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Análises Rico
Carteira Recomendada
Rico Premium
Julho de 2020
CARTEIRA RICO
PREMIUM
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Carteira do mês Julho 2020
Este é o relatório da Carteira Rico Premium, com a carteira atualizada para julho/2020.
O relatório gratuito está na área logada da Rico desde 03 de julho, mas os assinantes do
serviço “Carteira Rico Premium” receberam as atualizações na comunidade exclusiva do
Facebook em 30 de junho. Quer tornar-se assinante e acompanhar em “tempo real” nossa
Carteira? Então clique aqui!
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Carteira do mês Julho 2020
Como em todo o início de mês, nossos assinantes já receberam as atualizações da Carteira Rico Premium de
julho desde o dia 30 de junho. Sugerimos a venda integral de Suzano e Engie, aumentamos a concentração em
empresas que deverão sair mais fortalecidas após a crise, como Intermédica e Hapvida, e elevamos nossa
posição em caixa (renda fixa pós-fixada) para, eventualmente, aproveitar futuras correções de preços, tal como
aprendemos nessa primeira metade de 2020.
Foi inevitável sussurrar essa frase quando refleti sobre tudo o que aconteceu na bolsa para escrever esse
Insight. Veja você mesmo e sussurre à sua moderação:
Passamos pela queda mais rápida e brutal da história da bolsa, como também estamos no meio de uma
recuperação histórica de preços.
Para melhor compreensão do que vivemos até aqui, achei melhor separar os dois trimestres: no primeiro,
vimos a bolsa despencar dos 119 mil pontos para 63 mil pontos; enquanto no segundo, ela beliscou os 100 mil
pontos novamente. Após a alta de 8,76% em junho, o Ibovespa agora recua 16,8% no ano.
Nem o mais pessimista vislumbrava uma queda do tamanho que foi e, instalada a crise, nem o mais otimista
acreditaria ver o Ibovespa nos 96.203 pontos do fechamento de ontem (1). Embora o Ibov ainda esteja longe
dos 120 mil pontos, tomei a liberdade de colorir o gráfico com um simbólico “V”.
Pode não ser o “V” de duas cores mais bonito que você já viu - talvez ele reprovasse na aula de caligrafia -, mas
é a letra que mais representa a recuperação do Ibovespa. De todas as teses de mercado que se resumiam a
formatos de letras, o “L” e o “U” ficaram para trás. O “W” ainda tem chance.
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Carteira do mês Julho 2020
Continuação
Se um evento como esse não serviu para te afastar da bolsa (e espero, de verdade, que isso não tenha
acontecido), tenho certeza que te fez aprender alguma coisa.
Quando eu faço uma análise em retrospectiva, um dos grandes aprendizados que tirei foi o de entender e
diferenciar as narrativas do mercado. Quando o mercado constrói uma narrativa consensual e ignora eventos
importantes que vão contra essa narrativa, desconfie.
1) a queda de juros não só impactaria positivamente no resultado financeiro das empresas, como também
atrairia mais investidores para o mundo da renda variável;
2) após terem sobrevivido ao triênio 2014 a 2016, empresas tinham todas as condições de mostrar
crescimento de lucros;
3) Governo e Congresso estavam abraçando reformas importantes para aumentar a produtividades do país.
Toda essa tese era e continua sendo importante, mas os pilares dela já haviam sido cravados na bolsa há algum
tempo.
A desconstrução dessa narrativa após a chegada da covid-19 no Brasil exacerbou as nossas fragilidades (de
saúde, econômica e política).
O Ibovespa chegou a ser a pior bolsa do mundo, o real também chegou a se tornar lanterna entre todas as
moedas. Para se ter uma ideia, mais de R$ 63 bilhões saíram do Brasil: a maior saída de recursos da história.
Quando a bolsa estava na faixa dos 70 mil pontos e o dólar chegando a quase R$ 6, as incertezas eram enormes:
Mas é aquele tal negócio... Da mesma forma que, antes da crise, a narrativa era extremamente positiva e
consensual, no auge da crise era totalmente negativa e consensual.
A bolsa, por sua vez, saiu dos 70 mil pontos para os atuais 96 mil pontos, formando o “V” colorido que eu
destaquei anteriormente.
Hoje, a bolsa não tem uma narrativa consensual: o investidor está confortável o bastante para manter uma
alocação em bolsa diante de um cenário de juros a 2,25% ao ano, mas cauteloso o bastante para achar que
estamos entrando em um campo otimista. Seja pela possibilidade de uma segunda onda de contaminações no
mundo, seja pelas crises políticas que o Brasil está acostumado a criar.
Diante desse momento, e como sempre tentamos falar, não tente adivinhar os movimentos do mercado.
Ninguém previa as duas pernadas do "V" e, provavelmente, será difícil antecipar um "W". Por isso, a minha
sugestão é que você construa uma carteira que não dependa de cenários e narrativas, diversificando através de
boas empresas e sempre mirando o longo prazo. O nosso trabalho na Rico é justamente esse, o de garimpar as
melhores empresas da bolsa.
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Carteira do mês Julho 2020
Para a Carteira Rico Premium de julho, sugerimos a venda integral de Suzano (SUZB3) e Engie (EGIE3),
diminuímos a participação de JBS (JBSS3) e aumentamos a concentração em Intermédica (GNDI3), Hapvida
(HAPV3), Localiza (RENT3), Alpargatas (ALPA4) e Yduqs (YDUQ3). São empresas que, em nossa opinião,
devem sair mais fortalecidas após a crise e elevamos nossa posição em caixa (renda fixa pós-fixada) para,
eventualmente, aproveitar futuras correções de preços.
As ações têm ajuste natural na participação dentro da carteira por conta da oscilação dos preços destas ações ao longo do per íodo
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Carteira do mês Julho 2020
PETR4: tem passado por uma mini privatização e se tornado mais enxuta e eficiente, (ii)
empresa i) trajetória decrescente do seu endividamento, iii) abertura do mercado de gás
natural e venda das refinarias podem destravar enorme valor para as ações. Empresa
vem divulgando bons resultados operacionais, mostrando que tem conseguido se tornar
mais eficiente, gerando caixa e diminuindo seu endividamento, por isso, acreditamos
que os lucros devem avançar nos próximos meses.
IGTA3: Ações foram muito penalizadas durante a crise. Ao passo que as economias vão
reabrindo e boas notícias comecem a chegar, acreditamos que as ações devem
responder positivamente a isso. Apesar dos desafios de curto prazo, (i) shoppings
possuem um modelo de negócios mais resiliente em momentos de incerteza, (ii) ativos
de qualidade superior (boa localização e bom mix) tendem a apresentar performance
melhor, caso de Iguatemi, e (iii) vemos o nome negociando a múltiplos atrativos.
AZUL4: Setor extremamente difícil e com alguns questionamentos ainda sem respostas
(não sabemos como será a demanda pós coronavírus, por exemplo). Contudo,
relembramos as oportunidades do setor: ano passado 30 milhões de CPFs voaram no
Brasil (classe A e B). Só na classe C nós temos 100 milhões de pessoas. Ou seja, passada
a crise (e ela vai passar), empresas vão buscar absorver o crescimento que o setor
necessita.
JBSS3: Dado que a demanda por alimentos deve continuar sustentada, a oferta
priorizada pelas autoridades e as empresas têm mais representatividade das vendas em
supermercados do que no setor de serviços (como restaurantes). Além disso, a situação
na China tem se normalizado e o mercado nos EUA continua positivo, o que é bom
principalmente para JBS, que, adicionalmente, apresenta níveis saudáveis de
endividamento e liquidez. Atualmente, a companhia tem uma posição de caixa de R$7,8
bilhões, ou seja, também está confortável para pagar essa dívida de curto prazo
IVVB11: Trata-se de uma opção dolarizada para carteira. O IVVB11 é um ETF dolarizado
que acompanha o desempenho do S&P 500. Como não vemos grandes motivos para o
investidor estrangeiro colocar dólar no Brasil com o objetivo de ganhar com o carry
trade (ou seja, comprando renda fixa e colocando dólares no mercado), acreditamos que
o dólar deve continuar forte perante o Real.
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EQTL3: O setor de energia elétrica está entre os que menos serão impactados em suas
operações pela pandemia do coronavírus. É uma empresa de qualidade dentro do setor de
energia elétrica. Posição média da carteira pelo fato de ser quase uma "distribuidora
pura", elo do setor que deve sofrer com aumento de inadimplências e redução do
consumo. A base de receitas não tem nenhuma correlação com o dólar ou outra moeda
estrangeira.
MGLU3: O setor de e-commerce foi um dos poucos que cresceu vigorosamente nos
últimos trimestres e a Magalu conseguiu crescer muito mais do que o resto do setor. Das
empresas do varejo é a que mais possui exposição e-commerce (50% de suas vendas) e
que por isso, poderia se beneficiar dessa mudança de hábitos que o consumidor está
sendo obrigado a passar. Está capitalizada para atravessar o momento.
ALPA4: Desde a venda para a família Moreira Salles pela J&F em 2017, a cia vem passando
por uma série de mudanças em sua estratégia comercial, a começar pela mudança de
gestão após a chegada dos novos sócios (Itaúsa, BW e Cambuhy Investimentos). Ela, que é
dona de marcas fortes como Havaianas, Osklen e Mizuno, se desfez de ativos que não
eram considerados rentáveis e tem iniciado um processo de digitalização e expansão
global que tem tudo para serem transformacionais para a empresa.
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Sobre
A Carteira Rico Premium
Analistas responsáveis:
Thiago Salomão, CNPI-P EM 1399
Matheus Soares, CNPI EM 1969
Lucas Morozini Collazo
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Informações importantes
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Este relatório de análise foi elaborado pela Rico CTVM S.A. (“Rico”) de acordo com todas as exigências previstas na Instrução CVM nº 598,
de 3 de maio de 2018, tem como objetivo fornecer informações que possam auxiliar o investidor a tomar sua própria decisão de
investimento, não constituindo qualquer tipo de oferta ou solicitação de compra e/ou venda de qualquer produto. As informações
contidas neste relatório são consideradas válidas na data de sua divulgação e foram obtidas de fontes públicas. A Rico não se
responsabiliza por qualquer decisão tomada pelo cliente com base no presente relatório.
Este relatório foi elaborado considerando a classificação de risco dos produtos de modo a gerar resultados de alocação para cada perfil
de investidor. O(s) signatário(s) deste relatório declara(m) que as recomendações refletem única e exclusivamente suas análises e
opiniões pessoais, que foram produzidas de forma independente, inclusive em relação à Rico e que estão sujeitas a modificações sem
aviso prévio em decorrência de alterações nas condições de mercado, e que sua(s) remuneração(es) é(são) indiretamente influenciada
por receitas provenientes dos negócios e operações financeiras realizadas pela Rico. O analista responsável pelo conteúdo deste relatório
e pelo cumprimento da Instrução CVM nº 598/18 está indicado acima, sendo que, caso constem a indicação de mais um analista no
relatório, o responsável será o primeiro analista credenciado a ser mencionado no relatório. Os analistas da Rico estão obrigados ao
cumprimento de todas as regras previstas no Código de Conduta da APIMEC para o Analista de Valores Mobiliários e na Política de
Conduta dos Analistas de Valores Mobiliários do Grupo XP. O atendimento de nossos clientes é realizado por empregados da Rico. Os
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deverão realizar o processo de suitability e confirmar se os produtos apresentados são indicados para o seu perfil de investidor. Este
material não sugere qualquer alteração de carteira, mas somente orientação sobre produtos adequados a determinado perfil de
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espaço de tempo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. A rentabilidade divulgada não é
líquida de impostos. As informações presentes neste material são baseadas em simulações e os resultados reais poderão ser
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A Ouvidoria da Rico tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções
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da operação e a política de cobrança estão definidos nas tabelas de custos operacionais disponibilizadas no site da Rico:
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A Rico se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste
relatório ou seu conteúdo. A Avaliação Técnica e a Avaliação de Fundamentos seguem diferentes metodologias de análise. A Análise
Técnica é executada seguindo conceitos como tendência, suporte, resistência, candles, volumes, médias móveis entre outros. Já a Análise
Fundamentalista utiliza como informação os resultados divulgados pelas companhias emissoras e suas projeções. Desta forma, as opiniões
dos Analistas Fundamentalistas, que buscam os melhores retornos dadas as condições de mercado, o cenário macroeconômico e os
eventos específicos da empresa e do setor, podem divergir das opiniões dos Analistas Técnicos, que visam identificar os movimentos mais
prováveis dos preços dos ativos, com utilização de “stops” para limitar as possíveis perdas. O investimento em ações é indicado para
investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela Rico. Ação é uma fração do capital de
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preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contr ato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo
o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos
juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de
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consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a
possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de
curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o
cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento. Analistas: Thiago Salomão – CNPI-P: EM 1399; Matheus Soares –
CNPI EM1969. Responsável pela Análise da Rico CTVM S.A (Instrução CVM n°483): Roberto Indech – CNPI EM1426 / analises@rico.com.vc
/ 11-2505-1900
Em atendimento à Instrução CVM nº 598, de 3 de maio de 2018, informamos que a XP Investimentos CCTVM S.A. e/ou suas afiliadas (“XP
Investimentos” ou “XP”) mantém relacionamento comercial com as sociedades (PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS, JBS S.A.),
inclusive prestando serviços de assessoria com interesses financeiros e comerciais relevantes. Assim, o leitor deve ter ciência de tal
informação e fazer sua própria análise e julgamento sobre eventual existência de conflito de interesses ou sobre a imparcialidade deste
relatório. Cabe ressaltar que, opiniões emitidas anteriormente sobre a sociedade não estão abarcadas pelo posicionamento vigente, a
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Investimentos, expressamente, se limita e reserva o direito de recusar-se a atender qualquer solicitação baseada no conteúdo de
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