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Universidade pedagógica Delegação de Nampula

DCSF. Curso de Sociologia com Habilitação em Desenvolvimento Rural, 3oano,

2019

Cadeira de Sociologia Ambiental

Issa Caimo Adremane

O presente resumo extraído na obra titulada modernidade Reflexiva, politica, tradição e


estética na ordem social moderna, pertencente aos autores Ulrich Beck, Anthony Giddens e
Scott Lash, estes procuram analisar as transformações das sociedades actuais ou
contemporânea, o processo de crise e as consequências que elas causam. No primeiro capítulo
da obra Ulrich Beck fala-nos sobre a reinvenção da política rumo a uma teoria de
modernização reflexiva, onde procura explicar o significado da modernização reflexiva.

A princípio Ulrich Beck (2000:2), considera a modernidade reflexiva como sendo a


capacidade de uma auto – destruição criativa de toda uma época, a da sociedade industrial.
Para Beck o sujeito desta destruição criativa não é a revolução, nem a crise, mas sim a vitória
da modernização ocidental. Certamente que para Beck a modernização simples significa
primeiro o descontextualizar e segundo o recontextualizar das formas sociais tradicionais
pelas formas industriais, então, a modernização reflexiva significa primeiro a
descontextualização e o segundo a recontextualização das formas sociais industrias por outro
tipo de modernidade.

Todavia, para Beck a sociedade moderna esta modificar as suas formações de classe, de
status, de ocupação, os papéis sexuais, a família nuclear, a indústria, os sectores empresarias e
os pré – requisitos e as formas do natural progresso tecnoeconómico. Deste modo, para Beck
a modernização reflexiva é uma nova fase, em que o progresso se pode transformar em auto –
destruição, em que um tipo de modernização corta e transforma outro tipo.

Ulrich Beck considera que, a modernização reflexiva significa uma mudança na sociedade
industrial, a qual ocorre sub – repticiamente e de modo planeado no acordar de uma
modernização normal, autonomizada, e com uma ordem política e económica intacta não
transformada, implique o seguinte, uma radicalização da modernidade, o que quebra os
contornos e as premissas da sociedade industrial e abre caminho a uma outra modernidade.
No entanto, Beck no que se refere as revoltas sociais, diz que, a nova sociedade nunca nasce
com dor, o que produz uma mudança primordial no tipo dos problemas, nas questões
políticas, não é apenas a crescente pobreza, mas também a crescente riqueza e a perda de um
leste rival. Por outras palavras não são apenas os indicadores de colapso que podem libertar a
tempestade que ira fazer navegar ou arrastar a sociedade industrial, para uma nova época, mas
também o forte crescimento económico, o rápido desenvolvimento tecnológico e a grande
segurança no emprego.

Conforme Ulrich Beck explica, a modernização da modernização é também, politicamente,


um fenómeno importante que requer a maior atenção, visto que, a modernização reflexiva
abarca apenas um dinamismo de desenvolvimento que pode, por si só, ter consequências
opostas. Como é o caso de junção de grupos culturais, o nacionalismo, a pobreza em massa, o
fundamentalismo religioso de varias facções e crença, as crises económicas e ecológicas, as
possíveis guerras e revoluções, sem esquecer os estados de emergência produzidos por
acidentes catastróficos.

No seio das abordagens referentes a modernização reflexiva, Ulrich Beck diz que a
modernidade reflexiva pode ser diferenciada por referência a um equívoco, este conceito não
significa como poderia ser sugerido pelo adjectivo reflexivo ou reflexão, mas sim auto –
confrontação, uma vez que a transição do período industrial para o período do risco da
modernidade ocorre de modo indesejado, invisível, e compulsivo no surgimento do
dinamismo autonomizado da modernização, seguindo o modelo dos efeitos secundários
ocultas.

Em jeito de conclusão, para Beck a modernidade reflexiva significa auto – confrontação com
os efeitos da sociedade do risco, efeitos esses que não podem ser resolvidos nem assimilados
pelo sistema da sociedade industrial, nem medidos pelos modelos institucionalizados desta
última.

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