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Autómatos programáveis

Disciplina: Automação e computadores

Curso:
Técnico de Eletrónica Automação e Computadores

Turma: 2º TEAC

Escola: Secundária de Pombal

Ano lectivo: 2022/2023

Professor: Luiz Santos

Trabalho realizado por:


Miguel Martins / Nº 7
Índice


Introdução

O Autómato Programável, denominado também por controlador lógico


programável com sigla CLP ou PLC em inglês, é destinado ao controlo de
processos industriais tendo como função básica a de substituir a lógica feita por
temporizadores, controladores, pirómetros, monitores de velocidade, etc.,
através de uma lógica armazenada em memória de programa. O PLC é um
equipamento indispensável onde haja a necessidade de automatização de
máquinas e controle de processos industriais.

Na automação industrial, as máquinas estão a substituir e com sucesso, tarefas


tipicamente de mente humana, tais como memorizações, cálculos e
supervisões garças a implementação de CLP’s, podendo ser usados em
máquinas operatrizes, máquinas têxteis, máquinas para fundição, máquinas
para indústria de alimentos, indústria de mineração, indústrias siderúrgicas,
laminadoras, etc.

Como já deu a entender, CPL’s são muito uteis no nosso quotidiano e


desempenham tarefas que os trabalhadores desempenhavam, de maneira
mais eficiente e precisa, tendo então muitas vantagens:

 Ocupação de menor espaço


 Menor consumo de energia eléctrica
 Maior confiabilidade e eficiência nos resultados
 Maior flexibilidade e produtividade
 Maior rapidez e facilidade na elaboração dos projetos
Constituição de um autómato
programável
Podemos dividir um autómato programável em três blocos:

- Entradas

Neste bloco encontram-se todos os dispositivos que recebem informações do


sistema a controlar. São em geral sensores, botoneiras, comutadores, fins de
curso, etc.

- Saídas

Neste bloco temos todos os dispositivos actuadores e sinalizadores. Podem ser


motores, válvulas, lâmpadas, displays, etc.

- Lógica

Neste bloco encontra-se toda a lógica que vai permitir actuar o bloco de saídas
em função dos dados recebidos pelo bloco de entradas. É este bloco que
define as características de funcionamento do automatismo. Pode ser
constituído por relés, temporizadores, contadores, módulos electrónicos, lógica
pneumática, electrónica programada, etc.
Podemos ainda definir como parte de controlo, o conjunto
dos blocos de entradas e de lógica.

O bloco de saídas será a parte operativa.

Exemplo:

Autómato Numa porta automática, o motor que acciona a abertura e fecho da


mesma, constitui a parte operativa. O sensor de proximidade, os fins-de-curso,
a chave de permissão e toda a lógica de exploração, constituem a parte de
controlo.
Implementação de um automatismo

A realização de um automatismo deve iniciar-se pela especificação do mesmo


a três níveis:

Especificações funcionais

Visa-se com estas especificações, detalhar todo o funcionamento do sistema a


automatizar. Nesta descrição deve pormenorizar-se toda a lógica que vai
permitir a correcta exploração do sistema

Voltando ao exemplo da porta automática, a especificação funcional poderia


ser:

Pretende-se que o automatismo de exploração deste sistema, permita


comandar a abertura e fecho de uma porta de acesso.

O comando poderá ser automático ou manual. Para o efeito, existirá no frontal


do quadro de comando, um comutador de duas posições para a selecção do
modo.

O modo manual usa duas botoneiras que permitirão respectivamente abrir e


fechar a porta. Uma vez premida a botoneira de abertura, a porta abrir-se-á até
que seja atingido um fim de curso que detecta o limite de abertura da mesma.
Premindo a botoneira de fecho, a porta fechar-se-á até que seja premido um
outro fim de curso que detecta o fecho.

O modo automático faz uso de dois sensores que detectam a proximidade de


uma pessoa. Quado um deles é activado inicia-se a abertura da porta. Esta
permanece aberta até que tenha passado um tempo que pode ir de 5 até 20
segundos, após o desaparecimento do sinal proveniente dos sensores de
proximidade. Findo este tempo, a porta inicia o fecho. Se durante o fecho, o
sensor de proximidade detectar a presença de uma pessoa, deverá interromper
a operação e abrir de novo a porta.
Especificações tecnológicas

Com estas especificações, descreve-se o ambiente em que o sistema vai


operar, assim como as características que os equipamentos a integrar deverão
possuir, de forma a permitirem o perfeito desempenho do automatismo.

Concretizando com o exemplo anterior, poderia especificar-se:

O sensor que detecta a proximidade de uma pessoa, dever ser um modelo


para ser montado sobre a porta (um no interior e outro no exterior) e dever ser
de infravermelhos passivo, com saída por transístor. A sua sensibilidade dever
ser tal, que a saída deste só active quando estiver uma pessoa a menos de 2
metros da porta. O motor que aciona a abertura e fecho da porta, ser eléctrico,
trifásico, ..,etc.

Especificações operativas

Dizem respeito à fiabilidade, segurança, disponibilidade, flexibilidade,


manutenção, diálogo homem-máquina, etc.

Voltando ao exemplo anterior poderia especificar-se neste ponto:

O comutador automático-manual dever ser um modelo com chave. Dever


existir um contador de operações de abertura e fecho da porta, de forma a
identificar o momento das
operações de manutenção que
deverão efectuar-se de 10.000
em 10.000 manobras...etc.

A realização de um automatismo,
implica a execução de uma série
de tarefas interdependentes. A
figura abaixo mostra a sequência
de operações necessárias à
implementação de um
automatismo.
Parâmetros e caraterísticas a ter em
conta na seleção de um autómato
programável

Verificar quantos IO's digitais e analógicos são necessários.

Calcular uma reserva de pelo menos mais 15% do nº de IO's para futura
expansão, excepto se  tiver a ceteza de que é uma aplicação fechada que não
sofrerá alterações (penso que será discutivel).

Escolher o protocolo de comunicação que será utilizado, caso o PLC tenha de


comunicar com outros equipamentos.

Com base nos dados obtidos, seleccionar a solução que melhor se adapta, e
ao menor custo possível.

Eu próprio duvido que não exista mais algum detalhe que possa ter deixado
escapar.

Depois tem que ver as necessidades de memória da aplicação, quer em termos


de programa (estimando) quer em termos de de armazenamento de dados, as
memórias dos autómatos são muito pequenas, alguns kb.

Também tem que ver se o autómato tem temporizadores, contadores, RTC,


processador matemático, etc... e se vais necessitar.

Relativamente há reserva, há que ter algum cuidado para não duplicares. Por
norma deves dimensionar o autómato para os pontos de controlo necessários,
porque por exemplo na gama média por norma usam-se cartas de 32 entradas
ou 32 saídas, se necessitas de 33 entradas, já tens uma reserva brutal (quase
100%). Ou seja, a reserva só deve ser considerada com a configuração perto
de pronta.
Ao seleccionares o autómato tens que ter cuidado com
outras questões:

Cada CPU só permite controlar X nº de expansões ou Y º de pontos (4 ou 7 ou


32 ou ... expanções) tens que ver nas características do CPU

Há CPU que permitem controlar mais expansões usando módulos de interface,


por exemplo na gama média média (não na média baixa que só dá 8
expansões) da Siemens, podes montar conjunto de 8 expanções até o máximo
32 usando umas peças que se chamam IM (interface module)

Há CPU que permitem controlar ainda mais expansões através de redes de


comunicação

Na comparação de preços tens de confirmar que não faltam peças, é muito


comum na gama média e alta da Siemens as pessoas não considerar a rack,
memória e fichas de ligação dos fios (só para teres uma ideia cada ficha custa
aprox. 50€, se tiveres que montar 8, perdes 200€)

Também tens que ter em atenção as especificações do cliente, relativamente


há marca e ao modelo do autómato.

E claro não esquecer que tens que programar e comunicar com ele, ou seja
tens que ter o programa (legal) e cabo de comunicação, na Siemens o
programa pode não custar entre 0€ e ultrapassar os 1000€ e o cabo de
comunicação pode custar entre 120€ e ultrapassar os 400€

Outra coisa que tens que ter em mente é o suporte técnico que tens disponível,
há no mercado autómatos que custam menos de metade da Siemens ou AB,
mas até te são o software e tudo e mais alguma coisa, mas depois morreu.

Há alternativas "equivalentes" à Siemens, estou apenas a dar a Siemens como


referência (em questões de preços e configurações) porque são os que tenho
de memória de conheço melhor.
Esquemas
de ligação de um autómato
programável
Diagrama de contactos

Este método de representação, implementa a sequência lógica usando


contactos colocados em série e paralelo, tal como num esquema eléctrico. O
símbolo de contacto é ligeiramente alterado, como se poder ver nas figuras
abaixo.
Esta representação do automatismo, implementa a
lógica, usando circuitos lógicos "E" e "OU". Para representar o mesmo circuito
do exemplo anterior, teríamos:

Elementos de um automatismo
Podemos dizer que a estrutura de um automatismo assemelha-se à de um ser
humano, não obrigatoriamente ao seu aspecto, mas em relação à sua estrutura
construtiva e funcional. Assim, o automatismo (independentemente do seu
aspecto) possui, por herança do seu progenitor (o homem), essencialmente:

 Estrutura mecânica

Actuadores

Sensores

Cablagem eléctrica

Unidade central de processamento


Conclusão
Como já deu para perceber os autómatos são muito importantes para o dia a
dia se qualquer pessoa/impressa, pois com eles, podemos automatizar muitas
coisas usando também a linguagem de programação para programar o
autómato tornando assim o que nós quisermos automático.

Neste trabalho consegui apresentar bem os tópicos requeridos e consegui


aprender sobre os mesmos tópicos.
Web Grafia

https://www.electronica-pt.com/corrente-alternada

https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corrente-alternada.htm

https://paginas.fe.up.pt/~asousa/tsca/Omron/cursos_omr/
Teoria1+2+3_V1_0.pdf

https://elearning.iefp.pt/pluginfile.php/49360/mod_resource/content/0/CD-
Rom/Estudo/Pneumatica_e_Hidraulica_Nivel_III/A_-
_Automatismos_e_suas_aplica__es/4.htm

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