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1.

Tipologia Textual;
2. Orientações Importantes Sobre a Compreensão e Interpretação de Texto
3. Coesão
4. Coerência
6. Estrutura da Redação Dissertativa Argumentativa;
7. Estrutura Textual – Dissertativa e Argumentativa – a correção no concurso.
8. Produção de Textos com bases em Esquemas.
Roteiro

09. Crase;
10. Regência Verbal I
11. Regência Verbal II
12. Concordância Verbal I
13. Concordância Verbal II
14. Pontuação
15. Os Paralelismos
Texto - Marcuschi

Uma unidade lingüística concreta que


é tomada pelos usuários da língua em
uma situação de interação
comunicativa específica, como uma
unidade de sentido e como
preenchendo uma função
comunicativa reconhecível e
reconhecida, independentemente de
sua extensão (p. 03).
Tipologia textual
x
gênero textual
Tipologia: modo de formulação
discursiva.

Gênero: o modo de apresentação


social: carta, artigo, e-mail, receita...

Estrutura textual: prosa, verso


Não há, na identificação de um texto, exclusividade de tipologia. O que temos
é a predominância de uma delas. Temos de ficar atentos aos elementos que
indicarão essa predominância.
Eis as tipologias textuais:
descritiva, narrativa, injuntiva (modo de texto instrucional: bulas, receitas...)
argumentativa.

Descrição
retrato de ambientes, pessoas, fatos. Há uma ausência de evolução temporal.
É como se fosse um tempo estático. Cuidado, pois, às vezes, apresentam uma
descrição de fato e identificamos como narração.

Narração
Há um foco de acontecimento, diálogos, um narrador. Apresenta um uso
constante de verbos para dar ação ao texto, ou seja, apresenta-se uma
evolução do enredo com conflito e clímax.
FUGIU COM A NOVELA (SIM) Eu perdi o meu amor para uma novela das
VANESSA DA MATA oito
Desde essa desilusão eu me desiludi
Eu perdi o meu amor para uma novela das oito
O meu coração
Desde essa desilusão eu me desiludi
O meu coração Palpita aparte poupando-me de um pouco
Palpita aparte poupando-me de um pouco de de sonho
sonhos Depois desse desengano
Depois desse desengano
Quando fomos morar juntos ela me
E aquela atenção que antes eu ganhava adorava
Se repartiu ao meio Cozinhava, passava, me alisava
Mulher parada
Eu contava piada ela gargalhava
Ligada em outra história hipnotizada
Metia a mão nela e ela perdoava
Trocou o nosso caso que tava no tom

Eu vivia no jogo A vida era boa ela não reclamava


Ela me esperava Agora vive longe, não sei mais nada
Quando eu pedia fogo ela não negava Fugiu da nossa casa com a televisão
Se eu tivesse outra ela achava bom
O Meu Guri Me trouxe uma bolsa
Chico Buarque Já com tudo dentro Refrão

Vejamos as diferenças Composição: Chico Buarque Chave, caderneta


Terço e patuá Chega estampado
Quando, seu moço Um lenço e uma penca Manchete, retrato
Nasceu meu rebento De documentos Com venda nos olhos
Não era o momento Prá finalmente Legenda e as iniciais
Dele rebentar Eu me identificar Eu não entendo essa gente
Já foi nascendo Olha aí! Seu moço!
Com cara de fome Refrão Fazendo alvoroço demais
E eu não tinha nem nome Chega no morro O guri no mato
Prá lhe dar Com carregamento Acho que tá rindo
Como fui levando Pulseira, cimento Acho que tá lindo
Não sei lhe explicar Relógio, pneu, gravador De papo pro ar
Fui assim levando Rezo até ele chegar Desde o começo eu não disse
Ele a me levar Cá no alto Seu moço!
E na sua meninice Essa onda de assaltos Ele disse que chegava lá
Ele um dia me disse Tá um horror Olha aí! Olha aí!
Que chegava lá Eu consolo ele
refrão Ele me consola Olha aí!
Chega suado Boto ele no colo Ai o meu guri, olha aí
E veloz do batente Prá ele me ninar Olha aí!
Traz sempre um presente De repente acordo E o meu guri!...(3x)
Prá me encabular Olho pro lado
Tanta corrente de ouro E o danado já foi trabalhar
Seu moço! Olha aí!
Que haja pescoço
Prá enfiar
Dissertação

neste tipo prevalece a defesa de uma idéia central, de


um ponto de vista sustentado por argumentos de
comprovação: comparações, dados, fatos, citações. Tais
argumentos reforçam a veracidade da tese
apresentada. Como a descrição, tem-se um tempo
estático.
Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado
com as exigências de identidade civil a que nós nos submetemos
com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar,
4 ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade.
Quando arranjarem seu primeiro emprego, junto com sua carteira
Texto dissertativo
de trabalho, receberão um número de inscrição que passará a
7 acompanhar seu nome. Um dia chegará em que todos os cidadãos
terão seu número de registro: esta é a meta dos serviços de
identidade. Nossa personalidade civil já se exprime com maior
10 precisão mediante nossas coordenadas de nascimento do que
mediante nosso sobrenome. Este, com o tempo, poderia muito
bem não desaparecer, mas ficar reservado à vida particular,
13 enquanto um número de identidade, em que a data de nascimento
seria um dos elementos, o substituiria para uso civil. O nome
pertence ao mundo da fantasia, enquanto o sobrenome pertence ao
16 mundo da tradição. A idade, quantidade legalmente mensurável
com uma precisão quase de horas, é produto de um outro mundo,
o da exatidão e do número. Hoje, nossos hábitos de identidade
19 civil estão ligados, ao mesmo tempo, a esses três mundos.
Philippe Ariès. História social da criança e da família.
Dora Flaksman (Trad.), p. 1-2 (com adaptações).
Orientações Importantes Sobre a
Compreensão e Interpretação de Texto
ARGUMENTAÇÃO

A argumentação não é exclusividade de um texto dissertativo, pode aparecer também


em textos narrativos e descritivos. É um recurso utilizado para defesa de uma tese, um
ponto de vista acerca de uma proposta temática.

O texto, portanto, em que identificamos:

ASSUNTO - linha geral


TEMA - afunilamento da análise
TESE – posicionamento do autor
ARGUMENTOS – comprovaçoes para a tese

Argumentar não significa impor algo a alguém, mas tentar conseguir a adesão do outro
legitimando uma posição através de uma análise convincente, bem fundamentada.

A argumentação também difere da persuasão que, em lugar da racionalidade


argumentativa, apela para a afetividade, para a impulsividade, para o imediatismo. A
persuasão é própria da maioria dos discursos publicitários e dos discursos políticos
não-sinceros. Observe o porquê.
Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente velhos que os
das metrópoles. Não se trata da idade real de uns e outros, que pode até ser a mesma,
mas dos tempos distintos que eles parecem habitar. Na agitação dos grandes centros,
até mesmo a velhice parece ainda estar integrada na correria; os velhos guardam
alguma ansiedade no olhar, nos modos, na lentidão aflita de quem se sente fora do
compasso. Na calmaria das cidades pequeninas, é como se a velhice de cada um
reafirmasse a que vem das montanhas e dos horizontes, velhice quase eterna, pousada
no tempo.
Vejam-se as roupas dos velhinhos interioranos: aquele chapéu de feltro manchado,
aquelas largas calças de brim cáqui, incontavelmente lavadas, aquele puído dos punhos
de camisas já sem cor − tudo combina admiravelmente com a enorme jaqueira do
quintal, com a generosa figueira da praça, com as teias no campanário da igreja. E os
hábitos? Pica-se o fumo de corda, lentamente, com um canivete herdado do século
passado, enquanto a conversa mole se desenrola sem pressa e sem destino.
Na cidade grande, há um quadro que se repete mil vezes ao dia, e que talvez já diga
tudo: o velhinho, no cruzamento perigoso, decide-se, enfim, a atravessar a avenida, e o
faz com aflição, um braço estendido em sinal de pare aos motoristas apressados,
enquanto amiúda o que pode o próprio passo. Parece suplicar ao tempo que diminua seu
ritmo, que lhe dê a oportunidade de contemplar mais demoradamente os ponteiros
invisíveis dos dias passados, e de sondar com calma, nas nuvens mais altas, o sentido de
sua própria história.
Há, pois, velhices e velhices − até que chegue o dia em que ninguém mais tenha tempo
para de fato envelhecer.
Celso de Oliveira
1) A frase "Os velhos das cidadezinhas do interior parecem muito mais plenamente
velhos que os das metrópoles" constitui uma

a. impressão que o autor sustenta ao longo do texto, por meio de comparações.

b. impressão passageira, que o autor relativiza ao longo do texto.

c. falsa hipótese, que a argumentação do autor demolirá.

d. previsão feita pelo autor, a partir de observações feitas nas grandes e nas pequenas
cidades.

e. opinião do autor, para quem a velhice é mais opressiva nas cidadezinhas que nas
metrópoles.

________________________________________________________________
3) Indique a afirmação INCORRETA em relação ao texto.

a. Roupas, canivetes, árvores e campanário são aqui utilizados como


marcas da velhice.
b. O autor julga que, nas cidadezinhas interioranas, a vida é bem mais
longa que nos grandes centros.
c . Hábitos como o de picar fumo de corda denotam relações com o
tempo que já não existem nas metrópoles.
d. O que um velhinho da cidade grande parece suplicar é que lhe seja
concedido um ritmo de vida compatível com sua idade.
e. O autor sugere que, nas cidadezinhas interioranas, a velhice parece
harmonizar-se com a própria natureza.
Coesão
Instrumentos de coesão
Processos antonímicos e
sinonímicas
• Nos contrastes dissertativos:

“O ser humano, historicamente,


apresenta a dualidade das emoções
humanas: a incrível capacidade de
amar e de odiar. Com essas emoções
dicotômicas entre a riqueza e
pobreza do ser, estamos todos nós.”
RELAÇÕES SEMÂNTICAS

Hierarquia

Hiponímia Hiperonímia

Idéia de conjunto

Morte e vida Severina demonstra bem um


país de vida sofrida e desumana.
Sábado, Novembro 15, 2008
O Big Brother do vício

Um programa mostra o difícil trabalho dos


interventores – terapeutas que confrontam quem
tem problemas com álcool, drogas ou jogos
Marcelo Marthe

Atração do canal pago A&E, o reality show americano Intervenção oferece uma
visão da luta contra o vício. A cada episódio, aborda-se um drama real. A
pessoa é informada de que uma equipe de TV vai à sua casa para gravar sua
participação num documentário sobre o tema. Na verdade, o programa foi
contatado por parentes e amigos que buscam uma forma de arrancar o doente
do vício.
Invariavelmente, a situação é desesperadora. As pessoas estão a tal ponto
enredadas que não se contêm nem diante das câmeras, nos cinco dias em que
seus passos são acompanhados. Uma violinista adolescente consome
speedball, mistura de heroína e cocaína, enquanto coça as erupções
purulentas provocadas pela substância em sua pele. Um lenhador usa uma
droga não menos destrutiva, a metanfetamina – e arrisca a própria pele
derrubando imensos pinheiros, totalmente fora de si. O clímax de cada episódio
é a "intervenção". A pessoa é confrontada pela família e por um terapeuta,
empenhados em convencê-la a se internar numa clínica.
Coerência
• A coerência ou conectividade conceitual - relação que se estabelece
entre as partes de um texto, criando uma unidade de sentido.
• Está, pois, ligada à compreensão, à possibilidade de interpretação
daquilo que se diz, escreve, ouve, vê, desenha,
• Caracteriza-se, portanto, por uma interdependência semântica entre
os elementos constituintes de um texto.
• Resultado de processos mentais de apropriação do real e da
configuração dos esquemas cognitivos que definem o nosso saber
sobre o mundo.

Coerência semântica
Refere-se à relação entre os significados dos elementos das frases em
seqüência; a incoerência aparece quando esses sentidos não
combinam ou quando são contraditórios.

Fome, problema universal a que por direito todo indivíduo deve ter
acesso.

 A inadequação, parece-nos, se deve ao fato de não ficar claro qual é o


antecedente do pronome que.
COERÊNCIA SINTÁTICA

Refere-se aos meios sintáticos usados para expressar a


coerência semântica: conectivos, pronomes etc.

As pessoas que têm possibilidades procuram mesmo o ensino


particular. Onde há métodos, equipamentos e até
profissionais melhores.
Coerência Pragmática

• A: Você pode me dizer onde fica a direção para felicidade?


B: Somente uma pessoa iluminada conseguirá.
Coesão, coerência e interpretação
em concursos
1. TRE-RN - Analista Judiciário - Análise de SistemJulho/2005

Atente para as frases abaixo:

I. Quando criança assistia a documentários sobre a vida selvagem.


II. Tais documentários me irritavam.
III. Nesses documentários exibiam-se cenas de extrema violência.

Essas frases estão articuladas de modo correto, claro e coerente no seguinte período:

A) Irritavam-me aqueles documentários sobre a vida selvagem que assisti quando


criança, nos quais continham cenas que exibiam extrema violência.
B) Naqueles documentários sobre a vida selvagem, a que quando criança assistia, me
irritava, conquanto exibissem cenas de extrema violência.
C) Uma vez que exibiam cenas de extrema violência, irritava-me com aqueles
documentários sobre a vida selvagem, assistidos quando criança.
D) As cenas de extrema violência me irritavam, quando criança, por assistir tais
documentários sobre a vida selvagem, em que eram exibidas.
E) Os documentários sobre a vida selvagem, a que assistia quando era criança,
irritavam-me porque neles eram exibidas cenas de extrema violência.
Câmara dos Deputados – concurso 2002 – CESPE (Analista Legislativo)

1 Não é fácil fazer um balanço sintético e objetivo da


“era desenvolvimentista” (1937-1990). Foram 29 anos de
regime autoritário, e durante essas cinco décadas, apesar do
4 crescimento da economia, a desigualdade na distribuição da
riqueza e da renda aumentou de forma quase contínua. Na
maior parte desse tempo, predominou um projeto
7 hegemonizado pelas forças conservadoras, sustentando-se
em uma coalizão extremamente heterogênea e arbitrada pelo
poder militar. Mas nesse período e sob essas condições, a
10 ação conjunta dos capitais estatais, associada aos capitais
privados estrangeiros e nacionais, construiu uma economia
industrial diversificada e relativamente integrada.
José Luís Fiori. 60 lições dos 90, uma década de neoliberalismo.
Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2001, p. 191 (com adaptações).

Os elementos: “29 anos” (R.2), “essas cinco décadas” (R.3), “maior parte desse tempo”
(R.6) e “nesse período” (R.9) constituem uma cadeia anafórica referente a “era
desenvolvimentista” (R.2).
A DISSERTAÇÃO

Escrever é um desafio?

DISSERTAR: DEFENDER UMA IDÉIA


 Exposição de opiniões a respeito de um
DISSERTAÇÃO determinado assunto.

 Discutir idéias, analisá-las e apresentar


provas que justifiquem e convençam o
leitor da validade do ponto de vista de
quem as defende.

 Analisar de maneira crítica situações


diversas, questionando a realidade e
apresentando nosso posicionamento diante
dela.
DISSERTAÇÃO
A DISSERTAÇÃO, POR ISSO, PRESSUPÕE:

- Exame crítico do assunto sobre o


qual se vai escrever;

- Raciocínio Lógico;

- Clareza, coerência e objetividade


na exposição.
A estrutura dissertativa
argumentativa

introdução

Divisão 1 Divisão 2 Divisão x...

Parágrafo 1 de Parágrafo 2 de Parágrafo x... de


desenvolvimento desenvolvimento desenvolvimento

CONCLUSÃO
ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO
INTRODUÇÃO - DESENVOLVIMENTO - CONCLUSÃO

INTRODUÇÃO

Apresentação do assunto.

O parágrafo introdutório caracteriza-se por


apresentar uma idéia-núcleo por meio de
uma afirmação, interrogação, definição,
citação etc., combinados ou não entre si.
DESENVOLVIMENTO

Parágrafo de desenvolvmento

Comprovação Argumentação
Tópico frasal
do tópico frasal Do tópico frasal
Análise crítica da idéia central.
DESENVOLVIMENTO
Pode ocupar vários parágrafos em que se expõem
juízos, raciocínios, provas, exemplos, testemunhos
históricos e justificativas que argumentem a idéia
central proposta no primeiro parágrafo.
Para desenvolver o assunto de uma dissertação,
podemos utilizar os seguintes recursos:

a) citações
b) dados estatísticos
c) justificativas
d) exemplos
e) Comparações geográficas e históricas
CONCLUSÃO

Conclusão

(re)afirmação Fechamento
Da tese Do texto
Ponto de chegada da discussão, a parte final do texto,
CONCLUSÃO quando se condensa o conteúdo desenvolvido, reafirma-
se o posicionamento exposto na tese ou lança-se
perspectiva sobre o assunto.

ALGUMAS POSSIBILIDADES PARA CONCLUSÃO:

 Síntese: um resumo sobre o que fora


apresentado;
 Constatação: apresenta-se uma constatação
acerca do que fora discorrido;
 Solução: a mais comum, oferta-se uma solução
para o problema;
Por muito tempo a distinção homem/mulher foi
evidente. A sociedade formou-se machista e tratou de
atribuir papéis e funções bem definidas aos diferentes
sexos. No mundo contemporâneo, no entanto, com os
adventos do capitalismo e a condição plural própria da
sociedade brasileira, antigos paradigmas foram
desconstruídos e a linha entre o feminino e o masculino
tornou-se cada vez mais tênue.
A fronteira que sempre distinguiu os sexos apoiava-se em costumes e
padrões historicamente impostos e cultivados pela sociedade. As escolhas só
eram possíveis, portanto, quando de acordo com tais padrões, e as
oportunidades de cada indivíduo dependiam diretamente do seu sexo. Hoje,
porém, após décadas de luta feminina por respeito e igualdade de
oportunidades, a relação homem/mulher já não é a mesma - ocupam os
mesmos cargos, vestem-se de forma semelhante e freqüentam os mesmos
ambientes. Assim, como conseqüência também do sistema capitalista, a
distinção entre os sexos não se mostra mais tão relevante, uma vez que a
ascensão social passa a depender, essencialmente, da competência e posição
econômica.
A revisão e reconstrução de tais paradigmas na sociedade não foi, no entanto,
absoluta. O mundo contemporâneo preserva, ainda, valores e distinções machistas que
se fazem presentes no inconsciente coletivo. A imagem de mulher-objeto, dependente e
subjugada às vontades do homem, é percebida em propagandas, programas televisivos
ou conversas informais, refletindo, desse modo, na imagem que a mulher tem de si
mesma e inibindo a expressão pura de sua feminilidade.
A ascensão da mulher no cenário social, porém, apesar de tais resquícios
machistas e discriminatórios, é nítida. O antigo "sexo frágil" mostra-se extremamente
forte na luta diária pelo reconhecimento: mulheres sustentam famílias inteiras,
comandam grandes empresas e assumem cargos de presidência da República, a
exemplo do Chile e Argentina. Assim, tamanha mudança de costumes mostra-se reflexo
do surgimento de uma nova feminilidade, com ânsias de ser dona de si, conhecer-se,
vencer barreiras e conquistar o mundo.
A relação homem/mulher, hoje, portanto, assume características bem
distintas daquelas existentes há algumas décadas. Tamanha aproximação
entre os sexos, fruto, sobretudo, da luta feminina, desconstruiu paradigmas e
formatou a sociedade plural e capitalista brasileira contemporânea. Desse
modo, os limites entre o feminino e o masculino tornaram-se incertos e os
sexos, embora nunca se igualem, começam a interagir em um mesmo
patamar.
Coesão X coerência X idéia chave
Como um texto conquista pontuação máxima?

Elementos para uma boa nota:


Legibilidade
Progressão
Consistência
Coerência
Coesão
Correção gramatical
Características para uma boa dissertação:

Um bom texto constitui-se de uma seqüência de


idéias argumentadas e harmonizadas entre si
destinadas a um interlocutor real ou virtual.

Para se redigir um texto dissertativo, são indispensáveis:

1. UNIDADE e PROGRESSÃO
• As idéias que lhe são pertinentes devem suceder-se em
ordem seqüente e lógica, completando e enriquecendo a idéia-
núcleo expressa na tese.
• Não deve haver redundância nem pormenores
desnecessários.
• O texto deve desenvolver-se em torno do eixo temático.
2. COESÃO:

Distribuição organizada do conteúdo pelos parágrafos e


uma clara articulação entre as partes por meio do uso
apropriado de recursos coesivos como a
pronominalização, a elipse, a sinonímia, os conectivos.

3. COERÊNCIA:

Deve haver associação e correlação das idéias na


construção dos períodos e na passagem de um parágrafo
a outro.
Os elementos de ligação são indispensáveis para entrosar
orações, períodos e parágrafos, logo, se não há coesão,
não há coerência.
4. CRITICIDADE:
Exame e discussão crítica do assunto, por
meio de argumentos convincentes, gerados
pelo acervo de conhecimentos pessoais.

5. CLAREZA DE IDÉIAS:
• É um processo de análise e síntese.

• Vocabulário preciso e coerente às idéias expostas.

• O aprimoramento da linguagem e a diversidade


são fundamentais para adequar idéias e palavras.
• É obrigatório o uso da língua padrão culta.
Título
 A redação só deve ser intitulada depois de
concluída.

 Não há necessidade de sublinhar o título


ou de colocá-lo entre aspas.

 Só coloque pontuação, se houver verbo.


Estrutura dissertativa baseada em
esquemas

O PARÁGRAFO: um mini-texto

PERGUNTA + RESPOSTA + EXEMPLIFICAÇÃO + PRÉ-CONCLUSÃO

AFIRMAÇÃO + JUSTIFICATIVA + EXEMPLIFICAÇÀO + PRÉ–CONCLUSÃO

AFIRMAÇÃO + DESCRIÇÃO + JUSTIFICATIVA + PRÉ-CONCLUSÃO

PERGUNTA + RESPOSTA + JUSTIFICATIVA + PRÉ-CONCLUSÃO


Aqui jaz um século
semiótico e despótico,
que se pensou dialético,
e foi patético e aidético.
Um século que decretou
a morte de Deus,
a morte da história,
a morte do homem,
em que se pisou na lua
e se morreu de fome.

Affonso Romano de Sant’Anna

O fragmento faz referências a acontecimentos que marcaram o século


passado. A partir das idéias nele presentes, elabore um texto dissertativo,
ratificando-as ou negando-as e evidenciando, inclusive, suas expectativas
para o século atual, tendo em vista que o homem é racional e seu
comportamento, mutável.
O pior já passou, diriam alguns.
Sobrevivemos aos anos mais conturbados da
história humana: Duas Grandes Guerras
Mundiais, epidemias, armas de destruição
em massa, cataclismos econômicos,
governos totalitários e fome.
Desconstruímos ídolos e mitos que se
pensavam eternos. Ficamos sós no universo.
Estrutura baseada em esquemas
O TEXTO
MÉTODOS DE ABORDAGEM PARA O DESENVOLVIMENTO

Causa X Conseqüência
Tese X Antítese
Vantagens X Desvantagens
Generalização X Especificação

Procure fazer uma análise prévia do


tema e definir a melhor estruturação
argumentativa.
TÉCNICAS PARA ELABORAR UMA
DISSERTAÇÃO

Esquema básico da dissertação


Tema: No verão, os habitantes de Florianópolis
passam por diversos problemas.

POR QUÊ?
1. O trânsito para as praias fica congestionado.
2. Há constante falta d’água.
3. Muitos turistas comportam-se de maneira
inadequada.
As relações de Causa e Conseqüência
Constatamos que, no município de Salvador, existe um grande movimento
migratório que se desloca de diversos locais da Bahia.

POR QUÊ?

Causa: Muitas cidades não oferecem mais empregos para seus


moradores, dificultando, desse modo a sua permanência nelas.

O QUE ACONTECE EM RAZÃO DISSO?

Conseqüência: Salvador encontra-se despreparada para absorver


esses migrantes e oferecer-lhes a condiçao de vida esperada.
A ABORDAGEM DE TEMAS POLÊMICOS

Tema: Existem discussões que divergem com relação à


legalização das drogas no país.

Aspecto favorável:
Com a legalização haverá pagamento de impostos.

Aspecto contrário:
O vício é uma ameaça à estrutura familiar e social.
A retrospectiva histórica

Tema: Vivemos atualmente a era da comunicação e recebemos


todos os dias informações sobre os mais diferentes pontos da
Terra, que nos chegam com a rapidez e eficiência dos veículos
eletrônicos do mundo contemporâneo.

Retrospectiva:

Época mais distante.


Época mais próxima.
Época atual.
A LOCALIZAÇÃO ESPACIAL
Tema: Não raro tomamos conhecimento, pelos meios de
comunicação, do desejo de promover o diálogo Norte-Sul,
para tentar buscar uma nova ordem nas relações
econômicas entre os países desses dois hemisférios.

REGIÃO GEOGRÁFICA 1

REGIÃO GEOGRÁFICA 2
A complexidade Humana
Muitos especialistas estudaram a mente humana, mas quais
tiveram resultado perfeito? O homem é um ser muito
complexo: suas atitudes e seus sentimentos surpreendem a
ele próprio. O ser humano tem posicionamentos tão
contraditórios que seria difícil dizer quais os sentimentos que
levam o homem antes considerado herói a tornar-se vilão ou
vice- versa.
O nosso mundo gira em torno do indivíduo e há muitos anos
estudiosos buscam explicações para entender o lado mau e
bom do homem. Os teólogos explicam que a maldade
humana teve início quando o homem comeu do fruto
proibido, passando, assim a diferenciar o bem do mal. Depois
desse acontecimento, da descoberta, houve o primeiro
assassinato, entre irmãos. Esse fato submete o homem a
novos desejos e vontades que antes não existia.
Por outro lado, a psicologia estuda o homem considerando seu
passado, momentos marcantes de que explicaria seus sentimentos e
suas atitudes sejam elas boas ou más. Porém a maioria das pessoas
não tem consciência da sua complexidade e deixa seus impulsos
agirem por elas. No Congo, país da áfrica, por exemplo, retrata muito
bem o que a maldade humana é capaz. Neste país 90% das mulheres
e crianças já foram torturadas, estupradas e algumas delas tiveram
suas genitálias cortadas e baleadas. É inexplicável, mas existem
sentimentos de amor e ódio, carinho e desprezo, alegria e tristeza
todos em um só homem.

Deparamo-nos com uma sociedade onde não podemos saber quais


dessas predominam. Diante dos estudos crença e ciência, apesar da
visão distinta, lança-nos há algo em comum entre elas: ambas
buscam que homem tenha consciência da maldade que existe dentro
de si e trabalhe com esse sentimento de maneira tal que o bem
possa prevalecer.
regente regido regente regidoente regido regente regido regente regido
regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido

regente regido regente regido regente regido regente regido regente


REGÊNCIA
É a relação sintática que se estabelece entre um termo
regente ou subordinante (que exige outro) e o termo regido
ou subordinado (termo regido pelo primeiro).
A regência pode ser: verbal ou nominal.

regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido
regente regido regente regidoente regido regente regido regente regido
regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido

regente regido regente regido regente regido regente regido regente


ALGUNS VERBOS
• Aspirar: cheirar/respirar é VTD → Aspiramos o ar poluído do progresso.
pretender/ambicionar é VTI → O candidato aspira, há muito, a um cargo.

• Assistir: ver, presenciar, estar presente é VTI → Assistimos à novela dos mutantes.
auxiliar, prestar ajuda ou assistência é VTD→ O atendente assistiu interessado.
caber, pertencer, estar do lado de é VTI → O código assiste ao consumidor.morar,
residir é VI → Assistimos numa cidade bastante violenta.

• Atender : deferir é VTD → O governador atendeu a solicitação dos estudantes.


nos demais sentidos, é VTI → Atenderemos às solicitações dos candidatos.

• Proceder: Conduzir-se é VI. → O vereador procedeu conforme estava acostumado.


Ter fundamento é VI → Essa questão não procede.
Provir de é VI. → O produto procede das regiões quentes.
Realizar é VTI → Ele procedeu à chamada dos membros do conselho.

regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido
regente regido regente regidoente regido regente regido regente regido
regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido

regente regido regente regido regente regido regente regido regente


• Visar : Pôr visto ou apontar VTD → O gerente visou o cheque.
Pretender é VTI → Ele visava ao cargo de diretor.

• Esquecer e Lembrar.
Acompanhados de pronomes oblíquos é VTI → Lembrei-me de você.
Desacompanhado de pronome oblíquo é VTD. → Esqueci o dinheiro.

• Obedecer e desobedecer
Ambos são VTI → Os bons filhos obedecem aos pais.

• Chegar Ir e Voltar: Exigem preposição a ou para (no caso dos dois últimos
verbos).
Ele chegou cedo à praia. / Ele foi a Brasília.

• Morar, residir, situar-se, estabelecer-se


a) pedem preposição em → Moro em Salvador.
Residimos em Stella Mares
O edifício situa-se no centro da cidade.
• Preferir
a) É VTDI > Ele prefere o refrigerante ao café.

regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido regente regido
Pagar e perdoar
Não mudam de sentido, mas podem ser transitivos diretos ou
indiretos, dependendo do tipo de objeto que apresentam.

a) São verbos transitivos indiretos (exigem a preposição a) quando o


objeto refere-se a gente, pessoa.
Ex.: Nós pagamos ao cobrador.
Deus perdoa aos homens arrependidos.
b) São verbos transitivos diretos quando o objeto é coisa.
Ex.: Nós pagamos o boleto de cobrança .
Eu jamais perdoaria seus erros.

Observação: Esses dois verbos (pagar e perdoar) podem apresentar,


ao mesmo tempo, objeto direto e indireto.

Ex.: Nós pagamos o devido ao cobrador.


Regência verbal II
01. Leia os períodos e selecione, depois, a
opção correta, quanto a Regência Verbal e
Nominal:
1. O povo assistiu ao jogo? Sim, o povo
assistiu a ele.
2. O professor aspirava o cargo de diretor da
escola.
3. A enfermeira não assistiu o jogo porque
assistia a um doente.
4. Os que vestem roupas delicadas e finas
são os que assistem nos palácios dos reis .

a, b, a, b
Regência verbal e pronomes
oblíquos
Na Chácara do Frade, as pessoas olham os canteiros e percorrem os
canteiros informando-se sobre o que está plantado nos canteiros.
Eliminam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo-se
corretamente os termos sublinhados por:

• A) percorrem eles - lhes está plantado


• B) os percorrem-neles está plantado
• C) percorrem-lhes - neles está plantado
• D) os percorrem - está plantado-lhes
• E) percorrem-lhes - lhes está plantado

Obs: arrancou-lhe suspiros de amor.


Orações integrantes
Nas orações integrantes que
ocupam a posição do objeto
indireto, as preposições são
facultativas.

Gosto de que voce ja para minha


casa
Gosto que voce va para minha
Orações adjetivas
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) O moralizador está carregado de imperfeições de que ele não costuma acusar em si
mesmo.

(B) Um homem moral empenha-se numa conduta cujo o padrão moral ele não costuma
impingir na dos outros.

(C) Os pecados aos quais insiste reincidir o moralizador são os mesmos em que ele
acusa seus semelhantes.

(D) Respeitar um padrão moral das ações é uma qualidade da qual não abrem mão os
homens a quem não se pode acusar de hipócritas.

(E) Quando um moralizador julga os outros segundo um padrão moral de cujo ele
próprio não respeita, demonstra toda a hipocrisia em que é capaz
10) Assinale a alternativa em que há regência INCORRETA.

a) O empenho com que G.M. dedicou-se à sua causa foi reconhecido


por outros, principalmente pelo autor do texto.
b) A crise em que passa a civilização contemporânea é visível em
muitos aspectos, inclusive na relação do homem com a natureza
selvagem.
c) O homem sempre esteve disposto a dialogar com a natureza, mas
esse diálogo nem sempre se deu segundo os mesmos interesses
ao longo dos séculos.
d) Muitos consideram ofensivo à natureza considerá-la como algo à
disposição das necessidades humanas.
e) Acompanhar a relação do ser humano com o campo através dos
séculos propicia ao estudioso observar situações de que o homem
nem sempre pode orgulhar-se.
Concordância Verbal I
Concordância dos verbos Impessoais

a) Verbo Haver

É impessoal quando empregado com o sentido de “existir” ou “acontecer”.

Ex.1: Havia muitos alunos na sala de aula.

Não é sujeito, Em locuções verbais, o verbo


3ª pessoa do haver transmite a impessoalidade
singular é objeto direto
para o outro verbo (verbo auxiliar),
que também fica no singular.

Ex.2: Aqui nunca houve brigas antes. Ex.: Deve haver vinte pessoas na
sala.

3ª pessoa do Não é sujeito,


singular é objeto
direto
OBSERVAÇÕES:

O verbo haver com sentido de existir é impessoal, entretanto o verbo


existir, não é impessoal, ele concorda normalmente com o sujeito ao
qual se refere.
Ex.: Antigamente havia poucas escolas particulares.

3ª pessoa do Não é sujeito,


singular é objeto direto

Antigamente existiam poucas escolas particulares.

3ª pessoa do sujeito plural


plural
Antigamente deviam existir poucas escolas particulares.

3ª pessoa do plural sujeito plural


b) Verbo Fazer

O verbo fazer é impessoal quando empregado na indicação de tempo transcorrido


(ou a transcorrer). Nesses casos, como ele não tem sujeito fica na 3ª pessoa do
singular.

Ex.: Já faz muitos anos que não a vejo.

3ª pessoa do Não é sujeito,


singular é objeto direto

OBSERVAÇÃO:

Nas locuções verbais, o verbo fazer, como todo verbo impessoal, transmite o
singular para o auxiliar.

Ex.: Já deve fazer muitos anos que não a vejo.

3ª pessoa do Não é sujeito,


singular é objeto direto.
C) VERBO SER INDICANDO HORAS E DISTÂNCIA

Quando indicar horas, distância e datas, o verbo ser concordará com


o predicativo. Nesse caso ele é impessoal, ou seja, não apresenta
sujeito.
Ex.: É uma hora.
São três horas.

Daqui até a fazenda é um quilômetro.

Daqui até o sítio são dez quilômetros.

Observação:

Nas indicações referentes a dia do mês, o verbo admite duas


construções.
Ex.: Hoje é (dia) dez de julho.
Hoje são dez (dias) de julho.
CONCORDÂNCIA DO VERBO SER

O verbo Ser pode, às vezes, concordar com o sujeito da oração e, às


vezes, com o predicativo.

a) Quando o sujeito e o predicativo são nomes de coisas

O verbo ser pode concordar com o sujeito ou com o predicativo, indiferentemente.


Essa dupla possibilidade permite ao falante estabelecer a concordância com o
elemento ao qual pretenda dar maior destaque.

Ex.: Nossas vidas eram uma verdadeira festa.

sujeito plural Verbo no plural predicativo


concordando com singular
o sujeito

Nossas vidas era uma verdadeira festa.


B) QUANDO O SUJEITO E O PREDICATIVO DESIGNAM COISAS E
PESSOAS

Nesse caso, a concordância é feita obrigatoriamente com a palavra que designa


pessoa.

Ex.: Os amigos eram sua grande alegria.


predicativo no singular
sujeito verbo na 3ª pessoa
plural do
plural,concordando
com o sujeito
O problema da empresa são os funcionários desmotivados.
Verbo + pronome se

1. Os verbos transitivos diretos ou os transitivos diretos e indiretos, quando


apassivados pelo pronome SE, concordam com o sujeito.

pronome apassivador – o.d


Ex.: Vendem-se carros e terrenos a prazo.

verbo transitivo sujeito no plural


direto

Observe que, se passarmos essa frase para a voz passiva analítica, a


concordância do verbo com o sujeito ficará bem clara, veja:

Carros e terrenos são vendidos a prazo.

Sujeito no plural Verbo na 3ª pessoa


do plural
2. Os demais verbos – de ligação, intransitivo e transitivo
indireto – , quando seguidos do pronome se (índice de
indeterminação do sujeito), ficam na 3ª pessoa do singular.

índice de indeterminação do sujeito

Ex.: Precisa-se de serventes de pedreiro.

Verbo transitivo objeto indireto


indireto
c) Pronomes de tratamento

Quando o sujeito é representado por pronome de tratamento (Vossa Senhoria,


Vossa Excelência, Vossa Majestade etc.), o verbo fica na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Vossa Excelência enganou seus eleitores.

Sujeito é pronome de verbo na 3ª pessoa


tratamento do singular

Ex.: Vossa Senhoria quis assim.

Sujeito – pronome verbo na 3ª pessoa


de tratamento do singular
Concordância Verbal II
d) Pronomes relativos que e quem
 Relativo que – o verbo concorda com o antecedente desse pronome.

Ex.: Foram os professores que pediram as explicações.

antecedente

 Relativo quem – o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou


concordar com o termo antecedente.

Ex.: Foram os funcionários quem reivindicaram o aumento.

Ex.: Foram os funcionários quem reivindicou o aumento.


e) O sujeito é um substantivo coletivo

Quando o sujeito for representado por um substantivo coletivo, o verbo


ficará na 3ª pessoa do singular.

Ex.: A torcida invadiu o campo e agrediu o juiz.

Observação: Quando o sujeito coletivo estiver acompanhado de adjunto


ou distante do verbo, admite-se o verbo no plural.

Ex.: O grupo de estudantes gritava (ou gritavam) palavras de ordem.

O elenco se reuniu e, depois de quinze minutos de discussão, resolveram


(ou resolveu) continuar o espetáculo.
Concordância do verbo com o sujeito composto

I. Quando o sujeito composto estiver posicionado antes do verbo , este


ficará no plural.

Ex.: O ônibus e o caminhão deslizaram na pista.


Sujeito composto é
aquele que apresenta
sujeito composto antes verbo no plural dois ou mais núcleos.
do verbo

Observação: O verbo pode ficar no singular principalmente em


dois casos: quando os núcleos são sinônimos e quando formam
uma enumeração gradativa.

Ex .1: A paz e a tranqüilidade reinava (reinavam) naquele lugar.

Ex.2: A angústia, a inquietação, o desespero o dominou (dominaram).


II. Quando o sujeito composto estiver depois do verbo, este poderá
concordar com o mais próximo ou ficará no plural.

Ex.: Foi ao parque de diversão o filho, a mãe e o pai.

Verbo na 3ª pessoa sujeito composto


do singular, concordando depois do verbo
com o filho

Foram ao parque de diversão o filho, a mãe e o pai.

verbo na 3ª pessoa sujeito composto


do plural depois do verbo
III. Quando o verbo for constituído por pessoas gramaticais diferentes,
ele ficará no plural.

 Se a 1ª pessoa (eu, nós) faz parte do sujeito, o verbo ficará na 1ª


pessoa do plural (nós).

Ex.: Você, sua prima e eu iremos ao mercado.

sujeito formado por verbo na 1ª pessoa


pessoas gramaticais do plural (nós)
diferentes, com a
presença
da 1ª pessoa (eu)
 Se a 1ª pessoa (eu, nós) não faz parte do sujeito, o verbo ficará na 2ª
pessoa do plural (vós) ou na 3ª pessoa do plural (vocês).

Ex.: Tu e teu amigo ficareis aqui em casa.


Tu e teu amigo ficarão aqui em casa.
1. (SFE-MG) Assinale a frase errada .
quanto à concordância verbal: c) Hoje não só o grupo dos ecologistas
carrega a bandeira ambientalista, mas
a) Compraram-se várias utilidades
também aqueles empresários que
b) Precisa-se de outras contribuições
centram seus objetivos no uso
c) Vai fazer três horas que estamos aqui.
racional dos recursos naturais.
d) Já fazem duas semanas que saíram.
3. (SRF) Assinale o período que D) Os Estados Unidos são o país mais
apresenta erro de concordância rico e poluidor do mundo, entretanto
verbal: não defendem a tese do
a) As relações dos ecologistas com uma "desenvolvimento sustentável", a
grande empresa QUE desrespeitava as exemplo de muitas nações ricas.
normas de preservação ambiental
começa a melhorar, para o benefício da E) É preciso ver que águas
humanidade. contaminadas, ar carregado de
b) Até 1995, 50% de recursos energéticos poluentes e florestas devastadas
e de matéria-prima serão exigem o manejo correto da natureza,
economizados por uma empresa que num país povoado de miseráveis.
pretende investir 160 milhões de
dólares num projeto
Pontuação
USO DA VÍRGULA EM PORTUGUÊS

NÃO há necessidade de vírgula na oração em ordem direta:

Sujeito Predicado Adjunto adverbial

1°.) A escola doou seus livros para os alunos.


2°.) Ela doou livros / às crianças carentes ontem.
1o.) Vírgula na separação das orações (antes do conector):
Estudou, mas não foi o suficiente.
a) Não existe vírgula diante das conjunções “ou”, “e”:
b) Chove ou faz sol”. – Diferente de “Ou chove, ou faz sol”.
“Estuda ou trabalha?” “Pedro estuda e trabalha!”

No entanto, haverá vírgula diante de “e” quando cada uma das orações tiver um
sujeito diferente: “Fernanda dança, e Maria faz esportes”. (sujeitos: Fernanda e
Maria) ou quando equivaler a uma oração adversativa: Gosto de ballet, e faço jazz.
3o.) Duas vírgulas “isolam” palavras ou
expressões (até orações) introduzidas com
o objetivo de retificar, explicar ou enfatizar
determinado assunto – haverá uma vírgula
antes do termo isolado e haverá uma
depois...:

I – Para isolar expressões explicativas ou


retificativas:
Hoje são vinte e quatro, aliás (digo, ou
melhor...), quatorze de Dezembro de 2008.
Moisés é italiano, isto é (ou seja), nasceu
na Itália, mas tem alma brasileira.
Ele, por exemplo, é um dos representantes
mais significativos para a nossa
diversidade cultural.
II – Para isolar aposto e vocativo:
Mariana, acadêmica de Direito (aposto), foi aprovada em
concurso público.
Venha, Fabiana (vocativo), participar de novos concursos.
“Iracema, a virgem dos lábios de mel (aposto), tinha os cabelos
mais negros que a asa da graúna.”(José de Alencar)
III – Na separação de adjuntos adverbiais
ou predicativos mais extensos deslocados,
a vírgula é optativa:

Obs.: os advérbios, quando em locuções


com mais de três palavras, terá obrigatória
a vírgula.

O avião, naquela mesma tarde (adverbial),


rumou para a Itália.

A menina, muito desiludida (predicativo),


segue com sua vida.
(Em ordem direta: A menina segue com
sua vida (e está) muito desiludida.)
As vírgulas podem isolar expressões mais extensas deslocadas, orações ou
até frases.

“O time, embora tenha vencido o último jogo, continua na segunda divisão”.


(As vírgulas indicam o lugar em que se introduziu a oração sublinhada, uma estrutura
“intrometida” que rompe com a seqüência lógica da frase.)

EM ORDEM DIRETA SERIA ASSIM:

“O time continua na segunda divisão, embora tenha vencido o último jogo”.

5o. Naturalmente, há vírgula nestes casos convencionais:

5.1) Separando a localidade da data:


Canoas, 10 de março de 2009

5.2) Nos endereços – após o nome da rua ou avenida do número:


Avenida Artur Azevedo Machado, 2315
I - Vírgula proibitiva.

a) entre o sujeito e o verbo:


Novos membros do conselho participaram da confraternização.

b) separando o verbo do objeto direto ou indireto (complementos


– embora deslocados):
Para as aniversariantes queridas deram um lindo presente os
convidados.
(objeto indireto) (VTDI) (objeto direto) (sujeito)

c) diante das orações subordinadas substantivas (= “isto”):


A mãe não me revelou quem saiu (=isto).
PONTO--E-VÍRGULA
PONTO

a) para separar, numa série, itens que já têm vírgulas:


• criança, foi um menino turbulento; adulto, era um moço
alegre; idoso, tornara-se um macambúzio.

b) para separar orações ligadas por conjunção


conclusiva:
Fernando dirigiu apenas um carro na vida; portanto não é um motorista que conheça outros
modelos de modo tao detalhado.

c) para separar orações ligadas por conjunção coordenativa


deslocada:
 Ficarei com a casa; não posso, porém, pagá-la à vista.
• PONTO-FINAL

Será utilizado quando houver a finalização de um assunto ou


mudança de perspectiva, além de ser colocado em abreviaturas.
Acordei, fiz a cama e fui trabalhar, pensando que o mundo está
repleto de magia e encanto.
Quando cheguei ao trabalho, o meu chefe me demitiu sem
justa causa.
Pág.
• PONTO-DE-INTERROGAÇÃO

Coloca-se nas interrogações diretas. Em alguns momentos indicaram


surpresa, indignação ou expectativa, funcionando como uma partícula
exclamativa: Exemplos: Onde está a caneta de Eduardo?
Peste? Deixe-me mostrar quem é a peste. (Monteiro Lobato)
INDICAM CITAÇÃO DE TERCEIROS OU PRÓPRIA

Chegamos a um questionamento: existe vida inteligente fora do planeta?


Meu tio já dizia: uma coisa é uma coisa; mas duas coisas são duas coisas diferentes.

DISCURSO DIRETO, INDICAR A FALA DE UM PERSONAGEM:

Uma menina pergunta a outra:


- Como é o beijo dele?
- Menina, só você provando.

ANTES DE ENUMERAÇ

Comprarei: tomate, chuchu, margarina e tapioca.

ANTES DE UMA EXPLICAÇÃO OU SEQÜÊNCIA:


DOIS--PONTOS

Não sentia prazer apenas em matar: queria sufocar aos poucos, sentir a vida se esvaindo
lentamente para, somente depois, esmagar a cabeça da barata.
DOIS
ASPAS

VALE SALIENTAR:

1. As aspas em estrangeirismos;
2. Para enfatizar uma expressão no texto, em valor conotativo;
3. Em caso de algum neologismo;
4. Em situações de IRONIA textual;
5. Nas citações de autoria alheia ao texto.
6. (SRF) Assinale a alternativa que apresenta o emprego correto dos sinais de
pontuação.

Na Suíça, delegados de 103 países, grande parte deles com suas vestes
africanas, determinaram a proibição total da caça aos elefantes.

Na Suíça, delegados de 103 países, grande parte deles com suas vestes
africanas, determinaram, a proibição total da caça aos elefantes.

Na Suíça delegados de 103 países, grande parte deles com suas vestes
africanas determinaram a proibição total, da caça aos elefantes.

Na Suíça, delegados de 103 países, grande parte deles com suas vestes
africanas determinaram a proibição, total da caça aos elefantes.

Na Suíça, delegados de 103 países grande parte deles com suas vestes
africanas determinaram, a proibição total da caça aos elefantes.
7. (SRF) Assinale O item que apresenta a pontuação correta:

a) A hospitalidade tem dois aspectos um geral, que se refere à convivência


em sociedade e se confunde com o cerimonial e a etiqueta de cada povo; o
outro, específico, que estabelece relações especiais entre anfitriões e
convidados

b) Baseadas no código de honra do deserto, as relações de hospitalidade


árabe dão ao hóspede direitos exorbitantes.

c) Os poetas árabes, que tanto cantaram as virtudes do perfeito anfitrião não


dizem quase nada, a respeito dos hóspedes.

d) Aquele que recebe a hospitalidade é ao mesmo tempo, um emir, um


prisioneiro, e um poeta dizem os beduínos.

e) A hospitalidade no entanto, não é medida pela abundância da comida, mas


é particularmente, apreciada quando se pratica apesar dos meios limitados.
PARALELISMO SINTÁTICO.

Chamado também de simetria de construção é um importante indicador de


coesão textual, para a construção das idéias do texto, logo tem grande valia
para apresentação da coerência.

Estudar o paralelismo é voltar-se à coordenação, tendo em vista ser este um


processo de interligação de idéias e termos de valores sintáticos iguais.

Para esta coordenação de idéias é prudente atentar-se a uma estrutura


paralela.
OS PARALELISMOS
A função do paralelismo é veicular informações novas através de determinada
estrutura sintática que se repete, fazendo o texto progredir de forma precisa.

Tomemos a seguinte frase:

Tratava-se da conhecida traição de Capitu e da parcimônia de Bentinho.

O conector E soma duas informações vinculadas ao verbo TRATAR


(TRATAVA-SE de)
Temos de verificar se o paralelismo está correto do ponto de vista sintático e do ponto
de vista semântico.

Observe o exemplo :

Maria estava não só arrasada pela traição, mas também sua irmã tinha comprado
vestidos novos para o batizado.

A frase está correta sintaticamente, mas não tem lógica.


PARALELISMOS MAIS FREQÜENTES

Os casos mais comuns de paralelismos dentro da frase ocorrem com as conjunções

a) mas
Não estou feliz com sua falha, mas com o fato de verificar que amanhã pode ser melhor.

b) Isto é / ou seja etc

Os artigos da Wikipédia devem ser imparciais, ou seja, devem ser escritos em uma forma com a qual
todos os lados envolvidos possam concordar com o princípio de imparcialidade.

c) não só ... mas também


As notas não só serão lançadas no sistema, mas também postos no seu histórico
imediatamente.

d) ou
O Estado ou se torna mais presente ou se verá num estágio de conflito cada vez pior.

e) e , nem
Vocês precisam transformar-se no símbolo do concurso público e no melhor funcionário
representante do Estado .

Não adianta tomar atitudes radicais nem fazer de conta que o problema não existe.

f) tanto ... Quanto


Estamos questionando tanto seu modo de ver os problemas quanto sua forma de
solucioná-los.
“As empresas deveriam ser estimuladas pelo governo a
participarem da vida escolar de seus funcionários, com
incentivos fiscais, liberar funcionários mais cedo para
estudar, assim sendo teriam condição de reformular
também o ensino noturno, iniciando mais cedo,
propiciando ao estudante/trabalhador maior participação
e, conseqüentemente, melhor desempenho.”
"... perspectivas referentes A qualidade de vida e relacionamento
humano“.

Foi comentado que poderia (não seria obrigatório) o uso da


crase antes de "qualidade". A construção então ficaria
"perspectivas referentes À qualidade de vida e relacionamento
humano".
Essa construção é possível? Ela não ficaria sem paralelismo? O
correto não seria "perspectivas referentes À qualidade de vida e
AO relacionamento humano"?
"... perspectivas referentes A qualidade de vida
perspectivas referentes A relacionamento humano“.
“A cultura repressiva vem acompanhada da divulgação, pelos
meios que mais atingem a massa - filmes e novelas -, da
violência como único meio de reação às frustrações e as
decepções que o mundo nos oferece."

Não deveria ser “às” antes da palavra decepções?

Vejamos:

O paralelismo consiste num paralelo entre os artigos que


antecedem os substantivos. Caso você tenha mais de um
complemento para relacionar-se com o verbo ou o nome, usando
artigo para o primeiro; terá de usar para os seguintes.

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