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Inicie a aula explicando que ela consistirá em um jogo e terá o objetivo de estimular a reflexão dos jovens sobre sua

própria formulação de referenciais éticos. O jogo, porém, terá como foco um personagem inventado.

Peça que um aluno voluntário desenhe a pessoa no centro da lousa.

Apresente a história:

Você cursa o Ensino Médio e também trabalha para ajudar no sustento de sua família, composta por sua mãe e outras
duas crianças pequenas. Você está desempregado há quatro meses, desde que perdeu o emprego como empacotador de
um supermercado. Finalmente apareceu uma oportunidade de trabalho e sua entrevista está marcada para hoje.

Seu despertador não funcionou e você está atrasado pelo menos 10 minutos para a entrevista. Ao chegar à estação de
metrô, encontra uma longa fila para entrar. Percebe, porém, que há uma forma de furar a fila preferencial destinada a
idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Se você furar essa fila e correr, em vez de caminhar, do metrô até o local da
entrevista, talvez consiga chegar no horário. O que você fará?

Crie uma tabela ao lado direito do desenho:

Peça que a classe apresente sugestões de Prós e Contras para a opção “Furar a fila”.
Se não houver sugestões de imediato, provoque com a pergunta: O que você ganharia furando a
fila?
Exemplos de “prós”: Chegará mais rápido ao local da entrevista. Resolverá o problema
rapidamente e poderá concentrar sua mente na entrevista. Terá mais chances de ser contratado.
Exemplos de “contras”: Risco de ser visto e ser obrigado a ir para o fim da fila, perdendo ainda
mais tempo. Peso na consciência por furar a fila e por pegar a fila preferencial, à qual você não tem
direito.
Peça que a classe apresente sugestões de Prós e Contras para a opção “Não furar a fila”.
Se não houver sugestões, provoque com perguntas: O que você ganharia deixando de furar a fila?
Você teria outras alternativas se não furasse a fila?
Exemplos de “prós”: Consciência tranquila; segurança de que não será recriminado pelos demais
usuários do metrô.
Exemplos de “contras”: não chegará ao local da entrevista rapidamente; poderá não ser
considerado para a vaga por chegar atrasado.
Peça que a classe sugira critérios de priorização para que essa pessoa decida o que fazer.
Se não houver sugestões, provoque com perguntas: O que é mais importante para a pessoa?
Quais valores? O que é certo e errado para ela?
Na lousa, ao lado esquerdo do desenho, crie duas colunas: Valores e Condutas

Pergunte à classe, que valores e que comportamentos podemos extrair do quadro à direita?

Preencha as duas colunas com a ajuda dos alunos. Por exemplo:

Conclua o exercício sintetizando-o e ressaltando que a decisão – qualquer que seja ela – responderá a valores que
vêm da sociedade e da própria pessoa. Essa decisão, porém, é sempre tomada pela própria pessoa, a partir de
uma reflexão ética. Assim tomamos decisões a partir da nossa autonomia individual, influenciados por valores,
regras e contextos em que vivemos. A ética, portanto, está sempre presente nas nossas relações com os outros.

Convide os alunos a observar, nos próximos dias, como eles tomam suas decisões sobre como agir ou não agir. De
onde vêm os seus valores? Quais critérios eles utilizam para priorizá-los? Quem os influencia?

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