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Universidade Federal de
Uberlândia REVISÃO
Faculdade de Odontologia
2013
Endodontia Pré-Clinica
Endo-UFU (roteiro de aula)
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EndoUFU
Apresentação
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Sumário
Semiologia Endodôntica 04
Instrumental e Material Endodôntico 10
Morfologia das Cavidades Pulpares 21
Irrigação do canal radicular 32
Neutralização Progressiva 42
Abertura Coronária 46
Preparo do Terço Cervical e Médio 57
Odontometria 62
Preparo do Terço Apical 68
Medicação Intracanal 77
Obturação do canal radicular 83
Retratamento do canal 91
Instrumentação Rotatória 95
Referências Bibliográficas 100
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Semiologia Endodôntica
I. Conceito
Pesquisa os sinais e sintomas clínicos, sistematizando os dados com a finalidade de
construir o diagnóstico, planejar o tratamento e deduzir o prognóstico.
2. Semiologia Objetiva
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3. Exame Radiográfico
4. Diagnóstico Clínico-Radiográfico
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5. Tratamento Indicado
6. Proservação
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I. Objetivos
1.1. Clínico
(1) Espelho, (2) Pinça clínica, (3) Sonda endodôntica, (4) Sonda clínica, (5) Escavador duplo,
(6) Tesoura, (7) Placa de vidro, (8) Espátula.
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1.2. Diagnóstico
1.3. Anestesia
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Motores de Alta e Baixa Rotação, brocas esféricas para alta e baixa rotação, broca de Batt.
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1 2
Broca Gates-Glidden, limas tipo Kerr, limas tipo Hedströen, limas Flexofile.
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Caixa Endodôntica (página 20), régua milimetrada ou régua calibradora, frascos de vidro para
soluções irrigadoras (Solução de Hipoclorito a 1% e soro fisiológico), lupa (para melhor
visualização das radiografias), colgaduras (para revelação das radiografias), “Tamborel” (para
as limas endodônticas).
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Endo-UFU
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D0 D16
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Endo-UFU Endo-UFU
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6. Espaçadores Digitais
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9. Limas Flexofile
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É o estudo morfológico da cavidade pulpar. Por sua vez pode-se definir cavidade pulpar
como sendo:
O espaço no interior dos dentes, onde se aloja a polpa dental. Esse espaço é limitado em
toda a sua extensão por dentina, menos na região de forame apical onde esse espaço é
limitado pelo cemento.
A cavidade pulpar pode ser dividida em: porção coronária e porção radicular.
A porção radicular é a parte da cavidade pulpar restrita nas raízes dos dentes, é
denominado canal radicular.
Didaticamente, o canal radicular pode ser dividido em terço apical, médio e cervical.
A câmara pulpar é limitada pelas paredes: mesial, distal, vestibular, lingual, oclusal
(teto) e cervical (assoalho).
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Teto
Corno Pulpar
Assoalho
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Nos dentes unirradiculares, não existe um limite preciso entre a câmara pulpar e o canal
radicular, pois estas duas porções, nesses dentes, continuam sem limites.
O canal radicular apresenta-se com duas conformações cônicas unidas entre elas pelo
seu menor diâmetro. Podem-se dividir essas duas conformações cônicas em canal
dentinário (a) e canal cementário (b).
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a a
a a
b
b
b c
b
O canal dentinário é o maior deles e é limitado em toda a extensão pela dentina. O canal
cementário é menor, e é limitado em toda a extensão pelo cemento. O comprimento do
canal cementário é determinado pela espessura do cemento, podendo variar de 0,5 a
0,75 mm.
O canal dentinário é ocupado pela polpa dental e o cementário por tecido periodontal.
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Os estudos, porém têm demonstrado que o canal radicular não é único e uniforme como
muitas vezes podemos visualizar, a olho nu, em um dente seccionado
longitudinalmente. Na verdade ele se apresenta com várias ramificações. Devido a isso
atualmente, considera-se o canal radicular como um sistema de canais e não como um
canal único.
1
3
5
4
6
10
9
8
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A cavidade pulpar não é estável, pois se modifica com o tempo. Ela pode se modificar
de maneira uniforme pela deposição de dentina secundária durante toda a vida do dente.
Portanto, em um indivíduo jovem ela é ampla e num indivíduo idoso ela é atrésica.
Ela pode também se modificar sem uniformidade, pela deposição de dentina terciária ou
reacional, decorrente de cárie, abrasão ou outras injúrias.
A B 1
C 2
D
JCGBIFFI Endo-UFU 23
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Canino Superior
Comprimento Número de Número de Situação no arco
Médio Raiz Canais
V.P 17º PALATINO
27,2 mm 1 100% 1 100%
M.V 6º DISTAL
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Canino Inferior
Comprimento Número de Número de Situação no arco
Médio Raiz Canais
1 88,2% V.P 2º (Vestibular)
25 mm 1 100%
2 11,8% M.V 3º (Distal)
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Durante todas as etapas do tratamento temos que irrigar o canal com uma solução que
tem por finalidade:
Para que a limpeza e modelagem do canal possam acontecer de forma adequada torna-
se necessário utilizar a ação mecânica dos instrumentos nas paredes dentinárias. A ação
química da solução irrigante atuando na dissolução de tecidos orgânicos vivos ou
necrosados, na anti-sepsia do canal radicular e no enxágüe (ação física) promovendo
movimentação hidráulica (irrigação e aspiração) removendo detritos dissolvidos ou em
suspensão.
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A solução deve ser aplicada no local apropriado com uma seringa de vidro Luer
Lock de 5cc e agulha hipodérmica 25x4. Desde o preparo coronário até o final da
instrumentação do canal, se deve manter o canal inundado com a solução irrigante.
A Endo-UFU
Figura 1. Frascos de vidro para soluções irrigantes (A), seringas e agulhas para irrigação
(B), Suctores de Barash (C).
A agulha hipodérmica deve ser introduzida no canal radicular, de tal maneira que a
mesma alcance a porção mais apical. Isso se torna necessário para que o líquido penetre
de forma adequada na região apical do canal. Nos canais atresiados, após o preparo
radicular (etapa II do preparo radicular) cria-se condição para que a agulha atinja o
limite desejado.
A agulha, durante a irrigação do canal, deve ficar livre no interior do canal para que
o refluxo da solução possa fluir em direção à abertura coronária e ser devidamente
removido juntamente com os resíduos em suspensão. Caso a agulha fique presa na luz
do canal, a solução irrigante pode ser injetada via forame apical. Nesse caso, há risco de
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graves problemas para o paciente, dentre eles reações alérgicas como também necroses
localizadas decorrentes de soluções irrigantes com alto potencial irritativo.
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Endo-UFU
35 | P á g i n a
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Vantagens
• Lubrificação;
• Eliminação de detritos;
Desvantagens
• Cáustico;
• Desbota roupas (deve-se tomar cuidado para não deixar cair na roupa do paciente);
2. Detergentes Sintéticos
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3. Quelantes
O uso desses agentes tornou-se popular com a tendência de remover a camada de
magma dentinário (smear layer). Esse produto atua quelando ou roubando íons de cálcio
da dentina, amolecendo-a. A quelação é auto limitante, o processo se repete até esgotar
a sua ação.
Vantagens
Desvantagem
Figura 5. EDTA.
4. Associações
Seria a combinação de duas ou mais soluções irrigantes na tentativa de se obter um
resultado considerado ideal.
Alguns produtos utilizados para irrigação dos canais ainda se encontram
disponíveis para uso, e outros que já caíram em desuso.
Exemplos de associações:
38 | P á g i n a
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5. Outras soluções
A B C Endo-UFU
39 | P á g i n a
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Figura 8. Clorexidina
Com relação à escolha da solução irrigante, observa-se que quanto mais irritante a
solução mais bactericida ela é. Contrariamente, quanto mais biocompatível menos
bactericida.
Figura 9. Solução
de Milton
40 | P á g i n a
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Considerando que o volume da solução irrigante, pela sua ação física no auxílio da
remoção de debris, em suspensão na luz do canal radicular, é importante no processo de
limpeza do canal, adotamos o soro fisiológico como irrigação final do canal radicular.
41 | P á g i n a
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Neutralização Progressiva
a. Abertura coronária:
Essa etapa consta do preparo dos terços cervical e médio radicular. Esse procedimento
permite o acesso direto das limas ao nível apical do canal, pois remove a constrição
cervical do canal radicular, que existe ao nível do colo dental.
A neutralização progressiva, que tem por finalidade evitar a contaminação onde ela não
esteja presente e neutralizar produtos tóxicos, deve ser realizada em todas as etapas do
tratamento endodôntico.
42 | P á g i n a
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Figura 1. Em (A) dente pré-molar com cárie proximal em (B) radiografia de (A).
C. coloração de HE, evidenciando a cavidade no dente após a remoção
clínica do tecido cariado. D. evidência de dentina contaminada
profundamente e em (E) maior aumento de (D) demonstrando a presença
de fragmento de dentina contaminada adentrando no canal radicular. F, G
e H. a presença de microorganismos no interior dos túbulos dentinários,
coloração de Gram.
43 | P á g i n a
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Endo-UFU
III
II
44 | P á g i n a
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A B
45 | P á g i n a
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Abertura Coronária
Entende-se por abertura coronária o ato de se estabelecer uma comunicação da cavidade
pulpar com o meio externo, para possibilitar o tratamento endodôntico. O acesso à
cavidade pulpar deve ser realizado na face lingual ou palatina nos dentes anteriores,
caninos e incisivos e na face oclusal nos pré-molares e molares.
A abertura coronária deve ser iniciada após a remoção do biofilme, tártaro e tecido
cariado, da regularização e/ou remoção de restaurações imperfeitas e remoção de tecido
gengival invaginado.
Abertura Coronária
Técnica
Planejamento
Ponto de eleição
Direção de trepanação
Acesso coronário propriamente dito
Forma de contorno
Forma de conveniência
Idade do paciente
Fatores intrínsecos Posicionamento Arco e alvéolo
Direção radicular
Cárie
Fatores extrínsecos Erosão
Abrasão
Restauração
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2 Sonda clínica
3 Sonda reta
4 Escavador duplo
5 Espelho
47 | P á g i n a
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Endo-UFU
Endo-UFU
48 | P á g i n a
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• Direção de trepanação;
• Forma de contorno;
• Forma de conveniência.
Ponto de eleição
Local onde se inicia a abertura, visando alcançar de forma mais direta possível a
câmara pulpar e o canal radicular, utilizando pontas ou brocas indicadas.
Ponto de Eleição
Figura 4. O ponto de eleição para os dentes anteriores, incisivos e caninos, deve ter
como referência a face palatina/lingual e linha mediana longitudinal a 2,0
mm do cíngulo em direção à borda incisal. Nos pré-molares, na intersecção
resultante do sulco central com a linha imaginária traçada sobre o topo das
cúspides vestibular e palatina. Nos molares na fóssula central.
49 | P á g i n a
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Direção de trepanação
Forma de contorno
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Figura 6. Forma de contorno: nos incisivos, forma triangular com base voltada para a
borda incisal. Caninos losangulares. Pré- molares superiores elípticos com eixo
vestibulo palatino maior. Pré- molares inferiores elípticos. Molares superiores
forma triangular com base para vestibular.Molares inferiores triangular, com
base para mesial.
Forma de conveniência
Remoção adicional das projeções de dentina que possam dificultar o acesso aos canais
radiculares. Para essa fase da abertura coronária, utilizam-se brocas com pontas
especiais (Batt, 4083 ou Endo Z).
Figura 7. Forma de conveniência segue os mesmos padrões da forma de contorno, porém alguns
desgastes nas paredes laterais da camâra pulpar deixam todos os canais visíveis.
51 | P á g i n a
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Para facilitar a escolha dos instrumentos rotatórios para cada etapa da abertura
coronária, idealizou-se a tabela abaixo.
A seqüência técnica da abertura coronária segue o mesmo principio para qualquer dente.
A seguir, como exemplo, segue o passo a passo para um dente unirradicular,
birradicular e trirradicular.
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Forma de contorno
Endo-UFU
Broca Endo Z
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Broca Endo Z
53 | P á g i n a
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Endo-UFU
Forma de contorno
Endo-UFU
Broca Endo Z
54 | P á g i n a
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Forma de conveniência
Endo-UFU
Broca Endo Z
Molar superior
Endo-UFU
Carbite esférica
Carbite esférica
55 | P á g i n a
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Endo-UFU
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56 | P á g i n a
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Endo-UFU
O preparo do terço cervical e médio tem por finalidade o alargamento prévio da porção
inicial do canal radicular, permitindo um acesso franco e direto à região apical do canal.
Nesse tipo de preparo, utilizam-se, de preferência, as limas tipo Hedströen (H),
57 | P á g i n a
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G2 G3 Batt
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58 | P á g i n a
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segurança, além de não oferecer riscos, propicia uma redução acentuada do grau de
curvatura, daí a razão de ser chamado de desgaste anticurvatura.
Endo-UFU
Quando o canal for muito atresiado em toda a sua extensão, prejudicando a utilização
inicial com a lima nº 15 Hedströen, segue-se a seguinte orientação:
Realiza-se a introdução progressiva, com limas compatíveis com o canal em questão
(limas Kerr 06, 08 e/ou 10). Essas limas deverão penetrar aproximadamente ao nível
da estimativa de odontometria e, logo em seguida, recuar na medida, instrumentando
sem manter um limite único de penetração. É importante nesse momento movimentar a
lima com cuidado a fim de promover um desgaste para permitir a utilização da lima 15
Hedströen.
Após esse preparo inicial, pode-se então passar às orientações iniciais do desgaste
anticurvatura com as limas Hedströen ou Kerr, brocas Gates e Batt.
59 | P á g i n a
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G2 G3 Batt
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Em canais amplos, onde a lima 25 H tem acesso fácil, a utilização das limas se torna
desnecessário podendo proceder ao alargamento diretamente com as brocas.
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60 | P á g i n a
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OBS: O preparo dos terços cervical e médio se torna necessário em todos os dentes
devido a existência de uma constrição na região cervical dos canais radiculares. Essa
constrição nada mais é do que a projeção da superfície externa do dente, correspondente
a região de colo na junção da coroa com a raiz (“cintura do dentes”).
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61 | P á g i n a
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62 | P á g i n a
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Odontometria
63 | P á g i n a
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Para medir o comprimento na radiografia inicial dos pré–molares, tome como ponto de
referência a cúspide mais saliente que é a vestibular e a raiz mais curta que é a palatina. No
caso de molares superiores, tome como base a raiz mésio-vestibular, pois a palatina se
apresenta com distorção. No molar inferior tome como base a raiz mesial.
Se o dente apresentar raiz curva, considerar uma linha reta que vai da cúspide de
referência até a ponta da raiz em questão.
64 | P á g i n a
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A B
RAIO X
C
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65 | P á g i n a
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Interpretação da radiografia
Quando os raios-X incidem pelo lado mesial, o canal ou instrumento que está no lado
palatino ou lingual, dirige–se para mesial. Quando os raios-X incidem do lado distal, o
canal ou instrumento que está no lado palatino ou lingual dirige–se para a distal (fig. 3)
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66 | P á g i n a
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Tome como ponto de orientação a asa do grampo. Aquela que está mais próxima do
ápice é a asa colocada no lado palatino e a que está mais próxima da coroa é a asa
vestibular.
Verifique para que lado se dirigiu a asa palatina. Se ela dirigiu para distal, significa que
a radiografia foi distalizada e, se ela está para mesial, significa que a radiografia foi
mesializada.
Endo-UFU
67 | P á g i n a
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Considerando o que foi descrito acima, qual o canal apontado (seta) na radiografia
abaixo (figura 5)?
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68 | P á g i n a
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Endo-UFU
69 | P á g i n a
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70 | P á g i n a
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O ideal é que a limagem ocorra somente até que seja possível acomodar a lima de
tamanho imediatamente superior ou no caso de ser a última lima, até que esta possa
ser retirada com folga.
71 | P á g i n a
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72 | P á g i n a
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Endo-UFU
Endo-UFU
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75 | P á g i n a
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Radiografia de diagnóstico
Estimativa de odontometria
Comprimento da imagem radiográfica do dente mm -2 mm = mm
Abertura coronária
Remoção de tecido cariado e/ou restaurações
Neutralização progressiva Fase I
Ponto de eleição
Direção de trepanação
Forma de contorno
Forma de conveniência
Canal amplo
Canal atresiado
Canal muito atresiado
Limas Brocas
08k 10k 15h 20h 25h G2 G3 B
Lima
Radiografia de odontometria
Odontometria= mm
Medicação intracanal:
Aluno:_______________________________________________________________________
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Canal amplo
Canal atresiado
Canal muito atresiado
Limas Brocas
08k 10k 15h 20h 25h G2 G3 G4 B
Canal palatino
Canal amplo
Canal atresiado
Canal muito atresiado
Limas Brocas
08k 10k 15h 20h 25h G2 G3 G4 B
Canal vestibular
Neutralização progressiva fase III
Lima
Radiografia de odontometria:
Odontometria= mm
Canal palatino
Neutralização progressiva fase III
Lima
Radiografia de odontometria
Odontometria= mm
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Medicação Intracanal
Uma das principais propriedades que um medicamento endodôntico deve possuir é ação
antimicrobiana, tendo potencial de destruir microrganismos. Por permanecer por tempo
mais prolongado no interior do canal radicular, o medicamento tem maiores chances de
atingir áreas não afetadas pela instrumentação. Além disso, por preencher totalmente o
canal, o medicamento impede o suprimento de substratos, na forma de fluidos teciduais,
para as bactérias que sobreviveram após a instrumentação.
Além da ação antibacteriana eficaz, o medicamento dever ter ação prolongada, sem ser
citotóxico e agir pelo contato, permitindo um controle adequado da profundidade de
atuação.
4. Reduzir a inflamação nos tecidos ao redor da raiz (reduzindo com isso a dor, um dos
sinais da inflamação);
6. Controlar a exsudação persistente (o que pode ser feito pela medicação de três
maneiras: inibindo a resposta inflamatória, absorvendo o exsudato pela ação
higroscópica ou eliminando a causa, as bactérias).
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79 | P á g i n a
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80 | P á g i n a
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81 | P á g i n a
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1. Misture na placa de vidro, com auxílio da espátula nº 24, o hidróxido de cálcio (pó) e
o soro fisiológico, até conseguir uma pasta cremosa, com consistência de um “creme
dental”.
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2. Utilize uma lima do tipo Kerr para pegar um pouco da pasta previamente misturada e
com movimentos de penetração e remoção (movimento de vai-e-vem) preencha o canal
radicular até o comprimento real de trabalho (Odontometria). Retire a lima, girando no
sentido anti-horário. Condense a pasta dentro do canal com cone de papel absorvente ou
com o calcador de Paiva. Repita esse processo de preenchimento até perceber que a
pasta está obliterando toda a entrada do canal radicular.
82 | P á g i n a
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1. Irrigue, abundantemente, o canal radicular com soro fisiológico até que o líquido que
sair pela abertura coronária esteja límpido (transparente).
3. O canal, após a remoção completa da medicação, deve ser seco com cone de papel
absorvente do mesmo diâmetro e comprimento da lima memória. Por exemplo, se a
lima memória é a 35K e a odontometria é 21,0 mm, o cone de papel absorvente deve ser
o de nº 35 e deve penetrar até 21,0 mm.
83 | P á g i n a
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A obturação do canal deve ser realizada quando o canal estiver livre de exsudato, sem
sintomatologia dolorosa, edema ou mobilidade. Para isso o canal deve estar preparado
biomecanicamente com dilatação adequada para receber o material obturador.
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85 | P á g i n a
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86 | P á g i n a
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1. Isolamento e assepsia do campo operatório, que deve ser mantido em todas as etapas
clínicas do tratamento endodôntico.
2. Remoção do cimento restaurador provisório com broca esférica, de preferência com
o motor de alta rotação.
3. Irrigar, abundantemente, o canal com soro fisiológico e, com a lima memória,
executando movimento de limagem, remover a medicação intracanal, no caso, o
hidróxido de cálcio. Irrigar novamente até que o refluxo do líquido saia incolor do
interior do canal.
4. Com a cânula do suctor (compatível com o diâmetro do canal) aspire o líquido e em
seguida seque o canal com pontas de papel absorvente esterilizadas.
5. Selecione o cone de guta-percha principal com a mesma numeração do instrumento
memória e introduza no canal de tal maneira que ele se ajuste no batente apical, na
medida determinada pela odontometria.
6. Nesse momento, com o cone principal posicionado no interior do canal realizar a
radiografia da prova do cone.
7. Remova o cone do interior do canal radicular, prepare o cimento obturador indicado,
manipulando-o bem, até obter uma consistência cremosa não muita fluida.
9. Com a espátula, impregne o cone com o cimento em toda a sua extensão, de tal
maneira que o cimento penetre em toda a extensão do canal.
10. Use um espaçador adequado, de acordo com a amplitude do canal, para obter espaço de
tal maneira que o primeiro cone secundário fique posicionado a poucos milímetros (2,0
ou 3,0) do comprimento de trabalho (odontometria). Dê preferência para o espaçador de
maior diâmetro. Em seguida, com os cones secundários envoltos em cimento,
condensar, até que o canal fique completamente preenchido, realizando ligeira pressão
apical e lateral.
11. Realizar a radiografia da condensação lateral para verificar a qualidade da
obturação. Se forem observados espaços vazios caracterizando uma condensação
deficiente, procure, com os espaçadores mais finos, criar espaços e ampliá-los com
os espaçadores mais calibrosos, até que seja possível preencher o espaço com mais
cones secundários.
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Observação importante: As radiografias de odontometria, prova do cone e condensação
lateral estão com o dente virado de lado (sentido mésio-distal), para melhor visualização
do aluno do 3º período. No tratamento endodôntico realizado em paciente o dente será
visto como está nas radiografias inicial e final.
Retratamento do Canal
““ um procedimento realizado sobre um dente que recebeu uma tentativa anterior de tratamento
“É
definitivo que resultou em uma condição que requer um novo tratamento endodôntico adicional
para a obtenção de um resultado bem sucedido.”
Associação Americana de Endodontistas.
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Figura 1. A remoção da guta-percha no terço cervical e médio pode ser realizada com a
utilização de brocas. No terço médio e começo e parte do terço apical,
recomenda-se a utilização de limas e solvente e, no final da obturação, apenas
a lima com a solução irrigante.
92 | P á g i n a
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Depois de obtido o espaço pelas brocas, colocar solvente eucaliptol na entrada do canal,
e com limas tipo Kerr nº 15 ou 20, penetrar na massa da guta-percha, com movimentos
oscilatórios. Neste momento, deve-se ter em mente a estimativa da odontometria, pois
nessa fase não se deve tentar remover todo material com solvente.
Endo-UFU
Neste momento, passa-se a usar como irrigante o hipoclorito de sódio, em com limas do
tipo Kerr de pequena numeração (15 ou 20) tenta-se a penetração ao lado da guta-
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Limas Kerr
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Instrumentação Rotatória
Sistema rotatório
O sistema de instrumentação rotatória é composto pelo motor, contra-ângulo e limas de
níquel titânio (NiTi).
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Autoreverso
Velocidade
Torque
97 | P á g i n a
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• A lima SX é empregada para otimizar o preparo de canais em raízes curtas e produzir uma
maior amplitude nas porções coronárias de canais em raízes mais longas. Essa lima faz,
portanto, o papel das brocas Gates-Glidden.
• A lima S1 foi desenhada para preparar o terço coronário do canal, enquanto a lima S2 é
usada no preparo do terço médio, alargando progressivamente o terço apical.
A B
A sua utilização está ilustrada a seguir, em dentes radiografados na seqüência recomendada pelo
fabricante.
S1 SX S1 S2
Cervical Cervical Cervical/Médio Médio
Preparo Apical
F1 F2 F3
21 mm 20 mm 19 mm
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S1 SX S1 S2
F1 F2 F3
Lima K nº15
Odontometria = 21 mm 21 mm 20 mm 19 mm
Nunca force os instrumentos. Nem sempre todos os canais podem ser preparados até o
comprimento de trabalho;
Não utilize os instrumentos além do recomendado (5 a 10 vezes);
Siga as sequências, use uma lima do tipo Kerr fina (nº 10 ou 15) entre os instrumentos
rotatórios;
Pressão apical leve e constante (como escrever com um lápis);
Refaça o procedimento se não atingir a profundidade desejada;
Irrigar em abundância para melhor retirada de resíduos;
Limpe as limas antes da reutilização, durante um mesmo procedimento;
Tempo de trabalho máximo de 10 segundos por instrumento;
Quando encontrar resistência, retire o instrumento. Não pare em um ponto por mais de
alguns segundos, pois pode ocorrer fratura da lima;
Nos milímetros finais, use, de preferência, limas de conicidade 0,02;
Não se deve ter pressa em dominar a técnica rotatória. A experiência é adquirida com
treino.
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Referências Bibliográficas
1. Cohen, S.; Hargreaves, K.M. Caminhos da Polpa. Rio de Janeiro: Ed. Mosby Elsevier,
2007.
3. Estrela, C. Ciência Endodôntica, volumes 1 e 2. São Paulo: Ed. Artes Médicas, 2004.
5. Stock C.J.R. & Walker, R.T. - Atlas Colorido e texto de Endodontia. Editora Artes Médicas,
1997.
http://www.wiley.com/bw/journal.asp?ref=1600-4469
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