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Erem Professor Lisboa II - SEMESTRE

Caruaru, 10 de Outubro de 2020 Série: 3º ano “B”


Professor (a): Josélia Nascimento Disciplina: Sociologia
Aluno (a): Giovanna Pereira Alves

Ritos de passagem da infância para a vida adulta


O rito faz referência a uma ação realizada em determinado tempo
e espaço, diferente das ações da vida cotidiana, distinta do
comportamento comum. Ainda que a ritualização possa ser vista de uma
forma ampla e imprecisa, ao englobar qualquer atividade que possa vir a
ser realizada de forma padronizada, formalizada, repetida, os ritos
oferecem modos de observação e de reflexão que foram adaptados a
descobertas de determinados tipos.
Os ritos de passagem são exemplificações de comportamentos
rituais, ações que adquirem especial significado dentro de tradições de
aquisição de plenos direitos e deveres correlatos. A aquisição do status
de adulto nas sociedades tradicionais dá-se por meio de cerimônias e
ritos de iniciação e relatos variados são descritos nos estudos da
antropologia que aparecem com a função de consentir a emancipação do
jovem do seio familiar, para sua incorporação ao grupo social; o jovem
torna-se adulto, reconhecido como membro ativo e participante.
Um dos exemplos mais comuns seriam nas sociedades tribais,
batismo cristão, crisma, casamento, investiduras e ordenações de líderes
das diversas tradições religiosas, Bar Mitzvah , Bat Mitzvah no Judaísmo,
feitura na Umbanda e Candomblé…
Como por exemplo: Festa da menina moça, esta festa de iniciação é
realizada pela tribo Tukuna, que vive na região norte da Amazônia. As
garotas começam a participar da iniciação quando menstruam, e ficam
durante 4 a 12 semanas em reclusão em um local construído na casa da
família com este único propósito. Durante este período, acredita-se que a
menina está no submundo, correndo perigo na presença de um demônio
conhecido como Noo. Ao final do ritual, outras pessoas utilizam
máscaras e se tornam reencarnações do demônio, e a garota fica durante
dois dias com o corpo pintado de preto para se proteger do Noo. Na
manhã do terceiro dia, ela pode sair da reclusão, e é levada por parentes
para as festividades, em que dançam até o amanhecer. Neste momento, a
garota recebe uma lança de fogo e deve jogá-la sobre o demônio. Depois
disso, a tribo considera que a mulher pode entrar para a vida adulta com
segurança.
Todos os anos os muçulmanos comemoram a festa do Ramadã, rito
que assinala a passagem para um novo ciclo do tempo.Para as mulheres,
isso se dava geralmente no momento da primeira menstruação,
marcando o fato que, entrando no seu período fértil, a garota estava apta
a preparar-se para o casamento. Para os rapazes, a cerimônia geralmente
se dava no momento em que ele fazia a caça e o abate do primeiro
animal. Ambas ligadas, portanto, ao derramamento de sangue, tais ritos
significava a integração daquela pessoa como membro produtivo da
tribo: ao derramar sangue para a preservação da comunidade (pela
procriação ou pela alimentação), ela estava simbolicamente misturando o
seu próprio sangue ao sangue do seu clã.
Já na Umbanda, a criança pequena é ungida pelo pai ou mãe de santo
que lhe oferece proteção, mas a iniciação propriamente dita só acontece
na fase adulta quando o indivíduo pode escolher qual religião seguir.
No Judaísmo acontece o Bar-mitzvá (filho da lei ou do mandamento
em hebraico) significa a transição mais importante na vida de um judeu e
acontece quando o menino completa 13 anos e a menina 12. Segundo o
judaísmo, a partir dessa idade, os adolescentes alcançam a maioridade na
tradição da religião. “A pessoa passa a ser livre e responsável por seus
atos. A partir desse momento, não pode mais atribuir suas escolhas aos
pais"

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