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O SERMÃO BIOGRÁFICO PARA HOJE

Prof. Jerry Stanley Key

INTRODUÇÃO:
Há grande riqueza de material bíblico que serve para o sermão biográfico, que
consiste no estudo de um personagem bíblico, ou de uma faceta de sua vida, verificando
as lições práticas para a nossa vida. É muito importante trazer o personagem para o
nosso século, fazendo uma aplicação à situação contemporânea. Os personagens
bíblicos foram pessoas como nós e muitas vezes enfrentaram situações semelhantes
àquelas que enfrentamos.

VANTAGENS DO SERMÃO BIOGRÁFICO

Cada tipo de sermão tem as suas vantagens, mas o sermão biográfico é um dos tipos
que têm mais vantagens.
1. Há abundância de material, uma fonte inesgotável para esses sermões. Há 2930
personagens bíblicos diferentes. 30 ou mais homens com o nome de Zacarias; 20
com o de Nata; 15 com o de Jônatas. Cerca de 400 dos personagens servem como
base para sermões, sendo 250 maiores e 150 menores.
2. O sermão biográfico, uma vez que aprendemos a fazê-lo, é o tipo mais fácil de
pregar. Capta a atenção do povo, apela à imaginação, traz o auditório dentro do
púlpito com mais facilidade.
3. O sermão biográfico está de acordo com a vida de hoje. O que se diz a respeito de
Pedro, Jacó, Lucas, Jonas, etc., tem a sua aplicação para o bancário, comerciante,
pedreiro, estudante, etc. É atual.
4. O sermão biográfico é lembrado mais facilmente pelos ouvintes, que guardarão por
muito tempo as experiências do personagem.
5. O sermão biográfico dá vida à Bíblia, que é um livro rico em material biográfico.
6. O sermão biográfico tem uma atração especial para o povo. Todos nós gostamos
de histórias envolvendo outras pessoas.
7. Há um campo aberto para que o pregador desenvolva a imaginação e o método
dramático através da pregação de sermões biográficos. O pastor deve usar a
imaginação e devemos descobrir melhor como desenvolver a nossa imaginação. E
também o sermão biográfico apela para a imaginação do ouvinte que quer ser usado
por Deus para tornar-se uma pessoa semelhante ao personagem focalizado no
sermão.
8. A pregação de sermões biográficos é áudio-visual, cria imagens na mente dos
ouvintes. E mais ainda quando já têm algum conhecimento sobre o assunto ou o
personagem.
9. As doutrinas teológicas mais abstratas e os ensinos éticos podem ser
apresentados à luz de um personagem bíblico. Exemplos: justificação – Abraão;
pureza – José; oração – Daniel; amor – bom samaritano, etc.
10. Através da pregação do sermão biográfico somos ajudados na procura de bom
material ilustrativo, pois o sermão biográfico é uma ilustração em si.
11. É mais fácil variar o programa de pregação quando usamos uns dois ou três
sermões biográficos. Devemos usar tanto os grandes como os menores
personagens.
12. A pregação de sermões biográficos ajuda o pastor no seu próprio estudo da
Palavra de Deus e ajuda os seus sermões a serem bastante bíblicos.
13. Na preparação para um determinado sermão biográfico o pastor encontrará muito
material para outros sermões que podem ser pregados no futuro.
14. O sermão biográfico pode trazer muitas novidades sobre a vida dos personagens e
tem a tendência de ter mais vida, mesmo que a história seja conhecida.
15. O sermão biográfico faz com que seja possível aproximar-se indiretamente de
problemas e situações difíceis da Igreja, que, se fossem atacados frontalmente,
talvez ofendesse a muitas pessoas.
16. O sermão biográfico é especialmente apropriado para ocasiões especiais.
17. O sermão biográfico tem muito valor na informação, identificação e inspiração.
Quando pregamos assim estamos seguindo o padrão divino porque Deus assim o
fez na Sua revelação, ou seja, através de personagens.

PASSOS NA PREPARAÇÃO DO SERMÃO BIOGRÁFICO

1. Faça a escolha do personagem bíblico que quer usar como base para a sua
mensagem;
2. Leia tudo o que existe sobre ele, conhecendo-o nos mínimos detalhes. Utilize
várias traduções.
3. Prepare o esboço da vida do personagem, em ordem cronológica.
4. Faça um estudo dos fatos, incidentes e detalhes mais relevantes e interessantes.
4.1. O que é que gosta ou não gosta na vida dele?
4.2. Que é que Deus está fazendo na vida deste personagem e que é que
aprendemos acerca de Sua natureza e maneira de agir?
4.3. Quais são as decisões que o personagem faz no decorrer de sua história?
4.4. Quais são as outras pessoas que são importantes para o personagem e
como é que ele se relaciona a elas?
4.5. Quais são a atitudes ou ações do personagem que modificam a sua vida ou
a vida de outrem?
4.6. O personagem bíblico é semelhante a que tipo de pessoa no mundo de
hoje?
4.7. De que maneira você é semelhante ou o oposto ao personagem bíblico?
4.8. Quais são as características da luta do personagem para estabelecer a sua
própria identidade, ou relação com o grupo, ou responsabilidade perante os
outros?
4.9. Que é que você aprendeu sobre si próprio e de que maneira você tem sido
desafiado a mudar alguma coisa em sua vida como resultado do estudo da
história do personagem?
5. Agora faça uma lista das características principais do personagem bíblico,
apontando os seus pontos fortes e fracos.
5.1. Que tipo de pessoa foi ele/ela?
5.2. Quais são os fatores que o/a fizeram ter estas características?
5.3. Quais são os resultados práticos destes fatores? (Exemplo: característica
principal de Barnabé: o grande encorajador).
6. Procure descobrir as causas das fraquezas do personagem bíblico bem como o
remédio para estas fraquezas.
7. Veja se pode descobrir o segredo das virtudes dele/dela.
8. Faça a aplicação das lições contidas na vida do personagem à sua própria vida e
também à vida dos ouvintes. (Veja 4.9)
9. Leia tudo que puder em comentários e dicionários bíblicos, livros especializados e
outros. Tome nota dos itens mais importantes e interessantes.
10. Faça a escolha do texto, tema da mensagem, objetivos, etc. Quanto ao objetivo
especifico, é necessário sempre ter em mente um dos seis objetivos gerais
conhecidos.
11. Agora você está pronto para preparar o esboço do seu sermão. Siga as regras da
boa organização das idéias do sermão (cuidado com o esboço histórico e o tema
histórico!)
12. Procure novo material ilustrativo além das ilustrações que vêm da vida do
personagem.
13. Escreva o sermão, pensando na linguagem oral ou verbal e não no estilo por
escrito (coloque as suas idéias no papel como se estivesse falando em voz alta.
Escreva tudo o que puder, introdução, corpo do sermão, e conclusão. Utilize um
estilo claro e simples).
14. Faça uma revisão em tudo e decore o esboço. Agora, com a ajuda de Deus, você
está pronto para pregar, pois a preparação espiritual tem acompanhado todos esses
passos.
15. Se possível, deixe sugestões para o povo levar consigo. Ex.: sugira que ponha em
prática a verdade ensinada no sermão, ou que imite o comportamento do
personagem bíblico.
16. Pregue o seu sermão no poder do Espírito.

VÁRIAS MANEIRAS DE ORGANIZAR OS SERMÕES BIOGRÁICOS

1. Alguns tipos não servem ou pelo menos não são os melhores. É claro que alguns
pregadores são péssimos na organização de suas idéias, mas têm outros pontos
positivos que ajudam a vencer as falhas quanto a organização. Devemos lutar para
conseguir a melhor unidade e organização possível. O tipo de sermão biográfico
que escolhe o texto e apenas comenta versículo por versículo, sem uma organização
das idéias, não é o melhor tipo. Não se deve comentar apenas a história do
personagem, sem uma aplicação aos nossos dias. Também não se deve deixar a
aplicação para o fim.
2. Tipos que servem:
2.1. Uma análise da vida do personagem. Ex. Jonas
2.2. Uma análise temática. Ex. Falar sobre o avivamento de Jonas em Nínive.
2.3. Uma análise do caráter do personagem. Uma pessoa é composta de muitas
qualidades. Ex. Falar de Sansão e suas contradições – virtudes e defeitos.
2.4. Uma análise da carreira do personagem. Dividir a vida do personagem em
etapas. Ex. José: período de sonhos; período de prisões; período de
realizações.
2.5. Uma análise das atividades do personagem. Ex. Barnabé: amigo
simpatizante, missionário, homem liberal, etc.
2.6. Uma análise de locais significativos na vida do personagem. Ex. Moisés:
homem de três montanhas.
2.7. Uma análise do personagem pelas crises que passou. Ex. Ester: racial,
religiosa e pessoal.
2.8. Análise de parentesco
2.9. Análise da contribuição que alguém deixou pela passagem nesta vida.
2.10. Uma análise da grandeza do personagem. Ex. João Batista.
2.11. Uma análise do galardão do personagem. Ex. Rute: refúgio, descanso,
redenção, renome.
2.12. Uma análise por perspectiva diferente. Ex. Jesus: visto pelos pais, Herodes,
pelos pastores, pelos sábios, pelos inimigos, por Satanás, etc.
2.13. Uma análise de um grupo de personagens. Ex. Ananias e Safira.
2.14. Uma análise das lições encontradas na vida do personagem. Ex. O ladrão
penitente: salvação sem obras; salvação sem ordenanças ou sacramentos;
uma salvação eterna, indo ao paraíso logo depois da morte sem passar pelo
Purgatório.
2.15. Uma análise da característica principal do personagem. Ex. Estevão: uma
testemunha fiel.
2.16. Uma análise de um evento chave na vida do personagem. Ex. Elias no Monte
Carmelo.
2.17. Uma análise de um texto chave sobre a vida do personagem. Ex. Barnabé –
At 11. 24 – homem bom, caracterizado pela fé, e cheio do Espírito Santo.
2.18. Uma análise de uma idéia única. Ex. Erros de Moisés.
2.19. Uma comparação e/ou contraste entre dois personagens. Ex. Abraão e Ló.
2.20. Uma análise psicológica. Ex. Noé ou José e a vitória sobre as circunstâncias.
2.21. Uma análise do personagem através de uma série de mensagens.

IDÉIAS PARA SÉRIES DE SERMÕES BIOGRÁFICOS

1. Os jovens famosos da Bíblia: José, Samuel, Davi, Daniel, Jesus, Timóteo.


2. As grandes conversões do NT: o endemoninhado, Mateus, mulher samaritana,
Zaqueu, ladrão da cruz, Saulo de Tarso, Cornélio, Lídia, etc.
3. Os grandes sonhadores da Bíblia: Jacó, José, Faraó, Salomão, Nabucodonozor,
Belsazar.
4. Os néscios da Bíblia: Roboão: aquele que constrói a casa (vida) sobre a areia (Mt
7.24-28), o louco de Lc 12, as virgens loucas de Mt 25, etc.
5. As grandes amizades da Bíblia: Abraão e Ló; Rute e Noemi, Samuel e Saul, Davi
e Jônatas, Maria, Marta, Jesus e Lazaro, Paulo e Timóteo.
6. Os maiores vultos do VT: Moisés, Abraão, Jacó, José, Elias, Isaias, Davi, Samuel,
Salomão, Jeremias, Daniel, Etc.
7. Os maiores vultos do NT: Paulo, Pedro, João Batista, João, Barnabé, Estevão,
Lucas, etc.
8. Os grandes intercessores da Bíblia: Abraão, Moisés, Samuel, Davi, Elias, Daniel,
Jesus, Paulo, Etc.
9. As grandes histórias de amor: Jacó e Raquel, Abraão e Sara, Isaque e Rebeca,
Oséias e Gomer.
10. Os que rejeitaram a Cristo: Herodes, Pilatos, Judas Iscariotes, Festo, o jovem rico,
Agripa, os gadarenos, ladrão da cruz, etc.
11. Homens que tiveram visões: Abraão, Moisés, Calebe, Josué, Samuel, Isaias,
Ezequiel, Daniel, Amós, Cornélio, Paulo, Pedro, etc.
12. As mulheres piedosas da Bíblia: Noemi, Rute, Ester, Dorcas, Lídia, Débora, Isabel,
Maria mãe de Jesus, Marta e Maria, Lóide e Eunice, etc.
13. Os grandes estadistas: Moisés, Davi, Salomão, Isaias, Ezequiel, Daniel, Neemias,
etc.
14. Tipos de personagens Bíblicos que exemplificam fracassos modernos: Saul,
Sansão, Caim, Jezabel, Atalia (2Cr 22.1-10), Judas Iscariotes, Demas, James e
Jambres, etc.
15. Exemplos de sermões relacionados:
O segredo da fé (Abraão)
Como Deus transforma uma pessoa (Jacó X Israel)
O Deus de um homem comum (Isaque).

COMO PREPARAR UMA SÉRIE DE SERMÕES BIOGRAFICOS

1. É necessário decidir qual é o alvo que vai controlar o desenvolvimento da série.


2. É necessário planejar a série como um todo.
3. É bom escolher um Título para a série.
4. Cada sermão será preparado como uma unidade separada.

QUALIDADES QUE DEVEM POSSUIR A SÉRIE

1. A série deve abranger todos os sermões.


2. A série deve ser bastante bíblica.
3. A série deve ser bastante atual e contemporânea.
4. A série deve mostrar a ação de Deus e não apenas glorificar os homens. Deus
como o centro da série.

BIBLIOGRAFIA:

1. Andrew Watterson Blackwood, Biographical Preaching for Today.


2. Andrew watterson Blackwood, La Preparacion de Sermões Bíblicos,
páginas. 57 a 105.
3. Faris Whitesell, Preaching on Bible Characters.

O SERMÃO TIPO MONÓLOGO

1. Descrição: O monólogo é uma forma simples de trama que apela a todas as


idades. Uma pessoa fala como se fosse um personagem bíblico que está sendo
focalizado compartilhando os pensamentos e sentimentos. Assim vive o papel do
personagem bíblico. (Então, depois de estudar todas as passagens relacionadas e
pesquisando outras fontes, o monólogo é preparado, as idéias principais são
preparadas e o pregador fala espontaneamente, como se estivesse dando o seu
próprio testemunho).
2. Valor:
2.1. O método novo desperta um novo interesse na pregação por parte do povo.
2.2. O sermão tipo monólogo alcança todos os grupos, faixas etárias, níveis
culturais e sociais.
2.3. Muitas vezes é mais fácil levar convidados não crentes para este tipo de
programação nova, do que para cultos comuns.
2.4. Ajuda a pessoa que faz o sermão a ter um novo entusiasmo na transmissão
do evangelho.
2.5. O sermão tipo monólogo tem um forte apelo através do elemento do
testemunho pessoal e o desafio de uma experiência que podemos chamar de
experiência comovedora.
3. Os passos na preparação do sermão monólogo:
3.1. Faça a escolha do personagem a ser focalizado na mensagem.
3.2. Estude todo o material histórico sobre o personagem.
3.3. Determine a idéia central a ser focalizada na mensagem.
3.4. Estude a vida do personagem, procurando imaginar como tudo teria
acontecido. Ponha a sua imaginação para funcionar. Procure ilustrações
gráficas sobre a vida do personagem e também em Bíblias infantis que trazem
ilustrações.
3.5. Faça a aplicação das experiências do personagem para a nossa época.
3.6. Prepare cuidadosamente o ambiente do culto.
3.7. Anuncie o que vai fazer antes de começar o sermão.
3.8. Pense sobre a decisão de usar ou não os trajes típicos.
4. Os perigos (possíveis) quanto a preparação do sermão tipo monólogo:
4.1. Evite a tentação de transformar a pregação em uma simples dramatização
teatral.
4.2. Evite a idéia que é mais fácil preparar este tipo de sermão
4.3. Evite a tentação de basear o sermão em material extra-bíblico ou aquele
encontrado na tradição.
5. Onde encontrar material:
5.1. Leia todas as passagens na Bíblia, utilizando várias traduções, verificando
as passagens paralelas, etc.
5.2. Dicionários bíblicos.
5.3. Comentários bíblicos sobre as passagens, especialmente aqueles que
trazem uma exegese mais completa.
5.4. Verifique os livros biográficos sobre personagens bíblicos.
5.5. Verifique os livros de histórias bíblicas para crianças.
5.6. Todo tipo de material ilustrativo sobre a passagem ou personagem.
6. Idéias para personagens que podem ser usados:
6.1. Personagem do sexo masculino; Noé – a porta que Deus fechou; Moisés –
Ex 3 e 4; o profeta Nata quando entrevistou Davi; Isaias; Daniel; Nicodemos; o
filho pródigo; o bom samaritano; o jovem de qualidade; Zaqueu; o rapaz dos
pães e peixes; Tomé; o paralítico que foi curado; Barrabas; o aleijado de Atos
3; o carcereiro de Filipos (a idéia de que o carcereiro aceitou a Cristo na
primeira vez que o ouviu o evangelho, unindo-se a Igreja, etc.); Paulo; Caim;
etc.
6.2. Personagens do sexo feminino: Eva, Sara, Raquel, Rebeca, Rute – a nora
fiel, Ester, Mirian, Débora, Ana (mãe de Samuel), a serva de Naamã, Maria
Madalena, a mulher samaritana, Lídia, Maria e Marta, a esposa de Pilatos, a
viúva pobre, Loíde e Eunice, Etc.
6.3. Não esqueça de incluir muita aplicação, não apenas conte a história do
personagem bíblico.
7. Possíveis conclusões para um sermão tipo monólogo:
7.1. Pode-se concluir o sermão com as próprias palavras do personagem bíblico.
7.2. Pode-se usar uma das expressões: “...até aqui falou o personagem ‘X’”; ou
“...temos ouvido o testemunho de ‘Fulano’”. etc.
7.3. Pode-se dizer: “...chegamos a seguinte conclusão sobre o personagem ‘X’”.

O SERMÃO TIPO DIÁLOGO

1. Definição: o uso de duas ou mais pessoas num culto público para comunicar a
mensagem do Evangelho. É um tipo de interação no culto para comunicar a verdade
do evangelho.
2. Características do Sermão tipo diálogo:
2.1. Deve haver uma idéia central que o pregador quer comunicar.
2.2. As idéias apresentadas no sermão tipo diálogo devem ser baseadas na
Bíblia (é um sermão: com tema, tese, objetivos, etc.).
2.3. Deve haver bom uso da imaginação (Ex. aquilo que Jó e a esposa poderiam
ter falado um para o outro, quando ela disse que ele deveria amaldiçoar a
Deus e morrer; o que está por trás de uma afirmação dramática assim?).
2.4. Deve haver um bom senso na história (não pode ser, sobre hipótese
alguma, contrária àquilo que está na Bíblia, pois seria a anti-história).
2.5. Deve haver qualidade de “empatia”, que significa “sentir com as pessoas
envolvidas no diálogo” (devemos nos colocar no lugar dos personagens,
sentindo com eles).
2.6. Devemos explicar ao povo aquilo que vamos fazer. A idéia central do
diálogo deve ser simples e não confusa ou complicada. É uma ajuda extra,
quando se usa várias vezes, os nomes dos personagens envolvidos no
diálogo.
2.7. O sermão deve ser muito bem preparado, não tentando inventar muita coisa
na hora.
2.8. Procure não estar preso demais ao papel, às anotações. Tome cuidado
para jamais se perder nelas.
3. Desvantagem e objeções ao sermão tipo diálogo:
3.1. É um método novo, não segue o método tradicional, o que poderia ser
interpretado como não sendo um verdadeiro sermão ou a pregação do
evangelho.
3.2. O próprio pregador muitas vezes é limitado, não tendo grande capacidade
para dramatizar, o que é essencial no sermão tipo diálogo (tentar aprender o
método para usá-lo de vez em quando pode ajudar na variação do estilo de
pregação).
3.3. É difícil de encontrar pessoas capazes de ser nossas parceiras no diálogo.
3.4. O sermão tipo diálogo não pode ser usado com constância.
3.5. É necessário muito tempo para prepará-lo.
4. Vantagem do sermão tipo diálogo:
4.1. Envolve os ouvintes na ação, captando a sua atenção.
4.2. A pregação se torna mais interessante (podemos usar uma verdade bíblica
já muito conhecida com o novo método do diálogo).
4.3. É possível através do diálogo, expressar a fé bíblica através de perguntas e
respostas que são importantes na vida cotidiana dos ouvintes.
4.4. O método do sermão tipo diálogo oferece mais opções para variar a maneira
que usamos para apresentar as verdades da Bíblia.
5. Tipos ou possibilidades de sermão tipo diálogo:
5.1. O pregador pode fazer os dois papeis do diálogo.
5.2. O pregador pode usar um bonequinho, como ventríloquo.
5.3. O diálogo pode ser entre o pregador e um leigo, especialmente quando o
leigo representa as pessoas que precisam ser informadas.
5.4. O diálogo pode ser entre o pregador e o “advogado do Diabo”.
5.5. O diálogo pode ser realizado entre dois personagens bíblicos (Ex.: Saul e
Davi; Jônatas e Davi; João e seu Pai Zebedeu; Maria e Marta; etc.).
5.6. O diálogo pode ser com a congregação. Este diálogo pode ser antes,
durante ou depois do sermão.
5.7. O diálogo pode ser entre o pregador e uma gravação em voz diferente (do
próprio pregador ou de outrem, utilizando serviço de som, com alguém
controlando a gravação).
5.8. O diálogo pode ser entre o pregador e uma pessoa do auditório,
preferencialmente usando serviço de som (cuidado para não dar a idéia de
que qualquer pessoa do auditório pode participar do sermão).
5.9. O diálogo pode ser feito com dois pregadores (Ex. Pastores).
5.10. O diálogo pode ser do tipo “entrevista”, com um personagem bíblico
transportado para nossa época (neste caso, o personagem bíblico
responderia as perguntas do personagem da nossa época).
5.11. O diálogo pode ser do tipo entrevista com o Pregador respondendo as
perguntas que lhe são feitas por um interlocutor.
5.12. Não esqueça de incluir muita aplicação, e não apenas fazer o diálogo.

BIBLIOGRAFIA:

1. Brown, Donald R. I Was There. Grand Rapids: Zondervan, 1972. (Sermões tipo
monólogo)
2. Conley, Thomas H. Two in the Pulpit. Waco: Word Books, Publishers, 1973.
(Tipo diálogo)
3. Howe, Reuel L. Partners in Preaching. New York: The Seabury Press, 1967. (Tipo
diálogo)
4. Thompson, Willian D., e Bennett, Gordon C. Dialogue Preaching. Judson Press,
1969.
5. Speakman, Frederick. The Salty Tang. Revell, 1954, especialmente páginas 126-
160. (Monólogo)

O SERMÃO EXPOSITIVO
Pr. Gerard Rowlands

1. Neste caso estamos lidando com a arte de se expor uma passagem das Escrituras.
Expor significa interpretar e explicar: apresentar um assunto detalhadamente.
2. Vantagens da pregação expositiva: este é um excelente método de se ensinar a Bíblia.
Ele tem muitas vantagens distintas e é um bom estilo de se cultivar. Aqui estão
algumas das vantagens obvias deste método:
2.1. É um método bíblico: o próprio Jesus freqüentemente usava este método. Ele
tomava um trecho das Escrituras do Antigo Testamento e interpretava o seu
significado para seus ouvintes.
2.2. Produz pregadores da Palavra e congregações voltadas à Bíblia: a explanação
das Escrituras garante um grande teor bíblico nas suas pregações. À medida que
você prossegue num capítulo, versículo por versículo, os seus ouvintes estão
sendo alimentados com a Palavra de Deus.
2.3. Convida o reforço do Espírito Santo: o Espírito de Deus sempre concorda com a
Palavra de Deus (1Jo 5.7). Portanto, quanto mais teor bíblico pregamos, mais
unção do Espírito haverá sobre nossa proclamação. O Espírito Santo se deleita
em confirmar a Palavra de Deus. Ele o faz muitas vezes com sinais e maravilhas.
2.4. Estimula um interesse mais profundo na Bíblia: quanto mais você compartilhar da
Bíblia com as pessoas, tanto mais famintas dela tornar-se-ão. Logo começarão a
estudá-la por si mesma em níveis mais profundos. Suas vidas serão
transformadas. Serão fortalecidas e consolidadas pela Palavra.
3. Procedimentos sugeridos:
3.1. Escolha cuidadosamente uma passagem apropriada das Escrituras: certifique-se
de que esta passagem ministre vida e fortalecimento aos seus ouvintes. Não
escolha um assunto meramente porque ele lhe interessa ou lhe intriga. Evite
escolher um texto que gere discussões, divisões e brigas. Você está procurando
ser um canal para Deus, a fim de que Ele possa falar a sua Palavra ao seu povo
através de você. Você é, portanto, responsável em revelar a mente de Deus
sobre o povo o qual Ele lhe deu responsabilidade.
3.2. Procure um tema que seja relevante à situação atual do povo: Deus sempre tem
“verdades atuais” que Ele quer comunicar ao seu povo. Há uma progressão e
desenvolvimento constantes dos propósitos de Deus no meio do seu povo. Ele
tem um propósito específico para todas as congregações de crentes. Toda igreja
local deveria estar seguindo adiante naquele propósito específico que Deus
definiu para ela. A fim de realizarmos isto, é essencial que Seus específica
Palavra da Verdade seja consistentemente ministrada à congregação.
3.3. Estude a passagem cuidadosamente sob todos os ângulos possíveis.
Primeiramente, leia a passagem várias vezes, até que você comece a ficar
familiarizado com ela. Sempre que houver uma ligação óbvia com alguma outra
passagem das Escrituras, leia este outro trecho também. Estudo todo material
referente ao texto, disponível em livros, artigos, revistas e internet. Acima de
tudo, porém, mantenha sua mente alerta e aberta ao Espírito Santo para que
você possa colher quaisquer pensamentos que Ele vier a compartilhar com você.
3.4. Esforce-se para entender minuciosamente o seu tema. Tente sempre descobrir o
tema subjacente da passagem. O que o Espírito Santo estava tentando transmitir
ao inspirar esta passagem? O que Deus gostaria de dizer ao seu povo através
disto?
3.5. Tenha em mente um objetivo definido. O seu objetivo deve estar em total
harmonia com o objetivo de Deus. Tendo descoberto o que você sente que Ele
está querendo comunicar através destas Escrituras, a sua tarefa é ser tão fiel a
isto quanto possível. Assim sendo, é necessário que você se absorva
completamente nesta mensagem. Não é suficiente compreendermos
mentalmente o que Deus esta dizendo. É preciso que sintamos o que Ele está
sentindo. Ele quer comunicar o Seu coração como também a Sua mente e
vontade. Portanto, a Sua Palavra tem de fluir através do seu coração e mente.
3.6. Fale pela sua própria experiência. Para que você possa comunicar a verdade
eficazmente, deveria ser algo que Deus trabalhou primeiramente em sua própria
vida. Muitos pregadores apresentam teorias, pregando banalidades que muitas
vezes não tem qualquer relevância prática. Você tem que conhecer as
experiências como uma realidade em sua vida, antes que possa compartilhá-las
eficazmente com os outros.
3.7. Torne-a significativa. “Exegese” significa “salientar o verdadeiro significado”.
Você é responsável em garantir, da melhor forma possível, que o verdadeiro
significado e importância da passagem bíblica se torne claro aos ouvintes.
Sempre tente simplificar o assunto. Isto é o que Jesus fazia. Ele tomava
questões profundas e as tornava tão simples! Muitos pregadores atuais fazem
exatamente o oposto. Tomam os assuntos mais simples e os fazem tão
profundos e complicados que seus ouvintes entendem pouco do que escutam.
Lembre-se disto: quanto mais simples, melhor.
3.8. Torne-a prática. Sempre tente mostrar claramente as aplicações práticas que a
mensagem pode ter para o povo. Um grave perigo para os cristãos é em geral,
“um conhecimento excessivo e bem pouca prática”. Não se contente em
simplesmente falar ao povo. Faça com que as suas conclusões sejam bem
claras. Procure dar sugestões práticas no que se refere às maneiras pelas quais
o povo pode significativamente corresponder a Deus.
4. A coleta de material relevante:
4.1. O que já li ou ouvi sobre este assunto. Procure se lembrar de tudo o que você já
ouviu, leu e estudou sobre o assunto.
4.2. O que o Espírito Santo já me mostrou sobre este assunto. Se você fez anotações
sobre seu tempo de meditações e a sós com Deus, então agora você pode
recorrer a este tesouro que o Espírito lhe deu. Aqui está o valor do caderno de
anotações. Medite sobre o texto, a meditação o ajudará a lembrar de coisas que
você aprendeu pelo Espírito.
4.3. O que já observei que se relaciona com este assunto. Freqüentemente
observamos coisas que clarificam o assunto que estamos considerando –
incidentes da nossa experiência que ilustram algum aspecto da verdade que
estamos considerando no momento. Às vezes é algo que observamos na
natureza e que confirma um princípio que estamos estudando na Palavra de
Deus.
4.4. Que pensamentos já tive sobre este assunto. Vasculhe sua mente atrás de
antigos pensamentos sobre este assunto
4.5. Quem ou que posso consultar sobre este assunto. Discutir tópicos bíblicos com
um pregador amigo é uma fonte rica de pensamentos. Compartilhe seus
pensamentos com outros colegas e pessoas, e tome também a visão de outras
pessoas sobre a passagem e o tema em questão.
4.6. Deixe o Espírito Santo falar à vontade com você através de um tempo de
meditação, talvez em jejum e oração.
5. Preparação do seu material: tendo encontrado uma passagem adequada e relevante:
5.1. Aborde-a honestamente. Coloque de lado todas as suas idéias preconcebidas.
Permita que sua mente esteja aberta, e que não seja tendenciosa, para que você
possa receber e aprender algo novo. Alguém já disse que, se realmente
quisermos crescer espiritualmente, precisamos ler todos os trechos da Bíblia que
nunca sublinhamos. Freqüentemente estabelecemos conceitos com firmeza e
temos a tendência de vermos somente as coisas que confirmam aquilo que já
cremos. Precisamos abordar a Palavra de Deus com abertura e honestidade.
Não anule ou invalide a Palavra de Deus, porque a sua tradição religiosa fechou a
sua mente para qualquer outra coisa além do que você crê no presente.
Certamente você não tem a plenitude de todo o conhecimento que Deus quer
transmitir a você. Esteja pronto para prender qualquer que seja a nova verdade
que Deus possa, porventura, ter para compartilhar com você.
5.2. Investigue-a minuciosamente. Analise a passagem. Interrogue-a. Desmonte-a e
examine-a minuciosamente. Faça isto com sua mente aberta ao Espírito Santo.
Tenha a expectativa de receber novos pensamentos e revelações de Deus e
também de discernir verdades que você nunca percebeu antes. A Palavra de
Deus é um poço profundo. Cave fundo, para ter verdades que outros ainda não
perceberam. Um segredo de ensino eficaz é investigarmos as áreas da verdade
que ainda não ocorreram anteriormente às pessoas.
5.3. Faça alguma reflexão original sobre ela. Não permita que sua mente fique nos
caminhos rotineiros que você criou. Confie que o Espírito Santo iluminará sua
mente. Ele compartilhará algo com você que nunca lhe ocorrera antes. Confira-o
com o resto da Bíblia. Nenhuma “verdade” jamais contradiz o ensino global da
Bíblia. Confira-o também com alguém que conhece mais da Bíblia que você.
Não tenha medo de ter algum pensamento original. Permita que o vento do
Espírito expulse as teias de aranha da sua mente.
5.4. Aborde-a criativamente. Deus é um criador. A sua Palavra é uma palavra
criativa. Tudo o que Deus criou, Ele o fez pela sua palavra. A Palavra de Deus
não deveria ficar presa. Ela ainda é uma palavra criativa e poderosa. Quando
liberada em corações redimidos, ela cria e transforma. Esteja sempre consciente
do potencial criativo da Palavra de Deus.
5.5. Trate-a construtivamente. Lembre-se que você é um colaborador de Deus. Você
está envolvido na construção de algo. Sua tarefa, enquanto submisso a Deus, é
edificar o corpo de Cristo. Portanto, as suas mensagens devem ser construtivas
e não destrutivas, ou meramente condenativas. Às vezes, sua palavra poderá
gerar arrependimento no povo, constrangimento por causa do pecado. Mas o
povo não pode ficar sob condenação. Não coloque o povo constantemente sob
condenação. O seu objetivo final é vê-los edificados e fortalecidos. Para realizar
isto, você precisa ministrar construtivamente.
5.6. Aborde-a comparativamente. As Escrituras têm de ser comparadas com as
próprias Escrituras. Elas têm de ser interpretadas sempre dentro do contexto
total da Bíblia. Isto requer uma maturidade de entendimento de toda a Bíblia.
Você precisa estudar a Bíblia consistentemente para “...apresentar-te a Deus
aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a
palavra da verdade.” (2 Timóteo 2:15 RA)
5.7. Conclua-a de forma prática. Todas as pregações e ensinos bíblicos eficazes
devem ter uma conclusão e aplicação práticas. O ministério não é meramente
para informação da mente, e sim para formação de vida. Você deveria fazer
sempre uma conclusão prática.
6. O pronunciamento de uma mensagem expositiva.
6.1. Abra a Bíblia na passagem desejada. Faça com que seus ouvintes também
tenham a Bíblia aberta na mesma passagem.
6.2. Leia a passagem em voz alta. A leitura da passagem é muito importante, jamais
prescinda dela. Ela é a parte mais importante do sermão.
6.3. Apresente o seu tema. Explique como você o abordará. Explique seu propósito e
intenção, assim seus ouvintes lhe acompanharão.
7. Sete princípios do sermão expositivo.
7.1. Clareza. Certifique-se de que seu comentário seja facilmente compreendido.
Não tente aparentar-se profundo ou misterioso. O objetivo da pregação
expositiva eficaz é tornar a passagem relevante tão fácil para ser compreendida
quanto possível. Não tente ser “esperto” ou demonstrar seu conhecimento.
Tente quebrar o Pão da Vida de uma forma tal que todos os seus ouvintes sejam
capazes de seguirem facilmente a ênfase que você está dando.
7.2. Consistência. Mantenha os comentários em consistência com o tema que você
está expondo. Evite a tentação de divagar em vários caminhos tortuosos que
possam ocorrer à sua mente. Mantendo-se fiel ao seu assunto, você estará
reforçando-o nas mentes dos seus ouvintes.
7.3. Coerência. “Ser coerente, ou coeso” significa “permanecer junto”. Prtanto,
certifique de que seus pensamentos têm uma unidade clara. Alguém que esteja
falando incoerentemente não será compreendido. Um dos objetivos em se pregar
a Palavra é que ela seja claramente entendida. Permita que a exposição dos
seus pensamentos tenha uma unidade óbvia. Não vagueie de pensamento a
pensamento. Seja claro e conciso. Certifique-se de que seus pensamentos
sejam coesos e se unam bem, com cada um deles apoiando e complementando
ao outro.
7.4. Continuidade. Deve haver também uma clara progressão de pensamentos. As
suas declarações devem estar continuamente levando seus ouvintes em direção
ao objetivo proposto. Cada ponto deve seguir claramente o ponto anterior. Os
seus comentários devem fluir livremente, de um comentário para o seguinte, com
unidade, desenvolvimento e progressão claros. Continue a mover-se para diante,
suavemente, em direção ao seu objetivo final.
7.5. Concisão. Procure ser breve. É muito melhor fazer com que seus ouvintes
desejem que você continue, do que fazer com que desejassem que você já
tivesse terminada há vinte minutos. Evite a tentação de falar só por falar. Não
adquira o hábito de ficar esticando o assunto. Isto só confunde seus ouvintes.
7.6. Abrangência. Este ponto pode parecer que está contradizendo o anterior, no qual
se aconselha a brevidade. “Ser abrangente” significa “cobrir o assunto de forma
tão completa quanto possível”, portanto, não são opostos. Certamente é possível
e desejável cobrir um assunto de forma abrangente e contudo, tão breve quanto
possível. Para sermos abrangentes não é necessário falarmos tanto tempo que
nossos ouvintes se tornem cansados. Tente harmonizar os dois.
7.7. Conclusivo. Aqui está o ponto mais importante. Qual é a conclusão de tudo o
que você disse? Qual é o resultado final? O que conseguirão as suas palavras?
A conclusão desejada deve dominar a sua mente desde o começo. Você deve
mover-se inexoravelmente em direção a ela. Ministre em fé, tendo a expectativa
de que Deus realizará o Seu desejado objetivo. Lembre-se de que não é sua
responsabilidade “final” fazer com que a Palavra “não volte vazia, mas produza o
que foi determinada para ela produzir”. Você está cooperando com Deus, mas
não fazendo o Seu trabalho. Continue olhando para Deus e esperando que Ele
faça multiplicar os resultados que Ele mesmo determinou ao inspirar aquele texto
específico.

O SERMÃO E O PREGADOR
Pr. Gerard Rowlands

INTRODUÇÃO:

A pregação da Palavra de Deus é um dos maiores privilégios confiados ao homem.


É uma das suas maiores responsabilidades. Através da “tolice” da pregação. Deus
escolheu revelar-Se aos homens. Este conhecimento de Deus que é transmitido através
da pregação pode conduzir os homens à salvação eterna através da fé em Jesus Cristo e
também transformá-lo à imagem e semelhança de Deus.
A arte da pregação é frequentemente chamada de Homilética, que é uma palavra
derivada da palavra grega homilia, que significa “o falar de Deus aos homens” (At 20.11).
A homilética inclui o estudo de tudo que se relaciona com a arte da pregação. Há dois
aspectos distintos na pregação: primeiramente o divino e, em segundo lugar, o humano.
A homilética é o estudo do aspecto humano!

1. O SERMÃO – COMO SER EFICAZ


A pregação é a arte de se comunicar verdades divinas através da personalidade
humana. Um pregador é essencialmente um comunicador. Ele recebe as
verdades de Deus e as comunica eficazmente aos homens. Deus dá a revelação r
o homem fornece a apresentação. Para fazer isto eficazmente, ele precisa
aprender a fazer bem várias coisas.
1.1. Esperar em Deus – Em primeiro lugar, ele precisa aprender como esperar
em Deus – como ficar quieto na presença de Deus e discernir a voz do
Senhor falando dentro do seu próprio espírito.
Todo sermão que valha a pena começa no coração e na mente de
Deus, o qual é a origem de toda verdade. Ele é a fonte de todo
conhecimento. A primeira tarefa do pregador eficaz é aprender a receber os
pensamentos de Deus. Muito raramente ele ouvirá uma voz audível de
Deus.
As verdades divinas destilar-se-ão silenciosamente em seu espírito
como o orvalho da manhã. O pregador em potencial precisa esperar
pacientemente na presença de Deus, para receber os preciosos
pensamentos e verdades que Deus está sempre disposto a compartilhar
com os que O buscam diligentemente.
É bom nos habituarmos a passar algum tempo na presença de Deus.
Separe uma parte de todos os dias para entrar na presença de Deus e
espere pacientemente por Ele. Você logo aprenderá como perceber a voz
de Deus falando suavemente em seu espírito.
Não deveríamos entrar na presença de Deus com a simples idéia de
“obtermos um sermão”. Precisamos entrar na presença de Deus para, em
primeiro lugar nos expormos regularmente ao escrutínio e conselho de
Deus. Apressarmo-nos à sua presença com aquela urgência que “necessita
de um sermão para amanhã” não é uma atitude do coração que pode
receber as maravilhosas verdades de Deus. Deveríamos permitir uma
oportunidade para que a verdade produza seu resultado em nós, antes de
tentarmos compartilhá-la com os outros.
1.2. Estudar a bíblia – Idealmente, o pregador deveria chegar-se diante de Deus
com sua bíblia nas mãos. Arranje tempo para sentar-se desta maneira
quieta e pacientemente diante de Deus. Peça iluminação e inspiração na
Sua Palavra. Busque em oração o conselho, a sabedoria e as instruções do
Senhor na Sua Palavra enquanto você tiver a Bíblia aberta à sua frente na
presença do Senhor.
Às vezes, é bom seguirmos um padrão regular de leitura, começando
de onde paramos no dia anterior. Isto nos ajuda a cobrirmos toda a Bíblia
consistentemente, ao invés de darmos umas “bicadinhas” aqui e ali e
negligenciarmos grandes porções das Escrituras. Outras vezes, podemos
buscar uma direção do Espírito com relação ao que deveríamos ler. Desta
maneira não entramos numa rotina.
1.3. Ter um caderno – um caderno, onde você possa registrar os pensamentos e
idéias que vêm à sua mente nestas ocasiões de espera silenciosa, é
essencial. É impressionante o quão rapidamente podemos nos esquecer
das verdades mais maravilhosas, se os pensamentos não forem registrados
enquanto estão ainda frescos em nossas mentes.
Pratique o habito de escrever todos os pensamentos importantes que
vêm à sua mente enquanto você lê as Escrituras em atitude de oração. Se
um tema lhe parecer atraente, vá em frente até onde puder e anote tudo o
que for possível sobre este assunto. Desta maneira você logo desenvolverá
uma boa fonte de matéria para sermões.
Releia esta matéria de vez em quando. Esses pensamentos
começarão a se expandir em seu coração. Você descobrirá que alguns
temas ocuparão a sua mente durante semanas, expandindo-se
continuamente à medida que você meditar neles.
Habitue-se a conversar com o Senhor sobre a Sua Palavra. Quando
houver coisas que você não entenda, peça que o Espírito Santo as ilumine.
Em seguida, aprenda a esperar quieta e pacientemente diante do Senhor,
enquanto Ele envia suavemente as respostas para o interior do seu espírito.
Registre-as enquanto estão chegando a você. Anote em seu caderno as
linhas gerais e importantes das verdades transmitidas. Não as entregue
simplesmente à sua memória. Até mesmo as melhores memórias têm suas
fraquezas.
1.4. Seja purificado pela Palavra – Tente evitar a atitude que busca uma palavra
de Deus para que você possa pregar sobre ela no domingo de manhã. Não
fique sempre procurando projéteis espirituais para poder atirá-los nos outros.
Reconheça as necessidades básicas do seu próprio coração através da Sua
Palavra e do Seu Espírito. Permita que a Palavra lave e purifique
primeiramente a você.
É importante que você alimente a sua própria alma. Uma das
armadilhas em que os pregadores podem cair é o ficarem tão preocupados
em acharem alimento para suas congregações que o próprio bem-estar
espiritual deles é negligenciado. Este é dos perigos para os que estão
servindo no ministério. Este pensamento é expresso da seguinte maneira
em Cantares de Salomão 1.6: “...me puseram por guarda de vinhas, mas a
minha própria vinha não guardei.”
Às vezes o pastor pode estar tão envolvido em atender ao bem-estar
espiritual do seu rebanho que lamentavelmente negligencia o seu próprio
bem-estar espiritual. Esta é uma das razões principais que levam ao
fracasso os ministros do Evangelho. O ministro do Evangelho não pode se
dar ao luxo de negligenciar a sua própria vida espiritual.
Permita que a Palavra de Deus se torne arraigada no seu próprio
coração e espírito. Permita que ela se fortaleça na sua própria vida e na sua
experiência pessoal. Aí então, quando você pregar, você ministrará
baseado na sua experiência pessoal e na realidade, ao invés de
compartilhar coisas que você mesmo não compreende totalmente. Você
nunca pode levar os outros além do ponto em que você próprio chegou.
À medida que a Palavra de Deus vai se tornando “personificada” na
sua vida, você então se tornará uma mensagem de Deus. Você não será
alguém que meramente recita sermões, mas será alguém que ministra vida,
bênçãos e força aos que o ouvem.

2. DUAS IDÉIAS ERRADAS SOBRE A HOMILÉTICA


Há pelo menos dois erros comuns que as pessoas tendem a cometer com
relação à homilética.
2.1. “Preparação desnecessária”
A primeira idéia errada é de que a preparação é desnecessária e
indica uma falta de fé. As pessoas que adotam esta opinião têm a tendência
de acharem que a verdadeira fé despreza qualquer tentativa de se preparar
a mente, e simplesmente se colocam diante da congregação crendo que
Deus suprirá então as palavras a serem faladas.
Um versículo favorito destas pessoas é Sl 81.10: “... abre bem a tua
boca, e ta encherei”. O contexto deste salmo revela que este versículo não
tem nada a ver com a pregação! Esta tendência de ignorar o contexto de
uma passagem bíblica é um tanto quanto típica deste tipo de pessoas.
Revela uma atitude irresponsável e ingênua. Estas pessoas são geralmente
conhecidas por falarem tamanhas bobagens que não desejáramos “colocar
a culpa em Deus”!
Há, sem dúvida nenhuma, um lugar apropriado para a inspiração. Mas
há também um lugar válido para a preparação.
2.2. “A capacidade Humana é Suficiente”

O segundo erro vai quase para o outro extremo. Neste caso, uma
confiança total é colocada na preparação e na capacidade humana. Há
pouca ou nenhuma dependência no Espírito Santo, havendo, porém, uma
autoconfiança que é o resultado do treinamento e do desenvolvimento das
capacidades naturais.
Um treinamento assim certamente pode produzir uma palestra bem
interessante e convincente. Contudo, é somente a unção do Espírito sobre a
mensagem que pode ministrar a vida de Deus para o povo.
A verdade é que um ministério eficaz necessita tanto do aspecto
humano quando do divino. Deus certamente pode abençoar e ungir pos
pensamentos que foram diligentemente levantados em oração e
cuidadosamente considerados.
Que a sua preparação consista de reflexões profundas e de orações
fervorosas. Proponha-se a ser o melhor possível, porém certifique-se que a
sua confiança está em Deus e não em você mesmo. Sempre confie que Ele
dará a unção e a benção necessárias à sua pregação.

3. QUATRO ÁREAS DA HOMILÉTICA


3.1. Conceito – É a arte de se saber como receber uma mensagem de Deus.
Trata de como devemos receber a idéia e tema iniciais para um sermão.
Frequentemente, a semente de um pensamento é colocada em nossas
mente e pode lá permanecer durante muito tempo até alcançar um tamanho
adequado para podermos compartilhar com outros.
3.2. Composição – Tendo recebido a inspiração de uma determinada verdade,
você precisa começar agora analisá-la para descobrir tudo que esta verdade
contém. Enquanto você medita em oração, escreva todos os pensamentos
que vem a sua mente.
3.3. Construção – Tendo analisado por completo, toda a matéria para o seu
assunto e feito uma lista de todos os aspectos das verdades que você pode
encontrar em sua matéria, você deve agora começar a reunir estes
pensamentos de forma ordenada. Isto é essencial para você fazer
considerações adicionais ao assunto em atitude de oração. Agrupar a
matéria numa determinada seqüência adequada o ajudará enormemente
também na apresentação do assunto a outros. A construção tem o propósito
de simplificar o máximo possível a compreensão dos seus ouvintes. Esta é
a essência da construção de sermões.
3.4. Comunicação – Finalmente chegamos à comunicação da mensagem:
3.4.1. Comunicação clara e eficaz das verdades.
3.4.2. Como apresentar o seu assunto de uma maneira que cative a atenção
dos seus ouvintes.
3.4.3. Como desenvolver seus pensamentos, de uma maneira tão ordenada
que seus ouvintes possam facilmente seguir a linha de verdades que
você esta tentando transmitir.
3.4.4. Como motivar seus ouvintes a ações apropriadas, pois devemos ser
“cumpridores da Palavra e não somente ouvintes” (Tg 1.22).
4. TRÊS TIPOS DE PREPARAÇÃO DE SERMÕES
4.1. Sermão Escrito
4.2. Anotações do Tipo “Esqueleto”
4.3. Sermão Improvisado

5. SETE TIPOS DE SERMÕES


5.1. Textual – trata de um texto das Escrituras.
5.2. Tópico ou temático – trata de um tema das Escrituras.
5.3. Simbólico – trata de protótipos da Bíblia, interpretações alegóricas e
figuradas de pessoas, objetos ou eventos. Ex.: o cordeiro pascal de Êxodo é
um protótipo (figura) de Cristo.
5.4. Expositivo – trata de expor todos os aspectos de uma passagem das
Escrituras.
5.5. Biográfico – trata da vida dos personagens bíblicos.
5.6. Analítico – trata da exposição detalhada de uma assunto bíblico, até quase
esgotá-lo.
5.7. Analógico – trata da exposição das Escrituras através de comparações e
analogias.

6. O PREGADOR

A pregação eficaz é principalmente o produto de dois fatores: um divino e outro


humano. Ambos são necessários, pois “sem o homem, Deus não o fará, e, sem Deus, o
homem não poderá fazê-lo”. É com o aspecto humano que estamos tratando nestes
estudos.
Ao falarmos do pregador queremos basicamente vê-lo no seu aspecto referente à
personalidade.

6.1. Princípios de orientação da personalidade. Um discurso compõe-se de:


• 50% de matéria sobre o assunto;
• 20% de psicologia de abordagem e conclusão;
• 20% de pronunciamento eficaz;
• 10% de personalidade. Com referência à personalidade,
recomendamos:
6.1.1. Seja você mesmo, relaxe, e fique natural e sem afetação. Não esteja
sob tensão ou nervosismo, isto afeta o seu jeito de ser. A melhor
maneira de relaxarmos é entregarmos a nossa mensagem a Deus.
Faça o melhor que você puder, e deixe os resultados nas mãos de
Deus.
6.1.2. Tente não copiar os outros. Deus escolheu você porque ele quer usar
você. Você tem algumas características especiais, peculiares a você
somente, e Deus tem um propósito para elas. É um grande erro
tentarmos copiar qualquer outro pregador. Não importa o quanto esta
outra pessoa possa ser eficaz, copiá-la não melhorará seu ministério.
Fazer isto seria como Davi tentando usar a armadura de Saul. Se
você estiver copiando alguém seus ouvintes logo perceberão isto e
notarão que a sua pregação não é totalmente genuína e sincera.
6.1.3. Seja verdadeiro consigo mesmo. A integridade e a honestidade são
essenciais para o pregador. Deus quer usar um vaso que seja
honesto, sem hipocrisia e engano.
6.1.4. Seja um vaso limpo. É importante que seus ouvintes atinjam um ponto
mais elevado do que o seu. Se sua vida estiver poluída, você poluirá
os seus ouvintes. Se houver amargura você transmitirá isto. Você
sempre se reproduzirá segundo a sua espécie. Você tem uma séria
responsabilidade, de ser o tipo de pessoa que Deus quer reproduzir, a
fim de que o fruto do seu ministério seja também desta mesma
variedade.
6.1.5. Seja sincero. Sinceridade significa sermos libertos de fingimento ou
tapeação. Significa sermos a mesma pessoa na realidade assim
como na aparência. Não tente parecer ser algo em público que você
não seja na sua vida privada. Seja genuíno, honesto, sincero.
6.1.6. Tenha um propósito e um objetivo claros. A nossa personalidade é
moldada e desenvolvida adequadamente quando temos um
verdadeiro objetivo na vida. Se a sua vida for verdadeiramente
dedicada a tornar-se um eficaz ministro da palavra de Deus, a sua
personalidade se desenvolverá para este fim. Não permita que a
pregação seja um “hobby” para você.
6.1.7. Seja totalmente dedicado. Entregue-se de todo coração à grande
tarefa da pregação. Que este objetivo seja o primordial na sua mente.
Estude tudo que você puder sobre o assunto. Permita que ele motive
você. Faça dele a coisa mais importante da sua vida e determine-se a
ser, de todas as maneiras possíveis digno do alto chamado que Deus
colocou sobre você.

7. ENVOLVIMENTO PESSOAL NA PREGAÇÃO


7.1. Naturalidade. Descontraia-se e seja você mesmo. Deus escolheu você e
quer usar você. Não seja demasiadamente negativo com você mesmo.
Aceite-se. Deus o aceitou.
7.2. Originalidade. Faça com que sua mensagem e a maneira pela qual você a
apresenta seja o seu próprio e singular produto.
7.3. Simplicidade. Não tente ser demasiadamente complicado ou profundo.
Você não tem que impressionar as pessoas. O seu papel é ministrar a elas,
e não impressioná-las.
7.4. Atratividade. Jesus é a personalidade mais cativante e atraente que o
mundo já viu. Ele tinha um magnetismo pessoal. Era em parte este
magnetismo pessoal que atraia enormes multidões por onde quer que ele
fosse. O Espírito Santo pode desenvolver uma atração semelhante em
você.
7.5. Espontaneidade. Não haja sem naturalidade. Seja livre e desimpedido,
fazendo as coisas com naturalidade. Espontaneidade significa que as coisas
acontecem facilmente sem serem forçadas ou coagidas.
7.6. Adaptabilidade. Um bom pregador precisa aprender a ser flexível e a se
adaptar a muitas circunstâncias diferentes. Cada reunião em que você
prega é diferente das outras em muitos aspectos. Você precisa ser capaz de
discernir em cada situação o que o Espírito Santo está querendo realizar.
Deus tem um objetivo especifico em cada reunião de crentes. O pregador é
uma chave muito importante para realizar este propósito. O Espírito Santo
pode criar muitos tipos diferentes de ambientes. A capacidade de se
reconhecer isto e de se aproveitar estas situações singulares criadas pelo
Espírito podem fazer com que você colha os resultados desejados por Deus.
A chave para o sucesso no trabalho cristão é “discernirmos o caminho que
Deus está se movendo, e movermo-nos com Ele”.
7.7. Dinâmica. A pregação não pode ser, sob aspecto algum, algo monótono ou
estático. Deus está se movendo, e isto gera um dinamismo próprio. O
poder do Espírito é “dynamis”, poder dinâmico.

8. O EQUIPAMENTO VITAL
8.1. Visão. Todo pregador precisa de uma visão. Com isto quero dizer um
conceito do que o seu ministério pode alcançar em Deus. Podemos dizer
que é um sonho do que podemos ser para Deus.
8.2. Vocabulário. O vocabulário do pregador compõe-se do numero de palavras
que conhece e que lhe são familiares. Como pregador, você precisa
interessar-se pelas palavras. Obviamente, as palavras são a ferramenta que
o pregador usa para cumprir o seu chamado.
8.3. Voz. A voz é certamente a maior vantagem natural do pregador.

9. PRINCIPIOS DO DISCURSO PÚBLICO


9.1. Respiração. A respiração correta é extremamente importante para o orador.
9.2. Articulação. É a arte de se expressar as palavras claramente. Pessoas com
boa articulação falam bem claramente. São fáceis de se compreender.
Pronunciam bem as palavras.
9.3. Inflexão. Tem a ver com o timbre da voz na oratória. A voz humana tem
uma variedade muito grande de tons. Se você falar na mesma altura e no
mesmo tom o tempo todo, a sua voz pode ficar muito maçante. É preciso
que você desenvolva a habilidade de modular a sua voz, assim como o
cantor faz.
9.4. Velocidade do pronunciamento. Algumas pessoas têm a tendência de falar
com a mesma velocidade todo o tempo. Isto pode tornar-se cansativo. Você
deveria buscar variar a velocidade com que fala.
9.5. Volume. A variação de volume na sua voz pode fornecer uma ênfase
adicional num ponto que você esteja querendo demonstrar. A maior parte da
sua mensagem deveria ser feita num volume de conversação normal. Tente
começar a sua mensagem neste volume de voz, apenas aumentando o
volume quando você tiver um ponto especial a ser fortemente enfatizado. Se
você diminuir o volume de vez em quando, isto também servirá para dar uma
ênfase especial.
9.6. Pausa. Não tenha medo de pausar de vez em quando, isto também pode
dar uma ênfase adicional.
9.7. Repetição. Um determinado numero de repetições pode ser bom. Ajuda a
enfatizar o seu ponto e a fixá-lo na mente dos ouvintes. Este é o tipo de
ênfase que você dá de propósito. Você está ciente de que o está fazendo, e
tem boas razões para tanto. Tente apresentar o mesmo ponto de várias
maneiras.
10. PEQUENAS ”DICAS” PARA OS PREGADORES
10.1. Seja você mesmo!
10.2. Esqueça-se de você mesmo! – não se coloque no centro da pregação.
10.3. Não desenvolva uma “Voz Religiosa” quando você estiver pregando.
10.4. Não fale baixinho demais.
10.5. Não grite.
10.6. Lembre-se de variar a Velocidade e o Timbre do seu pronunciamento.
10.7. Faça com que os ouvintes o aceitem.
10.8. Vista-se adequadamente.
10.9. Aprenda a ficar em pé apropriadamente.
10.10. Aprenda a mover-se com naturalidade.
10.11. Estabeleça e mantenha um contato visual com os seus ouvintes.
10.12. Lembre-se de que as expressões faciais são importantes também!

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