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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA E INOVAÇÃO


UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO — PROEG DIRETORIA DE EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA — DEAD/UNEMAT UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL — UAB

LICENCIATURA EM LETRAS HABILITAÇÃO EM LÍNGUA E LITERATURAS


DE LÍNGUA PORTUGUESA E LÍNGUA ESPANHOLA

VIVIANE DOS SANTOS ALMEIDA

RESENHA CRÍTICA

Cuiabá/MT
2022
Viviane dos Santos Almeida

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO


INTRODUÇÃO AOS DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS

Trabalho apresentado ao curso de


Licenciatura em Letras Habilitação em
Língua e Literaturas de Língua
Portuguesa e Língua Espanhola da
Universidade Estadual de Mato Grosso,
como requisito da disciplina de Introdução
aos Estudos da Linguagem orientada pela
professora Dra. Fernanda Surubi
Fernandes.

Cuiabá/MT
2022
O livro "Introdução aos estudos linguísticos: Letras Vernáculas" escrito por
Tiane Cléa Santos Oliveira, para o curso de licenciatura plena em letras/espanhol -
modalidade a distância, foi dividido em dez capítulos, nessa resenha abordaremos
os capítulos “IV - O signo na visão peirceana e bakhtiniana”, “V - Dicotomias
saussurianas: língua x fala, sincronia x diacronia e sintagma x paradigma” e “VI -
Linguagem humana e comunicação animal”, compreendendo as páginas 57 até até
103. No início de cada capítulo somos apresentados às metas e aos objetivos que
cada um deles propõe durante ao final da leitura, também serão usados nessa
resenhas as explicações da professora Dra. Fernanda Surubi Fernandes, durante as
aulas síncronas e assíncronas.
No capítulo IV - O signo na visão peirceana e bakhtiniana, somos
apresentados aos conceitos de semiologia que é a ciência geral dos signos, que
inclui o estudo dos signos da natureza não humana e semiótica que é uma ciência
humana que vai além da lingüística, estudando fenômenos trans-lingüísticos
(textuais) e códigos culturais, definidos pelos estudiosos da área Ferdinand
Saussure e Charles Sanders Peirce . Em seguida, conhecemos quatro definições de
signo segundo Peirce e identificados os três elementos da tríplice relação do signo:
signo ou representamen, interpretante ou "imagem mental" e objeto, sendo
classificados em três tipos: ícone, índice e símbolo. Conhecemos também a visão
de Bakhtin sobre a língua, que para ele é um produto sócio-histórico e sobre o signo,
que a palavra enquanto signo é o principal veiculador da ideologia. Para Bakhtin é a
partir do signo que se constroem sentidos e veiculam-se ideologias.
No capítulo V - Dicotomias saussurianas: língua x fala, sincronia x diacronia e
sintagma x paradigma conhecemos um pouco sobre as dicotomias definidas por
Saussure língua x fala, que são conceitos opositores um ao outro, enquanto a fala é
coletiva e sistemática a língua é propriedade individual e assistemática. O autor
Coseriu, acredita que essa dicotomia precisa de algumas modificações, sendo o
conceito correto chamado tricotomia língua x norma x fala. Outra dicotomia
apresentada é sincronia X diacronia, que são conceitos de língua e tempo, sincronia
é o eixo das simultaneidades da língua, enquanto a diacronia é o eixo onde se
localizam as sucessividades, é importante frisar que a diacronia se divide em história
externa e história interna. Durante sua pesquisa, Saussure priorizou o estudo
sincrônico da língua, porque acreditava que o falante nativo não tinha consciência da
sucessão dos fatos da língua no tempo.
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A última dicotomia apresentada por Oliveira (2010) é sintagma x paradigma
são dois eixos que se alterados modificam o sentido, entende-se por paradigma
(palavras) o eixo vertical da escolha e sintagma (resultado) confere ao eixo
horizontal, o do discurso, é a materialização do pensamento. Abaixo adicionei um
exemplo onde o eixo “A” representa o paradigma e o eixo “B” representa a sintagma:

O capítulo VI - Linguagem humana e comunicação animal, começa


apresentando o conceito básico de linguagem que é um sistema de sinais ou signos
através do quais os seres humanos se comunicam e comunicação que é definida
como a capacidade, processo e técnicas de transmitir e receber ideias, ressaltando
a importância de sabermos diferenciar cada uma delas. Oliveira (2010), também
apresenta as definições linguísticas das palavras linguagem e comunicação,
argumentando, por meio de uma tabela, as diferenças existentes entre cada uma
delas. Outro ponto abordado que exemplifica a diferença entre a linguagem humana
e a comunicação animal é a estrutura simbólica da linguagem, enquanto a
linguagem humana pode produzir infinitos pensamentos simples ou complexos a
comunicação animal é destituída de gramática e de complexidade.
A autora continua, apresentando informações sobre a linguagem e a
recursividade que é a possibilidade de encadear uma ideia na outra para formar
unidades maiores, pontuando que a linguagem humana é um sistema de símbolos
que utiliza signos convencionais. Neste capítulo também aprendemos sobre como
acontece a comunicação dos animais, por meio do relato de um experimento
realizado com abelhas que possuem uma maneira complexa de transmitir
mensagens umas para as outras, além disso, aprendemos que os animais não
possuem consciência, sendo esse o motivo dos chimpanzés até hoje não

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conseguiram se comunicar através da linguagem humana ensinada a eles durante
anos. Para finalizar, a autora desmistificou a ideia que temos que aves como
papagaios e louros podem falar, explicando que esses animais selvagens usavam
suas habilidades de reprodução de sons para se defender em seu habitat natural,
após domesticados algumas espécies de papagaios possuem a reproduzir sons
humanos.

REFERÊNCIA

OLIVEIRA, T. C. S. Introdução aos estudos linguísticos. Ilhéus, BA: UAB/UESC,


2010.

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