Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Detalhes
Escrito por Newton C Braga
Uma montagem biônica bastante interessante é aquela que faz a interação entre um circuito eletrônico, gerador de alta tensão
e um ser vivo, inclusive humano. O estimulador de nervos que descrevemos neste artigo, além de ser uma montagem simples
que pode ser implementada numa matriz de contactos, serve também para mostrar como seres vivos reagem a estímulos
elétricos. Atualizado em 2012, este artigo usa componentes que ainda são comuns no mercado, consistido numa excelente
ferramenta para experimentos no laboratório de biologia.
Para vencer a resistência da pele humana, excitando as terminações nervosas de modo que alguma sensação possa ser
obtida, é preciso aplicar tensões da ordem de 30 V e acima, o que não é conseguido a partir de pilhas comuns.
Assim, para o estímulos de nervos, não só devem ser geradas tensões acima desse valor como também na forma de pulsos,
para que o efeito possa ser mantido.
Some-se a isso a necessidade de se limitar a intensidade da corrente para que o estímulo não se torne perigoso.
É por esse motivo que nunca se deve realizar experimentos utilizando diretamente a tensão da rede de energia que é
extremamente perigosa, tanto pela sua elevada tensão pelo fato de não haver qualquer limitação de corrente.
Para a realização de experiências seguras tanto com animais como com seres humanos, recomenda-se a utilização de um
circuito alimentado por pilhas e que tenha a limitação de corrente.
Mas, se as pilhas não fornecem a tensão necessária para os estímulos, o que fazer?
É justamente isso que descrevemos neste interessante projeto de um estimulador inofensivo, alimentado por pilhas e que
ainda tem um controle da freqüência dos pulsos ou estímulos gerados. No site do autor temosm outras versões de
estimuladores.
Como Funciona
O circuito consiste num pequeno inversor de baixa potência que eleva a tensão de 4 pilhas para valores máximos que podem
ficar entre 200 e 400 V dependendo do transformador usado.
Para fazer essa inversão utilizamos um oscilador que tem sua freqüência controlada e selecionada em duas faixas
determinadas por dois capacitores, conforme mostra a figura 1.
Oscilador
O capacitor maior determina os pulsos de menor freqüência ou intervalados e o capacitor menor, uma corrente alternada de
saída.
Como o transformador é pequeno, apesar da tensão ser alta, a corrente é pequena o que torna o aparelho seguro.
Para controlar a tensão aplicada externamente existe um potenciômetro que permite ajustar seu valor entre zero e o máximo.
Montagem
O diagrama completo do estimulador de nervos é mostrado na figura 2.
Esquema eletrônico.
Como essa seção visa ensinar aos leitores como utilizar uma matriz de contactos, a tecnologia usada para implementação do
circuito é justamente essa. Temos então na figura 3 a disposição dos componentes nessa matriz de contactos.
Eletrodos.
Outras possibilidades consistem em bastões de metal ou plaquinhas de metal.
Na montagem na matriz observe a posição de componentes como o transistor, circuito integrado e capacitores eletrolíticos,
pois inversões podem impedir o funcionamento do circuito e até mesmo causar suas queimas.
Teste e Uso
Inicialmente, coloque as pilhas no suporte e conecte o suporte, observando a polaridade, na matriz de contactos.
O circuito já deve funcionar, o que será constatado pelo acendimento da lâmpada neon.
Atue sobre o potenciômetro de controle de freqüência para verificar como seu brilho se altera.
Agora, coloque P2 na posição de menor resistência e segure os fios de saída entre os dedos.
Vá gradualmente ajustando P1 e P2 até sentir uma sensação de formigamento ou pulsos, conforme o capacitor selecionado em
S1.
Comprovado o funcionamento é só, usar sempre partindo de s2 na posição de menor resistência.
CI-1 - 555 - circuito integrado, timer
Q1 - BD135 - Transistor NPN de média pot6encia
R1 - 3,3 k ? x 1/8 W - resistor - laranja, laranja, vermelho
R2 - 10 k ? x 1/8 W - resistor - marrom, preto, laranja
R3 - 1,5 k ? x 1/8 W - resistor - marrom, verde, vermelho
C1 - 470 µF x 12 V - capacitor eletrolítico
C2 - 47 nF - capacitor cerâmico ou poliéster
C3 - 1 µF x 16 V - capacitor eletrolítico
S1 - Cave de 1 pólo x 2 posições
P1 - 470 k ? - potenciômetro
P2 - 10 k ? - potenciômetro
T1 - Transformador - ver texto
B1 - 6 V - 4 pilhas pequenas, médias ou grandes
Diversos:
Matriz de contactos, fios, suporte de pilhas, etc.