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MATERIAL PARA DEFESA.

Tipo de programa
Mestrado profissional em Teologia
Linha de pesquisa.
Organização e cuidado pastoral
O porquê do tema.
Tornar o ensino assimilável e significativo e memorizável, se estende como um
dever/fazer da Igreja e de cada líder religioso
TEMA.

Elaboração de material infográfico direcionado ao ensino bíblico sobre o


viver cristão à luz da teologia prática e da carta de Tiago.

Objeto
busca analisar o uso dos mapas mentais como ferramenta prática e
pedagógica aliada ao ensino bíblico.

Objetivo geral.
Apresentar princípios práticos contidos na Carta de Tiago com a finalidade de
os dispor em forma de material infográfico, utilizando a técnica dos mapas
mentais.

Obs.
Intenta-se demonstrar que é possível melhorar a praticidade e a
significação no aprendizado a ser ministrado nas comunidades religiosas,
fazendo uso dos mapas mentais, enquanto um recurso que viabiliza a
construção dos infográficos.

Objetivo específico.
 pesquisar a origem e os fundamentos teóricos da Teologia Prática;
 interpretar os ensinos da Carta de Tiago;
 elaborar material infográfico, a partir da técnica de produção de mapas
mentais, contemplando conceitos e explicações sobre os ensinos
contidos na Carta de Tiago.

A metodologia parte-se da pesquisa bibliográfica e tem natureza explicativa,


pois investiga sobre a Teologia Prática e os ensinos da carta de Tiago.

RESUMO DO TRABALHO.
Estruturalmente, o trabalho compreende se de uma introdução e de 3 capítulos
ou seções subsequentes e finalmente as considerações finais.

1ª A primeira seção trata de uma análise sobre a Teologia Prática, buscando


entender origem e caminho, conceito e finalidade, objeto e método de estudo
de uma teologia prática; busca se analisar a igreja e o seu ensino no âmbito de
uma teologia prática; a carta de Tiago e sua finalidade com a teologia prática;
considerações prévias

2ª A segunda seção trata de algumas considerações sobe a carta de tiago pg


38; a liderança de Tiago; o deus que se apresenta aos dispersos na carta de
Tiago; o sentido atribuído à vida cristã na carta de Tiago; considerações
prévias. pg 65

3ª Na terceira seção trata-se do material infográfico sobre condutas cristãs via


mapas mentais, pg 66; mapa mental 1: sobre a carta de Tiago; mapa mental 2:
liderança na carta de Tiago; mapa mental 3: o deus que se apresenta aos
dispersos na carta de tiago.71; mapa mental 4: auto engano religioso; mapa
mental 5: a língua; mapa mental 6: mapa mental 7: tratamento interpessoal e
congregacional mapa mental 8: provações; mapa mental 9:tentações;mapa
mental 10: sabedoria terrena; mapa mental 11: sabedoria do alto; mapa mental
12: fé; mapa mental 13: projeto; mapa mental 14: o cristão; mapa mental 15
missão da igreja, pg 83.
Porque uma incursão na teologia pratica?
Esclarece-se que a introdução da Teologia Prática nesta pesquisa,
ocorre em parte por duas razões, a saber: a) o fato de estabelecer conexão
entre os campos teórico-prático, visto que ao mesmo tempo que tem viés
teológico, busca sua materialização no âmbito da prática; b) embora ganhe
escopo nos séculos XIX e XX, enquanto uma disciplina, é na
contemporaneidade que ela vem sendo aplicada de maneira mais contundente,
devido ao seu apelo de promover a integração entre discurso e ação. Pg 12

Principais Teóricos
Entre outras obras, destacam-se: fundamentos da Teologia Prática de Júlio
Zabatiero; Teologia Prática no contexto da América Latina de responsabilidade
de Harpprecht e Zwetsch; Teología practica de Casiano Floristane. Serve-se,
também, de alguns artigos, a exemplo cita-se: Teologia Prática pentecostal:
particularidades, perfil e desafios no século XXI de Campos e Bernardo; Para
além da redoma: o sentido de uma Teologia Prática, de Domingues e
Rupphental Neto.
Porque a carta de Tiago?
por entender que ela contém princípios de uma teologia aplicáveis à
prática, visto ser composta por condutas e princípios que ajudam, ainda hoje,
os cristãos a compreenderem sua ação responsável e comprometida com os
valores do reino. Esse é um ensino que ultrapassa o tempo histórico.

Principais fontes.
Entre as fontes consultadas, cita-se o Novo Comentário Bíblico
Contemporâneo sobre a Carta de Tiago; Através da Bíblia: livro por livro de
Pearlman; Comentário bíblico de Matthew Henry; Introdução ao Novo
Testamento de Kümmel, W. G.; Comentário Bíblico Moody de F.C. Pfeifer e E.F
Harrisson, uma Exposição de Tiago: a sabedoria de Deus de Shedd e Bizerra,
e outros, inclusive dicionários.

4 MATERIAL INFOGRÁFICO SOBRE CONDUTAS CRISTÃS VIA MAPAS


MENTAIS

Desde as linhas introdutórias, esta pesquisa defende uma teologia


aplicável, uma vez que a “Teologia Prática cuida da aplicação prática das
verdades tratadas em outros ramos da teologia” (SEVERA, 2016, p.19). Para
tanto, busca-se ligar a proposta metodológica com os pressupostos
apresentados na Carta de Tiago. Essa conexão possibilita a produção de
material infográfico, como técnica que apresenta como recurso didático o mapa
mental.
Esclarece-se que o presente trabalho não põe em discussão ou
questionamento a eficácia dos mapas mentais, pois se parte do entendimento e
da defesa que a aprendizagem, por meio deste recurso, será bastante
otimizada, isso porque há a presença da sistematização de ideias e conceitos
que são facilitadores para a compreensão de sua aplicabilidade no contexto de
vida.

4.1 A CONSTRUÇÃO DE MAPAS MENTAIS


A utilização dos mapas mentais no processo ensino e aprendizagem
visam facilitar a construção de sínteses sobre um tema estudado. A partir da
síntese se tem uma visão panorâmica sobre as principais ideias e definições
desenvolvidas, o que possibilita estabelecer conexões sobre o objeto estudado.
Como defendem Solonca e Solonca (2020), o mapa mental trata de uma
ferramenta para se utilizar ante a necessidade de sistematizar e organizar um
conteúdo que está fragmentado, difuso, pulverizado. Ele possibilita a clareza,
uma vez que parte de um tema principal. Por ele, organiza-se o conteúdo
usando conectores para ramificar ou subdividir o tema, incluindo ou não
imagens e desenhos. As autoras citadas, advogam, ainda, que tal ferramenta é
excelente para precisar ou citar genealogias ou temas que geram vertentes.
Para Bovo e Hermann (2005), a técnica de construção de mapas
mentais foi desenvolvida pelo inglês Tony Buzan, na última década de 1970. A
partir da técnica aplicada, foi constatado que os alunos que a usavam faziam
anotações diferenciadas, com cores, desenhos, símbolos e ilustrações,
obtendo melhores níveis de aprendizagem. Nas palavras de Buzan (1996), isto
se dava pela exploração dos hemisférios direito e esquerdo do cérebro no
processo de aprendizagem, ocasionando uma melhor absorção do
conhecimento.
Buzan (1996), ao definir mapa mental o descreve como uma ferramenta
pedagógica de organização de ideias a ser estruturada por meio de palavras-
chave, cores e imagens que se irradia a partir de um centro. Estes desenhos
beneficiam o aprendizado e, consequentemente, aprimoram a produtividade
pessoal. De igual forma, Iorio assegura a utilização dessa ferramenta, partindo
da “ideia central, palavras-chave, imagens-chave, cores e ramificações”
(IORIO, [2018?], p.5)
Neste sentido, é possível defender a aplicabilidade desta ferramenta no
contexto do ensino e da aprendizagem, na medida em que ela possibilita o
entendimento de conceitos. Por tal motivo, este recurso didático pode ser
utilizado na “compreensão e solução de problemas; para a memorização e o
aprendizado,” (FENNER, 2017, p.34).
Iorio esclarece que “o mapa mental é um método dinâmico e objetiva
estimular e explorar os infinitos recursos de nosso cérebro” (IORIO, [2018?],
p.3)1 . Ainda, para este autor, o mapa mental, fundamenta-se no princípio do
pensamento radiante, conceito que se aproxima das conexões neurais
presentes no cérebro humano. A partir do mapa mental são ativados os
mecanismos presentes tanto no hemisfério esquerdo (lógico e racional), como
no direito (criativo e emocional).
Cumpre ressaltar que as novas teorias sobre a aprendizagem tratam
sobre as conexões neurais, defendendo, inclusive, a presença da significação
no processo de construção do conhecimento (AUSUBEL, 2000). A significação
é uma ação que produz o sentido para o ato de aprender, isso porque ela
produz ancoramentos com os conhecimentos prévios trazidos pelo aprendente.
Sem a significação, o ensino se distancia da aprendizagem e da apropriação

1
O livro ‘mapas mentais’ de Filipe Iorio está disponível em formato eletrônico, e não possui
descrição de data. Logo 2018 é uma data provável, conforme: NBR 6023:2002.
do objeto pelo aprendente, porque não há em que se sustentar, ou seja, não
existe uma âncora.
O mapa mental favorece a construção de âncoras, principalmente,
porque ele trabalha com os conhecimentos prévios do aprendente e com os
que serão apropriados. Os conhecimentos prévios ajudam no processo de
significação de novos conceitos, na medida em que eles podem ser
confrontados, sistematizados, revisitados, além é claro de trabalhar com
formas, cores, imagens e textos.
Iorio [2018?] assegura que o diferencial do mapa mental está justamente
em utilizar associações de imagens-chave e palavras-chave na criação de
novas ideias e, também de acessar a memória de longo prazo. Graças a isto, o
sucesso da aplicação de mapas mentais em qualquer área, seja nos estudos,
no trabalho, na organização pessoal ou mesmo na geração de novas ideias é
garantido, o que possibilita uma maneira de aprender significativa e
contextualizada.
É oportuno dizer que tal recurso é utilizado por diversas áreas do
conhecimento, o que implica em pensar na sua utilidade e viabilidade em
diferentes contextos. Afinal, observa-se o emprego desta técnica no campo
jurídico, medicina, administração, dentre outros. Iorio, ainda, ressalta que “Um
Mapa Mental é uma técnica simples e eficiente que utiliza todas as habilidades
do nosso cérebro para: expandirmos nossa memória, organizarmos ideias,
planejarmos melhor e lembrarmos tudo que estudamos.” (IORIO, [2018?],
p.15).
Para Petchenik (1995), os mapas mentais vão muito além do que se
pode observar por intermédio do olhar, visto que se apresenta como uma
representação integrada multimodal, englobando várias representações que
ajudam a interpretar a realidade ao redor.
Como visto, os mapas mentais estão voltados para o gerenciamento de
informação e são aplicáveis a muitas situações que ajudam a interpretar a
realidade. Devido sua aplicabilidade e capacidade de expandir a memória e
sua eficácia comprovada na memorização de conteúdo, tenta-se justificar a
aplicabilidade de tal recurso no ensino bíblico. Não se trata dum estudo
exaustivo e sim de um uma abordagem exemplificativa.

4.2 MAPA MENTAL 1

A sistematização do mapa mental sobre a Carta de Tiago tem início no


conhecimento sobre seu público-alvo, finalidade e data. Esses dados são
fundamentais para situar a carta no contexto histórico, associando com os
eventos ocorridos na época da escrita.
4.3 MAPA MENTAL 2

Neste segundo mapa mental, ilustra-se a questão da liderança de Tiago.


Cada subtema de liderança é associado a uma imagem, a qual ajuda o
processo de associação, sistematização e significação do princípio a ser
estudado. Nesta representação toma-se o Tiago o possível autor da Carta
como referência de liderança, e destaca sua coragem demonstrada frente seus
algozes, bem como sua fidelidade ao seu Senhor a saber, Jesus. Procura
demonstrar ainda sua influência frente as decisões conciliatórias, bem como
sua firmeza de posicionamento destacada nas palavras do apóstolo Paulo.
Sintetiza também sua autodenominação de servo e como característica não
menos importante destaca seu afeto pelos seus irmãos.
4.4 MAPA MENTAL 3

Neste mapa 3 desenham-se algumas características sobre o Deus que


se apresenta na carta de Tiago dirigida ao seu público alvo. A ideia central é
mostrar sinteticamente que Deus é doador, tanto de sabedoria como de todas
as boas dádivas. Demonstrar também que suas mãos são abençoadoras, dos
que humildemente lhe pedem. Procura evidenciar que Deus por meio do seu
Espirito deseja manter um relacionamento santo com humanidade. Sintetiza-se
ainda a paternidade de Deus, tema este, evidenciado nas páginas do Novo
Testamento-NT. A figura retrata ainda que Deus não tenta a ninguém para o
pecado, porém permite a prova, com o objetivo de trabalhar o amadurecimento
de seus filhos.
4.5 MAPA MENTAL 4

O presente mapa mental, trata do auto engano religioso, este se efetiva


quando o ser humano tem uma vida religiosa aponto de auto denominar-se
religioso, no entanto suas ações não guardam uma relação com seu agir.
Neste particular o indivíduo se torna refém de sua fala enganosa. Neste
esquema mental demonstra seque a conduta correta é evitar os pecados da
língua e procurar manter uma correlação entre sua fala e suas ações.
4.6 MAPA MENTAL 5

No presente mapa mental, a intenção está em demonstrar o tratamento


que o autor da carta de Tiago dar à língua. A mesma é descrita como sendo
indomável, com alto poder de morte, como um fogo abrasador. Segundo a
Carta de Tiago ao quando não refreada a língua se torna anulante da religião
daí ser incendiada pelo inferno e tornar se um infindo mundo de iniquidade.
4.7 MAPA MENTAL 6

A síntese sobre a religião, figurada no presente mapa mental, quer


evidenciar que embora haja definições sobre religião, nas quais descrevem-na
como algo global, ou crença em deuses e ainda como sendo de várias
maneiras e que a mesma sofre evolução de conceito. No entanto o autor da
carta de Tiago apresenta apenas duas características de uma religião
verdadeira a saber: compaixão a qual está voltada para o próximo e a piedade
vivida em um relacionamento com Deus.
4.8 MAPA MENTAL 7

No presente mapa mental trata-se do tratamento interpessoal e


congregacional, intenciona com o mesmo mostrar o desestimulo ao parcialismo
e a discriminação. Por outro lado, estimula o reconhecimento da imparcialidade
e ao julgamento correto das demandas interpessoais entre os cristãos
procurando sempre um ponto ótimo, isto a vivência do amor.
4.9 MAPA MENTAL 8

Neste oitavo mapa mental, se trata a visão sobre as provações, as quais


quando vista como tentações objetivam despertar a vontade de Deus em seus
filhos. A presente síntese figura as provações como teste, por meio destas
Deus trabalha a maturidade advindo disto um proveito moral e um coroamento,
por isto devem ser vistas com alegria.
4.10 MAPA MENTAL 9

Referente ao nono mapa mental o qual trata das tentações, entre outras
verdades destaca-se que um quadro de tentação ou incitação pode ser ativado
por fatores internos e externos. Outra verdade clara no presente estudo é o fato
de que satanás se apropria deste processo, porém o autor da carta não atribui
a satanás e nem a Deus fonte primária das tentações. Na visão do autor da
Carta a causa das tentações são as concupiscências, isto é, os maus desejos,
frente as necessidades. Neste particular a forma de ser vitorioso e adorar
somente a Deus e agir com fé e sabedoria. Do contrário se estabelece a matriz
do pecado.
4.11 MAPA MENTAL 10

Depois de tratar das tentações procura sintetizar a sabedoria terrena, a


qual é vista como não celestial, logo não é espiritual ou divina, mas de origem
demoníaca portanto inaproveitável para o reino de Deus, sendo manifesta nas
atitudes de inveja e egoísmo.
4.12 MAPA MENTAL 11

Neste décimo primeiro mapa mental sintetiza-se a sabedoria do alto. Por


sua vez ela é pura em sua essência, santa em sua origem. É vista também
como pacífica, ou conciliatória, é amável, ou mansa, é compreensível, isto é,
pronta para ouvir e apta para a comunhão. Na carta de Tiago a sabedoria do
alto é vista como cheia de misericórdia piedosa e de bons frutos e sobre tudo
sem fingimento.
4.13 MAPA MENTAL 12

Em se tratando da fé, é possível demonstrar através deste mapa mental


que a mesma pode ser operante, isto é, uma convicção inabalável, uma
certeza viva, neste sentido ela produz atitude, podendo ser também entendida
como ortopraxia ou conduta correta, sendo passiva de aperfeiçoamento e
refinamento, entendida ainda como um dom de Deus. Do contrário é uma fé
morta.
4.14 MAPA MENTAL 13

Neste mapa mental 13, objetiva-se sintetizar a questão dos projetos


humanos, destaca -se que sobre os tais recai a incerteza do amanhã, bem
como o fato do ser humano desconsiderar a permissão divina. Pesa ainda a
fragilidade da vida pois, a mesma, é como a neblina. Assim o autor da cata
orienta a busca pela permissão divina bem como a viver na dependência
divina.
4.15 MAPA MENTAL 14

Neste decimo quarto mapa mental, sintetiza-se a conduta ideal para o


cristão, procura-se demonstrar que o cristão, uma vez orientado pela escritura
sagrada deve viver com alegria em tempos de provas, sua oração deve ser
nutrida pela fé, não culpar a Deus quando tentado. Procurar desenvolver a
habilidade de ouvir, ser tardio em falar e irar, deve buscar limpeza moral,
praticar a palavra, ser imparcial e nunca discriminar o seu semelhante e
sobretudo ser submisso a Deus.
4.16 MAPA MENTAL 15

Neste último mapa mental, como nos demais a intenção não é exaustiva
e sim exemplificativa. Portanto em se tratando da missão da igreja destaca-se
que à mesma deve a aplicação do evangelho, afim de conduzir as pessoas a
Cristo, isto fala de sua reponsabilidade. Faz parte de sua missão a busca do
desviado bem como lidar com os frágeis e sobre tudo cumprir sua missão
profética.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como norte ou problema analisar a eficácia dos


mapas mentais como ferramenta prática e pedagógica a ser utilizada no ensino
bíblico, como parte da missão da igreja. Para tanto seu objetivo final ocupou-se
da elaboração de material infográfico, via mapa mental, direcionado ao ensino
bíblico, sobre o viver cristão à luz da Teologia prática e da Carta de Tiago. Haja
vista que, desde as primeiras revelações de Deus presente nas escrituras
direcionadas ao ser humano, observar-se diferentes formas de ensinar, as
quais visam facilitar o aprendizado e possibilitar a memorização significativa e
aplicação de princípios associados ao bem viver.
Inicialmente, no primeiro capítulo, fez-se uma revisão de literatura sobre a
Teologia Prática, em que se abordou sobre sua origem, fundamentos,
conceitos, finalidade. A intenção foi alargar a visão sobre a missão da igreja
enquanto agente de uma Teologia Prática. Constatou-se que a Teologia
Prática estabelece conexão entre os campos teórico-prático, pois ao mesmo
tempo em que tem viés teológico, busca sua materialização no âmbito da
prática. Verificou-se, ainda, que é na contemporaneidade que ela vem sendo
aplicada de maneira mais contundente, devido ao seu apelo de promover a
integração entre discurso e ação.
Referente ao segundo capítulo, a pesquisa tratou de ensinos e
significados contidos na Carta de Tiago, incluindo considerações sobre sua
autoria, mensagem e destinatários. Tratou, ainda, da liderança exercida pelo
autor da Carta de Tiago. Destacaram-se os ensinos e as condutas cristãs, as
quais dizem respeito ao modo como a igreja deve se comportar, frente as
muitas situações conflitantes com a vida cristã. Ocupou-se, ainda, em
interpretar, tendo como base alguns teóricos e estudiosos, uma ressignificação
de temas, como: provações, tentações, controle da fala, o Deus que se
apresenta aos dispersos. Foi possível constatar que a Carta de Tiago guarda
estreita relação e afinidade com a Teologia Prática, pois busca inserir
orientações sobre o sentido da vida cristã, na medida em que materializa os
ensinos em uma prática vivencial e experiêncial.
Referente à última parte do trabalho, a qual tratou da elaboração de
material infográfico via mapas mentais, a intenção foi introduzir possibilidades
e formas de trabalhar os ensinos bíblicos e para tanto o conteúdo eleito foi
alguns dos temas desenvolvidos na Carta de Tiago,como base da pesquisa.
Constatou-se o poder e a capacidade de sintetização e coerência dos mapas
mentais. Comprovou-se que se trata de uma técnica simples e eficiente que
utiliza todas as habilidades do cérebro e expande a memória, servindo, assim,
para organização de ideias, planejamento e melhor forma de lembrar de
assuntos estudados.
Quanto à metodologia da pesquisa, o presente estudo teve natureza
explicativa, isto porque visou investigar sobre os conceitos, a origem, o objeto,
o método e a finalidade da Teologia Prática. Objetivou ainda analisar os
ensinos da carta de Tiago. Buscou-se, também, demonstrar a estreita relação
entre os fundamentos da Teologia Prática e os ensinos da Carta de Tiago.
Visou, ainda, analisar o uso dos mapas mentais como material infográfico como
possibilidade e técnica de ensino. Quanto ao método, optou-se, pelo método
dedutivo e comparativo. Informa-se, ainda, que o texto e as referências bíblicas
foram extraídos da Nova Versão Internacional - NVI.
Durante a pesquisa, constatou-se algumas literaturas voltadas para o
estudo da Teologia Prática bem como estudos voltados para a Carta de Tiago,
no entanto não foi possível encontrar um material, com o mesmo objetivo
proposto nesta pesquisa, fator este que dar a este estudo um lugar singular
frente aos demais. Considerando tal singularidade é possível afirmar que este
trabalho soma ao campo teológico no que tange a possibilidades e formas
diferentes de fazer teologia prática.
Após o desenvolvimento da pesquisa e elaboração do material
infográfico, é possível assegurar que os mapas mentais atendem como
suficiência o problema e os objetivos perseguidos nesta pesquisa e se
apresentam como alternativa inteligente, a ser utilizado no processo ensino
aprendizagem das Escrituras, principalmente, porque ele trabalha com os
conhecimentos que já são de domínio do aprendente e com os que serão por
ele apropriados, pois os conhecimentos prévios ajudam no processo de
significação de novos conceitos, na medida em que eles podem ser
confrontados, sistematizados, revisitados, além é claro de trabalhar com
formas, cores, imagens e textos.
Esclarece-se que a presente pesquisa teve seu eixo gravitacional na
construção dos mapas mentais a partir da Carta de Tiago, porém é seguro
dizer com base nos princípios extraídos, que tais mapas mentais podem ser
utilizados no estudo de outras áreas da Teologia, usando inclusive outras
cartas ou livros da Bíblia. Tal possibilidade pode ser objeto ou ocupação de
outra pesquisa.
A após todo o processo e o desenvolvimento das etapas desta pesquisa
é possível dizer que ela trouxe grandes contribuições pessoais, profissionais e
ministeriais ao pesquisador, a partir do conhecimento e da investigação
materializada.
É certo de que o conhecimento é aprimorável, dinâmico e infindo nos
seus mais diversos ramos, por esse motivo se reconhece que cabe a cada
pesquisador está aberto para trilhar o caminho do conhecimento com
humildade, desenvolvendo sempre a habilidade de ouvir, inclusive, as vozes
diferentes.

BIBLIOGRAFIA.
Mapa mentais

SOLONCA, Milca; ROSALI, Solonca. 24 Maneiras Criativas Para Pregar


[recurso eletrônico]. Florianópolis: [s.n.], 2020.

BOVO, V.; HERMANN, W. Mapas Mentais – Enriquecendo Inteligências –


Edição dos autores, 2005.

BUZAN, Tony. Saber Pensar. Editorial Presença, Lisboa, 1996.

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