INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

Licenciatura em Engenharia Mecânica e de Transportes

Departamento de Tecnologias Mecânicas

Motores e Mecânica de Veículos II

RELATÓRIO DE VISITA

ERMOTO

Discente: Paulo Gomes

Docente: Eng.º Albino Lacita
Turma: M41

Outubro de 2019
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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................iii
2. OBJECTIVOS...................................................................................................................................iii
2.1. Objectivo geral..........................................................................................................................iii
2.2. Objectivos específicos................................................................................................................iv
3. DESCRIÇÃO DA VISITA...............................................................................................................iv
3.1. OFICINA MECÂNICA............................................................................................................iv
3.2. SECÇÃO DE RECTIFICAÇÃO..............................................................................................vi
4. CONCLUSÃO...................................................................................................................................xi
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1. INTRODUÇÃO

A ERMOTO é uma empresa estatal de rectificação de motores que visa restaurar, reformar
ou reconstruir um motor de combustão interna, seja em razão de ter sofrido danos, seja por
desgaste natural como consequência do uso.

Para o perfeito funcionamento de um motor de combustão interna é necessário que haja

determinadas folgas entre algumas peças móveis, que são estabelecidas por cada fabricante
de acordo com cada modelo de motor, com o objectivo de permitir a passagem do óleo,
responsável pela lubrificação, a fim de evitar o desgaste excessivo gerado pelo atrito entre
os metais e permitir a dilatação térmica programada das peças internas, tais como: pistões,
anéis, bielas.

A rectificação do motor consiste em reajustar completamente essas folgas, bem como

realizar todo o procedimento de usinagem das peças rectificáveis (cabeçote, bloco, bielas,
cambota) que estão sujeitas a danos causados por desgaste, empenamento, queima por
temperatura elevada ou mesmo rompimento de superfícies, tendo como objectivo
padronizar o motor em medidas técnicas adequadas, a fim de garantir seu perfeito
funcionamento.

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2. OBJECTIVOS

2.1. Objectivo geral

Complementar as aulas teóricas da disciplina de Motores e Mecânica de Veículos II dando

a conhecer o ambiente de uma oficina mecânica auto.

2.2. Objectivos específicos

 Maximizar o conhecimento sobre o sistema de comando;

 Obter noções praticas dos processos de tratamento mecânico correctivos
(rectificação de superfícies cilíndricas e planas);
 Conhecer o intervalo dimensional aceitável de retirada de material por parte destes
processos.

3. DESCRIÇÃO DA VISITA

A visita à ERMOTO foi realizada no período da manhã do dia 13 de Setembro do ano

corrente. Organizada pelo docente regente da disciplina, Eng.º Albino Lacita e o ISUTC. A
concentração do grupo de estudantes participantes (Turma M41) começou a partir das
07:00h até às 08:30h no recinto das instalações do ISUTC e posteriormente deu-se inicio a
uma viagem de cerca de 20 minutos de duração em direcção a ERMOTO.

Chegado a Empresa, pelas 09:00h a turma foi repartida em dois (2) grupos, em que cada
grupo foi responsabilizado por um chefe de cada secção. Para esta visita, a ERMOTO
disponibilizou a Oficina Mecânica e a Secção de Rectificação.

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3.1. OFICINA MECÂNICA

Na oficina Mecânica realizam – se trabalhos de bate-chapa, pintura, reparações, verificação

da suspensão, entre outros.

Nesta secção, o responsável deu inicio a vista com questões para avaliação do actual estado
de percepção dos estudantes.

Usando um veículo como base para as questões, onde abriu-se o capô para verificar o motor
do veículo. Foram feitas perguntas de um modo geral e perguntas envolvendo o veículo
apresentado.

Antes das questões do responsável, a turma pediu que se fizesse uma apresentação prática
de como comandar o motor. E o responsável pediu que antes disso, o grupo explicasse o
comando do motor e quais são os tipos de comando estudados.

Para o veículo apresentado, o responsável pediu que a turma descrevesse o motor. Tratava-
se de um Motor a diesel com injecção directa, com comando por correntes, possui uma
correia para comandar o veio excêntrico que por sua vez localizava-se no bloco do motor.

Feito isso, deu-se inicio a sessão de perguntas dirigidas ao responsável, sendo respondidas
de imediato.

1. Em que situações não se conseguiria montar as engrenagens do sistema de

distribuição?

O responsável explicou que o problema estaria na coordenação dos pontos de referência das
engrenagens, no caso da falha da coordenação desses pontos, não seria possível montar as
engrenagens.

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2. Quais são os possíveis efeitos ou consequências de um motor descomandado?

Explicou-se que um dos efeitos negativos poderia ser o facto de o motor não desenvolver, o
combustível poderia não queimar totalmente, pode haver atraso de inflamação que pode
causar vários danos ao motor.

De forma breve e resumida falou-se sobre os freios, onde mencionou-se que existe 4 tipos
de accionamento de travões: Hidráulico, Pneumático, Mecânico e Eléctrico.

Discutiu-se também sobre os alternadores, evidenciando que possui um regulador que é

responsável por dar à bateria uma voltagem de 13 – 14 Volts. Neste âmbito surgiu a duvida
no caso da ausência desse regulador, o que aconteceria? Nesse caso, a bateria poderia
receber uma voltagem de até 16V, o que não é correcto porque pode causar sobrecargas aos
sistemas alimentados por esta fonte.

3.2. SECÇÃO DE RECTIFICAÇÃO

Esta secção foi o grande foco da visita, onde desejava-se visualizar todo o processo de
rectificação e as máquinas-ferramentas envolvidas.

Para esta secção, o responsável começou por apresentar a máquina-ferramenta para

rectificação dos cilindros (Figura 1). E explicou a diferença entre a rectificação da cabeça e
dos cilindros respectivamente. A rectificação dos cilindros por norma é de 0,025 mm de
material a ser removido, sendo possível fazer até no máximo 4 rectificações, o que significa
que se pode chegar ao máximo de 1 mm. O alargamento faz-se depois de exceder o limite
de rectificação, e pode se fazer o alargamento dos cilindros até 4 à 6mm.

É importante salientar que as máquinas não dispõem de nenhum sistema de medição, pelo
que o que operário da máquina-ferramenta é obrigado a usar um instrumento de medição
externo, no caso um micrómetro.

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Figura 1: Rectificadora de cilindros HONMAKSAN HMR

180 no processo de rectificação de um motor de 4 cilindros

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Ao lado dessa máquina, havia outra máquina para rectificar as cabeças do motor (Figura 2).
Para rectificação, a espessura depende da cabeça e depois faz-se o compensamento da
espessura através de uma junta maior.

Figura 2: Rectificadora plana em processo de

rectificação da cabeça
Após esses os
processos, faz
– se o

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acabamento final dos cilindros através de uma máquina usa a pedra de esmeril como ilustra
a figura abaixo:

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Esta secção possui ainda uma máquina de rectificação que geralmente não é muito usada.
Esta máquina usa – se somente em situações para rectificar cabeças de motor de ferro –
fundido. Esta máquina usa um sistema de várias pedras de esmeril para a rectificação, isso
por causa do material da cabeça do motor (ferro- fundido).

Figura 4: Associação de pedras de esmeril para rectificação de cabeças de Ferro-Fundido

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4. CONCLUSÃO

É possível concluir que a visita à empresa ERMOTO foi produtiva, uma vez que
complementou as aulas teóricas da disciplina de Motores e Mecânica de Veículos dando a
conhecer o ambiente de uma oficina mecânica auto.
Onde foi possível maximizar o conhecimento sobre o sistema de comando, obter noções
praticas dos processos de tratamento mecânico correctivos (rectificação de superfícies
cilíndricas e planas) e conhecer o intervalo dimensional aceitável de retirada de material
por parte destes processos.

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