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CHQAO

Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

GESTÃO DE GESTÃO DA
MATERIAL E TECNOLOGIA
PATRIMÔNIO DA INFORMAÇÃO

GESTÃO DE
PESSOAS NA
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
GESTÃO DE
QUALIDADE EM SERVIÇOS

GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
E FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO
FUNDAMENTOS PÚBLICA BRASILEIRA
DO DIREITO
PÚBLICO E PRIVADO
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa

Redação Pedagógica
Frieda Marti

Revisão
Camila Welikson

Projeto Gráfico
Romulo Freitas Gestão do material e do patrimônio : apostila 2 GMP /
coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Diagramação ; redação pedagógica: Frieda Marti ; projeto gráfico: Romulo Freitas
Luiza Serpa ; diagramação: Luiza Serpa ; coordenação de conteudistas: Fernando
Velôzo Gomes Pedrosa ; conteudista: Ismar Santos da Cunha ; revisor
Coordenação de Conteudistas
técnico: Marcos Figueiredo ; produção: Pontifícia Universidade Católica
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa do Rio de Janeiro ; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada
Conteudista [do] Exército Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2014.

Ismar Santos da Cunha Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO.


114 p. : il. (color.) ; 21 cm.
Revisão Técnica
Inclui bibliografia
Marcos Figueiredo
1. Administração pública – Brasil. 2. Administração de material
- Brasil. 3. Propriedade pública – Brasil. I. Pedrosa, Stella M. Peixoto
Produção de Azevedo. II. Marti, Frieda. III. Cunha, Ismar Santos da. IV. Pontifícia
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação Central Educação
a Distância. V. Brasil. Exército. Escola de Instrução Especializada.
Realização
EsIE – Escola de Instrução Especializada CDD: 351.81
Exército Brasileiro
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais

Gestão de material e patrimônio


Unidade 2
Administração Patrimonial

Unidade 3
CONCEITOS SOBRE ARMAZENAGEM
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO),
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os sub-
tenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas para o
Quadro Auxiliar de Oficiais.

A disciplina Gestão do Material e do Patrimônio possui carga horária


total de 90 horas.

Os objetivos gerais desta disciplina são:

• Distinguir as atribuições inerentes às áreas administrativas de material e


patrimônio;

• Confeccionar a documentação referente ao controle patrimonial e de


material;

• Evidenciar a capacidade de agir atendo-se a detalhes significativos;

• Evidenciar a capacidade de desenvolver atividades de forma sistemática


e eficiente.

Nesta apostila serão apresentadas a Unidade Didática II – Administração


Patrimonial e a III – Conceitos sobre Armazenagem, cujos objetivos,
determinados pelo Planejamento de Disciplina (PLADIS), desenvolvido pela
Seção de Ensino da Escola de Instrução Especializada do Exército Brasileiro
(EsIE), estão especificados por capítulo.

Boa leitura!
conteudista

Ismar Santos da Cunha é Tenente-Coronel do Serviço de Intendência. É


bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras
(AMAN) e mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento
de Oficiais (ESAO). Possui graduação em Direito pela Universidade Gama
Filho (UGF), pós-graduação em Comércio Exterior (Importação e Exportação)
pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pós-graduação em
Processo Civil pelo Instituto de Ensino Superior de Santo Ângelo (IESA), pós-
-Graduação em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas
Gerais (PUC Minas), extensão em Docência do Ensino Superior pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC RS), possui cursos na área
do Direito Internacional e Direito Internacional dos Conflitos Armados pela
Escola Superior de Guerra (ESG) e é mestrando em Direito Ambiental pelo
Centro Universitário de Ensino de São Paulo – Unidade de Ensino Lorena
(UNISAL). Possui experiência na área de ensino superior no meio acadêmico
civil, tendo atuado como Professor de Direito, ministrando as disciplinas de
Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Civil e Direito Penal e sendo
Coordenador do Curso de Direito. Atuou na área administrativa de várias
unidades do Exército como Aprovisionador, Encarregado do Setor de Mate-
rial, Encarregado do Setor Financeiro, membro de Comissão de Licitação e
Chefe do Centro de Apoio Logístico. Participou de vários congressos, seminá-
rios e palestras que permitiram complementar seus conhecimentos nas áreas
jurídica e administrativa e, atualmente, desempenha a função de Professor
de Direito da Academia Militar das Agulhas Negras.
UNIDADE II – ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL

1 Introdução 11
2 Classificação dos títulos contábeis, ativo permanente e
ativo circulante: bens imóveis, bens móveis e estoque inter-
no - almoxarifado 13
2.1 Classificação dos Títulos Contábeis 13
2.2 Relação de Contas 19
2.2.1 Classe Ativo (1) 21
2.2.2 Classe Passivo (2) 21
2.2.3 Classe Despesa (3) 22
2.2.4 Classe Receita (4) 47
2.2.5 Classe Resultado Diminutivo do Exercício (5) 48
2.2.6 Classe Resultado Aumentativo do Exercício (6) 48
2.2.7 Estrutura do Plano de Contas em nível de Classe / Grupo 48
2.3 Tabela de Eventos 49
2.3.1 Classe de Evento 50
2.3.2 Tipo de Utilização 50
2.4 Indicadores contábeis 51
3 Registro contábil da variação patrimonial e nota de
lançamento 53
3.1 Registro contábil da variação patrimonial 53
3.2 Nota de Lançamento 58
3.2.1 Registro de bens móveis permanentes 58
3.2.2 Registro de bens móveis de consumo 58
3.2.3 Registro de Bens Imóveis 76
3.3 Conformidade da Gestão Patrimonial 82
4 Bibliografia 85
UNIDADE III – CONCEITOS SOBRE ARMAZENAGEM
1 Armazenamento de material 89
1.1 Principais materiais de consumo e permanente utilizados
pelo EB 90
1.2 Principais órgãos gestores de material 92
1.3 Cuidados gerais com os materiais armazenados 95
2 Métodos de armazenagem dos materiais de intendência e
de subsistência 97
2.1 Métodos de armazenagem dos materiais de intendência 99
2.2 Métodos de armazenagem do material de subsistência 99
2.2.1 Tipos de armazenagem de gêneros alimentícios 99
3 Entrada e saída de suprimentos 105
3.1 Entrada de suprimentos 105
3.1.1 Trabalhos de descarga 106
3.1.2 Recebimento dos materiais pelos depósitos 106
3.2 Saída de suprimentos 109
3.2.1 Exigências regulamentares no controle da entrada dos
suprimentos 109
3.2.2 Trabalho de carga 109
4 Bibliografia 111
Gestão de material e patrimônio
Unidade 2
Administração Patrimonial
1 introdução

Orçamento Público: É Na atualidade, não basta possuir dinheiro para realizar uma boa administração
um ato pelo qual se prevê a
e atender às diversas demandas existentes no Exército Brasileiro (EB). É funda-
arrecadação de receitas e se
autoriza a sua aplicação em mental que todos os seus agentes possuam a perfeita noção sobre a essência
despesas discriminadas, duran- do significado de gestão pública, que deve ser o comprometimento de todos
te certo período, de forma a
evidenciar a política econômi- para que o [orçamento público] seja empregado da melhor maneira possível
co-financeira e o programa de em prol da sociedade brasileira.
trabalho do governo.

A gestão do patrimônio consiste, em regra, no registro tem-


pestivo e no controle de toda a movimentação de bens, direi-
tos e obrigações que ocorrem nas Unidades Gestoras (UG).

Diante desse entendimento, o administrador militar, seja ele um Executor Dire-


Efetividade: Significa a to, um Executor Indireto ou um Auxiliar, deve ter pleno conhecimento das suas
satisfação, o êxito na prática
funções e da importância das mesmas, pois o seu trabalho “na ponta da linha”
do que é feito. Simplificando,
ser efetivo é realizar aquilo é fundamental para tomadas de decisões dos escalões superiores. Por exem-
que foi feito (eficiência) da plo, se não se atualiza no sistema a informação de que uma viatura, um fuzil,
maneira certa (eficácia).
um rádio etc. não pertencem mais ao patrimônio da UG, devido às descargas
Eficácia: É a ação
realizada não só da maneira já realizadas, o Estado-Maior do Exército (EME) não tem condições de planejar
certa, mas preocupada com novas obtenções e descentralizações de recursos para repor o Material de Em-
os resultados, independente
do esforço e tempo que isso
prego Militar (MEM), já que, para o EME, os suprimentos não estão faltando.
pode levar. A eficácia está
ligada ao processo de escolha, Os profissionais que, nos diversos quartéis do EB, espalhados por todo o territó-
de tomada de decisão. rio nacional, desempenham os encargos atinentes à gestão patrimonial devem
Eficiência: é a ação buscar sempre a atualização e o autoaperfeiçoamento, a fim de que a adminis-
realizada de maneira certa.
Está ligada em como as coisas tração do patrimônio do EB seja realizada com [eficiência], [eficácia] e [efetivi-
devem ser feitas. dade], sobretudo, para que a Força alcance a máxima operacionalidade possível.

11
gestão de material e patrimônio - u2
2 Classificação dos títulos contábeis, ativo
permanente e ativo circulante: bens imóveis,
bens móveis e estoque interno - almoxarifado

Objetivos específicos

• Classificar bens imóveis e móveis;


• Classificar o estoque interno-almoxarifado.

Esse capítulo apresenta e faz uma introdução aos conceitos básicos de patri-
mônio público, de contabilidade aplicada à administração pública e à legis-
lação vigente sobre o tema. Os principais sistemas “eletrônicos” usados pelo
EB para administrar e gerir os bens imóveis e móveis também serão descritos,
assim como os procedimentos para classificação dos mesmos.

2.1 Classificação dos Títulos Contábeis

A administração do patrimônio das Unidades Administrativas (UA) do EB cons-


titui-se na atividade de controle de todos os seus bens, direitos e obrigações
por meio de técnicas de registro dos atos e fatos emanados dos gestores
através do uso da contabilidade pública.

O Conselho Federal de Contabilidade define Patrimônio Público como:

(...) o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangí-


veis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do
setor público, que seja portador ou represente um fluxo
de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de
serviços públicos ou à exploração econômica por entida-
des do setor público e suas obrigações (Resolução CFC nº.
1.128/08).
Para consultar vários assuntos
atualizados sobre contabili- A contabilidade pública tem como principal objeto o patrimônio e possui
dade pública visite a página
do Ministério da Fazenda em princípios e regras que permitem ao administrador acompanhar todos os
www.tesouro.gov.br. movimentos da gestão pública.

13
gestão de material e patrimônio - u2
Segundo Kohama (2006, p.49), “a contabilidade é um instrumento que pro-
porciona à Administração Pública as informações necessárias à melhor condu-
ção do negócio público”.

A principal norma da Contabilidade, no que diz respeito à administração


pública, é a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, que estabelece diversos
procedimentos contábeis, que vão desde o registro contábil até a avaliação de
ativos, passivos e mutações correspondentes.

Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para


elaboração e controle dos orçamentos e balanços da
União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal,
de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b,
da Constituição Federal (Art. 1º, Lei 4.320/64).

A Lei nº 4320 é a mais importante regra jurídica para se realizar a classifica-


ção dos materiais permanentes e de consumo previstos no Plano de Contas
da União. Também devem ser utilizados, por ocasião das referidas classifica-
ções, nos casos omissos, o Manual de Despesa Nacional, que explica, mais
claramente, alguns critérios específicos para bens de consumo e permanente,
citando exemplos, e a Portaria Interministerial nº 163 de 04 de maio de
2001, que trata do detalhamento da despesa pública, a qual traz a codificação
para diferenciar o material permanente do de consumo.

Para melhor compreensão da abrangência da contabilidade pública, entende-


-se conveniente citar o texto do artigo 85 da Lei n.° 4.320/64, que dispõe:

[...] os serviços de contabilidade serão organizados de


forma a permitirem o acompanhamento da execução
orçamentária, o conhecimento da composição patrimo-
nial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o
levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpre-
tação dos resultados econômicos e financeiros.

A Administração Pública Federal buscou a sistematização dos registros contá-


beis, fundamentada na legislação pertinente, através do desenvolvimento de
um banco de dados ligado em rede de computadores que viabilizasse a gestão
patrimonial de todos os seus órgãos, ensejando um melhor controle interno e
externo dos materiais e uma maior agilidade na tomada de decisões, devido à
importância de gerir recursos que são públicos.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Os agentes da Administração devem saber que a divergência
de R$ 0,01 (um centavo) encontrada no patrimônio de suas
UG é seríssimo e pode representar, por exemplo, problemas
com uma viatura ou com um fuzil.

Existem três sistemas utilizados pelo EB para a gestão patrimonial de suas UA:

a. Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG);

b. Sistema de Material do Exército (SIMATEX);

c. Sistema Integrado de Administração e Finanças do Governo Federal


(SIAFI).

a) SIASG

Conforme mencionado no site eletrônico do Governo Federal (www.governo


eletronico.gov.br), SIASG é o sistema informatizado de apoio às atividades
operacionais do Sistema de Serviços Gerais – SISG. Nele são realizadas as
operações das compras governamentais dos órgãos integrantes do SISG (Ad-
ministração Pública Federal direta, autárquica e fundacional). O Sistema inclui
a divulgação e a realização das licitações, a emissão de notas de empenho, o
registro dos contratos administrativos, a catalogação de materiais e serviços e
o cadastro de fornecedores. As Forças Armadas não são integrantes do SISG,
contudo podem utilizar o SIASG por meio de adesão formal integral ou parcial
para utilização do sistema. O Exército utiliza o SIASG de forma plena.

O SIASG possui como um de seus subsistemas o SICAF (Sistema de Cadas-


tramento Unificado de Fornecedores), em que o gestor público consulta a
situação do fornecedor do qual possui pretensão aquisitiva, observando dessa
forma se o mesmo está em regularidade com a documentação obrigatória
referente, principalmente, ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS),
à Receita Federal, à Dívida Ativa da União e ao Instituto Nacional de Segurida-
de Social (INSS). No caso de irregularidade documental, ou seja, se a empresa
estiver com certidão vencida ou com algum outro impedimento legal, não é
dada sequência ao processo licitatório.

O sistema armazena e disponibiliza também um catálogo de materiais e servi-


ços com seus respectivos códigos para fins de padronização na formulação de
documentos nas unidades da Administração Pública. Ele possui registros de pre-
ços que possibilitam a consulta dos editais licitatórios das entidades por meio
do respectivo número da Unidade Administrativa de Serviços Gerais (UASG).

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gestão de material e patrimônio - u2
O Código da UASG é sugerido, segundo definições do Manual do SIASG:

UASG – Número composto de 6 dígitos que identifica


a Unidade Administrativa de Serviços Gerais. Por meio
de equipamentos conectados ao SIASG, os usuários das
diversas UASG integrantes do Sistema, registram seus
documentos e efetuam consultas on-line (Manual de
orientação para cadastramento e Habilitação de usuário
no sistema integrado de Administração de serviços gerais
– SIASG, p.5).

Dessa forma, de posse do número da UASG, pode-se ter acesso ao certame da


entidade que efetuou determinada licitação para obtenção de materiais.

A principal tarefa executada por esse sistema, em relação ao patrimônio das


UG, é a realização da fase de empenho da despesa, onde o operador do sistema
informa a estrutura da requisição de material no terminal operacional do SIASG,
Nota de Empenho: É o procedendo dessa forma à geração da [Nota de Empenho] (NE) e ao lança-
documento que permite re-
gistrar o comprometimento mento dos contratos realizados, cujos valores estejam acima de R$ 80.000,00 e
de despesa, bem como os ca- não haja entrega imediata dos materiais, ou seja, o material não é entregue em
sos em que se faça necessário
o reforço ou a anulação desse até trinta dias ou, sendo de qualquer valor, haja obrigações do fornecedor após
compromisso. a entrega do material, realização da obra ou prestação do serviço.

b) SIMATEX

O SIMATEX é um sistema de acompanhamento do SIAFI, de forma mais


detalhada, em relação ao controle do material, capaz de expor as contas do
Balanço Patrimonial: [Balanço Patrimonial] na forma sintética, e a discriminação completa dos
Demonstrativo contábil
materiais de todas as classes, por meio de seu subsistema denominado Sistema
que apresenta, num dado
momento, a situação estática de Controle Físico (SISCOFIS).
do patrimônio da entidade
em termos de ativo, passivo e O SIMATEX efetua o registro completo dos materiais, tanto de consumo quan-
patrimônio líquido.
to permanente, contemplando a identificação, classificação, inclusão e catalo-
gação dos mesmos, através de seu subsistema de catalogação (SISCATEx).

A atividade de catalogação encontra boa definição nas Normas Administrativas


Relativas ao Material de Comunicações Estratégicas, Eletrônica, Guerra Eletrô-
nica e Informática (NARMCEI):

É a atividade que compreende a simbolização (ou


codificação) do material, a organização, confecção,
publicação, distribuição, regulamentação do manuseio

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
e a permanente atualização dos boletins e catálogos
de suprimento do EB. Engloba as ações de especificar,
Nota de Lançamento
padronizar, atribuir número de estoque, fixar catego- de Sistema: Documento que
ria, unidade de fornecimento, número de código da permite registrar eventos con-
empresa e índice de mortalidade, identificar a origem tábeis de forma automática.
e a procedência e fixar a equivalência de cada item de Ordem Bancária: É o
documento que permite
suprimento considerado (BRASIL, 2002, p. 9).
registrar o pagamento de
compromissos, bem como a
Esse sistema acompanha o material a partir da fase do seu pagamento até a transferência de recursos en-
sua descarga ou desrelacionamento por meio da [Nota de Lançamento de tre UG, liberação de recursos
para fins de adiantamento,
Sistema] (NS) geradora da [Ordem Bancária], que serve como base de suprimento de fundos, cota,
lançamento no SIMATEX, propriamente dito. repasse, sub-repasse e afins.

Existe tratamento diferenciado para o material de consumo e


para o material permanente, no que diz respeito ao registro
no sistema abordado, sendo que, para ambos, a base para o
registro propriamente dita é a nota de sistema consultada por
meio do SIAFI.

O material de consumo é incluído no SIMATEX e registrado pelo almoxa-


rifado ou por outros depósitos devidamente autorizados. Imediatamente
após essa ação, ele é colocado em estoque, onde aguardará ser retirado.

Já o material permanente é registrado no SIMATEX pela Fiscalização Admi-


nistrativa, que determina através de Boletim Interno, o responsável pelo bem
(indicado pelo Encarregado de Material).

A sistemática para a posse dos bens de consumo e permanente é dada da


seguinte forma:

• Material de consumo – através de um ponto eletrônico (computador),


o usuário autorizado da UA, por meio de uma senha, acessa o SISCOFIS,
faz seu pedido e submete-o à autorização do Fiscal Administrativo e ao
Almoxarife, para possibilitar a retirada física dos itens do depósito.

• Material permanente – tem sua inclusão no registro analítico do


Balanço Patrimonial, cuja visualização só é permitida ao operador da
Fiscalização Administrativa.

A retirada do material do Almoxarifado acontece somente após a


nomeação do responsável em Boletim Interno (BI) e do devido recebi-
mento, o que acarretará em uma transferência de carga.

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gestão de material e patrimônio - u2
c) SIAFI

O SIAFI é o principal sistema utilizado pelo EB para o uso da contabilidade


pública como instrumento para a gestão de seu patrimônio, tendo o SIASG e o
SIMATEX como suportes importantes para a sua utilização.

É um sistema criado para o registro contábil e para a consulta, acessado


através da internet em página da Rede SERPRO, por meio de senha individu-
al recebida das Inspetorias de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx),
certificando-se, dessa maneira, a identificação precisa do agente e suas ações
ou consultas administrativas.

No tocante à consulta, por meio do SIAFI é possível visualizar dados contábeis


executados na forma orçamentária, oriundos dos registros emanados pelos
agentes da Administração, que dão origem aos demonstrativos financeiros,
como, por exemplo, dados do Balanço Patrimonial – somente contas analíti-
cas, Razão Analítica, Créditos Disponíveis, Diário, Nota de Empenho, Nota de
Lançamento, Nota de Sistema e Ordem Bancária.

A principal consulta feita nesse sistema, precedente da aquisição de materiais,


é a consulta sobre o crédito disponível, designação do próprio sistema para
o recurso orçamentário destinado à UA para ser gasto. Essa informação é obti-
Nota de Movimenta- da por meio de uma [Nota de Movimentação de Crédito] (NC), acompa-
ção de Crédito: É o docu-
nhada de uma mensagem que determina a finalidade para qual o valor deve
mento gerado no SIAFI para
registrar a movimentação ser utilizado, o prazo de empenho e a natureza da despesa.
interna e externa de recursos
orçamentários (créditos) e Nas UG são realizados, por meio do SIAFI, os seguintes importantes registros
suas anulações.
contábeis dos materiais permanentes e dos materiais de consumo formadores
de seu patrimônio, sejam os mesmos referentes ao suprimento recebido dos
Órgãos Provedores (OP) ou ao material adquirido pela própria UA:

• inclusões;

• exclusões;

• reclassificações;

• classificação dos títulos contábeis.

A classificação dos títulos contábeis é realizada fundamentalmente através do


Plano de Contas da União, que pode ser consultado no SIAFI, através da
transação > CONCONTA.

18
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Para que se possa realizar uma adequada administração patrimonial é indispen- Para obter mais informações
e atualizações sobre os mais
sável conhecer o documento “Plano de Contas da União”. Ele inclui como nú-
diversos assuntos referentes
cleo fundamental as contas contábeis e seus respectivos títulos, assim como à administração patrimonial
os mecanismos de lançamento para a realização do movimento patrimonial. no âmbito do EB, consulte
a página da 11ª ICFEx em
www.11icfex.eb.mil.br.
O Plano de Contas é adotado por todas as unidades integrantes do SIAFI, sob
a modalidade de uso total e permite padronizar os registros contábeis dos
atos e fatos administrativos, proporcionando aos agentes da Administração a
obtenção de informações claras e precisas referentes ao patrimônio da UG.

São partes integrantes do Plano de Contas e formam o tripé que apoia o SIAFI:
a Relação de Contas, a Tabela de Eventos e os Indicadores Contábeis.

O usuário do SIAFI deve estar sempre atualizado quanto à uti-


lização do Plano de Contas, pois ocorrem muitas modificações
de Eventos e Contas que devem ser empregados na realização
dos registros contábeis da UG.

Em face dessa dinâmica da gestão patrimonial, as ICFEx informam as referidas


modificações às UG através de mensagens COMUNICA, que devem ser consul-
tadas diariamente no SIAFI, e de Boletins Informativos (BInfo).

2.2 Relação de Contas

As contas contábeis dividem-se em contas do ativo, passivo e redutoras (ou


retificadoras). Estas são contas do ativo com saldo credor, como por exem-
plo, as provisões do ativo, as duplicatas descontadas, ou contas do passivo com
saldo devedor, como por exemplo, juros a vencer. As contas redutoras são dis-
criminadas através do sinal asterisco (*) e em contas-correntes, identificadas
pelo sinal igual (=) e que necessitam de tratamento em nível individualizado.

Em regra, as contas do ativo são devedoras e as do passivo


são credoras. Entretanto, nas contas redutoras (ou retificado-
ras) essa característica está invertida.

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gestão de material e patrimônio - u2
Pode-se, ainda, dividir as contas em escrituradas, ou seja, admitem registros,
e não escrituradas, ou seja, não admitem registros. As escrituradas podem
ser registradas em quaisquer dos seus níveis, com exceção dos três primeiros
níveis, e subdividem-se em sintéticas, não exigem detalhamento específico
denominado conta-corrente, e analíticas, que exigem conta-corrente.

As contas contábeis estão estruturadas em sete níveis de desdobramento e


são classificadas e codificadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise
da situação patrimonial, conforme apresentado no quadro 1 a seguir:

Conta- corrente Código


1º nível – classe X
2º nível – grupo X
3º nível – subgrupo X
4º nível – elemento X
5º nível – subelemento X
6º nível – item XX
7º - nível – subitem XX
Quadro 1 – Níveis de desdobramento de contas contábeis

O primeiro nível de desdobramento representa a classificação máxima na agre-


gação das contas nas seguintes classes:

• Ativo – inclui contas correspondentes aos bens e direitos, em ordem


decrescente de grau de liquidez, demonstrando a aplicação dos
recursos;

• Passivo – compreende contas relativas às obrigações, em ordem


decrescente de grau de exigibilidade, evidenciando origens dos
recursos aplicados no ativo;

• Despesa – inclui contas representativas dos recursos despendidos na


gestão, a serem computados na apuração do resultado;

• Receita – inclui contas representativas dos recursos auferidos na ges-


tão, a serem computados na apuração do resultado;

• Resultado do Exercício (-) – inclui contas representativas de variações


diminutivas, resultantes ou independentes da execução orçamentária,
a serem computadas na apuração do resultado;

• Resultado do Exercício (+) – inclui contas representativas das varia-


ções positivas da situação líquida do patrimônio e da apuração do
resultado respectivo.

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Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
O segundo nível de desdobramento das contas corresponde aos grupos, que
possuem as seguintes classificações e definições conforme as respectivas classes
as quais pertencem:

2.2.1 Classe Ativo (1)

A classe Ativo está subdividida nos grupos:

• Ativo Circulante (1.1) – Compreende as disponibilidades de numerário,


os recursos a receber, as antecipações de despesa, bem como outros
bens e direitos pendentes ou em circulação, realizáveis até o término do
exercício seguinte.

• Ativo Realizável a Longo Prazo (1.2) – São os bens e direitos realizá-


veis normalmente após o término do exercício seguinte.

• Ativo Permanente (1.4) – Representa os investimentos de caráter per-


manente, as imobilizações, bem como despesas diferidas que contribui-
rão para a formação do resultado de mais de um exercício.

• Ativo Compensado (1.9) – Compreende contas com função precípua


de controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não
compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, pos-
sam vir a afetá-lo, inclusive as relativas a atos e fatos relacionados com a
execução orçamentária e financeira.

As contas de ativo são debitadas pelo aumento e creditadas


pela diminuição.

2.2.2 Classe Passivo (2)

A classe Passivo (2) está subdividida nos grupos:

• Passivo Circulante (2.1) - Compreende os depósitos, os restos a pagar,


as antecipações de receita, bem como outras obrigações pendentes ou
em circulação, exigíveis até o término do exercício seguinte.

• Exigível a Longo Prazo (2.2) - São as obrigações exigíveis normalmen-


te após o término do exercício seguinte.

• Resultado de Exercícios Futuros (2.3) - Compreende as contas repre-


sentativas de receitas de exercícios futuros, bem como das despesas a
elas correspondentes.

21
gestão de material e patrimônio - u2
• Patrimônio Líquido (2.4) - Representa o capital autorizado, as reservas
de capital e outras que forem definidas, bem como o resultado acumu-
lado não destinado.

• Passivo Compensado (2.9) - Compreende contas com função precípua


de controle, relacionadas aos bens, direitos, obrigações e situações não
compreendidas no patrimônio, mas que, direta ou indiretamente, pos-
sam vir a afetá-lo, inclusive as relativas a atos e fatos relacionados com a
execução orçamentária e financeira.

As contas do passivo são creditadas pelo aumento e debitadas


pela diminuição.

2.2.3 Classe Despesa (3)

Define-se como despesa pública o conjunto de dispêndios do Estado ou de


outra pessoa de direito público para o funcionamento dos serviços públicos.
Nesse sentido, a despesa é parte do orçamento, ou seja, é aquela em que se
encontram classificadas todas as autorizações para gastos com várias atri-
buições e funções governamentais. Em outras palavras, as despesas públicas
formam o complexo da distribuição e emprego das receitas para custeio de
diferentes setores da administração.

2.2.3.1 Classificação da despesa

Para a classificação da despesa quanto à sua natureza, é necessário analisar


a categoria econômica, o grupo a que pertence, a sua modalidade de
aplicação (se ela vai ser realizada diretamente ou por meio de transferência
a outro organismo ou entidade dentro ou fora do orçamento) e o seu objeto
final do gasto.

Para isso, deve ser usado o conjunto de tabelas (as discriminações das catego-
rias, grupos, modalidades, elementos e subitens apresentados mais adiante),
onde cada título é associado a um número. A agregação desses números, na
sequência a seguir indicada, constituirá o código referente à classificação da
despesa quanto à sua natureza:

22
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
5º e 6º DÍGITOS
2º DÍGITO Indicam o
Indica o Grupo Elemento de
Despesa

1º DÍGITO
Indica a
Categoria
Econômica

7º e 8º DÍGITOS
3º e 4º DÍGITOS
Indicam o
Indicam a
Subelemento
Modalidade de
ou Subitem da
Aplicação
Despesa

As despesas podem ser desdobradas nas seguintes categorias econômicas:

• Despesas correntes – as de pessoal e encargos sociais, juros e encar-


gos da dívida interna e externa e outras despesas correntes, observadas
as conceituações existentes nos dispositivos legais e normas pertinentes
em vigor;

• Despesas de capital – as de investimentos, inversões financeiras, amor-


tização da dívida interna, amortização da dívida externa e outras despesas
de capital, observadas as conceituações legais pertinentes em vigor.

As despesas podem ser desdobradas nos seguintes grupos:

1 Pessoal e Encargos Sociais


São despesas de natureza salarial decorrentes do efetivo exercício de cargo, em-
prego ou função de confiança no setor público, do pagamento dos proventos
de aposentadorias, reformas e pensões, das obrigações trabalhistas de respon-
sabilidade do empregador, incidentes sobre a folha de salários, contribuição a
entidades fechadas de previdência, bem como soldo, gratificações e adicionais,
previstos na estrutura remuneratória dos militares, e ainda, despesas com o
ressarcimento de pessoal requisitado, despesas com a contratação temporária
para atender a necessidade de excepcional interesse público, quando se referir à
substituição de servidores, e despesas com a substituição de mão-de-obra cons-
tantes dos contratos de terceirização quando se tratar de categorias funcionais
abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, exceto nos
casos de cargo ou categoria em extinção, em atendimento ao disposto no Art.
18, § 1º, da Lei Complementar no 101, de 2000.

23
gestão de material e patrimônio - u2
2 Juros e Encargos da Dívida
São despesas com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de ope-
rações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública
mobiliária.

3 Outras Despesas Correntes


São despesas com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias,
contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, despesas com
a contratação temporária para atender a necessidade de excepcional interesse
público, quando não se referir à substituição de servidores de categorias funcio-
nais abrangidas pelo respectivo plano de cargos do quadro de pessoal, além de
outras despesas da categoria econômica “Despesas Correntes” não classificáveis
nos demais grupos de natureza de despesa.

4 Investimentos
São despesas com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aqui-
sição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

5 Inversões Financeiras
Despesas com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisi-
ção de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer
espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e
com a constituição ou aumento do capital de empresas.

6 Amortização da Dívida
São despesas com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atuali-
zação monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou
mobiliária.

As despesas podem ser desdobradas nas seguintes modalidades de aplicação:

20 Transferências à União
São despesas realizadas pelos Estados, Municípios ou pelo Distrito Federal, me-
diante transferência de recursos financeiros à União, inclusive para suas entida-
des da administração indireta.

30 Transferências a Estados e ao Distrito Federal


São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União
ou dos Municípios aos Estados e ao Distrito Federal, inclusive para suas entida-
des da administração indireta.

40 Transferências a Municípios
São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros da União ou
dos Estados aos Municípios, inclusive para suas entidades da administração indireta.

24
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
50 Transferências a Instituições Privadas sem Fins Lucrativos
São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entida-
des sem fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

60 Transferências a Instituições Privadas com Fins Lucrativos


São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entida-
des com fins lucrativos que não tenham vínculo com a administração pública.

70 Transferências a Instituições Multigovernamentais Nacionais


Despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a entidades
nacionais, criadas e mantidas por dois ou mais entes da Federação.

80 Transferências ao Exterior
São despesas realizadas mediante transferência de recursos financeiros a órgãos
e entidades governamentais pertencentes a outros países, a organismos interna-
cionais e a fundos instituídos por diversos países, inclusive aqueles que tenham
sede ou recebam os recursos no Brasil.

90 Aplicações Diretas
São aplicações, pela unidade orçamentária, dos créditos a ela alocados ou oriun-
dos de descentralização de outras entidades integrantes ou não dos Orçamentos
Fiscal ou da Seguridade Social, no âmbito da mesma esfera de governo.

99 A Definir
Modalidade de utilização exclusiva do Poder Legislativo, ficando vedada a execu-
ção orçamentária enquanto não houver sua definição.

As despesas podem ser desdobradas nos seguintes elementos:

01 Aposentadorias e Reformas

03 Pensões

04 Contratação por Tempo Determinado

05 Outros Benefícios Previdenciários

06 Benefício Mensal ao Deficiente e ao Idoso

07 Contribuição a Entidades Fechadas de Previdência

08 Outros Benefícios Assistenciais

09 Salário-Família

10 Outros Benefícios de Natureza Social

11 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Civil

12 Vencimentos e Vantagens Fixas - Pessoal Militar

25
gestão de material e patrimônio - u2
13 Obrigações Patronais

14 Diárias - Civil

15 Diárias - Militar

16 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Civil

17 Outras Despesas Variáveis - Pessoal Militar

18 Auxílio Financeiro a Estudantes

19 Auxílio-Fardamento

20 Auxílio Financeiro a Pesquisadores

21 Juros sobre a Dívida por Contrato

22 Outros Encargos sobre a Dívida por Contrato

23 Juros, Deságios e Descontos da Dívida Mobiliária

24 Outros Encargos sobre a Dívida Mobiliária

25 Encargos sobre Operações de Crédito por Antecipação da Receita

26 Obrigações decorrentes de Política Monetária

27 Encargos pela Honra de Avais, Garantias, Seguros e Similares

28 Remuneração de Cotas de Fundos Autárquicos

30 Material de Consumo

32 Material de Distribuição Gratuita

33 Passagens e Despesas com Locomoção

34 Outras Despesas de Pessoal decorrentes de Contratos de Terceirização

35 Serviços de Consultoria

36 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

37 Locação de Mão-de-Obra

38 Arrendamento Mercantil

39 Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Jurídica

41 Contribuições

42 Auxílios

43 Subvenções Sociais

45 Equalização de Preços e Taxas

26
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
46 Auxílio-Alimentação

47 Obrigações Tributárias e Contributivas

48 Outros Auxílios Financeiros a Pessoas Físicas

49 Auxílio-Transporte

51 Obras e Instalações

52 Equipamentos e Material Permanente

61 Aquisição de Imóveis

62 Aquisição de Produtos para Revenda

63 Aquisição de Títulos de Crédito

64 Aquisição de Títulos Representativos de Capital já Integralizado

65 Constituição ou Aumento de Capital de Empresas

66 Concessão de Empréstimos e Financiamentos

67 Depósitos Compulsórios

71 Principal da Dívida Contratual Resgatado

72 Principal da Dívida Mobiliária Resgatado

73 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Contratual Resgatada

74 Correção Monetária ou Cambial da Dívida Mobiliária Resgatada

75 Correção Monetária da Dívida de Operações de Crédito por


Antecipação da Receita

76 Principal Corrigido da Dívida Mobiliária Refinanciado

77 Principal Corrigido da Dívida Contratual Refinanciado

81 Distribuição de Receitas

91 Sentenças Judiciais

92 Despesas de Exercícios Anteriores

93 Indenizações e Restituições

94 Indenizações e Restituições Trabalhistas

95 Indenização pela Execução de Trabalhos de Campo

96 Ressarcimento de Despesas de Pessoal Requisitado

99 A Classificar

27
gestão de material e patrimônio - u2
A despesa dos materiais de consumo é classificada nos seguintes subelementos:

Subelementos da despesa referente aos materiais de consumo

01 Combustíveis e Lubrificantes Automotivos


Registra o valor das despesas com combustíveis para motores a combustão inter-
na de veículos rodoviários, tratores em geral, embarcações diversas e grupos ge-
radores estacionados ou transportáveis, e todos os óleos lubrificantes destinados
aos sistemas hidráulicos, hidramáticos, de caixa de transmissão de força e graxas
grafitadas para altas e baixas temperaturas. Aditivos - álcool hidratado - fluido
para amortecedor - fluido para transmissão hidráulica - gasolina - graxas - óleo
diesel - óleo para cárter - óleo para freio hidráulico e outros.

02 Combustíveis e Lubrificantes de Aviação


Registra o valor das despesas com combustíveis e lubrificantes destinados a
qualquer tipo de aeronave. Aditivos - gasolina - graxas - óleos e fluidos em geral
- querosene e outros.

03 Combustíveis e Lubrificantes para outras Finalidades


Registra o valor das despesas com combustíveis e lubrificantes para outras finalida-
des que não se enquadram em itens anteriores. Carbureto - carvão mineral - carvão
vegetal - lenha - querosene comum - combustíveis e lubrificantes de uso ferroviário
e outros.

04 Gás e Outros Materiais Engarrafados


Registra o valor das despesas com gás de uso industrial, de tratamento de água,
de iluminação, de uso médico, bem como gases nobres para uso em laboratório
cientifico, tais como: acetileno - carbônico fréon - hélio - hidrogênio - liquefeito
de petróleo - nitrogênio - oxigênio e outros. Registra, ainda, o valor das despesas
com gás, pó químico, água pressurizada e outros materiais utilizados na recarga
de extintores de incêndio.

05 Explosivos e Munições
Registra o valor das despesas com as cargas de projeção utilizadas em peças
de artilharia, mísseis guiados e não guiados, cápsulas ou estojos para recarga e
explosivos de uso militar e paramilitar. Balas e similares - estopim - explosivos,
tais como: artefatos explosivos - artigos pirotécnicos - cápsulas de detonação -
dinamite - espoleta - fogos de artifício - granada - pólvora e outros.

06 Alimentos para Animais


Registra o valor das despesas com alimentos destinados a gado bovino, equino,
muar e bufalino, caprinos, suínos, ovinos, aves de qualquer espécie, como tam-
bém para animais silvestres em cativeiro (jardins zoológicos ou laboratórios) e ou-
tros. Alfafa - alpiste - capim verde - farelo - farinhas em geral - fubá grosso - milho
em grão - ração balanceada - sal mineral - suplementos vitamínicos e outros.

28
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
07 Gêneros de Alimentação
Registra o valor das despesas com gêneros de alimentação ao natural, beneficia-
dos ou conservados. Açúcar - adoçante - água mineral - bebidas - café - carnes
em geral - cereais - chás - condimentos - frutas - gelo - legumes - refrigerantes -
sucos - temperos - verduras e outros.

08 Animais para Pesquisa e Abate


Registra o valor das despesas com animais para pesquisa e abate. Incluem-se
nesta classificação os peixes e mariscos, todas as espécies de mamíferos, abelhas
para estudos, pesquisa e produção de mel, assim como qualquer outro animal
destinado a estudo genético ou alimentação. Boi - cabrito - cobaias em geral -
macaco - rato - rã e outros.

09 Material Farmacológico
Registra o valor das despesas com medicamentos ou componentes destinados à
manipulação de drogas medicamentosas.

10 Material Odontológico

Registra o valor das despesas com materiais utilizados com pacientes na área
odontológica, bem como os utilizados indiretamente pelos protéticos na con-
fecção de próteses diversas. Agulhas - amálgama - anestésicos - broca - cimento
odontológico - espátula odontológica - filmes para raios-X - platina - seringas -
sugador e outros.

11 Material Químico

Registra o valor das despesas com todos os elementos ou compostos químicos


destinados à fabricação de produtos químicos, análises laboratoriais, bem como
aqueles destinados ao combate de pragas ou epizootias. Ácidos - inseticidas -
produtos químicos para tratamento de água - reagentes químicos - sais - solven-
tes - substâncias utilizadas para combater insetos, fungos, bactérias e outros.

12 Material de Coudelaria ou de Uso Zootécnico

Registra o valor das despesas com materiais utilizados no arreamento de animais


destinados a montaria, com exceção da sela, como, também, aqueles destinados
ao adestramento de cães de guarda ou outro animal doméstico. Argolas de me-
tal - arreamento - barrigueiras - bridões - cabrestos - cinchas - cravos - escovas
para animais - estribos - ferraduras - mantas de pano - material para apicultura -
material de ferragem e contenção de animais - peitorais - raspadeiras e outros.

13 Material de Caça e Pesca

Registra o valor das despesas com materiais utilizados na caça e pesca de ani-
mais. Anzóis - cordoalhas para redes chumbadas - iscas - linhas de nylon - más-
caras para visão submarina - molinetes - nadadeiras de borracha - redes - roupas
e acessórios para mergulho - varas e outros.

29
gestão de material e patrimônio - u2
14 Material Educativo e Esportivo

Registra o valor das despesas com materiais utilizados ou consumidor direta-


mente nas atividades educativas e esportivas de crianças e adultos. Apitos - bolas
- bonés - botas especiais - brinquedos educativos - calções - camisas de malha
- chuteiras - cordas - esteiras - joelheiras - luvas - materiais pedagógicos - meias
- óculos para motociclistas - patins - quimonos - raquetes - redes para prática
de esportes - tênis e sapatilhas - tornozeleiras - touca para natação - cartilhas
informativas e outros.

15 Material para Festividades e Homenagens

Registra o valor das despesas com materiais de consumo utilizados em festivida-


des e homenagens, incluindo artigos para decoração e buffet. Arranjos e coroas
de flores - bebidas - doces - salgados - placas comemorativas (exceto as placas
para distribuição gratuita) e outros.

16 Material de Expediente

Registra o valor das despesas com os materiais utilizados diretamente nos traba-
lhos administrativos, nos escritórios públicos, nos centros de estudos e pesqui-
sas, nas escolas, nas universidades etc. Agenda - alfinete de acho - almofada
para carimbos - apagador - apontador de lápis - arquivo para disquete - bandeja
para papéis - bloco para rascunho - bobina papel para calculadoras - borracha
- caderno - caneta - capa e processo - carimbos em geral - cartolina - classifica-
dor - clipe - cola - colchete - corretivo - envelope - espátula - estêncil - estilete -
extrator de grampos - fita adesiva - fita para maquina de escrever e calcular - giz
- goma elástica - grafite - grampeador - grampos - guia para arquivo - guia de
endereçamento postal - impressos formulários em geral - intercalador para fichá-
rio - lacre - lápis - lapiseira - limpa tipos - livros de ata, de ponto e de protocolo
- papéis - pastas em geral - percevejo - perfurador - pinça - placas de acrílico -
plásticos - porta-lápis - registrador - régua - selos para correspondência - tesoura
- tintas - toner - transparências - etiquetas e outros.

17 Material de Processamento de Dados

Registra o valor das despesas com suprimentos de TI, inclusive peças para repo-
sição. Cartuchos de tinta - capas plásticas protetoras para micros e impressoras
- CD-ROM virgem - disquetes - leitora/smartcard - mouse e teclado (reposição)
- mouse pad - peças e acessórios para computadores e periféricos - recarga de
cartuchos de tinta - toner para impressoras a laser - cartões magnéticos - reposi-
ção de leitora/token pen-drive e outros.

18 Materiais e Medicamentos para uso Veterinário

Registra o valor das despesas com materiais e medicamentos para uso veteriná-
rio. Vacinas - medicamentos.

30
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
19 Material de Acondicionamento e Embalagem

Registra o valor das despesas com materiais aplicados diretamente nas preser-
vações, acomodações ou embalagens de qualquer produto. Arame - barbante
- caixas plásticas, de madeira, papelão e isopor - cordas - engradados - fitas de
aço ou metálicas - fitas gomadoras - garrafas e potes - linha - papel de embru-
lho - papelão - sacolas - sacos e outros.

20 Material de Cama, Mesa e Banho

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em dormitórios coletivos,


residênciais, hotéis, restaurantes etc. Cobertores - colchas - colchonetes - fronhas
- guardanapos - lençóis - toalhas - travesseiros e outros.

21 Material de Copa e Cozinha

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em refeitórios de qualquer


tipo, cozinhas residenciais, de hotéis, de hospitais, de escolas, de universidades,
de fabricas etc. Abridor de garrafa - açucareiros - artigos de vidro e plástico -
bandejas - coadores - colheres - copos - ebulidores - facas - farinheiros - fósforos
- frigideiras - garfos - garrafas térmicas - paliteiros - panelas - panos de cozinha -
papel alumínio - pratos - recipientes para água - suportes de copos p/ cafezinho
- tigelas - velas - xicaras e outros.

22 Material de Limpeza e Produtos de Higienização

Registra o valor das despesas com materiais destinados à higienização pessoal,


de ambientes de trabalho, de hospitais etc. Álcool etílico - anticorrosivo - apare-
lho de barbear descartável - balde plástico - bomba p/ inseticida - capacho - cera
- cesto p/ lixo - creme dental - desinfetante - desodorizante - detergente - escova
de dentes - escova p/ roupas e sapatos - espanador - esponja - estopa - flanela
- inseticida - lustra-móveis - mangueira - naftalina - pá para lixo - palha de aço
- panos p/ limpeza - papel higiênico - pasta para limpeza de utensílios - porta-
-sabão - removedor - rodo - sabão - sabonete - saco p/ lixo - saponáceo - soda
cáustica - toalha de papel - vassoura e outros.

23 Uniformes, Tecidos e Aviamentos

Registra o valor das despesas com uniformes ou qualquer tecido ou material


sintético que se destine à confecção de roupas, com linhas de qualquer espécie
destinadas a costuras e outros materiais de consumo empregados direta ou in-
diretamente na confecção de roupas. Agasalhos - artigos de costura - aventais -
blusas - botões - cadarços - calçados - calças - camisas - capas - chapéus - cintos
- elásticos - gravatas - guarda-pós - linhas - macacões - meias - tecidos em geral
- uniformes militares ou de uso civil - zíperes e outros.

31
gestão de material e patrimônio - u2
24 Material para Manutenção de Bens Imóveis/Instalações

Registra o valor das despesas com materiais de consumo para aplicação, ma-
nutenção e reposição de qualquer bem público. Amianto - aparelhos sanitários
- arames liso e farpado - areia - basculante - boca de lobo - boia - brita - brocha
- cabo metálico - cal - cano - cerâmica - cimento - cola - condutores de fios - co-
nexões - curvas - esquadrias - fechaduras - ferro - gaxetas - grades - impermea-
bilizantes - isolantes acústicos e térmicos - janelas - joelhos - ladrilhos - lavatórios
- lixas - madeira - marcos de concreto - massa corrida - niple - papel de parede
- parafusos - pias - pigmentos - portas e portais - pregos - rolos solventes - sifão
- tacos - tampa para vaso - tampão de ferro - tanque - tela de estuque - telha
- tijolo - tinta - torneira - trincha - tubo de concreto - válvulas - verniz - vidro -
aquecedores a gás e outros.

25 Material para Manutenção de Bens Móveis

Registra o valor das despesas com componentes, peças, acessórios e sobressa-


lentes para aplicação, manutenção e reposição em bens móveis em geral. Cabos
- cilindros p/ máquinas copiadoras - compressor p/ ar condicionado - esferas p/
máquina datilográfica - mangueira p/ fogão - margaridas - peças de reposição
de aparelhos e máquinas em geral - materiais de reposição para instrumentos
musicais e outros.

26 Material Elétrico e Eletrônico

Registra o valor das despesas com materiais de consumo para aplicação, manu-
tenção e reposição dos sistemas, aparelhos e equipamentos elétricos e eletrôni-
cos. Benjamins - bocais - calhas - capacitores e resistores - chaves de ligação -
circuitos eletrônicos - condutores - componentes de aparelho eletrônico - diodos
- disjuntores - eletrodos - eliminador de pilhas - espelhos para interruptores - fios
e cabos - fita isolante - fusíveis - interruptores - lâmpadas e luminárias - pilhas e
baterias - pinos e plugs - placas de baquelite - reatores - receptáculos - resistên-
cias - starts - suportes - tomada de corrente e outros.

27 Material de Manobra e Patrulhamento

Registra o valor das despesas com materiais de consumo utilizados em campa-


nha militar ou paramilitar, em manobras de tropas, em treinamento ou em ação
em patrullhamento ostensivo ou rodoviário, em campanha de saúde publica etc.
Binóculo - carta náutica - cantil - cordas - flâmulas e bandeiras de sinalização
- lanternas - medicamentos de pronto-socorro - mochilas - piquetes - sacolas -
sacos de dormir - sinaleiros e outros.

32
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
28 Material de Proteção e Segurança

Registra o valor das despesas com materiais de consumo utilizados diretamente


na proteção de pessoas ou bens públicos, para socorro de pessoas e animais ou
para socorro de veículos, aeronaves e embarcações assim como qualquer outro
item aplicado diretamente nas atividades de sobrevivência de pessoas, na selva,
no mar ou em sinistros diversos. Botas - cadeados - calçados especiais - capace-
tes - chaves - cintos - coletes - dedais - guarda-chuvas - lona - luvas - mangueira
de lona - mascaras - óculos - cabina de papelão e outros.

29 Material para Áudio, Vídeo e Foto

Registra o valor das despesas com materiais de consumo de emprego direto em


filmagem e revelação, ampliações e reproduções de sons e imagens. Aetze espe-
cial p/ chapa de papel - álbuns p/ retratos - alto-falantes - antenas - artigos para
gravação em acetato - filmes virgens - fitas virgens de áudio e vídeo - lâmpadas
especiais - material p/ radiografia, microfilmagem e cinematografia - molduras -
papel p/ revelação de fotografias - pegadores - reveladores e outros.

30 Material para Comunicações

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em comunicações, assim


como os componentes, circuitos impressos ou integrados, peças ou acessórios
de reposição, chips e partes de equipamentos de comunicação. Materiais para
instalações: radiofônicas, radiotelegráficas, telegráficas e outros.

31 Sementes, Mudas de Plantas e Insumos

Registra o valor das despesas com qualquer tipo de semente destinada a ao


plantio e mudas de plantas frutíferas ou ornamentais, assim como todos os
insumos utilizados para fertilização. Adubos - argila - plantas ornamentais - bor-
bulhas - bulbos - enxertos - fertilizantes - mudas envasadas ou com raízes nuas
- sementes - terra - tubérculos - xaxim e outros.

32 Suprimento de Aviação

Registra o valor das despesas com aquisição de materiais empregados na ma-


nutenção e reparo de aeronaves. Acessórios - peças de reposição de aeronaves
- sobressalentes e outros.

33 Material para Produção Industrial

Registra o valor das despesas com matérias-primas utilizadas na transformação,


beneficiamento e industrialização de um produto final. Borracha - couro - maté-
rias-primas em geral - minérios e outros.

33
gestão de material e patrimônio - u2
34 Sobressalentes para Máquinas e Motores de Navios
e Embarcações

Registra o valor das despesas com a aquisição de material utilizado na manu-


tenção e reparo de máquinas e motores de navios, inclusive da esquadra e de
embarcações em geral.

35 Material Laboratorial

Registra o valor das despesas com todos os utensílios usados em análises


laboratoriais. Almofarizes - bastões - bicos de gás - cálices - corantes - filtros
de papel - fixadoras - frascos - funis - garras metálicas - lâminas de vidro p/
microscópio - lâmpadas especiais - luvas de borracha - metais e metaloides p/
análise - pinças - rolhas - vidraria: balão volumétrico - becker - conta-gotas -
erlemeyer - pipetas - provetas - termômetros - tubos de ensaio - material de
laboratório didático e outros.

36 Material Hospitalar

Registra o valor das despesas com todos os materiais de consumo utilizados na


área hospitalar ou ambulatorial. Agulhas hipodérmicas - algodão - cânulas - ca-
téteres - compressa de gaze - drenos - esparadrapo - fios cirúrgicos - lâminas p/
bisturi - luvas - seringas - termômetro clínico - e outros.

37 Sobressalentes de Armamento

Registra o valor das despesas com aquisição de material utilizado na manuten-


ção e reparo de armamento. Material de manutenção e armamento - peças de
reposição e outros.

38 Suprimento de Proteção ao Voo

Registra o valor das despesas com peças de reposição de radares e sistemas de


comunicação.

39 Material para Manutenção de Veículos

Registra o valor das despesas com materiais para aplicação e manutenção de


veículos rodoviários, viaturas blindadas e tratores em geral. Água destilada -
amortecedores - baterias - borrachas - buzina - cabos de acelerador - cabos de
embreagem - câmara de ar - carburador completo - coifa - colar de embreagem
- condensador e platinado - correias - disco de embreagem - ignição - junta
homocinética - lâmpadas e lanternas p/ veículos - lonas e pastilhas de freio -
mangueiras - material utilizado em lanternagem e pintura - motor de reposição
- para-brisa - para-choque - platô - pneus - reparos - retentores - retrovisores -
rolamentos - tapetes - válvula da marcha-lenta e termostática - velas e outros.

34
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
40 Material Biológico

Registra o valor das despesas com amostras e outros itens de materiais biológi-
cos utilizados em estudos e pesquisas cientificas em seres vivos e inseminação
artificial. Meios de cultura - sêmen e outros.

41 Material para Utilização em Gráfica

Registra o valor das despesas com todos os materiais de consumo de uso gráfi-
co, tais como: chapas de off-set - clichês - cola - espirais - fotolitos - logotipos
- papel - solventes - tinta - tipos e outros.

42 Ferramentas

Registra o valor das despesas com todos os tipos de ferramentas utilizados em


oficinas, carpintarias, jardins etc. Alicate - broca - caixa p/ ferramentas - canivete
- chaves em geral - enxada - espátulas - ferro de solda - foice - lâmina de serra -
lima - machado - martelo - pá - picareta - ponteira - prumo - serrote - tesoura de
podar - trena e outros.

43 Material para Reabilitação Profissional

Registra o valor das despesas com materiais utilizados em programas de reabili-


tação profissional. Bastões - bengalas - joelheiras - meias elásticas e assemelha-
dos - óculos - órteses - pesos - próteses - instrumentos de trabalho e implemen-
tos profissionais.

44 Material de Sinalização Visual e Outros

Registra o valor das despesas com materiais utilizados para identificação - si-
nalização visual - endereçamento e outros. Placas de sinalização em geral - tais
como - placas indicativas para o setores e seções - placas para veículos - plaque-
tas para tombamento de material - placas sinalizadoras de trânsito - cones sinali-
zadores de trânsito - crachás - bótons identificadores para servidores e outros.

45 Material Técnico para Seleção e Treinamento

Registra o valor das apropriações das despesas com materiais técnicos utilizados
em processos de seleção e treinamento pela própria [unidade gestora] ou para Unidade Gestora: É a
distribuição não gratuita, tais como: apostilas e similares - folhetos de orientação Unidade orçamentária ou
- livros - manuais explicativos para candidatos e outros. administrativa investida do
poder de gerir recursos orça-
46 Material Bibliográfico mentários e financeiros, pró-
prios ou sob descentralização.
Registra o valor das despesas com material bibliográfico tais como: jornais -
revistas - periódicos em geral - anuários médicos - anuário estático - livros em
geral e outros, podendo estar na forma de CD-ROM e materiais bibliográficos
para bibliotecas públicas, conforme manual SIAFI código 02.11.35.

35
gestão de material e patrimônio - u2
48 Bens Móveis não Ativáveis

Registra o valor das despesas com aquisição de bens móveis de natureza perma-
nente não ativáveis, ou seja, aqueles considerados como despesa operacional,
para fins de dedução de imposto de renda, desde que atenda às especificações
contidas no artigo 301 do RIR (Regulamento de Imposto de Renda). Esta conta
é utilizada exclusivamente pelas unidades regidas pela Lei 6.404/76 (Lei das
Sociedades Anônimas).

49 Bilhetes de Passagem

Registra o valor das despesas com aquisição de bilhetes de passagem para guar-
da em estoque.

50 Bandeiras, Flâmulas e Insígnias

Registra o valor das despesas com aquisição de bandeiras, flâmulas e insígnias, a


saber: brasões, escudos, Armas da República, Selo Nacional e outros.

51 Discotecas e Filmotecas não Imobilizável

Registra o valor das despesas com discos, CD e coleções de fitas gravadas com
músicas e fitas cinematográficas de caráter educativo, científico e informativo,
cuja defasagem contábil ocorra em um prazo máximo de dois anos e que atenda
os parâmetros excludentes de material permanente. Disco educativo - fita de
áudio e vídeo com aula de caráter educativo, microfilme e outros.

52 Material de Caráter Secreto ou Reservado

Registra o valor das despesas com materiais de caráter sigiloso constantes em


regulamento do órgão.

53 Material Meteorológico

Registra o valor das despesas com material meteorológico, tais como: radiosson-
das - balão de látex e outros.

54 Material para Manutenção e Conservação de Estradas e Vias

Registra o valor das despesas com materiais para reparos, recuperações e adap-
tações de estradas, ferrovias e rodovias.

55 Selos para Controle Fiscal

Registra o valor das despesas com aquisição de selos/chancelas para controle


fiscal. Selos de controle de cigarros, de bebidas etc.

57 Material de Marcação da Fauna Silvestre

Registra o valor das despesas com materiais utilizados na identificação individual


(marcação) dos espécimes de espécies silvestres em criadores, mantenedores
e jardins zoológicos. Mamíferos: tatuagens, brincos, microchip; aves: anilhas,
braçadeira / brinco de asa, microchip; repteis: lacres e microchip.

36
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
58 Sobressalente para Máquinas e Equipamentos para
Produção Industrial

Registra o valor das despesas com a aquisição de material utilizado na manuten-


ção e reparo de máquinas e equipamentos industriais.

59 Material para Divulgação

Registra o valor das despesas com aquisição de material para divulgação insti-
tucional ou promocional do governo e de interesse público. Banner - painéis ilus-
trativos para divulgação de eventos - faixas promocionais - placas e outros.

84 Integração de Dados de Estados e Municípios

Registra o valor das despesas decorrentes da integração dos balancetes dos


Estados e Municípios.

89 Material de Consumo - Repartições no Exterior

Registra o valor das despesas com aquisição de material de consumo utilizados


na manutenção de embaixadas, consulados, vice-consulados, missões diplomáti-
cas e outras repartições sediadas no exterior.

91 Variação Cambial Negativa

Registra o valor das despesas com variação cambial, incidente sobre obrigações,
decorrentes de cláusula contratual ou de equivalência de moedas na rotina de
suprimento de fundos.

96 Material de Consumo - Pagamento Antecipado

Registra o valor das apropriações das despesas referentes ao pagamento anteci-


pado, com material de consumo, para posterior prestação de contas.

A despesa dos materiais permanentes é classificada nos seguintes subelementos:

Subelementos da despesa referente aos materiais permanentes

02 Aeronaves
Registra o valor das despesas com qualquer tipo de aeronave de asa fixa ou asa
rotativa. Avião - balão - helicóptero - planador - ultraleve e outros.

04 Aparelhos de medição e orientação


Registra o valor das despesas com todos os aparelhos de medição ou contagem.
Quando estes aparelhos forem incorporados a um equipamento maior serão os
mesmos considerados componentes. Amperímetro, aparelho de medição me-
teorológica, balanças em geral, bússola e calibrador de pneus - condutivímetro
- cronômetro - espectrofotômetro - hidrômetro - magneto metro - nanômetro
- medidor de gás - mira-falante - níveis topográficos - osciloscópio - paquímetro
- pirômetro - planímetro - psicrômetro - relógio medidor de luz sonar - sonda
taquímetro telêmetro - teodolito turbímetro navegador GPS e outros.

37
gestão de material e patrimônio - u2
06 Aparelhos e Equipamentos de Comunicação
Registra o valor das despesas com todo material considerado permanente,
portátil ou transportável, de uso em comunicações, que não se incorporem em
instalações, veículos de qualquer espécie, aeronaves ou embarcações. Antena pa-
rabólica - aparelho de telefonia - bloqueador telefônico - central telefônica - de-
tector de chamadas telefônicas - fac-símile - fonógrafo - interfone - PABX - rádio
receptor - rádio telegrafia - rádio telex - rádio transmissor - secretária eletrônica
- tele-speaker e outros.

08 Aparelhos e Equipamentos de Utensílios Médicos,


Odontológicos, Laboratoriais e Hospitalares
Registra o valor das despesas com qualquer aparelho, utensílio ou equipamento
de uso médico, odontológico, laboratorial e hospitalar que não se integrem a
instalações ou a outros conjuntos monitores. No caso de fazerem parte de insta-
lações ou outros conjuntos, deverão ser considerados componentes. Afastador -
alargador - aparelho de esterilização - aparelho de Raio- X - aparelho de trans-
fusão de sangue - aparelho infravermelho - aparelho para inalação - aparelho de
ultravioleta - balança pediátrica - berço aquecido - biombo - boticão - cadeira de
dentista - cadeira de rodas - câmara de infravermelho - câmara de oxigênio - câ-
mara de radioterapia - carro maca - centrifugador - destilador - eletroanalisador
- eletrocardiográfico - estetoscópio - estufa - maca - medidor de pressão arterial
(esfignomanômetro) - megascópio - mesa para exames clínicos - microscópio -
tenda de oxigênio termocautério e outros.

10 Aparelhos e Equipamentos para Esportes e Diversões


Registra o valor das despesas com instrumentos, aparelhos e utensílios destina-
dos a qualquer modalidade de esportes e diversões de qualquer natureza, desde
que não integrados a instalações de ginásios de esportes, centros esportivos,
teatro, cinema etc. Arco baliza - barco de regata - barra - bastão - bicicleta
ergométrica - carneiro de madeira - carrossel - cavalo - dardo - deslizador - disco
- halteres - martelo - peso - placar - remo - vara de salto e outros.

12 Aparelhos e Utensílios Domésticos


Registra o valor das despesas com aquisição de eletrodomésticos em geral e
utensílios domésticos, com durabilidade superior a dois anos, utilizados em órgãos
públicos, tais como: aparelhos de copa e cozinha - aspirador de pó - batedeira
- botijão de gás - cafeteira elétrica - chuveiro ou ducha elétrica - circulador de ar
- conjunto de chá/café/jantar -escada portátil - enceradeira - exaustor - faqueiro
- filtro de agua - fogão - forno de micro-ondas - geladeira - grill -liquidificador -
máquina de lavar louça - máquina de lavar roupa -máquina de moer café - máqui-
na de secar pratos - secador de prato - tábua de passar roupas - torneira elétrica
- umidificador de ar - aparelho de ar condicionados (tipo de embutir, portátil e
split) e outros.

38
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
14 Armamentos
Registra o valor das despesas com todas as armas de porte, portáteis e transpor-
táveis, de tiro tenso. Todas as armas portáteis transportáveis autopropulsionadas,
de tiro curvo, centrais de tiro, rebocáveis ou motorizadas, rampas lançadoras de
foguetes motorizadas e outros apetrechos bélicos. Fuzil - metralhadora - pistola
- revólver e outras.

18 Coleções e Materiais Bibliográficos


Registra o valor das despesas com coleções bibliográficas de obras científicas,
românticas, contos e documentários históricos e outros, mapotecas, dicionários,
enciclopédias, periódicos encadernados etc. Álbum de caráter educativo - cole-
ções e materiais bibliográficos informatizados - dicionários - enciclopédia - ficha
bibliográfica - jornal e revista (que constitua documentário) - livro - mapa -
material folclórico - partitura musical - publicações e documentos especializados
- repertório legislativo e outros.

19 Discotecas e Filmotecas
Registra o valor das despesas com discos, CD e coleções de fitas gravadas com
musicas e fitas cinematográficas de caráter educativo, cientifico e informativo.
Disco educativo - fita de áudio e vídeo com aula de caráter educativo, microfilme
e outros.

20 Embarcações

Registra o valor das despesas com todas as embarcações fluviais, lacustres ou


marítimas, exceto os navios graneleiros, petroleiros e transportadores de passa-
geiros que são considerados como bens imóveis. Canoa - casa flutuante - chata
- lancha - navio - rebocador - traineira e outros.

22 Equipamentos de Manobra e Patrulhamento

Registra o valor das despesas com todos os materiais permanentes utilizados em


manobras militares e paramilitares, assim como aqueles utilizados em qualquer
patrulhamento ostensivo. Barraca - bloqueios - cama de campanha - farol de
comunicação - mesa de campanha - paraquedas - pistola de sinalização - sirene
de campanha e outros.

24 Equipamento de Proteção, Segurança e Socorro

Registra o valor das despesas com todos os materiais permanentes utilizados


na proteção e segurança de pessoas ou bens públicos, como também qualquer
outro utilizado para socorro diverso ou sobrevivência em qualquer ecossiste-
ma. Alarme - algema - arma para vigilante - barraca para uso não militar - boia
salva-vida - cabine para guarda (guarita) - cofre - extintor de incêndio - para-
-raios - sinalizador de garagem - porta giratória - circuito interno de televisão,
catracas e outros.

39
gestão de material e patrimônio - u2
26 Instrumentos Musicais e Artísticos

Registra o valor das despesas com todos os instrumentos de cordas, sopro ou


percussão, como, também, outros instrumentos utilizados pelos artistas em
geral. Clarinete - guitarra - pistão - saxofone - trombone - xilofone e outros.

28 Máquinas e Equipamentos de Natureza Industrial

Registra o valor das despesas com qualquer máquina, aparelho ou equipamen-


to empregado na fabricação de produtos ou no recondicionamento de outros.
Balcão frigorífico - betoneira - exaustor industrial - forno e torradeira industrial
- geladeira industrial - máquina de fabricação de laticínios - máquina de fabrica-
ção de tecidos e outros.

30 Máquinas e Equipamentos Energéticos

Registra o valor das despesas com máquinas, aparelhos e equipamentos não in-
corporáveis a instalações, destinados a geração de energia de qualquer espécie.
Alternador energético - carregador de bateria - chave automática - estabilizador
- gerador - haste de contato - nobreak - poste de iluminação - retificador - trans-
formador de voltagem - trilho - truck - tunga - turbina (hidrelétrica) e outros.

32 Máquinas e Equipamentos Gráficos

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e equipamentos


utilizados em reprografia ou artes gráficas. Aparelho para encadernação - copia-
dora - cortadeira elétrica - costuradora de papel - duplicadora - grampeadeira -
gravadora de extenso - guilhotina - linotipo - máquina de off-set - operadora de
ilhoses - picotadeira - teleimpressora e receptadora de páginas e outros.

33 Equipamentos para Áudio, Vídeo e Foto

Registra o valor das despesas com aquisição de equipamentos de filmagem,


gravação e reprodução de sons e imagens, bem como os acessórios de durabi-
lidade superior a dois anos. Amplificador de som - caixa acústica - data show
- eletrola - equalizador de som - filmadora - flash eletrônico - fone de ouvido -
gravador de som - máquina fotográfica - microfilmadora - microfone - objetiva
- projetor.- rádio - rebobinadora - retroprojetor - sintonizador de som - tanques
para revelação de filmes - tapedeck - televisor - tela para projeção - toca discos -
videocassete e outros.

34 Máquinas, Utensílios e Equipamentos Diversos

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e equipamen-


tos que não estejam enquadrados nos demais grupos específicos. Aparador de
grama - bebedouro - carrinho de feira - container - furadeira - maleta executiva
- urna eleitoral - ventilador de coluna e de mesa e outros.

40
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
35 Equipamentos de Processamento de Dados

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e equipamen-


tos utilizados em processamento de dados de qualquer natureza, exceto quan-
do for aquisição de peças destinadas à reposição diretamente ao equipamento
ou mesmo para estoque. Caneta ótica - computador - controladora de linhas
- urna eletrônica - disco e fita magnéticos - impressora - kit multimídia - lei-
tora - micro e minicomputadores de mesa - digitalizadora - modem - monitor
de vídeo - placas - processador - scanner - teclado para micro - leitora/token -
leitora/smartcard e outros.

36 Máquinas, Instalações e Utensílios de Escritório

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, aparelhos e utensílios utili-
zados em escritório e destinados ao auxilio do trabalho administrativo. Aparelho
rotulador - apontador fixo (de mesa) - caixa registradora - carimbo digitador de
metal - compasso - estojo para desenho - globo terrestre - grampeador (exceto
de mesa) - máquina autenticadora - máquina de calcular - máquina de contabili-
dade - máquina de escrever - máquina franqueadora - normógrafo - pantógrafo
- quebra-luz (luminária de mesa) - régua de precisão - régua T - relógio protoco-
lador e outros.

38 Máquinas, Ferramentas e Utensílios de Oficina

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, ferramentas e utensílios


utilizados em oficinas mecânicas, marcenaria, carpintaria e serralheria, não
incluindo ferramentas que não façam parte de um conjunto, nem tão pouco
materiais permanentes utilizados em oficinas gráficas. Analisador de motores -
arcos de serra - bomba para esgotamento de tambores - compressor de ar - con-
junto de oxigênio - conjunto de solda - conjunto para lubrificação - desbastadei-
ra - desempenadeira - elevador hidráulico - esmerilhadeira - extrator de precisão
- forja - fundidora para confecção de broca - laminadora - lavadora de carro
- lixadeira - macaco mecânico e hidráulico - mandril - marcador de velocidade
- martelo mecânico - níveis de aço ou madeira - pistola metalizadora - polidora
- prensa - rebitadora - recipiente de ferro para combustíveis - saca-pino - serra
de bancada - serra mecânica - talhas - tanques para água - tarraxa - testadora -
torno mecânico - vulcanizadora e outros.

39 Equipamentos e Utensílios Hidráulicos e Elétricos

Registra o valor das despesas com equipamentos destinados à instalação,


conservação e manutenção de sistemas hidráulicos e elétricos. Bomba d’água
- bomba de desentupimento - bomba de irrigação - bomba de lubrificação -
bomba de sucção e elevação de água e de gasolina - carneiro hidráulico - desi-
dratadora - máquina de tratamento de água - máquina de tratamento de esgoto
- máquina de tratamento de lixo - moinho - roda d’água e outros.

41
gestão de material e patrimônio - u2
40 Máquinas e Equipamentos Agrícolas e Rodoviários

Registra o valor das despesas com todas as máquinas, tratores e equipamentos


utilizados na agricultura, na construção e conservação de estradas. Arado - car-
regadora - ceifadeira - compactador - conjunto de irrigação - conjunto moto-
-bomba para irrigação - cultivador - desintegrador - escavadeira - forno e estufa
de secagem ou amadurecimento - máquinas de beneficiamento - microtrator -
misturador de ração - moinho agrícola - motoniveladora - motosserra - pasteuri-
zador - picador de forragens - plaina terraceadora - plantadeira - pulverizador de
tração animal ou mecânica - rolo compressor - roçadeira - semeadeira - silo para
depósito de cimento - sulcador - trator de roda e esteira e outros.

42 Mobiliário em Geral

Registra o valor das despesas com móveis destinados ao uso ou decoração inte-
rior de ambientes. Abajur - aparelho para apoiar os braços - armário - arquivo
de aço ou madeira - balcão (tipo atendimento) - banco - banqueta - base para
mastro - cadeira - cama - carrinho fichário - carteira e banco escolar - charter
negro - cinzeiro com pedestal - colchão - criado mudo - cristaleira - escrivaninha
- espelho - moldura - estante de madeira ou aço - estofado - flipsharter - guar-
da-louça, guarda-roupa, mapoteca, mesa, penteadeira, poltrona, porta-chapéus,
prancheta para desenho - quadro de chaves - quadro imantado - quadro para
editais e avisos - relógio de mesa/parede/ponto - roupeiro - sofá - suporte para
TV e vídeo - suporte para bandeira (mastro) - vitrine e outros.

44 Obras de Arte e Peças para Exposição

Registra o valor das despesas com objetos de valor artístico e histórico desti-
nados à decoração ou exposição em geral (em museus, galerias, hall, prédios pú-
blicos e outros). Alfaias em louça - documentos e objetos históricos - esculturas
- fotos históricas - gravuras - molduras - peças em marfim e cerâmica - pedestais
especiais e similares - pinacotecas completas - pinturas em tela - porcelana -
tapeçaria - trilhos para exposição de quadros e outros.

46 Semoventes e Equipamentos de Montaria

Registra o valor das despesas com animais para trabalho, produção, reprodução
ou exposição e equipamentos de montaria. Animais não destinados a laborató-
rio ou corte - animais para jardim zoológico - animais para produção, reprodu-
ção e guarda - animais para sela e tração - selas e outros.

48 Veículos Diversos

Registra o valor das despesas com veículos não contemplados em subitens espe-
cíficos. Bicicleta - carrinho de mão - carroça - charrete - empilhadeira e outros.

42
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
49 Equipamento e Material Sigiloso e Reservado

Registra o valor das apropriações das despesas com equipamentos e material


permanentes - despesas de caráter sigiloso e reservado.

50 Veículos Ferroviários

Registra o valor das despesas com veículos empregados em estradas de ferro.


Locomotiva - prancha - reboque - tender - vagão para transporte de carga ou
passageiros e outros.

51 Peças não Incorporáveis a Imóveis

Registra o valor das despesas com materiais empregados em imóveis e que


possam ser removidos ou recuperados. Biombos - carpetes (primeira instalação)
- cortinas - divisórias removíveis - estrados - persianas - tapetes - toldo - grades -
mastro para fixação de antena de rádio.

52 Veículos de Tração Mecânica

Registra o valor das despesas com veículos de tração mecânica, tais como: am-
bulância - automóvel - basculante - caçamba - caminhão - carro-forte - consul-
tório volante - furgão - lambreta - micro-ônibus - motocicleta - ônibus - rabecão
- vassoura mecânica - veículo coletor de lixo e outros.

54 Equipamentos, Peças e Acessórios Aeronáuticos

Registra o valor das despesas com equipamentos, peças e acessórios aeronáuti-


cos, tais como: hélice - microcomputador de bordo - turbina e outros.

56 Equipamentos, Peças e Acessórios de Proteção Ao Voo

Registra o valor das despesas com equipamentos, peças e acessórios de proteção


ao voo, tais como: radar - rádio e outros.

57 Acessórios para Veículos

Registra o valor das despesas com acessórios para veículos que possam ser de-
sincorporados, sem prejuízo dos mesmos, para aplicação em outro veículo, tais
como: ar condicionado - capota - rádio/toca-fitas e outros.

58 Equipamentos de Mergulho e Salvamento

Registra o valor das despesas com equipamentos destinados às atividades de mer-


gulho e salvamento marítimo. escafandro - jet-ski - tanque de oxigênio e outros.

60 Equipamentos, Peças e Acessórios Marítimos

Registra o valor das despesas com equipamentos, peças e acessórios marítimos,


tais como: instrumentos de navegação - instrumentos de medição do tempo -
instrumentos óticos - instrumentos geográficos e astronômicos - instrumentos e
aparelhos meteorológicos e outros.

43
gestão de material e patrimônio - u2
83 Equipamentos e Sistema de Proteção e Vigilância Ambiental

Registra o valor das despesas com equipamentos e sistema de proteção e vigilân-


cia ambiental.

87 Material de Consumo de Uso Duradouro

Registra o valor das apropriações das despesas com materiais de consumo con-
trolados como de uso duradouro.

A seguir, são apresentados exemplos da classificação de despesas com mate-


rial de consumo e com material permanente, de maneira detalhada. Esses
exemplos representam a maior quantidade de despesas realizadas em uma UA,
em relação aos materiais de consumo e materiais permanentes.

a) 3.3.90.30.16:

3 → despesas correntes (categoria econômica)

3 → outras despesas correntes (grupo de despesa)

90 → aplicações diretas (modalidade de aplicação)

30 → material de consumo (elemento de despesa)

16 → material de expediente (subelemento de despesa)

b) 4.4.90.52.58:

4 → despesas de capital (categoria econômica)

4 → investimentos (grupo de despesa)

90 → aplicações diretas (modalidade de aplicação)

52 → equipamentos e material permanente (elemento de despesa)

58 → equipamentos de mergulho e salvamento (subelemento de


despesa)

44
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.2.3.2 Estágios da Despesa

Há uma série de estágios pelos quais as despesas passam. Esses estágios po-
dem ser definidos como empenho, liquidação e pagamento.

a) 1° Estágio – empenho

A Lei 4.320/64 define o empenho como “o ato emanado de autoridade com-


petente que cria para o Estado obrigação de pagamento, pendente ou não de
implemento de condição”.

A mesma lei em seu Art. 58 descreve em seus §§ 2º e 3º, respectivamente, que


“será feito por estimativa o empenho da despesa cujo montante não se possa
determinar” e que “é permitido o empenho global de despesas contratuais e
outras sujeitas a parcelamento”. Logo, o empenho poderá ser normal (para
montante de despesa exata conhecida), estimativo (para quando não se
puder prever as quantidades certas e exatas que serão contratadas), e global
(para quando puder haver pagamentos parcelados).

Ao emitir um empenho, o [Ordenador de Despesas] (OD) deve deduzir seu Ordenador de Des-
valor da dotação adequada à despesa a realizar, por força do compromisso pesas: Qualquer autoridade
cujos atos resultem emissão
assumido, não podendo, jamais, o valor exceder o saldo da dotação. de empenho, autorização
de pagamento, suprimento
O empenho será formalizado no documento denominado Nota de Empenho, ou dispêndio de recursos
no qual constará o nome do credor, a especificação e importância da despesa, da União ou pelos quais
responda.
bem como os demais dados necessários ao controle da execução orçamentária
e ao acompanhamento da programação financeira.

b) 2° Estágio – liquidação

A liquidação da despesa compreende o 2º estágio da despesa e é caracterizada


pela entrega da obra, bens, materiais ou serviços, objeto do contrato, ou seja,
é verificado se o contrato foi efetivamente cumprido pelo fornecedor.

A Lei 4.320/64, em seu Art. 63, define que a liquidação da despesa “consiste
na verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
documentos comprobatórios do respectivo crédito”.

É importante ressaltar que a liquidação da despesa, em geral, é realizada pelo


Almoxarife ou por outros chefes de depósitos, da UG, materializando-se por
um carimbo e assinatura no verso da nota fiscal.

Imediatamente depois de realizada a liquidação, a nota fiscal deve ser remetida


para o Setor Financeiro para pagamento. Assim que a nota fiscal, devidamente

45
gestão de material e patrimônio - u2
liquidada e preenchida é recebida pelo Setor financeiro deve ser realizada a
contabilização da despesa.

A contabilização da despesa, através de seu registro contábil, é realizada nas


UG pelo Encarregado do Setor Financeiro ou auxiliar de seu Setor, por meio
do SIAFI, no Subsistema de Contas a Pagar e a Receber (CPR). Nesse momen-
to, o patrimônio da UA sofre alterações devido ao recebimento dos materiais,
criando-se uma obrigação em relação ao pagamento que deverá ser efetivado.

A contabilização dos fatos modificativos é idêntica à con-


tabilização dos fatos permutativos, com exceção do último
lançamento que se refere à entrada dos bens ou direitos no
ativo ou do registro das obrigações no passivo decorrentes da
despesa orçamentária.

É comum o termo liquidação ser empregado de maneira equi-


vocada no âmbito da gestão patrimonial, por ocasião da rea-
lização da despesa, causando dúvidas e, até mesmo, erros. A
liquidação não consiste no seu pagamento, mas sim, na Admi-
nistração atestar, em documento hábil, se a obrigação contraí-
da pelo fornecedor foi plenamente cumprida, isto é, se a em-
presa entregou o material, realizou a obra ou prestou o serviço.

c) 3° Estágio – pagamento

O pagamento da despesa compreende o terceiro estágio da despesa e consiste


no despacho exarado por autoridade competente, Ordenador de Despesas ou
substituto legal, determinando que a despesa seja paga.

Se a despesa ocorrer por meio de recursos do Fundo do Exército (FEx), deno-


minado UG Secundária, o pagamento será imediatamente realizado, porém,
caso a despesa tenha sido feita com recursos da UG Primária, o pagamento
deverá ser efetuado após o recebimento do numerário, que será desembolsado
automaticamente pela Diretoria de Contabilidade (DCont).

Para o cumprimento do terceiro estágio da despesa, a Unidade Gestora, atra-


vés de seu Setor Financeiro, deverá emitir o documento Bancária (OB).

46
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.2.4 Classe Receita (4)

Receita pública é todo recurso obtido pelo Estado para atender às despesas
públicas, devendo ser computado na apuração do resultado do exercício.

As receitas públicas desdobram-se nas seguintes categorias econômicas:

• Receitas Correntes (4.1) - Compreendem as receitas tributárias,


contribuições patrimoniais, industriais, agropecuárias, serviços e outras
de natureza semelhante, bem como as provenientes de transferências
correntes, observadas as conceituações legais pertinentes em vigor.

Nas UG, são comuns as receitas correntes provenientes da exploração


econômica de bens da União, tais como: Cessão de Uso, Permissão de
Uso, Locação, Aluguel, Arrendamento e Concessão de Direito Real de
Uso Resolúvel.

Essas receitas, em regra, devem ser depositadas no FEx, denominado UG


Secundária, por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), sendo
que, através desses recursos a OM pode realizar aquisições após solicitar
e receber o respectivo crédito.

• Receitas de Capital (4.2) - Correspondem à constituição de dívidas,


conversão em espécie de bens e direitos, amortizações, utilização de
saldos de exercícios anteriores ou de reservas e outras de natureza seme-
lhante, bem como as provenientes de transferências de capital, observa-
das as normas legais pertinentes em vigor.

2.2.4.1 Estágios da Receita

As receitas passam por quatro estágios, que podem ser definidos como pre-
visão, lançamento, arrecadação e recolhimento.

• Previsão – é a estimativa do que se espera arrecadar durante o exercício.

• Lançamento – é a identificação do devedor ou da pessoa do contri-


buinte. A Lei 4.320/64 define o lançamento da receita como o ato da
repartição competente que verifica a procedência do (2° estágio) crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta.

• Arrecadação – é o momento em que o contribuinte recolhe ao agente


arrecadador o valor do seu débito.

• Recolhimento – é o momento em que o agente arrecadador recolhe o


produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal.

47
gestão de material e patrimônio - u2
2.2.5 Classe Resultado Diminutivo do Exercício (5)

O Resultado Diminutivo do Exercício inclui os seguintes grupos:

• Resultado Orçamentário (5.1) - Corresponde às despesas, interferên-


cias passivas (financeiras) e as mutações patrimoniais passivas resultan-
tes da execução orçamentária (fatos permutativos).

• Resultado Extraorçamentário (5.2) - Abrange as despesas extraor-


çamentárias, as interferências passivas (financeiras e patrimoniais) e os
decréscimos patrimoniais de bens, direitos e obrigações independentes
da execução orçamentária (fatos modificativos).

2.2.6 Classe Resultado Aumentativo do Exercício (6)

O Resultado Aumentativo do Exercício inclui os seguintes grupos de contas:

• Resultado Orçamentário (6.1) - Representa as receitas, interferências


ativas (financeiras) e as mutações patrimoniais ativas resultantes da exe-
cução orçamentária (permutativas).

• Resultado Extra-Orçamentário (6.2) - Abrange as receitas extraor-


çamentárias, as interferências ativas (financeiras e patrimoniais) e os
acréscimos patrimoniais (de bens, direitos e obrigações) independentes
da execução orçamentária (fatos modificativos).

• Resultado Patrimonial (6.3) - É uma conta transitória utilizada no


encerramento do exercício para demonstrar a apuração do resultado
patrimonial do exercício que poderá resultar num superávit (quando as
variações ativas forem maiores do que as passivas) ou déficit (quando as
variações ativas forem menores do que as passivas).

2.2.7 Estrutura do Plano de Contas em nível de Classe / Grupo

O quadro 2, a seguir, representa um resumo das classes de contas do plano


de contas da União, indicando a posição do ativo circulante, do ativo perma-
nente, das despesas e das receitas, ressaltando-se que as contas do ativo são
devedoras e as do passivo são credoras.

48
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
1 ATIVO 2 PASSIVO

2.1 circulante
1.1 circulante
2.2 exigível a longo prazo
1.2 realizável a longo prazo
2.3 resultado de exercícios futuros
1.4 permanente
2.4 patrimônio líquido
1.9 compensado
2.9 compensado

3 DESPESA 4 RECEITA

3.3 despesas correntes 4.1 receitas correntes

3.4 despesas de capital 4.2 receitas de capital

5 RESULTADO DO EXERCÍCIO (-) 6 RESULTADO DO EXERCÍCIO (+)

6.1 resultado orçamentário


5.1 resultado orçamentário
6.2 resultado extraorçamentário
5.2 resultado extraorçamentário
6.3 resultado patrimonial

Quadro 2 – Classes de contas do plano de contas da União

2.3 Tabela de Eventos

Os Eventos são os instrumentos utilizados para automatizar o processo de


escrituração dos fatos administrativos ocorridos na UG, através do SIAFI, sendo
formados por seis algarismos que indicam:

XXYYZZZ → XX – Classe de evento

→ YY – Tipo de utilização

→ ZZZ – Código sequencial

Os eventos e o seu detalhamento podem ser encontrados pelos agentes respon-


sáveis pelos registros contábeis no SIAFI, através da transação > CONEVENTO
(consulta evento).

49
gestão de material e patrimônio - u2
2.3.1 Classe de Evento

O quadro 3, a seguir, tem por finalidade discriminar as classes dos eventos,


que são utilizadas para realização de lançamentos contábeis, indicando as
respectivas finalidades, bem como os respectivos documentos gerados no
ambiente do SIAFI.

CLASSE FINALIDADE DOCUMENTO BÁSICO

10 Previsão de Receitas NL ou NS

20 Dotação de Despesa ND

30 Movimentação de Crédito NC

40 Empenho da Despesa NE

50 Aprop, Ret, Liq e outros NL ou NS

51 Apropriação de Despesa NL ou NS

52 Retenção de Obrigações NL ou NS

53 Liquidação de Obrigações NL ou NS

NL, NS, OB, DF, GP, DR,


54 / 58 Registros Diversos
GR, PF, GF e RA

55 Apropriação de Direitos NL ou NS

56 Liquidação de Direitos NL ou NS

61 Liquidação de Restos a Pagar NL ou NS

70 Transferências Financeiras NL, NS, OB e PF

80 Receitas NL, NS e RA

Quadro 3 – Eventos: classe/finalidade/documentos

2.3.2 Tipo de Utilização

A utilização dos eventos é gerada, em regra, automaticamente no sistema de


contas a pagar e a receber (CPR), utilizado pelo setor financeiro. Os eventos
são usados manualmente, principalmente na elaboração de NL para apropria-
ção de materiais na fiscalização administrativa. Não há necessidade de decorá-
-los, pois eles podem ser consultados no SIAFI.

Alguns exemplos de tipos de utilização:

50
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
a. Quanto ao roteiro

1. Evento principal (30.0.063)

2. Evento complementar (40.3.444)

b. Quanto ao usuário

1. Evento do gestor (54.0.450)

2. Evento do sistema (40.1.091)

c. Quanto à situação

1. Evento normal (80.0.887)

2. Evento de estorno (54.5.127)

d. Tabela de tipo de Utilização dos Eventos

Roteiro Principal Complementar

Usuário Gestor Sistema Gestor Sistema

Situação Normal Estorno Normal Estorno Normal Estorno Normal Estorno

Tipo Tipo 0 Tipo 5 Tipo 1 Tipo 6 Tipo 2 Tipo 7 Tipo 3 Tipo 8

2.4 Indicadores contábeis

Os indicadores contábeis são ferramentas do SIAFI utilizadas para restringir ou


minimizar a ocorrência de erros de registros contábeis.

Deve-se utilizar a transação > CONINDICONT (consulta indicadores contábeis)


para se obter informações sobre os indicadores utilizados na contabilidade,
sendo bastante importantes para a administração da UG os Indicadores de
Tabela de Eventos e os Indicadores da Tabela do Plano de Contas.

51
gestão de material e patrimônio - u2
3 Registro contábil da variação
patrimonial e nota de lançamento

Objetivo específico

• Descrever a finalidade da Nota de Lançamento.

O registro e a informação contábil possuem características e processos espe-


cíficos. O gerenciamento desses registros e o levantamento das informações
contábeis são realizados por meio de sistemas informatizados. A seguir, serão
apresentados as características e o processo de registro contábil efetuados no
Exército Brasileiro.

3.1. Registro contábil da variação patrimonial

De acordo com a Portaria STN nº 437/2012, são características do registro e da


informação contábil:

a) Comparabilidade – os registros e as informações


contábeis devem possibilitar a análise da situação patri-
monial de entidades do setor público ao longo do tempo
e estaticamente, bem como a identificação de semelhan-
ças e diferenças dessa situação patrimonial com a de
outras entidades;

b) Compreensibilidade – as informações apresentadas


nas demonstrações contábeis devem ser entendidas pelos
usuários. Para esse fim, presume-se que estes já tenham
conhecimento do ambiente de atuação das entidades do
setor público. Todavia, as informações relevantes sobre
temas complexos não devem ser excluídas das demons-
trações contábeis, mesmo sob o pretexto de que são de
difícil compreensão pelos usuários;

c) Confiabilidade – o registro e a informação contábil


devem reunir requisitos de verdade e de validade que
possibilitem segurança e credibilidade aos usuários no
processo de tomada de decisão;

53
gestão de material e patrimônio - u2
d) Fidedignidade – os registros contábeis realizados e as
informações apresentadas devem representar fielmente o
fenômeno contábil que lhes deu origem;

e) Imparcialidade – os registros contábeis devem ser


realizados e as informações devem ser apresentadas de
modo a não privilegiar interesses específicos e particulares
de agentes e/ou entidades;

f) Integridade – os registros contábeis e as informações


apresentadas devem reconhecer os fenômenos patri-
moniais em sua totalidade, não podendo ser omitidas
quaisquer partes do fato gerador;

g) Objetividade – o registro deve representar a reali-


dade dos fenômenos patrimoniais em razão de critérios
técnicos contábeis preestabelecidos em normas ou com
base em procedimentos adequados, sem que incidam
preferências individuais que provoquem distorções na
informação produzida;

h) Representatividade – os registros contábeis e as in-


formações apresentadas devem conter todos os aspectos
relevantes;

i) Tempestividade – os fenômenos patrimoniais devem


ser registrados no momento de sua ocorrência e divulga-
dos em tempo hábil para os usuários;

j) Uniformidade – os registros contábeis e as informa-


ções devem observar critérios padronizados e contínuos
de identificação, classificação, mensuração, avaliação e
evidenciação, de modo que fiquem compatíveis, mesmo
que gerados por diferentes entidades. Esse atributo per-
mite a interpretação e a análise das informações, levan-
do-se em consideração a possibilidade de se comparar a
situação econômico-financeira de uma entidade do setor
público em distintas épocas de sua atividade;

k) Utilidade – os registros contábeis e as informações


apresentadas devem atender às necessidades específicas
dos diversos usuários;

l) Verificabilidade – os registros contábeis realizados e


as informações apresentadas devem possibilitar o reco-
nhecimento das suas respectivas validades;

54
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
m) Visibilidade – os registros e as informações contábeis
devem ser disponibilizados para a sociedade e expressar,
com transparência, o resultado da gestão e a situação
patrimonial da entidade do setor público.

Os lançamentos contábeis são efetuados no SIAFI em quatro grandes sistemas


independentes de contas:

• Sistema orçamentário

• Sistema financeiro

• Sistema patrimonial

• Sistema de compensação

O sistema a ser focado nesse capítulo é o sistema patrimonial, no qual se re-


gistram os fatos não financeiros ou extracaixa, tais como: bens móveis, bens
imóveis e estoques.

Entretanto, é importante ressaltar a importância do sistema de compensação


para gestão patrimonial, pois nele estão representados os atos praticados pelos
administrados que não afetam o patrimônio de imediato, mas que poderão vir a
afetá-lo. Compreende, apenas, as contas com a função precípua de controle.

Deve-se dispensar especial atenção ao ativo circulante e ao ativo perma-


nente, já que nos mesmos são realizados os registros dos valores dos bens
móveis, do estoque interno de almoxarifado e dos bens imóveis, que são as
contas de maiores movimentos e que sofrem os mais rígidos controles dos ór-
gãos de controle interno e externo, por representarem a grande gama de atos
e fatos administrativos da vida vegetativa das UA.

Os valores dos bens móveis, que dizem respeito ao material permanente em


uso ou em estoque, e dos bens imóveis são registrados no ativo permanen-
te; e os valores do estoque interno de almoxarifado, que correspondem
ao material de consumo armazenado para atender às necessidades da UA,
constam do ativo circulante.

Periodicamente, devem ser elaborados Relatórios Mensais de Almoxarifado


(RMA), Relatórios Mensais de Bens Móveis (RMBM) e Relatórios Mensais de
Bens Imóveis (RMBI), que devem estar de acordo como os registros contábeis,
devendo-se dar especial atenção às seguintes contas contábeis:

55
gestão de material e patrimônio - u2
A classificação numérica das • 1.1.3.1.4.01.01 – Estoque interno;
contas contábeis pode ser en-
contrada no Plano de Contas • 1.1.3.1.8.01.00 – Material de consumo;
da União em: https://www.
• 1.4.2.1.2.92.01 – 1.4.2.1.2.92.02 – 1.4.2.1.2.92.03 – Bens móveis em
tesouro.fazenda.gov.br/pt/
plano-de-contas Almoxarifado

• 1.4.2.1.1.10.XX – Bens Imóveis de Uso Especial

O controle do material de consumo, permanente e dos bens imóveis está a


cargo da Fiscalização Administrativa e é feito, principalmente, através de:

• Inclusões de bens no Patrimônio das UG;

• Saídas de Bens do Patrimônio das UG;

• Movimentações Internas de Bens – Distribuição para uso e Recolhimen-


tos ao Almoxarifado;

• Registro do Recolhimento e Devolução de Bens para Manutenção em


OM de Manutenção;

• Controle de estoques – Fiel depositário – Órgão Provedor;

• Material de revenda – Consumo;

• Reclassificação de material (Regularização contábil de bens);

• Bens móveis em poder de outra OM;

• Unificação patrimonial;

• Inventários;

• Relatórios.

Esse controle deve ser realizado de acordo com o RAE (Regulamento de Admi-
nistração do Exército) e das seguintes orientações específicas:

1. O Encarregado do Setor de Material (almoxarifado, aprovisionamento e


outros depósitos) deverá participar, de imediato, a entrada de bens na
UG e semanalmente a saída dos bens consumidos.

2. O Fiscal Administrativo deverá consolidar as alterações referentes aos


bens patrimoniais e publicá-las no Boletim (Aditamento Administrativo)
da UG semanalmente.

3. A inclusão em carga do material permanente e a escrituração do mate-


rial de consumo deverão ser feitas com preço unitário e todas as especi-
ficações que permitam a sua fácil identificação, obedecida a nomencla-
tura regulamentar existente.

56
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
4. A ordem para inclusão em carga do material permanente ou para
escrituração do material de consumo será exarada pelo Agente Diretor,
conforme os termos apresentados pelas comissões ou as Partes dadas
pelos agentes que receberem o material; essa ordem será publicada em
Boletim Interno da OM.

5. A movimentação patrimonial (entrada e saída de bens) no SIAFI, me-


diante emissão de Nota de Lançamento (NL), deverá ser realizada
imediatamente após a publicação em boletim. A UG deverá evitar a
ocorrência de longos períodos entre a publicação em boletim e
o registro contábil no SIAFI.

6. A UG deverá confirmar com a OM remetente o envio dos materiais


transferidos patrimonialmente no SIAFI e, com base nessas informações,
solicitar a agilização na remessa dos mesmos para posterior apropriação
dos valores contabilizados dentro de um prazo de até 30 dias.

A transferência de material de consumo ou permanente não recebido


e, com isso, ainda não apropriado pela UG remetente, no prazo acima
descrito, gera inconsistência, que é verificada através da existência de
saldo nas contas contábeis 19.991.01.01- Bens de Estoque a Receber
ou 19.991.02.01- Bens Móveis a Receber Por Oportuno, salienta-se que
a permanência da aludida inconsistência enseja conformidade contábil
com restrição para ambas as UG.

7. A UG deverá confirmar o recebimento dos materiais transferidos com


as OM destinatárias e, com base nas guia de fornecimento, orientá-las
a realizar a apropriação dos valores transferidos patrimonialmente no
SIAFI no prazo de até 30 dias.

A transferência de material de consumo para UG supridas ou de Manu-


tenção e, ainda, não apropriado pelas UG de destino gera inconsistên-
cia, que é verificada através da existência de saldo nas contas contábeis
19.991.01.02- Bens de Estoque Enviados ou 19.991.02.02-Bens de
Móveis Enviados.

Ressalta-se, ainda, que a permanência da aludida inconsistência também


enseja conformidade contábil com restrição para ambas UG.

8. A escrituração das fichas de registros contábeis ou registros no SIMATEx,


referente ao relacionamento do material de consumo, inclusão em carga
e descarga de material permanente, deve ser realizada após a publicação
em Boletim. É importante destacar que não é mais obrigatório que os

57
gestão de material e patrimônio - u2
depósitos preencham as “Fichas de Prateleira”, haja vista a implantação
do SISCOFIS, logo, para fins de conferência, basta a consulta no sistema
e a impressão da respectiva ficha gerada pelo mesmo.

9. A Fiscalização Administrativa, juntamente com o detentor do material


em carga, deve envidar esforços no sentido de compatibilizar o escritu-
rado no SISCOFIS com o físico existente. Cabe destacar que as altera-
ções porventura existentes com o material que possam ensejar dano ao
erário, devem ser apuradas.

10. O Ordenador de Despesas (OD) deverá envidar esforços no sentido de ser


exercido um rigoroso controle sobre a administração patrimonial da UG,
a fim de mantê-la em dia e de que haja, a todo instante, a compatibiliza-
ção entre o SIAFI, o SIMATEX e a existência física dos bens em estoque.

3.2 Nota de Lançamento

A Nota de Lançamento (NL) é um documento elaborado pelo agente ope-


rador do SIAFI, que serve para registrar fatos tanto de natureza orçamentária
quanto extraorçamentária.

Ela é utilizada pelo agente operador do SIAFI, da Fiscalização Administrativa,


para os registros contábeis relativos às unificações patrimoniais, reclassifica-
ções, inclusões, exclusões, relacionamentos e desrelacionamentos dos mate-
riais das diversas classes de suprimento recebidos dos Órgãos Pro-
vedores e também para realizar as unificações patrimoniais, reclassificações,
exclusões e desrelacionamneto dos materiais adquiridos pela própria UA,
além de outros atos e fatos administrativos.

A contabilização dos fatos modificativos é idêntica à con-


tabilização dos fatos permutativos, com exceção do último
lançamento que se refere à entrada dos bens ou direitos no
ativo ou do registro das obrigações no passivo decorrentes da
despesa orçamentária.

As NL para registro das movimentações de material de consumo e permanente


são elaboradas pela Fiscalização Administrativa, por meio de agente cadastra-
do com o respectivo perfil para efetuar essas operarações no SIAFI.

58
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Para isso, os agentes devem acessar o sistema e digitar a Transação >NL (Nota
de Lançamento por Evento) na linha de comando e teclar enter.

Imediatemente depois de teclar enter, aparece um Formulário (Figura 1) para


entrada de dados da NL , cujos espaços deverão ser preenchidos com os devidos
Eventos, Inscrições, Classificações e Valores e outras informações necessárias.

Figura 1 – Nota de Lançamento por evento


Fonte: SIAFI 2013
Disponível em <http://www. acesso.serpro.gov.br/ > Acesso em dez. 2013

3.2.1 Registro de bens móveis permanentes

3.2.1.1 Inclusão no patrimônio

A inclusão do material no patrimônio da UA deve ser feita pela fiscalização


administrativa e por meio do SIAFI.

Para fazer essa inclusão, o operador deve acessar o SIAFI e utilizar a transação
>NL.

As telas a seguir (figuras 2 e 3) são exemplos de Notas de Lançamento utiliza-


das para inclusão de material no patrimônio:

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540580 142129201 623120110 0,01

Figura 2: NL para inclusão de material em carga, exceto por Aquisição Orçamentária ou Transferência de outra UG

59
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

O evento 54.0.580 pode ser utilizado para inclusão em carga de material per-
manente por todos os motivos previstos no Art. 72 do R/3, exceto por aquisi-
ção orçamentária (CPR) ou transferências de outra UG registradas no SIAFI.

O campo Class 2 poderá ser uma das opções que comecem com 62312.01.XX
(consultar >CONCONTA).

No exemplo foi contabilizada a entrada de material encontrado em excesso.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 1421292XX 0,01

Figura 3: NL para inclusão de material em carga por transferência de outra UG

Observação:

A inclusão do material com o evento 54.0.451 só é possível se a UG, que des-


carregou por transferência, emitir NL com evento 54.0.450, gerando saldo na
conta 14212.94.00 da UG que transferiu e na conta 19991.02.YY de ambas.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

3.2.1.2 Descarga de material permanente

As telas a seguir (figuras 4 e 5) são exemplos de Notas de Lançamento utiliza-


das para realizar a descarga de material permanente do patrimônio.

A descarga de material permanente no SIAFI ocorre por um dos motivos rela-


cionados no art. 85, do RAE.

Para a efetivação da descarga, o material deverá ser antes reco-


lhido ao Almoxarifado e registrado na conta 14212.93.02 (Bens
móveis a reparar), seguindo os passos descritos na figura 2.

60
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540127 142129203 523120116 0,01

Figura 4: NL para descarga de material permanente, exceto recolhimento/transferência (de propriedade)

Observação:

A CLASS 2 poderá ser qualquer uma das contas 52312.01.XX relacionadas


(>CONCONTA). No exemplo foi realizada uma descarga de material por inser-
vibilidade.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 1421292XX 0,01

Figura 5: NL para descarga de material permanente por transferência para outra UG

Observação:

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

Para o recebimento, seguir os procedimentos do item 2.1.1.1.2.

3.2.1.3 Movimentação interna

A distribuição interna de bens móveis se caracteriza pela entrega do suprimen-


to às frações e/ou dependências internas da UG para o USO.

Os procedimentos administrativos para a distribuição interna estão descritos


nos Art. 81 ao 84 do RAE.

As figuras 6 e 7 são exemplos de Notas de Lançamento utilizadas para movi-


mentação interna do patrimônio:

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 142123500 142129201 0,01

Figura 6: NL para movimentação de material permanente do estoque interno para uso

61
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

No exemplo acima, foi movimentado um material de informática do estoque


interno do Almoxarifado para uso em uma dependência da UG (14212.35.00)
- >CONCONTA (14212.00.00)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 1421292XX 142123500 0,01

Figura 7: NL para movimentação de material permanente do “uso” para o Almoxarifado

Observação:

No exemplo acima, foi movimentado um material de informática de uma


dependência da UG (Uso-14212.35.00) para o Almox (14212.92.XX)
>CONCONTA (14212.00.00/14212.92.00).

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 03 (estoque interno – manutenção e/ou


descarga)

3.2.1.4 Compra Centralizada de Material Permanente

A compra centralizada de material permanente é a situação em que uma UG


realiza a aquisição do material e emite as NE para que outra UG receba o ma-
terial. Consequentemente, a UG que realiza a execução orçamentária deverá
realizar a execução financeira (pagamento do credor), enquanto que a UG que
recebe o material deverá incluí-lo no seu patrimônio. Por exemplo: A DMat
realiza a aquisição de viatura e o 11º D Sup realiza o seu recebimento para uso
próprio ou para distribuir para outra UG.

A figura 8 ilustra um exemplo de NL para recebimento de material permanente.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 CNPJ 1421292XX 0,01

Figura 8: NL para recebimento de material permanente

62
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Observação:

CNPJ do fornecedor

XX poderá ser 01 (para Uso da UG-Estoque interno) ou 02 (distribuição-Esto-


que de distribuição)

3.2.1.5 Bens da UG em poder de terceiros

Para que seja possível controlar e gerenciar os materiais que estão em poder de
terceiros, há dois tipos de contas, apresentadas e descritas a seguir:

a. [conta contábil]: 19911.00.00 – Registra o valor referente à responsabi- Conta Contábil: É a


lidade de terceiros por títulos, valores e bens concedidos pela UG. célula básica de informação
do SIAFI. Assim, as contas
b. conta contábil: 19912.00.00 – Registra o valor referente a responsabili- contábeis, que juntas repre-
dades da UG junto a terceiros por títulos, valores e bens recebidos. sentam a “relação de contas”,
modelam os atos e fatos
3.2.1.5.1 Material permanente em manutenção administrativos registrados
no SIAFI.

a) Envio de material permanente para uma UG de Mnt

As figuras 9, 10 e 11 ilustram o passo a passo para a apropriação de material


permanente enviado a um órgão de manutenção. As etapas apresentadas
indicam os lançamentos ordenados que devem ser realizados para o envio de
material para uma UG de manutenção.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 1421292XX 14212XX00 0,01

Figura 9: NL para transferência do uso para o almoxarifado de bens móveis a reparar

Observação:

O material que estava em uso (14212.XX.00) foi recolhido ao Almoxarifado


para manutenção (14212.92.03 – Bens móveis a reparar) - XX refere-se ao tipo
de material em uso (>CONCONTA 14212.00.00)

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que remete Mat p/ Mnt)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG de Mnt)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540451 CNPJ 199112000 0,01

Figura 10: NL para remessa do material para a UG de Manutenção, para fins de manutenção (registrar o contro-
le da responsabilidade).

63
gestão de material e patrimônio - u2
UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG de Mnt)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que remeteu Mat Mnt)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540937 199122000 0,01

Figura 11: NL para remessa (devolução) do material da UG de Manutenção, depois de efetuada a manutenção,
dando baixa no controle da responsabilidade.

Observação:

Caso a UG de Mnt não registre a devolução no SIAFI, a UG que enviou o mate-


rial para Mnt poderá efetuá-lo utilizando o evento 540158.

b) Transferência de bens móveis a reparar para o Uso

A transferência de bens móveis é realizada por meio da NL ilustrada a seguir


na figura 12:

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 14212XX00 142129203 0,01

Figura 12: NL para transferência de bens móveis.

Observação:

XX refere-se ao tipo de material em uso (>CONCONTA 14212.00.00)

c) Envio de material permanente da UG, para fins de manutenção em


uma empresa ou órgão público, que não seja UG do SIAFI.

As NL ilustradas nas figuras 13, 14, e 15 são utilizadas para envio de material
permanente para manutenção que não seja UG do SIAFI.

Para realizar a transferência do uso para o almoxarifado de bens móveis a


reparar, é necessário seguir os procedimentos das NL descritas anteriormente
no item 3.2.1.5.1.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540774 CNPJ 142129203 199112000 0,01

Figura 13: NL para remessa do material para a empresa civil

64
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545774 CNPJ 142129201 199112000 0,01

Figura 14: NL para recebimento do material manutenido da empresa civil

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540441 14212XX00 142129203 0,01

Figura 15: NL para transferência de bens móveis do estoque interno para o Uso: seguir procedimentos da figura
12 (NL para transferência de bens móveis).

d) Procedimentos referentes ao material permanente em manutenção


ou descarga (resumo):

• O detentor deverá recolher o material ao Almoxarifado por meio de Guia


de Recolhimento (GR).

• O Encarregado de Material deverá encaminhar uma via da GR para a


Fiscalização Administrativa, que publica em Boletim Administrativo (BA)
e classifica na Conta Contábil 14212.92.03 (Bens Móveis a Reparar).

• Deverá ser realizada descarga do material de acordo com o Capítulo VII -


Da Descarga, do RAE.

• A UG deverá enviar o material para uma OM de Manutenção por meio


de uma GR ou para uma empresa civil por meio de documento similar a
GR, sendo uma via deste documento entregue.

3.2.1.6 Material em poder de OM sem autonomia administrativa

Este procedimento deve ser usado para a realização do controle do material


permanente para OM que não possui autonomia administrativa, como por
exemplo, as Aditâncias, Força de Paz do Haiti etc.

As informações detalhadas sobre os procedimentos dos lan-


çamentos no SIAFI de bens da UG em poder de terceiros,
encontram-se no BINFO 005/02 – 11ª ICFEx (Of nº 045- A/2, de
13 Mai 02).

65
gestão de material e patrimônio - u2
a) Contas Correntes para o controle individual

O controle de material permanente ou de consumo em poder de órgãos sem


autonomia administrativa e que estão vinculados a uma UA autônoma (OM
vinculada) deve se dar da seguinte forma:

• Criar a inscrição genérica do tipo “BM” (bens móveis) - CÓDIGO com 07


(sete) dígitos para o controle das OM vinculadas (Ex.:1ªICFEX);

• Colocar o Nome da OM no TÍTULO (Ex.:1ª Inspetoria de Contabilidade e


Finanças do Exército);

• Inserir resumo do fato na DESCRIÇÃO. Ex.:regularização contábil de bens


móveis em poder da 1ª ICFEx.

b) NL para movimentação interna do material em uso (14212.XX.00) para o


Almoxarifado (14212.92.01), para posterior reclassificação na OM vin-
culada: seguir os procedimentos da Figura 16 (NL para movimentação de
material permanente do estoque interno para uso).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540774 BMXXXXX 142129201 199111800 0,01

Figura 16: NL para distribuição do material permanente para a OM vinculada

Conta Corrente: É uma O material permanente será controlado pela [conta corrente] criada de acordo
espécie de conta contábil que com o item acima.
necessita de tratamento em
nível individualizado com có-
digos variáveis de acordo com
Os bens serão classificados nas contas 14212.93.00 – BENS MÓVEIS EM PO-
a necessidade do registro, tais DER DE OUTRA UNIDADE OU TERCEIROS e 19911.18.00 – MERCADORIAS E
como CNPJ, CPF, exercício, BENS EM PODER DE TERCEIROS.
domicílio bancário e UG.
3.2.1.7 Recebimento de material descarregado por transferência
com alteração

Para realizar a descarga de material permanente por transferência é necessá-


rio seguir o procedimento ilustrado na figura 5 (NL para descarga de material
permanente por transferência para outra UG).

A NL para o recebimento do material (essa informação também deve ser obser-


vada em relação ao material de consumo) deverá ser lançada pela UG assim
que o material transferido der entrada nos depósitos. A NL deve ser lançada
sempre pelo valor total da NL de transferência, ainda que o material não

66
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
tenha sido analisado pelo encarregado do depósito ou pela Comissão de Rece-
bimento, ou seja, mesmo sem a verificação das possíveis alterações. O proce-
dimento para lançamento dessa NL está descrito no item 3.2.1.2 (Descarga de
material permanente).

Após a conferência (recebimento efetivo) do material, as alterações encon-


tradas poderão ser estornadas, de acordo com a Parte de Recebimento do
material pelo Encarregado de Depósito ou o Termo de Recebimento e Exame
de Material (TREM) da Comissão.

As figuras 17 a 20 a seguir ilustram as NL a serem lançadas para o estorno de


material e referem-se às situações indicadas em cada quadro representativo do
formulário do SIAFI, referente à elaboração de NL.

UG/GESTAO EMITENTE: (UG que recebeu)

FAVORECIDO: (UG que transferiu)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545451 1421292XX 2,00

Figura 17: NL para estorno do material não recebido por encontrar-se com alteração.

Observação:

Com base no documento de recebimento (Parte/TREM), deve ser feito o estorno


do material não recebido (com alteração), pelos motivos descritos no documen-
to. Uma cópia desse Termo deverá ser enviada à UG que transferiu o material.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

UG/GESTÃO EMITENTE: (UG que transferiu)

FAVORECIDO: (UG que iria receber)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545450 1421292XX 2,00

Figura 18: NL para estorno do lançamento (material encontrado com alteração)

67
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

A UG que transferiu o material deverá emitir NL com o valor do material não


recebido.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540267 UG 1421292XX 0,01

Figura 19: NL de registro para apuração do fato (material encontrado com alteração)

Observação:

A UG deve proceder à apuração das causas das falhas entre a transferência e


o recebimento, transferindo o saldo da conta 1421292XX - Bens móveis em
almoxarifado para a conta 14212.90.00 - Bens em Processo de Localização.

Na Inscr 1 deverá informar a UG que apontou as alterações do não recebimento.

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540352 UG 142129000 523120103 0,01

Figura 20: NL da baixa do material com alteração

Observação:

Adotadas as providências administrativas cabíveis para apuração das alterações


apontadas no TREM, a UG deverá providenciar a baixa do bem pelo motivo
apurado no processo administrativo.

Na CLASS 2 foi utilizada a conta 521312.01.03 que demonstra que o material


foi baixado do patrimônio pelo motivo de perda. (>CONCONTA 52312.00.00)

3.2.1.8 Unificação patrimonial de material permanente

Unificação patrimonial significa a transferência de saldos da UG 167XXX para


a 160XXX, conforme o saldo existente na conta 14212.92.XX, uma vez que
as movimentações extraorçamentárias de patrimônio devem ocorrer na UG
160XXX. A figura 21 ilustra o formulário para a elaboração de uma NL de
movimentação patrimonial.

68
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
UG/GESTAO EMITENTE: 167XXX / 00001

FAVORECIDO : 160XXX / 00001

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540783 1421292XX 0,01

Figura 21: NL para movimentação patrimonial.

Observação:

XX poderá ser 01 (estoque interno) ou 02 (estoque de distribuição)

3.2.2 Registro de bens móveis de consumo

Os registros do material de consumo devem ser realizados por meio de lan-


çamentos de entrada ou de saída dos mesmos em estoques internos ou em
estoques de distribuição das UG.

3.2.2.1 Contas de estoque

A contabilização dos materiais de consumo no ativo varia de acordo com a


finalidade que a Administração pretende dar ao bem. As principais contas de
estoque existentes no Plano de Contas da União de uso da UG são:

11311.00.00 PRODUTOS ACABADOS

11312.00.00 CONSTRUÇÕES CIVIS

11313.00.00 ESTOQUES PARA ALIENAÇÃO

11313.01.00 ESTOQUES - PROGRAMAS PRÓPRIOS

11313.02.00 ESTOQUES ESPECIAIS

11313.03.00 ESTOQUES PÚBLICOS

11313.04.00 ESTOQUES EM ARMAZÉNS DE TERCEIROS

11313.05.00 ESTOQUES PARA DOAÇÃO E/OU PERMUTA

11314.00.00 ESTOQUES DE DISTRIBUIÇÃO

11315.00.00 ESTOQUES DE PRODUTOS PARA PESQUISA E ENSINO

11316.00.00 ESTOQUES DE PRODUÇÃO

11316.02.00 PRODUTOS EM ANDAMENTO

69
gestão de material e patrimônio - u2
11317.00.00 IMPORTAÇÕES EM ANDAMENTO

11318.00.00 ESTOQUES INTERNOS - ALMOXARIFADO

11319.00.00 ESTOQUES DIVERSOS

11330.00.00 MATERIAIS EM TRÂNSITO

11333.00.00 MATERIAL DE CONSUMO

3.2.2.2 Contas de estoque mais utilizadas pelas UG

Os tipos de estoque mais utilizados pelas UG do Exército são:

• Atividade de produção de bens ou de serviços:

o 11311.00.00 PRODUTOS ACABADOS

o 11316.00.00 ESTOQUES DE PRODUÇÃO

• Atividades de distribuição para outra UG (realizadas pelos Ór-


gãos Provedores):

o 11314.00.00 ESTOQUES DE DISTRIBUIÇÃO (material de consumo)

o 14212.92.02 ESTOQUES DE DISTRIBUIÇÃO (material permanente)

• Necessidades de estoque para consumo ou Uso interno - UG


em geral:

o 11318.00.00 ESTOQUES INTERNOS – ALMOXARIFADO (Mat Consumo)

o 14212.92.01 ESTOQUE INTERNO (Mat permanente)

• Atividades de transferências de material entre UG:

o 11333.00.00 MATERIAL DE CONSUMO

o 14212.94.00 BENS MÓVEIS EM TRÂNSITO

o 19991.00.00 BENS E VALORES EM TRÂNSITO

3.2.2.3 Contas de variações patrimoniais

Existem dois grupos de contas que realizam as variações patrimoniais:

• Variação Aumentativa

o 62312.00.00 INCORPORAÇÃO DE BENS MÓVEIS – contabiliza a


variação aumentativa do patrimônio.

70
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Variação Diminutiva

o 52312.00.00 BAIXA DE BENS MÓVEIS – contabiliza a variação


diminutiva do patrimônio.

3.2.2.4 Entrada de material de consumo por diversos motivos (Exceto


por Aquisição Orçamentária ou Transferência entre UG)

Quando houver entrada de material em estoque por qualquer motivo, exceto


aquisições orçamentárias (via CPR) e transferências entre UG, a UG poderá utili-
zar o exemplo ilustrado nas figuras 22 e 23.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540569 XX 113180100 6231202WW 0,01

Figura 22: NL de entrada no estoque para uso interno da UG (doação, sobras e retorno de material requisitado
e não consumido)

Observação:

XX é o subitem da despesa (SI).

WW de acordo com o plano de contas no SIAFI (consultar a conta contábil


62312.02.00 na transação “>CONCONTA”)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540948 XX 623120204 0,01

Figura 23: NL de entrada no estoque para distribuição para outras UG

Observação:

XX é o SI da despesa.

No exemplo acima, na CLASS 1 foi utilizada a conta que demonstra que houve
uma variação aumentativa do patrimônio com a entrada de material doado.
(>CONCONTA 62312.00.00)

3.2.2.5 Transferência de material de consumo entre UG

Para realizar a transferência de material de consumo entre UG, é necessário


lançar as NL ilustradas nas figuras 24 ou 25.

71
gestão de material e patrimônio - u2
UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540443 XX 113180100 0,01

Figura 24: NL para saída do estoque interno da UG que transfere.

Observação:

XX é o SI da despesa.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540446 XX 0,01

Figura 25: NL para saída do estoque de distribuição da UG que transfere.

Observação:

XX é o SI da despesa.

3.2.2.6 Recebimento (entrada) de material de consumo transferido


por outra UG

Para realizar o recebimento de material de consumo transferido por outra UG,


é necessário lançar as NL ilustradas nas figuras 26 ou 27.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540444 XX 113180100 0,01

Figura 26: NL para recebimento de material no estoque para uso interno da UG.

Observação:

XX é o SI da despesa.

No exemplo acima, na Class 1 foi utilizada a conta que demonstra que o mate-
rial será classificado no estoque interno (Almox).

72
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540448 XX 0,01

Figura 27: NL para recebimento de material no estoque de distribuição.

Observação:

XX é o SI da despesa.

3.2.2.7 Compras centralizadas de material de consumo

É a situação em que uma UG realiza a aquisição e emite as NE para que outra


UG receba o material. Consequentemente, a UG que realizou a execução
orçamentária deverá realizar a execução financeira (pagamento do credor),
enquanto que a UG que recebe o material deverá incluí-lo no seu patrimônio.
Por exemplo: A DAbst realiza a aquisição de fardamento e o 1º DSup realiza o
seu recebimento.

As NL ilustradas nas figuras 28 e 29 devem ser lançadas para essas ocorrências.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que compra)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540054 XX (CNPJ) 0,01

Figura 28: NL para recebimento de material no estoque para uso interno da UG.

Observação:

XX é o SI da despesa

Insc 2 informa o CNPJ do fornecedor

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que compra)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540055 XX (CNPJ) 0,01

Figura 29: NL para recebimento de material no estoque de distribuição.

73
gestão de material e patrimônio - u2
Observação:

XX é o SI da despesa
Insc 2 informa o CNPJ do fornecedor

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

545443 XX 0,01

Figura 30: NL para estorno de transferência de material de consumo

Usar os eventos 54.5.443 (estoque para uso interno) ou 54.5.446 (estoque


para distribuição para UG).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540464 XX 523120218 0,01

Figura 31: NL para baixa de material de consumo por diversos motivos

Observação:

XX é o SI da despesa.

No exemplo acima, na CLASS 1 foi utilizada a conta que demonstra que o ma-
terial deu baixa do patrimônio por inservibilidade (>CONCONTA 52312.02.00)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540463 XX 523120218 0,01

Figura 32: NL para transferência do estoque de distribuição para o interno

Observação:

XX é o SI da despesa

3.2.2.8 Material de Uso Duradouro - recebimento e reclassificação

As instruções a seguir referem-se ao tratamento do recebimento de material de


uso duradouro, como por exemplo, material bibliográfico, quando o mesmo é
transferido por outra UG.

a) Recebimento de material bibliográfico

Os materiais bibliográficos são adquiridos e transferidos utilizando-se as contas con-


tábeis 11318.01.00 – material de consumo e 33390.30.46 - material bibliográfico.

74
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Quando do recebimento, deverá ocorrer a reclassificação para conta contábil
14212.87.00 - Material de Uso Duradouro, de acordo com Manual do SIAFI
02.11.35.

O recebimento pode ocorrer em diversos casos, como por exemplo, aquisição,


transferência, doação etc.

A figura a seguir ilustra as NL para realização de transferência.

UG/GESTÃO EMITENTE: 160YYY / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160XXX / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540444 46 113180100 0,01

540465 46 0,01

Figura 33: NL para transferência

b) Recebimento de material de Intendência (Classe II) - Ofício nº 17-


Dir/DCont, de 06 Ago 07 (BINFO 09/2007, da 11ª ICFEx)

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540444 XX (CNPJ) 113180100 800,00

Figura 34: NL para recebimento do OP

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540465 XX 523120218 200,00

Figura 35: NL para distribuição de material (Intendência) do Almoxarifado para uso interno (Seções/SU)

XX é o SI da despesa (20, 23 ou 27).

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540440 XX 142129203 142128700 0,01

Figura 36: NL para recolhimento de material (Intendência) para Almoxarifado para processo de descarga.

75
gestão de material e patrimônio - u2
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540440 XX 142129203 142128700 0,01

Figura 37: NL para descarga do material de Intendência após verificação de sua inservibilidade e despacho do OD

No exemplo acima, na CLASS 2 foi utilizada a conta que demonstra que


o material deu baixa do patrimônio por inservibilidade (>CONCONTA
52312.01.00).

3.2.2.9 Unificação patrimonial de material de consumo

Unificação patrimonial significa reunir todos os bens patrimoniais na UG prin-


cipal, 160XXX.

No que se refere à transferência dos saldos das contas de material de consumo


da UG Secundária para UG Primária, por meio de NL (figura 37), são utilizados
os seguintes eventos: 54.0.778, 54.0.780 e 54.0.781

UG/GESTÃO EMITENTE: 160XXX / 00001 (UG que recebe)

FAVORECIDO: 160YYY / 00001 (UG que transfere)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540780 113180100 0,01

Figura 37: NL para unificação patrimonial de material de consumo

Observação:

XX é o SI da despesa

Na CLASS 1 foi utilizada a conta que demonstra que o material de consumo será
contabilizado no estoque interno Almox, de acordo com o evento 54.0.780.

3.2.3 Registro de Bens Imóveis

Os bens imóveis sob a gestão do Comando do Exército devem estar registrados


no SIAFI, nas RM, e contabilizados na conta 142111.10.XX – IMÓVEIS DE USO
ESPECIAL, onde XX é o subitem que enquadra o tipo de destinação do imóvel
(Macrofunção 02.11.07 – Imóveis de propriedade da União).

Os imóveis são implantados no SPIUnet (Sistema de Gerenciamento dos Imó-

76
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
veis de Uso Especial da União), sendo de responsabilidade do Chefe da Seção
de Patrimônio Regional a execução, acompanhamento, emissão de inventário e
o controle desses bens.

As UG ao receberem créditos na ND 449051- Obras e Instalações, em gestão


diferente da UG Principal, deverão primeiramente realizar a unificação patrimo-
nial, com evento 54.0.784, dos valores das despesas executadas, após o que,
poderão realizar os lançamentos previstos anteriormente.

Por ocasião da liquidação da despesa, deverão utilizar a conta 14211.91.00 –


Obras em Andamento, quando a obra for realizada por execução indireta (do
Art. 6º, VIII, da Lei 8.666/93).

No caso das UG que executam obras diretamente (Art. 6º, VII, da Lei 8.666/93),
por ocasião da liquidação da despesa, deverão utilizar as contas 14211.80.00
- Estudos e Projetos, 14211.91.00 - Obras em Andamento e 14211.96.00 -
Almoxarifado de Obras, para registro do fato administrativo correspondente.

Somente os Batalhões de Engenharia de Construção, em princípio, utilizam a


modalidade de “obra por execução direta”, bem como as obras vinculadas a
recursos de convênios, como construção, manutenção de estradas, rodovias,
pontes, de responsabilidade de qualquer uma das esferas administrativas, de-
verão apropriá-las na conta 14211.91.00 (serviços) e/ou 14211.96.00 (material
aplicado nas obras), enquanto a obra estiver em andamento. Quando termina-
da, deverá ser baixada por meio de NL com o evento 54.0.477, tendo em vista
se tratar de bem de uso comum do povo, não cabendo assim, o registro de
acréscimo patrimonial, quando houver.

As Comissões Regionais de Obra (CRO) e Serviços Regionais de Obras (SRO)/RM,


também, em princípio, utilizam a conta 14211.80.00 para contabilizar as despe-
sas com material de expediente e serviços de fiscalizações relacionados às obras.

As apropriações realizadas na conta 14211.96.00 – Almoxarifado de Obras


deverão ser reclassificadas na conta 14211.91.00 – Obras em Andamento,
utilizando o evento 54.0.834.

Nas demais situações, quando terminada a obra ou parcela, as UG deverão,


obrigatoriamente, seguir uma das duas rotinas abaixo descritas:

• Quando a obra não gerar aumento do valor do bem imóvel, o valor corres-
pondente deve ser baixado, por meio de NL, utilizando o evento 54.0.477.

77
gestão de material e patrimônio - u2
• Quando a obra gerar aumento do valor do bem imóvel, transferir o valor
correspondente para o comando da RM de vinculação da UG, por meio
de NL, utilizando o evento 54.0.771, constando no campo observação
as informações esclarecedoras sobre a obra realizada e o registro imobi-
liário patrimonial - RIP do bem imóvel que teve seu valor acrescido.

O evento 54.0.771 resultará em saldo na conta 14211.98.00 - Bens Imóveis a


Classificar, na RM, sendo esta uma conta de registro temporário que deverá ter
seu saldo baixado com brevidade.

A RM deverá apropriar/baixar o saldo transferido por meio de NL, utilizando o


evento 54.0.477. Após a regularização no SIAFI, deverá atualizar os valores no
SPIUnet.

3.2.3.1 Cadastramento da Inscrição Genérica (IM)

Para o controle patrimonial dos imóveis é obrigatório o registro da inscrição


genérica “IM” (Individualização de Imóveis), sendo expressamente proibida a
utilização da IG “999”.

O cadastramento da inscrição/conta-corrente IM em algumas contas contábeis


de Imóveis (14211.XX.00) de nossas UG vinculadas deve ser a seguinte:

Por meio da transação >ATUGENER implantar a Inscrição Genérica IM, da


seguinte forma:

• Após a abertura da tela específica, no vídeo do SIAFI, digitar no campo


intitulado “TIPO” a sigla IM;

• No campo intitulado “CÓDIGO”, transcrever nos dois primeiros dígitos


o código numérico correspondente à Região Militar (01 a 12); nos dois
dígitos seguintes (3º e 4º) transcrever uma das siglas seguintes: OC, OM,
RC ou RI; os três dígitos finais estão reservados para o número individua-
lizado do Imóvel em construção ou construído (numeração sequencial);

• No campo intitulado “TÍTULO”, especificar de forma reduzida o nome da


obra a ser construída; e

• No campo intitulado “DESCRIÇÃO”, informar obrigatoriamente de forma


detalhada, as especificações da obra, área etc., ou seja, tudo que possa
esclarecer questionamentos dos Controles Interno e Externo, inclusive o
número do Convênio, quando for o caso.

78
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.2.3.2 Significado de Siglas

O significado das siglas a serem transcritas no 3º e 4º dígitos do campo “CÓ-


DIGO” são as seguintes:

OC = “Obras de Cooperação” - Sigla onde estarão inseridas todas as obras


decorrentes de recursos orçamentários recebidos de outros órgãos, por meio
de convênios, quando o concedente dos recursos é integrante do SIAFI (Desta-
ques);

OM = “Obras Militares” - Sigla onde estarão inseridas todas as obras decor-


rentes de recursos orçamentários do Cmdo Ex gerenciados ou não pela DOM;

PT = Imóveis em Poder de Terceiros - São as Cessões de Imóveis a Terceiros,


respaldados por Termo de Comodato aprovado pela Diretoria de Patrimônio;

RC = Obras decorrentes de “Recursos de Convênios” - Execução de obras onde


o concedente não seja integrante do SIAFI (Estados, Municípios etc.), ou seja,
quando a SEF descentraliza o crédito e o concedente repassa o numerário;

RI = Obras Executadas com “Recursos Internos” - Recursos provisionados pelo


Fundo do Exército, os quais se subdividem em 03 (três) tipos:

• Recursos financeiros captados pelas UG, necessitando apenas de crédito


sem subrepasse;

• Recursos gerenciados pelo DEC; e

• Recursos autorizados pelo Cmt do Exército.

Sequencial de numeração dentro da sigla RI:

• Numeração (centena) iniciada com os dígitos 1,3,5, ou 7 para obras


autorizadas pelo Cmt Ex. Por exemplo: Obras determinadas pelo Cmt Ex
em UG sediada na 10ª RM: IM 10RI1XX (ou 3XX; 5XX; 7XX);

• Numeração (centena) iniciada com os dígitos 2,4,6 ou 8 para obras com


recursos financeiros captados pela própria UG (necessidade apenas de
crédito sem subrepasse). Por exemplo: Obra com recursos próprios da
UG sediada na 1ª Região Militar: IM1RI2XX (ou 4XX; 6XX; 8XX);

• Numeração (centena) iniciada com o número 9 para obras gerenciadas


pelo DEC com recursos da gestão 16904. Por exemplo: Obra com essa
especificação em UG jurisdicionada a 7ª Região Militar: IM07RI9XX;

79
gestão de material e patrimônio - u2
• Numeração (centena) iniciada com o número 0XX (de 001 à 099), den-
tro da sigla RI, se constituirá como “Reserva” do Fundo do Exército, a
qual só será utilizada com autorização da SEF.

É importante destacar que para as outras siglas (OC, OM e RC) qualquer


numeração no formato centena XXX poderá ser utilizada, sequencial por obra
construída ou em construção.

As orientações anteriormente descritas têm como fonte as seguintes mensa-


gens do SIAFI

• nr 1998/522489 e 519670 da DIACO/COAVO/SFC, de 10 e 11 Nov 98,


respectivamente;

• MSG SIAFI NR 1998/523687, de 11 Nov 98, da SEF;

• MSG SIAFI nr 98/129679, de 03 Abr 98, da SEF;

• Msg SIAFI 2002/629214, de 09 Out 02, da D Cont;

• e Of nr 067 /A-2/SEF, de 23 Nov 98, da SEF.

As figuras 38 a 44 a seguir ilustram as NL referentes à unificação patrimonial


referentes a obras realizadas no âmbito do EB.

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540834 IMXXXXXXX 142119100 1.000,00

Figura 38: NL para transferência de Almoxarifado de Obras para Obras em Andamento

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540477 IG 52311XXYY 14211YY00 100.000,00

Figura 39: NL para baixa pela UG das contas de Obras que não caracterizarão aumento patrimonial

Observação:

O campo Insc 1 preencher com IG da Obra (IM)

YY poderá ser 80, 91 ou 96

XXYY – conforme plano de contas (>CONCONTA)

80
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540771 IG 52311XXYY 142119100 80.000,00

Figura 40: NL de transferência para a RM para inclusão no SPIUnet (caracterizado pelo aumento patrimonial)

Observação:

XXYY – conforme plano de contas (>CONCONTA)

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540477 IG 523110400 14211YY00 1.000,00

540569 XX 113180100 623120207 1.000,00

Figura 41: NL para transferência de sobras de material de obras para o estoque interno da UG

Observação:

XX é o subitem da despesa

YY poderá ser 80, 91, 92 ou 96

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540477 IG 52311KK00 142119800 1.000,00

Figura 42: NL para apropriação/baixa pela RM do valor Bens Imóveis a Classificar

Observação:

IG é a inscrição genérica do imóvel (IMXXXXXXX)

KK será preenchido de acordo com o plano de contas

EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540769 IG 999 14211XX00 13.000,00

Figura 43: NL para regularização da IG “999”

Observação:

XX será preenchido de acordo com o plano de contas

81
gestão de material e patrimônio - u2
EVENTO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASSIF. 1 CLASSIF. 2 VALOR

540784 IG 14211XX00 523110500 13.000,00

Figura 44: NL para unificação patrimonial

Observação:

XX poderá ser 80, 91, 92 ou 96

3.3 Conformidade da Gestão Patrimonial

Todos as ações realizadas pelos agentes da Administração com o objetivo de


efetuar os registros contábeis, referentes à gestão patrimonial da UG, devem
Conformidade Diária: ser, diuturnamente, devidamente fiscalizadas pelo OD, através da [Conformi-
Consiste na ratificação pelo
dade Diária] e por um agente designado, através da Conformidade dos Regis-
OD dos atos de gestão pra-
ticados, no que se refere aos tros de Gestão a ser efetuada no próprio SIAFI.
aspectos formal e contábil
dos documentos integran- A finalidade da Conformidade dos Registros de Gestão é a certificação dos
tes do relatório extraído do
registros dos atos e fatos administrativos, da execução patrimonial, orçamen-
SIAFI, definindo a respon-
sabilidade de acordo com a tária e financeira incluídos no SIAFI e da existência de documentos que com-
legislação vigente. provem todas as operações realizadas e que, futuramente, possam resguardar
os atos do OD, quando da diligência dos Órgãos de Controle Interno e Exter-
no. Ainda, deve permitir a confrontação da documentação que deu suporte às
operações registradas.

Para que essa Conformidade conquiste a efetividade desejada, a UG deve


possuir uma Seção de Conformidade de Registros de Gestão (Suporte Docu-
mental) devidamente montada e chefiada por um Oficial conhecedor de todas
as atividades inerentes à função, de maneira que tenha condições de, além de
poder analisar os registros contábeis à luz dos documentos recebidos, possa,
também, exigir que todas as seções da UG enviem para Seção de Conformida-
de de Registros de Gestão todos os documentos pertinentes para arquivo.

A Conformidade deverá ser registrada em até quarenta e oito horas após a


data prevista para o registro da Conformidade Diária, ou seja, setenta e
duas horas após a emissão do documento, observado o prazo de fechamento
no calendário da UG.

82
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Caso não tenha sido registrada a conformidade diária, deverá ser registrada
conformidade documental com restrição (código 907). O prazo considera ape-
nas os dias úteis não incluindo como tais os feriados municipais e militares.

A efetivação da Conformidade de Registros de Gestão é realizada após a aná-


lise dos documentos do SIAFI e a impressão do relatório, através da transação
ATUCONFREG.

83
gestão de material e patrimônio - u2
4 bibliografia

Referências bibliográficas

BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC nº 1.128, de 21


de fevereiro de 2008. Aprova as Normas Brasileiras Aplicadas ao Setor Público
(NBC) T 16.1 – Conceituação, Objeto e Campo de Aplicação.

______. Lei 4320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de


Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e ba-
lanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
Diário Oficial [da] República. Poder Executivo, Brasília, DF. Disponível em: www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm. Acesso em: 02 de out. 2013.

______. Lei 6.404/78, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Socie-


dades por Ações. Diário Oficial [da] República. Poder Executivo, Brasília, DF.
Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404compilada.htm. Acesso
em 05 out. 2013.

______. Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000. Estabelece normas


de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal
e dá outras providências. Diário Oficial [da] República. Poder Executivo,
Brasília, DF. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm.
Acesso em 05 de outubro de 2013.

______. ______. Normas Administrativas Relativas ao Material de Co-


municações Estratégicas, eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática
(NARMCEI). Brasília: EGGCF, 2002.

______. Ministério da Fazenda e Ministério de Planejamento, Orçamento e


Gestão. Portaria Interministerial nº 163, de 04 de maio de 2001. Dispõe
sobre normas gerais de consolidação das Contas Públicas no âmbito
da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, e dá outras providên-
cias. Brasília: DOU, 2001.

______. ______.______. Portaria Conjunta nº 03, de 14 de outubro de 2008.


Aprova os Manuais de Receita Nacional e de Despesa Nacional e dá
outras providências. Brasília: D.O.U, 208.

85
gestão de material e patrimônio - u2
______. Ministério da Fazenda. Manual do SIAFI. Brasília, 2012.

.______. ______. Portaria nº 437 -STN, de 12 de julho de 2012. Plano de


Contas Aplicadas ao Setor Público. Brasília: D.O.U., 2012.

______. ______. Manual de orientação para cadastramento e Habili-


tação de usuário no sistema integrado de Administração de serviços
gerais – SIASG. Brasília: D.O.U., 2006.

KOHAMA, Heilio. Balanços Públicos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

Sugestões de Leitura

ANGÉLICO, J. Contabilidade pública. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 1995.

______. Exército Brasileiro. Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Re-


gulamento de Administração do Exército (R 3). Brasília: EGGCF, 1990.

______. ______. Portaria nº 003 - SEF, de 17 de janeiro 89. Instruções Re-


guladoras do Sistema de Administração Financeira, Contabilidade e
Auditoria do Ministério do Exército (IR 12-15). Brasília: EGGCF, 1989.

______. Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. Instruções para


Elaboração do Programa de Dispêndios Globais – PDG (Manual técni-
co de orçamento). Brasília: D.O.U., 2012.

PIRES, J. B. S. Contabilidade pública: teoria e prática. 5. ed. Brasília: Fran-


co e Fortes, 1998.

86
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Gestão de material e patrimônio
Unidade 3
CONCEITOS SOBRE ARMAZENAGEM
1 Armazenamento de material

Objetivos específicos

• Distinguir os principais tipos de materiais do Exército;


• Distinguir os principais órgãos gestores de material.

A armazenagem, ou armazenamento, não pode mais ser considerado, no


Exército Brasileiro (EB), apenas como uma atividade de guarda de material.
Muito mais do que isso: atualmente, o armazenamento deve ser uma atividade
realizada no mais alto nível, a fim de que a gestão dos recursos públicos seja
caracterizada pela efetividade e possa suprir as necessidades de todas as Orga-
nizações Militares (OM).

O armazenamento deve ser responsável pelo recebimento, cuidados e


entrega pontual do suprimento correto, na hora correta, na quantidade
correta, em condições adequadas e ao menor custo possível.

Por exemplo, não adianta haver grandes estoques de gêneros alimentícios, de


fardamento ou de equipamentos se, no momento em que forem distribuídos,
não puderem ser utilizados devido à má conservação, comprometendo a ope-
racionalidade da tropa e causando enormes prejuízos ao erário público.

Todos os militares que labutam nas atividades de armazenagem devem ter ple-
na noção de que os seus serviços, prestados nos almoxarifados ou em outros
depósitos, são fundamentais para que a Força possa cumprir, plenamente, a
sua missão constitucional.

O armazenamento de material pode ser considerado uma tarefa da fase de


obtenção ou uma das atividades da fase de distribuição da administração
de material, pois, conforme descreve o Manual de Logística Militar Terrestre (C
100-10), “entre a obtenção e a distribuição, há uma certa intermutabilidade
de conceitos, segundo o escalão em que se realiza a fase; o que é obtenção
para um escalão, constitui distribuição para o escalão superior.”

89
gestão de material e patrimônio - u3
A armazenagem consiste nas atividades de guarda, localização, segurança e
preservação de todo o suprimento das diversas Classes de material existentes,
realizadas nos almoxarifados ou em outros depósitos das Unidades Administrativas
(UA), a fim de que se possa atender adequadamente às necessidades internas ou
externas existentes, ou seja, às demandas da própria OM ou de OM apoiadas.

Para que a armazenagem atenda às expectativas de uma gestão caracterizada


pela efetividade, existem vários cuidados a serem tomados pelos agentes da
administração, sendo necessário que todos os responsáveis, além de terem mui-
to zelo pelo material armazenado, saibam distinguir os principais tipos e especi-
ficidades dos materiais utilizados pelo EB e os órgãos gestores desses materiais.

Os sites www.estudandologis- Para se distinguir os principais tipos de materiais utilizados pelo EB é neces-
tica.com.br e www.adminis-
sário conhecer o Sistema de Classificação Militar dos materiais e saber
tradores.com.br abordam di-
versos assuntos referentes ao identificar a atividade que está sendo realizada, pois as responsabilidades
armazenamento de material. referentes aos suprimentos são distintas, caso sejam destinados à manuten-
ção da vida vegetativa, atividade-meio ou à instrução, adestramento e ao
emprego da Força, atividades-fim.

1.1 Principais materiais de consumo e permanente


utilizados pelo EB

Os principais materiais de consumo e permanente utilizados pelo Exérci-


to Brasileiro são:

Classe I - Material de subsistência:

Gêneros alimentícios, inclusive Ração Operacional, e material para copa e cozinha.

Classe II - Material de intendência:

Bandeiras, equipamentos (equipamento individual, material de GLO, material


de acampamento e material de alojamento), fardamento, insígnias, material de
acondicionamento e embalagem, material de expediente, material de escritório,
material de limpeza, material de processamento de dados, material de proteção
e segurança, material de sinalização visual e outros, material para áudio, vídeo
e foto, material para manutenção de bens móveis, material esportivo, móveis,
produtos de higienização, publicações (material bibliográfico) e utensílios.

90
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
Classe III - Combustíveis e lubrificantes:

Exemplos: gasolina, óleo diesel e óleo neutro para lubrificação de armamento


(ONLA) e outros óleos lubrificantes.

Classe IV - Material de construção:

Material para manutenção de bens imóveis/instalações, material elétrico e pe-


ças não incorporáveis a imóveis. Ex: areia lavada, brita, cimento.

Classe V – Armamento e munição:

Exemplos: fuzis, pistolas, projéteis, granadas, mísseis, foguetes explosivos e


instrumentos ópticos.

Classe VI - Material de Engenharia e de Cartografia:

Exemplos: bússolas e geradores de energia elétrica.

Classe VII - Material de comunicações, guerra eletrônica, eletrônica


e informática:

Equipamento de processamento de dados, material de processamento de


dados e material eletrônico. Exemplos: cartucho de tinta para impressoras,
computadores, impressoras, rádios e telefones.

Classe VIII - Material de Saúde (humana e veterinária):

Material farmacológico, material hospitalar e material odontológico. Exemplos:


bisturis, remédios e vacinas.

Classe IX - Material naval, de motomecanização e de aviação:

Acessórios para veículos e aeronaves de asas rotativas, ferramentas, material


para manutenção de veículos e de aeronaves de asas rotativas e veículos e
aeronaves de asas rotativas diversos.

Classe X - Materiais não incluídos nas demais classes:

Exemplos: material químico.

91
gestão de material e patrimônio - u3
Os maiores volumes de materiais administrados no âmbito do
EB são os das Classes I e II, principalmente os gêneros alimen-
tícios e o fardamento.

1.2 Principais órgãos gestores de material

A responsabilidade pela gestão dos materiais das diversas classes de supri-


mento depende, como já foi ressaltado, da atividade realizada pela UA, que
poderá ser enquadrada em atividade-meio ou atividade-fim, e que definirá
Órgão Gestor: órgão
o [Órgão Gestor] responsável pelo levantamento das necessidades, obtenção
técnico - normativo incum-
bido de superintender as e distribuição do suprimento.
atividades ligadas ao supri-
mento, à manutenção e ao A atividade-meio, em regra, engloba o material necessário à manutenção
controle específico de mate-
da vida vegetativa das OM e a atividade-fim reúne, em regra, o suprimento
riais de interesse do Exército,
colocados sob sua gestão. necessário para os encargos operacionais das OM, principalmente no que diz
respeito aos materiais de emprego militar.

Um material, de consumo ou permanente, cuja utilização seja


característica da atividade-meio pode ser da responsabilidade
de um órgão que, em tese, está vocacionado para as ativida-
des finalísticas, a fim de cumprir os objetivos propostos.

Por exemplo, se houver necessidade de aquisição de material de expediente


para as atividades de instrução de determinado estabelecimento de ensino,
o responsável por esse material será o órgão criado para gerir o ensino no EB
(atividade-fim), isto é, o Departamento de Ensino e Cultura do Exército (DECEx)
e não a Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO), que é Órgão Gestor típico
das atividades administrativas e que mais utiliza o referido suprimento.

Há, também, materiais como, por exemplo, combustível, gêneros alimentícios


e fardamento, que são utilizados diariamente, tanto na atividade-meio, quanto
nas atividades-fim e são sempre geridos por um único órgão.

Em consequência, a descentralização dos recursos para a aquisição e a ma-


nutenção dos materiais das diversas classes de suprimento está vinculada, em
princípio, ao órgão responsável pelas atividades retrocitadas e não pela simples

92
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
característica do material, salvo em alguns casos, nos quais o material é tanto
utilizado nas atividades-meio como nas atividades-fim, como é a situação dos
gêneros alimentícios e do fardamento.

Os principais órgãos gestores de material são apresentados a seguir:

• Material Classe I (Material de Subsistência) – O Órgão Gestor do


Material Classe I é a Diretoria de Abastecimento (DAbst), integrante
do Comando Logístico (COLOG).

• Material Classe II (Material de Intendência) – O Órgão Gestor do


Material Classe II é a DAbst/COLOG, salvo o material utilizado nas
atividades-meio, referente à manutenção da vida vegetativa das OM
(apoio administrativo), que é gerido pela DGO, através do [Plano de
Apoio Administrativo - (PAA)]. Plano de Apoio Admi-
nistrativo (PAA): instrumento
• Material Classe III (combustíveis e lubrificantes) – O órgão gestor dos através do qual o EB organiza
combustíveis é a DAbst/COLOG e a Diretoria de Material (DMat), tam- a sua atuação para atender,
exclusivamente, às necessi-
bém órgão integrante do COLOG, Órgão Gestor dos Óleos e Lubrificantes. dades da vida administrativa
interna (atividade-meio) do
• Material Classe IV (material de construção) – O Órgão Gestor do
cotidiano de suas OM. O PAA
Material Classe IV é o Departamento de Engenharia e construção é instrumentalizado através
(DEC), através da Assessoria de Gestão de Material de Engenharia (As- de recursos orçamentários da
Ação 2000 (Administração
sessoria 4), que passará suas atuais atribuições à Diretoria de Mate- da Unidade), sob Gestão da
rial de Engenharia (DME), em fase de implantação, salvo o material Diretoria de Gestão Orçamen-
tária (DGO), órgão integrante
utilizado nas atividades-meio, referente à manutenção da vida vegetativa
da Secretaria de Economia e
das OM (apoio administrativo), que é gerido pela DGO, através do PAA. Finanças (SEF).

• Material Classe V (armamento e munição) – O órgão gestor do arma-


mento é a DAbst/COLOG; a DMat/COLOG é o órgão gestor da munição.

• Material Classe VI (material de engenharia e de cartografia) – O


órgão gestor do Material Classe VI é o Departamento de Engenharia
e construção (DEC), através da Assessoria de Gestão de Material de
Engenharia (Assessoria 4), que passará suas atuais atribuições à Direto-
ria de Material de Engenharia (DME), em fase de implantação, salvo
o material utilizado nas atividades-meio, referente à manutenção da
vida vegetativa das OM (apoio administrativo), que é gerido pela DGO,
através do PAA.
No caso dos geradores, sendo os mesmos fixos, de qualquer potência, não
componentes de MEM, a responsabilidade pela gestão é do DEC, porém,
se forem móveis de quaisquer tipos, o Órgão Gestor é a DMat/COLOG.

93
gestão de material e patrimônio - u3
• Material Classe VII (Material de Comunicações, Guerra Eletrô-
nica, Eletrônica e Informática) – O Comando de Comunicações e
Guerra Eletrônica do Exército (CComGEEx), órgão integrante do Depar-
tamento de Ciência e Tecnologia (DCT), por meio de sua Divisão Logís-
tica, é o Órgão Gestor do material Classe VII, referente aos materiais de
comunicações, de Guerra Eletrônica, Eletrônica, inclusive aos de cine,
vídeo, foto e som, e informática.
No caso do material de informática e eletrônicos utilizados nas ativida-
des-meio, referente à manutenção da vida vegetativa das OM (apoio
administrativo), ou seja, dos microcomputadores, das impressoras ou
afins, dos suprimentos de material de informática (material de proces-
samento de dados), dos aparelhos de apoio a escritórios, materiais de
áudio, vídeo e foto, a gestão fica a cargo da DGO, através do PAA.
Caso o material de informática seja relativo a microcomputadores,
impressoras e afins para cartografia, o Órgão Gestor é a Diretoria de
Serviço Geográfico (DSG), também órgão integrante do DCT.
Se os materiais de informática forem microcomputadores, impressoras
e afins para o desenvolvimento de Sistemas de Comando e Controle, os
Órgãos Gestores poderão ser o Centro Integrado de Telemática do Exér-
cito (CITEx), órgão integrante do DCT, o Centro de Desenvolvimento de
Sistemas (CDS), órgão integrante do DCT, o DSG/DCT ou o CComGEEx/
DCT, de acordo com o objeto.
Grandes Unidades Por último, se os materiais de informática forem microcomputadores,
(GU): A GU é a organização
impressoras e afins para os Sistemas Corporativos de Telemática Militar,
militar com capacidade de
atuação operacional indepen- o Órgão Gestor é CITEx/DCT.
dente, básicas para a combi- Em relação às centrais telefônicas e aos aparelhos telefônicos de carac-
nação de Armas e integradas
por unidades de combate, de terísticas civis, destinados às [Grandes Unidades (GU)] e aos [Grandes
apoio ao combate e de apoio Comandos (G Cmdo)], desde que corporativos, ou seja, para atender a
logístico. Ex: Brigadas de
Infantaria e de Cavalaria. mais de uma OM, o Órgão Gestor dos mesmos é o CITEx/DCT. Os demais
são geridos pelo CComGEEx/DCT.

• Material Classe VIII (Material de saúde /humana e veterinária) – O


Grandes Comandos
(G Cmdo): É a denominação Órgão responsável pela gestão Material Classe VIII é a Diretoria de Saú-
genérica dada a qualquer de (DSAU), Órgão integrante do Departamento Geral do Pessoal (DGP).
comando da Força Terrestre,
privativo de oficial-general.
Tratando-se de equipamentos odontológicos e de material de saúde de
Ex: Comando Militar de Área. campanha, o Órgão Gestor responsável é a DAbst/COLOG.

94
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Material Classe IX (motomecanização e de aviação) – O órgão
Gestor dos materiais motomecanizados é a Diretoria de Material
(DMat), salvo o material utilizado nas atividades-meio, referente à ma-
nutenção da vida vegetativa das OM (apoio administrativo), que é gerido
pela Diretoria de Gestão e Orçamento (DGO), através do Programa de
Apoio Administrativo (PAA).
O Órgão Gestor do material de aviação é a Diretoria de Material de
Aviação do Exército (DMAvEx).

• Materiais utilizados no preparo da Força para emprego em


situações extraordinárias ou em atividade de Garantia da Lei e
da Ordem (GLO) – Nos casos de preparo da tropa, para o emprego
em situações extraordinárias ou em atividades de GLO, o Órgão Gestor
responsável pelas aquisições dos diversos materiais necessários é o Co-
mando de Operações Terrestres (COTER), sendo que a manutenção
preventiva e a corretiva dos suprimentos ficará a cargo dos respectivos
órgãos, normalmente responsáveis pelos referidos materiais.

1.3 Cuidados gerais com os materiais armazenados

Entre outros cuidados, recomenda-se aos gestores que os materiais das diver-
sas classes de suprimento devem ser:

• Resguardados contra furto ou roubo e protegidos contra a ação de peri-


gos mecânicos e ameaças climáticas, bem como de animais daninhos;

• Estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido


inventário;

• Concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar a movimentação e


inventário;

• Conservados nas embalagens originais e abertos somente quando hou-


ver necessidade de fornecimento parcelado ou por ocasião da utilização;

• Protegidos por acessórios de estocagem, de forma que jamais sejam


estocados em contato direto com o piso;

• Arrumados de maneira que não prejudique o acesso às partes de emer-


gência e aos extintores de incêndio ou à circulação de pessoal especiali-
zado para combater incêndio;

95
gestão de material e patrimônio - u3
• Estocados em lugar de fácil acesso e próximo das áreas de expedição,
tratando-se de bens com grande movimentação e afastados das áreas
de expedição se for item com pequena movimentação;

• Arrumados de forma que as suas descrições estejam voltadas para o


lado do acesso do setor de armazenagem, a fim de que haja uma rápida
e fácil identificação;

• Empilhados, a fim de que o arejamento, a segurança e a altura das


pilhas não afetem sua qualidade pelo efeito da umidade e da pressão
decorrente. Deve-se observar uma distância de 70 cm aproximadamente
do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes.

Apesar de serem muitas vezes empregados como sendo sinô-


nimos, os termos armazenagem e estocagem tecnicamente
são distintos, isto é, armazenagem significa guardar adequa-
damente os materiais em depósitos e estocagem significa
manter uma quantidade de mercadorias disponíveis para
suprir às necessidades de uso.

96
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2 Métodos de armazenagem dos materiais
de intendência e de subsistência

Objetivos específicos

• Identificar os diversos métodos de armazenagem dos materiais.


• Determinar a escolha do tipo de armazenamento em função das carac-
terísticas dos materiais.

Os métodos de armazenamento descritos a seguir deverão ser adotados pelas


UA do EB, levando-se sempre em consideração as características, as quantida-
des e a demanda do material, a fim de manter a operacionalidade da Força.

2.1 Métodos de armazenagem dos materiais


de intendência

O material de intendência é composto por uma grande e diversificada quan-


tidade de itens de suprimento, que formam a Classe II do Sistema de Classifi-
cação Militar, destacando-se o fardamento e os equipamentos como itens que
merecem bastante atenção no tocante ao armazenamento, não deixando os
demais artigos de merecerem o devido cuidado quanto a sua armazenagem.

Os materiais de intendência são armazenados nos armazéns dos Órgãos Prove-


dores (OP) e nas OM, em setores de materiais (almoxarifados) ou nas reservas
de materiais das suas subunidades.

O fardamento e os equipamentos (equipamento individual, material de GLO, ma-


terial de acampamento e material de alojamento) possuem métodos de armaze-
nagem específicos, sendo submetidos a um maior controle dos órgãos gestores.

O armazenamento do fardamento e dos equipamentos deve obedecer às ins-


truções descritas a seguir:

97
gestão de material e patrimônio - u3
• A disposição dos artigos deverá obedecer à data de fabricação, sendo
que os produtos de fabricação mais antiga deverão ser posicionados
para serem distribuídos em primeiro lugar (“primeiro que entra é o pri-
meiro que sai” - PEPS) - ou primeiro que vence primeiro que sai - PVPS.

• Todos os artigos devem estar adequadamente identificados e protegidos


Intempéries: fenô- contra roedores ou quaisquer tipos de [intempéries].
menos da natureza, como
chuvas e ventos. • As caixas contendo um mesmo item deverão ser empilhadas, organiza-
das em lotes, por ano de fabricação.

• Deverá ser realizado, no mínimo uma vez por ano, um balanço da carga
dos depósitos, aproveitando-se para contar os artigos ainda embalados
pelos fornecedores e realizar um remanejamento das pilhas.

• Deverá haver periodicamente a inspeção do material, a conferência física


dos artigos e a verificação dos prazos de validade dos lotes.

• Deverão ser tomadas todas as providências para evitar a danificação


do material, quer pela ação de animais daninhos ou por ocorrência de
sinistros.

• Deverão ser mantidos nos depósitos, em locais adequados, os instru-


Substância higros- mentos de medida de temperatura, pressão e umidade, as [substâncias
cópica: substância que tem
higroscópicas], os extintores e outros equipamentos de combate a
como propriedade a capaci-
dade de absorver umidade. incêndio, em perfeitas condições de uso.

Somente o material de 1ª classe e o material de 2ª classe, em condições de


uso, poderão ser armazenados nos OP.

Os equipamentos das subunidades utilizados em instrução, adestramentos,


manobras ou no emprego da tropa somente poderão retornar para a guarda
na reserva de material após estarem devidamente manutenidos, ou seja, lim-
pos, secos e lubrificados, se for o caso.

O subtenente, responsável pela reserva de material da subunidade, deve elabo-


rar um Plano de Manutenção detalhado e exequível, referente aos equipamen-
tos, a fim de estarem sempre em perfeitas condições de uso, seguindo o pres-
crito no Manual Técnico - Manutenção de Material de Intendência (T 10-203).

98
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
2.2 Métodos de armazenagem do material Alimento perecível:
de subsistência artigo, cuja conservação é
difícil em ambiente normal,
requerendo maiores cuidados
O material de subsistência corresponde a um conjunto de artigos que forma para se evitar a deterioriza-
a Classe I do Sistema de Classificação Militar, cabendo maior destaque aos ção, sendo que o período de
conservação pode variar de
Gêneros Alimentícios, embora haja outros itens importantes, como os mate-
72 horas a três meses, depen-
riais de copa e cozinha. dendo do material. Ex: batata,
café, cebola, ovos etc.
Os gêneros alimentícios [perecíveis] e [não perecíveis] são armazenados nos
OP, em seus armazéns frigorificados ou não, dependendo do tipo de produto,
Alimento não pere-
e nos Serviços de Aprovisionamento das OM.
cível: artigo que suporta a
armazenagem em ambientes
A armazenagem dos gêneros alimentícios deve ser feita através de métodos de normais, por período maior
armazenamento que proporcionem instalações de armazenamento e câmaras do que três meses. Ex: açúcar,
farináceos, grãos, leite em
frigoríficas em excepcionais condições sanitárias e materiais em condições de
pó, sal etc.
consumo, visando, sobretudo, a segurança alimentar, a fim de que jamais haja
comprometimento da saúde da tropa.

2.2.1 Tipos de armazenagem de gêneros alimentícios Para obter mais informações


sobre segurança alimentar
Há três tipos de armazenagem de gêneros alimentícios. O armazenamento visite o site do Ministério do
Desenvolvimento Social em
dos alimentos pode ser sob congelamento, no qual os itens são armazenados
www.mds.gov.br.
à temperatura de 0ºC (zero) ou menos, sob refrigeração, no qual os itens são
armazenados em temperatura de 0ºC a 10ºC e a seco, no qual os itens são
armazenados à temperatura ambiente.

A escolha do tipo mais adequado vai depender das recomendações ou espe-


cificações dos fabricantes, existentes nos rótulos, ou dos critérios de utiliza-
ção do suprimento.

a. Métodos para manter as condições sanitárias das instalações de armaze-


nagem em alto nível:

• A construção deve ser sólida, de modo a permitir proteção contra


as intempéries;

• A construção deve permitir uma ventilação natural e ampla (lateral e


superior com regulagem);

• Deve haver circuladores de ar para aumentar a ventilação;

• O piso deve ser sólido, impermeabilizado e em nível superior ao terreno;

• Deve haver telas de proteção contra a entrada de animais (insetos


e aves);

99
gestão de material e patrimônio - u3
• Deve-se adotar outros dispositivos para impedir a entrada de animais
e/ou insetos, como, por exemplo, o ultrassom;

• As canaletas e ralos no interior do armazém devem estar em perfei-


tas condições;

• O pé direito deve ter, no mínimo, 6,0 m;

• O formato deve ser retangular e com o mínimo de pilastras;

• Deve haver plataformas para carga e descarga de viaturas protegidas


por cobertura;

• A área útil deve ser compatível com a quantidade e o volume dos


itens previstos para armazenagem;

• A largura dos corredores deve ser compatível para as manobras dos


equipamentos usados na manipulação dos suprimentos;

• Os estrados devem ser adequados ao peso das pilhas, a fim de facili-


tar a ventilação e a limpeza;

• Deve haver material para as ações de expurgo (lonas plásticas e


medicamentos);

• Deve haver local próprio para guarda do material de limpeza do


depósito;

• As áreas interna e externa circunvizinhas do armazém devem ter con-


dições de limpeza compatíveis;

• As instalações elétricas e hidráulicas (especialmente as calhas) devem


estar em bom estado de conservação e adequadas às necessidades;

• Deve haver planejamento para desinsetização e desratização periódicos;

• Deve haver treinamento e proteção adequada para os operadores


que executam as ações de Controle de Pragas;

• Deve haver telas de proteção ou qualquer outro tipo de vedação


nas aberturas (para ventilação), nos escoadouros e nos bueiros para
impedir a entrada de pássaros e roedores;

b. Métodos para manter as condições sanitárias das câmaras frigoríficas em


alto nível:

• A sua estrutura deve ser sólida, impermeável, com isolamento térmico


e revestimento adequado;

• O piso deve ser impermeabilizado, resistente e antiderrapante;

100
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• As portas devem possuir boa vedação e revestimento externo com as
ferragens cromadas;

• Deve haver sistema de escoamento das águas do degelo;

• Os equipamentos de refrigeração devem ser adequados à capacidade


da câmara frigorífica;

• Deve haver compressores em reserva para atender situações imprevistas.

• Deve existir antecâmara, cortina de ar frio e equipamentos de verifica-


ção de temperatura, da umidade relativa e da velocidade do ar, bem
como o respectivo Programa de Controle;

• Deve haver iluminação fria;

• Deve haver espaço suficiente para pesagem e manipulação de supri-


mento e para guarda de equipamentos e utensílios;

• Deve haver plataforma coberta para carga e descarga;

• Deve haver câmaras suficientes que possibilitem a transferência dos


suprimentos, em proveito da melhor conservação, da temperatura e
das medidas higiênicas necessárias; Sanitização: higieni-
zação realizada através de
• Deve haver estrados adequados às baixas temperaturas e alta umidade. produtos químicos clorados,
iodados ou quartenários de
• Deve haver fechadura que permita a abertura pela parte interna amônio.
(segurança);

• Deve haver planejamento para as operações de limpeza e higienização


das câmaras, inclusive para os equipamentos;

• Deve haver planejamento para [sanitização] das paredes e/ou das


câmaras moduladas;

• Deve haver instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias e de esgoto


existentes suficientes e em condições adequadas de conservação;

• O pessoal que trabalha nas câmaras frigoríficas deve ser submetido a


exame médico periódico e instruído sobre como operar no interior das
câmaras;

• Deve haver grupos geradores suficientes para manter a continuidade


de frio em situações de falta de energia elétrica.

c. Métodos de armazenagem dos gêneros alimentícios:

• A disposição dos produtos deverá obedecer à data de fabricação,


sendo que os produtos de fabricação mais antiga deverão ser posi-
cionados para serem consumidos em primeiro lugar (“primeiro que

101
gestão de material e patrimônio - u3
entra é o primeiro que sai” - PEPS - ou “primeiro que vence primeiro
que sai” - PVPS;

• Todos os produtos devem estar adequadamente identificados e pro-


tegidos contra contaminação;

• Os alimentos não devem ficar armazenados junto a produtos de lim-


peza, químicos, de higiene e perfumaria;

• É desaconselhável a entrada de caixas de madeira dentro da área de


armazenamento e manipulação;

• Os alimentos ou recipientes com alimentos não devem ficar em con-


tato direto com o piso, e sim apoiados sobre estrados ou prateleiras
das estantes, devendo ser respeitado o espaçamento mínimo que
garanta a circulação de ar (10 cm);

• Os alimentos que necessitem de transferência de suas embalagens


originais devem ser acondicionados de forma que sejam mantidos
protegidos, devendo ser acondicionados em contentores descartáveis
ou de outro tipo adequado para guarda de alimentos, devidamente
higienizados;

• Deve ser realizado o tombamento das pilhas para os artigos (cereais)


que estejam armazenados por tempo superior a 90 (noventa) dias;

• As pilhas devem ser corretamente organizadas, inclusive quanto à


distância da altura do pé direito (abaixo 1,50 m) e das paredes;

• O transporte de carnes deve ser realizado em viaturas isotérmicas ou


frigoríficas, de modo a impedir a quebra na “cadeia de frio”;

• Os artigos devem ser armazenados dentro das distâncias previstas


entre pilhas, paredes, tetos e baterias de frio;

• Devem ser observadas as seguintes temperaturas quando a armaze-


nagem ocorrer sob refrigeração:

- Pescados e seus produtos manipulados crus: até 4º C por 24 horas;


- Carne bovina, suína, aves e outras e seus produtos manipulados
crus: até 4º C por 72 horas;
- Hortifrutigranjeiros: até 10º C por 72 horas;
- Alimentos pós-cocção: até 4º C por 72 horas;
- Pescados pós-cocção: até 4º C por 24 horas;

102
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
- Sobremesas, frios e laticínios manipulados: até 8º C por 24 horas,
até 6º C por 48 horas ou até 4º C por 72 horas; e
- Maionese e misturas de maionese com outros alimentos: até 4º C
por 48 horas ou até 6º C por 24 horas.
• Quando houver necessidade de armazenar diferentes gêneros ali-
mentícios em um mesmo equipamento de refrigeração, os alimentos
prontos para o consumo devem estar dispostos nas prateleiras supe-
riores; os semi-prontos e/ou pré-preparados nas prateleiras do meio;
e os produtos crus nas prateleiras inferiores, separados entre si e dos
demais produtos.

Caso haja suspeita de enfermidade transmitida por alimento,


deve-se guardar uma amostra, para ser posteriormente ana-
lisada. A amostra deve ser armazenada em utensílios desin-
fetados com álcool 70%, fervidos por 10 a 15 minutos ou
flambados, ou qualquer outro método de desinfecção próprio
para esta finalidade. A quantidade mínima de amostra deve
ser 100g, a ser armazenada por 72 horas sob refrigeração até
4º C ou sob congelamento a -18º C. Os líquidos só podem ser
armazenados por 72 horas, sob refrigeração até 4º C.

• No caso de haver apenas uma geladeira ou câmara na seção de apro-


visionamento ou armazém, o equipamento deve estar regulado para
o alimento que necessitar temperatura mais baixa;

• A espessura do gelo formado nas paredes do freezer ou congelador


doméstico não deve ultrapassar 1,0 cm, devendo o mesmo ser remo-
vido por meio de espátulas próprias.

103
gestão de material e patrimônio - u3
3 Entrada e saída de suprimentos

Objetivos específicos

• Citar as providências do gestor dos armazéns.


• Identificar as exigências regulamentares no controle dos suprimentos.
• Identificar os trabalhos de carga e descarga de material.

Os gestores dos armazéns e dos depósitos das UA são responsáveis pelo


controle de todo o material que entra e sai nessas instalações, a fim de que os
suprimentos sejam armazenados com o máximo de qualidade e conforme as
diretrizes estabelecidas no EB.

3.1 Entrada de suprimentos

Para que se proceda à entrada dos artigos nos depósitos, para serem des-
carregados e armazenados, as seguintes medidas deverão ser tomadas pelos
gestores:

a. Providências do gestor dos armazéns

• Escolha do espaço e remanejamento dos artigos, caso seja neces-


sário;

• Previsão de pessoal e de equipamentos necessários para a movi-


mentação e;

• Outras medidas que se fizerem necessárias.

b. Exigências regulamentares no controle da entrada dos suprimentos

• Os materiais devem estar acompanhados da Nota Fiscal e da Nota


de Empenho;

• Nota de entrega ou documento de entrada;

• Cópia do laudo de exame do material.

105
gestão de material e patrimônio - u3
3.1.1 Trabalhos de descarga

Os trabalhos de descarga devem ser realizados de acordo com um planejamen-


to rápido e simplificado, considerando-se: o meio de transporte, o material a
ser recebido, o volume da carga, a localização dos lotes a serem ocupados,
o espaço necessário para a armazenagem em função do volume e da carac-
terística do suprimento, a melhor maneira para manejar a carga (trabalho de
pesagem e possibilidade de movimentação contínua entre o meio de transporte
e a pilha do material), equipamento e pessoal necessário para os trabalhos de
descarga, pesagem, transporte interno e empilhamento; e estrados necessários.

As descargas devem ocorrer sem interrupções e sob proteção do sol e de


intempéries, principalmente se as operações forem referentes aos gêneros
alimentícios, sujeitos facilmente à deteriorização.

3.1.2 Recebimento dos materiais pelos depósitos

Os seguintes aspectos devem ser observados especificamente para o recebi-


mento dos gêneros alimentícios:

• A data de fabricação e validade de cada item;

• Se as embalagens estão limpas, íntegras, conforme as particularidades


de cada alimento;

• Se os alimentos não estão em contato com papel não adequado (recicla-


do, jornais, revistas e similares), papelão ou plástico reciclado;

• Se o entregador está com uniforme adequado e limpo, avental, sapato


fechado, proteção para o cabelo ou mãos (rede, gorro ou luvas) quan-
do necessário;

• Se na rotulagem existente em cada artigo consta o nome e composição


do produto, o lote, a data de fabricação e validade, o número de regis-
tro no órgão oficial, o CGC, o endereço do fabricante e do distribuidor,
as condições de armazenamento e a quantidade (peso);

• Se as temperaturas dos materiais estão adequadas, devendo ser registra-


das no ato do recebimento;

106
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
• Se os produtos perecíveis cumprem os seguintes critérios de temperatu-
ra para fins de recebimento: se forem congelados, deverão apresentar
a temperatura de - 18ºC (com tolerância de até -12ºC); quando forem
resfriados, a tolerância de temperatura para recebimento deverá ser de
6º a 10º C ou conforme especificação do fabricante, e para os produtos
refrigerados, aceita-se o recebimento de até 6º C com tolerância a 7º C.

No caso do material de intendência, são previstas as seguintes medidas es-


pecíficas, de acordo com as Normas Administrativas Relativas ao Suprimento
(NARSUP):

Art. 125. São disposições específicas da Cl II, quanto ao


recebimento de material de intendência:

I - por ocasião do recebimento de materiais entregues pe-


las empresas fornecedoras, os BSup/DSup deverão retirar,
aleatoriamente, do(s) lote(s) recebido(s), imediatamente
após a entrada do material no depósito, uma amostra e
encaminhá-la, no mais curto prazo possível, à Diretoria
de Suprimento, informando, por meio de mensagem fax,
o seguinte: o artigo, o número da licitação, a quantidade
recebida, o nome da empresa fornecedora, o número e
data da Nota de Empenho, o número e data do Contrato
e o número e data da Nota Fiscal;

II - de posse das amostras dos BSup/DSup, a Diretoria de


Suprimento realizará a comparação dessas amostras com
as recebidas por ocasião do certame licitatório e com as
amostras-padrão recebidas das empresas, já analisadas
pelo LAMI/2, dando parecer sobre a sua conformidade;

III - no caso do artigo apresentar divergências na compa-


ração, as amostras recebidas dos OP serão remetidas ao
LAMI/2, para exames laboratoriais, sendo o parecer de
conformidade baseado no resultado do laudo recebido
do LAMI/2;

IV - caso as amostras sejam consideradas conforme,


a Diretoria de Suprimento as restituirá aos respectivos
BSup/DSup;

V - nos casos em que, após a análise pelo LAMI/2, a


amostra do material for considerada não conforme, a DS
informará aos BSup/DSup, cabendo, após o recebimento

107
gestão de material e patrimônio - u3
da informação de não conformidade, solicitar, por escrito,
à empresa interessada que efetue a retirada do material
no prazo máximo de 8 (oito) dias, contados da data da
comunicação, esclarecendo que se não o fizer, incorre-
rá em multa contratual calculada sobre o valor da nota
fiscal, por dia que exceder o prazo fixado;

VI - competirá ao Cmt ou Ch de cada OP o acionamen-


to oportuno, por escrito, dos fornecedores, visando ao
cumprimento dos cronogramas de entrega do material,
elaborados pela DS, participando à mesma o não cumpri-
mento do prazo estabelecido;

VII - os OP encaminharão à DS, imediatamente após o


recebimento da informação de que o artigo foi conside-
rado conforme e da remessa da NF e da Declaração de
Recebimento ao DLog, de acordo com o estabelecido no
parágrafo único do art. 33, uma mensagem Fax con-
tendo as seguintes informações sobre o recebimento do
material: número da licitação, artigo, quantidade rece-
bida, quantidade de volumes recebidos, quantidade de
volumes violados, empresa, número e data da nota de
empenho, número e data do contrato, número e data do
TREM e documento que remeteu a 1ª via da Nota Fiscal
ao DLog e sua data;

VIII - os BSup/DSup não deverão liquidar e encaminhar as


notas fiscais ao DLog, antes de serem informados sobre a
conformidade das amostras remetidas para a DS;

IX - os materiais que não puderem ser remetidos para


comparação via malote ou cujo custo da remessa seja
elevado ou aqueles determinados pela DS, deverão ser
examinados pela Comissão de Exame e Recebimento de
Material, com base nas suas especificações técnicas; caso
haja dificuldade para avaliar o material, poderá ser reme-
tida uma amostra para análise no LAMI/2.

108
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
3.2 Saída de suprimentos

Para que se proceda a saída dos artigos dos depósitos, a fim de serem distri-
buídos, as seguintes medidas deverão ser tomadas pelos gestores para que os
materiais entrem nos depósitos:

a. Providências do gestor dos armazéns

• Repartição dos materiais;

• Pesagem dos materiais;

• Previsão de pessoal e equipamentos;

• Outras medidas que se fizerem necessárias.

3.2.1 Exigências regulamentares no controle da entrada


dos suprimentos

A saída de suprimento de um depósito está condicionada à emissão da guia de


fornecimento ou de outro documento equivalente.

3.2.2 Trabalho de carga

Os trabalhos de carga devem ser realizados de acordo com um planejamento


rápido e simplificado, considerando-se: o meio de transporte, o material a ser
entregue, o volume da carga, a localização dos lotes a serem desocupados, o
espaço necessário em função do volume e da característica do suprimento, a
melhor maneira para manejar a carga (trabalho de pesagem e possibilidade
de movimentação contínua entre a pilha do material e o meio de transporte),
equipamento e pessoal necessário para os trabalhos de desempilhamento,
transporte interno, pesagem e carga.

As cargas devem ocorrer sem interrupções e sob proteção do sol e de intempé-


ries, principalmente se as operações forem referentes aos gêneros alimentícios,
sujeitos facilmente à deteriorização.

109
gestão de material e patrimônio - u3
4 bibliografia

Referências Bibliográficas

______. Manual de Campanha C 100-10 – Logística Militar Terrestre. 2ª


ed. Brasília: EGGCF, 2003.

______. Manual Técnico T 10-201 – Armazenagem de Suprimento Clas-


se I. 2ª Ed. Brasília: EGGCF, 1989.

______. Normas Administrativas Relativas ao Suprimento. Brasília: EGG-


CF, 2002.

Bibliografia complementar

ARAUJO, Jorge Sequeira de. Almoxarifados: administração e organização.


9ª ed. São Paulo: Atlas, 1985.

BRASIL. Decreto nº 98.820, de 12 de janeiro de 1990. Regulamento de Ad-


ministração do Exército (R 3). Brasília: EGGCF, 1990.

______. Manual Técnico T 10-203 – Manutenção de Material de Inten-


dência. Brasília: EGGCF, 1993.

_______. Exército Brasileiro. Portaria Nr 051 EME, de 10 de agosto de 1993.


Estabelece a Listagem dos Conjuntos de Material de Intendência de
Campanha e as Respectivas Normas de Distribuição. Brasília: EGGCF,
1993.

______. Portaria nº 010-D LOG, de 20 de Julho de 2005. Aprova as Normas


para Inspeção de Alimentos e Bromatologia para a Força Terrestre.
Brasília: EGGCF, 2005.

______. Normas Administrativas Relativas ao Armamento. Brasília: EGG-


CF, 2009.

______. Normas Administrativas Relativas à Manutenção. Brasília: EGG-


CF, 2002.

111
gestão de material e patrimônio - u3
______. Normas Administrativas Relativas ao Material de Comunica-
ções Estratégicas, eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática. Brasília:
EGGCF, 2002.

______. Orientações aos Agentes da Administração 2013. Brasília, DF.


Disponível em: <http://www.dgo.eb.mil.br/manuais/Orientacoes%20aos%20
Agentes%20da%20Administracao.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2013.

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Aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas em Segurança Ali-
mentar nas Organizações Militares. Disponível em: <www.sgex.eb.mil.br/
be_ostensivo/BE2005/be2005pdf/be28-05.pdf>. Acesso em: 28 ago 2013.

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CCEAD – Coordenação Central de Educação a Distância

Coordenação Geral
Gilda Helena Bernardino de Campos

Coordenação de Avaliação e Acompanhamento


Gianna Oliveira Bogossian Roque

Coordenação de Criação e Desenvolvimento


Claudio Perpetuo

Coordenação de Design Didático


Sergio Botelho do Amaral

Coordenação de Material Didático


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Coordenação de Tecnologia da Informação


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Equipe CCEAD
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