Resumo Auditoria Concurso Público

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AULA 00

1. Auditoria = técnica contábil


objetivo = aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis (ou financeiras)
emitindo opinião acerca das mesmas

1.1 Auditoria Interna


 participa da estrutura da empresa, mas não pode ser subordinada a nenhum órgão.
 a subordinação da auditoria interna se dá apenas à diretoria e à presidência da
empreas (por isso se diz que a interna é menos independente que a externa)
 ajuda no gerenciamento de riscos (só ajuda! não é sua função!)
 objetivo: ajudar a administração a cumprir os objetivos da entidade
 documento = relatório de auditoria
 papel: agregar valor por meio do aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos
controles internos
 prevenção de fraudes e erros: não é atividade principal, mas pode auxiliar a adm nesse
sentido

1.2 Auditoria Externa ou Independente


 realizada por auditores que não fazem parte da empresa
 atuação do profissional é regulada por contrato de serviços
 objeto: credibilidade às demonstrações contábeis
 alvo = público externo (usuário final da informação fornecida)
 documento = relatório do Auditor Independente
 auditor expressa sua opinião sobre as demonstrações
 o relatório não tem o objetivo de demonstrar a viabilidade futura da empresa, mas só
de dizer se ela está ou não de acordo com as normas contábeis

Elementos Auditoria Interna Auditoria Externa

Sujeito Funcionário da empresa Profissional independente

Ação e objetivo Exame dos controles Exame das demonstrações


operacionais financeiras

Finalidade Melhorar o controle e auxiliar Opinar sobre as


adm. a cumprir objetivos demonstrações financeiras

Relatório principal Recomendações (via Parecer (via relatório)


relatório)

Grau de Independência Menos amplo Mais amplo

Interessados no trabalho Empresa Público externo e empresa

Responsabilidade Trabalhista Profissional, civil e criminal

Continuidade do trabalho Contínua Periódico


2. Perícia Contábil
 procedimentos técnico-científicos
 âmbitos: judicial, extrajudicial e arbitral
 levantar elementos de prova para tentar solucionar o litígio
 documento = laudo pericial contábil e parecer pericial contábil
 papéis de trabalho: documentação preparada pelo perito para a execução da perícia.
Integram um processo e resultam no parecer/laudo pericial

AULA 01

1. Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC): convergência aos padrões internacionais da


IFAC
1.1. Quem edita: CFC, CVM, BACEN, SUSEP e IBRACON
1.2. é obrigatória: inobservância = infração disciplinar
1.3. composição:
1.3.1.normas
1.3.2.interpretações
1.3.3.comunicados
1.4. é dividida em:
1.4.1.técnica: orienta os procedimentos, conceitos doutrinários
1.4.2.profissional: orienta a conduta profissional
1.5. compreendem:
1.5.1.código de ética profissional
1.5.2.normas de contabilidade, auditoria interna, auditoria independente e perícia
contábil

1.1 Classificação:
T = técnicas, P = profissionais

NBC TG/PG – normas gerais, abrange todo mundo


NBC TA/PA – auditoria independente
NBC TI/PI – auditoria interna
NBC TP/PP – perícia contábil

NBC TAG – auditoria governamental

2. NBC TA 200
 como visto, se é TA significa que é técnica e se dirige ao auditor independente
 objetivos:
o obter segurança razoável (não é certeza!) de que as demonstrações contábeis
estão livres de distorções relevantes, independente se causadas por fraude ou
erro
o apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis

 Riscos:
 risco de auditoria: risco de o auditor identificar que existem distorções significantes,
quando na verdade elas não existem. este risco, segundo a norma, é insignificante.
 risco de detecção: quando o auditor não executa os procedimentos adequados e não
detecta uma distorção relevante
 risco de controle e risco inerente: existem independentemente do auditor

 Requisitos: (COCCI)
 confidencialidade
 objetividade
 integridade
 competência profissional
 comportamento/conduta profissional

3. Princípios da Contabilidade
3.1. Entidade
 patrimônio é da Entidade! e por isso, não deve se confundir com o patrimônio de
seus donos
 autonomia patrimonial

3.2. Continuidade: entidade continuará em operação por tempo indeterminado

3.3. Oportunidade: registrar de forma íntegra e tempestiva

3.4. Registro pelo valor Original

3.5. Competência: reconhecer os eventos nos períodos em que eles ocorrem,


independentemente se houve recebimento ou pagamento

3.6. Prudência: registrar, quando houver mutação patrimonial, o menor valor para o ativo
e o maior valor para o passivo

4. Resolução 1374/11
4.1. Definições:
4.1.1.Ativo: provável que os benefícios econômicos futuros fruirão para a entidade e
custo mensurado com confiabilidade

4.1.2.Passivo: provável saída de recursos para liquidação de obrigação presente e


custo mensurado com confiabilidade
4.1.3.Receita: aumento nos benefícios econômicos futuros, com aumento do ativo ou
diminuição do passivo e possa ser mensurado com confiabilidade

4.1.4.Despesa:decréscimo nos benefícios econômicos, com diminuição do ativo ou


aumento do passivo e puder ser mensurado com confiabilidade

5. Utilidade da Informação contábil:


5.1. tem que ser: comparável, verificável, compreensível e tempestiva
5.2. características qualitativas: relevância e fidedignidade

6. Mensuração dos elementos:


6.1. custo histórico (mais utilizado): registro pelo valor despendido na data de aquisição
6.2. custo corrente: valor na data do balanço
6.3. valor realizável: valor que poderia ser obtido, se o ativo fosse vendido
6.4. valor presente: valor presente descontado do fluxo de caixa
7. Deliberação CVM 539/08
7.1. Primazia da Essência sobre a Forma: eventos contabilizados pela sua substância e não
somente pela sua forma. Ex.: leasing, ao invés de representar como um aluguel
comum, é necessário contabilizar de forma que fique claro que a intenção, ao fim do
aluguel, é da compra do produto por quem contratou o leasing

7.2. Neutralidade: as demonstrações contábeis não podem induzir a tomada de decisões


dos usuários externos

7.3. Comparabilidade: usuários externos têm que poder comparar a evolução da


contabilidade da empresa ao longo do tempo (atenção! não é compara duas
entidades, mas sim, uma mesma entidade em momentos diferentes)

AULA 02

1. Trabalho de Auditoria
a. Planejamento:
i. primeira etapa
ii. não termina com o início do trabalho de campo
iii. é flexível
iv. não é fase isolada, mas sim um processo contínuo, que só se acaba
com o fim da auditoria atual
b. Escopo:
i. amplitude e profundidade
ii. definido em função do tempo e dos recursos disponíveis
iii. satisfazer os objetivos do trabalho
Estratégia Global
(mais ampla)

+ => Trabalho de Auditoria

Plano de auditoria
(mais específico)

2. Controle Interno
 realizado por todos os funcionários da empresa
 verificar se os objetivos estão sendo alcançados, principalmente qto à:
o eficácia e eficiência das operações
o confiabilidade dos relatórios financeiros
o conformidade com as normas vigentes
 nem todos os controles internos da entidade (mesmo os contábeis) são relevantes
para o auditor
 quanto mais profundo for o controle interno, menor o numero de testes que serão
realizados ao objeto de auditoria
 o auditor deve comunicar por escrito e tempestivamente, as deficiências
significativas de controle interno, diretamente ao responsável pela governança

3. Riscos de Auditoria: quando o auditor não encontra distorções relevantes


a. Risco de detecção: depende do auditor! risco de que os procedimentos
adotados por ele não consigam encontrar as distorções relevantes
b. Risco de distorção relevante: risco de que haja distorção relevante antes da
auditoria. não depende do auditor!
i. risco inerente: acontece antes da verificação via controle interno
ii. risco de controle: quando o controle interno não detecta o risco

 ATENÇÃO! Risco é evento negativo, futuro e incerto. Assim, se na questão falar de algo
que já aconteceu, não se refere mais ao risco

4. Plano de auditoria baseado no risco: grau de priorização dos trabalhos


a. materialização: qto de $$$ disponível
b. relevância
c. criticidade: quanto mais frágil o controle, mais importância tem o objeto da
auditoria
 ATENÇÃO! a identificação do risco é trabalho da administração!
 o auditor somente verifica se os riscos estão sendo tratados de forma correta
 a estimação do tempo necessário deve ser feita previamente ao programa de
auditoria, quando da realização da estratégia global.

AULA 03

1. Amostragem
 conhecer as características da população toda, mas pegando apenas uma pequena
parcela desta para analisar
 representatividade: característica fundamental. quer dizer que é necessário que a
amostra contenha aspectos de todos os componentes da população a ser estudada
 Vantagens da amostragem: economicidade, tempo e confiabilidade (não fica
dando atenção a casos individuais, que poderiam desvirtuar o estudo)
 NÃO é recomendável:

 Dois tipos de amonstragem:


o estatística: utiliza métodos científicos. recomendável quando população
for mais homogênea. pode ser submetido a tratamento estatístico e seus
resultados podem ser generalizados para o restante da população.
o não-estatística: se baseia na experiência do auditor. o tratamento
estatístico é inviável e não é possível generalizar para o resto da
população. resultados podem ser considerados em relatórios e pareceres
em algumas ocasiões.

 Métodos de seleção da amostra:


o aleatória (randômica) -> itens com idêntica possibilidade de serem escolhidos
o sistemática (por intervalo) -> sempre há um intervalo constante entre os itens
o por unidade monetária -> conclusão em valores monetários
o ao acaso -> critério do auditor/baseado em experiência profissional
o bloco -> um ou mais blocos de itens contíguos da população (geralmente é
inapropriada para amostragem em auditoria)

1.1 Definições
i – Amostragem em Auditoria: procedimentos em menos de 100% da população, onde
há a mesma chance de que qlq unidade seja selecionada

ii – População: conjunto completo


iii – Risco de Amostragem: risco de que o auditor chegue em uma conclusão pela
amostra, mas que a conclusão seria diferente se tivesse considerado a população toda.

iv – Risco não resultante da amostragem: utilização de procedimentos inadequados ou


interpretação errônea da evidência obtida, como a não identificação de uma distorção
relevante

v – Anomalia: distorção ou desvio não representativos

vi – Unidade de Amostragem – cada um dos itens individuais que compõem a


população

vii – Amostragem Estatística: tem que ter seleção aleatória e teoria das
probabilidades

viii – Estratificação: divide a população e forma unidades de amostragem com


características semelhantes (geralmente por valor monetário, como salário)

ix – Distorção Tolerável: aceita pelo auditor para que as pequenas distorções não se
tornem grandes e relevantes

x – Taxa Tolerável de Desvio: relativo aos controles internos

xi – Erro Amostral: diferença entre valor encontrado na amostragem (obtido pela


estatística) e verdadeiro valor do parâmetro estimado
1.2 Requisitos

 para definir a amostra tem que levar em conta: finalidade do procedimento e


características da população
 decisão de usar abordagem estatística ou não-estatística é julgamento do auditor
(o tamanho da amostra não é critério pra esse julgamento!)
 relação inversa: quanto menor o risco que o auditor quer correr, maior tem que
ser o tamanho da amostra
 métodos de seleção: aleatória, sistemática e ao acaso

1.3 Procedimentos de Auditoria

 se o procedimento não for aplicável em um item, o auditor substitui por outro


mais apropriado (ex.: cheque cancelado, pega outro cheque pra analisar)
 se não puder aplicar o procedimento em um item, tem que tratá-lo como desvio
do controle ou como uma distorção (ex.: documentação perdida)

1.4 Avaliação do resultado da amostragem


 deve avaliar: os resultados e se a amostragem forneceu base razoável para as
conclusões
 evidência adicional de auditoria: reduz o risco de que a distorção real da população
seja maior do que a distorção tolerável
 se concluir que a amostra não foi confiável:
o auditor pode pedir para a administração investigar a distorção
o pode ajustar a natureza, época e extensão dos procedimentos

1.5 Estratificação e seleção com base no valor


1.5.1 Estratificação: subpopulações distintas, mas com características similares. objetivo
= reduzir a variabilidade dos itens e permitir a redução do tamanho da amostra,
sem aumentar o risco (lembrar que qto menor a amostra, maior o risco).
Resultados só podem ser projetados para os itens que compõem o estrato.
1.5.2 Seleção com base no valor: selecionar unidades específicas e depois analisar os
itens. direcionado para itens de maior valor, pois têm mais chances de serem
selecionados. também reduz o tamanho da amostra. Eficiente quando a seleção é
aleatória

1.6 Fatores que influenciam o tamanho da amostra (para testes de CONTROLE)


1.7 Fatores que influenciam o tamanho da amostra (para testes de DETALHES)

1. Papéis de Trabalho e Documentação de Auditoria

 FORNECE: base para a conclusão e prova de que a auditoria foi planejada


 FINALIDADES: assistir à equipe e aos membros no planejamento, execução,
direção, supervisão e revisão da auditoria / permite responsabilização / mantém
registro das operações / permite condução de inspeções externas
 melhor se for elaborada tempestivamente (se elaborar dps vai ficar menos precisa)
 memorando de conclusão = resumo -> não é obrigatório
 documentação de auditoria NÃO substitui os registros contábeis
 explicações verbais não são adequadas, mas podem ser aceitas como explicação
ou esclarecimento de informações contidas na documentação de auditoria

** a documentação de auditoria pertence ao auditor e não à empresa. Assim, se esta


quiser a documentação, tem que solicitar ao auditor, que analisará a possibilidade de
conceder ou não o pedido

1.1 Montagem do Arquivo Final


 montar documentação em um arquivo
 completar o processo APÓS o relatório (mas não mais do que 60 dias dps dele)
 não envolve novos procedimentos, mas pode fazer mudanças administrativas (ex.:
apagar ou descartar informação superada)
 período de retenção = não inferior a 5 anos contados da data do relatório
 pode mudar a documentação depois da montagem do arquivo final, mas tem que
justificar razões, quando e quem fez a modificação

AULA 04

1. Execução dos Trabalhos de Auditoria


=> obtenção de evidências para respaldar as conclusões
=> ofício de requisição: solicitação de documentos para a empresa auditada. Duas vias, uma
fica anexada na documentação de auditoria

2. Material evidencial
=> evidência de auditoria: informações que basearam a conclusão do auditor
=> adequação da evidência de auditoria: qualidade das informações
=> Suficiência da evidência de auditoria: quantidade das informações
* lembrar que: quanto melhor a adequação (qualidade), menos quantidade (suficiência menor)
de informações necessárias

ORDEM:

procedimentos → evidências → conclusões → opinião

atributos das evidências:


 validade
 confiabilidade
 relevância
 suficiência

evidências podem ser de 4 tipos:


→ físicas: mapas, fotografias
→ documental
→ testemunhal: grupos focais, entrevistas, testemunhas
→ analítica: análise, comparação e interpretação de dados existentes
técnicas que auxiliam a obter evidências mais plausíveis:
→ circularização: confirmação, junto a terceiros, dos fatos apresentados pelo auditado
→ triangulação: uso de diferentes métodos para checar a mesma informação

3. Testes e Procedimentos de Auditoria

3.1 - testes de observância/aderência/controle: verificar se os controles aplicados pela


empresa auditada estão em funcionamento e sendo cumpridos
* avaliar efetividade operacional dos controles

3.2 - testes substantivos: se as informações produzidas pelo sistema contábil e administrativo


da empresa auditada são exatas e válidas
* detectar distorções relevantes
a) testes de detalhes: transações, contas, saldos, etc
b) procedimentos analíticos/ de revisão

4. Pedidos de Confirmação (circularização)


dois tipos: positivo e negativo
→ positivo: quando há necessidade de resposta
 branco: não se colocam valores na pergunta
 preto: coloca-se o saldo ou valor a ser confirmado ou negado
→ negativo: quando a resposta for necessária por conta de discordância da pessoa de quem se
quer obter a confirmação

5. Revisão Analítica (procedimentos analíticos)


=> comportamento de valores significativos, mediante utilização de índices, quocientes e
quantidades para verificar situações atípicas
=> análise de informações que sejam inconsistentes ou que se desviem do resultado esperado

5. Supervisão e Controle de Qualidade

→ responsabilidade da firma de auditoria


→ segurança razoável de que: normas são cumpridas e relatórios são razoáveis
AULA 05

Tipos de Testes específicos para Demonstrações Contábeis


Técnicas Contábeis:
 escrituração
 demonstrações
 auditoria
 análise de balanço ( = análise das demonstrações contábeis - ADC)

 são os testes referentes à esta última técnica que serão estudados

1. Distorções/Não-Conformidades podem ser:


2. Contas:
2.1 Caixa/Bancos

 os testes de auditoria, geralmente, focam em encontrar saldos superavaliados, pois


são esses que irão “cobrir” um caixa-dois ou um enriquecimento ilícito mais facilmente

2.2 Contagem de Caixa (encaixe)


 geralmente para empresas com grande volume de $$
 recomendações:
o contar no final do expediente
o fator surpresa
o se tiver mais de um caixa: contagem simultânea
o contagem pelo próprio tesoureiro da empresa na presença dos auditores
o deve abranger outros docs, como recibos, cheques
o verificar existência de cheques devolvidos
o lavrar termo de conferência no final

2.3 Saldos bancários


 por meio de circularização junto aos bancos
 é a empresa quem preenche a carta de circularização enviada ao banco!
 inclui envelope com endereço da firma de auditoria
o a resposta é enviada para os AUDITORES!
 cartas não respondidas: reiterar em 15 dias, se não, confirmar pessoalmente

2.4 Clientes ou Contas a Receber


 inclui adiantamentos, provisões para devedores duvidosos e impostos a recuperar
 natureza intangível: exigem adoção de critérios quanti e qualitativos
o coleta e exame de evidências externas:
 dois tipos: positivo (quando se espera resposta da pessoa de quem
se quer obter a confirmação) e negativo (se a resposta for
necessária em caso de discordância)
 melhor qualidade: positivo
 carta de confirmação não respondida, meios alternativos: inspeção
do pedido de venda e da NF; exame de comprovante de embarque
(atenção com as datas) e inspeção de recibos, avisos bancários e
comprovantes de depósitos bancários

o evidências internas:
 teste de avaliação das contas a receber
 testar a exatidão dos registros contábeis e os docs comprobatórios
(testes de transações)

o procedimentos analíticos:
 analisar os saldos das contas a receber (via vencimentos)
 relaciona-se com o cálculo da PDD (provisão para devedores
duvidosos)

2.5 Estoques
 bens destinados à venda ou fabricação
 podem ser facilmente manipulados por sub ou superavaliação
 classes de estoques: matérias-primas, em processo, acabados (produzidos) e
mercadorias (compradas)
 objetivos – feito por amostragem:
o verificar quantidades
o verificar se os bens foram custeados e avaliados corretamente
o se as informações divulgadas nas DC procedem
 procedimentos: inspeção física e testes de avaliação (sistema de alocação de custo
de estoques)

2.6 Investimentos
 três tipos: aplicações em títulos públicos e privados; participação no capital de
outras empresas; e investimentos avaliados pelo MEP
 o mais importante = investimento em capital de outras empresas
(avaliados pelo método de equivalência patrimonial)
 procedimentos:
o verificação física ou circularização
o verificação da contabilização do investimento
o avaliações dos investimentos em coligadas e controladas (MEP)
 se o exame ou verificação dos títulos for difícil, pode-se fazer exame externo com o
agente de custódia dos mesmos

2.7 Imobilizado
 bens tangíveis
 avaliação dos cálculos de depreciação (IMPORTANTE!)
 objetivos: verificar existência/uso; se pertence à empresa; se está registrado
corretamente; se não contém despesas capitalizáveis; se existe imobilizado
penhorado, dado em garantia ou com restrição de uso, etc.
2.8 Fornecedores
 obrigações com fornecedores, trabalhistas, empréstimos, financiamentos, tanto do
Passivo Circulante como do Passivo Não-Circulante
 procedimentos (semelhantes ao contas a receber):
o inspeção física
o circularização (não informa o valor da conta, pois é o fornecedor quem
tem que enviar o valor quando da resposta)
o recálculo (dos impostos a pagar, dos juros a pagar, das provisões de férias
e 13º, etc.
o investigação

 Podem ser circularizados, também: advogados e apólices de seguros


 se é remota a possibilidade de perda de uma ação contra a empresa, o auditor não
contabiliza nem divulga a obrigação como passivo contingente
1. Carta de Responsabilidade (nome antigo) – Representações Formais (nome atual)
 declaração escrita pela administração, endereçada ao auditor, para confirmar
certos assuntos ou suportar nova evidência de auditoria
o NÃO incluem as demonstrações contábeis, NEM seus registros
comprobatórios
o quando apropriado, os responsáveis pela governança podem fornecer as
representações formais ao auditor

a. Declaração da Administração quando ao cumprimento de Responsabilidades

b. Representações Formais como Evidência de Auditoria


 as respostas às indagações são evidências de auditoria
 se a adm. não fornecer as respostas, o auditor pode supor que existem problemas
que a adm. não quer expor
 ATENÇÃO! as representações, sozinhas, não fornecem evidência apropriada
(qualidade) e suficiente (quantidade) a respeito dos assuntos por ela tratados
 o fato da adm. ter apresentado representações formais não afeta a natureza ou
extensão de outras evidências que o auditor tenha obtido
c. Representações Formais solicitadas e NÃO fornecidas

2. Continuidade normal dos negócios da entidade


3. Estimativas Contábeis
 prever o desfecho de uma ou mais transações (ex: preço de mercado estimado)
o estimativa contábil: aproximação de um valor monetário na ausência de
um meio de mensuração preciso
o incerteza de estimativa: falta de precisão inerente
o tendenciosidade da administração: falta de neutralidade
 objetivo do auditor:
o obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que as estimativas
contábeis feitas pela empresa são razoáveis e de que as divulgações das
mesmas foram adequadas

4. Transações com Partes Relacionadas


5. Transações e Eventos Subsequentes

“Eventos subsequentes são eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a
data do relatório do auditor independente e fatos que chegaram ao conhecimento do auditor
independente após a data do seu relatório”

 três momentos de eventos subsequentes:


I) eventos ocorridos entre a data das DC e a data do relatório:
 obter evidência de que todos os eventos ocorridos entre a data das DC e a data do
relatório foram identificados

II) eventos ocorridos depois do relatório e antes da divulgação das DC:


 regra: não tem obrigação de executar nenhum procedimento após a data do relatório
 no entanto, se auditor tomar conhecimento de evento que, se fosse descoberto antes
do relatório, poderia levar o auditor a alterá-lo:
o discutir assunto com administração
o determinar se as DC precisam ser alteradas
o indagar como administração vai tratar o assunto
 caso administração altere as DC, o auditor deve:
o aplicar procedimentos de auditoria necessários
o estender procedimentos até data de novo relatório
o fornecer novo relatório
 se administração puder restringir alterações da DC a determinado evento:
o auditor pode limitar procedimentos de auditoria àquele evento
o deve ALTERAR (não é fornecer um novo) o relatório para incluir data adicional

III) eventos ocorridos após a divulgação das DC:


 regra: não tem obrigação de executar nenhum procedimento
 no entanto, se auditor tomar conhecimento de evento que, se fosse descoberto antes
do relatório, poderia levar o auditor a alterá-lo:
o discutir assunto com administração
o determinar se as DC precisam ser alteradas
o indagar como administração vai tratar o assunto
 caso relatório seja ALTERADO (seja ele um novo ou seja uma reemissão do antigo)
auditor deve incluir PARÁGRAFO DE ÊNFASE.
6. Contingências

 indicam incertezas quanto a ganhos ou perdas


 auditor pede à administração para preparar carta de confirmação de dados
(circularização) aos consultores jurídicos encarregados de eventuais litígios
 se ainda sim tiver incerteza, auditor deve solicitar à administração a opinião de
outro consultor jurídico independente
 circularização aos advogados -> pode obter informações sobre litígios judiciais,
pedidos de indenização, questões tributárias, etc.
 respostas servem de evidência

7. Fraude e Erro
 erro:
o ato NÃO voluntário e NÃO intencional
o decorre de omissão, desconhecimento, imperícia, imprudência, etc
o existe apenas culpa -> não há intenção de causar dano
 fraude:
o ato voluntário, intencional
o omissão ou manipulação de informações, adulteração de documentos,
registros, etc.
o existe dolo -> há intenção de causar dano
o dois tipos importantes de distorções decorrentes de: 1-informações
contábeis fraudulentas; e 2- apropriação indébita de ativos
1. Relatórios (Parecer) de Auditoria
 opinião sobre demonstrações contábeis
 objetivos gerais auditor:
o segurança razoável demonstrações livres distorções relevantes
(independente se fraude ou erro)
o expressar opinião se demonstrações elaboradas em conformidade com
relatório financeiro aplicável
o apresentar relatórios sobre demonstrações
 relatório -> forma resultados levados conhecimento dos usuários – finalidade
correção de falhas e auxílio tomada de decisão
 objetivo auditor na elaboração do relatório:
o formar opinião demonstrações contábeis com base conclusões atingidas pela
evidência
o expressar opinião por meio de relatório de auditoria por escrito
 para opinião deve concluir se demonstrações em conjunto não apresentam distorções
relevantes
 opinião levar em consideração:
o se foi obtida evidência apropriada e suficiente
o se as distorções são relevantes
 auditor avaliar especificamente:
o demonstrações divulgam práticas contábeis
o são consideradas estrutura de relatório
o estimativas contábeis são razoáveis
o informações apresentadas: relevantes, confiáveis, comparáveis e
compreensíveis
o divulgações adequadas
o terminologia apropriada

2. Tipos de Relatório
a. Opinião Sem Ressalva
 demonstrações elaboradas aspectos relevantes, de acordo com
estrutura de relatório financeiro aplicável e livres de distorção
 relatório “limpo”

 deve modificar opinião se:


o concluir demonstrações apresentam distorção relevante
o não obter evidência se demonstrações não apresentam
distorções
 se demonstrações elaboradas não atingem uma apresentação
adequada -> discutir assunto com administração -> auditor deve
determinar se é necessário modificar opinião

 opinião modificada significa emitir opinião com ressalva, adversa ou


com abstenção de opinião
b. Opinião com Ressalva
 expressa quando:
o distorções são relevantes, mas não são generalizadas
o não consegue obter evidência, mas conclui que efeitos de
distorções não detectadas poderiam ser relevantes, mas não
generalizadas

 efeitos generalizados:
o não estão restritos
o se restritos, representam parcela substancial das
demonstrações
o fundamentais para entendimento ususários

c. Opinião adversa
 distorções relevantes e generalizadas

d. Abstenção de Opinião
 expressa quando:
o não consegue obter evidência e conclui que possíveis efeitos
de distorções não detectadas poderiam ser relevantes e
generalizados
o motivo mais raro: envolve diversas incertezas e não é possível
expressar uma opinião devido incertezas e seu possível efeito
cumulativo sobre as demonstrações

 se adm impuser limitação ao auditor -> este deve solicitar que retire a
limitação
o se adm se recusar -> comunicar aos responsáveis pela
governança
o determinar se é possível executar procedimentos alternativos

 se auditor NÃO consegue evidência:


o possíveis efeitos de distorções relevantes, mas não
generalizados -> parece com ressalva
o possíveis efeitos de distorções relevantes e generalizadas
 renunciar ao trabalho, se possível
 se renúncia não for possível, abster-se de opinião
Parágrafo de Ênfase

 Auditor PODE colocar quando:


o incerteza ref. desfecho litígio judicial
o incerteza ref. estimativas contábeis
o aplicação antecipada de nova norma contábil
o grande catástrofe com efeito significativo

 Auditor DEVE colocar quando:


o divulgações adicionais
o eventos subsequentes
o dúvidas quanto à continuidade da entidade
o caso de elaboração de demonstrações de propósitos especiais
o apontar diferenças entre normas Brasil e IFRS

Parágrafo de Outros Assuntos

 DCs período anterior auditadas por auditor independente antecessor


 DCs período anterior não auditadas
 opinião que discorde sobre opinião de auditor antecessor

3. Estrutura/Elementos Relatório
a. Título
b. Destinatário
c. Parágrafo Introdutório
d. Responsabilidade da Administração
 adm. responsável pela elaboração das demonstrações e pelo controle
interno
e. Responsabilidade do Auditor
 expressar opinião sobre as demonstrações
 auditoria envolve obtenção de evidência
 procedimentos dependem do julgamento do auditor
 avaliações de risco consideram controles internos relevantes para
planejar procedimentos, mas NÃO para expressão opinião sobre
eficácia
 auditoria inclui adequação das práticas e estimativas contábeis
 deve especificar se acredita que evidência é suficiente e apropriada
f. Assunto que deu base para Modificação (se houver modificação da opinião)
 “base para opinião com ressalva” ou “base para opinião adversa” ou
“base para abstenção de opinião”
g. Opinião do Auditor
h. Outras Responsabilidades
 Seção separada do relatório
 subtítulo “Relatório do Auditor Independente sobre os Requisitos
Legais e Regulatórios”
i. Assinatura do Auditor
j. Data do Relatório

 ATENÇÃO! se órgão regulador exige ou a própria entidade emite demonstrações com


conteúdo diverso do proposto pelas normas contábeis -> opinião com ressalva
 INCERTEZA -> divulgada de forma adequada -> SEM ressalva + parágrafo de ênfase
 INCERTEZA -> não divulgada -> COM ressalva (se evidencia obtida) ou ABSTENÇÃO (se
evidencia não obtida)

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