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ISPTEC

Disciplina: Automação Industrial da EPI

EPI7- M1 , 4º ano.

Lista nominal dos integrantes do grupo:

André Bunga – 20170881

Domingos Arsénio – 20171475

Letícia Camongo - 20161288

1º Questionário

1 – Defina automação industrial e indique as principais classificações.

R: Automação industrial poderia ser de definida como um conjunto de técnicas cujo objectivo
seria tornar automáticos vários processos industriais através da substituição da mão-de-obra
por equipamentos diversos.

Automação podem classificar-se em quatro classes que são:


Automatização fixa;
Automação programável;
Automação flexível;
Automação integrada.

2 – Caracterize a automação fixa. Dê um exemplo .

R: Automação Fixa

Este tipo de automação é caracterizado pela rigidez da configuração do equipamento. Uma vez
projetada uma determinada configuração de controle, não é possível alterá-la posteriormente
sem realizar um novo projeto.

As operações a realizar são em geral simples e a complexidade do sistema tem, sobretudo a


ver com a integração de um elevado número de operações a realizar. Os aspectos típicos da
automação fixa são:

• Investimentos iniciais elevados em equipamentos específicos.

• Elevadas taxas de produção.

• Impossibilidade em geral de prever alterações nos produtos.


Este tipo de automação justifica-se do ponto de vista econômico quando se pretende realizar
uma elevada produção. Como exemplos de sistemas deste tipo, podemos citar as primeiras
linhas de montagem de automóveis nos Estados Unidos.
Exe.: Nem indústria químicas, linhas de montagem mecanizadas

3 – Compare a automação fixa e a programável, em termos de ritmo de produção e troca de


produtos.

R: Automação fixa: elevado ritmo de produção ; Não é muito favorável a troca de produtos.
Automação programável: - necessidade de alterar o programa e a disposição física dos
elementos das máquinas para cada lote de produtos distintos
- necessidade de um período de preparação antes da fabricação de cada lote de produtos
distintos
A automação programável é adequada para a fabricação por lotes, mas não é suficiente
flexível para realizar trocar na configuração do produto.

4 – Descreva os principais: modos de funcionamento de um sistema na automação industrial.


Qual é o sistema mais utilizado na nossa industria.

Manual
Neste sistema o operador, através de elementos de comando, como por exemplo
interruptores, botões, alavancas, volantes ou teclados vai ordenando as diferentes operações
a realizar no sistema. O processo de controlo passa por sistemas de controlo com relés na
maior parte das vezes. O sistema não tem capacidade de decisão.
Automático
Estes sistemas funcionam de forma completamente autónoma, o operador não tem qualquer
intervenção, limita-se a dar o sinal de partida. Esta forma de controlo necessita de uma
unidade com capacidade de processamento e decisão.
Semiautomático
Neste sistema a execução das operações de processamento são repartidas pelo operador e
pelos accionamentos automáticos do processo. Este é o sistema mais utilizado na indústria.

. Na nossa indústria o sistema mais utilizado é o sistema manual.

5 – Compare os sistemas aberto e fechado. Dê um exemplo de cada.

Sistema Aberto: Nesse sistema não há realimentação, não existe troca de informações entre a
entra e a saída .
Ex: interruptor

Sistema fechado: Nesse sistema , temos uma realimentação que permite uma comparação
continua do valor de saída com a entrada de referência.

6 – A condução de uma viatura enquadrasse em que sistema? Indique os principais sensores e


actuadores, explique o funcionamento do sistema.
R: A condução de uma viatura enquadrasse em um sistema fechado.

Os principais Sensores:

Sensores na segurança passiva: A unidade de controlo de airbag ( ACU) usa sensores de


impacto, instalados atrás do para-choque frontal .

Sensor de temperatura do líquido de arrefecimento (CTS): O sensor de temperatura do


líquido de arrefecimento, Coolant Temperature Sensor (CTS), fornece uma informação
fundamental à ECU para que esta consiga executar diversas estratégias de funcionamento do
motor. O sensor reage às alterações de temperatura do líquido variando a resistência.

Sensor de rotação do motor : O sensor de rotação informa a unidade de controlo sobre a


rotação do motor, com o objetivo de sincronizar o sistema (tempo de injeção e avanço de
ignição) com o ponto morto superior do motor.

Sensor de velocidade do Veículo : Este sensor fornece à unidade de controlo, as informações


da velocidade do veículo, que são utilizadas pela mesma para o controlo da marcha lenta, a
quantidade de combustível e o controlo da válvula EGR.

Sensor de impacto central para proteção de piões : Este sistema aproveita o sensor de
impacto central que é usado na ativação dos airbags, para a proteção dos peões no momento
de impacto. Permite uma elevação automática do capô em caso de choque frontal com peões.
O peão cai sobre o capô, que absorve o choque, agindo como um amortecedor. O risco de
lesão é reduzido porque a cabeça e os ombros dos peões não ficam em contato com o motor
.
Sensores de Ângulo morto
Com sensores de radar (figura 25), o sistema de deteção do ângulo morto é concebido para
ver os automóveis no seu ângulo morto. Se o sensor detetar um carro no seu ângulo morto,irá
alertar o condutor através de uma luz cor-de-laranja no espelho.

Sensor de pressão Absoluta do coletor(MAP): Este sensor, tem como função informar a
unidade de controlo sobre as diversas variáveis da pressão no coletor de admissão, este valor é
determinado pela rotação do motor e pela posição da borboleta de aceleração.
Com o valor da pressão absoluta, mais as informações dos demais sensores do sistema,
consegue-se determinar a melhor relação ar/combustível e o avanço de ignição.

Faróis inteligentes: Um sistema que reforça a segurança, melhora a visibilidade e diminui a


fadiga visual. São faróis direccionais de bi-xénon, regulados por uma unidade de controlo que
garantem uma iluminação excelente em curvas e em estrada. Numa curva, o ângulo de
iluminação (até um ângulo de 15° à direita e à esquerda) é determinado através da medição da
velocidade e ângulo do volante. O controlo da intensidade de iluminação em estrada, é
determinado através da velocidade do automóvel. Nos dias de elevada precipitação, a
intensidade da iluminação do farol direito irá aumentar para o condutor ver melhor a berma
da estrada e do farol esquerdo irá diminuir para diminuir o risco de encadeamento do outros
condutores, isto é determinado por um sensor de chuva ou pela velocidade a que o limpa
pára-brisas esteja a funcionar

Os principais Atuadores:

Bobina de ignição: tem a função de transformar a tensão dos sistema de alimentação


do veículo, que normalmente varia de 12 a 14V em alta tensão . Pode chegar a
45.000V.
Válvula de Escapamento : Tem a função de melhorar a eficiência volumétrica, reduzir
as emissões de poluentes .
Válvula eletrônica de controle de ar ( Válvula Borboleta ) : Tem a função, a partir de
sinais fornecidos pela unidade de controle do motor (ECU), controlar o fluxo de massa
de air introduzido no motor , mais especificamente admitido nos cilindros.
Sensor Iônico: permite medir a corrente entre os terminais (gap) da vela .
Velas: A função primordial da vela é de forma eficiente acender a combustão da
mistura ar/combustível num motor a combustão interna ciclo Otto.
Cabos elétricos : A melhoria dos cabos utilizados para interligar o secundário da
bobina a vela visam diminuir a resistência e melhorar o bocal de encaixe evitando que
ele se solte .
.

7 – Compare um transdutor com um sensor.

Sensor – É um dispositivo que altera a sua caraterística física interna devido a um fenômeno
físico externo – campo eléctrico, campo magnético, presença ou não de luz, som, gás, etc.
O transdutor – Transforma informações de uma forma para outra. Por exemplo num
manómetro a informação de pressão é transformada em deslocamento.
O sensor pode ser considerado como um transdutor.

8 – Diferencia os controlos de processo de tipo descritivo e contínuo. Dê exemplos de cada.

- processos discretos – sinais binários, controlo de variáveis lógicas ou booleanas. Exemplos:


sensores de proximidade
- processos contínuos – sinais analógicos ou binários. Exemplos: sensores para medir,
deslocamento, pressão, temperatura, caudal, etc
9 – Indique as principais áreas de aplicação da automação.
R: Área da Produção ( prevenindo falhas operacionais , estoque ( WMS, CRM ) , Marketing ,
Recursos Humanos, financeiros, controle de pagamento, comercial .

10 – Classifique os sensores em termos de tipo de sinal.


Classificação em função do tipo de sinal:
- Analógico: é aquele que é continuo e assume determinado valor compreendido dentro de
uma escala. Exemplo: valor de pressão num manómetro; valor de temperatura num
termómetro; valor de tensão num voltímetro, etc.
- Digital: é aquele que pode assumir um número finito de valores em determinada escala.
Exemplos: contador; relógio digital.
- Binário: é aquele que pode assumir somente dois valores na escala, 0 ou 1.

11 – Explique o que significa num sensor as características: linearidade; exactidão;


sensibilidade e velocidade de resposta.

Linearidade – grau de proporcionalidade entre o sinal gerado e a grandeza física. Quanto


maior a linearidade, mais precisa é a resposta do sensor ao estímulo.
Exactidão – grau de proximidade entre o resultado da medição e o verdadeiro valor da
grandeza medida.
Sensibilidade – quociente entre a variação dos valores da grandeza de saída pela
correspondente variação da grandeza de entrada.
Velocidade de resposta – é o tempo de reacção do sensor às variações da entrada.

12 – Compare um sensor de tipo activo com um passivo. Dê exemplos de cada.

Sensores Activos – São auto alimentados, produzem sinal de saída sem a necessidade de
alimentação externa, retiram energia do processo. Geram directamente um sinal eléctrico em
resposta a um estímulo. Exemplo: termopar
Sensores passivos – Requerem energia externa para funcionar. O sinal de excitação é
modificado pelo sensor, em função do estímulo, para produzir o sinal de saída. Pode fornecer
ou retirar energia ao processo. Exemplos: termo resistência, capacitivos, indutivos, etc.

13 – Caracterize os sensores indutivo e capacitivo. Dê exemplos de aplicação.


Sensores indutivo
Funcionamento do sensor – Quando o objecto metálico se aproxima do sensor, o oscilador
pára e o metal é detectado. Temos uma saída ON.
Sensor – Tem uma bobine que produz campo magnético, é composto por quatro elementos:
bobine, oscilador, circuito de sincronização e uma saída, fig. no slide seguinte.
Distância sensora – É a máxima distância que um objecto pode atingir a face do sensor e ser
detectado. Para sensores de diâmetro ¼” Ds- 1mm para diâmetros até 3” Ds até 50mm ou
mais.
Tipos de sensores indutivos e capacitivos – Blindados e não blindados

Sensores capacitivos
Funcionamento do sensor – Quando o objecto metálico ou não metálico se aproxima do
sensor, o oscilador chega a sua máxima frequência e amplitude e o objecto é detectado.
Temos uma saída ON. Detecta líquidos e sólidos.
Sensor – Tem dois eléctrodos concêntricos que formam campo electrostárico, é composto por
quatro elementos: placa dielétrica, oscilador, circuito de sincronização e uma saída, fig. no
slide seguinte.
Distância sensora – É a máxima distância que um objecto pode atingir a face do sensor e ser
detectado. Ds – 1” ou menos, depende do material, a constante dieléctrica, quanto maior
melhor.

14 – Compare os sensores de tipo indutivo e capacitivo em termos de vantagens e


desvantagens.

Sensores do tipo indutivo


Vantagens:
- Não é afectado por poeiras ou ambientes sujos
- Não é afectado pela humidade
- Não depende da cor do objecto
Desvantagens:
- Só detecta objectos metálicos: aço; bronze; aluminio; cobre; etc
- Pode ser afectado por fortes campos magnéticos
- Ds (distância sensora) pequena
Sensores do tipo capacitivo
Vantagens:
- Detecta metálicos e não metálicos, líquidos e sólidos
- Pode detectar através de certos materiais com densidade menor que o objecto a ser
detectado
- Muito resistente, tem longa vida útil
Desvantagens:
- Muito sensível a factores ambientais (humidade), pode afectar a distância sensora (Ds)
- Ds (distância sensora) pequena

15 – Descreva o principio de funcionamento dos sensores de tipo fotoeléctrico. Indique os


principais tipos.
Funcionamento do sensor – Detecta o objecto através da luz modular reflectida ou
interrompida.
Tipos de sensores: de barreira; de reflexão e de reflexão difusa.

16 – Defina PLC – controlador lógico programável.

Sistema electrónico operando digitalmente, projectado para uso em um ambiente industrial,


que usa uma memória programável para a armazenagem interna de instruções orientadas
para o usuário para implementar funções específicas, tais como lógica, sequencial,
temporização, contagem e aritmética, para controlar, através de entradas e saídas digitais e
analógicas, vários tipos de máquinas ou processos.
17 – Indique as principais partes de um PLC e caracterize cada uma delas.
Partes principais dos sistemas de controle:
- Sensores/transdutores
- Actuadores
- Controladores
Sensores/transdutores
- São dispositivos que convertem uma condição física do elemento sensor em sinal eléctrico
para ser utilizado pelo PLC, como entrada.
Actuadores
Convertem o sinal eléctrico que saí do PLC em uma condição física, normalmente ligando ou
desligando algum elemento. Os actuadores estão conectados às saídas do PLC.
Controladores
O controlador de acordo com os estados das suas entradas e utilizando um programa de
controle calcula os estados das suas saídas.

18 – Que tipos de memórias se poderão encontrar num PLC. Explique a função de três delas.

Tipos de Memórias:
- Memória de programa: armazena o programa aplicativo desenvolvido pelo usuário.
- Memória de dados: armazenamento temporário de dados
- Memórias voláteis: perdem o seu conteúdo quando falha a alimentação eléctrica
- Memórias não-voláteis.
19 – Indique tipos de entradas e saídas nos PLC. Caracterize os tipos e dê exemplos de cada.

Entradas e Saídas
- Módulos de entrada: fazem a interface entre os elementos de sinais de entrada e o PLC.
Entrada digital: os valores de entrada podem assumir unicamente dois valores ou níveis bem
definidos. Assim, uma entrada digital pode ter os seguintes valores: 0 ou 1; desligado ou
ligado; falso ou verdadeiro; não accionado ou accionado; desactivado ou activado.
Exemplos: Botão de pressão; interruptor; fim de curso; sensor indutivo.
Entrada analógica: um sinal analógico é a representação de uma grandeza contínua que pode
assumir, em um determinado instante, qualquer valor entre dois limites definidos.
Normalmente são tensão e corrente eléctrica. No caso de tensão as faixas se utilização são: 0 a
10 VCC, 0 a 5 VCC, 1 a 5 VCC, -5 a +5 VCC, -10 a +10 VCC. As entradas que positivas e negativas
são chamadas de entradas diferenciais. No caso de corrente as faixas são: 0 a 20 mA, 4 a 20
mA.
Exemplos: sensor de pressão; transdutor de nível; sensor temperatura; transdutor de caudal.
- Módulos de saída: São os elementos responsáveis por fazer a interface entre o PLC e os
elementos actuadores.

Saídas digitais: admitem apenas dois estados, sendo ligado ou desligado.

As saída digitais podem ser a: rele; transístor ou Triac


Saídas analógicas: Os módulos ou interfaces de saída analógica convertem valores numéricos
em sinais de saída em tensão ou corrente. No caso de tensão normalmente de 0 a 10 VCC ou 0
a 5 VCC, no caso de corrente de 0 a 20mA ou 4 a 20 mA.

Exemplos: válvulas distribuidoras; válvula proporcional; inversores de frequência; resistências


eléctricas; conversores; motores CC.

20 – Indique as principais linguagens de programação nos PLC. Compare a Ladder com a de


lista de instruções.

Programação de PLC

- Linguagens de Programação (de acordo com a norma IEC 61131-3):

- Linguagem Ladder ( LD – Ladder Diagram)

- Lista de Instruções ( IL – instruction List)

- Texto Estruturado ( ST – Structured Text)

- Diagrama de Blocos de Funções (FBD – Function Block Diadram)

- Sequenciamento Gráfico de Funções (SFC – System Function Chart)

- Linguagem Ladder ( LD – Ladder Diagram)

- É uma linguagem gráfica baseada na lógica de relés e contactos eléctricos para a realização
de circuitos de accionamento.

- Lista de Instruções ( IL – instruction List)

Inspirada na linguagem Assembly, de característica puramente sequencial. É caracterizada por


instruções que possuem um operador, dependendo do tipo de operação, podem incluir um ou
mais operandos.

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