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A Linguagem dos Animais...

Para comunicar com os seus semelhantes, o homem pode utilizar um código


verbal. Pode utilizar também toda a espécie de outros códigos cujas unidades
são, não grupos de sons, mas gestos, cores, formas (o código dos marinheiros,
por bandeiras, e o código de estrada, são exemplos clássicos).
A utilização dos códigos não é só própria do homem (nem das máquinas que
ele constrói): fala-se muitas vezes da linguagem dos animais. Sabe-se que
uma abelha, de regresso á colmeia, pode indicar às outras com muita precisão
o local onde se encontra uma fonte de alimento e a sua natureza e quantidade.
A natureza é transmitida pelo odor de que a abelha se impregna; a quantidade,
pela frequência dos sons que emite ao dançar, e a localização, por uma dança.
A dança é circular, para uma distância superior: a abelha percorre um círculo
que atravessa, em diâmetro, em diâmetro, e cuja orientação, em relação à
vertical, marca a direcção do alimento em relação ao Sol. Enquanto percorre
este diâmetro, agita o abdómen: a duração do bater de asas (o ritmo da dança)
exprime a distância. Actualmente há também um grande interesse pela
linguagem dos golfinhos: os golfinhos emitem sons para comunicarem uns aos
outros a destreza, o pedido de ajuda, a alegria, etc. o diálogo com os golfinhos,
que se orientam perfeitamente na obscuridade total e circulam facilmente a
profundidades variadas, poderia fornecer-nos informações de uma utilidade
prática evidente. Procura-se também fazer “falar” os chimpanzés, mandar-lhes
construir “frases”, etc.
Em suma, os sistemas de comunicação utilizados pelos animais, e os sistemas
não verbais utilizados pelo homem, podem ser muito elaborados e é,
finalmente uma pura questão terminológica ou de definição, saber se se trata
de “linguagens”.

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