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Resumo
Considerando a expansão do ensino superior, aumentaram-se as demandas e a necessidade de se permitir um
desenvolvimento integral para o estudante. Diante dessa situação, esse estudo teve como objetivo avaliar a
qualidade de vida e o bem-estar subjetivo de estudantes universitários. Para isso, foram utilizados o WHOQOL-
Bref e a Escala de Bem-Estar Subjetivo. A análise dos dados mostrou que em relação à qualidade de vida, o domínio
que apresentou a maior média (15,23) foi o de relações sociais e a pior (12,87) foi o de meio ambiente. Quanto ao
bem-estar subjetivo foi encontrada maior média (3,80) na frequência de afetos negativos. Os resultados indicam
que é necessário pensar em ações de prevenção e promoção da saúde e em uma ampliação da política de assistência
ao estudante, com intervenções psicossociais que reflitam satisfatoriamente no bem-estar subjetivo e na qualidade
de vida dos mesmos.
Palavras-chave: qualidade de vida; bem-estar subjetivo; estudantes universitários.
Abstract
Considering the expansion of higher education, increase the demands and the need to allow a full development for
the student. Therefore, this study aimed to evaluate the quality of life and subjective well-being of college students.
For this we used the WHOQOL-Bref Scale and Subjective Well-Being. Data analysis showed that in relation to
quality of life, the domain that had the highest average (15.23) was the social relations and the worst (12.87) was
the environment. As for the subjective well-being was found highest average (3.80) in the frequency of negative
affect. The results indicate that it is necessary to think about prevention and health promotion and expansion of a
policy to assist the student with psychosocial interventions and that reflect well in the subjective well-being and
quality of life for them.
Keywords: quality of life, subjective well-being; college students.
Resumen
En virtud de la expansión de la educación superior, se ha visto aumentar las exigencias y la necesidad de permitir un
desarrollo integral del estudiante. Ante tal situación, este estudio pretende evaluar la calidad de vida y el bienestar
subjetivo de los estudiantes universitarios. Para ello, se utilizó el WHOQOL-Bref e a Escala de Bienestar Subjetivo.
El análisis de los datos mostró que, en relación a la calidad de vida, el dominio que tiene el promedio más alto
(15,23) fue de las relaciones sociales y lo peor (12,87) fue el medio ambiente. En lo que respecta al bienestar
subjetivo, se encontró media más elevada (3,80) en la frecuencia de los afectos negativos. Los resultados indican
Programa de Mestrado em Psicologia, UCDB - Campo Grande, MS
que es necesario pensar en la prevención y promoción de la salud y una ampliación de la política de asistencia
estudiantil con intervenciones psicosociales que reflejen satisfactoriamente también en el bienestar subjetivo y
calidad de vida para ellos.
Palabras clave: calidad de vida, bienestar subjetivo, estudiantes universitarios.
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fatores sociais, ambientais, biológicos e psicológicos, indivíduo ou população é possível atuar nos aspectos
ou seja, a saúde pode ser vista através do modelo que não estejam favorecendo uma melhor qualidade
biopsicossocial, em que diversos fatores interagem de vida (Oliveira, 2006).
entre si e determinam o processo de saúde e doença Oliveira (2006) ainda acrescenta que fatores de
(Calvetti, Fighera, Muller & Poli, 2006, Bennett & vida positivos melhoram a qualidade vida, e, portanto,
Murphy, 1997). podem ser criadas estratégias para mantê-los ou
Buss (2000, p.167) refere-se à saúde como: melhorá-los e para os fatores que forem negativos
Produto de um amplo espectro de fatores podem ser utilizadas estratégias para retirá-los ou
relacionados com a qualidade de vida, incluindo minimizá-los.
um padrão adequado de alimentação e nutrição, Portanto, o estudo da qualidade de vida em
e de habitação e saneamento; boas condições de
estudantes universitários torna-se significativo para
trabalho; oportunidades de educação ao longo de
toda a vida; ambiente físico limpo; apoio social para
o conhecimento das condições de vida, estilo de
famílias e indivíduos; estilo de vida responsável; e vida e necessidades, visando à implantação de ações
um espectro adequado de cuidados de saúde. de prevenção e promoção da saúde aos mesmos
Conforme relatório da OMS (2002, p.24): “A (Oliveira, 2006, Benjamin, 1994).
saúde mental é tão importante quanto à saúde física
para o bem-estar dos indivíduos, das sociedades e dos Bem-estar subjetivo
países”.
O conceito de bem-estar subjetivo é recente e
Qualidade de vida surgiu por volta dos anos sessenta, sendo que suas
raízes ideológicas remontam ao século XVIII, época
Apesar do conceito de qualidade de vida ter sido do Iluminismo, no qual se defendia o princípio de
definido de diversas formas ao longo da história que a existência humana é a vida em si mesma. Nessa
e considerando sua importância para a literatura época, priorizava-se o desenvolvimento pessoal e a
científica, a Organização Mundial da Saúde - OMS felicidade como valores centrais.
em seu grupo de estudo The Whoqol Group definiu O bem-estar subjetivo é considerado um conceito
qualidade de vida como: complexo que compreende uma dimensão cognitiva
“A percepção do indivíduo sobre a sua posição na e uma afetiva, englobando outros conceitos e
vida, no contexto da cultura e dos sistemas de valores dimensões de estudo como a qualidade de vida,
nos quais ele vive, e em relação a seus objetivos, emoções negativas e emoções positivas (Ribeiro &
expectativas, padrões e preocupações” (WHOQOL- Galinha, 2005).
BREF, 1996, p.6). O bem-estar subjetivo pode ser considerado
Esse conceito definido pela OMS é um dos mais como uma medida que inclui a presença de emoções
utilizados para o entendimento do termo qualidade positivas, com ausência de emoções negativas e a
de vida, por englobar vários aspectos relacionados à presença de sentimentos de satisfação com a vida
qualidade de vida, como a inter-relação entre aspectos (Diener, Suh & Oishi, 1997).
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apresentadas pelos estudantes, sejam essas de ordem estudantes universitários e relacionar essas variáveis
acadêmica ou psicossociais (Schleich, 2006, Joly, com os dados da caracterização sociodemográfica dos
Santos & Sisto, 2005). estudantes, como também correlacionar os dados da
Diante dessa demanda, as instituições de avaliação da qualidade de vida com o do bem-estar
ensino devem estar preparadas para promover subjetivo.
durante o processo de formação acadêmica, além
do desenvolvimento cognitivo e profissional, o Método
desenvolvimento pessoal, afetivo e social dos
estudantes (Schleich, 2006). Participantes
Passar a ser um estudante universitário representa Participaram deste estudo 257 estudantes de uma
uma nova fase na vida de muitos estudantes que universidade federal do Grande ABC, do Estado de
ingressam na educação superior. Essa nova fase São Paulo, de seis cursos de graduação. A maioria
implica em mudanças e em uma adaptação a essa nova dos estudantes, 65% é do sexo feminino, apresentam
realidade, que pode gerar ansiedades e até mesmo idade média de 21,69 (DP = 6,30) e 88,7% estão
interferir no desempenho acadêmico (Schleich, 2006, concentrados na faixa etária entre 18 a 25 anos, com
Ferraz & Pereira, 2002). predominância de estudantes do curso de licenciatura
Santos, Noronha, Amaro e Villar (2005) plena em ciências (41,6%).
relatam quatro principais mudanças pelas quais os
universitários têm que lidar após ingressarem em Instrumentos
uma universidade, ou seja, são mudanças acadêmicas, Utilizou-se para a coleta de dados um questionário
sociais, pessoais e vocacionais. auto-aplicável composto por duas escalas de medida:
Além disso, cabe considerar que o estilo de vida • World Health Organizacional Quality
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Tabela 1
Escores médios e seus respectivos desvios padrão dos domínios do WHOQOL-Bref e do índice geral aplicado
nos estudantes universitários.
Domínio Média* Desvio-padrão
Físico 14,58 2,27
Psicológico 14,48 2,47
Relações sociais 15,23 2,88
Meio ambiente 12,87 2,34
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afetos positivos nos estudantes que sempre praticam Considerando os dados obtidos na avaliação
atividade física e nos que declararam que possuem da qualidade de vida e do bem-estar subjetivo,
extremamente a capacidade de se adaptar a novas como também na correlação dessas variáveis, foi
situações. possível perceber o quanto os conceitos de bem-estar
O afeto negativo esteve mais presente nos subjetivo e qualidade de vida estão relacionados e se
estudantes que relataram ter tido sua vida escolar complementam, reforçando a avaliação de aspectos
prejudicada por questões emocionais e nos que já gerais da vida dos estudantes.
vivenciaram dificuldades ou crise emocional que Os resultados apresentados permitem questionar
interferiram no seu desempenho acadêmico na o quanto que uma qualidade de vida e um bem-
universidade atual. Já a maior satisfação com a vida estar não satisfatórios interferem no rendimento e
foi encontrada nos estudantes do gênero masculino e desempenho acadêmico do estudante. Além disso,
nos que se declararam fumantes. faz-se necessário pensar qual o papel das instituições
Esses dados demonstram que praticar sempre de ensino em relação ao desenvolvimento psicossocial
atividade física aumenta a frequência de sentimentos do estudante.
positivos, assim como ter extremamente a capacidade Os resultados obtidos não se mostram tão
de se adaptar as novas situações, aumentando a satisfatórios, sendo necessário refletir sobre
frequência de sentimentos agradáveis, de bem-estar e possíveis atuações de promoção da saúde com foco
felicidade. O que reforça a teoria de Marinho (2007) em melhorias na qualidade de vida e bem-estar
de que comportamentos positivos frente à saúde subjetivo. É importante considerar que programas
influenciam o bem-estar e a qualidade de vida. que visem melhorias na qualidade de vida irão
Para a classificação das correlações (r) foram favorecer melhorias também no bem-estar subjetivo.
considerados os seguintes valores r ≥ 0,70 correlação Sendo assim, considera-se necessário investir nesses
forte, 0,30 < r < 0,70 correlação moderada e 0,1 < aspectos, tão essenciais para um desenvolvimento
r ≤ 0,30 correlação fraca. Sendo que toda correlação acadêmico e psicossocial saudável dos estudantes.
com p < 0,01 e com p < 0,05 foi considerada
estatisticamente significativa (Silva, Dylewski, Rocha Considerações Finais
& Morais, 2009).
Foram encontradas correlações (r de Pearson) Os resultados desse estudo sugerem a
positivas, significativas e moderadas (p < 0,01) entre necessidade de maior atenção à qualidade de vida
os domínios da qualidade de vida. Já o afeto positivo desses estudantes, principalmente no domínio
se correlacionou de forma positiva, significativa e meio ambiente. Nesse domínio, foram observados
moderada com o domínio físico (r = 0,53), psicológico resultados mais negativos e insatisfatórios quanto
(r = 0,56) e de relações sociais (r = 0,44) e de forma às questões relacionadas ao fato de sentir-se seguro,
fraca com o domínio meio ambiente (r = 0,29). Já o meio de transporte, oportunidades de ter atividades de
afeto negativo se correlacionou de forma negativa, lazer e de possuir um ambiente físico saudável. Esses
significativa e moderada com o domínio físico (r = aspectos interferem negativamente na percepção da
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- 0,35), psicológico (r = - 0,39) e de relações sociais qualidade de vida e estão relacionados a um cotidiano
(r = - 0,44), e de forma fraca com o domínio meio agitado, às inseguranças e incertezas vivenciadas na
ambiente (r = - 0,30). Na satisfação com vida foi contemporaneidade brasileira.
encontrada uma correlação positiva, significativa, Ainda assim, é necessário que ocorram melhorias
mas fraca com todos os domínios do WHOQOL-Bref no meio em que o estudante vive, tornando-se essencial
e com o afeto positivo. Apenas não foi encontrada que esse ambiente apresente equipamentos básicos e
correlação significativa entre a satisfação com a vida redes de apoio que possibilitem o desenvolvimento de
e o afeto negativo (r = 0,01). hábitos psicossociais saudáveis e adequados.
De acordo com esses resultados, compreende-se O domínio que foi mais bem avaliado pelos
que quanto mais positiva a percepção do estudante estudantes foi o de relações sociais, indicando maior
em relação aos domínios da qualidade de vida, isso satisfação dos estudantes com suas relações sociais e
interferirá de forma também positiva nos demais o suporte social recebido.
domínios. Da mesma forma, quanto melhor a No domínio psicológico foi identificado um dado
avaliação da qualidade de vida nos domínios, maior preocupante com relação à alta frequência com que
será a frequência de afetos positivos e menor será a esses estudantes experimentam sentimentos negativos
frequência de afetos negativos. (ansiedade, mau humor, angústia, tristeza, medo, entre
Os dados indicam também que quanto maior a outros sentimentos) o que também foi encontrado na
satisfação com a vida, melhor a qualidade de vida nos percepção do bem-estar subjetivo, no qual se observou
domínios e maior a frequência de emoções positivas. maior índice de afetos negativos.
Já em relação ao afeto negativo, quanto maior sua Na avaliação do domínio físico foram encontrados
frequência, pior será a qualidade de vida nos domínios dados insatisfatórios no que se refere à satisfação
e menor será a frequência de afetos positivos. com a qualidade do sono e com a disponibilidade de
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energia suficiente para as atividades do dia-a-dia, o de programas direcionados à saúde mental, com
que pode estar ligado às dificuldades emocionais intervenções de promoção e prevenção da saúde que
relatadas e a sobrecarga de atividades acadêmicas. objetivem a melhora da qualidade de vida e o aumento
Considerando a avaliação da qualidade de do bem-estar.
vida, foi possível identificar diversas necessidades
psicobiológicas, como sono e repouso, prática de Referências
atividade física, desenvolvimento de atividades
de lazer e diminuição das emoções negativas. Albuquerque, A. S., & Tróccoli, B. T. (2004). Desenvolvimento
Isso indica a necessidade de serem desenvolvidas de uma escala de bem-estar subjetivo. Psicologia: teoria e pesquisa,
20 ( 2), 153-164, 2004. Acessado de http://www.scielo.br.
ações psicoeducativas que visem à melhora destas Benjamin, M. The quality student life: toward a coherent
condições, como uma estratégia para a melhora da conceptualization. (1994). Social Indicators Research, 31 (3), 205-
qualidade de vida. 264.
No que se refere à avaliação do bem-estar Bennett, P., & Murphy, S. (1997). Psicologia e promoção da
saúde. Lisboa: Climpse Editores.
subjetivo, identificou-se que esses estudantes Bernandes, K. A. (2008). Qualidade de vida de agentes
apresentam mais afetos negativos do que positivos, comunitários de saúde de um município da região oeste do Estado
sendo importante verificar se é um estado transitório de São Paulo. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) – Escola
ou permanente. Mas, preocupa o fato de alguns de Enfermagem de Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo,
Ribeirão Preto.
estudantes apresentarem baixo bem-estar subjetivo, Buss, P. M. (2000). Promoção da saúde e qualidade de vida.
sugerindo possíveis problemas emocionais, o que Ciência & Saúde Coletiva, 5 (1), 163-177.
corrobora os indicativos de dificuldades e crises Buss, P. M. (2003). Uma introdução ao conceito de promoção
emocionais tanto do passado como do momento atual. da saúde. In: Czeresnia, D., & Freitas, C. M. (Orgs). Promoção da
saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz.
O bem-estar subjetivo pode ser considerado um Calvetti, P. U., Fighera, J., Muller, M. C., & Poli, M. C. (2006).
indicador de saúde mental e sinônimo de felicidade Psicologia da saúde e qualidade de vida: pesquisas e intervenções
e essencial para o desenvolvimento pessoal, para a em psicologia clínica. Mudanças: psicologia da saúde, 14 (1), 18-
aprendizagem, satisfação e sucesso acadêmico. Sendo 23. Acessado de http://bases.bireme.br.
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assim, torna-se necessário que sejam minimizadas subjective Well-being. Indian Journal of Clinical Psychology, 24
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principalmente porque a alta frequência de emoções Eurich, R. B., & Kluthcovsky, A. C. (2008). Avaliação da
negativas está relacionada à presença de sintomas qualidade de vida de acadêmicos de graduação em enfermagem do
primeiro e quarto anos: influência das variáveis sociodemográficas.
depressivos e a doenças físicas. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul, 30 (3), 211-220, 2008.
Importante considerar que uma porcentagem Acessado de http://www.scielo.br.
significativa dos estudantes declarou já ter sua vida Ferraz, M. F., & Pereira, A. S. (2002). A dinâmica da
escolar passada e recente prejudicada por questões personalidade e o Homisickness (saudades de casa) dos jovens
estudantes universitários. Psicologia, Saúde e Doença, 3, 149-164.
emocionais, o que parece interferir negativamente Fleck, M. P. (2008). Problemas conceituais em qualidade
na percepção da qualidade de vida e do bem-estar de vida. In: ______. A avaliação de qualidade de vida: guia para
subjetivo, sendo essencial que durante o percurso profissionais da saúde. Porto Alegre: Artmed.
Fleck, M. P. (2000). O instrumento de avaliação de qualidade
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Sobre os autores:
Érika Correia Silva - Mestre em Psicologia da Saúde pela Universidade Metodista de São
Paulo – UMESP, Servidora da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, Campus
Diadema. E-mail: eri_correia@hotmail.com
Programa de Mestrado em Psicologia, UCDB - Campo Grande, MS
Maria Geralda Viana Heleno - Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São
Paulo – USP, Docente do curso de Mestrado em Psicologia da Saúde da Universidade
Metodista de São Paulo - UMESP. E-mail: maria.heleno@metodista.br
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