O documento discute a origem e evolução da psicologia da educação e da psicologia do ensino. Começa com Aristóteles e sua visão de que o conhecimento vem dos sentidos. Locke atualizou essa ideia no século 17. Ao longo dos séculos, desenvolveu-se a ideia de que a mente é composta de faculdades como inteligência, emoções e vontade. Isso levou a uma teoria educativa focada em ensinar símbolos que representam a realidade e exercitar as faculdades dos alunos.
O documento discute a origem e evolução da psicologia da educação e da psicologia do ensino. Começa com Aristóteles e sua visão de que o conhecimento vem dos sentidos. Locke atualizou essa ideia no século 17. Ao longo dos séculos, desenvolveu-se a ideia de que a mente é composta de faculdades como inteligência, emoções e vontade. Isso levou a uma teoria educativa focada em ensinar símbolos que representam a realidade e exercitar as faculdades dos alunos.
O documento discute a origem e evolução da psicologia da educação e da psicologia do ensino. Começa com Aristóteles e sua visão de que o conhecimento vem dos sentidos. Locke atualizou essa ideia no século 17. Ao longo dos séculos, desenvolveu-se a ideia de que a mente é composta de faculdades como inteligência, emoções e vontade. Isso levou a uma teoria educativa focada em ensinar símbolos que representam a realidade e exercitar as faculdades dos alunos.
psicologia do ensino Prof. Drª Sidneya Magaly Gaya IFRS Campus Vacaria Objetivos:
estudar, explicar e compreender os processos de mudança comportamental que
se produzem nas pessoas como uma consequência da sua participação em atividades educativas. O que confere uma entidade própria à psicologia do ensino é a natureza e as características das atividades educativas que existem na base dos processos de mudança comportamental estudados. A psicologia do ensino
designa a parcela da psicologia da educação que estuda os processos de
mudança produzidas nas pessoas como resultado da sua participação em atividades educativas escolares. De um lado, há autores que entendem a psicologia da educação e a psicologia do ensino como o resultado da seleção, entre o conjunto de princípios e de explicações que as diferentes áreas ou especialidades da psicologia (psicologia do desenvolvimento, da aprendizagem, social, da personalidade, das diferenças individuais, etc.) proporcionam, dos que são particularmente relevantes e pertinentes para a educação e para o ensino. Logicamente, nesse caso, a psicologia da educação e a psicologia do ensino não constituem âmbitos específicos de conhecimento, vindo a apresentar-se, mais adiante, como um campo de aplicação da psicologia. Para outros autores, longe de se limitar a transferir à educação um conhecimento psicológico já elaborado, a finalidade principal da psicologia da educação e da psicologia do ensino consiste em gerar um conhecimento específico sobre os processos educativos, utilizando como um instrumento de indagação e de análise os princípios e as explicações da psicologia. Nesse caso, a psicologia da educação e a psicologia do ensino adquirem uma posição epistemológica diferente e configuram-se como disciplinas específicas com alguns objetivos, alguns conteúdos e alguns programas de pesquisa que lhes são próprios. Embora as concepções próximas a ambos os extremos permaneçam atuais, o desenvolvimento histórico da psicologia da educação e da psicologia do ensino mostra uma tendência clara a um distanciamento progressivo das proposições em prol de considerá-las como simples campos de aplicação da psicologia, sem que se possa afirmar, não obstante, que tenham conseguido um consenso suficientemente amplo em relação aos critérios que devem presidir as relações entre o conhecimento psicológico e a teoria e a prática educativas; ou, dito de outra forma, em relação ao lugar que a psicologia da educação e a psicologia do ensino ocupam no conjunto de disciplinas psicológicas e educativas. Origens e evolução da psicologia da educação e da psicologia do ensino A explicação aristotélica ... ... adaptada ao cristianismo pelos pensadores medievais é objeto de novos desenvolvimentos feitos por alguns dos mais importantes pensadores dos séculos XVI e XVII: Bacon, Descartes e, sobretudo, John Locke. O ponto de partida dessa teoria é que o conhecimento consiste na pesquisa da verdade mediante a compreensão dos nexos existentes entre os acontecimentos temporais. A correspondência entre pensamento e realidade como fonte e origem de todo conhecimento encontra-se já em Platão, que postula a existência de algumas idéias inatas às quais se pode chegar mediante um processo denominado noesis. Aristóteles, por outro lado, afirma, em De memoria et reminiscentia, que o conhecimento tem origem nas evidências proporcionadas pelos sentidos. Nessa mesma obra, Aristóteles trata da aprendizagem, das leis de associação, da memória e da influência da experiência sobre o ato de conhecer e identifica as funções cognitivas – sensação, memória, imaginação, etc. – como um dynamis, termo grego equivalente ao latino facultas, que significa “poder para fazer alguma coisa”. John Locke, na sua obra Essay concerning human understanding, publicada em 1690, atualiza e amplia a idéia aristotélica segundo a qual as sensações são a fonte de todo o conhecimento. Durante o século XVIII, a teoria é objeto de novas formulações e controvérsias, até que, ao final daquele século, chega-se a um certo acordo a respeito do tipo de faculdades ou de “poderes para fazer alguma coisa” que configuram o psiquismo humano: a inteligência, as emoções e a vontade. Em resumo, como destaca Bowen (1979, p. 308), “a mente considera-se separada da realidade e alcança o conhecimento quando as suas faculdades inatas, o seu poder criativo de síntese ou a sua capacidade de integração podem reunir os dados do mundo externo recebidos pelos sentidos em um mapa mental que corresponde a essa realidade exterior”. A explicação do psiquismo como faculdades tem, logicamente, a sua correlação em uma teoria educativa que, dentre as suas idéias essenciais, possui as seguintes: a) Em primeiro lugar, postula-se que a realidade pode ser reduzida a algumas estruturas essenciais identificáveis com a observação dessa realidade. Essas estruturas, que constituem o conhecimento verdadeiro da realidade, podem ser descritas com uma linguagem simbólica, a qual pode adotar diversas formas (discurso lingüístico, equações matemáticas, fórmulas químicas, etc.). A tarefa dos alunos, cujo psiquismo se caracteriza pela faculdade de manipular símbolos e operar adequadamente com tais símbolos, consiste, precisamente, em aprender essas representações simbólicas que descrevem as estruturas da realidade. b) Em segundo lugar, os alunos diferem significativamente entre si, o que explica, em boa medida, a sua diferença de rendimento na aprendizagem. c) Em terceiro lugar, e como uma conseqüência dos pontos anteriores, o currículo está formado por um conjunto de “representações simbólicas da realidade”, organizadas e ordenadas logicamente para facilitar que os estudantes apreendam essas representações. d) Finalmente, a teoria das faculdades proporciona uma justificativa ao método da disciplina formal: a finalidade principal do ensino deve ser a de exercitar as faculdades dos alunos, o que conduz a selecionar e priorizar os conteúdos que supostamente podem contribuir, em grande medida, para desenvolver a atenção, a concentração, o raciocínio, a memória, etc., ou quaisquer outras faculdades que se queira exercitar nos alunos.