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Fazendo fé ao Manual de Auditoria do Tribunal de Contas de Portugal existem vários

critérios adoptados na classificação das auditorias, que atendem quer ao objectivo


prosseguido, quer ao sujeito que as realiza, quer à sua amplitude, ou ainda à sua
periodicidade, à sua exaustão ou profundidade.

Deste modo, quanto ao objectivo prosseguido existem diversos tipos de auditorias, tais
como auditorias de contas, da situação financeira, de legalidade e regularidade e
auditorias de gestão, (também designadas operacionais ou de resultados) que incluem a
avaliação da gestão em geral ou de aspectos ou impactos em particular.

Quanto ao critério da posição do sujeito que realiza as auditorias, estas podem ser internas
ou externas, dependendo a diferenciação do facto de as últimas serem realizadas por
profissionais ou entidades que estão numa posição de independência relativamente ao
organismo fiscalizado e as primeiras realizadas pelo departamento interno responsável pela
verificação e avaliação dos sistemas e procedimentos internos de uma entidade.

Quanto à amplitude, isto é, ao universo a auditar, podem distinguir-se os seguintes tipos de


auditoria:
a) Gerais, que têm por fim obter uma visão global da entidade auditada, a qual, sendo
auditoria financeira, obriga a examinar todas as parcelas contabilísticas mas não
exige um exame completo e integral de cada uma delas.
b) Parciais, que têm por fim examinar um ou vários sectores, áreas, actividades ou
temas, podendo ser orientadas, horizontais, de projectos ou programas e de sistemas.
- A orientada consubstancia-se em exames aprofundados sobre um sector, área ou
actividade particular ou procedimento.
- A horizontal é a que consiste em examinar um tema específico de controlo junto de
várias entidades ou serviços, pelo que não é aprofundada, tendo como objectivo
abarcar o objecto do controlo no conjunto das actividades.
- A de projectos e programas consiste no acompanhamento, exame e avaliação da
execução de programas e projectos governamentais específicos. Consequentemente,
pode requerer a verificação em um ou mais serviços ou entidades.
Quanto à periodicidade as auditorias podem ser:
c) Permanentes, quando se realizam por diversas vezes ao longo do período, de forma
regular ou irregular;
d) Ocasionais ou únicas, as que se efectuam quando ocorre algum acontecimento
imprevisto ou é necessário dar solução ou resposta a alguma questão especial;
e) De fim de exercício, a que tem por objectivo averiguar da sinceridade dos
documentos de prestação de contas.
No que respeita à exaustão ou profundidade as auditorias podem classificar-se em:
a) Integrais ou completas, que consistem no exame de todas as operações efectuadas no
período, podendo ocorrer quer numa auditoria geral quer numa parcial.
b) Por provas ou sondagens, que consistem em comprovar a exactidão de um certo
número de lançamentos, cálculos ou registos, escolhidos ao acaso de entre o conjunto a
examinar.

O sistema de controlo interno compreende o plano de organização e o conjunto integrado


de métodos e procedimentos adoptados pela entidade na protecção do seu património,
promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registos e demonstrações financeiras
e da sua eficácia operacional. A importância do controlo interno assenta, sobretudo, na
acção que desempenha em prever, detectar e propor soluções na eventualidade de
ocorrerem erros, fraudes, omissões ou práticas ineficientes e ineficazes que possam
comprometer a integridade do património da entidade.
O controlo interno e a Auditoria de Gestão constituem-se peças indissociáveis, ou seja,
quando o controlo interno é eficaz permite que a Auditoria de Gestão exerça de forma
efectiva a sua missão de contribuir na administração eficiente, eficaz da rés pública,
salvaguardando o objectivo da administração pública que consiste na garantia e satisfação
das necessidades ressentidas pela maioria. Quando o sistema de controlo interno é débil,
viciado ou inexistente, compromete os esforços da missão da Auditoria de Gestão.

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