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Princípios em Radiologia Digital

Prof. Fabio Calado


Início
Até o início da década de 80, a aquisição de radiografias era feita
exclusivamente pelo sistema filme-écrãn, e a revelação era feita
através de processamento químico.

Fonte: NERSISSIAN, D.Y Fonte: Secretaria da Saúde Fonte: eradiologia


Princípios Físicos em Radiologia,p.91 do Estado da Bahia.
Hospital Geral Prado Valadares

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Evolução
 Em 1981, a Fuji lançou o primeiro sistema de radiografia digital, que
ficou conhecido como Radiografia Computadorizada (RC).
(BUSHONG, 2009)

Fonte: Saúde Online Fonte: Autoria Própria


Plataforma Agfa
Evolução
A radiologia digital acompanha intrinsicamente a evolução dos
computadores e softwares e hoje está sendo amplamente difundida.

Fonte: IMOT – Instituto Moginiano de Ortopedia e Traumatologia

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Radiologia Digital

Radiografia
Radiografia Digital
Computadorizada

Sistema Sistema
Indireto Direto

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Radiografia
Computadorizada
 A RC foi a primeira modalidade de radiografias digitais implantada.

 Utiliza placas de Fósforo Fotoestimulável com Európio.

Receptores de Imagem Agfa Receptores de Imagem Fuji Placa de Fósforo


Fonte: Agfa Health Care Fonte: Servive Portugal Tecnologia Fotoestimulável
Fonte: Radioinmama

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Radiografia Convencional Radiografia Computadorizada

 Telas Intensificadoras à base  Placas de Imagem (IP) à base


de fósforo (écrãn). de fósforo com európio.

 Cintilação  Cintilação.

 Exposição do filme  Imagem latente armazenada


radiográfico à luz. no próprio IP.

 Imagem Latente.  Processamento Digital

 Processamento Químico  Imagem Visível

 Imagem Visível

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Formação da Imagem - RC
1º Passo - Exposição
 Interação dos fótons de raios X residuais com a Placa de Fósforo
Fotoestimulável.

 Excitação dos elétrons dos átomos de fósforo para um estado


metaestável.
Exposição

Base

Placa de Imagem Bushong, 2010

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Formação da Imagem - RC
1º Passo - Exposição
 Cerca de 50% dos elétrons retornam imediatamente ao seu estado
fundamental.

 Emissão de energia eletromagnética com comprimento de onda


equivalente à luz visível.

Base

Placa de Imagem
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Formação da Imagem - RC
1º Passo - Exposição
 O restante dos elétrons retorna lentamente ao seu estado
fundamental.

 Necessidade de rápida digitalização da imagem.

 Perda irreparável da imagem latente em cerca de 8 horas.

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Formação da Imagem - RC
2º Passo - Estimulação
 Aceleração do retorno dos elétrons para o estado fundamental por
estimulação via laser infravermelho.

 Emissão de energia eletromagnética com comprimento de onda


equivalente à luz azul.

Placa de Imagem
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Formação da Imagem - RC
3º Passo - Leitura

 Detecção e leitura da luz emitida através de um sistema óptico


de tubos fotodetectores.

Sistema óptico
de Leitura
Estimulação à
Laser Luz
Filtro
Óptico

Placa de Imagem Prof. Fabio Calado


Formação da Imagem na RC
3º Passo - Leitura
 O fotodetector converte a luz em sinal elétrico (analógico).

 Conversor Analógico-Digital (CAD) processa o sinal elétrico e o


digitaliza.

*Imagens meramente ilustrativas Prof. Fabio Calado


4º Passo - Apagamento

 A estimulação via laser não retorna todos os elétrons para o seu


estado fundamental.

 A imagem latente residual é removida do IP através de intensa


exposição à luz branca.

Luz Branca

Placa de Imagem Prof. Fabio Calado


Por Dentro do Leitor
“Leitura Horizontal”

Bushong, 2010 Fonte: NERSISSIAN, D.Y


Princípios Físicos em Radiologia

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Por Dentro do Leitor
“Leitura Vertical”

 O IP é escaneado verticalmente.

 Laser horizontal.

 Grande parte da varredura em


ângulos retos (menos
espalhamento de luz).

 Maior qualidade de imagem.

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Cuidados e Dicas

 Se um IP estiver inativo por mais de 12 horas, ele deve ser


“apagado” (Radiação de Fundo).

 Utilizar os mesmos princípios da radiologia convencional.

 Colimação rigorosa e restrita à área de interesse.

 NUNCA deixar RIs dentro da sala durante as exposições.

 Cuidado ao manusear as placas (artefatos)

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Colimação Aberta

Colimação Totalmente Aberta Colimação Totalmente Aberta


RI 35 x 43 / 14 x 17 Uso do Recorte Posterior
RI 35 x 43 / 14 x 17

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Colimação Restrita

Colimação Totalmente Aberta Colimação Comprovação da


Uso do Recorte Posterior Restrita Colimação Restrita
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Colimação Restrita

Colimação Colimação Comprovação da


Totalmente Aberta Restrita Colimação Restrita
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Radiação Secundária

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Radiografia Digital

Radiografia Radiografia Radiografia Radiografia


Computadorizada Digital Indireta Digital Indireta Digital Direta
Fósforo CsI CsI ou GdOs a-Se
Fotoestimulável Dispositivo de Transistor de Transistor de
com Európio Carga Acoplada Filme Fino Filme Fino
Fotodetector (CCD) (TFF) (TFF)

Elemento de Captura Elemento de Detecção

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Radiografia Digital Indireta

O Sistema Digital Indireto têm como


“intermediário” materiais com
propriedades cintilantes, que
convertem os raios X em luz.

 Iodeto de Césio com Tálio (CsI:Tl)

 Óxissulfito de Gadolínio (Gd2O2S)

Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 7
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Radiografia Digital Indireta

A forma de detecção indireta através da


luz gerada pelos cintiladores pode ser feita
através de dois detectores:

Dispositivo de Carga Acoplada (CCD)


ou
Transistor de Filme Fino (TFF)

Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 7
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Dispositivo de Carga Acoplada - CCD

O CCD foi projetado na década


de 70, para visão noturna na área
militar, graças à sua alta
sensibilidade à luz.

Os CCDs são amplamente


utilizados em TVs digitais,
filmadoras e na astronomia.

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Radiografia Digital Indireta
Dispositivo de Carga Acoplada - CCD

 Na radiologia digital, os CCDs


são acoplados a matrizes de
fósforos de CsI (fluorescência).

 Sistema semicondutor de fibra


óptica.
 Grande sensibilidade à luz
(redução de dose)

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Radiografia Digital Indireta
Dispositivo de Carga Acoplada - CCD

1º- Os raios X incidem na matriz de


CsI

2º - Excitação emissão de luz

3º - A luz é transmitida ao CCD


através das fibras ópticas.

Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 8
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Radiografia Digital Indireta
Dispositivo de Carga Acoplada -CCD

4º - O CCD converte a luz em corrente


elétrica.

5º - A corrente elétrica é transformada em


sinal digital, pelo Conversor Analógico-
Digital.

6º - Exibição da Imagem Digital no Monitor.

Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 8
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Dispositivo de Carga Acoplada - CCD

Arco Cirúrgico Aparelho Telecomandado


Fonte: Unida Ortopedia Fonte: Siemens - Medgadget

Radiologia Intervencionista
Fonte: Portal da Radiologia
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Atualidade
Detector Flat Panel
 Gradualmente, os CCDs estão sendo
substituídos pelos Detectores Flat Panel.
 São Detectores de Placa Plana à base de Iodeto de Césio (CsI) e Silício
Amorfo (a-Si).

Fonte: Philips Health Care Prof. Fabio Calado Fonte: GE Health Care
Atualidade
Detector Flat Panel
 Menores e mais leves em relação ao intensificador de imagem.

 Qualidade de imagem superior.

Fonte: GE Healt Care Prof. Fabio Calado


Novas Técnicas Vasculares...

Planejemento 3D de Embolização Navegação - Guia 3D de


de Mioma Uterino Embolização Uterina

Fonte: GE Health Care Prof. Fabio Calado


...e até Ortopédicas!

Planejamento 3D de Avaliação 3D de
Cimentoplastia Vertebral Cimentoplastia Vertebral
Recurso CT Recurso CT
Fonte: GE Health Care
Radiografia Digital Indireta
Transistor de Filme Fino (TFF)
Nesta tecnologia:

1º - Os raios X incidem no CsI ou


Gd2O2S
2º - Excitação emissão de
luz.
3º - O Fotodiodo à base de Silício
Fonte: FURQUIM,T.A.C
Amorfo (a-Si) capta a luz e a Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 7

converte em corrente elétrica.


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Radiografia Digital Indireta
Transistor de Filme Fino (TFF)

4º - A Corrente elétrica é armazenada


temporariamente pelo capacitor e
induzida ao TFF, que a envia para o
Conversor Analógico-Digital.

5º Exibição da Imagem Digital no Monitor.

Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 7
Raios X atenuados
Camada de Csl Matriz de Sensores
Cintilação de Silício Amorfo

Controle eletrônico
de entrada
Transistor de Filme Fino (TFF)
Conecta os pixels e envia
Substrato de vidro o sinal elétrico para o CAD

Fonte: Philips Health Care – Digital Radiography Solutions, p.25


Prof. Fabio Calado
Radiografia Digital Indireta
Transistor de Filme Fino (TFF)

Fabricação em TFF Necessidade de aumento


Pixels individuais de dose para manter
para formar a Intensidade de sinal
matriz adequado

Área sensível
do pixel (80%)

Quanto menor o Com pixels menores, o


pixel, melhor a C.A fator de preenchimento
Resolução Espacial é menor (área útil)

20% da área do
Pixel é composta
por componentes
eletrônicos
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Radiografia Digital Indireta
Konica Minolta

Aero DR – Detector de Tela Plana Via Wireless


Fonte: Konica Minolta Prof. Fabio Calado
Radiografia Digital Indireta
Philips DigitalDiagnostic

Fonte: Philips DigitalDiagnostic


Medical Systems Digital Radiography

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Radiografia Digital Indireta
Siemens Multix Select DR

Fonte: Siemens Heath Care Prof. Fabio Calado


Radiografia Digital Direta
Nesta tecnologia não há cintilação

1º - Os raios X incidem
diretamente em Fotocondutores de
Selênio Amorfo (a-Se) que estão
sobre uma matriz de TFFs.

2º - O Selênio Amorfo é ionizado e


Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 9
converte os raios X em corrente
elétrica.

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Radiografia Digital Direta

3º - A Corrente elétrica é
armazenada temporariamente pelo
capacitor e induzida ao TFF, que a
envia para o Conversor Analógico-
Digital.

4º - Exibição da Imagem Digital no


Monitor.

Fonte: FURQUIM,T.A.C
Detectores para Obtenção de Imagens Digitais, p. 10
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Radiografia Digital Direta

Mamógrafo Selênia 3D Hologic/Lorad


Tecnologia Direta com Selênio Amorfo
Fonte: Hologic

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“A humanidade se divide em antes e depois da
descobertas dos raios X.”
- Albert Einstein
Referências Bibliográficas
 BUSHONG, S. C., Ciência Radiológica para tecnólogos – Física, Biologia e
Proteção, tradução 9º ed, Rio de Janeiro, Mosby Elsevier, 2010

 BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J.P; Tratado de posicionamento


radiográfico e anatomia associada, tradução da 8º ed, Rio de Janeiro, Mosby
Elsiever, 2015.

 TAIÑA, D. V. A radiografia digital direta: tipos de sistemas e sensores de


radiografia digital existentes no mercado internacional. Monografia
(Especialização em Radiologia)- Centro de Ciências da Saúde, Departamento de
Estomalotogia. Universidade Federal de Santa Catarina. 2000.

 FURQUIM, T.A. C. Detectores para obtenção de imagens digitais.

 NOBREGA, A.I.; Tecnologia radiológica e diagnóstico por imagem, 1º ed.


vol 2, São Caetano do Sul, Difusão, 2006.

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