Projecto Integrado 2023

1. INTRODUÇÃO

Em Moçambique a agricultura é definida como base de subsistência para maioria das

famíliasresidentes nas zonas rurais bem como urbanas. O milho é uma das culturas mais
cultivada e mais consumida a nível nacional. A maior parte dos produtores de milho produzem
em pequenas áreas não superiores a cinco hectares.

O presente plano de negócio visa produzir e comercializar o Milho (Zea mays) de variedade
Matuba, no mercado local do distrito de Chókwè, na província de Gaza numa área de 1 há.

Milho é uma planta originária de América central, sendo cultivado actualmente em todas as
regiões secas, é um cereal rico em carbohidratos e fonte de óleo, fibras e vitaminas (E, B, B2.).
Além de alguns mineras tais como o fósforo e potássio.

O distrito de Chókwè é predominado por clima semiárido onde a precipitação media anual varia
de 600 a 800mm com a evapotranspiração potencial de referência que varia de 1400 a 1500mm
temperatura media anual que varia entre aos 22̊ a 26̊ e a humidade relativa média anual e de 60 a
65%.

O seguinte plano seguira sequênciasdo processo de produção desde as operações da lavoura até a
colheita onde as operações serão feitas na sua maioria mecanicamente. Para além de indicar as
etapas inerentes a produção, serão indicados também os seus custos do material necessário para
que o plano entre em execução.

1 Elaborado por: Sofia Rabeca Matsena

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo geral

 Produzir Milho (Zea mays) variedade Matuba numa área de 1 há na cidade de

chókwèpara comercialização no mercado local.

1.2.2.Objectivos específicos

 Fazeranálise fofa do mercado;

 Pesquisar e quantificar os custos de produção;
 Identificar alguns métodos de produção de milho.

1.1. Finalidade/ justificação

O presente plano visa a produção de Milho (Zea mays) numa área de 1 há na cidade de chókwè
para o fim de comercialização no mercado local.

A escolha desta cultura deve-se muito mais pelo seu poder de conservação e armazenamento por
longo período e pelo seu custo de produção que é relativamente baixo. O milho é mais apreciado
devido o seu valor nutritivo, com a função de dar energia ao organismo.

A escolha de cidade de chókwè para produzir o Milho é pelo facto de ser um distrito que possui
condições edafo-climaticas para prática de agricultura e por ser um distrito que é abraçado pelo
sistema de regadio com boas condições de distribuição de água, e também os solos são ricos em
matéria orgânica e facilita o desenvolvimento das plantas, o clima favorece também para a boa
produção da cultura.

Elaborado por: Sofia Rabeca Matsena

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2. Revisão bibliográfica

A cultura de milho (Zea mays) é uma cultura originária do México, América central ou sudeste
dos EUA. Ela é das culturas mais antigas e mais produzidas actualmente do mundo, havendo
provas, através de escavações arqueológicas, geológicas e através de medições por desintegração
radioactiva de que é cultivado à pelo ou menos 5000 anos logo depois da descoberta na América
foi levado para Europa onde era cultivado em jardins até que seu valor alimentício tornou-se
conhecido. Passou a ser cultivado em escalas comerciais e espalhou-se desde a latitude de 58
norte(Uniaõ Soviética) até 40 sul(Argentina).

2.1.Classificação botânica:
Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Ordem: Poales

Família: Poaceae

Tribo: Maydeae

Género: Zea

Espécie: Z.mays

Nome científico: Zea mays

2.1.1. Importância económica e social da cultura de milho

2.1.2. Na alimentação humana

O milho desempenha um papel muito importante na alimentação humana, em sua composição

obtém Energia,Vitaminas (A e B), Proteínas, Gorduras, Carbohidratos, Cálcio, Ferro, Fósforo e
amido, além de ser rico em fibras. Cada 100 gramas do alimento têm cerca de 360 Kcal, sendo
70% de glícidos, 10%de protídeos e 4,5% de lipídios.

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2.1.3. Na alimentação animal

O milho é o principal componente da dieta animal: participa com mais de 60% do volume
utilizado na alimentação animal de bovinos, aves e suínos. O milho assegura a parte energética
das rações.
Combinados com outros ingredientes, o milho permite ajustar a formulação de rações específicas
para a dieta balanceada de acordo com o tipo e a destinação dos animais, a exemplo de suínos em
geral, leitões, matrizes, aves poedeiras ou de corte, gado leiteiro ou de corte.

2.2. Solos

O milho pode ser cultivado numa variedade de solos que vão desde os solos arenosos aos solos
argilosos. Porém, prefere solos profundos e de textura média, com alto teor de matéria orgânica,
bem drenados, com alta capacidade de retenção de água e de formar nutrientes necessários para o
crescimento da planta. Os solos alcalinos e propensos a encharcamentos pois não são adequados
para esta cultura. (Oliveira 1987).

2.3. Clima

O milho em Moçambique é cultivado tanto em climas temperados assim como tropicais, durante
o período em que a temperatura média diária é superior a 15˚C, as variedades precoces atingem a
maturação entre 80 a 110 dias e, as variedades médias entre 110 a 140 dias. Se a temperatura
média diária for inferior a 20˚C o grão de milho levará 200 a 300 dias para atingir a maturação
em cada decréscimo de 0,5˚C. O milho é cultivado a temperaturas compreendidas entre 10 a
15˚C.

2.4. Temperatura

A temperatura é o principal elemento determinante da emergência das plântulas e da taxa de

aparecimento de novas folhas. A temperatura determina a duração do ciclo vegetativo: quanto
mais fria for a região, mais tempo levará a planta a atingir a maturação. É pouco sensível às
radiações da luz, não obstante prefira dias longos, principalmente na fase de floração. Pode
cultivar-se em diferentes tipos de solo, preferencialmente os profundos e com boa drenagem. A
arena argilosa fértil é considerada melhores para a cultura. (Almeida 2006).

2.5. PH

O pH óptimo varia de 5-7. Solos alcalinos e propensos a encharcamento não são adequados para
esta cultura.

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2.6.Humidade

É importante garantir a quantidade de água necessária no período apropriado ao desenvolvimento

do milho. (RESENDE 2003)

2.7.PRÁTICAS CULTURAIS:

2.7.1.Sementeira.

È uma operação agrícola em que faz se a distribuição conveniente da semente botânica no solo
para que germine. (Nunes 1985).

2.7.2. Rega

E a operação que consiste no fornecimento de água as plantas. O intervalo de regas e de 7 em 7

dias, podendo aumentar ou diminuir de acordo com as condições climáticas e do solo.

2.7.3. Sacha

É uma operação agrícola que consiste na mobilização da camada do solo com finalidade eliminar
plantas daninhas. Esta operação deve ser realizada no mínimo três vezes durante o ciclo da
cultura acompanhada pelas amontoas.

2.7.4. Adubação

É uma operação Agrícola que consiste na aplicação de adubo no solo para-se atingir o
rendimento desejado. A primeira adubação é feita antes da sementeira e a segunda adubação é
feita depois de sementeira dependendo das necessidades da cultura.

2.7.5. Pulverização
É uma operação agrícola que consiste em aplicar pesticidas nas plantas,é feita manualmente ou
mecanicamente com o uso de pulverizadores que terá como objectivo de combater as pragas e
doenças que são prejudicais a cultura causando baixa produtividade.

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2.8. PRINCIPAIS PRAGAS, DOENÇAS:

2.8.1. Pragas

As principais pragas que atacam a cultura de milho sã o:

 Roscas (Agrotisspp);
 Broca de colmo (Busseola fusca);
 Rato do campo (Praomysnatalensis);

2.8.2. Doenças
As principais doenças que atacam a cultura de milho são:

 Míldio (Peronosclerosporasorghi);
 Listrato-da-folha (MaizeStreakVirus);
 Podridão-da-espiga (Fusariumspp.,Diplodia);
 Mancha-castanha (Drechsleratúrcica).

3. Metodologia

3.1. Material
 Esferográfica;
 Caderno;
 Papel A4;
 Telemóvel;
 Computador.

3.2. Metodos

3.2.1. Entrevista

Consistira na busca de informação nos camponeses (agricultores), comerciantes com vista a ter
conhecimentos sobre os preços do produto e variedade preferida;

Elaborado por: Sofia Rabeca Matsena

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3.2.2. Internet

Consistira na pesquisa de técnicas de produção de milho;

3.2.3. Visita aos campos das empresas de Agricultores

Este método consistirá em visitar as empresas produtoras de milho e agricultores experientes no

ramo agrícola, para adquirir melhores métodos de produção de milho que eles usam.

3.3.Preparação do solo:

3.3.1. Lavoura:
Será feita uma lavoura de 30cm de profundidade de modo a permitir uma boa incorporação dos
restolhos vegetais, depois antecede a plantação, mais segundo a literatura aconselha se fazer duas
gradagens e duas lavouras cruzadas.

3.3.2. Gradagem:
As gradagens têm um fim de promover o destorroamento do solo e ao mesmo tempo o seu
nivelamento. Permite além disso completar a acção da lavoura no diz respeito a um melhor
revolvimento e arejamento do solo, desta maneira nesta região o normal tem se feito uma
gradagem mas segundo a literatura aconselha se duas.

3.3.3. Sulcagem
Estas operações que consistem na abertura de sulcos e divisão de campo em parcelas
respectivamente para facilitarem o processo de circulação de água durante a rega. Estas
operações são realizadas 3 dias antes da sementeira. Nunes (1985)

3.3.4. Parcelamento:
Os Parcelamento do campo para a recepção é feito em forma de marrachas, os campos devem
estar bem nivelados de modo que haja uma boa drenagem. A nível do distrito de Chókwe, os
agricultores deste local permitem este tipo de operação, cujo sistema de rega é por gravidade.

3.3.5. Regas
Para garantir elevadas produtividades, é necessário que a planta não sofra de défice hídrico.
Portanto, o fornecimento de água é pertinente e será feito de forma regular durante toda a estação
de crescimento, podendo ser suspenso caso haja quedas pluviométricas. Ainda a rega será feita
após a sementeira, O sistema de rega aplicado nesta região e por gravidade devido as condições
financeiras, este método e barato e fácil de ser implementado.

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3.3.6. Controle de pragas e doenças:
O controlo de pragas e doenças, será iniciado duas semanas após a germinação, as restantes
pulverizações serão feitas dependendo da existência das mesmas na cultura, por forma a garantir
um rendimento quantitativo e qualitativo do produto, o que irá possibilitar uma boa concorrência
no mercado de venda.

3.3.7. Colheita:
Esta actividade agrícola será feita manualmente. Para o efeito é a retirada da espiga na planta
mãe.

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4. Cronograma de actividades

Ano: 2017
Actividades Mês de Junho
Semanas
1ᵃ 2ᵃ 3ᵃ 4ᵃ
Analise do solo e vias de acesso do campo e o mercada
Consulta de preços no mercado local
Pesquisa dos recursos necessários
Análise do mercado
Elaboração do plano
Entrega do plano ao tutor

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5. Módulos a integrar
 HGO13002: Preparar-se para acto emprego;

Este módulo vai ajudar na gestão e uso de tempo durante a execução das actividades.

 AGRO13005: Identificar e fertilizar solos.

Ira favorecer na classificação dos solos adequados para a execução do projecto, duma outra
maneira ajudara também no melhoramento da fertilidade do solo.

 AGR013002: Cumprir com as medidas de higiene e segurança no trabalho (HST) e

protecção ambiental numa unidade de produção agro-pecuária;

Este módulo ajuda na criação de condições de HST para que os trabalhadores operem num
ambiente livre, sem riscos de acidentes e doenças no trabalho.

 AGR13009: Identificar e manipular pragas e doenças usando pesticidas e pulverizadores

manuais;

Este módulo é muito importante pós vai ajudar no processo de controlo fitossanitário das
plantas combate de pragas e doenças.

 HG034001: interpretar informações utilizando processos e procedimentos matemáticos;

Este módulo ajudara nos cálculos dos custos do projecto, e rendimento, lucros e despesas.

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6. Análise FOFA
Forças

 Existência de mão-de-obra;
 Terras propícias a produção de milho;
 Presença de mercado, transporte e vias de acesso;
 Insumos e materiais localmente disponíveis.
Fraquezas

 Mão-de-obra não qualificada;

 Falta de sementes com elevado poder germinativo;
 Falta de variedades com um ciclo vegetativo curto.
Oportunidades

 Ausência de concorrentes no mercado;

 Falta do produto no mercado.
Ameaças

 Surgimento de concorrentes;
 Aparecimento de novas pragas e doenças;
 Ocorrência de calamidades naturais.

Elaborado por: Sofia Rabeca Matsena

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7. Cronograma de actividades para a implementação do projecto

Meses
Actividades Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro

Análise do Mercado
Lavoura
Gradagem
Sulcagem
Parcelamento
Sementeira
Rega
Ressementeira
Sacha
Pulverização
Adubação
Colheita
Debulha
Armazenamento
Comercialização

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7.1. Tabelas de custos

Custos variáveis

Designação Quantidade/ Área Custo Custo Amortiz Total de

unidade Unitário/Mt total/Mt ação (%) amortização
Pulverizador 1 1ha 1200 1200mt 25 300
(16L)
Enxada 4 1ha 150mt 600mt 25 150
Pá 2 1ha 250mt 300mt 25 75
Sementes 25kg 1ha 85mt 2125mt 25 531,25
Adubo NPK (12- 100kg 1ha 1800mt 3600mt 25 900
24-12)
Adubo ureia 100Kg 1ha 1600mt 3200mt 25 800
(46%)
Cypermetrina 2L 1ha 300 600mt 25 150
Botas 2 1ha 400mt 800mt 25 200
Fato-macaco 1 1ha 600mt 600mt 25 150
Técnico básico 1 1ha 5000mt 5000mt 5000
Sob total 18025m 8256,25

Custos Fixos

Designação Quantidade/unidade Área Custos Unitários Custo total/Mt

Lavoura 1 1ha 2400mt 2400mt
Gradagem 1 1ha 1200mt 1200mt
Sulcagem 1 1ha 900mt 900mt
Parcelamento 1 1ha 500mt 500mt
Água -------------------------- 1ha 600mt 600mt
Sob total 5600mt
Custos de mão-de-obra

Sementeira 5 1ha 100mt 500mt

Adubação 5 1ha 100mt 1000mt
Sacha 5 1ha 100mt 1500mt
Regantes 4 1ha 100mt 1600mt
Pulverizações 3 1ha 100mt 600mt
Colheita 5 1ha 100mt 500mt
Debulha 5 1ha 100mt 500mt
Sob total 6200mt
Total 11800mt

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7.2. Resumo de calculos
Cálculo de Custo de produção Cálculo de Custo Unitário

CP= CV+CF CU = CP / QP

CP=18025+11800 CU=29825/4500 Kg

CP=29825 CU=7mt

Preço de venda Receita total

PV = CU + (25%) + (IVA* CU) RT = QP*PV

PV=7+ (14x0.25) + (0.17*14) RT=4500*13

PV=7 +3.5 + 2.38 RT=58500

PV=13

Margem Bruta Margem líquida

MB=RT-CV ML = MB – CF

MB=58500-17885 ML=40615-11800

MB=40615 ML=28815

Elaborado por: Sofia Rabeca Matsena

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8. Referência bibliográfica

 SILVA,﴾1998). Manual de culturas de cereis. Volume I Editora Pág. 22 a 38.

 Oliveira,﴾1987). Manual de milho 2a Edição, Volume II, Pág. 1 a 27.
 PEIXOJO,﴾1999). Manual de cultuaras de cereais1aedicao.
 Jonasse, F. C. e Tuia, J. AP9, Agro-pecuária 9a classe. 1a Edição. Maputo. Texto
Editores, Lda-Moçambique.2010.pag.62.

Elaborado por: Sofia Rabeca Matsena