigos sobre os resultados obtidos.

Referências Bibliográficas
Referência
https://www.produtecalab.com.br/acessibilidade-na-impressao-3d-conheca-5-
ideias/
https://mhcalculos.com.br/noticias/cidadania/a-impressao-3d-como-uma-
ferramenta-para-a-inclusao/
(https://institutoitard.com.br/educacao-para-deficientes-visuais-um-processo-de
inclusão
https://www.lwtsistemas.com.br/2016/05/23/tecnologia-assistiva-impressao-3d/
https://www.juicysantos.com.br/indivisibilidade/equidade/santista-usa-
impressoras-3d-para-ajudar-criancas-cegas/
SBC. Diretrizes para ensino de Computação na Educação Básica. 2017.
Disponível em:
http://www.sbc.org.br/documentos-da-sbc/send/131-curriculos-de-
referencia/1177-diretrizes-para-ensino-de-computacao-na-educacao-basica.
Acessado em: 14 de janeiro de 2020.

Equipe Técnica
Função
Unidade Vínculo Carga
Nome Matrícula Titulação no Telefone Email
Acadêmica Institucional Horária
projeto
Alexandre Faculdade de
Reis ? Sistemas de Docente Mestrado Coordenador ? ? ?
Fernandes Informação

Jonyson Faculdade de
Analista de
Cardoso ? Sistemas de Discente Graduação 10 ? ?
Inovação
Ribeiro Informação
Paulo
Faculdade de
Júnior Gerente de
? Sistemas de Discente Graduação 10 ? ?
Pinto Projeto
Informação
Miranda

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