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“D.

Dinis”
“Mensagem” – Fernando Pessoa

Disciplina: Português
Ano:2023/24
Turma: 12ºPB
Alunas: Diana Garcia nº7249, Leonor Mota nº7494, Andreia Costa nº6710
INTRODUÇÃO

Neste trabalho vamos abordar e analisar o


poema “D.Dinis” de Fernando Pessoa
Poema

Na noite escreve um seu Cantar de Amigo Arroio, esse cantar, jovem e puro,

O plantador de naus a haver, Busca o oceano por achar;

E ouve um silêncio múrmuro consigo: E a fala dos pinhais, marulho obscuro,

É o rumor dos pinhais que, como um trigo É o som presente desse mar futuro,

De Império, ondulam sem se poder ver. É a voz da terra ansiando pelo mar.
CONTEXTUALIZAÇÃO

Este poema situa-se na primeira


parte da Mensagem – Brasão-
sendo o sexto poema do capítulo
“Os Castelos”
Análise Temática
TEMA: D. Dinis era o rei visionário, porque mandou plantar o Pinhal
de Leiria a pensar no futuro, ou seja, com o objetivo de construir naus
para posteriormente partir para os descobrimentos.

ASSUNTO: D. Dinis fala dos descobrimentos e por isso, é visto como


o plantador de naus.
Ele próprio plantava os pinhais como um trigo | De Império, ondulam
sem se poder ver.
O futuro só é acessível aos sonhadores, assim como ele sonhava
com o barulho dos pinhais.
É o futuro que ele sonha Oceano por achar.
1ºParte 2ºParte

Na primeira estrofe são realçados os significados Na segunda estrofe o sujeito poético refere-se, de uma
das ações levadas a cabo por D.Dinis forma metafórica a Portugal como um arroio, ou seja,
São lhe reconhecidas duas facetas: a de poeta “Na uma pequena corrente de agua que mal nasce corre
noite escreve um seu Cantar de Amigo” e a de logo em direção ao oceano
lavrador “O plantador de naus” Deste modo refere-se também ao período dos
Descobrimentos, pois o povo português sempre foi
atraído pelo mar.
A simbologia terra/mar no ato de criação

O poema refere duas fases da nossa historia: o ciclo da terra


( plantador de naus, pinhais, trigo) e o ciclo do mar (arroio,
naus e mar).

O sujeito poético vê D.Dinis como o rei capaz de antever o


futuro e interpreta isso através das suas ações. D.Dinis
plantou o pinhal de Leiria, de onde foi retirada a madeira
para construção das naus utilizadas para os
Descobrimentos

A terra é então uma “voz" no presente que chama pelo futuro,


o mar
Análise Formal

O poema é construído por duas estrofes e 5 versos cada estrofe


(quintilha).
São versos irregulares quanto á métrica e ao ritmo.
O segundo verso de cada estrofe, é composto por oito sílabas métricas
(octossílabo) e os restantes versos são decassilábicos.
A rima varia entre pobre e rica e obedece ao seguinte esquema rimático:
a b a a b, com rimas cruzadas, emparelhadas e interpoladas.
Recursos Expressivos
Metáfora: “O plantador de naus a haver” (est,1,v.2)

Paradoxo/oxímoro: “ouve um múrmuro silêncio consigo” (est1, v.3),”marulho obscuro”


(est.2, v.3)

Personificação: “ o rumor dos pinhais que, como um trigo de Império, ondulam sem se
poder ver”. (est.1,v.4/5), “fala dos pinhais” (est.2,v.3), “ voz da terra ansiando pelo mar”
(est.2,v.5)

Comparação: “pinhais/trigo” (est.1,v.4)

Metomínia: “ondulam sem se poder ver” (est.1,v.5),”Arroio, esse cantar) (est1,v.4)

Animismo: “rumor dos pinhais” (est.1,v.4)

Paralelismo anafórico: “É o som/É a voz (est.2,v.4/5)


Tipos de orações

Est. 1

v.1 a v.3 – oração sub. Adverbial consecutiva


v.4 a v.5 – oração sub. Adjetiva relativa explicativa

Est.2

v.1 a v.2 – oração sub . Adjetiva relativa explicativa


v.3 a v.5 – oração sub. Adjetiva relativa explicativa
Conclusão
Este poema fala de um dos heróis da obra “Mensagem", por, também ser
considerado um herói português
Não só por ter sido um rei que sempre procurou a cultura e sempre esteve
ligado ás artes, mas também por se tratar do rei que impulsionou a
plantação do Pinhal de Leiria, de onde seria, mais tarde, extraído material
para a construção naval.
Assim, sendo contribuiu para a expansão portuguesa, fazendo de si um rei
visionário

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