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1.

INCOMPATIBILIDADE SANGUÍNEA: GRUPO RHESUS


1.1. Conceitos e fisiopatologia

É a doença hemolítica perinatal, ou eritroblastocis fetal ocasionada por uma grande


destruição das hematides e presença das suas células jovens ou imaturas na
circulação periférica e acompanhada de uma anemia.

Basicamente, a patogenia da eritroblastose fetal é a destruição dos eritrocitos fetais


Rh-positivos pelo anticorpo materno anti – D (IgG). Ainda não esta completamente
compreendida o mecanismo de emolisses. Sabe-se que o anti-D (a maioria das
vezes IgG1, e IgG3) activa a cascata do complemento, mas não o fixa: por tanto não
é provável uma atividade eritrolítica directa. A maioria das emacias marcadas pelo
IgG são hemolizadas pelo sistema fagocitario extravascular do baço

A anemia Fetal resultante dessa emolisse aumenta a produção de eritropoietina e a


eventual eritropoieses extramedular do fígado e baço, com aumento desses órgãos.
São liberados na circulação eritroblastos imaturos, e sua progressão provoca uma
maior eritropoieses, a qual acentua as alterações do parenquima hepático.

2. Diagnóstico
➢ Na gravidez a incompatibilidade pelo sistema Rh poucas vezes atinge o
primeiro filho excepto se houver referencias de hemotransfusao, sem o
conhecimento prévio do factor Rh
➢ Sugerem aloinmunizacao Rh os antecedentes de 1 ou 2 filhos normais,
seguido de Recém Nascido com Icterícia grave ou persistente, manifesta nas
primeiras horas de vida, anemia e morte nos caos de maior gravidade clinica.
➢ De outras feitas há natimortos e hidrópicos, que se repetem
➢ Em mulheres com historia clinica de 1 natimorto, por incompatibilidade Rh, a
probabilidade de se reproduzir o acidente é de 75%, que se ascende para
90% quando se produz em duas oportunidades.
➢ Actualmente a ultra-sonografia permite seguir passo a passo o
desenvolvimento de anormalidades no feto.
➢ A Cordocentese e a ultra-sonografia, usadas conjuntamente permitem obter
uma mostra do sangue do feto que permitira uma diagnostica precoce.
2.1. O diagnóstico a pós-parto:
➢ Faz-se pela hidropsia apresentando um R. N. Muito deformado pela
infiltração edematosa que lhe invade todo o corpo inteiro.
➢ Apresenta um R N. com abdômen de batráquio, que a ascite condiciona
fígado e baço enormes.
➢ Sonolência brutal patognomonica do Kernicterus
➢ Anemia Grave
2.2. Prevenção e conduta na Consulta Pré-Natal e no Parto
➢ A anamnese deve ser minuciosa. Fundamentalmente, a historia das
gestações anteriores e epilogo de cada uma delas, e os possíveis eventos
hemoterápicos.
2.3. A assistência se processa em fases:

1. Evidenciação de incompatibilidade sanguínea entre o casal.


2. Determinação da possível aloinmunização materna. Presente, monitorar seu
comportamento durante a gestação atual
3. Avaliação das condições do conceito pela dosagem espectrofotométrica da
bilirrubina no líquido amniótico e mais recentemente, pela ultrasonografia
cardiotocografia doppler e cordocenteses.
4. Tratamento preventivo com uma dose única de 300 g. De gamaglobulina
humana anti Rh (D) nas primeiras 72 horas apos do parto em mulheres Rh
negativo (d) não sensibilizadas que deram parto de R. N. Rh – positivo é o
grande recurso profilático
O seguinte esquema do MISAU ajuda para um melhor manejo de casos.

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