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Mecânica Geral 2 – Aula 5

Adaptado de “Notas de Aula: J. Walt Oler, Texas Tech University”.


• Anteriormente, problemas ao lidar com o movimento de partículas foram
resolvidos
 através da equação fundamental do movimento,

F = ma.

• Método de trabalho e energia: se relaciona diretamente com força, massa,


velocidade e deslocamento.

• Método de impulso e quantidade de movimento: se relaciona diretamente com


força, massa, velocidade e tempo.

• O vetor diferencial dr é o deslocamento de partículas.

• O trabalho da força
é:  
dU = F • dr
= F ds cos 
= Fx dx + Fy dy + Fz dz

• O trabalho é uma quantidade escalar, ou seja, tem


módulo e sinal, mas não direção.

• As unidades do trabalho são comprimento × força:


1 J ( joule ) = (1 N )(1 m ) 1ft  lb = 1.356 J
• O trabalho de uma força durante um deslocamento
finito: A 2

U1→2 =  F • dr
A1
s2 s2
=  (F cos  )ds =  Ft ds
s1 s1
A2
=  (Fx dx + Fy dy + Fz dz )
A1

• O trabalho é representado pela área sob a curva obtida


traçando-se Ft em função de s.
• O trabalho de uma força constante em movimento
retilíneo é:
U1→2 = ( F cos  ) x
• O trabalho do peso de um corpo é:
dU = Fx dx + Fy dy + Fz dz
= −W dy
y2
U1→2 = −  W dy
y1
= −W ( y 2 − y1 ) = −W y

• O trabalho do peso é igual ao produto do peso W pelo


deslocamento vertical y.

• O trabalho do peso é positivo quando y < 0, ou seja,


quando a massa se move para baixo.
• O módulo da força exercida por uma mola é proporcional
à sua deflexão:
F = kx
k = constante da mola (N/m ou lb/in.)
• Trabalho da força exercida pela mola:
dU = − F dx = − kx dx
x2
U1→2 = −  kx dx = 12 kx12 − 12 kx22
x1

• O trabalho da força exercida pela mola é positivo quando


x2 <x1, ou seja, quando a mola está voltando para sua
posição não deformada.
• O trabalho da força exercida pela mola é igual ao negativo
da área sob a curva de F traçada em função de x:
U1→2 = − 12 (F1 + F2 ) x
O trabalho de uma força gravitacional F entre duas partículas,
M e m, assumindo que M ocupe uma posição fixa O e m se
desloque ao longo da trajetória indicada é:
Mm
dU = − Fdr = −G 2
dr
r
r2
Mm Mm Mm
U1→2 = −  G dr = G −G
r1 r2 r2 r1
Forças que não realizam trabalho (ds = 0 ou cos  = 0):

• reação no pino sem atrito apoiando corpo em rotação,


• reação na superfície sem atrito quando o corpo se move em
contato ao longo da superfície,
• reação em um rolete em movimento ao longo de seu percurso, e
• peso de um corpo quando seu centro de gravidade se move
horizontalmente.

• Considere uma partícula de massa m sob o efeito de F
dv
Ft = mat = m
dt
dv ds dv
=m = mv
ds dt ds
F t ds = mv dv
• Integrando de A1 até A2:
s2 v2

 =  = −
1 2 1 2
Ft ds m v dv 2 mv2 2 mv1
s1 v1

U1→2 = T2 − T1 T = 12 mv 2 = energia cinética



• O trabalho da força F é igual à variação da energia cinética
da partícula.
• As unidades de trabalho e energia cinética são as mesmas :
2
m  m
T = 12 mv 2 = kg   =  kg 2 m = N  m = J
s  s 
• Deseja-se determinar a velocidade do pêndulo em A2.
Considerar o trabalho e energia cinética.

• A força P age normal a trajetória e não faz nenhum
trabalho
T1 + U1→2 = T2
1W 2
0 + Wl = v2
2 g
v2 = 2 gl
• A velocidade pode ser encontrada sem que se
determine e se integre a expressão para a aceleração.

• Todas as quantidades são escalares e podem ser


adicionadas diretamente, sem o uso de componentes.
• Forças que não realizam trabalho são eliminadas da
solução do problema.
• O princípio de trabalho e energia não pode ser usado
para se determinar diretamente a aceleração.

• Calcular a tensão no cabo requer a complementação


desse princípio com a aplicação da segunda lei de
Newton, já que essa força não produz trabalho.

• Quando o pendulo passa por A2:


 Fn = m an
W v22
P −W =
g l
W 2 gl
v2 = 2 gl P =W + = 3W
g l
• A taxa na qual o trabalho é feito é chamada de:
Potência =
 
dU F • dr
= =
dt dt
 
= F •v
• As dimensões de potência são de trabalho / tempo ou velocidade * força.
As unidades para potência são:
J m ft  lb
1 W (watt) = 1 = 1 N  ou 1 hp = 550 = 746 W
s s s

•  = eficiencia
trabalho de saída
=
trabalho de entrada
potência de saída
=
potência de entrada
SOLUÇÃO:
• Avaliar a variação da energia cinética.
• Determine a distância necessária para que o
trabalho igual a variação de energia
cinética.

Um automóvel pesando 18000 N é


impulsionado por uma inclinação 5 graus
a uma velocidade de 96 Km/h quando os
freios são aplicados causando uma força
total de frenagem constante de 6750 N.
Determinar a distância percorrida pelo
automóvel até ele parar completamente.
SOLUÇÃO:
• Aplicar o princípio do trabalho e
energia separadamente para os blocos A
e B.
• Quando as duas relações são
combinadas, o trabalho das forças do
cabo cancela. Resolva para a velocidade
Dois blocos estão unidos por um cabo
inextensível como mostrado. Se o sistema é
solto do repouso, determine a velocidade do
bloco A depois de ter movido 2 m. Suponha
que o coeficiente de atrito entre o bloco A e
o plano é μ = 0,25 e que a polia é sem peso
e sem atrito.
SOLUÇÃO:
• Aplicar o princípio do trabalho e energia
entre a posição inicial e o ponto em que a
mola está totalmente comprimida e a
velocidade é zero. O unica coisa que não se
Uma mola é usada para interromper um pacote conhece é o coeficiente de atrito .
de 60 kg que está deslizando sobre uma
superfície horizontal. A mola tem uma constante • Aplicar o princípio do trabalho e energia
k = 20 kN/m e é mantida por cabos de modo que para o retorno do pacote. Não se conhece
está inicialmente comprimida em 120 mm. O apenas a velocidade da posição final.
pacote tem uma velocidade de 2,5 m/s na
posição mostrada e a deflexão máxima da mola é
de 40 mm. Determine (a) o coeficiente de atrito
cinético entre o pacote e a superfície e (b) a
velocidade do pacote que passa novamente
através da posição mostrada.

• Trabalho da força da gravidade W,
U1→2 = W y1 − W y 2

• Trabalho é independente do caminho seguido, depende


apenas dos valores iniciais e finais de Wy.
Vg = Wy
= Energia Potêncial do corpo em relação
à força da gravidade.
U1→2 = (Vg ) − (Vg )
1 2

• Escolhe-se os dados a partir dos quais a elevação y é


medida arbitrariamente

• Unidades de trabalho e Energia Potencial são as mesmas :


V g = Wy = N  m = J
• Expressão anterior para Energia Potencial de um corpo
com relação à gravidade só é válida quando o peso do
corpo pode ser considerado constante.

• Para um veículo espacial, a variação da força da


gravidade com a distância do centro da terra deve ser
considerada.
• Trabalho de uma força gravitacional,
GMm GMm
U1→2 = −
r2 r1

• Energia Potêncial Vg quando a variação da força da


gravidade não pode ser desprezada,
GMm WR 2
Vg = − =−
r r
• Trabalho da força exercida por uma mola depende apenas
da deflexões inicial e final dela,
U1→2 = 12 kx12 − 12 kx22

• A Energia Potêncial do corpo em relação à força elástica,

Ve = 12 kx 2
U1→2 = (Ve )1 − (Ve )2

• Observe que a expressão anterior para Ve só é válida se a


deflexão da mola é medida de sua posição não
deformada.
• Conceito de Energia Potencial pode ser aplicado se o trabalho
da força é independente do caminho seguido pelo seu ponto
de aplicação.
U1→2 = V ( x1 , y1 , z1 ) − V ( x2 , y 2 , z 2 )
Essas forças são chamadas Forças Conservativas.
• Para qualquer força conservativa aplicada sobre um caminho
fechado,  
 F • dr = 0
• Trabalho elementar correspondente ao deslocamento entre
dois pontos vizinhos,
dU = V ( x, y, z ) − V ( x + dx, y + dy, z + dz )
= −dV ( x, y, z )
 V V V 
Fx dx + Fy dy + Fz dz = − dx + dy + dz 
 x y z 
  V V V 
F = − + +  = −gradV
 x y z 
• Trabalho de uma força conservativa,
U1→ 2 = V1 − V2

• Conceito de trabalho e energia,


U1→ 2 = T2 − T1
• Segue que
T1 + V1 = T2 + V2
E = T + V = constant
T1 = 0 V1 = W • Quando uma partícula se move sob a ação de Forças
T1 + V1 = W Conservativas, a energia mecânica total é constante.

1W
T2 = 12 mv22 = (2 g ) = W V2 = 0 • Forças de atrito não são conservativas. Energia
2g
T2 + V2 = W
mecânica total de um sistema envolvendo atrito
diminui.
• Energia mecânica é dissipada pelo atrito em energia
térmica. Energia total é constante.
• Quando uma partícula se move sob uma força conservativa
central, tanto o princípio da conservação da quantidade de
movimento angular ,
r0 mv0 sin  0 = rmv sin 
e o princípio da conservação de energia
T0 + V0 = T + V
1 mv 2 − GMm = 1 mv 2 − GMm
2 0 2
r0 r
podem ser aplicados.

• Dado r, as equações podem ser resolvidas para v e j.

• No mínimo e máximo de r, j = 90o. Dadas as condições de


arremesso, as equações podem ser resolvidas para rmin, rmax,
vmin, e vmax.
SOLUÇÃO:
• Aplicar o princípio da conservação de energia
entre as posições 1 e 2.
• As energias elástica e potencial gravitacional
em 1 e 2 são avaliadas a partir da informação
dada. A energia cinética inicial é zero.
Um colar de 90 N desliza sem atrito ao • Resolva para a energia cinética e velocidade
longo de uma haste vertical, como em 2.
mostrado. A mola unida ao colar tem um
comprimento indeformado de 10 cm e uma
constante de 540 N/m.
Se o colar é solto do repouso na posição 1,
determine a sua velocidade depois de ter
movido 15 cm para a posição 2.
SOLUÇÃO:
• Como o corpo deve permanecer em contato
com o loop, a força exercida sobre o corpo
deve ser maior ou igual a zero. Definir a
força exercida pelo loop para zero, para
resolver a velocidade mínima em D.

• Aplicar o princípio da conservação de


O bloco de 2,25 N é empurrado contra a energia entre os pontos A e D. Resolva a
mola e liberado do repouso em A. deflexão da mola necessária para produzir a
Desprezando atrito, determine a menor velocidade necessária e energia cinética em
deflexão da mola para que o bloco dê a D.
volta em torno do faço ABCDE e
permaneça o tempo todo em contato com
ele.

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