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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA PARA ENGENHARIAS

PRÁTICA 7: VELOCIDADE DO SOM

Aluno: Felipe Carvalho Sampaio

Matrícula: 0356259

Turma: 07A

Professor: José Gadelha


1. Objetivo:

Determinar a velocidade do som no ar, por meio da analise de ressonância.

2. Material utilizado:

- Cano de PVC com êmbolo;


- Diapasão (frequência 440 Hz);
- Martelo de borracha;
- Termômetro digital;
- Paquímetro;
- Trena.

3. Introdução Teórica

De modo geral, todo corpo possui uma ou mais frequências de vibração natural. Se o
corpo estiver vibrando em sua frequência natural, ocorrerá uma maior absorção de energia
fornecida pelo meio.

O fenômeno de ressonância consiste em incidir sobre um corpo ondas com frequência


igual a frequência natural do corpo. Desta forma, o corpo passará a ganhar mais energia,
assumindo amplitudes cada vez maiores. Assim, é possível amplificar um som emitido por um
corpo emitindo ondas de frequência igual a frequência natural do corpo.

Assim como outros corpos o ar também possui uma vibração característica. A


frequência natural de vibração do ar dentro de um tubo semiaberto (possui abertura apenas
de um lado) varia de acordo com o tamanho do tubo.

Desta forma, vibrando um diapasão na abertura de um tubo com embolo móvel,


variando a posição do embolo, em determinados momentos, as ondas emitidas pelo diapasão
entrarão em ressonância ar.

Assim, ao afastar gradativamente o embolo do cano, em determinado momento, será


possível observar pontos onde a intensidade do som é máxima, ou seja, as ondas entram em
ressonância. Estes pontos são onde a onda estacionária do som forma um nó na superfície do
embolo e um ventre na abertura do tubo. Esta situação é melhor representada nas imagens a
seguir:
Fonte: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php

Acima, estão representados dois pontos seguidos onde o a intensidade do som é


máxima, ou seja, dois nós consecutivos. Desta forma, ao subtrair a distancia do embolo no
primeiro ponto da distancia do embolo no segundo, será obtido metade do comprimento de
onda:

H2- H1 = λ/2 (1)

Como a velocidade do som é dada por:

V=λf (2)

Sendo f a frequência da fonte, ou seja, do diapasão. Substituindo (1) em (2), temos:

V= (H2- H1)f (3)

Desta forma, sendo conhecida a frequência do diapasão e as distancias H 2 e H1 podem


ser aferidas, é possível determinar a velocidade de propagação do som no ar.
4. Procedimento Experimental:

1. Foi registrada a frequência do diapasão: f = 440Hz


2. O martelo foi batido no diapasão e este foi colocado próximo ao cano
3. Mantendo o diapasão vibrando próximo a abertura do cano, o embolo foi
movimentado até a intensidade sonora assumir um máximo.
4. Em seguida, foi medida a distancia do embolo a abertura do cano.
5. Os procedimentos 3 e 4 foram repetidos mais duas vezes para obter as outras
distancias H2 e H3.
6. Os três alunos se revezaram repetindo os procedimentos anteriores, de modo a obter
mais conjuntos de dados.

Os valores obtidos foram registrados na tabela a seguir:

  Estudante 1 Estudante 2 Estudante 3 Média (cm)


H1 17,5 17 18,1 17,53

H2 56,5 56,8 56,9 56,73

H3 96 96,2 96,8 96,33

7. Foi medido, com o auxilio de um termômetro digital, a temperatura ambiente: 23,2º C.


8. Foi medido o comprimento do cano utilizado: 110 cm.
9. Com um paquímetro foi medido o diâmetro interno do tubo: 50,35 mm.

5. Questionário

1) Determine a velocidade do som:

Calculo da correção de extremidade:

(0,6)*(raio interno do cano) = 1.51 cm = 0,015 m (4)

Calculo da velocidade do som: sem correção de extremidade

Sabendo que h1 é igual a λ/4, então temos que:

V = 4*(0,175)*440 = 308 m/s (5)

Calculo da velocidade do som com correção de extremidade:

V = 4*(0,175+0,015)*440 = 334,4 m/s (6)

Calculo da velocidade do som a partir do valor médio de h2 e h1:


Neste caso, (h2-h1) é igual a λ/2, logo:

V = 2*(0,567-0,175)*440 = 344,9 m/s (7)

Calculo da velocidade do som a partir do valor médio de h3 e h2:

V = 2*(0,963-0,567)*440 = 348,5 m/s (8)

  V (m/s)
A partir de H1 (médio) sem considerar a "correção de extremidade" 308,0
A partir de H1 (médio) considerando a "correção de extremidade" 334,4
A partir dos valores médio de H1 e H2 344,9
A partir dos valores médio de H2 e H3 348,5

2) Calcule a velocidade teórica, utilizando a equação termodinâmica:

V(T) = 331 + (2/3)T

Onde T é a temperatura ambiente, em graus centesimais.

Solução:

V(23,2) = 331 + (2/3)(23,2) = 346,4 m/s (9)

3) Determine a velocidade do som pela média dos três últimos valores da questão 1:

Solução:

V = (334,4 + 344,9 + 348,5)/3 = 342,6 m/s (10)

4) Calcule o erro percentual entre o valor da velocidade de propagação do som no ar


obtido experimentalmente e o calculado teoricamente

Solução:

ERRO = 1 - (342,6/346,4) = 0,011 = 1,1% (11)


5) Quais as causas prováveis dos erros cometidos?

Resposta:

A imprecisão no momento de determinar o instante de máxima intensidade do som, a


imprecisão do instrumento utilizado para medir o tubo, possíveis erros de medição, variação
constante da temperatura ambiente, entre outros possíveis fatores. Mesmo assim, percebe-se
que o valor obtido experimentalmente é bem aproximado do teórico.

6) Será possível obterem-se novos máximos de intensidade sonora, além dos três
observados, para outros comprimentos da coluna de ar dentro do cano? Justifique

Solução:

Calculado:

λ/2 = h3 – h2 = 39,6 cm (12)

O próximo pico de intensidade máxima será no ponto (h3 + λ/2), que é: 135,93 cm. No
entanto, o comprimento do tubo utilizado é de 110 cm. Desta forma, não será possível
observar novos pontos de máxima intensidade do som.

7) Quais seriam os valores de h1, h2 e h3 se o diapasão tivesse a frequência de 880 Hz?

Solução:

Utilizando o valor da velocidade calculado experimentalmente, V = 342,6, temos que:

Calculo de h1:

342,6 = 4*(h1)*880Hz (13)

h1 = (342,6)/(3520) = 0,097 m (14)

Calculo de h2:

342,6 = 2*(h2-0,097)*880Hz (15)

h2 = 0,291 m (16)

Calculo de h3:

342,6 = 2*(h2-0,291)*880Hz (17)

h3 = 0,485 m (18)
6. Conclusão
Nesta prática, foi possível observar que é possível, a partir de um experimento
relativamente simples, determinar com grande precisão a velocidade do som no ar. Foi
possível, também, observar e entender melhor o fenômeno de ressonância, muito importante
nas diversas aplicações científicas.

7. Bibliografia:

[1] - BÔAS, Newton Villas; DOCA, Ricardo Helou; BISCUOLA, Gualter José. Tópicos de
Física. 18.ed. São Paulo: Saraiva, 2007. 448 p. (Tópicos de Física, 2).

[2] - DIAS, Nildo Loiola. Roteiro de Aulas Práticas de Física. Fortaleza: UFC, 2013. 99 p.

[3] - TUBOS SONOROS. Disponível em:


<http://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Acustica/tubos.php>. Acesso
em: 14/09/2013 às 12:03.

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