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DIVISÃO DA AGRICULTURA
OPÇÃO AGRO-NEGÓCIOS
Autor:
Cipriano Afiado
RESUMO
O milho e feijão nhemba são grão mais importante para os países em desenvolvimento e
constitui alimentação básica para mais que a metade da população mundial principalmente para
famílias de baixa renda. Em Moçambique as perdas destes grãos atingem 30 a 40%e, cerca de 15
% destas perdas são devido as más condições de armazenamento por falta de conhecimento de
estruturas que pode manter a qualidade dos grãos. Com o objectivo de contribuir para a redução
destas perdas, o presente trabalho avaliou as diferentes estruturas de armazenamento hermético
na preservação da qualidade de grãos de milho (Zea mays L.) e feijão nhemba com casca. Foi
realizado um ensaio no período de 11 de Setembro de 2015 à 11 de Fevereiro de 2016, na
Estação Agrária de Sussundenga, usando estruturas herméticas (SGB, PST) e sacos de ráfia
Foram analisados no grão de milho e feijão nhemba, poder de germinação, teor de humidade,
densidade e nível de infestação, número de insectos mortos, espécies de insectos e percentagem
de perda de peso . Para a análise dos dados foi feita a comparação múltipla de médias pelo teste
de Tukey (5%). A estrutura de armazenamento RS/A apresentou densidade de infestação,
percentagem de perda de peso e nível de infestação significativamente elevados quando
comparado com estruturas herméticos, mostrando assim sua má preservação da qualidade dos
grãos. Não houve diferenças significativas entre as estruturas herméticos com aplicação de
actellic e SGBS/A Na estrutura de armazenamento RS/A, verificou-se uma redução significativa
do poder germinativo para valores abaixo do mínimo estabelecido em Moçambique (80%),
enquanto, nos herméticos estes mantiveram-se dentro dos parâmetros aceitáveis. Estas estruturas
de armazenamento não apresentaram diferenças significativas quanto ao seu efeito sobre o teor
de humidade dos grãos e percentagem de perda de peso. Os insectos identificados nos grãos do
milho foram, em ordem decrescente de densidade: Sitophilus spp. Tribolium castaneum,
Sitotroga cerealella, e no feijão nhemba foi verificada uma espécie de insectos: Acanthoscelides
obtectus (Coleóptera:Bruchidae) – caruncho do feijão Os métodos herméticos mostraram melhor
desempenho no controlo de todas as espécies de insectos identificadas
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a minha mãe, Florinda Andrade a intercediam heroína da minha vida. Ao
meu pai, Afiado Nassico por ter sido o meu termo regularizador. Ao meu irmão mais velho
Timóteo Agostinho Nassico pelo apoio e amor incondicional, e finalmente aos meus irmãozinhos
Benjamim, Difico, Mateus, Amos, Flora, Natália, Adolfo e Sara, que sempre estiveram ao meu
lado. Ao meu grande amigo e irmão de todos os momentos Erginio Alberto Romão pelo
incentivo e carinho. Ao meu tio Silva Nopeia que tanto me mostrou o caminho e me encorajou a
insistir com a batalha académica. Aos meus irmãos na fé em Cristo, que por mim em oração.
De uma forma geral para todos que directa ou indirectamente contribuíram para que terminasse
com sucesso mais esta etapa da minha formação académica, que não foi nada fácil por conta das
dificuldades enfrentadas. O meu muito obrigado por terem me apoiado e ter estado do meu lado.
Que Deus continue abençoando a todos
Obrigado!
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradecer a Deus, que sempre esteve presente em tudo quanto fiz. Obrigado
por me dar Fé, paz, saúde e orientar-me em todos momentos da minha vida mesmo quando não
soube ouvi-lo.
Agradecer ao Doutor Rafael Massinga (ISPM), que facilitou a minha integração e as dos meus
outros colegas bolseiros na atribuição de bolsa em coordenação com a incubadora da farma como
oportunidade única de poder fazer o ensino superior. O meu muitíssimo abrigado.
Ao Eng.º Albasini Caniço que sempre me submetia em pequenos projectos para me reforçar e
suportar nesta batalha académica.
Um especial agradecimento vai para meus supervisores: Eng.º Dovel Branquinho Ernesto
(ISPM) e Eng.º Rafael José Nguenha (UEM) pela dedicação, adicionamento, respeito,
ensinamentos, cooperação, apoio e amizade no decorrer do presente projecto de licenciatura, e
que através do projecto APPSA/UEM me incluiu na investigação para esta tese.
DECLARAÇÃO DE HONRA
Eu, Cipriano Afiado, declaro por minha honra que o presente trabalho foi por mim elaborado e
que a informação nela contida é verdadeira, sendo parte desta obtida a partir de pesquisa
experimental no campo e consultas bibliográficas. Este trabalho nunca foi apresentado em
nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico.
Todas obras de outros autores, utilizadas neste trabalho foram devidamente citadas e listadas
na lista de referências bibliográficas.
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(Cipriano Afiado)
Índice Pag.
CAPITULO I: INTRODUÇÃO .......................................................................................................1
1.2 -Problema de Estudo e Justificação ........................................................................................2
1.3-Objectivos ..............................................................................................................................3
1.3.1- Objectivo Geral ............................................................................................................. 3
1.3.2- Objectivos Específicos .................................................................................................. 3
1.4. Hipóteses: ..............................................................................................................................4
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...............................................................................5
2.1-Cultura de Milho ....................................................................................................................5
2.2-Cultura de Feijão Nhemba .....................................................................................................6
2.3. Armazenamento dos grãos ....................................................................................................7
2.3.1-Silos herméticos ............................................................................................................. 8
2.3.2-Sacos herméticos (Super Grain Bags) ............................................................................ 9
2.3.3-Pequenos Recipientes ................................................................................................... 10
2.4- Perdas no Armazenamento .................................................................................................10
2.5- Humidade relativa e Temperatura .......................................................................................11
2.6. Fungos .................................................................................................................................11
2.7- Pragas que atacam grãos de feijão nhemba e milho no armazém .......................................11
CAPITULO III. MATERIAIS E MÉTODOS ...............................................................................14
3.1- Descrição da área de estudo ................................................................................................14
3.2– Materiais e métodos ...........................................................................................................14
3.4. Amostragem e avaliação das variáveis em estudo ..............................................................15
3.4.1. Densidade de insectos vivos ........................................................................................ 15
3.4.2.Nível de infestação ....................................................................................................... 16
3.4.3. Percentagem de perda de peso ..................................................................................... 16
3.4.4.Número de insectos Mortos .......................................................................................... 17
3.4.5. Teor de humidade ........................................................................................................ 17
3.4.6. Poder germinativo........................................................................................................ 17
3.5. Análise de dados.................................................................................................................18
CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................19
4.1. Resultados de Milho ............................................................................................................19
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1. ANATOMIA DO GRÃO DE MILHO E SUAS PARTES. ............................................................. 5
FIGURA 2. ALGUMAS ESTRUTURAS HERMÉTICAS ............................................................................ 9
FIGURA 3. SACO HERMÉTICO. .......................................................................................................... 9
FIGURA 4. PEQUENOS RECIPIENTES USADOS PARA ARMAZENAMENTO DE GRÃOS SECOS. ............... 10
FIGURA 5. S.ZEAMAYS (COLEÓPTERA: CURCULIONIDAE) ………………………………………20
FIGURA5.1.TRIBOLIUM CASTANEUM………………………………………………………... 12
FIGURA 6. SITOTROGA CEREALELLA. (LEPIDEPTERA: GELECHIIDAE………………………..…..23
FIGURA6.1- PLODIA INTERPUCTELLA ............................................................................................ 13
FIGURA 7. ACANTHOSCELIDES OBTECTUS (COLEÓPTERA:BRUCHIDAE) – CARUNCHO DO FEIJÃO. .. 13
FIGURA 8. DENSIDADE DE INSECTOS VIVOS.................................................................................... 20
FIGURA 9. NÍVEL DE INFESTAÇÃO NO MILHO.................................................................................. 22
FIGURA 10. NÚMERO DE INSECTOS MORTOS NO MILHO .................................................................. 23
FIGURA 11. PERCENTAGEM DE PERDA DE PESO DE MILHO .............................................................. 24
FIGURA 12. HUMIDADE RELATIVA DE MILHO ................................................................................. 25
FIGURA 13. PERCENTAGEM DE PODER GERMINATIVO DE MILHO. ................................................... 27
FIGURA 14. DENSIDADE DE INSECTOS VIVOS.................................................................................. 28
FIGURA 15. NÍVEL DE INFESTAÇÃO NO FEIJÃO NHEMBA ................................................................. 29
FIGURA 16. NÚMERO DE INSECTOS MORTO DE FEIJÃO NHEMBA..................................................... 30
FIGURA 17. PERCENTAGEM DE PERDA DE PESO DE FEIJÃO NHEMBA ............................................... 31
FIGURA 18. TEOR DE HUMIDADE .................................................................................................... 32
FIGURA 19. PERCENTAGEM DE PODER GERMINATIVO..................................................................... 33
LISTA DE TABELAS
TABELA 1. TRATAMENTOS E RESPECTIVA QUANTIDADE DE GRÃO DE MILHO USADO ...................... 15
TABELA 2. TRATAMENTOS E RESPECTIVA QUANTIDADE DE FEIJÃO NHEMBA USADA ...................... 15
TABELA 3. DENSIDADE DE INSECTOS POR ESPÉCIE NO MILHO ........................................................ 20
LISTA DE ABREVIATURAS
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
O milho é um dos cereais mais importante cultivado em todo mundo devidas as suas inúmeras
aplicações na alimentação humana e de animais domésticos, bem como na indústria para a
produção de rações, cola, amido, óleo, álcool, bebidas e outros produtos. Em Moçambique além
da produção ser insuficiente e ocorrerem problemas com produtividade e comercialização,
também há preocupações com as altas perdas quantitativas e qualitativas. Essas perdas podem
ocorrer pela falta de estruturas de armazenamento específicas nas propriedades e/ou nos níveis
intermediário e final, ou pelas deficiências técnicas e operacionais das instalações existentes.
Na alimentação humana, o milho é consumido na forma “in natura”, como milho verde, nas
formas de milho em conserva, canjica, óleo, amido em várias apresentações, ou farinhas para
elaboração de pães, polenta e outros (Hoseney, 1991).
Feijão nhemba é uma cultura mais consumida em Moçambique principalmente com a família de
baixa renda, na forma vagem verde, folhas grãos verdes e grãos secos, e a planta também é usada
para conservação de solos pobres de nutrientes.
Os produtos agrícolas são organismos que continuam vivos depois de sua colheita, mantendo
activos todos os seus processos biológicos vitais. Devido a isso e ao alto teor de água em sua
composição química, eles são altamente perecíveis. Para aumentar o tempo de conservação e
reduzir as perdas pós-colheita, é importante que se conheçam e se utilizem práticas adequadas de
manuseio durante as fases de colheita, armazenamento, comercialização e consumo, (Alves et
al., 2001).
Após a colheita, a maior parte dos grãos dos cereais e leguminosas passam por uma série de
etapas como secagem, armazenagem e, finalmente, processamento industrial. Muitas destas
operações podem reduzir sua qualidade e comprometer a conservação. Em casos específicos para
Moçambique esses grãos são armazenados em celeiros construídos com materiais locais, usando
estacas, bambus, matopes, e sacos de ráfia. Entretanto embora com vantagens de facilidade de
aquisição de material disponível em cada zona de produção, os grãos não apresentam qualidades
desejadas pelos consumidores devido a ataques de insecto e fumo que podem prejudicar a saúde
humana.
Os produtos agrícolas são organismos que continuam vivos depois de sua colheita, mantendo
activos todos os seus processos biológicos vitais. Devido a isso e ao alto teor de água em sua
composição química, eles são altamente perecíveis. Para aumentar o tempo de conservação e
reduzir as perdas pós-colheita, é importante que se conheçam e se utilizem práticas adequadas de
manuseio durante as fases de colheita, armazenamento, comercialização e consumo, (Alves et
al., 2003), Entretanto o trabalho tem como objectivo avaliar as diferentes estruturas de
armazenamento do sistema hermético na preservação da qualidade dos grãos de milho e feijão
nhemba na época quente num período de seis (6) meses.
1.2 -Problema de Estudo e Justificação
As perdas dos grãos, de feijão nhemba e de milho principalmente, para o pequeno agricultor
significam menos alimento disponível para a família e baixo rendimento pela venda dos grãos,
afectando negativamente a segurança alimentar da família. Muitas vezes os produtos produzidos
pelos pequenos produtores não são exportados devido a sua qualidade como resultado da má
conservação o que origina o menor valor comercial e pode até ser rejeitado pelo consumidor,
para além de provocar problemas de intoxicação alimentar. Sendo assim, todos os esforços
concentrados no aumento da produção podem não dar bons resultados, se não houver uma
melhoria nas condições de armazenamento dos mesmos grãos de milho e de feijão nhemba.
Em Moçambique, e particularmente no meio rural, grande parte dos grãos de milho e Feijão
nhemba produzidos pelo pequeno agricultor, que é guardado para o consumo da família ou para
ser comercializado, é acondicionado em sacos de ráfia e armazenado em celeiros não
melhorados. Nestas condições um meio de garantir um grão de qualidade é o uso de pesticidas
durante o armazenamento. No entanto, a maior parte dos agricultores não tem recursos
suficientes para adquirir tais insecticidas, optando por armazenar os grãos sem usar nenhum meio
de protecção. De uma forma geral, os sacos de ráfia possuem características que não impedem a
presença e estabelecimento de pragas e o crescimento de fungos, devido à interacção da
temperatura e humidade entre o produto e o meio ambiente comprometendo a quantidade e
qualidade dos grãos armazenados (Hayma, 2005).
O uso de embalagens herméticas constitui uma alternativa ao uso de sacos de ráfia para o
armazenamento dos grãos de milho e feijão nhemba. O armazenamento hermético mantém a
qualidade do grão e a viabilidade da semente uma vez que a humidade durante o armazenamento
não se altera e, a alteração da atmosfera pelos organismos vivos reduz as perdas por insectos sem
necessidade de usar pesticidas (Faroni et al., 2009).
1.3-Objectivos
1.4. Hipóteses:
H1: Existe diferença significativa do poder germinativo dos grãos de milho e de feijão nhemba
armazenados em diferentes estruturas.
Ho: Não existe diferença significativa do poder germinativo s grãos de milho e de feijão nhemba
armazenados em diferentes estruturas.
H1: Existe diferença significativa do teor de humidade dos grãos de feijão e de Milho
armazenados em diferentes estruturas.
Ho: Não existe diferença significativa do teor de humidade dos grãos de feijão e de Milho
armazenados em diferentes estruturas.
H1: Existe diferença significativa da densidade de insectos vivos e o nível de infestação dos
grãos de feijão nhemba e de milho armazenados em diferentes estruturas.
Ho: Não existe diferença significativa da densidade de insectos vivos e o nível de infestação dos
grãos de feijão nhemba e de milho armazenados em diferentes estruturas.
H1: Existe diferença significativa da percentagem de perda de peso dos grãos de feijão e de
Milho armazenados em diferentes estruturas.
Ho: Não Existe diferença significativa da percentagem de perda de peso dos grãos de feijão
nhemba e de Milho armazenados em diferentes estruturas.
Sinha et, al, (2007) o conhecimento das características físicas dos produtos agrícolas e dos seus
princípios tem grande importância para a construção e operação de equipamentos de secagem e
armazenamento. Os grãos do milho são, geralmente, amarelos ou brancos, podendo apresentar
colorações variando desde o preto até o vermelho. O peso individual do grão varia em média, de
250 a 300mg e sua composição média em base seca é 72% de amido, 9,5% proteínas, 9% fibra (a
maioria resíduo detergente neutro) e 4% de óleo. Conhecido botanicamente como uma cariopse,
o grão de milho é formado por quatro principais estruturas físicas: endosperma, gérmen,
pericarpo (casca) e ponta as quais diferem em composição química e também na organização
dentro do grão, como mostra a figura 1:
Figura 1. Anatomia do grão de milho e suas partes. Fonte: adaptado de Britânica (2006).
Mello (1991) cita que a produção mundial de milho encontra-se por volta de 473 milhões de
toneladas. Desse total, 40% provém dos Estados Unidos, maior produtor do mercado. Os Estados
Unidos produzem três vezes mais que a China, segundo maior produtor, e oito vezes mais que o
Brasil, terceiro maior produtor. Esses três países contribuem com 61,5% da produção mundial de
milho. Em 2011, este cereal foi colhido em 170 milhões de hectares em todo o mundo,
resultando em 883 milhões de produção (FAOSTAT, 2014).
Em Moçambique o milho é uma cultura com muita prioridade na produção dentre várias culturas
existentes, mas devido a alta humidade relativa e elevado teor de amido de milho, este é muito
susceptível para moldagem. A qualidade dos grãos tem-se tornado um aspecto muito importante,
tanto para comercialização interna como para exportação. Segundo Sitoe (2005), em
Moçambique existe uma diversidade de alimentos produzidos na agricultura, e destes o milho é a
principal cultura alimentar para o sector familiar uma vez que ocupa cerca de 34,5% da área total
cultivada e é alimento básico para maior parte da população, mas devido a falta de condições
adequadas de conservação as pragas têm um bom percentual de participação, principalmente no
grão conservado pelos pequenos produtores durante 90 ou 180 dias, havendo necessidade de
melhorar a situação.
A classificação botânica aceita para o feijão nhemba é que ele seja uma planta Dicotyledonea, da
ordem Fabales, família Fabaceae, subfamília Faboideae, tribo Phaseoleae, subtribo Phaseolineae,
género Vigna, subgénero Vigna, secção Catyang, espécie Vigna unguiculata (L.) Walp. e
subespécie unguiculata (Verdcourt, 1970; Smartt, 1990; Padulosi, 1997).
De acordo com Silva (2002), os grãos do feijão nhemba constituem uma importante fonte de
alimento, com teor proteico variando de 20% a 30%, rico em aminoácidos essenciais como a
lisina, contudo, pobre em metionina e cisteína, porém, com razoável quantidade de vitaminas
hidrossolúveis. Além disso, contém fibras e proteínas com a capacidade de reverter a deposição
de gordura no fígado e, desta forma, baixar o nível de colesterol no organismo (Azevedo, 2009).
O grão do feijão nhemba pode ser consumido seco ou verde, ou ainda, ser introduzido na
alimentação de crianças menores de cinco anos, na alimentação escolar através da farinha
integral; sendo possível produzir-se, caldos; enriquecer com proteínas as massas alimentícias
para a fabricação de pães, biscoitos, entre outros produtos (Silva, 2008). Além disso, é utilizado
como forragem verde, feno, ensilagem, farinha para alimentação animal e, ainda, como adubação
verde e protecção do solo (Santos, et al, 2006).
As sementes, que podem ser lisas ou enrugadas, variam desde brancas, cremes ou amarelas até
vermelhas, castanhas ou pretas e são caracterizadas por um hilo (o olho do feijão) bem
demarcado, rodeado por uma orla escura. O feijão nhemba é reproduzido por meio de sementes e
é maioritariamente autogâmico, embora haja referências a níveis de polinizações cruzadas até
2% (Faroni et, al, 2007).
Dados da FAO sobre a produção mundial de feijão nhemba, no ano de 2007, indicam que a
cultura atingiu 3,6 milhões de toneladas em 12,5 milhões de hectares. Produção essa alcançada
em 36 países, destacando-se entre os maiores produtores a Nigéria, o Níger e o Brasil, os quais
representam, respectivamente, 84,1 % da área e 70,9 % da produção mundial.
Nos últimos anos, pode ser notado um crescimento considerável das exigências de qualidade dos
produtos agrícolas. A escolha de um produto pelo consumidor está baseada, principalmente, nos
Para Alves et al., (2001) existem ainda no país muitos pontos que necessitam ser aprimorados
afim de melhor atender às exigências dos mercados interno e externo, quanto à qualidade dos
grãos, de forma que as práticas adoptadas para a colheita e o armazenamento sejam as mais
adequadas, pois estas estão directamente ligadas ao nível de qualidade final dos grãos.
Em Moçambique, e particularmente no meio rural, grande parte dos grãos de milho e Feijão
nhemba produzidos pelo pequeno agricultor, que é guardado para o consumo da família ou para
ser comercializado, é acondicionado em sacos de ráfia e armazenado em celeiros não
melhorados. No entanto, o armazenamento adequado desses produtos é necessário, a fim de
garantir o fornecimento constante durante o ano e também para fornecer a áreas distantes, visto
que o consumo de grão de Milho e feijão nhemba é feito durante todo o ano e não tem um
período limite, e também abrange todas regiões principalmente nas zonas rurais do País (Alves et
al., (2001).
2.3.1-Silos herméticos
Os silos herméticos podem manter os grãos livres de insectos e impedir o desenvolvimento de
fungos. Podem armazenar grãos húmidos para a alimentação animal, desde que seja consumido
logo após sua retirada do silo. O princípio básico do armazenamento hermético é o mesmo em
relação aos grãos secos ou húmidos, e baseia-se no seguinte: redução da taxa de oxigénio a um
nível que causa a morte ou deixa inactivos os insectos e fungos, antes que esses organismos
nocivos proliferem a ponto de prejudicar o produto. Em decorrência do processo respiratório dos
grãos e daqueles organismos, há uma redução de oxigénio do ar confinado (FAO, 2012).
A respiração dos grãos secos é baixa. Entretanto quando infestados por insectos, rapidamente
consomem o oxigénio disponível e ficam asfixiados. A taxa de redução de oxigénio e do
aumento de gás carbónico é determinada pelo grau de infestação de insectos e da temperatura
(Navarro, 2007). A figura 2 mostra os modelos dos silos usados neste estudo.
2.3.3-Pequenos Recipientes
Jarros ou latos hermeticamente fechados podem ser utilizados para armazenar semente
devidamente seca. Esses recipientes são viáveis para armazenar sementes de hortícolas ou de
outras culturas que requerem pequenas quantidades de sementes. As garrafas ou latas de
produtos vulgares dos agregados familiares adquiridos nas lojas locais podem ser utilizados para
o mesmo fim desde que sejam hermeticamente selados com cera de velas para criar um ambiente
apropriado para o armazenamento de pequenas quantidades de semente. Tendo em conta que os
recipientes são pequenos, eles podem ser facilmente manuseados e colocados em local limpo e
fresco fora do alcance de roedores (FAO. 2009).
Figura 4. Pequenos recipientes usados para armazenamento de grãos secos (FAO, 2009).
2.6. Fungos
Somente há algumas décadas os fungos foram reconhecidos como um dos mais importantes
causadores de danos às sementes. Os principais tipos de danos causados pelo desenvolvimento
de fungos em grãos armazenados são: diminuição da percentagem de respiração, descoloração de
parte ou de todo o grão, alterações biológicas, produção de toxinas que podem ser prejudiciais
aos homens e animais e perda de peso (Cesa, 1974).
2.7- Pragas que atacam grãos de feijão nhemba e milho no armazém
Os resultados da acção de insectos em grãos armazenados se traduzem em perdas de peso e de
poder germinativo, desvalorizações comerciais do produto, disseminação de fungos e origem de
bolsas de calor durante o armazenamento. Os insectos encontrados nos produtos armazenados
podem ser classificados, segundo suas características biológicas e de ecossistema, em pragas
primárias e secundárias, pragas associadas e de infestação cruzada, e a acção dos insectos nos
Pragas primárias são aquelas que atacam grãos íntegros e sadios e podem ser denominadas
pragas primárias internas ou externas, dependendo da parte do grão que atacam. São primárias
internas as que perfuram os grãos e neles penetram para completar seu desenvolvimento,
alimentando-se de todo o interior do grão e possibilitando a instalação de outros agentes de
deterioração. Os principais exemplos dessas pragas são Rhyzopertha dominica, Sitophilus oryzae
e Sitophilus zeamais. Já as primárias destroem a parte exterior do grão para poderem se alimentar
da parte interna, sem no entanto se desenvolverem no interior do grão. A destruição do grão é
apenas para alimentação. O exemplo mais conhecido desta praga é a traça Plodia interpunctella
(Navarro, 2006).
As espécies mais importantes são Sitophilus zeamais (Mato, 1855 citado por Lorini, 2008) -
gorgulho do milho, Sitophilus granarius (L. 1758) - gorgulho do trigo e o Sitophilus oryzae -
gorgulho do arroz. Oliveira (1897),esses insectos podem atacar qualquer tipo de cereal, sendo
gorgulhos os coleópteros (cascudos, besouros) que, quando adultos, possuem corpo alongado e
cabeça com uma projecção anterior, em cuja extremidade estão as peças bucais, as lavas desses
insectos são de colorarão amarelo clara ou esbranquiçada, sendo desprovidas de pernas, (figura
5 e 5.1).
Figura 5. S.zeamays (Coleóptera: Curculionidae) - gorgulhos dos cereais. Figura5.1.Tribolium castaneum (Lorini,
2008).
Figura 6. Sitotroga cerealella. (Lepideptera: Gelechiidae (Oliver, 1897) e Figura 6.1- Plodia interpuctella (Hebreu,
1813)
Para o enchimento das estruturas de armazenamento de grãos de milho e feijão nhemba foi feito
manualmente, onde primeiramente fez-se o peso inicial usando a balança de escala 200kg e
medição de humidade usando medidor de humidade relativa dos grãos de milho e feijão nhemba.
Foram definidos doze tratamentos sendo seis tratamentos para cultura de milho onde: (1) PST
1000L sem actellic, (2) PST 1000L com actellic, (3) SGB com actellic, (4) SGB sem actellic, (5)
ráfia com actellic, (6) ráfia sem actellic, e seis tratamento para a cultura de feijão nhemba, onde:
(1) PST 210L sem actellic, (2) PST 210L com actellic, (3) SGB com actellic, (4) SGB sem
actellic, (5) ráfia com actellic, (6) ráfia sem actellic. Conforme mostra as tabelas 1 e 2. Com
tudo, os tratamentos com actellic usou-se uma dose de 50g do pesticida em cada 100 kg dos
grãos, conforme as indicações do rótulo do produto.
A densidade de insectos vivos foi determinada segundo a equação de autor (Martinez et; al,
2000).
n
DI = m (1)
Onde:
NGF
NI = NTG x100 (2)
Onde:
Onde:
Para a determinação do poder germinativo foram analisadas 200 sementes de grão (milho e feijão
nhemba) por cada amostra, distribuídas em oito repetições de 25 sementes usando o método de
papel de filtro. Para a realização do teste, dois papéis foram colocados na base das Bandejas e
foram humedecidos com água destilada. As bandejas contendo o grão foram acondicionadas à
temperatura ambiente. Para a obtenção dos resultados realizaram-se duas contagens, a primeira
no 4o dia, contando apenas as plântulas com estruturas desenvolvidas e que permitissem a sua
separação em plantas normais e anormais e, a segunda contagem, feita no 7o dia, separando
também as plântulas em normais e anormais e as sementes remanescentes em sementes não
germinadas.
Onde:
P- Percentagem de germinação;
Y- Número de plantas normais;
Z - Número total de sementes analisadas.
Nela, pode se ver que os grãos de milho armazenados em estruturas de RS/A sofre maior ataque
de insectos pois encontrou-se valores mais altos comparativamente a outras estruturas, tendo
iniciado com 4 insectos/kg de milho, mas aumentou até chegar a uma densidade de infestação de
203.70 insectos por quilograma de cereal aos 30 a 180 dias.
Por outro lado notou-se que o grão armazenado na estrutura PSTS/A embora não tendo a mesma
tendência com RS/A sofreu ataques de insectos vivos que variaram desde aos 30 dias, 90 dias
e180 dias de armazenamento onde obteve-se 4, 52 e 63.7 insectos/kg de este cereal
respectivamente.
No entanto, nenhum insecto vivo foi verificado nos tratamentos com a aplicação do insecticida e
SGBS/A depois de 60 dias. Este facto deve-se ao efeito do próprio insecticida, ao passo que para
SGBS/A deve-se pela falta de oxigénio dentro do recipiente, uma vez a estrutura fechada não
permite a interferência do ar com o meio ambiente, mostrando assim uma vantagem para
armazenamento consequentemente os insectos morrem devido ao dióxido de carbono que os
grãos libertam.
Nela ainda pode se ver que há diferenças significativas entre alguns tratamentos, sendo que a
estrutura RS/A e o PS/A diferiram estatisticamente entre si e com os restantes tratamentos
(Anexo 1).
Num estudo similar de armazenamento hermético de milho seco são amplamente utilizados em
Ruanda, Gana e Filipinas para armazenar tanto o milho em grão e sem vagem, normalmente em
capacidades que variam de 50 a 150 toneladas (Minagri, 2006), onde foram obtidos melhores
resultados de preservação de qualidade para o milho quando armazenada em SGB.
Meses
Métodos Nome da espécie Inicio Set Out Nov Dez Jan Fev
Por outro lado foi verificado que no caso das restantes estruturas com aplicação de actellic e
SGBS/A não apresentou nível de infestação significativo. Anexo 2. Assim, justifica-se o facto de
estrutura RS/A apresentar maior nível de infestação comparativamente com as restantes
estruturas, uma vez que a densidade de infestação verificada na RS/A também foi relativamente
maior. Segundo et al. (1997), quanto maior é o nível de infestação dos grãos, maior é a
susceptibilidade do produto à deterioração qualitativa e, consequentemente, maior é a redução do
seu valor comercial.
.
Figura 11. Percentagem de perda de peso de milho
Por tanto as estruturas com aplicação de insecticida e a SGBS/A não mostraram nenhum insecto
vivo, embora terem apresentado 4 insectos/kg de feijão nhemba em todas estruturas no inicio de
estudo, assim como estatisticamente não mostraram diferenças significativas. (Anexo 6).
Esses resultados estão de acordo com os estudos de Nasar et al. (2008a), que pesquisaram
efeitos do armazenamento de feijão fava (Vicia faba L.) e feijão comum (Phaseolus vulgaris L.),
usando garrafas metálicas, plásticas e sacos SGB durante seis meses. Os pesquisadores
constataram que o armazenamento em SGB foi o melhor sistema para a preservação da qualidade
dos grãos do feijão e não tiveram nenhum insecto vivo. Brackmann et al. (2002) verificaram que
o armazenamento em métodos herméticos preservou a cor do tegumento dos grãos de feijão
comum (Phaseolus vulgaris L).
Segundo (Faroni, 2006) estudos feito em Argentina usando sistemas fechado com objectivos de
preservar cacau durante 12 meses descreve que os dados foram apresentados para o controle de
insectos e para a preservação de café e de cacau armazenados empregando uma nova abordagem
através da utilização de atmosferas modificadas como uma alternativa. As taxas de respiração de
sementes de cacau no equilíbrio humidade relativa de 73% a 26ºC em recipientes
hermeticamente fechados empobrecido a concentração de oxigénio para <1% e aumentou o
concentração de dióxido de carbono a 23%, em seis dias. A estrutura flexível hermeticamente
fechado contendo 6,7 toneladas de sementes de cacau foi monitorada para os parâmetros de
concentração de oxigénio e de qualidade do feijão (Navarro et, al., 2007) as medições mostraram
uma diminuição na concentração de oxigénio para 0,3% após 5,5 dias sem insectos.
mostraram diferenças significativas. (Anexo 9). Todavia, segundo Villers et al. (2008), quando
os grãos são acondicionados adequadamente, a perda de peso causada pelos insectos é
insignificante, o que se verifica nos métodos herméticos.
ambiente. Segundo Radunz (2006), durante o armazenamento o teor de humidade dos grãos pode
variar, isto é, aumentar ou diminuir, as vezes manter.
Hayma (2005), cada produto possui um equilíbrio característico entre a humidade nele presente e
o vapor de água contido no ar que o rodeia, conhecido como equilíbrio higroscópico.
Os estudos feitos pelo (Nasar-Abbas et al. 2008a), que pesquisaram efeitos do armazenamento
com atmosfera modificada sobre a cor de fava (Vicia faba L.) com 12% de humidade a 30°C e
protegido da luz. Os pesquisadores constataram que o armazenamento em atmosfera modificada
com nitrogénio foi o melhor sistema para a preservação da cor, comparado à atmosfera com
dióxido de carbono, oxigénio e etileno.
sem actellic) em todo período mantiveram os seus níveis de equilíbrio de poder de germinação
acima de 90%.
100
90
Poder germinativo (%)
80
70
60
50
40 30
30
20 90
10 180
0
PST PST
SGB SGB RAFIA
C/A S/A
C/A S/A C/A RAFIA
S/A
Axis Title
5.2 Recomendações
Com base nas conclusões e constatações tiradas do presente estudo recomenda-se:
c) Aos agricultores
O uso das estruturas herméticas (SGB) para o armazenamento de grãos de milho e feijão
nhemba. É correcto que o armazenamento hermético usando PSTC/A também preserva a
qualidade do grão, no entanto, são estruturas que dificilmente se encontram, não só
implica muitos custos na compra de insecticida.
Que a estrutura hermética (SGB) seja introduzido dentro do saco de juta ou de ráfia para
evitar possíveis perfurações do plástico e quebra de hermeticidade.
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Source DF SS MS F P
Tratament 5 92564 18512.8 14.2 0.0000
Error 120 156240 1302.0
Total 125 248804
PSTS/A 6.9286 a
RS/A 3.5905 ab
SGBS/A 2.0905 b
PSTC/A 0.8000 b
SGBC/A 0.7143 b
RC/A 0.1905 b
Alfa 0,05 Erro padrão de comparação 1,7300 Valor Crítico t 1,980 valor crítico para comparação
3,4254 Existem 2 grupos (a e b ), em que os meios não são significativamente diferentes um do
outro.
Anexo 2. Análise de nível de infestação
Source DF SS MS F P
Tratament 5 21713.4 4342.69 14.6 0.0000
Error 120 35790.6 298.25
Total 125 57504.0
Grand Mean 11.812 CV 146.21
RS/C 8.9048 a
SGBS/A 8.2238 ab
PSTS/A 8.1000 ab
SGBC/A5.5000 ab
RC/A 4.2762 ab
PSTC/A3.4238 b
SGBS/A 49.071 a
PSTS/A 48.057 a
RS/A 43.143 a
RC/A 8.5571 b
SGBC/A1.7714 b
PSTC/A0.6143 b
Alfa 0,05 erro padrão de comparação 11,974 Critico t Valor 1.980 Valor crítico de Comparação
23,708 Existem 2 grupos ( a e b) em que os meios não são significativamente diferentes uns dos
outros .
Source DF SS MS F P
Tratament 5 851.68 170.337 13.5 0.0000
Error 120 1518.71 12.656
Total 125 2370.39
Comparação de PPP
RS/A 12.533 a
SGBC/A 12.476 a
RC/A12.157 a
SGBS/A 12.090 a
PSTC/A 12.038 a
PSTS/A 11.962 a
Alfa 0,05 Erro Padrão de Comparação 11.974 Critico t Valor 1.980 Valor crítico de Comparação
23,708 Existem dois grupos (a e b) os meios não São significativamente Diferentes uns dos
Outros.
Comparaçao de T.H
PSTS/A 12.890 a
SGBS/A 12.638 ab
RS/A 12.376 bc
PSTC/A 12.290 bc
SGBC/A 12.276 bc
RS/A 12.181 c
Alfa 0,05 Erro padrão de comparação 0,2043 Valor Crítico t 1,980 valor crítico para comparação
0,4044 Existem 3 grupos (a , b, etc. ), em que os meios não são significativamente diferentes uns
dos outros.
PSTS/A 6.9286 a
RS/A 3.5905 ab
SGBS/A 2.0905 b
PSTC/A 0.8000 b
SGBC/A 0.7143 b
RC/A 0.1905 b
Alfa 0,05 Erro padrão de comparação 1,7300 Valor Crítico t 1,980 valor crítico para comparação
3,4254 Existem 2 grupos (a e b ), em que os meios não são significativamente diferentes um do
outro.
Comparação de PPP
RS/A 12.533 a
SGBC/A 12.476 a
RC/A12.157 a
SGBS/A 12.090 a
PSTC/A 12.038 a
PSTS/A 11.962 a
Alfa 0,05 erro padrão de comparação 0,5313 Critico T Valor 1.980 Valor crítico de Comparação
1,0520 Não há diferenças significativas entre os pares os meios.
Comparaçao de T.H
PSTS/A 12.890 a
SGBS/A12.638 ab
RS/A12.376 bc
PSTC/A 12.290 bc
SGBC/A 12.276 bc
RC/A 12.181 c
Alfa 0,05 Erro padrão de comparação 0,2043 Valor Crítico t 1,980 valor crítico para comparação
0,4044 Existem 3 grupos (A, B, etc. ), em que os meios não são significativamente diferentes um
dos outros.