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Aula – 9

Leis de Conservação

Física – FI 092
2o semestre, 2016
Matéria para o Teste 1

16/09 – Turmas C e D
19/09 – Turmas A e B

Lista 1 e 2 completas
2
Energia cinética e trabalho
Relação entre forças agindo sobre um corpo e a energia cinética:

1) A abordagem a partir do conceito de energia representa um


bom atalho para resolução de problemas,

2) A idéia de energia revelar-se-á de fato fundamental na Física.

Problema 1D: corpo sob ação de uma força resultante constante:


Fr Fr
a v  v  2ax  2 x
2 2
0
m m
Se um objeto está sujeito 1 2 1 2
a uma força resultante Fr x  mv  mv0
constante, esta está 2 2
relacionada com a Estado Estado
variação de velocidade. Cinético Cinético
final. inicial.
Trabalho (W)
O trabalho das forças resultantes em 1 D é dado por:

Wres  Fr .x
1 2 1 2
Wr  mv  mv0
Unidades SI: 2 2

1 joule = 1 J = 1 N.m = 1 kg.m2.s-2

Atenção: para haver trabalho é necessário ocorrer um deslocamento (x)


Trabalho e energia cinética em 2D ou 3D
(exemplo para uma força constante)

1 2 1 2
Frx x  mvx  mv0 y
2 2
1 2 1 2
Fry y  mv y  mv0 y
2 2
1 2 1 2
Frz z  mvz  mv0 z
2 2
1 1
Wr  Frx x  Fry y  Frz z  mv  v  mv0  v0
2 2

Wr  F r   r (produto escalar)
Energia cinética II
2
A quantidade
mv , cuja variação é expressa em um
2
slide anterior em relação ao que definimos como trabalho
é a energia cinética:

1 2 Lembrando as unidades:
K  mv 1 joule = 1 J = 1
2 kg.m2.s-2

A energia cinética não pode assumir valores negativos e é uma


grandeza escalar.

O trabalho também é uma grandeza escalar e pode assumir valores


negativos…
Energia Potencial

Para descrever os movimentos, baseando-nos em conceitos de


energia, precisamos definir mais um tipo de…
…grandeza escalar associada a um estado de um ou mais corpos.
A energia potencial U é a energia que pode ser associada com a
configuração (ou arranjo) de um sistema de objetos, que exercem
forças um sobre os outros. Se a configuração muda, a energia
potencial também pode mudar.

Relação entre energia potencial e trabalho:

U  W
Força elástica e energia potencial
 
F  kx
F

1 2
x E p  U ( x)  kx
x 2
Ou:

Energia potencial elástica


Configuração de referência: x0 = 0
Força peso (sistema isolado: bola-Terra)

E p (h)  U (h)  mgh

Energia potencial gravitacional

K  Kbola
K  U  0
K  U
Sistema bola – Terra…

1 2
mv  mgh  Emec  cte  Emi  Em f
2
h

K  0  Emi  E p  mgh
2
mvmax
E p  0  E f i  Ec 
2
K max  mgh vmax  2 gh
Forças conservativas e dissipativas
Forças conservativas:
são aquelas para as quais a energia mecânica de um sistema é conservada.
Ou, são aquelas que dependem apenas da posição em uma dimensão.

Outra possibilidade de armazenamento de energia em um sistema, além de


potencial e cinética, é a energia interna. Forças conservativas não causam
transformação de energia mecânica em energia interna dentro do sistema.

Exemplo claro de uma força não conservativa: atrito.

Forças não conservativas são chamadas de forças dissipativas.

Lembrem-se da aula passada que o trabalho de uma força de atrito é sempre


negativo!

Watrito  Emec  0
Exemplo 2 – Força de atrito
2
1 2 v
vmax  2 gh K  W fat 2
mvmax  mgd d  max
2 g

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Exemplo 4 – Distância de segurança
2
1 2 vmax
K  W fat mvmax  mgd d
2 g
2

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Exemplo:
M = 5,7 Kg
v = 1,2 m/s
k = 1500 N/m

d=?
Colisões

Cratera no Arizona provocado por choque de um


Meteoro.
I. Momento Linear (p): Definição

m Kg.m/s

II. Relação com a Segunda Lei de Newton


Conservação de momento linear:
Uma consequência imediata da 2a lei de Newton para um sistema de
partículas é a conservação do momento linear total de um sistema na
ausência de forças externas

(ext)
F  0  P  cte.

Assim como no caso da conservação da energia mecânica, essa lei


pode ser muito útil para resolver problemas, sem ter que achar a
dinâmica detalhada do sistema.
 Note que a única condição para a conservação do momento linear
total é a ausência de forças externas. Não há nenhuma restrição
quanto à presença de forças dissipativas, desde que elas sejam
internas.
Conservação de momento linear: Exemplos
III. Momento Linear de um Sistema de Partículas

Em um sistema de partículas onde

Lei da conservação do Momento Linear


O que é uma colisão?
• Processo em que duas partículas são lançadas uma contra a outra
e há troca de momento linear e energia. Queremos estudar as
possíveis situações finais depois que as partículas se afastam da
região de interação.
Antes
Depois

Durante
Exemplos: Atmosfera

Partículas carregadas aceleradas pelas


linhas de campo magnético terrestre
criam a Aurora (Boreal ou Austral). A
emissão é causada pela desexcitação
radiativa de moléculas da atmosfera
que foram ionizadas por colisões com
as partículas aceleradas que se
originam no vento solar.
Exemplos histórico: estrutura do átomo

• Ernest Rutherford (1911): descobriu a estrutura nuclear


do átomo. Primeiro experimento de colisão de partículas
sub-atômicas.

Modelo de Thomson: previa deflexão Rutherford observou grandes deflexões,


pequena das partículas a sugerindo um núcleo duro e pequeno
Exemplos: Partículas elementares
Criação de pares elétron-pósitron

• Colisões entre partículas elementares


(elétron-elétron, elétron-próton, etc.)
são responsáveis por quase toda a
informação que temos sobre as forças
fundamentais da natureza (exceto a
gravitacional).
• Essas colisões são geradas a partir
da aceleração das partículas
elementares em grandes aceleradores
de partículas (CERN, FermiLab,
SLAC, LHC).
Colisões elásticas e inelásticas:
Já vimos que colisões, por envolverem apenas forças internas,
conservam momento linear. E a energia?

Embora a energia TOTAL seja sempre conservada, pode haver


transformação da energia cinética inicial (inicialmente só há energia
cinética) em outras formas de energia (potencial, interna na forma
de vibrações, calor, perdas por geração de ondas sonoras, etc.).
 Se a enegia cinética inicial é totalmente recuperada após a
colisão, a colisão é chamada de COLISÃO ELÁSTICA.
 Se não, a colisão é chamada de COLISÃO INELÁSTICA. Note
que se houver aumento da energia cinética (quando há conversão de
energia interna em cinética: explosão), a colisão também é
inelástica.

Colisão Elástica  K i  K f
Colisões elásticas uni-dimensionais:

Antes

Depois

p2
1 2
Lembramos que:K  mv 
1
mv 
2

2 2m 2m
Assim:
 p1i  p2i  p1 f  p2 f  Conservação de momento linear
 2
 p1i 2
p2 i p 2
p 2

  
1f 2f
  Conservação de energia cinética
 2m1 2m2 2m1 2m2
Colisões elásticas uni-dimensionais:
 p1i  p2i  p1 f  p2 f
 2
 p1i p22i p12f p22 f
   
 2m1 2m2 2m1 2m2

 p1i  p1 f  p2 f  p2i

Definindo =m2/m1:  

 1i p 2
 p2
1f  p 2
2f  
p 2
2i 
  p1i  p1 f  p1i  p1 f    p2 f  p2i  p2 f  p2i 
   p1i  p1 f   p2 f  p2i
Simplificando a 2a

p1i  p1 f  p2 f  p2i
  p1i  p1 f   p2 f  p2i
Colisões elásticas uni-dimensionais:
(a) massas iguais : =1

p1i  p1 f  p2 f  p2i   p1i  p2 f



p1i  p1 f  p2 f  p2i   p2i  p1 f

v1i  v2 f
 As partículas trocam de velocidades!
v2i  v1 f

Em particular, se a Antes
partícula alvo está
inicialmente em repouso,
a partícula incidente pára
Depois
após a colisão, como no
bilhar.
Colisões elásticas uni-dimensionais:
(a) massas diferentes: 1

p1i  p1 f  p2 f  p2i  
    p1i  p1 f   p2i  p1i  p1 f  p2i

 
  p1i  p1 f   p2 f  p2i    p1i  p1i  p2 f  p2i   p2 f  p2i
 1    2 
1    p1 f  1    p1i  2 p2i   p1 f   1    p1i   1    p2i
 
2p1i  1    p2 f  1    p2i   p2 f   2  p1i   1    p2i
 1   1  
 m1  m2   2m2 
v1 f   v1i   v2i
 m1  m2   m1  m2 
 2m1   m1  m2 
v2 f   v1i   v2i
 m1  m2   m1  m2 
Colisões elásticas uni-dimensionais: alvo em repouso (v2i=0)

 m1  m2 
v1 f   v1i
 m1  m2 
 2m1 
v2 f   v1i
 m1  m2 
(a) m1<< m2:

v1 f  v1i
 2m1 
v2 f   v1i  v1i
 m2  v1 f v2 f

• A partícula incidente reverte sua velocidade.


• A partícula alvo passa a se mover lentamente.
Colisões elásticas uni-dimensionais: alvo em repouso (v2i=0)
 m1  m2 
v1 f   v1i
 m1  m2 
 2m1  Antes
v2 f   v1i
 m1  m2 
v1i
(a) m1>> m2:

v1 f  v1i Depois
v2 f  2v1i v1 f v2 f

• A partícula incidente não “sente” a colisão.


• A partícula alvo passa a se mover com o dobro da
velocidade da partícula incidente
Exemplos…
Exemplos…
Depois
Colisões bi-dimensionais: 1

Antes
1
1

2
2

Vamos considerar a partícula-alvo em 2


repouso v2i=0
p1i  p1 f  p 2 f  Conservação de momento linear

Esses 3 vetores definem um plano,


p1 f p2 f
chamado de plano de colisão.
Portanto, a colisão sempre ocorre
em um plano (bi-dimensional).
p1i

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