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Dinis" da "Mensagem"
D. Dinis
D. Dinis é caracterizado, no poema, como poeta (v.1) e como lavrador (v. 2).
No verso dois está presente a metáfora que remete para os pinheiros mandados plantar por D. Dinis
que são já, virtualmente, as naus das Descobertas - o futuro adivinhado. O rei aparece, assim, como
aquele que cria condições para as navegações, como uma espécie de intérprete de uma vontade
superior. Esta ideia, que põe em evidência o aspecto mítico deste "herói", repete-se nos versos 9-10
- "É o som presente desse mar futuro, / É a voz da terra ansiando pelo mar".
Os versos 6-7 apresentam-nos o "cantar" "jovem e puro" como um regato que corre em direcção a
um "oceano por achar"; encerram, também, a ideia de que neste passado se adivinha já o futuro.
Ao longo do poema, encontramos diversas referências a dois ciclos da nossa História - o da terra e o
do mar. Os versos que ilustram esta afirmação são: versos 2, 4-5 e 10. Estes versos conciliam os dois
ciclos - "plantador de naus", "como um trigo / De Império, ondulam", "É a voz da terra ansiando pelo
mar".