Energia Potencial - Resumo e Exercícios Resolvidos PDF

13/03/2020 Energia Potencial | Resumo e Exercícios Resolvidos
Energia Potencial
Exercícios Resolvidos
Teoria Completa
Passo a Passo
Teoria Completa
Introdução
A maioria de nós já teve o desejo de atirar com arco e echa, seja por in uência de lmes ou
jogos...
Mas você já parou para pensar como um arco e echa funciona?
Para lançar a echa, é preciso tirar o elástico da sua posição de equilíbrio e quanto mais você
esticar o elástico mais longe sua echa irá.
Isso porque ao esticar o elástico acumulamos uma energia que será convertida em movimento da
echa.
Neste tópico vamos estudar os tipos de energia associada aos movimentos dos corpos. Partiu?
Energia Potencial
https://www.respondeai.com.br/conteudo/mecanica-e-resistencia-dos-materiais/dinamica/energia-potencial/1331 1/18
Energia potencial nada mais é do que a capacidade que um corpo tem de realizar trabalho. Ela
mede a quantidade de trabalho que uma força faz quando ela move um corpo da sua posição inicial
até uma posição de referência.
Energia Potencial Gravitacional
Imagine um corpo que está a uma altura h com relação a uma referência:
Esse corpo vai ter uma energia associada referente a sua altura h com relação ao solo, a qual
vamos chamar de energia potencial gravitacional Vg :
Vg = mgh
Essa energia corresponde a capacidade da força peso de realizar trabalho fazendo o corpo retornar
à linha de referência, pois na linha de referência a energia é zero Vg = 0.
Então não esqueça que energia potencial gravitacional está associada a uma certa altura de um
corpo com relação ao referencial.
Energia Potencial Elástica
Quando puxamos ou comprimimos uma mola, ela sofre uma deformação. A energia potencial
elástica Ve é justamente a energia associada a essa deformação:
2
kx
Ve =
2
Energia potencial gravitacional generalizada
Para o caso em que as alturas são muito grandes ao ponto de serem comparáveis com o raio da
Terra, não podemos usar a fórmula que vimos anteriormente. Nesses casos, devemos utilizar a
seguinte fórmula:
2
mgR
Vg = −
r
Onde:
R : Raio da Terra.
g : Gravidade.
m : Massa do corpo.
r : Distância do centro da terra até o centro do corpo (é a nossa nova “altura”).
Assim:
1 1 1 1
2 2
ΔVg = −mgR ( − )= mgR ( − )
r2 r1 r1 r2
Função Potencial
Se um corpo está submetido tanto a força gravitacional quanto elástica, a energia potencial desse
corpo vai ser a soma das energias potenciais gravitacional e elástica. Vamos chamar essa soma de
função potencial V :
V = Vg + Ve
Equação Trabalho-Energia modi cada
Agora vamos modi car a equação de trabalho-energia para acrescentar a contribuição da energia
potencial:
U1−2 = ΔT + ΔV
Onde,
ΔT : Variação da energia cinética
ΔV : Variação da energia potencial
Podemos escrever ΔV assim:
ΔV = ΔVg + ΔVe
Ou seja, a soma da variação da energia potencial gravitacional com a variação da energia potencial
elástica. Podemos escrever assim também:
U1−2 = ΔT + ΔVg + ΔVe
Mas quem será U1−2 neste caso? Será a soma dos trabalhos das forças externas que são todas as
forças que atuam em um corpo sem ser a força elástica nem a potencial. A atuação dessas últimas
duas forças já está computada nas variações de energia potencial.
Então, por exemplo, se existir uma força de 5N atuando no sistema, devemos calcular o trabalho
dessa força e representá-lo como U1−2 .
Mas você deve estar se perguntando quando que vai usar isso, né? Você usa quando não importar a
trajetória que o corpo faz e sim o que acontece no início e no nal.
Beleza! Vamos praticar fazendo os exercícios?
Exercício Resolvido #1
J.L. Meriam & L.G. Kraige, Mecânica para engenharia, Dinâmica, 6° ed. RJ: LTC, 2009, 132, 3/154
O sistema é liberado a partir do repouso com a mola inicialmente

esticada em 75 mm . Calcule a velocidade v do cilindro após este ter
caído 12 mm. A mola tem uma rigidez de 1050 N /m. Despreze a
massa da pequena polia.
Passo 1
Vamos usar:
'
T 1 + V1 + U = T 2 + V2
1−2
Como estamos lidando apenas com forças elásticas e gravitacionais:
'
U = 0
1−2
Assim:
T 1 + V1 = T 2 + V2
Passo 2
T 1 + V1 = T 2 + V2
Assim:
2 2
mv 1 mv 1
1 2 2 2
+ kx = + kx − mgh
1 2
2 2 2 2
Botamos um sinal de menos no último termo pois o enunciado disse que a massa “desceu”. Em
outras palavras, a altura do ponto inicial é 0 e a altura do ponto nal é negativa.
Pelo enunciado, v1 = 0. Assim:
2
1 mv 1
2 2 2
kx = + kx − mgh
1 2
2 2 2
Temos:
−3
x2 = x1 + 12.10
−3 −3 −3
x2 = 75.10 + 12.10 = 87.10 m
Passo 3
Assim:
1 2 45 1 2
−3 2 −3 −3
(1050)(75.10 ) = v + 1050(87.10 ) − 45.9,8.12.10
2
2 2 2
Resolvendo:
v2 = 0,435m/s
Resposta
v2 = 0,435m/s
A mola tem um comprimento não esticado de 0,4 m e uma rigidez de

200 N /m. O Cursos de 3 Kg e a mola conectada são liberados a partir
do repouso em A e se deslocam no plano vertical. Calcule a

velocidade v do cursos quando este atinge B na ausência de atrito.
Passo 1
Vamos usar, novamente:
'
T 1 + V1 + U = T 2 + V2
1−2
Nesse caso, temos uma energia potencial e uma energia elástica. Assim;
V = Ve + Vg
Passo 2
Nesse problema, não existe a atuação de uma força externa, assim:
'
U = 0
1−2
Podemos dizer, então:
T 1 + Vg + Ve = T2 + Vg2 + Ve2
1 1
Onde A ≡ 1 e B ≡ 2.
A equação que escrevemos também pode ser escrita por:
ΔT + ΔVg + ΔVe = 0
Passo 3
A velocidade inicial é nula. Assim:
2
m mv 3
2 2 2
ΔT = (v − 0 )= = v
2 2 2
Considerando a altura inicial, altura em A, igual a zero, podemos dizer que a variação de energia
potencial gravitacional é negativa:
ΔVg = −mgh = −3.(9,8)(0,8)= −23,5J
Perceba que a altura é o raio do ¼ de circunferência.
E a variação de energia potencial elástica?
Vamos ver.
Passo 4
Como:
2
kx
Ve =
2
Onde x é o alongamento da mola, devemos calcular x1 e x2 .
Para os dois casos, o comprimento não esticado da mola vale x0 = 0,4.
Em A :
x1 = xA − x0 = 0,8 − 0,4 = 0,4
E em B?
Bom, em B você vai ter que calcular o comprimento de xB através do triângulo retângulo da
gura. Assim:
2 2
xB = √0,8 + 0,6
Assim:
2 2
x2 = √0,8 + 0,6 − 0,4
Então:
2
k 200 2
2 2 2 2
ΔVe = (x − x )= ((√0,8 + 0,6 − 0,4) − (0,4) )= 20J
2 1
2 2
Passo 5
Assim:
3
2
v − 23,5 + 20 = 0
2
Resolvendo:
v = 1,537m/s
Resposta
v = 1,537m/s
Um cursor com uma massa de 0,25 kg é liberado a partir do repouso

em A e desliza para baixo e em torno do arame liso xo. Determine a
força N entre o arame e o cursor quando este passa o ponto B.
Passo 1
O sistema pode ser presentado por:
Vamos usar a seguinte fórmula:
'
U = ΔT + ΔVg
1−2
No caso desse problema:
'
U = 0
1−2
Assim:
ΔT + ΔVg = 0
Passo 2
Colocando a altura nula no centro do círculo, podemos dizer a variação da energia potencial
gravitacional é dada por:
r √2
ΔVg = −mg Δ h = −mg(rcos45° − h)= mg(h − )
2
Passo 3
A variação da energia cinética é dada por:
2
m mv
2 2
ΔT = (v − 0 )=
2 2
Assim:
ΔT + ΔVg = 0
2
mv r √2
+ mg(h − )= 0
2 2
r
2
v = 2g(h − )
√2
Vamos usar isso no próximo passo (:
Passo 4
As forças atuando na caixa serão:
Como o corpo está rotacionando, teremos uma resultante centrípeta. Podemos escrever:
2
mv
N + mgcos45° =
r
2
mg mv
N + =
√2 r
Assim, substituindo o v2 :
mg m r
N + = (2g(h − ))
√2 r √2
h 1 1
N = mg( ( − ). 2 − )
r √2 √2
2h 3
N = mg( − )
r √2
Passo 5
Usando m = 0,25kg, r = 0,15m, h = 0,6 :
N = 14,42N
Resposta
N = 14,42N
Um satélite arti cial que se desoloca em uma órbita elíptica tem uma
velocidade de 25.000 km/h a uma altitude de 2.200 km no ponto A.
Determine sua velocidade vb no ponto B onde a altitude é 2500 km.
Considere a Terra como uma esfera de raio R = 6.371 km e use
g = 9,825 m/s² para a aceleração da gravidade na superfície da
Terra.
Passo 1
Aqui vamos usar a fórmula generalizada para a energia potencial gravitacional:
2
mgR
Vg = −
r
Onde r é a distância até o centro da terra R o próprio raio da terra.
Passo 2
Assim, a variação ΔVg é dada por:
1 1
2
ΔVg = −mgR ( − )
r2 r1
Assim:
2 1 1
3
ΔVg = −9,825.(m). (6371(10 )) ( − )
3 3
(2500 + 6371). 10 (2200 + 6371). 10
∴
6
ΔVg = 1,573(10 )m
Deixamos em função de m porque não a conhecemos.
Passo 3
A variação de energia cinética será:
2
m 25000
2
ΔT = (v − ( ) )
B
2 3,6
Perceba que estamos convertendo de km/h para m/s ali em cima.
Passo 4
Como não há forças externas, podemos dizer que:
ΔT + ΔVg = 0
∴
2
m 25000
2 6
(v − ( ) )+1,573(10 )m = 0
B
2 3,6
Cortando os m :
2
1 25000 6
2
(v − ( ) )+1,573(10 )= 0
B
2 3,6
2 2
v = 45,08(m/s) → vB = 6714m/s
B
Resposta
vB = 6714m/s
O cursor tem uma massa de 2 Kg e está preso à mola leve, que tem
uma rigidez de 30 N /m e um comprimento sem deformação de
1,5 m. O cursor é liberado a partir do repouso em A e desliza para
cima na barra lisa sob a ação da força constante de 50 N . Calcule a

velocidade v do cursor quando este passa a posição B.
Passo 1
Podemos usar:
'
U = ΔT + ΔVe + ΔVg
1−2
No caso desse problema, existe sim uma força externa que realiza trabalho. Esse trabalho é dado
por:
'
U = F dcos(θ)= 50.(1,5)cos(30°)= 64,95J
1−2
Passo 2
A variação de energia cinética será dada por:
m
2 2
ΔT = (v − 0 )
2
2
2
2 2
ΔT = (v )= v
2
E a variação de energia potencial gravitacional? Assim:
ΔVg = 2.(9,81).(1,5)= 29,43J
Passo 3
A variação da energia elástica será:
k
2 2
ΔVe = (x − x )
2 1
2
Quanto vale x2 ? x2 é o alongamento da mola no nal. Pra isso, precisamos calcular o comprimento
da hipotenusa daquele triângulo do enunciado e depois subtrair disso o valor do comprimento da
mola não esticada:
2 2
x2 = √2 + 1,5 − 1,5
E x1 ? Segue o mesmo princípio, só que para o ponto inicial:
x1 = 2 − 1,5 = 0,5m
Assim:
2
30 2
2 2
ΔVe = ((√2 + 1,5 − 1,5) − (0,5) )= 11,25J
2
Passo 4
Assim:
'
U = ΔT + ΔVe + ΔVg
1−2
2 2
64,95 = v + 11,25 + 29,43 → v = 24,27 → v = 4,93m/s
Resposta
v = 4,93m/s
O êmbolo de 2 kg é liberado a partir do repouso na posição mostrada

onde a mola de rigidez k = 500 N /m foi comprimida para a metade
do seu comprimento sem deformação de 200 mm. Calcule a altura
máxima h acima da posição inicial alcançada pelo âmbolo.
Passo 1
Podemos aplicar:
'
U = ΔT + ΔVg + ΔVe
1−2
Porém, não existe força externa aplicada, assim:
'
U = 0
1−2
Então:
Passo 2
No início e no nal o êmbolo se encontra em repouso, assim:
ΔT = 0
Então:
ΔVg + ΔVe = 0
Passo 3
Assim:
1 2 2
ΔVe = 500((0,15 − 0,2) − (0,1 − 0,2) )
2
∴
1 2 2
ΔVe = 500((0,5) − (0,1) )= −1,875J
2
Só que:
ΔVg = − Δ Ve
mgh = −(−1,875)
2(9,81)h = 1,875 → h = 95,6mm
Resposta
h = 95,6mm
Um satélite é colocado em uma órbita elíptica em torno da Terra e

tem uma velocidade vp na posição do perigeu P . Determine a
expressão para a velocidade va na posição do apogeu A. Os raios para
A e P são, respectivamente, ra e rp . Observe que a energia total
permanece constante.
Passo 1
Como a única força atuante é a força gravitacional, podemos dizer:
TA + VgA = TP + VgP
Passo 2
Assim:
2 2
1 mgR 1 mgR
2 2
mv − = mvp −
A
2 rA 2 rp
∴
1 1
2 2 2
v = vp − 2gR ( − )
A
rp rA
1 1
2 2
vA = √vp − 2gR ( − )
rp rA
Resposta
2
1 1
2
vA = √vp − 2gR ( − )
rp rA
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13/03/2020 Energia Potencial | Resumo e Exercícios Resolvidos

Mas você já parou para pensar como um arco e echa funciona?

Energia Potencial Gravitacional

Energia Potencial Elástica

Energia potencial gravitacional generalizada

r : Distância do centro da terra até o centro do corpo (é a nossa nova “altura”).

Equação Trabalho-Energia modi cada

ΔT : Variação da energia cinética

ΔV : Variação da energia potencial

Podemos escrever ΔV assim:

U1−2 = ΔT + ΔVg + ΔVe

Beleza! Vamos praticar fazendo os exercícios?

O sistema é liberado a partir do repouso com a mola inicialmente

Como estamos lidando apenas com forças elásticas e gravitacionais:

Pelo enunciado, v1 = 0. Assim:

A mola tem um comprimento não esticado de 0,4 m e uma rigidez de

do repouso em A e se deslocam no plano vertical. Calcule a

Vamos usar, novamente:

Nesse problema, não existe a atuação de uma força externa, assim:

Podemos dizer, então:

A equação que escrevemos também pode ser escrita por:

A velocidade inicial é nula. Assim:

ΔVg = −mgh = −3.(9,8)(0,8)= −23,5J

Perceba que a altura é o raio do ¼ de circunferência.

E a variação de energia potencial elástica?

Onde x é o alongamento da mola, devemos calcular x1 e x2 .

Para os dois casos, o comprimento não esticado da mola vale x0 = 0,4.

x1 = xA − x0 = 0,8 − 0,4 = 0,4

Um cursor com uma massa de 0,25 kg é liberado a partir do repouso

O sistema pode ser presentado por:

Vamos usar a seguinte fórmula:

No caso desse problema:

A variação da energia cinética é dada por:

Vamos usar isso no próximo passo (:

As forças atuando na caixa serão:

Usando m = 0,25kg, r = 0,15m, h = 0,6 :

Aqui vamos usar a fórmula generalizada para a energia potencial gravitacional:

Onde r é a distância até o centro da terra R o próprio raio da terra.

Assim, a variação ΔVg é dada por:

Deixamos em função de m porque não a conhecemos.

A variação de energia cinética será:

Perceba que estamos convertendo de km/h para m/s ali em cima.

Como não há forças externas, podemos dizer que:

cima na barra lisa sob a ação da força constante de 50 N . Calcule a

A variação de energia cinética será dada por:

E a variação de energia potencial gravitacional? Assim:

ΔVg = 2.(9,81).(1,5)= 29,43J

A variação da energia elástica será:

E x1 ? Segue o mesmo princípio, só que para o ponto inicial:

O êmbolo de 2 kg é liberado a partir do repouso na posição mostrada

Porém, não existe força externa aplicada, assim:

No início e no nal o êmbolo se encontra em repouso, assim:

2(9,81)h = 1,875 → h = 95,6mm

Um satélite é colocado em uma órbita elíptica em torno da Terra e

Como a única força atuante é a força gravitacional, podemos dizer:

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