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Curso de Engenharia Mecânica

Campus Coração Eucarístico

Resistência dos Materiais II – Aula 27

Prof. Eng. Inácio Santiago de Oliveira Queiroz


Mestre em Engenharia Civil
e-mail: prof.inacio.queiroz@gmail.com

Belo Horizonte - MG
2020
Conteúdo
➢ Deformações em vigas (Cap. 9)

• Vigas estaticamente indeterminadas;


• Funções de singularidade.
Vigas estaticamente indeterminadas
Nossa análise esteve limitada a vigas estaticamente determinadas.
Considere agora a viga prismática AB, que tem uma extremidade engastada em A e
a outra apoiada em B. Desenhando o diagrama de corpo livre da viga, notamos que
as reações envolvem quatro incógnitas, embora tenhamos apenas três equações de
equilíbrio, que são σ 𝐹𝑦 = 0; σ 𝐹𝑥 = 0; σ 𝑀 = 0. Como somente A, pode ser
determinado por meio dessas equações, concluímos que a viga é estaticamente
indeterminada.
Vigas estaticamente indeterminadas
Recordamos, que, em um problema estaticamente indeterminado, as
reações podem ser obtidas considerando-se as deformações da estrutura envolvida.
Iremos, portanto, prosseguir com o cálculo da inclinação e da deflexão ao longo da
viga. Seguindo o método utilizado da equação da linha elástica, primeiramente
expressamos o momento fletor M(x) em um ponto qualquer de AB em função da
distancia x de A, da força aplicada e das reações desconhecidas. Integrando em x,
obtemos expressões para θ e y contendo duas incógnitas adicionais, que são as
constantes de integração Cl e C2.
Vigas estaticamente indeterminadas
No entanto, ao todo estão disponíveis seis equações para determinar as
reações e as constantes C1 e C2, elas são as três equações de equilíbrio e as três
equações expressando que as condições de contorno estão satisfeitas, isto é, que a
inclinação e a deflexão em A são zero e que a deflexão em B é zero. Assim, podem
ser determinadas as nos apoios e pode ser obtida a equação da linha elástica.
Vigas estaticamente indeterminadas
Vigas estaticamente indeterminadas
No exemplo anterior, havia uma reação redundante, isto é, havia uma reação a
mais do que podia ser determinada por meio, somente, das equações de equilíbrio.
Dizemos que a viga correspondente é estaticamente indeterminada com um grau de
indeterminação ou grau de hiperasticidade. Se os apoios da viga são tais que duas
reações são redundantes dizemos que a viga é indeterminada com dois graus de
indeterminação. Embora tenhamos agora cinco reações desconhecidas, descobrimos que
quatro equações podem ser obtidas das condições de contorno. Assim, temos um total
de sete equações disponíveis para determinar as cinco reações e as duas constantes de
integração.
Vigas estaticamente indeterminadas
Funções de Singularidade
O método de integração proporciona uma maneira conveniente e eficaz para
determinar a inclinação e a deflexão em qualquer ponto de uma viga prismática, desde
que o momento fletor possa ser representado por uma função analítica simples M(x).
No entanto, quando o carregamento na viga torna necessárias duas equações diferentes
para representar o momento fletor para todo seu comprimento, são necessárias quatro
constantes de integração e um igual número de equações, expressando a condição de
continuidade e também as condições de contorno, para determinar as constantes. Se
fossem necessárias três ou mais funções para representar o momento fletor, seriam
necessárias constantes adicionais e um número correspondente de equações adicionais,
resultando em cálculos muito demorados. Esses cálculos serão simplificados por meio
das funções de singularidade.
Funções de Singularidade
Funções de Singularidade
Os colchetes < > deverão ser
substituídos por parênteses
comuns ( ) quando x ≥ 1/4L e
por 0 quando x < 1/4L.
Quando o termo é positivo,
dentro dos colchetes < >,
pode resolvê-lo.
Vigas estaticamente indeterminadas
Próxima aula
➢ Flambagem de Colunas (Cap. 10)

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