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Neusa Eclésio
Valério Armando
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Matilde Carmona Chaia
Neusa Eclésio
Valério Armando
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Índice
Introdução......................................................................................................................4
2. Linguagem animal..................................................................................................5
3. Linguagem humana................................................................................................7
Conclusão.....................................................................................................................10
Bibliografia..................................................................................................................11
INTRODUÇÃO
Temos por outro lado, o caso das aves, como as araras e os periquitos, que conseguem
reproduzir variadíssimos sons, e entre eles, muitas palavras humanas. No entanto, pode-
se argumentar que se trata de uma mera imitação de sons e que essas palavras não têm
qualquer significado para elas. Associam o som a uma situação ou a uma pessoa, nada
mais.
Objectivo Geral
Objectivo Específico
Para Saussure, linguagem é uma faculdade humana, uma capacidade que os homens têm
para produzir, desenvolver, compreender a língua e outras manifestações simbólicas
semelhantes à língua. A linguagem é heterogénea e a multifacetada.
2. LINGUAGEM ANIMAL
2.1. Definição da linguagem animal
Segundo Cagliari (1997, p. 56), a linguagem animal é natural, e limitada, uma vez que
se limita a sons articulados, não ultrapassa o nível do concreto e do imediato, apena
exprime as necessidades básicas da alimentação e da reprodução.
A linguagem animal é composta por sinais e gestos que são utilizados para comunicação
entre indivíduos da mesma espécie. Esses sinais podem ser visuais, sonoros ou olfativos
e são utilizados para transmitir informações sobre alimentação, perigo, reprodução,
entre outros.
Portanto, as linguagens animais são formas de comunicação animal não humanas que
apresentam semelhanças com a linguagem humana. Os animais se comunicam através
de uma variedade de sinais, como sons ou movimentos. A sinalização entre os animais
podem ser considerada complexa o suficiente para ser uma forma de linguagem se o
inventário de sinais for grande, os sinais forem relativamente arbitrários e os animais
parecerem produzi-los com um grau de volição (em oposição a comportamentos
condicionados relativamente automáticos ou instintos incondicionados, geralmente
incluindo expressões faciais).
Segundo Slater (1990, p. 70) a abelha desempenha essa dança em forma de oito, e na
parte central desse percurso voa em linha recta com um movimento vibratório. Parece
que o número de vibrações indica a distância do local (cada vibração corresponde a
cerca de 50/75 metros). E a direcção é dada de acordo com a direcção a que a dança é
efectuada.
Contudo, mais tarde, Morozov (1988, p. 63) provou que as abelhas também utilizam
sinais sónicos para ajudar a indicar a distância até ao local do alimento.
As Aves
Embora o canto de algumas espécies faça as delícias dos humanos, estamos longe de
compreender por completo o significado desse canto. No entanto, duas funções foram já
identificadas na linguagem destes animais, são elas: a atracção de parceiros e o
afastamento de rivais (Slater, 1990, 64).
Foram identificados alguns sons específicos para o afastamento de rivais em algumas
espécies, são os chamados: gritos de alarme (“call-notes,r). O carácter simbólico da
linguagem destes animais parece estar assim comprovado.
Um dado som pode servir para avisar os congéneres de que um determinado predador se
aproxima, é um facto. E isto tem sido usado com fins práticos, como por exemplo, para
afastar as aves de locais indesejáveis, como pomares ou aeródromos. Ao reproduzir um
grito de alarme gravado, consegue-se um efeito intimidador nas aves. O mais incrível é
que os gritos de alarme de uma espécie não afectam em nada os indivíduos de outras
espécies, como se falassem idiomas diferentes. (Morozov, 1988, 30).
Os animais também comunicam por sons ou movimentos corporais, mas de uma forma
muito básica.
Arbitrariedade
Na linguagem animal existe uma relação entre o sinal e a mensagem que este quer
transmitir. Ex.: Quando um cão esta contente, abana a cauda.
Necessidade de aprendizagem
Dupla articulação
Os animais comunicam por sinais vocais e possuem um número limitado desses sinais.
A sua capacidade para comunicar limita-se a esses sons.
Diferimento
Os animais já não possuem essa capacidade, tendo uma memória de muito curto prazo.
Se essa memória não for treinada esquecem facilmente.
Criatividade
Os animais apresentam um limite já a sua comunicação baseia-se uma constante
repetição de sons.
Organização em sistema
Dependência da estrutura
3. LINGUAGEM HUMANA
3.1. Definição da linguagem humana
A linguagem caracteriza-se por ser articulada e é até por isso que sua definição depende
da existência do conceito de "língua", pois esta, por ser composta de inúmeros signos
linguísticos divisíveis e rearranjáveis, é o que dá à linguagem as vértebras que
constituirão sua coluna. Ou seja, o léxico de determinada língua é composto por
diversos vocábulos, esses vocábulos são formados por morfemas que, por sua vez, são
divisíveis em unidades linguísticas mínimas chamadas fonemas.
Arbitrariedade
Quando o homem verbaliza (fala), o contexto que transmite (palavras) não possui
relação com os objectos de que fala. Ex.: A palavra carro não nos mostra a sua forma,
não está ligada ao objecto dos seres humanos.
Necessidade de aprendizagem
Os seres humanos necessitam de ser constantemente expostos a uma língua natural (oral
ou gestual) para adquirir. Um bebé aprende uma língua em contacto com as pessoas que
o rodeiam. É uma característica genética dos seres humanos.
Dupla articulação
A língua humana tem um determinado conjunto de unidades sonoras – os fonemas. Os
fonemas isolados não têm significado, mas se os juntarmos adquirirem-no e a
informação é transmitida.
Diferimento
Criatividade
Organização em sistema
Dependência de estrutura
Por outro lado os animais comunicam graças a um sistema de signos, cujo reportório é
exclusivo de cada espécie, a linguagem animal é inata, limitada, uma vez que se limita a
sons articulados, não ultrapassa o nível do concreto e do imediato, apenas exprime as
necessidades básicas da alimentação e da reprodução. Por muito inteligente que seja o
animal para comunicar, apenas dispõem dos seus meios naturais e instintivos. Os
diversos sons reflecte a génese da linguagem animal como produtos da natureza. A
linguagem está presente como objecto social.
No entanto, por razões metodológicas, existem outros aspectos que não foram
analisadas os quais poderão ser objetos de estudos.
BIBLIOGRAFIA
CHOMSKY, N. (1957). Estruturas Sintácticas, ed. Siglo XXI.